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Animação desportiva

Como surgi?

A evolução social à imagem de “vagas” (vaga/modelo/padrão)

I. 1ª vaga: sociedade agrícola (o produtor era o mesmo que o consumidor (do jogo))
 Comunicação informal (boca a boca);
 Natureza condiciona estratégias de sobrevivência;
 O jogo nasce como forma de ocupar os tempos livres;
 Lógica circular (é jogado onde as pessoas vivem).

II. 2ª vaga: sociedade industrial (refere-se à civilização industrial)


 Quem organiza e produz os jogos são as pessoas ou estruturas diferentes daquelas
que consomem (espetáculo/espetador);
 Comunicação formalizada (o que é escrito é o que vale);
 Lógica linear.

III. 3ª vaga: sociedade pós-industrial


 Comunicação em rede (todos comunicam com todos);
 Direito à diferença, à participação nas decisões e ao risco.

Existem 6 princípios na sociedade na sociedade industrial e são um conjunto de regras ou princípios que
percorrem todas as atividades da civilização.
1. Standarterização
2. Especialização
3. Sincronização
4. Concentração
5. Centralização
6. Maximização

Critérios para definir um setor desportivo: em todos setores tem de acontecer estes critérios
o Objetivos próprios: orientado para uma determinada ação. Ex: objetivo setor militar: condição
física dirigida aos militares
o Unidade base:
o Agentes
o Populações-alvo especificas
o Quadros competitivos

Dentro do sistema temos vários setores, para ser setor tem de ter estes critérios (acima descritos)

Principais setores desportivos:


1) Setor escolar
Objetivos: ocupação formativa e criativa dos tempos livres e no complemento educativo dos jovens em
idade de situação escolar.
Populações alvo: estudantes e agentes (professores, pais, funcionários, etc)
Unidade base: escola
Quadros competitivos: estrutura própria (desporto escolar: atividade complementar as ofertas
desportivas nas escolas, não é obrigatório, mas é uma mais valia para a escola. Pode ser atividade
interna (pode transforma-se em externa) e atividade externa. Exemplo: basquete 3 para 3 e apura-se os
melhores e vão jogar noutra escola a atividade passa a ser externa)

2) Setor federado
Objetivos: componente competitiva do espetáculo desportivo
Populações alvo: conjunto de praticantes associados aos clubes que pretendem evoluir nas práticas
desportivas formais
Unidade base: organizações desportivas
Quadros competitivos: organizados no âmbito das competências das Federações (controlam a nível
nacional, mas existem as associações a nível regional) respetivas

3) Setor militar
Objetivos: preparação militar
Populações alvo: agentes
Unidade base: unidades militares e militarizadas (forças armadas, policias, bombeiros, guardas e cruz
vermelha)
Quadros competitivos: próprio

4) Setor de trabalho (INATEL)


Objetivos: melhoria do bem-estar no trabalho (consequente aumento da produtividade)
Populações alvo: clubes de empresa e associações de trabalhadores
Unidade base: clubes de empresa e associações de trabalhadores
Quadros competitivos: próprios; dinâmicas privadas; associativismo livre

5) Setor universitário
Objetivos:
Populações alvo:
Unidade base:
Quadros competitivos:

6) Setor turismo
7) Setor desporto adaptado
8) Setor autárquico
9) Setor prisional

Aspetos gerais da animação desportiva

o Enquadra-se na intervenção socio desportiva, com o objetivo de promover e fomentar a


participação social e a extensão da atividade como hábito de saúde, de formação e de diversão.
o No início: Recreação (destinadas a prática desportiva não formal)
o Novas tipologias de prática e novas modalidades: entrou no campo das estratégias desportivas
e políticas (promover a prática desportiva em todas as classes sociais e faixas etárias, bem
como melhorar qualitativamente e quantitativamente a acessibilidade às atividades e o serviço
prestado)

Princípios básicos da animação desportiva:


o Facilidade compreensão: ser compreendido por todos
o Adaptabilidade: todas as pessoas conseguirem realizar a atividade, se existir uma pessoa com
mais dificuldades adaptar para essa pessoa a conseguir realizar, fomentando a integração
o Bem-estar participantes: importante para um bom ambiente na atividade, boa-relação,
sentirem se bem e confortáveis. Quando fazemos a atividade devemos pensar que as pessoas
se sintam bem e devemos também pensar numa recompensa, por exemplo uma água...
o Ilusão: conseguimos algo que nos satisfaz imenso
o Segurança: prevenir algum desastre, as pessoas devem sentir se seguras na realização da
atividade. Ver se existem as condições necessárias antes e durante a atividade.
o Cooperação: fomenta o trabalho em equipa
o Boa relação: boa relação com todos os integrantes da atividade. Incute-se essa boa relação
através da simpatia, mostrar interesse em ajudar, integrando-se uns aos outros.
o Simplicidade do material: facilidade de manuseamento do material para cativar as pessoas e a
atividade ser bem-sucedido
o Prazer participação: as pessoas têm de gostar do que vão fazer
o Acessibilidade física: facilitar o acesso à atividade

Animador desportivo:
1. Dinamizador: prepara o evento, organiza-o.
2. Moderador: se houver problemas saber reagir perante a situação, consegue articular quem
está dentro da organização. Ver se esta tudo a correr dentro do previsto. Liga as duas outras
características do animador.
3. Estimulador: estimular a atividade corra como previsto

Carta desportiva: existe na legislação, mas muitas vezes não é operacionalizada e isso representa uma
grande falha.
2004: primeira lei relacionada com a carta desportiva (artigo 86- O Atlas Desportivo)
2006: carta desportiva

Importância da carta desportiva: “radiografia” ao concelho. Feita a nível local (municípios/autarquias), é


mais acessível, cada município tem a sua. A junção dos itens locais faz conseguir contruir a carta
desportiva nacional (mas não existe).
Objetivos fundamentais da carta desportiva:
- Garantir o apoio à racionalização das decisões visando a estruturação e tipificação de rede integrada
dos equipamentos/áreas naturais desportivos do concelho;
- Promover a correção das assimetrias de desenvolvimento, definindo prioridades e fases de execução e
garantindo a distribuição espacial equilibrada das diferentes práticas

A carta desportiva é constituída obrigatoriamente por estes 6 itens, se não tiver os 6 está incompleta.
1. Instalações desportivas:
2. Espaços naturais de recreio e desporto:
3. Condição física das pessoas (do concelho)
4. Hábitos desportivos (dos habitantes do concelho)
5. Associativismo desportivo (todas as associações e clubes do concelho)
6. Enquadramento humano, incluindo a identificação da participação em função do género

Instalações desportivas artificiais: indicadores que se podem obter com o levantamento das instalações
desportivas artificiais e fundamentais para o desenvolvimento desportivo

Instalações desportivas artificiais, dois aspetos em ter atenção:


 Caracterização/levantamento: considerar todas as variáveis de análise)
 Indicadores de desenvolvimento desportivo (derivam do levantamento)

Caracterização das instalações quanto ao tipo:


 Grandes jogos – instalações desportivas descobertas que se destinam à prática de futebol,
hóquei em campo, râguebi....
 Pequenos jogos – instalações desportivas descobertas que se destinam à prática de andebol,
basquetebol, patinagem...
 Salas de desporto – instalações desportivas cobertas que se destinam à prática de andebol,
basquetebol, patinagem...
 Pistas de atletismo – instalações desportivas que se destinam à prática de atletismo...
 Piscinas – instalações desportivas retangulares ou com outras configurações, quer sejam
cobertas ou descobertas, que têm como finalidade a prática de natação...
 Especiais – instalações desportivas que não se enquadram nos tipos anteriormente referidos.
Ex: pista ciclismo, cartódromo, campo golfe...

Setor:
 Federado: instalações desportivas onde se podem efetuar competições oficiais
 Receção/formação: são instalações desportivas onde não se podem efetuar competições de
carácter oficial.
Cobertura:
 Coberta – instalações desportivas cobertas
 Descoberta – instalações desportivas descobertas
Modalidade:
 Recreativas/formativas – instalações desportivas que se destinam a atividades desportivas de
caráter informal ou sem sujeição a regras imperativas e permanentes
 Especializadas – instalações concebidas e organizadas para as atividades desportivas
monodisciplinares, tendo em conta a especifica adaptação para a prática correspondente.
 Especiais para espetáculo desportivo – instalações desportivas especiais para o espetáculo e
vocacionadas para a realização de manifestações

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