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Coordenação de química

MATERIAL DE APOIO Á DISCIPLINA DE


QUÍMICA – 9ª CLASSE
Att: A numeração das aulas não é taxativa, sofrerá alteração em função das aulas
de revisões e Avaliações Contínuas.
Plano Temático
Tema Trimestre Horas Lectivas
Aulas Avaliação Reserva Total
1 Estudo do grupo 16 da Tabela I 23 2 1 26
Periódica.
2 Quantidade em Química II 21 2 1 24
3 Química do Carbono III 23 2 1 26

I TRIMESTRE
Aula nº 01
Subtema: Apresentação. Considerações sobre a Disciplina de Química. Alertar
os cuidados a tomar na realização de experiências de química.

Aula nº 02 e 03
TEMA A: ESTUDO DO GRUPO 16 DA TABELA PERIÓDICA
Subtema: Os elementos do grupo 16 e a sua posição na Tabela Periódica.

Na 8ª classe tiveste a oportunidade de falar sobre a Tabela Periódica onde


concluiou-se que ela é constituída por 18 grupos e 7 períodos, estudaste também os
elementos que constituem alguns grupos e seus respectivos nomes genéricos como:
- Grupo 1 – Metais alcalinos
- Grupo 2 – Metais alcalino-terrosos
- Grupo 17 – Halogéneos
- Grupo 18 – Gases raros ou nobres
Neste tema, veremos uma nova família, que são os elementos que fazem
parte do grupo 16 da Tabela Periódica. Estes elementos são chamados ou mais
conhecidos por Calcogéneos, nome derivado do grego e que significa formadores
de cobre, uma vez que o cobre é obtido a partir dos seguintes minérios: Calcocite
(Cu2S), Calcopirite (CuFeS2), Cuprite (Cu2O) e Malaquite (CuCO3.Cu(OH)2.
1
Os elementos que fazem parte do grupo 16 são: Oxigénio (O), Enxofre (S),
Selénio (Se), Telúrio (Te), Polónio (Po) e livermório (Lv).

Posição na Tabela Periódica. Estrutura ou Configuração electrónica

Estes elementos ocupam a décima sexta posição na Tabela Periódica, onde o


oxigénio é o elemento representativo do grupo, o segundo é o enxofre, o terceiro é
o selénio, o quarto é o telúrio, o quinto é o polónio e o sexto é o livermório.
Os elementos do grupo 16 têm 6 electrões de valência e possuem tendência
de captar 2 electrões, transformado-se em iões estáveis e adquirirem a
configuração electrónica de um gás nobre mais próximo.
Estrutura electrónica dos elementos do grupo 16
ELEMENTO SÍMBOLO Nº ATÓMICO (Z) DISTRIBUIÇÃO ELECTRÕS DE
QUÍMICO ELECTRÓNICA VALÊNCIA
Oxigénio O 8 2:6 6
Enxofre S 16 2:8:6 6
Selénio Se 34 2:8:18:6 6
Telúrio Te 52 2:8:18:18:6 6
Polónio Po 84 2:8:18:32:18:6 6
Livermório Lv 116 2:8:18:32:32:18:6 6
Propriedades físicas dos elementos do grupo 16
1- O oxigénio, o enxofre e o selénio possuem características não-metálicas,
apesar de o selénio apresentar um suave brilho metálico.
2- O telúrio, o polónio e o livermório apresentam algumas propriedades
metálicas, pelo que são considerados semi-metais.
Propriedades químicas dos elementos do grupo 16.
Os elementos do grupo 16 não apresentam características semelhantes bem
definidas como as da família dos halogéneos, asssim, concluiu-se que estes
elementos apresentam as seguintes propriedades químicas:
1- O oxigénio reage com o primeiro elemento da Tabela Periódica,
hidrogénio (H), formando um composto muito conhecido e útil para todos os seres
vivos que é a água (H2O).
O2 (g) + 2 H2 (g) 2 H2O (l)
2- O enxofre, o selénio e o telúrio também reagem com o hidrogénio
formando compostos com características totalmente diferentes às da água, tais
como os ácidos: H2S, H2Se e H2Te.
2
8 H2 (g) + 4 S2 (s) 8 H2S (g) Ácido sulfídrico
8 H2 (g) + 4 Se2 (s) 8 H2Se (g) Ácido selenídrico
8 H2 (g) + 4 Te2 (s) 8 H2Te (g) Ácido telurídrico
3- O polónio e o livermório são elementos que apresentam propriedades
radioactivas e são dos elementos mais raros na Natureza.
Exercicios orais
1- Que nome se dá aos elementos do grupo 16 da Tabela Periódica e qual é o
significado deste nome?
a) Quem é o elemento representativo deste grupo?
b) Quantos electrões de valência têm os elementos deste grupo?

TAREFA
1- Os elementos do grupo 16 da tabela periódica têm tendência de captar 2
electrões. Por quê?
2- Cite duas propriedades químicas dos elementos do grupo 16 dando
exemplos.

Aula nº 04 e 05
Subtema: Estudo do Oxigénio. Estrutura do átomo e da molécula de oxigénio.
– Estado natural.

O oxigénio é um elemento não-metálico da família de calcogéneos com o


número atómico 8 e número de massa 16. Na Terra, o oxigénio e o ferro são os
elementos que mais contribuem para a massa do nosso planeta, com uma
percentagem em massa de 30 %.
Oxigénio é um gás que à temperatura ambiente é incolor, muito comburente
(quer dizer queima ou que faz arder) e pouco solúvel em água.
É um elemento essencial para a respiração dos seres vivos, representando 20
% da composição da atmosfera e protege a terra contra os raios ultravioletas do sol.
Na crosta terrestre, o oxigénio combina com os metais para formar óxidos de
silício e de alumínio, de ferro e de sódio, entre outros.
Na atmosfera combina com os não-metais formando igualmente óxidos, tais
como é o caso de monóxido de carbono (CO), dióxido de carbono (CO2), dióxido
de enxofre (SO2), trióxido de enxofre (SO3), etc.
3
Estrutura do átomo de oxigénio

Fig. 5 – Pág. 12 - Representação esquemática da estrutura


electrónica do átomo O2.

Estrutura da molécula de oxigénio

Fig. 6 – Pág. 12 - Representação esquemática da molécula de O2.


Estado Natural de oxigénio
O oxigénio encontra-se na Natureza como substância simples ou formando
compostos. Como substância simples, o oxigénio encontra-se no ar misturado com
outros gases, e como substância composta, este elemento faz parte de numerosas
substâncias como a água, as rochas e diversos óxidos.
Sabemos que isótopos são todos os átomos do mesmo elemento químico,
com o mesmo número atómico e diferentes números de massa.
Por sua vez, o oxigénio ocorre na Natureza como uma mistura de três
isótopos estáveis nomeadamente: isótopo 16, isótopo 17 e isótopo 18. Exemplo:
16 17 18

8 8 8
O isótopo 16 é o mais abundante na Natureza com cerca de 99,80 %, no
estado livre aparece em forma de molécula diatómica (O2) ou triatómica (O3 -
ozono), a molécula de oxigénio forma uma ligação covalente apolar dupla.

ACTIVIDADES (TAREFA)
1- Completa os espaços em branco:
a) Os elementos que fazem parte do grupo 16 são: ________________________,
_______________, _______________, ______________ e _________________.
b) Estes elementos são caracterizados por possuírem ______ electrões de valência.
c) O oxigénio reage com o hidrogénio para formar a ________. O enxofre, o
selénio e o telúrio reagem com o hidrogénio formando os compostos: ________,
____________ e ______________.
4
d) O oxigénio ocorre na Natureza na forma de três isótopos estáveis que são:
____________________, _________________ e __________________.

Aula nº 06 e 07
Subtema: Obtenção do oxigénio no Laboratório. Propriedades físicas e químicas.
– Aplicações do oxigénio.

No laboratório, o oxigénio obtém-se por meio de três métodos diferentes:


1º Método: Pela electrólise da água (H2O).
2 H2O (l) 2 H2 (g) + O2 (g)
2º Método: Pela decomposição térmica de alguns óxidos como, por
exemplo, o óxido de mercúrio (HgO).
2 HgO (s) 2 Hg (l) + O2 (g)
3º Método: Pela decomposição do clorato de potássio (KClO3).
2 KClO3 (s) 2 KCl (s) + 3 O2 (g)

Propriedades físicas de oxigénio


1- O oxigénio, em condições normais de pressão e temperatura (CNTP) é um
gás incolor e inodoro, cujo ponto de fusão é – 218 ºC e o ponto de ebulição é – 183
ºC.
2- O gás oxigénio, no estado livre, aparece na forma de molécula diatómica
(O2) e condensa a 90 Kélvem (90 K), formando um líquido azul-claro e solidifica a
55 K, dando um sólido de cor semelhante.
3- Aparece também na forma de molécula triatómica formando ozono (O3)
que é um gás de cor azul à temperatura de 298 K, é um gás muito tóxico com um
odor irritante.
Propriedades químicas de oxigénio
1- O oxigénio combina com outras substâncias dando lugar a reacções que,
geralmente, são acompanhadas da libertação de calor. Exemplo:
2 Zn (s) + O2 (g) 2 ZnO (s) + Q
Óxido de zinco

4 Fe (s) + O2 (g) 2 Fe2O3 (s) + Q


Óxido de ferro (3)

S (s) + O2 (g) SO2 (g) + Q


5
2- O oxigénio reage com os metais e forma os respectivos óxidos.
Exemplo:
4 Na (s) + O2 (g) 2 Na2O (s)
Óxido de sódio
2 Mg (s) + O2 (g) 2 MgO (s)
Óxido de magnésio
4 Al (s) + 3 O2 (g) 2 Al2O3 (s)
Óxido de alumínio
2 Fe (s) + O2 (g) 2 FeO (s)
Óxido de ferro (2)
3- O oxigénio reage também com os não-metais formando óxidos
correspondentes. Exemplo: S (s) + O2 (g) SO2 (g) + Q
Enxofre Oxigénio Dióxido de enxofre Calor
Aplicações de oxigénio
1- Aplica-se na respiração dos animais e plantas.
2- Na medicina, para o tratamento de doenças cardiovasculares.
3- Para incrementar a obtenção de altas temperaturas, bem como para soldar
ferro e outros metais.
4- Para aumentar a eficiência nos altos-fornos, para obtenção do ferro e do
aço.

TAREFA
1- Quais são os métodos de obtenção do oxigénio no laboratório?
2- Cite uma propriedade física e uma propriedade química de oxigénio.
3- Descreve as aplicações de oxigénio.

Aula nº 09 e 10
Subtema: Estudo de Enxofre. Estrutura do átomo e da molécula. Estado natural e
alotropia

O enxofre (S) é um sólido de cor amarelo e é encontrado em depósitos


sedimentares subterrâneos.
No laboratório, o enxofre pode apresentar-se em forma de pó ou de
barras em cristais.
Em Angola, o enxofre encontra-se a sul de Luanda (em Cabo Ledo) e a
Sudeste de Benguela, quase sempre associado ao gesso.
6
Entre os compostos de enxofre, os mais importantes no ponto de vista
industrial são: Dióxido de enxofre (SO2), Sulfureto de hidrogénio ou ácido
sulfídrico (H2S), Ácido sulfúrico (H2SO4) e o Sulfureto de carbono (CS2).
– Dióxido de enxofre (SO2) – É um gás obtido por combustão do enxofre
ao ar, com um odor sufocante e que é utilizado no fabrico do ácido sulfúrico.
– Sulfureto de hidrogénio ou ácido sulfídrico (H2S) – É um gás incolor
bastante venenoso, com um cheiro desagradável característico a de ovos podres ou
carne em putrefação, e que é utilizado em análise química.
– Ácido sulfúrico (H2SO4) – É um líquido oleoso muito utilizado em
laboratórios e em diversos ramos de indústria.
– Sulfureto de carbono (CS2) – É um líquido com vasta aplicação como
solvente. No laboratório, o CS2 pode aparecer-nos na forma de pó ou de barras.

Modelo atómico

Modelo molecular

Estado natural de enxofre

O enxofre encontra-se na crosta terrestre na forma livre, com uma pureza de


99,8 % e, na forma combinada, fazendo parte de alguns sulfuretos como: PbS
(galena) e FeS2 (pirite), assim como alguns sulfatos, que podem ser de cálcio
CaSO4.2H2O (gesso), de estrôncio SrSO4 (celestina) e de bário BaSO4 (baritina).
Sabemos que Alotropia é a propriedade que certas substâncias possuem de
se apresentarem em formas diferentes com propriedades físicas e químicas
específicas.
O enxofre, é uma substância simples que pode apresentar-se de duas formas
distintas designadas por variedades alotrópicas. Estas duas variedades distintas
do enxofre são: o enxofre ortorrômbico e o enxofre monoclínico.
As propriedades químicas destas duas substâncias são idênticas, uma vez
que a composição é a mesma (S8), a única diferença existente é a distribuição das
moléculas na rede cristalina.

TAREFA
Descreve a utilização do sulfureto de hidrogénio e do ácido sulfúrico.
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Aula nº 11 e 12
Subtema: Propriedades do enxofre e suas Aplicações.

Propriedades físicas do enxofre


1- O enxofre é uma substância sólida de cor amarelo, é mau condutor do
calor e não conduz a corrente eléctrica.
2- É insolúvel na água, ligeiramente solúvel em álcool e muito solúvel em
dissulfureto de carbono.
Propriedades químicas do enxofre
O enxofre reage com os metais formando sulfuretos. Exemplo:
1- Misturando e aquecendo o enxofre e o ferro triturados, a mistura torna-se
acesa (ardente) formando sulfureto de ferro (2), FeS, de acordo com a seguinte
equação química:
S (s) + Fe (s) FeS (s)
Sulfureto de Ferro (2)
2- Misturando e aquecendo o enxofre e alumínio em pó, obtém-se uma
chama, formando-se uma mistura sólida de sulfureto de alumínio:
3 S (s) + 2 Al (s) Al2S3 (s) Sulfureto de Alumínio
3- Misturando e aquecendo enxofre e zinco, em pó, obtém-se uma mistura
sólida de sulfureto de zinco:
S (s) + Zn(s) ZnS (s) Sulfureto de Zinco
4- Misturando e aquecendo enxofre e cobre em pó, obtém-se uma mistura de
sulfureto de cobre:
S (s) + Cu (s) CuS (s) Sulfureto de cobre
5- O enxofre combina-se com o oxigénio no ar, formando dióxido de
enxofre.
S8 (s) + 8 O2 (g) 8 SO2 (g)
Dióxido de enxofre
Aplicações do enxofre
O enxofre tem aplicações em áreas muito vastas como na medicina, na
agricultura e na indústria.
Na Medicina – O enxofre e seus derivados, são utilizados no fabrico de
pomadas e sabões medicinais para combater certas doenças da pele.
Na Agricultura – O enxofre e seus derivados, são utilizados para o
fabrico de pesticidas para combater os insectos e as pragas nas plantações.
Na Indústria – Utiliza-se o enxofre na vulcanização da borracha, no
fabrico de explosivos e produtos para ondulação de cabelo. Além disso, o enxofre é
um dos componentes das cabeças dos palitos de fósforos.
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Aula nº 13 e 14
Subtema: Os óxidos de enxofre na Natureza. Estrutura molecular.
- Formação de chuvas ácidas. Consequências das chuvas ácidas.

Os óxidos de enxofre na Natureza


O enxofre para além de reagir com os metais, também reage com os não-
metais formando os compostos correspondentes.
A obtenção de óxidos de enxofre a partir da combustão de sulfuretos
metálicos, é de extrema importância industrial por fornecer grande quantidade de
dióxido de enxofre para o fabrico de ácido sulfúrico.

Dióxido de enxofre (SO2) – Forma-se durante a combustão do enxofre e


a partir dos sulfuretos metálicos. É o dióxido de enxofre que provoca o aumento de
acidez (60 %) das águas das chuvas, uma vez que o SO2 também é proveniente de
combustíveis fósseis (petróleo e carvão), e este óxido quando é libertado para a
atmosfera, mistura-se com a chuva e a neve, formando-se o ácido sulfuroso
(H2SO3). Exemplo:
4 FeS2 (s) + 11 O2 (g) 2 Fe2O3 (s) + 8 SO2 (g)
Óxido de Ferro (3) Dióxido de enxofre
SO2 (g) + H2O (l) H2SO3 (aq) Ácido sulfuroso
SO2 + H2O H+ + HSO-3
O dióxido de enxofre é utilizado na conservação de alimentos como
frutas e vegetais, evitando as bactérias, as fermentações e o crescimento de bolores.
No estado líquido, o dióxido de enxofre pode dissolver numerosas substâncias.

Trióxido de enxofre (SO3) – É obtido por oxidação do dióxido de


enxofre em presença de um catalisador que é o pentóxido de vanádio (V2O5), de
acordo com a seguinte equação química:
2 SO2 (g) + O2 (g) V2O5 2 SO3 (g)

Na Natureza, o trióxido de enxofre tal como o dióxido de enxofre são


óxidos que contribuem para a formação de chuvas ácidas. O SO3 é libertado para a
atmosfera misturando-se com a chuva e a neve, formando o ácido sulfúrico. Ex:
SO3 (g) + H2O (l) H2SO4 (aq) Ácido sulfúrico
H2SO3 + H2O HSO3 + H

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O trióxido de enxofre (SO3) dissolve-se em ácido sulfúrico concentrado,
assemelhando-se ao óleo vegetal, por este facto é chamado oleum.
Estrutura da molécula de dióxido de enxofre
2 S + O2 2 SO2 S
120º

Estrutura molecular de trióxido de enxofre O O


2 SO2 + O2 2SO3 O
S
O O
Formação de chuvas ácidas
As chuvas ácidas são provocadas pelo lançamento de compostos nítricos
ou azóticos na atmosfera e, especialmente pela combustão do petróleo sulfurado.
Os poluentes lançados para a atmosfera são na sua maioria substâncias
quimicamente instáveis, transformando-se noutras mais estáveis como é o caso dos
óxidos de nitrogénio (azoto) (NO e NO2), os óxidos de enxofre (SO2 e SO3) e os
óxidos de carbono (CO e CO2), que quando oxidados originam óxidos estáveis.
Exemplo:
S (s) + O2 (g) SO2 (g)
2 N (g) + O2 (g) 2 NO (g)
2 C (s) + O2 (g) 2 CO (g)
SO2 Oxidação SO3 H2O H2SO4
Dióxido de enxofre Trióxido de enxofre Ácido sulfúrico
NO Oxidação NO2 H2O HNO3
Monóxido de Azoto Dióxido de azoto Ácido Nítrico
CO Oxidação CO2 H2O H2CO3
Monóxido de carbono Dióxido de carbono Ácido carbónico

A poluição atmosférica é devida essencialmente à excessiva


concentração na atmosfera de dióxido de enxofre, trióxido de enxofre e os óxidos
de azoto e de carbono.
Em suma, as reacções químicas do dióxido de enxofre e do dióxido de
azoto com as gotículas de água da chuva dão origem ao ácido sulfúrico (H2SO4) e
ao ácido nítrico (HNO3), formando as chuvas ácidas.

Consequências das chuvas ácidas


Entre as numerosas consequências provocadas pelas chuvas ácidas,
destacamos as seguintes:
10
1- Acidificam o ambiente;
2- A ocorrência de precipitação (chuva, neve, granito) sobre a Terra
transporta os ácidos H2SO4, HNO3 e H2CO3, influenciando negativamente o
ambiente.
3- Provocam efeitos prejudiciais sobre as regiões urbanas, industriais
e regionais.
4- As chuvas ácidas provocam a mudança do ambiente, elas alteram o
bem-estar do homem afectando sua saúde com doenças do sistema respiratório,
como por exemplo, asma, bronquite e câncro pulmonar.
5- Danificam as florestas e as culturas nos solos, tornam os lagos e os
rios tão ácidos que a vida das plantas e dos peixes se torna impossível.
6- Provocam desgaste de mármores e calcários.

TAREFA
1- Como são provocadas as chuvas ácidas?
2- Descreve três (3) consequências das chuvas ácidas?

ACTIVIDADES
1- Completa os espaços em branco:
a) O enxofre é um ____________de cor ______________e é encontrado em
_________________ sedimentares _____________________.
b) As duas formas distintas do enxofre são: _________________________ e
_______________________________.
c) Na medicina o enxofre e seus derivados são utilizados para o fabrico de
_____________ e sabões_________________ para ____________________certas
______________________ da pele.
d) O dióxido de enxofre provoca o ______________ de _____________das
__________________ das chuvas.
e) O dióxido de enxofre forma-se durante a _____________do___________
e a partir de ___________________metálicos.
f) As chuvas ácidas provocam efeitos prejudiciais sobre as regiões
______________________, _____________________ e ____________________.
g) As chuvas____________provocam desgaste de ____________________
e ___________________.
h) As chuvas ácidas danificam as _____________e as _____________ nos
____________, tornam os ___________ e os ___________ tão __________ que a
vida das _____________ e dos ___________ se torna impossível.
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2- Faz corresponder os elementos da coluna A com os grupos da
Tabela Periódica da coluna B:
COLUNA A COLUNA B
1- Oxigénio, enxofre, selénio, telúrio, polónio A. 1
2- Berílio, Magnésio, Cálcio, Estrôncio, Bário, Rádio B. 18
3- Lítio, Sódio, Potássio, Rubídio, Césio, Frâncio 16
4-Hélio,Néon, Árgon, Crípton, Xénon, Radônio, Oganessónio 2
3- Relaciona a coluna A com a coluna B:
COLUNA A COLUNA B
1- Dióxido de enxofre A – H2SO4
2- Ácido sulfúrico B – SO2
3- Forma Alotrópica C – Água
4- Sólido de cor amarelo D – Ortorrômbico
5- Enxofre solúvel E – Enxofre
6- Enxofre insolúvel F – Dissulfureto de carbono
4- Completa o seguinte quadro:
NOME SÍMBOLO NÚMERO MASSA ATÓMICA RELATIVA
QUÍMICO ATÔMICO
O 16
Enxofre 16
Se 79
Telúrio 128
Po 84

5- Marca com X as afirmações que consideras verdadeiras:


a) O oxigénio encontra-se no estado líquido _____
b) O enxofre é uma substância gasosa _____
c) O número atómico do oxigénio é 20 ____
d) O número atómico do enxofre é 16 X_
e) As duas formas alotrópicas do enxofre são: o ortorrômbico e o cristalino
6- Resumidamente, diga como se formam as chuvas ácidas?
a) Descreve três consequências das chuvas ácidas.

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II - TRIMESTRE
TEMA B - QUANTIDADE EM QUÍMICA
Subtema: Massa atómica relativa, massa isotópica relativa e massa molecular
relativa.

Nas classes anteriores aprendeste a constituição dos átomos, o que os


caracteriza, os símbolos químicos, que os átomos se ligam entre si e formam as
moléculas. Estudaste ainda a massa atómica e a massa molecular relativa. Através
dos conhecimentos anteriores sabes que:
 A massa atómica relativa de um elemento é a grandeza que exprime o
número de vezes que a massa de um átomo é em média superior a 1/12 da
massa do átomo de carbono – 12.
 A massa molecular relativa de uma substância é a grandeza que exprime
o número de vezes que a massa de uma molécula é em média superior a 1/12
da massa do átomo de carbono – 12.
 A massa isotópica relativa é a média dos valores obtidos multiplicando às
suas respectivas massas.
Aprenderam igualmente que alguns elementos possuem isótopos como o
hidrogénio, o oxigénio, o carbono, o nitrogénio (azoto), e outros, e que a sua
abundância na Natureza é variável.
Att: Passar o quadro da pág. 33, manual de apoio.
Isótopos do oxigénio Abundância na Natureza
16 O 98,80
17 O 0,70
18 O 0,50

Isótopos do cloro Abundância na Natureza (%)


35 Cl 75,53
37 Cl 24,47
Cálculo da Massa atómica relativa
1- Calcula a massa atómica relativa aproximada do chumbo, supondo que
a percentagem de isótopos no elemento natural é:
Isótopos do chumbo Abundância na Natureza (%) Massa atómica relativa
204 Pb 2 204,0
206 Pb 24 206,0
207 Pb 22 207,0
208 Pb 52 208,0
Resolução:
13
Massa atómica relativa do chumbo é igual:
Ar (Pb) = 2 x 204,0 + 24 x 206,0 + 22 x 207,0 + 52 x 208,0 = 207,2
100
408 + 4944 + 4554 + 10816 = 20722
100 100
= 207,2 = 207

Resposta: A massa atómica relativa do chumbo é de 207.

2- O hidrogénio natural é fundamentalmente composto por prótio (99,985%)


e deutério (0,015%). As massas isotópicas relativas são: 1,00783 e 2,01407,
respectivamente. Calcula a massa atómica relativa do hidrogénio?
Massa atómica relativa do hidrogénio é igual:
Ar (H) = 99,985 x 1,00783 + 0,015 x 2,01407
100
100,76788255 + 0,03021105 = 100,7980936 = 1,007980936 = 1
100 100
Resposta: A massa atómica relativa do hidrogénio é de 1.

Cálculo da massa isotópica relativa


O carbono natural é constituído pelos isótopos 12C e 13C, de massas
isotópicas relativas 12,0000 e 13,0034, respectivamente. Calcule a abundância
natural de cada um dos isótopos de carbono, sabendo que a massa atómica relativa
do carbono é 12,00115.

Resolução: Como a percentagem existente é de 100, então em 100 átomos existem


n átomos de massa 12,0000 e (100 – n) átomos de massa 13,0034 ou seja:
12,0000 x n
Em 100 átomos existem
13,0034 x (100 – n)
Massa isotópica relativa = 12,0000 x n + 13,0034 x (100 – n) = 12,00115
100
12,0000 n + 1300,34 – 13,0034 n_ = 12,00115
100
12,0000 n – 13,0034 n + 1300,34 = 12,00115 x 100 = 1200,115
– 1,0034 n = 1300,34 – 1200,115
n = 100,225
1,0034
n = 99,885 % = 99,89 %
100 % – 99,89 % = 0,11 %
Resposta: Na natureza existem 99,89% de 12C e 0,11 % de 13C.

14
TAREFA

Resolve as seguintes questões:


1- Supondo que a massa isotópica do carbono – 13 é exactamente 13, e o
carbono natural é constituído por 98,80 % de 12C e 1,20 % de 13C. Calcule a massa
atómica relativa do carbono para estas condições?
Dados:
12C = 98,8 %

13C = 1,20 %
Ar (C) = ?
Ar = 12 x 98,8 + 13 x 1,20
100
= 1185,6 + 15,6 = 1201,2
100 100
= 12,012 = 12 g
Resposta: A massa atómica relativa do carbono para estas condições é de 12 g.

2- Calcule a massa atómica relativa do oxigénio, supondo que a


percentagem de isótopos do elemento natural é: isótopo 16 = 98,80%; isótopo 17 =
0,70 % e isótopo 18 = 0,50%.
Ar (O) = 98,80 x 16 + 0,70 x 17 + 0,50 x 18 = 1580,8 + 11,9 + 9 = 1601,7
100 100 100
= 16,017
= 16 g R: A massa atómica relativa do oxigénio “Ar (O)” é de 16 g.
3- O cloro natural é constituído por dois isótopos de massas isotópicas
relativas 34,97 e 36,97. Sabendo que a massa atómica relativa do cloro é 35,45:
Calcule a abundância isotópica (percentagem) do cloro?
Resolução: 34,97 . n + 36,97 . (100 – n)_ = 35,45
100
34,97 n + 3697 – 36,97 n = 35,45
100
34,97 n – 36,97 n + 3697 = 35,45 . 100 = 3545
- 2 n = 3545 – 3697
- 2 n = - 152
n = - 152_
- 2
n = 76 %
100 % – 76 % = 24 %
Resposta: A abundância isotópica do cloro é 35Cl = 76 % e 37Cl = 24 %,
respectivamente.
15
Cálculo da massa molecular relativa
Para calcular a massa molecular relativa, deve-se seguir alguns passos,
dos quais destacamos os seguintes:
a) Conhecer os elementos químicos que constituem um determinado composto;
b) Identificar a quantidade de átomos de cada substância presente neste
composto;
c) Conhecer as massas atómicas relativas de cada substância presente.
Exemplo:
1- Calcule a massa molecular relativa do ácido sulfúrico (H2SO4).
Ar (H) = 1
Ar (S) = 32
Ar (O) = 16
Mr = (1 x 2) + (1 x 32) + (4 x 16)
Mr = 2 + 32 + 64
Mr = 98 g Resposta: A massa molecular relativa do ácido sulfúrico é 98 g.
2- Calcule a massa molecular relativa de sacarose, cuja fórmula molecular é
C12H22O11 e as massas atómicas relativas: Ar (C) =12; Ar (H)= 1; Ar (O) =16
Mr = (12 x 12) + (22 x 1) + (11 x 16)
Mr = 144 + 22 + 176
Mr = 342 g Resposta: A massa molecular relativa de sacarose é de 342 g.

Subtema: Massa molar de átomos e de moléculas.

Massa molar de átomos

A massa molar (M) de uma substância química é uma grandeza que indica a
massa de uma mole dessa substância que contém 6,02x1023 partículas, ou seja,
massa molar é a relação existente entre a massa de amostra e a quantidade de
substância ou número de moles.
Para conhecer a massa molar de um átomo é necessário saber de que
elemento químico se trata e ir à Tabela Periódica para consultar o valor da massa
atómica relativa.
Por exemplo, a massa molar do átomo de alumínio é igual a 27 g/mol.
Significa que uma mol de átomos de alumínio tem a massa de 27 g.
Como a massa atómica relativa do cobre (Cu) é 64; a sua massa molar é 64
g/mol.
A massa molar também é calculada através da seguinte equação:
16
Massa molar = Massa_de amostra___
m Quantidade de substância
M= e n = _m_
n M
A massa de uma amostra expressa em gramas representa-se por m; a
quantidade de substância expressa em moles representa-se por n; e a massa molar
representa-se por M, onde:
M = massa molar (g/mol) - A massa molar dos átomos exprime-se em gramas por mol.
n = número de moles ou quantidade de substância (mol)
m = massa da amostra (g)
Lembra-se que: M = _m_ e n = _m_
n M
Exemplo:
1- Qual é a quantidade de substância correspondente a 10 g de átomos de
hidrogénio?
Resolução:
Dados:
m = 10 g
Ar (H) = 1 M (H) = 1 g/mol
n =?
n = _m_
M
= __10 g__ = 10 mol Ou: 1 g _____ 1 mol
1 g/mol 10 g ____ x
x = _10g x 1 mol
1g
x = 10 mol
Resposta: 10 g de átomos de hidrogénio correspondem a 10 mol.

2- Quantas moles de átomos há numa placa de zinco com a massa de 18,6 g?


Resolução
Consultando a tabela das massas atómicas relativas podemos saber a
massa molar do zinco e que é a seguinte:
Ar (Zn) = 65
m = 18,6
M (Zn) = 65 g/mol
65 g __________ 1 mol
18,6 g __________ x
x = 18,6 g x 1 mol = 0,28 mol
65 g
R: A placa de zinco com a massa de 18,6 g possui 0,28 mol de átomos.

17
Tarefa
Calcule a quantidade de substância correspondente a 12,8 g de dicromato
de sódio?
Dados:
m = 12,8 g
M (Na2Cr2O7) = 262 g/mol
n=?
Resolução:
m 12,8 g
n= n=
M 262 g/mol
n = 0,048 mol.
Resposta: A quantidade de substância correspondente a 12,8 g de
Na2Cr2O7 é de 0,048 mol.

Massa molar de moléculas


Conhecendo a constituição de uma molécula e as respectivas massas
atómicas dos átomos constituintes, será possível determinar a massa molar de uma
substância.
A massa molar de uma mole de moléculas exprime-se em gramas por
mole (g/mol), e pelo valor numérico correspondente ao valor da massa molecular
relativa.
Para calcular a massa molar de uma molécula multiplica-se a
quantidade de átomos de cada elemento desta molécula pela sua respectiva massa
atómica relativa, depois somam-se os valores e exprime-se o resultado em gramas
por mol (g/mol). Exemplo:
1- Calcula a massa molar da água.
Resolução
A fórmula química da água é H2O.
Ar (H) = 1 M (H) = 1 g/mol
Ar (O) = 16 M (O) = 16 g/mol
M (H2O) = (2 x 1) + (1 x 16)
M = 18 g/mol
Resposta: A massa molar da água é de 18 g/mol.
2- Calcule a massa molar do cloreto de sódio?
Resolução
A fórmula química do cloreto de sódio é NaCl.
Ar (Na) = 23 M (Na) = 23 g/mol
18
Ar (Cl) 0 35,5 M (Cl) = 35,5 g/mol
M (NaCl) = (1 x 23) + (1 x 35,5)
M = 58,5 g/mol
Resposta: A massa molar do cloreto de sódio é de 58,5 g/mol.
TAREFA
1- Calcule a quantidade de substância (n) correspondente a 9,80 g de ácido
sulfúrico?
Resolução
A fórmula química do ácido sulfúrico é H2SO4.
m = 9,80 g
n=?
M = _m_ e n = _m_
n M
Se M (H) = 1 g/mol; M (S) = 32 g/mol; M (O) = 16 g/mol, então:
M (H2SO4) = (2 x 1) + (1 x 32) + (4 x 16) = 98 g/mol.
n = _9,80 g__
98 g/mol
n = 0,10 mol Resposta: A quantidade de substância correspondente a 9,80
g de ácido sulfúrico é de 0,10 mol.
2- Calcule o número de moles que corresponde a 196 g de ácido fosfórico?
M (H3PO4) = (3 x 1) + (1 x 31) + (4 x 16) = 98 g/mol
n=?
n = _m_ n = _196 g__ = 2 mol
M 98 g /mol
Resposta: O nº de moles correspondente a 196 g de H3PO4 é de 2 mol.

Subtema: Massa molar de iões e de compostos iónicos.

Massa molar de iões e de compostos iónicos


A massa de uma mole de iões ou de uma mole de um composto iónico
exprime-se em gramas por mole (g/mol), e pelo valor numérico correspondente ao
valor da massa atómica relativa.
Para calcular a massa molar de iões monoatómicos é necessário saber a
massa atómica relativa do átomo. Como os iões provêem dos átomos por perda ou
ganho de electrões, cuja massa é muito pequena, então a massa do ião é igual à do
átomo respectivo.
Ex: A massa molar dos elementos sódio (Na), ferro (Fe) e mercúrio (Hg) é:
M (Na) = 23 g/mol então M (Na+) = 23 g/mol
M (Fe) = 56 g/mol então M (Fe2+) = 56 g/mol
M (Hg) = 201 g/mol então M (Hg2+) = 201 g/mol
19
1- Calcule a massa de 8 moles de moléculas de água?
Resolução
M (H2O) = 18 g/mol
1 mol _______ 18g
8 mol ______ x
x = _8 mol x 18 g_
1 mol
x = 144 g Resposta: 8 moles de água correspondem a 144 g.
2- Qual é a massa molar das seguintes substâncias: propeno (C3H6) e
octeno (C8H16).
Resolução
Propeno (C3H6)
M (C) = 12 g/mol
M (H) = 1 g/mol
M (C3H6) = 3 x 12 + 6 x 1
= 42 g/mol.
Resposta: A massa molar do propeno, C3H6 é de 42 g/mol.
M (C) = 12 g/mol
M (H) = 1 g/mol
M (C8H16) = (8 x 12) + (16 x 1) = 112 g/mol
Resposta: A massa molar do C8H16 octeno, é de 112 g/mol.
3- Calcule a massa molar das seguintes substâncias, tendo em conta as
massas atómicas relativas: Ar (C) = 12; Ar (O) = 16; Ar (H) = 1; Ar (Ca) = 40;
Ar (K) = 39; Ar (P) = 31; Ar (Cr) = 52; Ar (Mn) = 55. Ar (S) = 32.
a) Hidróxido de cálcio, Ca(OH)2
M (Ca) = 40 g/mol
M (O) = 16 g/mol
M (H) = 1 g/mol
M Ca(OH)2 = (1 x 40) + (2 x 16) + (2 x 1)
= 74 g/mol.
Resposta: A massa molar de Ca(OH)2 é de 74 g/mol.
b) Permanganato de potássio (KMnO4).
M (K) = 39 g/mol
M (Mn) = 55 g/mol
M (O) = 16 g/mol
M (KMnO4) = (1 x 39) + (1 x 55) + (4 x 16)
M = 158 g/mol.
Resposta: A massa molar de KMnO4 é de 158 g/mol.
c) Dicromato de potássio (K2Cr2O7)
20
M (K) = 39 g/mol
M (Cr) = 52 g/mol
M (O) = 16 g/mol
M (K2Cr2O7) = (2 x 39) + (2 x 52) + (7 x 16)
M = 294 g/mol
Resposta: A massa molar de K2Cr2O7 é de 294 g/mol.
d) Dicromato de sódio (Na2Cr2O7)
M (Na) = 23 g/mol
M (Cr) = 52 g/mol
M (O) = 16 g/mol
M (Na2Cr2O7) = (2 x 23) + (2 x 52) + (7 x 16)
M = 262 g/mol
Resposta: A massa molar de Na2Cr2O7 é de 262 g/mol.
e) Octano (C8H18)
M (C) = 12 g/mol
M (H) = 1 g/mol
M (C8H18) = (8 x 12) + (18 x 1)
“ “ = 96 + 18
“ “ = 114 g/mol
Resposta: A massa molar de C8H18 é de 114 g/mol.
f) Ácido fosfórico (H3PO4)
M (H) = 1 g/mol
M (P) = 31 g/mol M (O) = 16 g/mol
M (H3PO4) = (3 x 1) + (1 x 31) + (4 x 16)
M = 98 g/mol
Resposta: A massa molar do H3PO4 é de 98 g/mol.
g) Ácido sulfúrico (H2SO4)
M (H) = 1 g/mol
M (S) = 32 g/mol
M (O) = 16 g/mol
M (H2SO4) = (2 x 1) + (1 x 32) + (4 x 16)
M = 98 g/mol
Resposta: A massa molar do H2SO4 é de 98 g/mol.
h) Pentano (C5H12)
M (C) = 12 g/mol
M (H) = 12 g/mol
M (C5H12) = (5 x 12) + (12 x 1)
M = 72 g/mol Resposta: A massa molar do pentano, C5H12 é de 72 g/mol.
21
4- Calcule quantos gramas deve-se pesar para obter 10 moles de:
a) Cloreto de potássio (KCl)
M(KCl) = 1 x 39 + 1 x 35,5
“ 39 + 35,5 = 74,5
M (KCl) = 74,5 g
1 mol _______ 74,5 g
10 mol ______ x
x = _10 mol x 74,5 g_ = 745 g
1 mol
R: Deve-se pesar 745 g para obter 10 moles de KCl.
b) Acetileno (C2H2)
M(C2H2) = (2 x 12) + (2 x 1)
“ 24 + 2 = 26
M (C2H2) = 26 g
1 mol _______ 26 g
10 mol ______ x
x = _10 mol x 26 g_ = 260 g
1 mol
R: Para obter 10 moles de acetileno deve-se pesar 260 g.

c) Propano (C3H8)
M (C3H8) = (3 x 12) + (8 x 1) = 44 g
1 mol _______ 44 g
10 mol ______ x
x = _10 mol x 44 g_ = 440 g
1 mol
Resposta: Para obter 10 moles de acetileno deve-se pesar 440 g.

d) Carbonato de sódio (Na2CO3)


M (Na2CO3) = (2 x 23) + (1 x 12) + (3 x 16)
“ 46 + 48 = 106
M (Na2CO3) = 106 g
1 mol _______ 106 g
10 mol ______ x
x = _10 mol x 106 g_ = 1060 g
1 mol
R: Para obter 10 moles de acetileno deve-se pesar 1060 g.

TAREFA
a) Álcool etílico ou etanol (C2H5OH) ou C2H6O
22
M (C) = 12 g/mol
M (H) = 1 g/mol
M (O) = 16 g/mol
M (C2H6O) = (2 x 12) + (6 x 1) + (1 x 16)
M = 46 g/mol
Resposta: A massa molar relativa de C2H5OH é de 46 g/mol.
b) Ácido fosfórico (H3PO4)
M (H) = 1 g/mol
M (P) = 31 g/mol
M (O) = 16 g/mol
M (H3PO4) = (3 x 1) + (1 x 31) + (4 x 16)
M = 98 g/mol
Resposta: A massa molar do H3PO4 é de 98 g/mol.
c) Pentano (C5H12)
Resolução:
M (C5H12) = (5 x 12) + (12 x 1)
M = 72 g/mol Resposta: A massa molar relativa do pentano (C5H12) é de 72 g/mol.

2- Diz qual é a massa molar dos seguintes átomos:


a) Hidrogénio R: = 1 g/mol
b) Oxigénio R: = 16 g/mol
c) Enxofre R: = 32 g/mol
d) Carbono R: = 12 g/mol
e) Potássio R: = 39 g/mol
f) Cálcio R: = 40 g/mol

Subtema: Mole. Constante de Avogadro.

Conceito de mole e de constante de Avogadro.

Muitas vezes temos a necessidade de saber que quantidade de uma certa


substância temos. Para isso, se a substância estiver no estado sólido recorremos à
uma balança com objectivo de pesá-la, para desta forma conhecermos a sua massa.
Se a substância estiver no estado líquido, o mais prático é medir o seu
volume através de uma proveta graduada.
Por este motivo, para se saber a quantidade de substância em Química e
Física utiliza-se uma unidade a que se dá o nome de mole cujo símbolo é mol.
23
 A mole (mol) é a quantidade química de substância que contém várias
partículas ou os átomos de carbono que existem em 0,012 kg de
carbono-12.
Uma mol (1 mol) de partículas (átomos, moléculas, iões, electrões, protões,
neutrões) são mais de seiscentos mil milhões de biliões dessas partículas.
602 000 000 000 000 000 000 000 = 6.02 x 1023

Milhão de bilião Bilião Milhão


O número 602 000 000 000 000 000 000 000 = 6,02 x 1023 é designado por
Constante de Avogadro, em homenagem ao físico italiano Amadeu de Avogadro
(1776 – 1856), e representa-se por L ou NA.
- Quando se fala de uma mol (1 mol) de átomos, é o mesmo que falar em
6.02x1023 átomos;
- 1 mol de moléculas, é o mesmo que falar em 6.02 x 1023 moléculas;
- 3 mol de átomos, é o mesmo que falar em 3 x 6.02 x 1023 átomos;
- 0,25 mol de iões, é o mesmo que falar em 0,25 x 6.02 x 1023 iões.
A mole é considerada a unidade de quantidade de substância do Sistema
Internacional de unidades (SI) e corresponde a 6,02 x 1023 partículas.
A massa de um (1) átomo do padrão, em gramas vale 1,66 x 10 -24 g. Para
calcular o número de átomos usa-se a seguinte fórmula:
N = _m1 (massa do átomo em gramas)_
m2 (massa de 1 átomo padrão)

Exercícios
1- Calcule o número (N) de átomos de carbono (C) que existem em 1 mol no
isótopo 12 do elemento carbono.
Resolução:
Ar (C) = 12
N = ? vem dado pela fórmula:
N = m1 (massa do átomo de carbono em gramas)_
m2 (massa de um átomo padrão de carbono)
N = _____12 g_______ = 6,02 x 1023 átomos
12 g x 1,66 x 10-24
Resposta: No isótopo de carbono -12 existem 6,02 x 1023 átomos.
2- Calcule o número N de moléculas da água (H2O) que existem em 18 g de
água?
Resolução
Ar (H) = 1
Ar (O) = 16
Mr (H2O) = 2 x 1 + 1 x 16 = 18 g/mol
24
N vem expresso pela fórmula:
N = m1 (massa da molécula de água em gramas)__
m2 (massa de 1 molécula padrão de água)
N = _____18 g________ = 6,02 x 1023 átomos
18 g x 1,66 x 10-24
Resposta: Em 18 g de água existem 6,02 x 1023 moléculas.
Já sabes que uma mole (mol) de átomos de um elemento químico é o mesmo
que 6,02 x 1023 átomos, e que o número 6,02 x 1023 partículas que existe numa mole
designa-se por Constante de Avogadro, em homenagem ao físico italiano Amedeo
Avogadro que a determinou através de experiência pela primeira vez, e representa-
se pela letra N e subíndice A, ou seja, NA ou L.
Assim: NA = 6,02 x 1023 partículas.
. Constante de Avogadro – é o número de partículas existente numa mole de
qualquer substância.
Exemplo: A combustão do magnésio num ambiente de oxigénio é traduzida
pela seguinte equação química:
2 Mg (s) + O2 (g) 2 MgO (s)
Quer dizer que:
 2 átomos de magnésio reagem com 1 (uma) molécula de oxigénio,
originando 2 átomos de óxido de magnésio.
 Em termos de moles, pode dizer-se que 2 mol de átomos de magnésio
reagem com 1 mol de moléculas de oxigénio, originando 2 mol de moléculas
de óxido de magnésio.
Exercícios
1- Calcule o número de moléculas (N) de oxigénio (O2) que existem em 32 g
de oxigénio.
Resolução
Ar (O) = 16
Ar (O) = 2 x 16 = 32 g/mol
N =?
Fórmula: N = m1 (massa da molécula de oxigénio em gramas)_
m2 (massa de 1 molécula padrão de oxigénio)
N = _______32 g_______ = 6,02 x 1023 moléculas
32 g x 1,66 x 10-24
Resposta: Em 32 g de oxigénio existem 6,02 x 1023 moléculas.
2- Calcule o número de átomos (N) de enxofre (S) que existem em 32 g
desse elemento.

25
Resolução
Ar (S) = 32
N =?
N = m1 (massa do átomo de enxofre em gramas)_
m2 (massa de um átomo padrão de enxofre)
N = _____32 g_______ = 6,02 x 1023 átomos
32 g x 1,66 x 10-24
Resposta: Em 32 g de enxofre existem 6,02 x 1023 átomos.

Subtema: Volume molar de um gás.

Para todas as substâncias que se encontram no estado gasoso é usual falar-se


em volume ao invés de massa.
Um gás é uma substância que se expande espontaneamente a fim de
preencher completamente o recipiente onde se encontra e de maneira uniforme.
* Denomina-se volume molar, ao volume ocupado por uma mol de um gás
à temperatura de 0 ºC e à pressão de 1 atmosfera, (1 atm).
* O volume molar de um gás considerado nas condições normais de pressão
(1 atm) e temperatura (0 ºC) é de 22,4 dm3.
Para descrever o comportamento dos gases existem três variáveis que são:
 Volume (V)
 Pressão (P)
 Temperatura (T)
Porém, o volume de um gás ocupa todo o recipiente que o contém. A
unidade fundamental do Sistema Internacional (SI) é o metro cúbico (m3), com os
seus múltiplos e submúltiplos. Falar de dm3 é o mesmo que falar de litro (l).
Em termos gerais, quando se trata de um gás ideal nas condições normais
de pressão e temperatura (PTN), a T = 0º C, equivale a 273 K) e P = 1 atm.
Podemos calcular o volume de 1 mol de um gás através da seguinte fórmula que é
a equação dos gases ideais:
Fórmula

PV = nRT Dados:
V= _n x R x T_ P = 1 atm
P n = 1 mol
V =? R (constante universal) = 0,082
T = 273 K
26
V = _1 x 0,082 x 273_
1
V = 22,43 = 22,4 dm3
Resposta: O volume molar de um gás ideal é aproximadamente a 22,4 dm3
ou 22,4 litros (l).
1- Calcule o volume molar de 1 mol de uma substância gasosa se a
temperatura for de 25 ºC e a pressão de 2 atm?
Resolução
Dados OBS: Para resolvermos, temos que
T (K) = 25 ºC + 273 K = 298 K multiplicar os numeradores e
P = 2 atm em seguida proceder a divisão
n = 1 mol pelo número que corresponde
R = 0,082 à pressão (em atm).
Fórmula – Lembra-te que K significa “Kelvem”
PV = nRT
V=nxRxT
V = 1 x 0,082 x 298 = 24,4_
2 2
3
V = 12,2 litros ou dm
Resposta: O volume ocupado pela substância gasosa é de 12,2 litros (l).

2- Determina o volume molar de 2 mol de um gás se a temperatura for de


300 K e a pressão de 3 atm?
Resolução
Dados
T = 300 K
P = 3 atm
n = 2 mol
R = 0,082
Fórmula:
PV = nRT
V = _n x R x T_
P
V = _2 x 0,082 x 300_ = 49,2
3 3
V = 16,4 litros (l)
Resposta: O volume ocupado pelo gás é de 16,4 litros (l).
Como dissemos antes, o volume molar de um gás ideal é aproximadamente a
22,4 dm3 ou 22,4 litros (l).
27
Massa volúmica = _Massa molar_ então:
Volume molar
Volume molar = _Massa molar__
Massa volúmica
Exemplo: O hidrogénio possui a massa volúmica de 0,08988 g/dm3, nas
condições normais de pressão e temperatura, e a sua massa molar é de 2,016 g/mol.
Calcule o volume molar ocupado por uma mole de hidrogénio?
Fórmula: V= Massa molar_
Massa volúmica
Massa molar = 2,016 g/mol-1
Massa volúmica = 0,08988 g/dm3
Volume molar = __2,016__ = 22,43 dm3 = 22,4 dm-3
0,08988
Resposta: O volume molar ocupado por 1 mol de hidrogénio é de 22,43 dm3.

Subtema: Relação entre número de moles, massa molar e volume molar.

A composição quantitativa de uma solução pode ser expressa de várias


maneiras das quais destacamos as seguintes:
1- Concentração mássica (Cm) – É a massa de soluto existente em cada
unidade de volume de solução.
Para a concentração mássica usa-se a seguinte fórmula:
Cm = _m_ onde:
V
Cm = concentração mássica;
m = massa de soluto;
V = volume de solução.
A concentração mássica é expressa no SI em kg m3, no entanto,
geralmente usam-se outras unidades como o g/dm-3.
2- Concentração molar (C) – indica a quantidade química de soluto
(mol) por unidade de volume de solução.
Para a concentração molar usa-se a seguinte fórmula:
C = _n_ ou ainda C = _Cm_
V M
Onde:
C = concentração molar;
n = quantidade química de soluto existente na solução;
V = volume de solução.

28
No Sistema Internacional (SI) a concentração molar é expressa em dm-3,
mas é corrente usar-se outra unidade, mol/dm-3.

Exercícios

1- Dissolveu-se 21,2 g de carbonato de sódio (Na2CO3) em água, de


modo a perfazer 0,250 ml de solução. Calcule a concentração mássica e a
concentração molar?
Resolução
Concentração mássica
Cm = _m_ Cm = _21,2_ = 84,8 g dm3
V 0,250
Concentração molar
M (Na2CO3) = 106 g mol
n = _m_ = __21,2_ = 0,2 mol
M 106
C = _ n_ = _0,200_ = 0,8 mol dm3
V 0,250
Ou: C = _Cm_ = 84,8 g dm3 = 0,8 mol dm3
M 106 g mol
Resposta: A concentração mássica é de 84,8 g/dm3 e a concentração molar é de
0,8 mol/dm3.
2- Pretende-se preparar um volume de 500 ml de uma solução de
cloreto de sódio (NaCl) com uma concentração mássica de 43,8 g dm-3. Calcule a
massa necessária de soluto?
Dados:
V = 500 ml = 0,500 l
Cm = 43,8
m =?
Fórmula: m = Cm x V
Resolução
m = 43,8 x 0,500
m = 21,9 g
Resposta: A massa necessária de soluto é de 21,9 g de cloreto de sódio.

Tarefa
Necessita-se dissolver 42,4 g de cloreto de sódio em água de modo a perfazer
0,500 ml de solução. Calcule a concentração mássica e a concentração molar?
Dados:
m = 42,4 g

29
V = 0,500 ml
Cm =?
Resolução
Concentração mássica:
Cm = _m_ Cm = _42,4_ = 84,8 g dm3
V 0,500
Concentração molar
M (NaCl) = 58,5 g mol
n = _m_ = __42,4_ = 0,72 mol
M 58,5
C = _ n_ = _0,72_ = 1,44 mol dm3
V 0,500
Ou: C = _Cm_ = _84,8 g dm3_ = 1,44 mol /dm3
M 58,5 g mol
Resposta: A concentração mássica é de 84,8 g/dm3 e a concentração molar é de
1,44 mol/dm3.

Subtema: Exercícios.

1- Resolve as seguintes questões:


a) Uma mistura gasosa contém 0,300 mol, encontra-se à pressão de 1,20 atm
e à temperatura de 310 K. Calcule o volume da mistura?
Fórmula:
Dados: PV = nRT
T = 310 K V = _n x R x T_
P = 1,20 atm P
n = 0,300 mol
R = 0,082
V =?

Resolução
V = _0,300 x 0,082 x 310 = 7,626
1,20 1,20
V = 6,35 litros (l)
Resposta: O volume da mistura é de 6,35 litros (l).
b) Qual será o volume ocupado por 12 g de dióxido de carbono nas
condições normais de pressão e temperatura (P = 1 atm, T = 273 K)?
30
Dados: Fórmula:
PV = nRT
T = 273 K V = _n x R x T_
P = 1 atm P
n = 12 g (CO2) = 0,27 Resolução:
R = 0,082 V = _0,27 x 0,082 x 273_ = 6,044
V =? 1
M(CO2) = 1 x 12 + 2 x 16 V = 6,044 litros (l)
M = 12 + 32 = 44
M(CO2) = 44 g/mol
M =12/44 = 0,27
Resposta: O volume ocupado por 12,0 g de CO2 é igual a 6,044 litros (l).
c) Uma botija de gás doméstico contém 13 kg de butano (C 4H10). Que
volume de gás nas condições normais de pressão e temperatura (PTN) se deve
libertar, se a deixarmos esvaziar completamente?
Sugestão: Determine primeiro as moles correspondentes à massa de 13 kg e
depois usa a fórmula PV =nRT.
M(C4H10) = 4 x 12 + 1 x 10 = 58 g/mol
= 13 g = 0,224
58 g/mol
0,224 x 0,082 x 273
= = 5,014
1
Resposta: O volume de gás que se deve libertar é de 5,014 litros.

d) Qual é a massa de grafite que por combustão completa daria origem a 56


3
dm de dióxido de carbono em (PTN)?
Sugestão: Utiliza as fórmulas n = _m_ e PV = nRT
M
Dados:
56 dm3 de CO2 56
M (CO2) = 44 g/mol = = 1,27
44
Fórmula
PV = nRT V=nxRxT
P
1,27 x 0,082 x 273 28,43
V= =
1 1
V = 28,43 l R: 30 g
31
Resposta: A massa de grafite que por combustão completa daria origem a 56 dm3
de dióxido de carbono em PTN é de 28,43 litros.
2- Determina o volume molar de 2 mol de uma substância gasosa se a
temperatura for de 25 ºC e a pressão de 2 atm?
Dados OBS: Para resolvermos, temos que
T (K) = 25 ºC + 273 K = 298 K multiplicar os numeradores e
P = 2 atm em seguida proceder a divisão
n = 2 mol pelo número que corresponde
R = 0,082 à pressão (em atm).
Fórmula
PV = nRT V=nxRxT
P
V = 2 x 0,082 x 298 = 48,872_
2 2
3
V = 24,43 litros ou dm
Resposta: O volume ocupado pela substância gasosa é de 24,43 litros (l).

TAREFA
1- Calcule o volume molar de 3 mol de uma substância gasosa que se
encontra à uma temperatura de 310 K e à pressão de 3 atm?
2- Completa os espaços em branco nas seguintes frases:
a) Volume molar é o volume ocupado por mole de um gás, à temperatura
de 0 ºC e à pressão de 1 atm.
b) Nas condições normais de pressão e temperatura considera-se a
temperatura de 273 K e à pressão de 1 atm.
3- Faz a correspondência entre as frases da coluna A com as massas molares
da coluna B:
COLUNA A COLUNA B
1- A massa molar do dióxido de carbono é A – 58,9 g/mol
2- A massa molar do cobalto é B – 44 g/mol
3- A massa molar do fósforo é C – 35,5 g/mol
4- A massa molar do cloro é D – 27 g/mol
5- A massa molar do alumínio é E – 31 g/mol

Att: Obrigatório.
Passar o Mapa de Conceitos, elementos químicos, símbolos químicos nos
cadernos diários – pág. 55, Manual de Apoio.

32
III - TRIMESTRE
Tema c - QUÍMICA DE CARBONO
Subtema: O átomo de carbono. Posição na Tabela Periódica.
- Estrutura electrónica. As ligações do átomo de carbono.
- Variedades alotrópicas do carbono. Aplicações

Química de carbono ou Química Orgânica – é a Química que estuda os


compostos de carbono.
O átomo de carbono encontra-se na posição intermédia da tabela periódica
entre os elementos metálicos e os não-metálicos.
O carbono é um elemento fundamental na composição de todos os
compostos orgânicos, é o primeiro elemento do grupo 14 da Tabela Periódica,
possui número atómico 6, o símbolo é C e a massa atómica relativa é 12.
A estrutura electrónica do átomo de carbono é a seguinte:
6C – 2:4 Este átomo de carbono pode ser representado pelas seguintes formas:
H

– C– ou H C H

H
O último nível de energia do átomo de carbono possui 4 electrões, este
átomo não tem tendência para ceder nem para ganhar electrões, ele forma ligações
covalentes.
Variedades alotrópicas do carbono. Aplicações

Sabemos que o carbono é uma das substâncias simples que apresenta


alotropia. Assim, o carbono puro, por sua vez, tem duas variedades diferentes que
são: o diamante e a grafite. Estas duas substâncias são elementares e são
completamente diferentes, apesar de serem formadas pelo mesmo elemento.
O diamante
O diamante é o material mais duro que se conhece, risca os outros
materiais mas nenhum material é capaz de riscá-lo.
No diamante as ligações covalentes são fortes e bem direccionadas. A
geometria dos cristais é aberta apresentando grandes espaços livres e a sua
densidade é de 3,5 g/cm3. As ligações covalentes entre os átomos de carbono no
diamante são todas iguais.
33
Propriedades do diamante
 O diamante é mau condutor da corrente eléctrica, porque nas ligações
covalentes não há electrões livres;
 É duro e rígido, uma vez que as ligações covalentes não são fáceis de
romper;
 Não é solúvel, nem é volátil, uma vez que a água não rompe as ligações e o
calor só o consegue dificilmente;
 O ponto de fusão do diamante é muito elevado, com 3.500 ºC.
Aplicações do diamante
 Só os diamantes incolores ou com tons bonitos constituem pedras preciosas
que se utilizam no fabrico de jóias e em metais preciosos.
 As variedades negras e as microcristalinas com pouco valor comercial,
utilizam-se na indústria como ferramentas de corte e como perfuradores
para materiais de dureza elevada.
A grafite
A grafite é mole, untuosa (engordurado e escorregadio) e desfaz-se em
pequenas lâminas.
A grafite também é um cristal atómico covalente onde cada átomo de
carbono tem três ligações iguais.
Propriedade da grafite
 A grafite é boa condutora da corrente eléctrica, apresenta cor preta e brilho
metálico.
Aplicações da grafite
 O pó de grafite é usado para lubrificar cadeados e fechaduras, como
condutor eléctrico, no fabrico da ponta de lápis e em eléctrodos de pilhas e
lâmpadas eléctricas.
Exploração do diamante em Angola. Principais zonas diamantíferas d Angola
A exploração de diamantes em Angola teve início em 1917, num sector
que historicamente tem sido uma importante fonte de financiamento da economia,
mas que vem perdendo influência a nível da redução da quota de contribuição para
o produto interno bruto. A indústria de diamante é de suma importância, sendo
uma das principais riquezas para a economia angolana, depois do petróleo.
Entretanto, a sua exploração deve ser controlada por todos os membros da
sociedade angolana.
Angola, possuíndo significativas reservas, encontra-se entre os maiores
produtores da pedra preciosa a nível mundial. As principais zonas diamantíferas
34
do nosso país são localizadas nas Províncias de Malanje, Bié, Lunda Norte, Lunda
Sul e Cuando Cubango, com maior acentuação para as Províncias da Lunda
Norte e Lunda Sul, a Nordeste de Angola.

Exercícios
Faça a comparação das propriedades do diamante e da grafite no quadro a seguir:
PROPRIEDADES DIAMANTE GRAFITE
Cor
Solubilidade em água
Tipo de substância Elementar/simples Simples/elementar
Dureza
Condutividade eléctrica

TAREFA
1- O que entendes por Química de carbono?
2- Em que posição da tabela periódica encontra-se o átomo de carbono?
3- Porquê se afirma que o elemento carbono é fundamental para a vida?
4- Cite as Principais zonas diamantíferas de Angola.
Obs: Passar o mapa de Angola nos cardernos, pág. 76 –Manual de Apoio.

Subtema: Compostos orgânicos e compostos inorgânicos.


– Compostos orgânicos naturais.
Compostos orgânicos e compostos inorgânicos
Dos mais de 12 milhões de substâncias orgânicas conhecidas, mais de 90%
destes têm o elemento carbono na sua constituição, por isso é um elemento
fundamental para a vida.
Grande parte da energia produzida é proveniente da combustão do carvão,
essencialmente constituído por carbono; do gás butano, que é um hidrocarboneto
de fórmula C4H10 e é um derivado do petróleo, que quando queimado liberta
energia.
Os numerosos compostos orgânicos existentes em todos os organismos
vivos (plantas e animais), ou em materiais que fizeram parte de organismos vivos
como carvão e petróleo, que possuem na sua constituição compostos de carbono,
hidrogénio, oxigénio, azoto, etc., nos quais existem ligações C – H.
Compostos orgânicos são todos os compostos obtidos de forma natural e
industrialmente.
35
Compostos inorgânicos são aqueles compostos de carbono obtidos nos
Laboratórios, como por exemplo: dióxido de carbono (CO2), carbonato de cálcio
(CaCO3), cianeto de potássio (KCN) e ácido carbónico (H2CO3), constituíndo cerca
de 300 000 compostos. Além desses compostos existem outros no reino mineral
como a água, o oxigénio, o hidrogénio e outros.
Compostos orgânicos naturais de carbono
Os compostos orgânicos naturais são os compostos mais abundantes na
Natureza, que suas fontes naturais são as minas ou jazidas de materiais sólidos
(diamantes e carvão), líquidos (petróleo) e gasosos (gás natural).
O carvão mineral é uma rocha resultante da decomposição de árvores,
florestas e plantas durante longos períodos (desde a pré-história).
Devido à falta de acesso ao ar e sob altas pressões, esse material
carbonizou, foi perdendo hidrogénio e outros elementos, aumentando assim a
percentagem de carbono.
Também da destilação da hulha, à altas temperaturas, obtém-se um resíduo
coque que é uma espécie de carvão utilizado para extrair do ferro os óxidos de
ferro nos altos-fornos.
O gás natural é uma mistura de compostos de carbono e hidrogénio,
formado de modo semelhante ao petróleo, ou seja, é matéria viva que sofreu
transformações químicas durante milhões de anos.
Importância do estudo da química orgânica
A importância da Química Orgânica reside no estudo de compostos
orgânicos para a humanidade e sua aplicação em diversas áreas como: a Medicina,
a Agricultura e a Indústria (alimentar, têxtil, etc.).
TAREFA
1- Define compostos orgânicos e compostos inorgânicos?
2- O que entendes por gás natural?

Subtema: Compostos orgânicos sintéticos de carbono.

Compostos orgânicos sintéticos de carbono


Compostos orgânicos sintéticos de carbono são os compostos obtidos
através das indústrias químicas e farmacêuticas.

36
Nas indústrias químicas, através de processos de síntese, fabricam-se os
detergentes que se utilizam como produtos de limpeza e desinfecção; os plásticos
que quimicamente são polímeros (cadeias longas de átomos) e que se utilizam para
o fabrico de sacos, embalagens, garrafas, baldes, copos, rolos fotográficos, cabos
isoladores, etc.
As fibras são polímeros de fios finos, são agregados lineares de moléculas,
têm larga aplicação na indústria têxtil (tecidos), linhas, malhas, cordas, etc.
Os poliésteres obtêm-se por intermédio das fibras, dos quais se destacam:
O terylene – é um poliéster muito conhecido e quando reforçado com fibras
de vidro designa-se termoplástico e utiliza-se para o fabrico canas de pesca, malas
de viagem, carroçarias de automóveis, cascos de barcos, etc.
O nylon – é uma fibra muito utilizada como termoplástico e funde a 25º C,
por isso, não se deve passar com ferro eléctrico ou a carvão muito quente, pois
agarra ao ferro. Foi produzido em 1938, pela primeira vez e utiliza-se no fabrico de
roupas interiores, camisas, tapetes, meias, redes de pesca e outros.
Na indústria farmacêutica obtêm-se os produtos medicinais que muito
contribuem para o restabelecimento da saúde humana como antibióticos,
vitaminas, pomadas, etc.
Na medicina não só se utilizam os compostos sintéticos de carbono para o
fabrico de medicamentos, mas também para o fabrico de próteses para invisuais,
paralíticos, válvulas cardíacas e artérias obstruídas.
Na indústria, os compostos sintéticos de carbono têm larga aplicação para o
fabrico de aromas e perfumes.
Quanto à sua origem, as fibras classificam-se em:
 Naturais, artificiais e sintéticas.
*As fibras naturais – são aquelas que se obtêm a partir dos materiais ou
substâncias existentes na Natureza.
Exemplo: A lã e a seda de origem animal; o algodão e o linho de origem
vegetal. Estas fibras são usadas na indústria para a confecção de vestuário, toalhas
de mesa, colchas, etc.
* As fibras artificiais – são aquelas que se obtêm por tratamento químico
das fibras naturais.
Exemplo: A viscose, que é uma celulose tratada com sulfureto de carbono
e hidróxido de sódio. A celulose é um polímero natural e existe no algodão.

37
*As fibras sintéticas – são as fibras obtidas por síntese nos laboratórios
industriais a partir de polimerização como, por exemplo, poliésteres (o nylon).
Alguns tecidos trazem a etiqueta com a indicação da sua composição e dos
cuidados especiais a respeitar na lavagem, passagem a ferro, limpeza a seco e
secagem em máquina.
Existem vários tipos de etiquetas, das quais destacam-se as seguintes:
 100% Seda – significa que o tecido contém só seda natural;
 100% Algodão – Significa que o tecido ontem só algodão;
 Pura lã virgem – Significa que o tecido contém apenas lã que nunca foi
anteriormente utilizada em outros produtos;
 Algodão 85%, seda 11%, poliéster 4% - Significa que não se pode passar a
ferro com temperatura elevada como se fosse algodão puro; Tem mais
brilho do que o algodão simples; A presença de poliéster indica que não
amarrota nem encolhe com facilidade.

TAREFA
1- Que diferença existe entre compostos orgânicos naturais e compostos
orgânicos sintéticos de carbono?
2- Como se classificam as fibras quanto a sua origem? Define-as.

Subtema: Os elementos da química da vida.

Os elementos da química da vida


Os elementos mais abundantes nos organismos dos seres vivos são: o
hidrogénio, o oxigénio, o carbono e o nitrogénio (azoto), os quais constituem
cerca de 96% do organismo.
No quadro seguinte apresenta-se a percentagem de cada um dos elementos
existente no organismo dos seres vivos:
ELEMENTOS ABUNDÂNCIA NO ORGANISMO (%)
Oxigénio (O) 65%
Carbono (C) 18%
Hidrogénio (H) 10%
Nitrogénio ou Azoto (N) 3%
Outros elementos 4%
O cloro (Cl), o enxofre (S), o fósforo (P), o magnésio (Mg), o sódio (Na), o
cálcio (Ca) e o potássio (K), constituem 1% do organismo.
38
No entanto, outros elementos constituem as moléculas biológicas como, por
exemplo:
Ferro (Fe) – é um elemento que existe na hemoglobina do sangue,
transportando o oxigénio dos pulmões para as células. Quando as pessoas possuem
ferro em pequena percentagem diz-se que têm anemia e a pele apresenta aspecto
descorado.
Zinco (Zn) – é um elemento que ajuda a digestão das proteínas e do álcool.
Magnésio (Mg) – é um elemento que intervém na formação da ureia.
Cobalto (Co) – é um elemento que intervém na formação das moléculas
que memorizam o modo de construir outras moléculas.
Cobre (Cu) – é um elemento que torna elásticas as paredes das artérias.
Sódio (Na) – é um elemento que participa na transmissão de sinais
eléctricos entre as células nervosa.

FONTE ALIMENTAR E FUNÇÃO DE ALGUNS ELEMENTOS NO ORGANISMO

ELEMEN- FONTE FUNÇÃO NO ORGANISMO


TOS ALIMENTAR
Leite, Queijo e - Calcificação dos ossos e dentes.
Cálcio Legumes -Regulação da actividade metabólica.
Sal comum (NaCl) - Manutenção das trocas iónicas entre o sangue e
Sódio outros líquidos orgânicos.
Potássio Leite, Carne e Legumes - Contracção muscular.
Ferro Carne, Peixe, Fígado e -Intervenção na formação da hemoglobina.
Legumes
Leite, Produtos lácteos, -Acção no desenvolvimento dos ossos.
Fósforo Carne e Cereais -Intervenção nos sistemas reguladores das
células.
Iodo Produtos do mar - Formação de hormonas na tiróide.

TAREFA
 Quais são os elementos mais abundantes no organismo dos seres vivos?

39
Produção Prospecção

CHITOTOLO
SM CATOCA

SM LUCAPA

DE BEERS
TRICORP

BRANCH
ENERGY
IDAS

SGM
SDM
Quadro
de concessões

Zona Local
Lunda Norte
Cuang
Bacia

Luzamba 2
do

oo

Calunda 25
Lucapa 3
e Luembe Luachimo
Chiuambe Chicapa e
Bacias do Bacias do

Luo 5
Saurimo 4
N´zagi
Cassanguidi
Chibongo
Fucauma
Luxico
Gamba
Outras
Zonas

Kuito
Andulo
Produção 100 000 50 000 30 000 15 000 5 000 - - - -
(Quilates/Mês)
Total 200 000 Quilates/Mês

Subtema: Os hidrocarbonetos.

O que são os hidrocarbonetos


Nas classes anteriores aprendeste que as reacções químicas ocorrem
quando se juntam duas ou mais substâncias, embora algumas acontecem por
simples decomposição de uma única substância.
Na disciplina de Biologia também verificaram que não só ocorrem reacções
químicas entre duas ou mais substâncias, como também ocorrem nas células.

40
Quando os átomos de hidrogénio se unem aos átomos de carbono, as
moléculas resultantes denominam-se hidrocarbonetos.
Hidrocarboneto – é um nome geral de numerosas substâncias orgânicas,
formadas por átomos de carbono e átomos de hidrogénio.
Antes da classificação dos hidrocarbonetos, vamos falar um pouco sobre os
combustíveis fósseis.
Combustíveis fósseis
Os combustíveis constituem grandes reservatórios de matéria orgânica que
resultaram das transformações que duraram milhões de anos, a partir das quais se
puderam obter substâncias orgânicas. Os combustíveis fósseis mais utilizados são:
o carvão, o petróleo e o gás natural.
O carvão – tem grande utilidade; utiliza-se nas centrais termoeléctricas e
nas indústrias, é o combustível fóssil mais poluente e o que está previsto ter maior
longevidade.
O petróleo – é o combustível do qual muitos países dependem. É,
fundamentalmente, constituído por uma mistura líquida de hidrocarbonetos e
aparece impregnado em rochas porosas associado ao gás natural.
O gás natural – é uma substância que se expande espontâneamente a fim
de preencher uniforme e completamente o recipiente onde se encontra.
É uma mistura de hidrocarbonetos gasosos que se encontram no subsolo
sendo, principalmente, constituído por metano (CH4), com cerca de 90%; etano
(C2H6); propano (C3H8) e butano (C4H10) até 15%.
O gás natural é um combustível pouco poluente e de elevado poder
calorífico. Pode aparecer na Natureza em jazigos semelhantes aos do petróleo e
associado ao petróleo ou ao carvão.
Os produtos que se obtêm da combustão completa dos combustíveis fósseis
são sempre dióxido de carbono e vapor de água.
Os produtos que se obtêm a partir de petróleo, carvão e gás natural são:
 Gasóleo – Combustível para os autocarros, alguns automóveis e outros
meios de transporte.
 Querosene – Combustível para os aviões.
 Butano – Utiliza-se para uso doméstico, é o nosso gás de cozinha.
 Propano – Utiliza-se para uso doméstico como combustível para fogões e
em motores de automóveis.

41
 Acetileno – A energia libertada na sua combustão utiliza-se para soldar
metais.
 Gasolina – Combustível para automóveis e outros motores de explosão.
 Álcool etílico – Utiliza-se em medicina e como dissolvente de determinadas
substâncias.
Tempo de vida do gás natural, petróleo e carvão
Atendendo o avanço da ciência e da tecnologia, estes combustíveis fósseis
não durarão mais de 300 anos. O que tem maior probabilidade de duração é o
carvão, conforme a informação descrita no gráfico abaixo:

Subtema: Classificação dos hidrocarbonetos


- Hidrocarbonetos saturados
- Hidrocarbonetos insaturados (Não-saturados)

Classificação dos hidrocarbonetos


Portanto, os hidrocarbonetos classificam-se em: Hidrocarbonetos
saturados e hidrocarbonetos insaturados ou Não-saturados.

42
I - HIDROCARBONETOS SATURADOS
Nos hidrocarbonetos saturados, os átomos de carbono estabelecem entre si
apenas ligações covalentes simples e são chamados por ALCANOS.
O primeiro e o mais simples dos hidrocarbonetos saturados é o metano;
possui apenas um átomo de carbono e quatro átomos de hidrogénio, CH4.
Esta fórmula que indica o tipo e o número de átomos que constitui a
molécula designa-se por fórmula molecular. Ex: CH4.
A fórmula que mostra o arranjo espacial dos átomos na molécula chama-se
fórmula estrutural.
H

Ex: H C H
CH4 (metano)
H
ALCANOS
O primeiro hidrocarboneto saturado (alcano) é o Metano com um átomo de
Carbono e quatro de hidrogénio: Fórmula estrutural
Fórmula molecular H
CH4 H C H
Modelo da molécula H
O segundo hidrocarboneto saturado é o Etano com dois átomos de carbono
e seis átomos de hidrogénio:
Modelo da molécula Fórmula Molecular Fórmula estrutural
C2H6 H H
H C C H
H H
O terceiro hidrocarboneto saturado é o propano com três átomos de carbono
e oito átomos de hidrogénio:
Fórmula da Molécula Fórmula da Estrutura
Modelo da molécula C3H8 H H H

H C C C H

H H H

43
O quarto hidrocarboneto saturado é o butano com quatro átomos de carbono
e dez átomos de hidrogénio:
Modelo da molécula Fórmula Molecular Fórmula Estrutural
C4H10 H H H H

H C C C C H

H H H H
A partir do quinto composto, o hidrocarboneto recebe o nome
correspondente ao número de átomos de carbono, recorrendo ao prefixo da
numeração grega:
Penta = 5; hexa = 6; hepta = 7; octa = 8; etc., acrescentando-se “ano”.
Os primeiros oito elementos dos hidrocarbonetos saturados estão resumidos
no seguinte quadro:
NÚMERO DE FÓRMULA NOME DO FÓRMULA ESTRUTURAL
ÁTOMOS DE MOLECULAR ELEMENTO
CARBONO
1 CH4 Metano CH4
2 C2H6 Etano CH3-CH3
3 C3H8 Propano CH3-CH2-CH3
4 C4H10 Butano CH3-CH2-CH2-CH3
5 C5H12 Pentano CH3-CH2-CH2-CH2-CH3
6 C6H14 Hexano CH3-CH2-CH2-CH2-CH2-CH3
7 C7H16 Heptano CH3 - CH2 5 - CH3
8 C8H18 Octano CH3 - CH2 6 - CH3
9 C9H20 Nonano CH3 - CH2 7 - CH3
10 C10H22 Decano CH3- CH2 8 - CH3
11 C11H24 Undecano CH3 – CH2 9 – CH3
12 C12H26 Dodecano CH3 – CH2 10 – CH3
13 C13H28 Tridecano CH3 – CH2 11 – CH3
14 C14H30 Tetradecano CH3 – CH2 12 – CH3
15 C15H32 Pentadecano CH3 – CH2 13 – CH3
16 C16H34 Hexadecano CH3 – CH2 14 – CH3
17 C17H36 Heptadecano CH3 – CH2 15 – CH3
18 C18H38 Octadecano CH3 – CH2 16 – CH3
19 C19H40 Nonadecano CH3 – CH2 17 – CH
20 C20H42 Icosano CH3 – CH2 18 – CH3
21 C21H44 Uneicosano CH3 – CH2 19 – CH3
22 C22H46 Docosano CH3 – CH2 20 – CH3
23 C23H48 Tricosano CH3 – CH2 21 – CH3
44
30 C30H62 Triacontano CH3 – CH2 28
– CH3
31 C31H64 Untriacontano CH3 – CH2 29
– CH3
40 C40H82 Tetracontano CH3 – CH2 38
– CH3
50 C50H102 Pentacontano CH3 - CH2 48
– CH3
60 C60H122 Hexacontano CH3 - CH2 58
– CH3
70 C70H142 Heptacontano CH3 - CH2 68
– CH3
80 C80H160 Octacontano CH3 - CH2 78
– CH3
90 C90H182 Nonacontano CH3 - CH2 88
– CH3
100 C100H202 Hectano CH3 - CH2 98
– CH3
Série homóloga dos alcanos (Hidrocarbonetos saturados)
Partindo da tabela anterior, verifica-se que o alcano seguinte tem um átomo
de carbono e dois átomos de hidrogénio a mais que o alcano anterior, obedecendo
assim a fórmula geral CnH2n+2, em que n representa o número de átomos de
carbono.
Muitas vezes os alcanos apresentam outras formas como, por exemplo:
H H H
H 1C 2C 3C H
H CH3 H
Vemos que no segundo átomo de carbono está associado um carbono com
três átomos de hidrogénio, este grupo chama-se radical metilo.
Por outro lado, o radical recebe o me dependendo da proveniência do alcano,
como podemos ver os exemplos no quadro a seguir:
HIDROCARBONETO RADICAL FÓRMULA DE ESTRUTURA
Metano Metilo -CH3
Etano Etilo -CH2CH3
Propano Próprio -CH2CH2CH3
Butano Butilo _CH2CH2CH2CH3
Pentano Pentilo -CH2CH2CH2CH2CH3
Hexano Hexilo -CH2CH2CH2CH2CH2CH3
Heptano Heptilo -CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH3
Octano Octilo -CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH3
Nonano Nonilo -CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH3
Nos hidrocarbonetos saturados, os átomos de carbono classificam-se em
primários, secundários, terciários e quaternários, de acordo com o número de
átomos de carbono a que se encontram ligados.
No Carbono primário – o átomo de carbono da cadeia está ligado a um
único átomo de carbono. Exemplo:

45
H H H
H – 1C – C – 1C – H

H H H
Representa átomo de carbono primário assinalado com o número 1.
No Carbono secundário – o átomo de carbono da cadeia está ligado a dois
outros átomos de carbono. Exemplo:

H H H

H – C – 2C – C – H

H H H
Representa átomo de carbono secundário, assinalado com o número 2.
No Carbono terciário – o átomo de carbono da cadeia está ligado a três
outros átomos de carbono. Ex:

H H H H Representa átomo de carbono terciário, assinalado


H – 1C –2C – 3C – C – H com o número 3.
H H CH3 H
No Carbono quaternário – o átomo de carbono da cadeia está ligado a
quatro outros átomos de carbono. Ex: H H H CH3 H H H
H – 1C – 2C –3C – 4C – C – C – C – H
H H H CH3 H H H
Representa átomo de carbono quaternário, assinalado com o número 4.

REGRAS DE NOMENCLATURA DOS ALCANOS

O desenvolvimento da Química Orgânica deu origem à criação de regras de


nomenclatura para os compostos.
A União Internacional da Química Pura e Aplicada (IUPAC) desenvolveu
um trabalho procurando uniformizar a nomenclatura dos compostos orgânicos,
dando origem às seguintes regras:
1- As cadeias não ramificadas são designadas por normais e são indicadas
pela letra n. Exemplo:
H H H H H H

H – C – C – C – C – C – C – H ou H3C – CH2 – CH2 – CH2 – CH2 – CH3

H H H H H H
n – Hexano

2- As ramificações denominam-se radicais. A sua nomenclatura é


semelhante à dos hidrocarbonetos correspondentes. Ex:
46
Hidrocarboneto: CH4 = metano
Radical correspondente: CH3 = metilo
3- Se no composto existirem várias cadeias, selecciona-se como principal a
cadeia de átomos de carbono mais longa. Se existirem duas ou mais cadeias com o
mesmo número de átomos de carbono, a cadeia principal será a mais ramificada.
Numera-se os carbonos da cadeia principal de modo a que as ramificações fiquem
em carbonos com menor número possível. Exemplo:
H H CH3 H H H Na posição 2, o radical metilo: CH3
H – 1C – 2C – 3C – 4C – 5C – 6C – H Na posição 3, o radical metilo: CH3
H CH3 H CH2 H H Na posição 4, o radical etilo: C2H5
CH3
4- Quando há mais de um radical, os seus nomes são escritos por ordem
alfabética, atribuindo-lhe o número do carbono a que estão ligados; os radicais
iguais podem ser antecedidos pelos prefixos: di, tri, etc.
5- Separar os números uns dos outros por vírgulas e os nomes por traços.
Exemplo: CH3
H H H CH2 H H H
H – 1C – 2C – 3C – 4C – 5C – 6C – 7C – H
H CH3 CH3 H H H H
Nomeia-se assim: 4 etil –2,3–dimetil–heptano

 Os alcanos são hidrocarbonetos saturados, as suas cadeias são constituídas


por ligações simples.
 Os alcanos, por combustão, originam dióxido de carbono e vapor de água
libertando energia, como se vê na seguinte equação química:
CH4 + 2 O2 (g) CO2 (g) + 2 H2O (g) + Energia
Propriedades químicas dos alcanos
1- Os hidrocarbonetos saturados são pouco reactivos, razão pela qual são
conhecidos por parafinas (do Latim para + affinis, que significa «pouca
afinidade»).
2- A baixa reactividade dos hidrocarbonetos saturados ou alcanos é devida ao
facto das ligações simples C – H e C – C – serem relativamente estáveis,
difíceis de quebrar e são apolares.
Propriedades físicas dos alcanos
1- Os alcanos ou hidrocarbonetos saturados são praticamente insolúveis em
água;
2- São menos densos que a água;
47
1- Os seus pontos de fusão e ebulição aumentam geralmente com o peso
molecular e com o comprimento da cadeia carbónica principal.
4- Em condições normais de pressão e temperatura (PTN), do CH4 até ao
C4H10, os alcanos são gasosos; do C5H12 até C17H36, são líquidos; e do C18H38
em diante, são sólidos.

II – HIDROCARBONETOS INSATURADOS OU NÃO-SATURADOS

Os hidrocarbonetos que contêm duplas e triplas ligações entre os átomos de


carbono são chamados insaturados ou não-saturados. Entre estes
hidrocarbonetos tereis oportunidade de estudar os alcenos ou alquenos e os
alcinos ou alquinos.

ALCENOS OU ALQUENOS
Os hidrocarbonetos insaturados que têm uma ou mais ligações duplas entre
os átomos de carbono são designados por alcenos ou alquenos.
O primeiro elemento dos alquenos é o eteno com 2 atomos de carbono,
sendo a fórmula molecular, a fórmula estrutural e o modelo da molécula seguintes:
Fórmula molecular Fórmula da estrutura Modelo da molécula

H H
C2H4 C = C
H H

O segundo elemento da série dos alcenos (alquenos) é o propeno com 3


átomos de carbono:
Fórmula molecular Modelo da molécula
C3H6

Fórmula da estrutura
H H
C= C– C–H
H H H

48
O terceiro elemento dos alquenos é o buteno com 4 átomos de carbono:
Fórmula molecular Modelo da molécula

C4H8
Fórmula da estrutura
H H H
C = C –C – C – H
H H H H

O quarto elemento dos alcealquenos é o penteno com 5 átomos de carbono:


Fórmula molecular Modelo da molécula

C5H10

Fórmula da estrutura
H H H H
C = C–C–C–C–H
H H H H H

Assim sendo, os primeiros nove elementos dos alquenos (alcenos)


resumem-se no seguinte quadro:
Nº de átomos de carbono Fórmula molecular Nome do elemento
1 ----- -----
2 C2H4 Eteno
3 C3H6 Propeno
4 C4H8 Buteno
5 C5H10 Penteno
6 C6H12 Hexeno
7 C7H14 Hepteno
8 C8H16 Octeno
9 C9H18 Noneno
49
Série homóloga dos Hidrocarbonetos não-saturados
Observando a tabela anterior, podemos verificar que cada hidrocarboneto
da série dos alquenos tem a mais um átomo de carbono e dois átomos de
hidrogénio do que o hidrocarboneto anterior e a sua fórmula geral é CnH2n, em
que n representa o número de átomos de carbono. A esta série de hidrocarbonetos
insaturados chama-se série homóloga de hidrocarbonetos não-saturados.
Regras de nomenclatura dos alcenos ou alquenos
As regras para a nomeação dos alquenos são as mesmas que foram indicadas
para a nomenclatura dos alcanos, mas com algumas adaptações.
1- A cadeia principal será a cadeia com maior número de átomos de carbono
que contém a dupla ligação. Exemplo:
H

H H H–C–H H H

H – 1C – 2C = 3C – 4C – 5C – 6C – H b

H H H–C–H H H
H A cadeia mais longa é a b

2- A numeração da ligação far-se-á a partir da extremidade mais próxima da


dupla ligação. No exemplo anterior, a dupla ligação encontra-se entre o carbono 2
e 3 ou seja, carbono – 2.
3- A cadeia principal terá terminação – eno como, por exemplo, buteno,
penteno, hexeno, etc.
4- Indica-se a posição da ligação dupla, colocando o número mais baixo
atribuído aos átomos de carbono onde se encontra a dupla ligação antes do nome
da cadeia principal do hidrocarboneto. Exemplo:
H H H CH3 H H

H – 1C – 2C = 3C – 4C – 5C – 6 C – 7C – H

H H CH3 H H H
A numeração foi feita da esquerda para a direita, obtendo-se assim o
número mais baixo a atribuir à dupla ligação no carbono –2, caso contrário a dupla
ligação ficaria no carbono –5.
A cadeia principal tem 7 átomos de carbono, trata-se de 2 – hepteno.
Existem 2 (dois) radicais metilo, nas posições 4 e 5.

50
Nome do composto: 4, 5 –dimetil–2–hepteno.
 Os alquenos (alcenos) são hidrocarbonetos não-saturados em que as
cadeias possuem, pelo menos, uma ligação dupla.
 Os alcenos por combustão, tão como os alcanos, originam o dióxido de
carbono, vapor de água e energia. Para o caso do eteno temos o seguinte
exemplo: C2H4 + 3 O2 (g) 2 CO2 (g) + 2 H2O (g) + Energia
Exercícios
1- Diz o nome dos seguintes compostos de acordo com a nomenclatura
da IUPAC:
a) H CH3 H
C = C – C – C – H
H H H H
Resposta: A cadeia principal tem 4 átomos de carbono; a dupla ligação encontra-
se no carbono –1 e o composto possui um radical no carbono –3 ou posição 3. O
nome deste composto é 3–metil –1–buteno.
b) H H H H H
H – C – C = C – C – C – H
H H CH3
Resposta: A cadeia principal tem 5 átomos de carbono; a dupla ligação encontra-
se no carbono –2 e o composto possui um radical no carbono –5 ou posição 5. O
nome deste composto é 5–metil –2–penteno.
CH3
c) H H CH2 H H H
H – C – C – C = C – C – C – C–H
H H H CH3 H H
Resposta: A cadeia principal tem 7 átomos de carbono; a dupla ligação
encontra-se no carbono –3 e o composto possui um radical no carbono –3 ou
posição 3 e no carbono–5 ou posição 5. O nome deste composto é 3–etil–5–metil–
3–hepteno.

TAREFA
1- Escreve a fórmula de estrutura dos seguintes compostos:
a) 4-etil-3,6-dimetil-4-octeno
b) 2,3,5-trimetil-1-hexeno
c) 4-etil-3,5-dimetil-3-hepteno
d) 2,3-dimetil-2-buteno H H H H CH3 H H
Ex: R: a) H – 8C –7C– 6C– 5C = 4C – 3C –2C– 1C–H
H H CH3 CH2 H H H
CH3
51
2- Atribui nomes aos seguintes compostos:

a) H H H H H
H – C – C – C = C –C–H Resposta: 5-metil-2-penteno
CH3 H H

CH3
b) H CH2 H H H H
H – C – C = C – C – C – C – H R: 2-metil-5-etil-2-hexeno
H H CH3 H
3- Dada a seguinte estrutura e de acordo com as regras da IUPAC, diz qual
dos seguintes nomes propostos é correcto:
H CH3 H
c) H –5C – 4C – 3C = 2C – 1C – H
H CH3 H H H
a) 2,2-dimetil-1-penteno R: A nome correcto é da alínea b).
b) 4,4-dimetil-2-penteno
c) 3,4,4-trimetil-1-penteno
4- Nomeia os seguintes compostos:
a) CH3 – C = CH – CH3
CH3

b) H3C – C = CH – CH2 – CH – CH3


CH3 CH3

CH3 C2H5
c) CH3 – CH = CH – CH2 – CH2 – C – CH3
CH3
Propriedades químicas dos alcenos
 Os alcenos sofrem reacções de adição. Estes hidrocarbonetos caracterizam-
se por possuírem uma ligação dupla entre os átomos de carbono.
 As reacções de adição consistem na ruptura da ligação dupla e a formação
de novas ligações.
Propriedades físicas dos alcenos ou alquenos
Os alquenos possuem as mesmas propriedades dos alcanos, ou seja:
 São insolúveis em água e solúveis em solventes apolares;
 São menos densos que a água e os seus pontos de ebulição aumentam de
acordo com o número de carbonos da cadeia e dependem da menor ou
maior ramificação que existe na cadeia principal.
52
Subtema: Alcinos ou alquinos.

ALCINOS ou ALQUINOS
Os hidrocarbonetos insaturados com as ligações triplas entre os átomos de
carbono são denominados por alcinos ou alquinos.
Como os alquinos possuem uma ligação tripla entre os carbonos, esta
ligação é mais forte (com uma energia total de 123 kcal) do que a ligação dupla
(com uma energia de 100 kcal) e do que a ligação simples (com uma energia de 83
kcal).
As ligações triplas são grupos funcionais de menor prioridade do que as
ligações duplas para efeitos de nomenclatura.
O primeiro elemento dos alquinos ou alcinos é o etino ou acetileno: possui
dois (2) átomos de carbono e dois átomos de hidrogénio, sendo a fórmula de
estrutura, a fórmula da molécula e o modelo da molécula as seguintes:
Fórmula molecular Modelo da molécula
C2H2

Fórmula de estrutura
H–C C–H

O segundo elemento dos alquinos é o propino com três (3) átomos de carbono:
Fórmula molecular Modelo da molécula

C3H4 Fórmula de estrutura


H
H–C C–C–H
H

O terceiro elemento dos alcinos é o butino com quatro (4) átomos de carbono:
Fórmula molecular Modelo da molécula

C4H6 Fórmula de estrutura


H H
H – C C–C – C–H
H H

53
O quarto elemento dos alquinos é o pentino com cinco (5) átomos de carbono:
Fórmula molecular Fórmula estrutural Modelo da molécula
C5H8 H H H
H–C = C – C– C–C–H
H H H

Os primeiros oito (8) elementos dos Alcinos (alquinos) resumem-se no


quadro que se segue:
Nº de átomos de Carbono Fórmula molecular Nome do elemento
1 ------ -----
2 C2H2 Etino
3 C3H4 Propino
4 C4H6 Butino
5 C5H8 Pentino
6 C6H10 Hexino
7 C7H12 Heptino
8 C8H14 Octino

SÉRIE HOMÓLOGA DOS ALCINOS OU ALQUINOS

Como se pode verificar na tabela anterior, nesta série o hidrocarboneto


seguinte tem mais um átomo de carbono e dois átomos de hidrogénio que o
anterior. A fórmula geral é: CnH2n–2, em que n representa o número de átomos de
carbono e é chamada série homologa dos alquinos.
Regras de nomenclatura dos alcinos ou alquinos
As regras são semelhantes às que foram indicadas para a nomenclatura dos
alcanos, mas com algumas adaptações:
1- A cadeia principal será a cadeia com maior número de átomos de carbono
que contenha a tripla ligação.
2- A numeração da cadeia far-se-á a partir da extremidade mais próxima da
tripla ligação.
54
3- A cadeia principal terá terminação –ino como, por exemplo, butino, com
4 átomos de carbono; pentino, com 5 átomos de carbono, etc.
4- Indica-se a posição da ligação tripla, colocando o número mais baixo
atribuído aos átomos de carbono onde se encontra a tripla ligação, antes do nome
da cadeia principal do hidrocarboneto. Exemplo:
H H H CH3 H

H– 1C – 2C – 3C = 4C – 5C – 6C – 7C – H b

H H CH3 H H
A cadeia mais longa é a b. A tripla ligação encontra-se entre o terceiro e o
quarto carbonos. O mesmo composto designa-se por 5,6–dimetil–3–heptino.
5- As ramificações são chamadas por radicais. No exemplo anterior, no
ponto 4 há 2 radicais metilo (ou dimetil) nas posições 5 e 6.
 Os alquinos são hidrocarbonetos insaturados (não-saturados) em que a
cadeia possui, pelo menos uma ligação tripla.
 Os alquinos, tal como os alcanos e os alquenos, por combustão originam
dióxido de carbono, vapor de água e energia.
A equação química da combustão do acetileno ou etino é a seguinte:
2 C2H2 + 5 O2 (g) 4 CO2 (g) + 2 H2O (g) + Energia
Propriedades químicas dos alcinos
Os alquinos possuem ligações triplas entre os átomos de carbono, por isso
estes hidrocarbonetos sofrem reacções de adição, tal como acontece nos alquenos.
A presença ou não de um hidrogénio no carbono da ligação tripla faz com
que os alquinos possuam propriedades químicas diferentes.
Os alcinos que possuem um hidrogénio terminal chamam-se alcinos falsos.
Exemplos:
H H
H – C – C = C – H + Na H – C – C = C – Na + 1/2 H2
H H
Alcino (alquino) verdadeiro
H H
H – C – C = C – C – H + Na Não reage
H H
Alcino (alquino) falso

55
Propriedades físicas dos alcinos
Os alquinos possuem propriedades físicas semelhantes às dos alcanos e dos
alquenos, ou seja:
 São insolúveis em água e solúveis em solventes apolares;
 São menos densos que a água e os seus pontos de ebulição aumentam
igualmente de acordo com o número de carbonos da cadeia e dependem da
menor ou maior ramificação que existe na cadeia principal.
Exercícios:
Nomeia os seguintes compostos:
1- H
H – C = C –C – H Resposta: A cadeia principal tem 4 átomos de carbono. A
H–C –H tripla ligação encontra-se entre o carbono 1 e 2.
H Este composto chama-se 1 – butino.
2- H H H
H –C – C – C = C –C – H
H CH3 CH3
Resposta: A cadeia principal tem 6 átomos de carbono. A tripla ligação está
entre o carbono – 3 e o carbono–4. Este composto tem um radical no carbono–2 e
outro no carbono–5. O referido composto chama-se 2,5–dimetil–3–pentino.

Subtema: Isomerismo ou isomeria.

Diferentes substâncias podem ter a mesma fórmula química, contudo, podem


ainda apresentar alguns arranjos espaciais dos átomos envolvidos diferentes. Neste
caso, trata-se de substâncias isómeras.
Isómeros: São substâncias com a mesma fórmula molecular mas que
apresentam fórmulas estruturais diferentes e com propriedades diferentes.
O número elevado de compostos orgânicos é resultante da essência de
isómeros; quanto maior for o número de átomos de carbono, maior será o número
de isómeros.
Existem diferentes tipos de isomeria como as situações encontradas nos
hidrocarbonetos:
Isomeria nos alcanos
Os isómeros de cadeia diferem entre si pela existência ou não de
ramificações cadeia carbonada e da posição destas. Em geral, apresentam

56
diferentes propriedades físicas como, por exemplo, o ponto de fusão e de ebulição.
Exemplo:
Butano, C4H10 H H H H H CH3 H
H–C–C–C–C–H H–C–C– C–H
H H H H H H H
Butano normal ou n-butano 2-metil-propano; iso-butano ou i-butano
Ponto de fusão: -138,4 ºC Ponto de fusão: -159,6 ºC
Ponto de ebulição: -0,5 ºC Ponto de ebulição: - 11,7 ºC

C6H14 H H H H H CH3 H
H– C– C–C–C–H H–C–C – C–H
H CH3 H H H CH3 H
2-metil-pentano 2,2-dimetil- butano
Ponto de fusão: 153,2 ºC Ponto de fusão: 99 ºC
Ponto de ebulição: 60,2 ºC Ponto de ebulição: 49,7 ºC
Isomeria nos alcenos e alcinos
Os isómeros nessa posição podem ocorrer no caso de ligações duplas e
triplas. Por exemplo, o alceno C3H6 e o alcino C3H4 têm sempre a ligação dupla e
tripla entre o C1 e o C2, respectivamente, e as fórmulas de estrutura representam
sempre o mesmo alceno e o alcino, como é o caso de propeno e o propino.
Exemplos:

Propeno H H H H H
C3H6 C= C –C–H H–C–C – C–H
H H H H H

Propino H H
C3H4 H– C=C–C–H H–C – C=C–H
H H

Os alcenos e os alcinos com quatro ou mais átomos de carbono


apresentam isomerismo de posição, quer pela posição da ligação dupla e tripla,
quer pela existência da cadeia ramificada. Exemplos:

C4H8 H H H H H H H H
C= C –C– C–H H–C–C = C–C–H C=C– C–H
H H H H H H H H CH3 H
1-buteno 2-buteno 2-metil-propeno
Ponto de fusão: 195 ºC Ponto de fusão: 106 ºC Ponto de fusão: 141 ºC
Ponto de ebulição: 6,2 ºC Ponto de ebulição: 3,7 ºC Ponto de ebulição: 7 ºC

57
C5H8 H H H H H H
H–C=C–C–C–C–H H–C–C=C–C–C–H
H H H H H H
1-pentino 2-pentino
Ponto de fusão: 98 ºC Ponto de fusão: 101 ºC
Ponto de ebulição: 40,2 ºC Ponto de ebulição: 56,1 ºC
H H
H – C = C–C – C–H
CH3 H
3-metil-1-butino
Ponto de fusão: 89,7 ºC
Ponto de ebulição: 29 ºC
Os principais tipos de isomerismo são:
Isómeros
Têm a mesma fórmula molecular

Isómeros constitucionais Esterioquímicos


(Diferem na fórmula de estrutura) (Diferem na fórmula esterioquímica)

De grupo funcional De posição Cis-trans


CH3 – O – CH3 CH3 CH2 – CH2OH H3C CH3
CH3 – CH2 – OH CH3 – CHOH – CH3 C=C
H H
De cadeia
CH3 – CH2 – CH2 – CH3 H CH3
CH3 – CH – CH3 C = C
CH3 H3C H

Subtema: Hidrocarbonetos aromáticos: O benzeno, o naftaleno e o antraceno.

Chamam-se hidrocarbonetos aromáticos aos compostos de carbono e


hidrogénio em que os átomos de carbono se ligam entre si formando anéis
benzénicos.
Entre os compostos aromáticos o mais simples é o benzeno com 6
átomos de carbono e 6 átomos de hidrogénio, cuja fórmula molecular é C6H6.

58
Os núcleos dos átomos de carbono estão no mesmo plano e ocupam os
vértices de um hexágono regular. Cada átomo de carbono forma 4 ligações,
podendo ser representado de 3 maneiras diferentes:
O benzeno. Estrutura das moléculas de benzeno
H
C
C C
C C
C
H
Nas moléculas pensa-se que os pares de electrões que estabelecem as
ligações entre os átomos de carbono no anel de benzeno se distribuem
uniformemente por todo o anel, surge assim a segunda forma de representar o anel
benzénico a seguir:
H

H H

H H

H
Existe ainda uma terceira forma mais simples de representar esta
molécula de benzeno, sem indicação quer dos átomos de carbono quer dos átomos
de hidrogénio.

Compostos derivados do benzeno


Os compostos que apresentam radicais ligados ao anel benzénico ou
que são constituídos por dois ou mais anéis benzénicos unidos entre si são
considerados derivados do benzeno.
Os compostos aromáticos são conhecidos tanto pela nomenclatura da
IUPAC, ou pelos nomes usuais, como se indicam.
59
CH3 CH3

metil-benzeno (IUPAC) 1,2-dimetil-benzeno (IUPAC)


tolueno (Usual) 0-xileno (Usual)
0 (orto)
CH3 CH3

CH3
CH3
1,3-dimetil-benzeno (IUPAC) 1,4-dimetil-benzeno (IUPAC)
m-xileno (Usual) p-xileno (Usual)
m (meta) p- (para)
Os átomos de hidrogénio do benzeno ou de outros compostos aromáticos
podem ser substituídos por grupos alquilo ou por átomos de halogéneos como, por
exemplo:
CH3 CH3

Br H
2-bromo-tolueno

Br
3-bromo-tolueno
O Naftaleno
A molécula de naftaleno apresenta dois anéis benzénicos com um lado
comum. O naftaleno usa-se para combater as traças da roupa, insectos e baratas.

Naftaleno

60
O Benzopireno
É um dos compostos cancerígenos existentes no fumo de tabaco.

Benzopireno

O Antraceno e o fenantreno
Usam-se como matérias-primas para o fabrico de corantes.

Antraceno

Fenantreno

Alguns compostos aromáticos de importância biológica


A aspirina é um analgésico, antipirético e anti-inflamatório, é usada
no tratamento da dor, febre e inflamação.
A sulfamida é usada no tratamento de doenças infecciosas provocadas
por microorganismos.
COOH

O CH3 H2N SO2NH2


C
O

Aspirina Sulfamida

61
Obtenção de hidrocarbonetos aromáticos

As misturas de hidrocarbonetos aromáticos podem se obter a partir de


alcatrão, da hulha, e são separados pelos seus diferentes pontos de ebulição por
destilação fraccionada.
A maior parte do benzeno, tolueno e xilenos são obtidos quimicamente
a partir dos alcanos de petróleo.
O benzeno é obtido a partir do hexano quando este é aquecido com
platina usada como catalisador, à uma temperatura de 400 ºC, de acordo com a
equação química seguinte:
CH3 – CH2 – CH2 – CH2 – CH2 – CH3 Pt + 4 H2
Propriedades de hidrocarbonetos aromáticos
1- Os hidrocarbonetos aromáticos são compostos com baixa polaridade
e a sua toxicidade é variável.
2- O benzeno é um líquido volátil, o seu ponto de ebulição é de 80 ºC,
é tóxico e cancerígeno, incolor, com cheiro característico, não é solúvel em água e
é menos denso que a água.
3- O benzeno é altamente inflamável e tóxico quer respirado, quer
quando em contacto com a pele.
4- Sobre o tolueno e os xilenos até ao momento não existem dados que
comprovem que sejam cancerígenos apesar de serem altamente tóxicos.
5- No laboratório ou quando se estiver a manusear o benzeno e seus
derivados, deve tomar-se as devidas precauções, evitando a inalação do vapor.
6- Os compostos aromáticos são de baixa reactividade.
7- O benzeno e os outros compostos aromáticos queimam no ar com
uma chama muito fuliginosa e luminosa.
Reacções dos compostos aromáticos
As reacções típicas dos compostos aromáticos são as reacções de
substituição em presença de um catalisador. Exemplo:

NO2
H2SO4
+ HNO3

Benzeno Nitrobenzeno
62
Se o tolueno sofrer nitração exaustiva, produz o composto 2,4,6-trinitro-
tolueno conhecido por TNT.
CH3

O2N NO2 .

2,4,6-trinitro-tolueno

NO2
Exercícios de consolidação sobre hidrocarbonetos
1- Das estruturas seguintes e de acordo com as regras da IUPAC, diz
qual dos nomes propostos é o correcto:
H H H H H H
H –C – C – C – C – C – C – H
H CH3 CH2 H H H
CH3
a) 3-etil-2-metil-hexano Resposta certa: a).
b) 2-metil-3-etil-nonano
c) 2-metil-3-propil-pentano
2- CH3 H
H3C – C – C – CH3
CH3 CH2
CH3
a) 4,4-dimetil-3-metil-1-penteno
b) 2,2,3-trimetil-4-penteno Resposta certa: d).
c) 3,4,4-trimetil-pentano
d) 3-etil-2,2-dimetil-butano
3- As fórmulas abaixo indicam uma ou duas substâncias? De que
hidrocarboneto se trata?
HC = C – CH2 – CH3 CH3 – CH2 – C = CH
Resposta: As fórmulas indicam a mesma substância que é 1-butino.
4- Atribui o nome correspondente a cada um dos compostos seguintes:
H H H H H H H H
H –1C – 2C – 3C – 4C – 5C – 6C = 7C – 8C – H
H H H H CH2 CH3
CH3 Resposta: 5-etil-8-metil-6-octeno
63
5-
H H H
a) H – 1C– 2C = 3 C – 4C – 5 C – H
H H H Resposta: 2-pentino
H CH3 H
b) H – 1C – 2C = 3C – 4C – 5 C – H
H CH3 H Resposta: 4,4-dimetil-2-pentino
CH3
6- H3C – C = C – CH2 – C – CH3
CH3 Resposta: 5,5-dimetil-2-hexino

7- Considera o alcano de fórmula molecular C5H12:


a) Escreve a sua fórmula de estrutura supondo que se trata de um alcano de
cadeia linear.
Resposta: H H H H H
H–C– C–C–C–C–H
H H H H H
b) Que nome tem este alcano? Resposta: Este alcano chama-se pentano.
c) Escreve a fórmula de estrutura de um isómero de cadeia ramificada deste
alcano.
Resposta: Um dos isómeros possíveis é:
H H H H
H–C–C– C– C– H
H CH3 H H Nome: 2-metil-butano

Subtema: O PETRÓLEO

Breve historial

O petróleo é conhecido desde os tempos remotos, dos nossos


antepassados, e a sua utilização era para diversos fins. Antigamente, era conhecido
por diferentes nomes como: betume, asfalto, alcatrão, lama, resina, azeite, óleo de
rocha, bálsamo da terra, nafta da Pérsia, óleo mineral, entre outros.

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O betume era utilizado antigamente no fabrico de cisternas,
iluminação nocturna, tochas que ardiam nas residências, etc. Também usava-se
para untar os corpos com o objectivo de serem cremados, o que provocava o
aparecimento rápido das chamas.
Os egípcios utilizavam o petróleo no levantamento das pirâmides,
embalsamento, etc. Os faraós usaram o petróleo para impermeabilização de
moradias, palácios, templos e túmulos com o intuito de resistirem às frequentes
inundações do rio Nilo.
Muitos anos antes de Cristo (a.C.), o petróleo era procurado,
transportado e vendido como produto comercial muito útil e precioso.
A nafta foi o nome que os nossos antepassados deram a uma das
formas de ocorrência natural do petróleo, na altura mais inflamável que o betume e
era uma substância muito volátil, por isso, tinha que se ter muito cuidado quando
se utilizasse, devido ao grande risco de combustão quando em contacto com o ar
livre.
Anteriormente, pouco ou nada se sabia relacionado com a perfuração
de poços petrolíferos. Deve-se a Edwin L. Drake, de nacionalidade americana, as
primeiras tentativas que não surtiram efeito porque nas suas experiências
manipulou instrumentos primitivos inadequados.
Em 27 de Agosto de 1859, Edwin L. Drake conseguiu encontrar o
precioso líquido pondo todas as regiões circunvizinhas em alvoroço. Pouco tempo
depois, surgiram outros interessados em descobrir novos poços aumentando desse
modo a descoberta e deram lugar, como não podia deixar de ser a grandes
empresas, iniciando-se assim a indústria do petróleo. Naquela época, as primeiras
perfurações forma feitas pelo processo de colisão (pancada, batimento, percussão)
em que se utilizava uma torre de madeira no interior da qual as ferramentas de
perfuração eram levantadas e baixadas abrindo desse modo a terra.
Presume-se que os primeiros exploradores do petróleo não tinham a
noção exacta e a verdadeira amplitude do trabalho que iriam ter. Mas hoje em dia,
com o avanço da ciência e da técnica, esses problemas foram ultrapassados.
Pesquisas, desenvolvimento e produção do petróleo em Angola
Em Angola, no período de 1910-1975, houve uma referência de se ter
exportado para Lisboa (Portugal), 49 barris de petróleo recolhidos de subida à
superfície, pelo então Governador D. Francisco de Sousa Coutinho, em 1767.
Em certas zonas de Angola o betume e o crude viscoso são conhecidos
e utilizados como combustível há vários séculos. Na região do Dande onde foi
65
realizada a pesquisa da perfuração ao primeiro poço, há uma área conhecida por
«Matadi Mahusi» que significa pedra betuminosa.
No entanto, só em 1910 se iniciou a verdadeira actividade de
exploração petrolífera em Angola, com a primeira licença de concessão para a
pesquisa e sondagem de hidrocarbonetos, outorgada à firma Canha & Formigal,
tendo como principal operador a Companhia de Pesquisas Minerais de Angola –
PEMA. Concessão (permissão, autorização) essa que cobria uma área de 114.000
Km2 e compreendia a totalidade da parte terrestre das Bacias do Baixo Congo e
Kwanza entre as actuais cidades do Soyo à Norte e Sumbe à Sul.
O primeiro poço denominado Dande – 1, foi perfurado em 1915 e
atingiu uma profundidade de 602 m, mas sem resultados positivos. Os trabalhos de
pesquisa continuaram, apesar dos bons indícios de petróleo e gás encontrados na
maioria dos poços realizados depois daquela data.
Depois de 40 anos, ou seja, em 1955 ocorreu a primeira descoberta
comercial de petróleo na Bacia do Kwanza nas imediações da cidade de Luanda. O
jazigo de Benfica descoberto pela Missão de Pesquisas de Petróleo, uma
subsidiária do grupo Belga Petrofina, produziu a partir dos calcários Cretácicos da
formação Binga.
Em 1957, a Petrangol substituiu a Missao de Pesquisas de Petróleo
como operadora e anos depois surgiram as descobertas de mais poços em Luanda,
Cabinda e Tobias, esta última em 1961, considerada a mais importante em termos
comerciais. Ainda em 1957, a Cabinda Gulf Oil Company assinou um contrato
de exploração para o onshore e offshore de Cabinda, cujas actividades tiveram seu
início em 1962, com o primeiro levantamento sísmico e o primeiro poço offshore,
o 96 – IX que foi perfurado em 1966, tendo resultado na descoberta do Campo de
Limba, seguido por Malongo Norte, Sul e Oeste.
Os êxitos obtidos na perfuração dos poços, em 1968 deram origem a
formação da associação Petrangol – Angola e Texaco, com o objectivo de
desenvolver actividades de exploração no offshore da Bacia do Baixo Congo e esse
consórcio (associação, união) fez várias descobertas entre as quais se destacam
Cabeça de Cobra em 1969 e Essungo em 1974. Nesse período também surgiram
outras descobertas não menos importantes como as do Congo Gigante de Takula e
o Campo de Quinguila na Bacia do Baixo Congo e o Campo de Quenguela à Norte
da Bacia do Kwanza.
Entre os anos 1910 – 1975 desenvolveram-se as seguintes actividades:
 30.000 km de sísmica 2D adquiridos nas áreas onshore e offshore das Bacias
do Baixo Congo e Kwanza.
66
 Cerca de 300 poços de exploração (pesquisa e avaliação), seno 80 na Bacia
do Kwanza e 220 em Cabinda.
 32 Campos descobertos, sendo 12 em offshore.
 A produção de petróleo negligenciável em 1995 atingiu o pico de produção
de 172 282 BOPD em 1974, tendo Cabinda produzido 150 725.
 Angola tornou-se assim num país explorador de petróleo a partir de Cabinda
em 1968, e a partir do onshore do Baixo Congo (cabeça de Cobra) em 1971.
 A produção acumulada atingiu os 360 000 000 (trezentos e sessenta milhões)
de barris e as reservas estavam estimadas em um bilião de barris de petróleo.
Período de 1975 – 1999
Com a independência de Angola a 11 de Novembro de 1975 e como
consequência da situação de instabilidade que se instaurou no País, a actividade de
pesquisa paralisou por completo devido ao abandono por parte das companhias
estrangeiras que operavam no País. Em consequência desta situação apenas foram
mantidas as operações de produção em três campos já desenvolvidos ou em fase de
desenvolvimento, designadamente na Bacia do Kwanza, em Cabinda e no Baixo
Congo em onshore.
Com a criação da Sociedade Nacional dos Combustíveis de Angola
«SONANGOL» em 1976, do Ministério dos Petróleos em 1978 e a publicação no
Diário da Republica da Lei 13/78 do ano de 1978 – Lei das Actividades
Petrolíferas, estavam criadas todas as condições para o relançamento das
actividades de investigação e produção do petróleo.
Em 1974, a produção atingiu um pico máximo de 174 000 BOPD; em
1977 o valor baixou para 170 000 BOPD e de 1978 a 1992 oscilou de 130 000 a
145 000 BOPD.
Actualmente, a produção é cerca de 1 200 000 BOPD (Barris de Óleo
Por Dia). O petróleo é um dos mais importantes recursos naturais, a sua exploração
e perfuração pode ser feita na terra (onshore) ou no mar (offshore), além de ser
uma fonte de combustíveis é também usado como matéria-prima para a indústria
química.
Importância económica do petróleo
As receitas do petróleo têm grande impacto sobre o Orçamento Geral
do Estado (OGE), contribuindo assim para o desenvolvimento do País.
No domínio da Educação:
O petróleo contribui na construção e reabilitação de escolas e
bibliotecas; no ornecimento de carteiras e outros mobiliários escolares; para
67
apetrechamento de bibliotecas infantis com livros (didácticos, recreativos,
romances) e material informático.
No domínio das artes destacam-se:
 Patrocínio a escritores, pintores, músicos, reconstrução de igrejas, missões,
etc.
No domínio da saúde destacam-se:
 Participação no Programa Alargado de Vacinação (doação de vacinas);
 Reabilitação da Rede Sanitária de algumas Províncias do País;
 Doação de medicamentos a todas Unidades Sanitárias do País;
 Reabilitação de vários Centros e Postos de Saúde;
 Programa de prevenção ao HIV/AIDS e outras DTS.
No domínio da assistência social destacam-se:
 Alimentação e manutenção ao Lar Kuzola e Centros Nutricionais;
 Alimentação aos doentes internados nos Hospitais Municipais e Provinciais;
 Realimentação e cursos de Educação Nutricional destinados às mães;
 Assistências a vários projectos sociais.

Subtema: A DESTILAÇÃO DO PETRÓLEO

O petróleo é uma substância natural resultante de uma mistura líquida


muito viscosa proveniente de matéria viva (animal e vegetal), que sofreu
transformações químicas durante milhões de anos, que denomina-se vulgarmente
por petróleo bruto.
O petróleo é uma mistura complexa de hidrocarbonetos com diferentes
massas moleculares, que não têm a mesma temperatura de ebulição, por isso são
separados por destilação fraccionada.
A destilação do petróleo é feita nas refinarias, onde o processo de
refinação primária é a base de todo o tratamento industrial do petróleo, por ser o
primeiro e imprescindível passo para subdividir o petróleo bruto, uma vez que da
maneira que é extraído dos poços não tem qualquer utilização industrial. Além
disso, é nas refinarias onde se obtêm diversas fracções através de dispositivos
tecnológicos especiais a que chamamos por colunas de destilação.

68
Das fracções obtidas, umas podem ser imediatamente usadas em
diversas indústrias como é o caso do gasóleo e do resíduo combustível, as restantes
fracções passam por processos secundários como, por exemplo, os componentes da
gasolina para automóveis e do turbo combustível, para a aviação. Em Angola
existe uma refinaria de petróleo situada junto à Baía de Luanda e prevê-se a
construção de outras em Cabinda, no Soyo (Zaire) e Lobito (Benguela).

Principais produtos da destilação do petróleo e suas aplicações

Os Principais produtos obtidos na destilação do petróleo são:


- LPG – gás liquefeito de petróleo: É fundamentalmente utilizado no serviço
doméstico como combustível:
- Gasolina – combustível para automóveis e para motores de explosão;
- Turbocombustível – para turbinas de aviões;
- Querosene – combustível para aviões
- Petróleo iluminante – usa-se como combustível de cozinha;
- Gasóleo, também conhecido como combustível diesel – combustível para
automóveis, autocarros e outros meios de transporte;
- Diesel – óleo para motores de combustão interna;
- Fuel – usa-se como combustível para fornos e caldeiras;
- Alcatrão – é utilizado para pavimentação de arruamentos e como
impermeabilizante;
- Óleo combustível de aquecimento – para aquecimento doméstico e como
combustível para produção de electricidade;
- Óleo lubrificante – Lubrificante para automóveis e máquinas;
- Butano – utiliza-se para uso doméstico, é o famoso gás de cozinha;
- Propano – utiliza-se para uso doméstico como combustível para fogões e em
motores de automóveis;
- Acetileno (etino) – a energia libertada na sua combustão utiliza-se para soldar
metais;
- Álcool etílico (etanol) – utiliza-se em medicina e como dissolvente de
determinadas substâncias.

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Intervalos de temperatura a que se obtêm as principais fracções do
petróleo

Ponto de ebulição Fracção Composto Utilidade


(ºC)
-Combustível doméstico e
industrial
- 20 ºC Gás C1 a C4 -Matéria-prima para a
indústria petroquímica
30 ºC – 180 ºC Gasolina C5 a C12 Combustível e solvente
- Óleo diesel
- Combustível para jactos
170 º C – 290 º C Querosene C11 a C16 -Aquecimento doméstico
- Fonte de gasolina
-Aquecimento industrial
250 º C – 350 º C Óleo Combustível C14 a C18 - Fonte de gasolina
300 ºC – 370 ºC Óleo Lubrificante C15 a C24 - Lubrificação
------ Resíduo A partir de C20 - Parafina, asfalto

ALGUNS CONCEITOS BÁSICOS EM QUÍMICA

Tiveram a oportunidade de verificar em síntese que a Química é a


ciência que estuda a composição e as propriedades das diferentes substâncias e
matérias, suas transformações e variações de energia.
O contributo da Química é importante em áreas como a agricultura, a
educação, a saúde, a pecuária, a indústria e outros serviços públicos.
Substância – é tudo aquilo que constitui um corpo físico.
Átomo – é uma partícula ínfima que possui as propriedades de um
determinado elemento químico. O átomo é a unidade estrutural de uma substância
e é constituído por partículas mais pequenas denominadas por protões, neutrões e
electrões.
Elemento químico – é uma espécie determinada de átomos que
possuem propriedades iguais.
Símbolo químico – é uma simplificação universal adoptada pelos
químicos para representar um elemento químico ou átomos desse elemento,
representado pela primeira letra maiúscula do seu nome, em latim ou grego e, em
muitos casos por duas letras, onde a primeira deve ser sempre maiúscula e a
segunda minúscula.

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O símbolo químico representa o nome desse elemento químico, um
átomo desse elemento ou mole do átomo desse elemento.
Molécula – é um conjunto ou associação de átomos que constituem as
substâncias.
Mole – é a quantidade de matéria (substância) de um sistema que
contém 6,022 x 1023 partículas, esse número denomina-se Constante de Avogadro.
Massa molecular relativa (Mr) – é a soma das massas atómicas
relativas (Ar) de todos os átomos dos elementos que constituem a substância,
Mr(x). Exemplo: A água (H2O).
Ar (H) = 1
Ar (O) = 16
Mr = 2 x 1 + 1 x 16
Mr(H2O) = 2 + 16 =18 u.m.a.
Massa molar – é a relação existente entre a massa da substância em
questão e a sua quantidade de substância (número de moles).
M(x) = m(x) / n(x)
Transformações: são alterações de substâncias que ocorrem na
Natureza. Em Química consideram-se dois tipos fundamentais de transformações
que são: transformações físicas e transformações químicas.
Transformações físicas – são aquelas que ocorrem sem a formação
de novas substâncias. Ex: rasgar um papel.
Transformações químicas – são aquelas que acontecem quando
ocorre a formação de novas substâncias com novas propriedades.
As transformações químicas são chamadas por reacções químicas.
Reacção química – é a transformação de uma ou mais substâncias em
outra(s) com novas propriedades.
Equação química – é forma de representação convencional das
reacções químicas mediante fórmulas e símbolos químicos.

A representação das equações químicas obedece as seguintes regras:


1- As substâncias reagentes e as de produtos de reacção devem ser
representadas pelas respectivas fórmulas.
2- As substâncias reagentes escrevem-se à esquerda da seta ( ) e as
que são produtos de reacção à direita.
71
3- Os estados de agregação das substâncias envolvidas na reacção
devem ser indicados e colocados à directa das fórmulas das substâncias, entre
parênteses. Exemplo: sólido (s), líquido (l), gasoso (g), e para as substâncias em
solução aquosa escreve-se (aq), respectivamente.
4- Deve-se acertar a equação química com base na lei da conservação
da massa.
Lei da conservação da massa (Lei de Lavoisier)
Numa reacção química, a massa total das «substâncias reagentes» (iniciais)
deve ser igual à massa total das substâncias obtidas (finais), as quais são
denominadas «produtos de reacção». Exemplo:
2 Mg (s) + O2 (g) 2 MgO (s)
2 H2O (l) 2 H2 (g) + O2 (g)
CaO (s) + H2O (l) Ca(OH)2 (aq)
Na2CO3 (aq) + CaCl2 (aq) CaCO3 (s) + 2 NaCl (aq)
AgNO3 (aq) + NaCl (aq) AgCl (s) + NaNO3 (aq)
CuCl2 (aq) + H2O (l) + CO2 (g) CuCO3 (s) + 2 HCl (aq)
A operação de acertos das reacções consiste em igualar o número de
átomos de cada elemento em ambos os membros, ou seja, coloca-se os coeficientes
estequiométricos antes das fórmulas, de forma a tornar o número de átomos igual.

Atenção:
Lição: É a ordem cronológica da administração das aulas.
Aula: É um conjunto de actividades desenvolvidas entre professor e aluno num
período de 45 minutos ou mais.

Att: A numeração das aulas não é taxativa, sofrerá alteração em função das
aulas de recuperação, revisões e Avaliações Contínuas.

ELABORADO POR: COORDENAÇÃO DE QUÍMICA – 2022/2023

.../AM – Magas, Lic


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