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UFRRJ – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

ICE – Instituto de Ciências Exatas


Departamento de Química
IC397 – Química Inorgânica I
Prof.: Geovan da Silva Souza

Ana Gabriele Santos Albuquerque 200602003-8


André Luiz Torres Rosas 200602004-6
Átila Santana da Silva 200602005-4
Luis Augusto Avellar Martins 200602023-2
CALCOGÊNIOS – GRUPO 16 ( ou VI-A)

1- Introdução

OXIGÊNIO:
O oxigênio é um elemento químico de símbolo O, número atômico 8 (8
prótons e 8 elétrons) com massa atómica 16 u.
Na sua forma molecular, O2, é um gás a temperatura ambiente, incolor,
insípido, inodoro, comburente, não combustível e pouco solúvel em água.
Representa aproximadamente 20% da composição da atmosfera terrestre. É
um dos elementos mais importantes da química orgânica, participando de maneira
relevante no ciclo energético dos seres vivos, sendo essencial na respiração celular
dos organismos aeróbicos.
Nas Condições Normais de Temperatura e Pressão o oxigênio se encontra
no estado gasoso, formando moléculas biatômicas de formula molecular O 2. Esta
molécula é formada durante a fotossíntese das plantas e, posteriormente, utilizada
pelos seres vivos no processo de respiração. O oxigênio em seu estado líquido e
sólido tem uma ligeira coloração azulada e, em ambos os estados, é
paramagnético. O oxigênio líquido e obtido usualmente a partir da destilação
fracionada do ar líquido, junto com o nitrogênio. Reage praticamente com a
totalidade dos metais, exceto com os metais nobres como ouro, platina,
provocando a corrosão.
Sua alta eletronegatividade o faz reagir com muitos elementos químicos
exceptuando alguns poucos gases nobres.
O composto mais notável do oxigênio é a água (H2O). Outros compostos
importantes que apresentam o elemento oxigênio em sua composição são: dióxido
de carbono, os álcoois (R-OH), aldeídos, (R-CHO), e ácidos carboxílicos (R-COOH).
O ozônio (O3) se forma mediante descargas elétricas a partir do oxigênio
molecular (durante as tormentas elétricas, por exemplo).
No oxigênio líquido já foi encontrado, em pequenas quantidades, uma
dupla molécula de oxigênio: (O2)2.
O oxigênio tem três isótopos estáveis e dez radioativos. Todos os
radioisótopos do oxigênio tem uma meia-vida de menos de três minutos.
O oxigênio pode ser tóxico a elevadas pressões parciais.
Alguns compostos de oxigênio como o ozônio, o peróxido de hidrogênio e
radicais hidroxila são muito tóxicos. O corpo humano desenvolveu mecanismos de
proteção contra estas espécies tóxicas. Por exemplo, a glutación atua como
antioxidante, como a bilirrubina que é um produto derivado do metabolismo da
hemoglobina.
ENXOFRE:
O enxofre (do latim sulfur) é um elemento químico de símbolo S , número
atômico 16 (16 prótons e 16 elétrons) e de massa atómica 32 u. À temperatura
ambiente, o enxofre encontra-se no estado sólido.
É um não-metal insípido e inodoro, facilmente reconhecido na forma de
cristais amarelos que ocorrem em diversos minerais de sulfito e sulfato, ou mesmo
em sua forma pura (especialmente em regiões vulcânicas). O enxofre é um
elemento químico essencial para todos os organismos vivos, sendo constituinte
importante de muitos aminoácidos. É utilizado em fertilizantes, além de ser
constituinte da pólvora, de medicamentos laxantes, de palitos de fósforos e de
inseticidas.
Este não-metal tem uma coloração amarela, mole, frágil, leve, desprende um
odor característico de ovo podre ao misturar-se com o hidrogênio, e arde com
chama azulada formando dióxido de enxofre. É insolúvel em água, parcialmente
solúvel em álcool etílico, porém se dissolve em dissulfeto de carbono. É
multivalente e apresenta como estados de oxidação mais comuns os valores -2, +2,
+4 e +6.
Em todos os estados, sólido, líquido e gasoso apresenta formas alotrópicas
cujas relações não são completamente conhecidas. As estruturas cristalinas mais
comuns são o octaedro ortorrômbico ( enxofre α ) e o prisma monoclínico
( enxofre β ) sendo a temperatura de transição de 95,5 °C; em ambos os casos o
enxofre se encontra formando moléculas S8 na forma de anel. As diferentes
disposições destas moléculas é que produzem as diferentes estruturas cristalinas. À
temperatura ambiente, a transformação de enxofre monoclínico em ortorrômbico,
mais estável, é muito lenta.
Ao fundir-se o enxofre, obtém-se um líquido que flui com facilidade
formado por moléculas de S8 , porém ao aquecê-lo se torna marrom levemente
avermelhado apresentando um aumento na sua viscosidade. Este comportamento
se deve a ruptura dos anéis formando longas cadeias de átomos de enxofre que se
enredam entre sí diminuindo a fluidez do líquido; o máximo de viscosidade é
alcançado numa temperatura em torno de 200 °C. Esfriando-se rapidamente este
líquido viscoso obtém-se uma massa elástica, de consistência similar a da goma,
denominada enxofre plástico ( enxofre γ ) formada por cadeias que não tiveram
tempo para reorganizarem em moléculas de S 8; após certo tempo a massa perde a
sua elasticidade cristalizando-se no sistema rômbico. Estudos realizados com raios
X mostram que esta forma amorfa pode estar constituida por moléculas de S 8 com
uma estrutura de hélice em espiral.
No estado de vapor também forma moléculas de S 8, porém a a 780 °C já se
alcança um equilíbrio com moléculas diatômicas, S 2, e acima de aproximadamante
1800 °C a dissociação se completa encontrando-se átomos de enxofre.
O enxofre é usado em múltiplos processos industriais como, por exemplo,
na produção de ácido sulfúrico para baterias, fabricação de pólvora e vulcanização
da borracha. O enxofre também tem usos como fungicida e na manufactura de
fosfatos fertilizantes. Os sulfitos são usados para branquear o papel e como
conservantes em bebidas alcoólicas. O tiossulfato de sódio é utilizado em
fotografia como fixador já que dissolve o brometo de prata; e o sulfato de
magnésio (sal Epsom) tem usos diversos como laxante, esfoliante ou suplemento
nutritivo para plantas e na produção de sulfureto de hidrogénio (ácido sulfídrico).
O enxofre é o 16º elemento em ordem de abundância, constituindo 0,034%
em peso na crosta terrestre, é encontrado em grandes quantidades na forma de
sulfetos (galena) e de sulfatos (gesso). Na forma nativa é encontrado junto a fontes
termais, zonas vulcânicas e em minas de cinábrio, galena, esfalerita e estibina. É
extraido pelo processo Frasch, processo responsável por 23% da produção, que
consiste em injetar vapor de água superaquecido para fundir o enxofre, que
posteriormente é bombeado para o exterior utilizando-se ar comprimido.
Também está presente, em pequenas quantidades, em combustíveis fósseis
como carvão e petróleo, cuja combustão produz dióxido de enxofre que
combinado a água resulta na chuva ácida, por isso, a legislação dos paises
industrializados exigem a redução do conteúdo de enxofre nos combustíveis. Este
enxofre, depois de refinado, constitui um porcentual importante do total produzido
mundialmente. Também é extraido do gás natural que contém sulfeto de
hidrogênio que, uma vez separado, é queimado para a produção do enxofre:
2H2S + O2  2S + 2H2O
Muitos dos odores desagradáveis da matéria orgânica se devem a
compostos de carbono que contém o enxofre na forma de sulfeto de hidrogênio.
Dissolvido em água é ácido ( pKa1 = 7,00, pKa2 = 12,92 ) e reage com os metais. Os
sulfetos metálicos se encontram na natureza, sobretudo o de ferro( pirita ) que
pode apresentar resistência negativa e a galena, sulfeto de chumbo natural, na qual
se observou pela primeira vez o efeito semicondutor retificado.
Os óxidos mais importantes são o dióxido de enxofre, SO2 que em água
forma uma solução de ácido sulfuroso, e o trióxido de enxofre, SO3, que em
solução forma o ácido sulfúrico; sendo os sulfitos e sulfatos os sais respectivos.
O enxofre, com o oxigênio e o hidrogênio, forma diversos outros ácidos,
como o tiossulfúrico, que dá os tiossulfatos e hipossulfuroso que dá os
hipossulfitos (no exato do termo).
O dissulfeto de carbono, o sulfeto de hidrogênio, e o dióxido de enxofre
devem ser manuseados com cautela. Além de ser bastante tóxico (mais que o
cianureto), o dióxido de enxofre reage com a água da atmosfera produzindo a
chuva ácida, e em altas concentrações reage com a água dos pulmões formando
ácido sulfuroso que provoca hemorragias, enchendo os pulmões de sangue com a
consequente asfixia. É muito fétido, mesmo em baixas concentrações. Quando a
concentração aumenta o sentido do olfato rapidamente se satura desaparecendo o
odor, passando desperpecebido a sua presença no ar, deixando as vitimas expostas
aos seus efeitos, possivelmente letais.

II) Informações Gerais

Elemento Z M.M.(g/mol) Densidade(g/cm3) P.F.(ºC) P.E.(ºC) E.I(kJ/mol) Afinidade Eletronegatividade E.O. R.A.(pm) Símbolo
eletrônica(kJ/mol)

Oxigênio 8 16,00 1,14 -218 -183 1310,3388 +141,-844 3,4 -2 66 O


Enxofre 16 32,06 2,09 115 445 1000,2251 +200,-532 2,6 - 104 S
2,+4,+6
Selênio 34 78,96 4,79 220 685 941,2044 +195 2,6 - 215 Se
2,+4,+6
Telúrio 52 127,60 6,25 450 990 870,1775 +190 2,1 -2,+4 143 Te
Polônio 84 209 9,40 254 960 812 +174 2,0 +2,+4 167 Po

1- Configuração eletrônica e tipos de ligações


          Todos os elementos desse grupo apresentam configuração eletrônica
terminada em s2p4. O oxigênio difere dos demais elementos do grupo por ser
muito eletronegativo e, portanto, o mais iônico em seus compostos. O oxigênio
pode utilizar orbitais p para formar duplas ligações fortes. Os outros elementos
também formam ligações duplas, mas estas se tornam mais fracas à medida que
aumenta o número atômico.

OXIGÊNIO ( O )
            HISTÓRICO:  O oxigênio foi descoberto em 1714 por Priestley.
          OCORRÊNCIA NATURAL:  O oxigênio molecular está presente na atmosfera,
constituindo cerca de 22% desta. Também encontra-se combinado com o
hidrogênio, formando a água doas mares, rios e oceanos, além de constituir (a
água) cerca de 2/3 do peso do corpo humano.
          PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS:  O oxigênio tem um papel fundamental
na manutenção da vida no planeta, pois dele os seres vivos necessitam para a
respiração. As plantas, mediante o processo da fotossíntese, retiram da atmosfera o
CO2, que combina-se com a água, segundo uma reação que pode ser assim
simplificada:
CO2 + H2O    H2CO + O2
          O aldeído fórmico (H2CO), através de reações mais complexas, origina
carboidratos, aminoácidos e outras substâncias essenciais à matéria viva.
Simultaneamente, ocorre a liberação de oxigênio gasoso, que retorna à atmosfera
e é absorvido pelos seres vivos para a respiração. Neste processo, os seres vivos
obtêm a energia que precisam e produz-se CO 2, que então retorna restitui a
atmosfera, fechando o ciclo. Pequenas quantidades de oxigênio para experiências
em laboratório podem ser conseguidas pela eletrólise da água ou pelo
aquecimento de substâncias ricas em oxigênio, como o clorato e o permanganato
de potássio:
KClO3    KCl + 3/2 O2
2 KMnO4    K2O + 2 MnO2 + 3/2 O2
          Em estado sólido, líquido ou gasoso, o oxigênio exibe uma coloração
levemente azulada. Por ação da luz ultravioleta, o oxigênio diatômico origina uma
forma alotrópica formada por três átomos de oxigênio: o ozônio (O 3). Graças a esta
propriedade, o oxigênio protege a vida na superfície terrestre de grande parte das
radiações solares, nocivas aos seres vivos.
          Muitas substâncias se combinam com o oxigênio, nas reações de combustão,
que desenvolvem grande quantidade de calor, formando a chama. Quando a
combustão se dá com oxigênio puro, a chama é sempre muito viva; já com o
oxigênio do ar, é mais lenta e menos ostensiva, por causa da baixa concentração
desse gás em relação ao nitrogênio. Com os ametais, o oxigênio forma óxidos
ácidos, e com os metais, óxidos básicos.
            UTILIZAÇÃO:  O oxigênio puro, que ferve a -183 o C, é obtido juntamente
com o nitrogênio, na destilação fracionada do ar líquido. Na indústria do aço o
oxigênio é insuflado nos conversores, através do ferro gusa, para queimar o
carbono contido neste. Também é usado no corte de chapas metálica, alimentando
a combustão do acetileno em cilindros especiais.

ENXOFRE ( S )
            OCORRÊNCIA NATURAL:  O enxofre encontra-se na natureza sob a forma
de inúmeros sulfetos, sulfatos e no estado livre ou nativo. Na vizinhança dos
vulcões existem grandes quantidades deste último. Isso porque os gases emanados
contendo enxofre, ao sofrerem brusco resfriamento e diminuição de pressão,
decompõem-se parcialmente, liberando o enxofre elementar. Uma grande
quantidade de enxofre é também encontrada no carvão, chegando a constituir
cerca de 2% do peso do carvão e prejudicando a utilização deste como
combustível. As maiores jazidas de enxofre nativo encontram-se nos EUA (maior
produtor mundial), Chile, México, Finlândia, Itália e Japão.
            PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS: A forma cristalina estável do enxofre é
ortorrômbica, mas quando aquecidos a cerca de 95,6 o C, os cristais de enxofre são
transformados em outra forma alotrópica, o enxofre monoclínico. Diminuindo-se
novamente a temperatura, os cristais retornam à forma rômbica. Essa
transformação é bem lenta. Por isso, quando se aquece rapidamente o enxofre
rômbico acima do seu ponto de fusão (119o C), tem-se a passagem direta ao
estado líquido. Esse líquido vai se tornando progressivamente mais viscoso, com o
aquecimento, e em seguida diminui, quando sofre mudança de cor. No estado
sólido o enxofre apresentam intensa coloração amarela e é ótimo isolante de
eletricidade, sendo, por isso, usado em experiências eletrostáticas.
            No estado sólido normal, o enxofre é formado por anéis octatômicos. Com
o aquecimento os anéis abrem-se e formam longas cadeias (aumento da
viscosidade). Continuando o aquecimento, as cadeias quebram-se, diminuindo a
viscosidade. O resfriamento súbito do líquido conduz a uma forma elástica,
chamada enxofre plástico. Os vapores de enxofre são formados também por
moléculas octatômicas, mas quando a temperatura ultrapassa 860 o C, passam a ser
constituídos por moléculas diatômicas (S 2). A temperaturas ainda mais elevadas
essas moléculas dissociam-se em átomos. Nas soluções com solventes orgânicos as
moléculas também são diatômicas.
            Quando queima em atmosfera de oxigênio, o enxofre pode formar vários
óxidos, dependendo da disponibilidade do oxigênio: SO (monóxido), S 2O3
(sesquióxido), SO2 (dióxido), SO3 (trióxido).
            UTILIZAÇÃO:  O ácido sulfúrico é largamente usado na indústria de tecidos,
em baterias de automóveis, como catalisador em sínteses orgânicas etc. Os sais
contendo enxofre são muito importantes, e dentre eles destacam-se alguns:
 K2SO2 (hipossulfito) - estampagem de tecidos
 K2S2O3 (tiossulfato) - fixador em fotografias
 K2S2O4 (hidrossulfato) - estampagem de tecidos
 K2SO3 (sulfito) - conservação de alimentos e branqueamento de celulose da
madeira, lã e seda
 K2SO4 (sulfato) - fertilizante e explosivos
SELÊNIO ( Se )
            HISTÓRICO:  O selênio foi descoberto em 1817 por Berzelius.
            OCORRÊNCIA NATURAL:  Encontra-se muito difundido pela crosta terrestre,
quase sempre sob a forma de selenetos, geralmente acompanhando sulfetos nos
seguintes minerais:
 Berzelianita: Cu4Se
 Tiemanita: HgSe
 Naumanita: Ag2Se           
            Os principais produtores de selênio são os EUA e o Canadá, seguidos pelo
Japão, Suécia e Zâmbia. O selênio livre é encontrado nos resíduos de combustão
das piritas, quando se prepara o ácido sulfúrico.
            PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS:  Oxidando o selênio com ácido nítrico,
ele se transforma em ácido selênico (H 2SeO4). Este, por sua vez, se tratado com HCl,
reduz-se a ácido selenoso. Uma última redução com SO 2 faz precipitar o selênio
metálico. No ar, queima com chama vermelho-azulada, produzindo SeO 2, de cheiro
muito desagradável.
            O selênio encontra-se sob diversas formas alotrópicas, podendo ser
amorfo, monoclínico vermelho (em duas formas, alfa e beta) e hexagonal cinza (a
mais estável à temperatura ambiente). No estado amorfo é mau condutor de
eletricidade, enquanto no cristalino a condutividde é tanto maior quanto mais ele
estiver iluminado, ou seja, é fotocondutor.
             UTILIZAÇÃO:  Devido à sua propriedade fotocondutora no estado
cristalino, é usado em fotocélulas. Os retificadores (conversores de corrente
alternada para corrente contínua) servem-se de uma propriedade especial do
selênio: a semi-condutividade, que lhe permite conduzir a corrente elétrica em
sentido único. Por isso é bastante difundido na indústria de transistores. O selênio
é usado também na indústria do vidro, em pequenas quantidades, para encobrir a
natural coloração verde dada pelas impurezas do ferro.

TELÚRIO ( Te )
            HISTÓRICO:  O telúrio foi descoberto em 1789, por M. H. Klaproth.
            OCORRÊNCIA NATURAL:  No estado livre, o telúrio é raramente encontrado,
a não ser no Colorado e na Bolívia. Mais frequentemente encontra-se misturado ao
enxofre. Sua ocorrência mais comum é sob a forma de telureto, cujas maiores
fontes estão nos EUA, Canadá, México, América do Sul, Zâmbia, Suécia, Europa
central e Rússia. Seus minerais mais importantes são:
 Tetradimita: BiTe2S
 Hessita: Ag2Te
 Calaverita: AuTe2
 Altaíta: PbTe
 Silvanita: AgAuTe2
            EXTRAÇÃO E OBTENÇÃO:  Para preparar o telúrio, dissolvem-se os sulfetos
que o contém em ácido clorídrico e trata-se a solução com SO 2. Assim, se precipita
o telúrio metálico, sob a forma de um pó negro.
            PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS: Quando aquecido, resultam vapores
amarelos de Te2, muito venenosos. Dissolvendo-se o telúrio em ácido nítrico,
obtém-se o ácido teluroso (H2TeO2), que, oxidado com ácido crômico, transforma-
se em ácido telúrico (H6TeO6).         

POLÔNIO ( Po )
            HISTÓRICO:  O polônio foi descoberto em 1898 pelo casal Pièrre e Marie
Curie.
            OCORRÊNCIA NATURAL:  O polônio é um elemento radioativo cujo núcleo,
instável, se transforma em chumbo, pela emissão partículas alfa. A baixas
temperaturas tem estrutura cúbica e a altas temperaturas assume uma forma
romboédrica.
            PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS:  Os compostos de polônio têm pouca
importância, uma vez que só podem ser preparados em quantidades mínimas.
Dentre os principais estão os halogenetos e os óxidos.
            UTILIZAÇÃO:  Comercialmente, apresenta-se como uma fina película sobre
um disco de aço inoxidável (como na fotografia acima), forma em que é vendido
como fonte de partículas alfa para uso científico.

III) Experimental
OXIGÊNIO

1) Preparação a partir da decomposição térmica de KClO 3.

Misturou-se cerca de 5 g de clorato de potássio com 1 g de dióxido de


manganês. Foi colocado uma pequena quantidade da mistura em um tubo de
ensaio com saída lateral e foi aquecido o suficiente para fundir o KClO 3.
Após resfriamento do tubo, foi adicionado o restante da mistura ao tubo e
aqueceu-se o tubo suavmente para uma evolução moderada de gás. O gás foi
recolhido em três tubos de ensaio, por deslocamento de água.

KClO3
MnO2 KCl + 3/2 O2
Obs.: Antes de ser interrompido o aquecimento, foi retirado o tubo de escape de
gás do béquer com água para evitra refluxo e consequente quebra do tubo
contendo a mistura dos sólidos.

2) Propriedades

a) Foi acendida uma fita de magnésio, presa por uma pinça, na chama de bico de
Bunsen e esta foi introduzida em um dos tubos com o gás oxigênio.
Mg(s) + ½ O2  MgO

O óxido foi dissolvido em água.


Foi adicionado gotas de fenolftaleína e

A solução fica rosa ( fenolftaleína em pH > 8,2, fica rosa )


Indicando caráter básico do óxido formado.
b) Foi aquecido ao rubro, um pouco de lã de aço ( diretamente no bico de Bunsen )
e logo em seguida, esta foi introduzida em um tubo com o gás Oxigênio e fo
observado a combustão com o excesso de O2.
2Fe(s) + 3/2 O2(g)  Fe2O3. H = -824,2 kJ/mol

c) Foi acendido um pequeno pedaço de fósforo vermelho, segurando-o com uma


pinça, na chama do bico de bunsen e este foi introduzido em um dos tubos com o
gás Oxigênio.
P4(s) + 5 O2(g)  P4O10
O óxido foi dissolvido em água.
P4O10 + 6H2O  4H3PO4
Foi adicionado gotas de alaranjado de metila e
A solução fica vermelha ( fenolftaleína em pH < 3,1, fica vermelho)

Indicando caráter ácido do óxido formado.

Obs.: a reação acontece devido a estequiometria de O( 1,00 (100%)), que está puro
no tubo. Isso não acontece com facilidade pois a estequiometria do O no ar é
0,21(21%).

3) Peróxido de Hidrogênio

a) Identificação
Em um tubo de ensaio, foi adicionado 4 gotas de solução diluída de H 2SO4
(3M) e 1 mL de H2O2. Foi adicioando, em seguida, 1 mL de éter etílico( serve para
extrair o produto da camada apolar ) e 5 gotas de solução diluída de K 2Cr2O7. Foi
agitado e deixado em repouso.

Cr2O72- + 14H+ + 6e-  2Cr3+ + 7H2O E0 = +1,33V


O2(g) + 2H+ + 2e-  H2O2 E 0 = +0,682 V

Cr2O72- + 14H+ + 6e-  2Cr3+ + 7H2O (x1)( Semi-Reação de Redução )


H2O2  O2(g) + 2H + 2e
+ -
(x3)( Semi-Reação de Oxidação )
Cr2O7 + 8H + 3H2O2  2Cr + 3O2(g) + 7H2O
2- + 3+
( Equação
Iônica Essencial ) ddp = +0,648 V
b) Estabilidade

Foi pipetado 2 mL de solução de H 2O2 para 3 tubos de ensaio. O 1º tubo foi


reservadoe, em seguida, foi adicionado 1 mL de ácido clorídrico no 2º tubo,
deixando-o ácido e ao terceiro, foi adicionado soda cáustica deixando-o básico.
Adicinou-se a cada um deles uma tira de papel indicador de pH e foi aquecido em
banha-maria os 3 tubos. No meio básico, acontece + rápido, depois vem o neutro
e depois em meio ácido. Porque o meio ácido é mais estável, seguido do neutro e
depois, do básico.

c) Ação oxidante

Foi colocado em difrenetes tubos de ensaio, soluções Fe 2+, Mn2+, Co2+ e Cr3+
(Feito em duplicata). Foi adicioando a cada tubo 1 mL de solução 2M de NaOH e,
em seguida, 2 mL de H2O2. Foi compardao os precipitados obtidos antes e depois
da adição de H2O2.
Solução +NaOH (NaOH + H2O2)
Cr 3+
Cr(OH)3 (pp. verde) CrO42- (amarelo)
Mn2+ Mn(OH)2 (branco) MnO2 (pp. Marrom)
Co 2+
Co(OH)2 (rosa) Co(OH)3 (marrom)
Fe 2+
Fe(OH)2 (verde) Fe(OH)3(pp. marrom(ferrugem))

d) Ação redutora

d1) Em um tubo de ensaio, foi adicionado 1 mL de solução diluída de KMnO 4, 1 mL


de solução H2SO4 3M e 3 mL de H2O2. A solução foi aquecida e descorou mistura
oxidante (MnO4- + H+).

MnO4- + 8H+ + 5e-  Mn2++ 4H2O E 0 = +1,51 V


O2(g) + 2H+ + 2e-  H2O2 E 0 = +0,682 V

MnO4- + 8H+ + 5e-  Mn2++ 4H2O (x2) ( Semi-Reação de Redução )


H2O2  O2(g) + 2H+ + 2e- (x5)( Semi-Reação de Oxidação )
2MnO4- + 6H+ + 5H2O2  2Mn2++ 8H2O + 5O2(g) ( Equação Iônica Essencial )
ddp =+0,828 V

d2) Foi colocado em um tubo de ensaio, 1 mL se solução diluída de K 3[Fe(CN)6] e


2mL de H2O2. Após ser aquecido ligeiramente, foi adicionado 2 gotas de solução
diluída de H2SO4 e 4 gotas de FeCl3.

2[Fe(CN)6] 3- + H2O2  2[Fe(CN)6]4- + 2H+ + O2


FeCl3 + H2SO4  Fe+++ + SO42- + HCl
Ferrocianeto forma precipitado azul da Prússia com sal férrico:
[Fe(CN)6]4- + Fe+++ + K+  FeK[Fe(CN)6](s)

ENXOFRE

1) Variedades alotrópicos

a) Foi dissolvida, em um tubo de ensaio, uma pequena quantidade de enxofre em 2


mL de CS2. Transferiu-se a solução para um vidro de relógio e foi deixado o
solvente evaporar. Observou-se a forma ortorrômbica dos cristais de enxofre.

b) Foi dissolvido, em um tubo de ensaio, uma pequena quantidade de enxofre em


2 mL de tolueno. Foi aquecido, em banho-maria, até uma temperatura de 100ºC.
Transferiu-se a solução para um vidro de relógio e foi deixado o solvente evaporar.
Observou-se a forma monoclínica dos cristais de enxofre.

c) Foi aquecido, em cápsula de porcelana, 10 g de enxofre até uma temperatura


próxima de 450 ºC( nesta temperatura o enxofre apresenta uma cor escura, além
do pouco viscoso). Verteu-se o enxofre líquido em uma proveta de 50 mL,
contendo água gelada, e observar a formação de fios de enxofre, que são dotados
de elasticidade( enxofre plástico ou amorfo ).
Obs.: Este último é utilizado para vulcanização da borracha; a deixa mais
consistente.

2) Preparação de ácido sulfúrico

Num gerador de gás, adicinou-se cerca de 10 g de bissulfito de sódio e 15


mL de água. Pelo funil, foi vertido, na medida do necessário, ácido sulfúrico 6M
para manter o despredimento de SO2 que foi borbulhado em um béquer com
água.

HS- + H2O  H2S + HO-


H2S + H2SO4  SO2 + H3O+ + HS-
SO2 + H2O  H2SO3

3) Propriedades Químicas

a) Propriedades ácidas
Foi pipetado 5 mL de solução de ácido sulfuroso para um tubo de ensaio e
foi adicionado alguns miligramas de Magnésio.
Mg(s) + H2SO3  MgSO3 + H2(g)

b) Propriedades redutoras

Colocou-se, em difrentes tubos de ensaio, 1 gota de solução diluída de


H2SO4 e 1 mL de solução diluída. De KMnO 4, K2Cr2O7, KIO3 + amido, FeCl3 +
K3[Fe(CN)6]. Em seguida, adicionar 1 mL de solução de sulfuroso a cada tubo e foi
observado.
Solução + H2SO4 (H2SO4 + H2SO3)
KMnO4 rosa (Mn++)incolor
K2Cr2O7 laranja (CrO4)amarelo
KIO3 + amido preto (I2)pp.preto
FeCl3 + K3[Fe(CN)6] azul (FeK[Fe(CN)6])Azul da Prússia

c) Propriedades alvejante
Em um tubo de ensaio, foi adicionado 0,5 mL de fucsina a 0,1% e 1 mL de
solução de ácido sulfuroso. A solução fica vermelho groselha. Foi fervido a solução
e foi observado que a solução se torna incolor.

Estrutura da fucsina em meio ácido

Digrama de fases para o Enxofre


QUESTIONÁRIO

Bibliografia

1. http://www.geocities.com/Vienna/Choir/9201/grupo_VIA.htm;
2 .http://pt.wikipedia.org;
3. ATKINS,Peter,JONES, Loretta. Princípios de química: questionando a vida
moderna e o meio ambiente. – 3. ed. – Porto Alegre : BookMan, 2006.

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