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INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA

ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO


LICENCIATURA DE DESPORTO
Psicologia do Desporto – 1º Ano/ 1º Semestre – 2021/2022
PROVA ESCRITA INDIVIDUAL – 26 de Janeiro de 2022
Frequência

Este teste tem a duração de 2h15. É composto por duas partes. A primeira com 7 questões de
resposta múltipla de 0,5 valores havendo uma única opção correta. A segunda parte é
constituída por 4 questões.
BOM TRABALHO….!
Nome: Catarina Antunes
Nº de Aluno: 22805
Parte I

1. O estudo da motivação permite-nos estabelecer orientações para treinadores. Alguns exemplos


são:
a. Procurar uma forma de promover a aprendizagem de todos os atletas
b. Apoiar a autonomia dos atletas
c. Considerar os erros como guias de aprendizagem
d. São todas verdadeiras

2. No desporto de formação, qual das seguintes opções NÃO corresponde aos direitos do atleta:
a. Participar na liderança e decisões acerca da sua participação
b. Ser um campeão
c. Divertir-se e competir como criança/jovem e não como adulto
d. Praticar desporto independentemente das habilidades ou dificuldades

3. A motivação de um atleta habitualmente resulta de:


a. Factores pessoais
b. Factores situacionais
c. Uma combinação de factores pessoais e situacionais
d. História de sucessos ou fracassos

4. Os dois princípios centrais da Psicologia do Desporto são:


a. Os atletas são pessoas antes de serem atletas
b. Os atletas têm como único objectivo o máximo rendimento
c. As competências psicológicas podem ser ensinadas e aprendidas
d. Apenas A e C são verdadeiras

5. Os efeitos psicológicos da actividade física na saúde são:


a. Aumento das emoções negativas e diminuição das positivas
b. Aumenta a reactividade ao stress
c. Dimnui a reactvidade ao stress
d. Previne a Depressão
e. Alíneas c) e d) são verdadeiras
f. Alíneas a), b) e d) são verdadeiras
g. Alíneas a), c) e d) são verdadeiras

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Psicologia do Desporto – 1º Ano/ 1º Semestre – 2021/2022
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6. A Psicologia do Desporto procura “fornecer informação psicológica a todos aqueles que estão
envolvidos em contextos desportivos e de exercício físico, de forma a ajudá-los a atingirem os
seus objectivos, independentemente de tais objectivos serem:
a. A melhoria do rendimento
b. Uma vida mais saudável
c. O divertimento e satisfação provenientes da participação na actividade física
d. Todas as anteriores

7. Relativamente às estratégias para desenvolver o carácter, podemos dizer que:


a. Explicar o “porquê” das decisões do treinador contribui para a diminuição dos
comportamentos não desportivistas
b. Desencorajar comportamento não desportivistas e reforçar os outros
c. Os treinadores devem admitir os seus erros e pedir desculpa aos seus atletas
d. Todas as anteriores

Parte II

8. Com base o Modelo Transteórico (fases de Mudança) como técnico de desporto e tendo como
suporte a Psicologia do Desporto, o que faria em cada fase para mudar e/ou manter o
comportamento? (5 valores)
O Modelo Transteórico é composto por 5 fases de mudança onde os indivíduos têm diferentes níveis de
motivação para a mudança e, por isso, a intervenção deve ser sempre um fator a levar com extrema
importância pois deve adequar-se à fase em que cada indivíduo se encontra.
Existe uma primeira fase que é a Fase pré-contemplativa onde o indivíduo é inativo e não apresenta
qualquer intenção de começar a praticar atividade física nos próximos 6 meses, nesta fase como técnico
de desporto devo sensibilizar o indivíduo e ceder-lhe informação e consciencializar-lhe tanto dos riscos
para a saúde, como por exemplo a depressão, a obesidade, o sedentarismo, entre outros, como dos
benefícios físicos e psicológicos provenientes da prática da atividade física, utilizando assim estratégias
para ativar a disposição do indivíduo.
A fase seguinte é fase contemplativa que se caracteriza como sendo uma fase em que o indivíduo se
encontra inativos mas apresenta uma intenção de começar nos próximos 6 meses, então eu como
técnico desportivo irei ser uma peça fundamental nesta mudança devendo motivar e encorajar a pessoa
a estruturar e elaborar planos e reduzir barreiras à sua execução ,por exemplo, ia ajudá-lo a
perceber/encontrar qual a atividade física que mais se adequa a ele.
Na próxima fase de mudança o indivíduo já pratica atividade física, mas de forma irregular e realiza
grandes esforços para que passe a ser regular. Nesta Fase de Preparação é fundamental dar assistência
aos planos e estabelecer metas, mas metas que sejam graduais e não radicais, para a pessoa não se
desmotivar e desistir.
Quando o indivíduo já pratica atividade física regular, mas ainda à menos de 6 meses está na Fase
Ativa e como técnico desportivo importa por exemplo, dar feedbacks, ajudar na resolução de
problemas ou em algo que o indivíduo sinta que tem o meu apoio.
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E por fim, a Fase de Manutenção, onde estamos perante um indivíduo que pratica atividade física
regularmente e à mais de 6 meses, mas não é por já praticar de forma regular e à algum tempo atividade
física que um técnico desportivo deixa de ter um papel importante, pois devo ter em atenção o
confronto da pessoa com novos obstáculos, ajudando a assim, a procurar alternativas e desta forma
prevenir recaídas, pois se isso acontecer todo o processo realizado até aqui vai “por água a baixo” e a
pessoa vai voltar outra vez à Fase Pré-contemplativa.

9. Porque é importante que as pessoas que trabalham com crianças e jovens atletas conheçam e
entendam a psicologia do desporto? Pode complementar a sua resposta explicando porque razão
o “Ganhar” pode ter consequências positivas ou negativas no desenvolvimento do Desportivismo.
(3,5 valores)
O papel do treinador é importantíssimo no desenvolvimento das crianças e jovens atletas, e por isso,
um treinador deve estar minimamente ligado à psicologia do desporto, pois independentemente dos
objetivos da prática desportiva serem, por exemplo, a melhoria do rendimento, ter uma vida mais
saudável ou o divertimento, o treinador deve fornecer informação psicológica aos atletas ajudando-os
assim a atingirem os seus objetivos. O treinador deve sempre ter em conta que antes de serem atletas,
as crianças e jovens são pessoas e, portanto, as competências psicológicas dever ser ensinada e
aprendida tanto pelos jovens como pelos próprios treinadores.
Tal como os pais devem passar aos filhos a mensagem de que “vencer não é tudo”, os treinadores
também têm de explicar e demonstrar aos atletas que o mais importante é eles colocarem esforço e
dedicação no que fazem e acima de tudo divertirem-se, pois, ganhar medalhas ou jogos não faz deles
campeões. Muitas vezes, quando as crianças começam a ter sucesso muito cedo, os pais e os
treinadores fazem deles estrelas fazendo com que estes tenham uma auto-estima e confiança demasiado
elevada e ficando até convencidos e a achar que são melhores que os outros, desprezando o esforço e o
trabalho dos mesmos. Portanto, é necessário existir um equilíbrio entre o ganhar e perder, as crianças
têm de perceber que errar faz parte, que se, por exemplo, numa competição não ficam nos primeiros
lugares não podem ver isso como uma derrota pois “perder” faz parte do desenvolvimento dos atletas e
como os comportamentos do treinador influenciam o desempenho dos atletas, os treinadores devem
implementar desde sempre nas suas aulas/treinos esta perspetiva pois assim os atletas desenvolvem
várias capacidades/ competências e que as experiências e a diversão são mais importantes que qualquer
taça.

10. O papel dos pais na carreira desportiva de um jovem atleta é muito importante, podendo
funcionar como factor de proteção ou como fator de risco. Faça referência à importância dos pais
enumerando igualmente os fatores de proteção e risco. (3 valores)
Os pais numa visão geral têm um papel fulcral na vida dos jovens, e no desporto, em concreto, podem
funcionar como fator de proteção ou como fator de risco.
Os pais devem promover a auto-estima dos filhos de diversas formas, como por exemplo, ajudá-los a
estabelecer objetivos, realçar o desenvolvimento de competências, desenvolvendo-lhes assim uma
perspetiva para o sucesso. É importante realçar, pois por vezes não acontece, que devem ajudar os
filhos a competir de forma saudável, reforçando que o mais importante é eles se divertirem e colocarem
esforço naquilo que fazem, ou seja, darem o seu melhor nas atividades pois o sucesso é aí que começa,
e devem também fazer com que o desporto seja uma parte importante na vida dos seus filhos, mas não
a única nem a mais importante, a prática desportiva deve estra voltada para o desenvolvimento de
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capacidades, ou seja, é fundamental implementar desde sempre nos atletas o desportivismo pois vencer
não é o mais importante.
Estes devem ter um envolvimento saudável mostrando interesse genuíno, mas muitas vezes o que
acontece é que os pais têm um envolvimento excessivo, mostrando-se sempre muito preocupados com
o resultado, o que pode vir a fazer com que o atleta se sinta pressionado, outro exemplo é o facto do pai
discutir com o treinador sobre assuntos inerentes aos treinos e/ou competições, originando assim um
mau ambiente, chega até a pedir ao filho que treine horas extra, e devido aos seus comportamentos
antidesportivos é lhes pedido que não apareçam nas competições. Estes fatores de risco poderão
provocar desinteresse e a falta de divertimento ao atleta, ficando assim um ambiente propício ao
abandono das atividades.

11. Explique o Modelo Cognitivo- Comportamental e a sua aplicação no Desporto. Faça referência à
sua eficácia, chave de mudança e estratégias de mudança. (5 valores)
O modelo cognitivo-comportamental aplica-se em diversas áreas do nosso dia-a-dia, sendo que umas delas é
no desporto.
Deste modo, na área desportiva este modelo implica a eficácia da mudança comportamental dando
informações sobre os benefícios e comportamentos corretos que o atleta deve tomar, fazendo com que estes
alterem os seus pensamentos e os próprios comportamentos. Para tal, é necessário promover o treino de
competências com o objetivo de capacitar, ensinar e desenvolver o atleta, quer este se encontre em estado de
doença ou em estados de saúde, sendo por isso essencial a comunicação o que vai originar o bem-estar dos
mesmos. Ou seja, a chave da mudança está em ensinar competências e dar incentivos adicionais aos atletas,
para que estes saibam como devem mudar.
É através das estratégias de mudança que esta irá ser mais eficaz, como por exemplo, a formulação de
objetivos, a auto-monitorização, ou seja, o atleta ter a capacidades de detetar e corrigir os seus erros, o auto-
controlo/autodomínio, o reforço e sistema de recompensas, aumentando assim a probabilidades de
ocorrência dos comportamentos/atividades esperados, entre tantas outras estratégias.

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