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Os metais alcalino-terrosos (alcalino por formarem álcalis – as bases de

Arrhenius – terrosos por seus óxidos serem por muito tempo chamados de terra)
representam os elementos do grupo 2A da tabela periódica, com configuração
eletrônica terminando em ns², onde n representa o número correspondente à
última camada (variando de 1 a 7).

Constituem essa família os elementos: berílio, Be (z = 4); magnésio, Mg


(12); cálcio, Ca (z = 20); estrôncio, Sr (z = 38); bário, Ba (z = 56); e rádio, Ra (z
= 88).

Reatividade
Como possuem dois elétrons na camada de valência, os metais alcalino-terrosos
são comumente encontrados na natureza sob estado de oxidação +2 (pois
também são altamente reativos, e, nos casos do cálcio, estrôncio e bário, são
tanto quanto os elementos da família 1A).

O berílio e o magnésio, por causa das suas respectivas energias de ionização,


apresentam os valores mais altos de potenciais de redução (assim, os menores
potencias de oxidação) do grupo 2A. Ao passo que os potenciais dos outros
metais, são equiparáveis com os alcalinos.

A exceção do berílio, quando em contato com água, os metais tendem a


formar hidróxidos com consequente liberação de hidrogênio gasoso. Entretanto,
a reação do magnésio com água é bastante lenta, pois há formação de película
passivante de oxidação do metal (MgO) que dificulta o processo, ou até mesmo
a reação com outras substâncias à temperatura ambiente.

Em contato com oxigênio, formam óxidos de caráter básico (o bário também


pode dar origem ao peróxido de bário, caso sejam mantidas altas pressões e
temperaturas); haletos e nitretos (MX2, M3N2); e especialmente o bário, cálcio e
estrôncio, também tendem a formar hidretos metálicos do tipo MH2.
Propriedades físico-químicas
Assim como os metais alcalinos, os alcalino-terrosos possuem baixos valores
de eletronegatividade(até 1,5 eV, segundo escala de Pauling) crescentes com a
diminuição do número de camadas (de baixo para cima), e baixos valores
de energia de ionização (também crescente de baixo para cima).

O estrôncio, bário e rádio são os metais que apresentam mais radioisótopos


(isótopos radioativos): o estrôncio tem 4 isótopos naturais estáveis (com o Sr-88
o mais abundante, cerca de 83%) e 16 radioativos (com o Sr-90 o que possui
maior meia-vida: mais de 29 anos); o bário possui 7 isótopos naturais estáveis e
15 radioativos (o mais duradouro, Ba-133, com meia vida de 10,5 anos); o rádio
é o único que não possui isótopos naturais estáveis, apenas radioisótopos
(sendo o Ra-226 o que possui maior meia-vida: quase 1600 anos).

Todos são sólidos à temperatura ambiente e formam retículos cristalinos


hexagonais de empacotamento denso (berílio e magnésio), estruturas cúbicas
de faces centradas (cálcio e estrôncio) e corpo centrado (bário).

Metal alcalinoterroso

Grupo 2
Período

4
2
Be

12
3
Mg

20
4
Ca

38
5
Sr

56
6
Ba

88
7
Ra

A série química dos metais alcalinoterrosos (denominada de metais


alcalinos-terrosos por livros mais antigos) são os elementos químicos do grupo
2 (antiga família 2A) da tabela periódica, sendo formada pelos seguintes
elementos: Berílio (Be), Magnésio (Mg), Cálcio (Ca), Estrôncio (Sr), Bário
(Ba)e Rádio (Ra), sendo este último um elemento que apresenta tempo de vida
média muito curto. O nome alcalino-terroso provém do nome que recebiam
seus óxidos: terras. Segundo o dicionário Houaiss, alcalino tem a ver com álcalis
e suas propriedades básicas, e terroso vem do latim ‘que contém terra’. Porém
este sentido não deve ser compreendido literalmente, pois, segundo alguns
livros (como o livro didático Química Cidadã, de Gerson e Mól), ao longo da
história da alquimia e da química, terra ou terroso era qualidade de substâncias
pouco solúveis em água. Logo, o nome faz referência à baixa solubilidade dos
óxidos que contêm os metais alcalinoterrosos e não quer dizer que estes
compostos contêm terra literalmente, nem são extraídos necessariamente do
solo.

Características[editar | editar código-fonte]


Os elementos químicos dessa série apresentam as seguintes características:

 Possuem propriedades básicas (alcalinas);

 Apresentam eletronegatividade ≤ 1,3 (segundo a escala de Pauling). Este


valor tende a crescer no grupo de baixo para cima;

 São metais de baixa densidade, coloridos e moles;

 Reagem com facilidade com halogênios para formar sais iônicos e com
a água (ainda que não tão rapidamente como os metais alcalinos) para
formar hidróxidos fortemente básicos;

 Todos são encontrados no estado sólido;

 Todos apresentam dois elétrons no seu último nível de energia (em


subnível s) , com tendência a perdê-los transformando-se em íons
bipositivos, Mg2+. Esta tendência em perder elétrons,
denominada eletropositividade cresce no grupo de cima para baixo, sendo o
menos eletropositivo, o berílio;
 A reatividade dos metais alcalino-terrosos tende a crescer no mesmo
sentido.

 O número de oxidação é +2.

Reatividade e uso dos metais alcalinos-terrosos


Os elementos que fazem parte da família dos metais alcalinos-terrosos são
altamente reativos e tendem a formar óxidos, sais e bases em grande quantidade.
As substâncias formadas por essas reações fazem parte de nosso dia a dia e
podem ser encontradas com frequência.

Berílio

De coloração cinza, o Berílio é um elemento considerado tóxico sendo seus sais


considerados cancerígenos. Apesar disso é muito utilizado e possui grande
variedade de aplicações como a liga metálica de cobre com berílio considerada
uma liga leve para uso em aeronaves ou o óxido de berílio utilizado quando é
preciso alta condutividade térmica.

O elemento é encontrado também em águas marinhas e nas esmeraldas –


chamadas também de silicato de alumínio e berílio.

Magnésio

Assim como o berílio, o magnésio conta com o mais alto potencial de redução.
O óxido de magnésio é a reação química desse elemento que é mais comumente
utilizada, aparecendo em material refratário de fornos, produção de ferro, aço e
até mesmo do cimento.

O elemento é altamente inflamável e costuma reagir rapidamente com a


liberação de calor, podendo acontecer uma reação ao simples contato com o ar.
Vale comentar que o Mg também é importante para o bom funcionamento
do corpo humano, sendo um mineral considerado essencial e encontrado na
grande maioria das frutas.

Cálcio

O cálcio é importante não apenas em reações de uso industrial como a produção


de cal, de cimento e de fertilizantes como também para o bom funcionamento
do organismo. O elemento participa da formação de ossos e dentes – e é o que
os mantém fortes e saudáveis e também auxilia na coagulação do sangue
quando em conjunto com o potássio.

Estrôncio

O estrôncio é um elemento químico radioativo, razão pela qual deve-se ter


muito cuidado ao ser manipulado. Na natureza costuma aparecer mais
abundantemente na forma de sulfatos e carbonatos, além dos minerais. Sua
coloração é prateada.

O uso mais conhecido do estrôncio é nos fogos de artifício, sendo esse elemento
da família dos metais alcalinos terrosos um dos responsáveis pela coloração
vermelha dos mesmos. Também aparecia nos tubos de raios catódicos das
televisões coloridas antigas. Para a produção de alguns medicamentos também
é utilizado esse elemento químico.

Bário

Elemento químico altamente tóxico, o Bário possui elevado ponto de fusão e


possui coloração prateada. É facilmente oxidável e só é encontrado em conjunto
com outros átomos. Dentre os usos do Bário estão os raios-X ou exames de
contraste realizados no estômago ou intestino. Também é utilizado na produção
de vidros, tintas, fogos de artifício, tijolos, tratamento do câncer e veneno para
rato. O nitrato de bário é o responsável pelos fogos de artifício de cor verde
enquanto que o carbonato de bário é aquele que aparece nos venenos de rato.

Rádio

De coloração branco-prateada, o rádio também é um elemento químico


radioativo e costuma ser encontrado na natureza em conjunto com o urânio. Seu
uso mais conhecido é para a produção do radônio, utilizado para o tratamento
do câncer.

Agora você já sabe quais são os elementos químicos presentes na família dos
metais alcalinos terrosos, como aparecem na natureza e como podem ser
utilizados nas reações químicas.

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