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Enxofre (S)
Fósforo (P)
Carbono (C)
Silício (Si)
Anápolis – GO
2020
Enxofre (S)
O enxofre ou súfur (S), já era usado pelos povos pré-históricos para pigmento de
pinturas em caverna, e durante toda a história foi usado para diferentes aplicações, mas só
em 1777 foi classificado como elemento químico pelo francês Antoine Lavoisier, e
demnostrado como substância simples pelos químicos Gay-Lussac e Thenard.
Apesar da ligação pi () fraca, (devido a sobreposição dos orbitais ser pouco efetiva
pelo raio atômico do enxofre ser grande) a ligação sigma () é forte, o que explica a
ocorrência de S8 ao invés de S2, como o O2 do mesmo grupo.
O enxofre constitui cerca de 0,03% e pode ocorrer em sua forma nativa (S) ou
formando compostos, sendo os mais comuns os sulfatos (SO4-2) e os sulfetos (S-2). Como
enxofre livre na natureza ocorre principalmente em depósitos vulcânicos ou sedimentares.
Só nos EUA, cerca de 4 milhões de toneladas são produzidas anualmente, a partir do gás
natural, de piritas (um dissulfeto de ferro) em refinarias de petróleo e indústrias produtoras
de zinco, cobre e chumbo. Em muitos casos, o enxofre é separado de um gás; por exemplo,
ele é obtido a partir de H2S, pelo processo de Claus: queima parcial do H2S, transformando-
o em SO2 e, em seguida, fazendo esses dois gases reagirem num processo de óxido-
redução, dando enxofre.
Na forma pura, o fósforo é um sólido branco mole, de aspecto ceroso, bastante reativo
(devido a ligação P-P fraca, 96KJmol-1 e a alta tensão angular) e inflama espontaneamente
no ar a cerca de 35°C, sendo armazenado sob água para impedir essa reação. É tóxico,
formado por moléculas tetraédricas P4. A mesma estrutura de P4, é mantida no estado
líquido ou gasoso, e em temperaturas muito elevadas P4 dissocia-se em P2. Cerca de
1800°C, essa dissociação atinge 50%. Durante a oxidação no ar, -P4 emite uma luz verde-
amarela, um exemplo de fosforescência conhecida desde a antiguidade.
Existem vários alótropos, o fósforo branco, que existe em duas modificações, -P4
(cúbica) e -P4 (hexagonal), o vermelho, e o preto. O aquecimento do fósforo branco na
ausência de ar e a cerca de 250°C ou uma temperatura menor na presença de luz solar
produz o fósforo vermelho, um material amorfo, polimérico. O fósforo preto obtida por
aquecimento de fósforo branco em pressões muito altas é a forma mais
termodinamicamente estável, é inerte e apresenta uma estrutura lamelar. O fósforo preto
converte-se em outras formas em pressões ainda maiores.
O carbono do latim carbos, que significa carvão, apesar de ser utilizado desde a pré-
história na forma de grafite e diamante, só foi reconhecido como elemento químico em 1789
pelo químico francês Antoine Lavoisier.
Existem alguns alótropos, sendo o grafite ( e ), diamante, fulerenos e grafeno alguns
deles.
Figura 1. Representação esquemática de diferentes alótropos de carbono: a) grafite; b) diamante; c) fulereno; d) nanotubo de
carbono de parede simples; e) nanotubo de carbono de parede múltipla; f) grafeno.
O coque é uma forma de carbono amorfo impuro, obtida do resíduo sólido que
permanece após a destilação extensiva do carvão. É produzido em enormes quantidades,
e de suma importância para a indústria siderúrgica. A destilação do carvão também constitui
uma importante fonte de compostos orgânicos.
3C + SiO2 Si + 2CO C + Si
Silício, do latim sílex ou silicis que significa “pedra dura”, já era utilizado há
aproximadamente 500 mil anos atrás, como compostos para produção de objetos e
ferramentas. No entanto, o elemento só foi isolado pela primeira vez pelo químico sueco
Jöns Jacob Berzelius em 1823, através do aquecimento do tetrafluoreto de silício com
potássio.
O silício puro é obtido a partir de quartzo, quartizitos ou areias silicosas, usando coque
de petróleo, carvão mineral ou vegetal como agentes redutores. A redução é realizada em
fornos de arco elétrico com eletrodos de carbono submersos em temperatura superior a
1900oC, reduzindo o óxido de silício a silício, conforme a equação:
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