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A reciclagem é uma importante atividade comercial observada desde o Império Romano, sendo o
ferro um dos materiais mais reciclado no mundo pelo setor industrial. Estima-se que 17,82% dos
resíduos metálicos de ferro não sofrem nenhum tipo de transformação ou recuperação. Em um
país como o Brasil que consume, aproximadamente, 25 milhões de toneladas por ano, esse
desperdício é bastante significativo. Nesse contexto, vê-se nestes resíduos um potencial
econômico a ser explorado e convertido em benefício da sociedade através da sua transformação
para obtenção de bens de consumo. Essa medida se efetiva com a redução do volume de lixo
metálico enviado para aterros e ao converter sustentavelmente esses é possível cumprir um papel
fundamental na melhoria da qualidade de vida da sociedade. Deste modo, este estudo tem por
finalidade a obtenção e caracterização dos pigmentos de coloração primária (azul, amarelo e
vermelho) a partir de óxido de ferro proveniente do tratamento de resíduos previamente
selecionados. Pigmentos de cores primárias foram obtidos, caracterizados e testados quanto a
sua dispersabilidade, solubilidade e capacidade de conferir cor a um sistema polimérico de
polietileno.
Palavras-chave: Sustentabilidade. Pigmento. Ferro. Polímero. Polietileno.
INTRODUÇÃO
PARTE EXPERIMENTAL
Material
Sucata metálica, ácido clorídrico, ácido sulfúrico, hidróxido de sódio e ferrocianeto de
sódio.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após 25 minutos todo o ferro foi atacado, em seguida foi feita a filtração da solução
ferrosa para separar o reagente desejado dos resíduos contidos (carbono e outras impurezas)
na solução. Na filtração comum utilizou-se um papel filtro qualitativo, o precipitado preto ficou
retido no filtro e o filtrado apresentou uma coloração verde límpida.
Após 24 horas do filtrado em repouso mediu-se o pH com papel tornassol, o mesmo
ficou vermelho escura apresentando pH 1, observou-se a formação de vários cristais de
coloração verde clara na solução, e segundo pesquisa [6] a coloração verde e formação sólida
do sal em meio ácido, trata-se do sulfato de ferro II.
Para caracterizar a presença do íon ferroso (Fe2+) foi realizado o experimento com uma
solução de hidróxido de sódio. Transferiu-se 10 mL da solução para um tubo de ensaio e
adicionou-se uma solução de hidróxido de sódio ocorrendo uma precipitação branca
caracterizando o hidróxido de ferro II (Fe(OH)2), em completa ausência de ar, ficou insolúvel
com o hidróxido de sódio em excesso, mas se dissolveu totalmente em meio ácido. Após a
exposição ao ar, o hidróxido de ferro II foi rapidamente oxidado, produzindo por fim, um
precipitado marrom avermelhado de hidróxido de ferro III, comprovando que a solução continha
os íons de ferrosos (Fe2+), conforme Figura 3, abaixo.
O sulfato ferroso foi calcinado a altas temperaturas para produzir uma linha de
vermelhos. O processo envolveu duas etapas de calcinação, uma desidratação e uma
decomposição, finalizando com a obtenção do pigmento vermelho, Figura 4-a. O sulfato ferroso
em contato com solução de hidróxido de sódio, precipita pigmento amarelo (Fe2O3 H2O) o qual
é filtrado e seco em estufa, Figura 4-b . E através da decapagem, ataque químico da sucata de
ferro com ácido clorídrico obteve-se cloreto de ferro, o qual é dosado com ferrocianeto de
sódio, com constante controle de temperatura e pH, precipitando o pigmento azul de ferro
(Fe4[Fe(CN)6]3) o qual é filtrado e seco em estufa, Figura 4-c.
a b c
Figura 4: Pigmentos obtidos a partir do sulfato ferroso.
13° Congresso Internacional de Tintas
13ª Exposição Internacional de Fornecedores para Tintas
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
1. A. P.Lewis Pigment Handbook: Properties and Economics,1ª Ed., New York, 1988..
2. C. A. Bonamartini et al Synthesis and Methodologies inInorganic Chemistry, New
Compounds and Materials, v. 6, pp.145-51, 1996.
3. G. P.Casali, et al, Síntese e Caracterização de PigmentosCerâmicos Obtidos por
Precursores Poliméricos, In: Anais do16º Congresso Brasileiro de Engenharia e Ciências dos
Materiais, pág. 1425-1431, 2002.
4. D. Feldman, A. Barbalata Synthetic Polymer: Tecnology, Proprieties, Applications. Chapman
& Hall, Canadá, 1996.
5. J. Fazenda, Tintas & Vernizes: Ciência e Tecnologia. 3. ed. Edgard Blucher, São Paulo,
2005.
6. VOGEL, A. I. Química Analítica Qualitativa. 5. ed. Mestre Jou, São Paulo 1981.