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SERES VIVOS
Manual Para Os Alunos da 9ª Classe
arone3atchitaku@gmail.com
933 717 207
Ano Lectivo
COMPLEXO ESCOLAR PRIVADO
ESCADINHA DA VIDA – LOBITO
AULAS DE BIOLOGIA
Nome:
Nº Turma: Sala nº Período: Classe: 9ª
Data: ____/____/_____ Ass. do Prof.: Arone Tchitaku Ass. Enc. Educ.:
Sumário
Tema A: A Célula Como Unidade Estrutural e Funcional Dos Seres Vivos. ................................... 5
Subtema A1: Estudo Do Microscópio Óptico. ........................................................................... 5
Sumário: Invenção do Microscópio e a descoberta da célula ............................................... 5
Tema A: A Célula Como Unidade Estrutural e Funcional Dos Seres Vivos. ................................... 7
Subtema A1: Estudo Do Microscópio Óptico. ........................................................................... 7
Sumário: Constituição, Função E Manuseamento Do Microscópio Óptico .......................... 7
Tema A: A Célula Como Unidade Estrutural e Funcional Dos Seres Vivos. ................................... 9
Subtema A1: Estudo Do Microscópio Óptico. ........................................................................... 9
Sumário: Teoria Celular ......................................................................................................... 9
Tema A: A Célula Como Unidade Estrutural e Funcional Dos Seres Vivos. ................................. 10
Subtema A1: Estudo Do Microscópio Óptico. ......................................................................... 10
Sumário: Características Da Imagem Dada Pelo Microscópio ............................................ 10
Tema A: A Célula Como Unidade Estrutural e Funcional Dos Seres Vivos. ................................. 11
Subtema A1: Estudo Do Microscópio Óptico. ......................................................................... 11
Sumário: Preparação Do Material Biológico ....................................................................... 11
Tema A: A Célula Como Unidade Estrutural e Funcional Dos Seres Vivos. ................................. 12
Subtema A1: Estudo Do Microscópio Óptico. ......................................................................... 12
Sumário: Tecnicas citologicas .............................................................................................. 12
Tema A: A Célula Como Unidade Estrutural e Funcional Dos Seres Vivos. ................................. 14
Subtema A2: A Célula: Célula Procariota E Eucariota (Animal E Vegetal)............................... 14
Sumário: Definição de célula ............................................................................................... 14
Tema A: A Célula Como Unidade Estrutural e Funcional Dos Seres Vivos. ................................. 15
Subtema A2: A Célula: Célula Procariota E Eucariota (Animal E Vegetal) ............................... 15
Sumário: Estudo da célula procariota ................................................................................. 15
Tema A: A Célula Como Unidade Estrutural e Funcional Dos Seres Vivos. ................................. 16
Subtema A2: A Célula: Célula Procariota E Eucariota (Animal E Vegetal) ............................... 16
Sumário: Estudo da célula eucariota animal e vegetal ....................................................... 16
Tema A: A Célula Como Unidade Estrutural e Funcional Dos Seres Vivos. ................................. 19
Subtema A2: A Célula: Célula Procariota E Eucariota (Animal E Vegetal) ............................... 19
Sumário: Comparação da organização de células procariotas e eucariotas ....................... 19
Tema A: A Célula Como Unidade Estrutural e Funcional Dos Seres Vivos. ................................. 20
Subtema A3: Seres Eucariotas Unicelulares E Pluricelulares .................................................. 20
Sumário: Seres eucariotas unicelulares .............................................................................. 20
Tema A: A Célula Como Unidade Estrutural e Funcional Dos Seres Vivos. ................................. 21
Subtema A3: Seres Eucariotas Unicelulares E Pluricelulares .................................................. 21
Sumário: Seres eucariotas pluricelulares ............................................................................ 21
Tema A: A Célula Como Unidade Estrutural e Funcional Dos Seres Vivos. ................................. 22
Subtema A3: Seres Eucariotas Unicelulares E Pluricelulares .................................................. 22
Sumário: Vantagens e desvantagens da pluricelularidade ................................................. 22
Tema A: A Célula Como Unidade Estrutural e Funcional Dos Seres Vivos. ................................. 23
Subtema A4: Metabolismo Celular ......................................................................................... 23
Sumário: Anabolismo e catabolismo ................................................................................... 23
Tema A: A Célula Como Unidade Estrutural e Funcional Dos Seres Vivos. ................................. 24
Subtema A4: Metabolismo Celular ......................................................................................... 24
Sumário: Captação de energia: fotossíntese e quimiossíntese .......................................... 24
Tema A: A Célula Como Unidade Estrutural e Funcional Dos Seres Vivos. ................................. 25
Subtema A4: Metabolismo Celular ......................................................................................... 25
Sumário: Produção de energia metabólica: respiração aeróbia e fermentação ................ 25
Tema B: Organização das plantas. .............................................................................................. 27
Subtema B1: Estrutura e função dos tecidos vegetais. ........................................................... 27
Sumário: Organização estrutural das plantas angiospérmicas. .......................................... 27
Tema B: Organização das plantas. .............................................................................................. 28
Subtema B1: Estrutura e função dos tecidos vegetais. ........................................................... 28
Sumário: Estrutura e função dos tecidos de formação ou meristemas. ............................. 28
Tema B: Organização das plantas. .............................................................................................. 30
Subtema B1: Estrutura e função dos tecidos vegetais. ........................................................... 30
Sumário: Estrutura e função dos tecidos definitivos: dérmicos. ........................................ 30
Tema B: Organização das plantas. .............................................................................................. 31
Subtema B1: Estrutura e função dos tecidos vegetais. ........................................................... 31
Sumário: Estrutura e função dos tecidos definitivos: fundamentais. ................................. 31
Tema B: Organização das plantas. .............................................................................................. 33
Subtema B1: Estrutura e função dos tecidos vegetais. ........................................................... 33
Sumário: Estrutura e função dos tecidos definitivos: tecidos de transporte...................... 33
Tema B: Organização das plantas. .............................................................................................. 34
Subtema B2: Estrutura e função dos órgãos vegetais. ........................................................... 34
Sumário: A raiz .................................................................................................................... 34
Tema B: Organização das plantas. .............................................................................................. 36
Subtema B2: Estrutura e função dos órgãos vegetais. ........................................................... 36
Sumário: O caule ................................................................................................................. 36
Tema B: Organização das plantas. .............................................................................................. 37
Subtema B2: Estrutura e função dos órgãos vegetais. ........................................................... 37
Sumário: A folha. ................................................................................................................. 37
Tema B: Organização das plantas. .............................................................................................. 38
Subtema B3: Fotossínte .......................................................................................................... 38
Sumário: Mecannismo da fotossíntese. .............................................................................. 38
Tema B: Organização das plantas. .............................................................................................. 40
Subtema B3: Fotossíntese ....................................................................................................... 40
Sumário: Pigmentos fotossintéticos e sua localização. ....................................................... 40
Tema B: Organização das plantas. .............................................................................................. 41
Subtema B3: Fotossíntese ....................................................................................................... 41
Sumário: Factores que interferem na actividade fotossintética. ........................................ 41
Tema C: Organização dos animais............................................................................................... 42
Subtema C1: Estrutura e função dos diferentes tipos de tecidos de animais. ....................... 42
Sumário: definição e classificação dos tecidos. .................................................................. 42
Tema C: Organização dos animais............................................................................................... 44
Subtema C1: Estrutura e função dos diferentes tipos de tecidos de animais. ....................... 44
Sumário: tecidos epiteliais. ................................................................................................. 44
Tema C: Organização dos animais............................................................................................... 46
Subtema C1: Estrutura e função dos diferentes tipos de tecidos de animais. ....................... 46
Sumário: tecidos conjuntivos. ............................................................................................. 46
Tema C: Organização dos animais............................................................................................... 51
Subtema C1: Estrutura e função dos diferentes tipos de tecidos de animais. ....................... 51
Sumário: Tecidos musculares. ............................................................................................. 51
Lição nº 1
Já no final do século XVI, Galileu descobriu que se montasse duas lentes num tubo obteria um
aparelho em que, olhando de uma das extremidades, permitia a
visualização pormenorizada de objectos distantes. Este aparelho
constituiu o primeiro telescópio. O mesmo aparelho, quando se
olhava pelo extremo oposto, permitia observar objectos pequenos,
Figura 2 - telescópio invisíveis a olho nu, ou seja, funcionava como microscópio.
Antonie Van Leeuwenhoek [Holandes (Figura 2.12: Antony van Leeuwenhoek (1632-1723)]
A sua curiosidade levou-o a construir um microscópio com capacidade de
ampliação na ordem de 40 a 70 vezes, que pôde usar na observação de
bactérias e protozoários numa gota de água. Contribuiu ainda com a
descrição dos capilares que ligam as artérias e as veias dos vertebrados,
da estrutura microscópicas dos músculos, dos dentes e de outros órgãos.
Estudou, entre outras coisas, a estrutura das penas das aves, das patas das moscas e da cortiça.
Em 1665, Hook descreveu as suas observações sobre a cortiça «Pude perceber, com
extraordinária clareza, que a cortiça é toda perfurada e porosa,
assemelhando-se muito a um favo de mel. Além disso, esses poros ou
células, não eram muito fundos e sim constituídos por uma grande número
de pequenas caixas».
Robert Brown
Em 1833, encontrou em células de orquídeas uma formação densa e globosa, que denominou
«núcleo». Ele admitiu que estes núcleos se encontravam nas células de outras plantas.
Exercícios
Parte óptica
Componentes Características ou funções
As fontes luminosas podem ser a luz do sol ou lâmpada eléctrica. Pode estar ao próprio
Lâmpada
microscópio ou fazer parte de uma lanterna que se coloca à frente do aparelho.
Sistema de iluminação
Apenas quando a fonte luminosa é indirecta. Tem como função de reflectir, para a
Espelho preparação, a luz que recebe da fonte luminosa exterior. Ela é móvel e tem duas faces, uma
convexa e outra plana.
Formado por um sistema de três lentes cuja finalidade é a de concentrar os raios emitidos
Condensador pela fonte luminosa, fazendo-os incidir na preparação e distribuí-los uniformemente na
mesma.
Diafragma Está associado ao condensador, regulando a intensidade da luz que o atinge.
Sistema de ampliação
Ampliam a imagem do objecto através de um sistema de lentes: cada objectiva possui uma
Objectivas
capacidade de ampliação determinada (10x, 40x e 100x).
Sistema São formados por duas lentes: em cada ocular está assinalada a sua capacidade de
ocular ampliação, 10x por exemplo.
Parte Mecânica
Componentes Características ou funções
Pé ou base Assenta sobre a mesa de trabalho, permitindo a estabilidade de todas as outras peças.
Peça que se encontra fixa à base e com a qual estão articuladas todas as outras partes do
Braço ou coluna
microscópio.
Peça que pode ser circular, rectangular ou quadrada, colocada paralelamente à base e que se
pode deslocar na vertical; corresponde ao local onde se coloca o material a observar. No seu
Platina centro existe um orifício através do qual se dá a passagem dos raios luminosos. Sobre a
platina a encontram-se dois dispositivos que servem para fixar o material a observar – as
pinças.
Tubo cilíndrico de tamanho variável; na extremidade superior está adaptado o sistema ocular
Canhão ou tubo
e na extremidade inferior encontra-se o revolver, no qual estão acopladas as objectivas.
Revólver ou porta- Pode rodar-se com movimentos circulares, colocando cada objectiva no prolongamento do
objectivas canhão, permitindo trocar rapidamente de objectiva.
Parafuso micrométrico
(de grande deslocamento) Permitem movimentos da platina de grande ou de pequena amplitude, afastando-se ou
Parafuso micrométrico aproximando-a da objectiva, permitindo uma focagem rápida e a obtenção de imagens
(de pequeno nítidas
deslocamento)
Tabela 2: componentes da parte mecânica do microscópio
Microscópio composto
Microscópio composto, ilustrado
Microscópio simples
Tarefa
Mathias Jakob Schleiden [Médico e botânico (Figura 2.29: Matthias Schleiden (1804-1881)]
Em 1838, fez a seguinte generalização: «As plantas inferiores são todas constituídas por
uma única célula, enquanto que as superiores são constituídas por muitas células».
Theodor Ambrose Hubert Schwann [Médico alemão (Figura 2.30: Theodor Schwann Mathias Jakob Schleiden
(1810-1882)]
Estendeu a generalização anterior para os animais, ao concluir que também eles
eram constituídos por partículas elementares correspondentes às células das plantas.
Rudolf Virchow
Em 1958, postulou que a célula não só é a unidade estrutural dos seres vivos, mas também a
sua unidade fisiológica, onde ocorrem um conjunto de reacções químicas necessárias para a
manutenção da vida.
Acrescentou o seguinte: toda a célula tem origem em outra célula pré-existente. O que
inaugurou uma nova época da citologia (ciência que estuda a célula).
Foi acrescentada uma outra generalização, segundo a qual todas as células contêm material
hereditário, através do qual as características específicas passam de uma célula-mãe para as
células-filhas.
Em resumo temos os seguintes principios:
1º A célula é a unidade básica de estrutura e função de todos os seres vivos.
2º Todos os seres vivos, dos mais simples aos mais complexos, são constituídos por células, nas
quais ocorrem um conjunto de reacções químicas necessárias à manutenção da vida.
3º Todas as células provêm de células pré-existentes, pois qualquer célula se forma por divisão
de uma célula.
4º A célula é a unidade de reprodução e de desenvolvimento dos seres vivos, sendo a sua
unidade hereditária, pois nela está contida a informação genética.
Tarefa
Uma das características da imagem obtida em microscopia óptica diz respeito à sua ampliação,
permitindo a obser3vação de estruturas invisíveis à vista desarmada. O aumento proporcionado
pelo microscópio deve-se à composição de poderes ampliadores da objectiva e da ocular.
A lente ocular terá uma ampliação de 10x e as três objectivas terão respectivamente ampliações
de 10x, 40x e 100x.
Limite de resolução é a distância mínima a que esses dois pontos devem estar para que, através
do microscópio, se possa observar separadamente.
Uma outra característica da imagem formada pelo microscópio óptico é ser duplamente
invertida, uma imagem virtual e muito ampliada da imagem produzida pela objectiva,
forma-se assim, uma imagem final que é virtual, invertida, simétrica e maior que o
objecto.
Tarefa
As preparações temporárias são aquelas que permitem fazer a observação das células
vivas montadas no seu meio natural de vida (água salgada, água doce, soro fisiológico,
etc.) ou numa substancia inofensiva.
Elas permitem observar o material vivo, mas durante um período de tempo limitado,
uma vez que pode ocorrer a evaporação do meio aquoso acompanhada de um processo
de degradação da célula – decomposição, seguida de autodestruição.
As preparações definitivas são aquelas que as células são fixadas, ou seja, são mortas
instantaneamente e coradas para melhor a observação dos seus componentes.
Uma preparação definitiva ideal deveria mostrar as células com a mesma estrutura
microscópica e composição química que possuíam quando vivas. Isto porém, não é
possível, e todos os preparados citológicos apresentam artefactos, que são defeitos
produzidos nas células pelas técnicas utilizadas.
Tarefa
Fixação e Desidratação consistem por um lado, num processo que mata as células
rapidamente, impedindo o processo de destruição das células, por outro lado, endurece
parcialmente os tecidos de modo a poderem suportar as etapas seguintes. Pode ser
realizada por agentes físicos como o calor ou frio (fixação por congelação). Usualmente,
emprega-se a fixação química por meio de substâncias chamadas fixadores.
Esfregaço é uma técnica citológica útil para materiais biológicas como líquidos orgânicos
(ex.: sangue) e colónias de bactérias. Coloca-se uma gota, sobre a lâmina, e com a ajuda
de outra lâmina ou lamela espalha-se bem e deixa-se se secar ao ar. Depois de seco, o
material biológico pode ser fixado e corado.
Inclusão e Corte depois de endurecer e formar um bloco que tem incluído no seu interior
o material biológico, é cortado em fatias finas com uma espessura entre 3 a 6 microns,
o material usado frequentemente é a parafina.
Esmagamento é uma técnica usada quando células animais ou vegetais têm uma fraca
aderência (ex.: células da raiz da cebola). Para realizar um esmagamento coloca-se um
pequeno fragmento do tecido entre a lâmina e a lamela e, de seguida, faz-se uma
pequena pressão como o cabo de uma agulha de dissecção ou com o polegar, de modo
a provocar o esmagamento do tecido, o que faz com que as células se espalhem,
formando uma fina camada que é facilmente atravessada pela luz.
Cada corante reage apenas com certos elementos celulares, que ficam contrastando em
relação aos outros, facilitando a observação.
Tarefa
A célula é a unidade básica de todos os seres vivos e caracteriza-se por possuir uma
estrutura e organização próprias necessárias à vida.
Células eucariotas são células mais complexas possuem núcleo organizado e numerosos
organitos. Ex.: o restante dos seres vivos, nomeadamente o Homem.
amiba
giárdia
espermatozóide
Hemácias
Tarefa
1. O que é a célula?
2. Quais são os constituintes celulares a qualquer tipo de célula?
3. Quais as diferenças que existem entre a célula procariota e eucariota?
Lição nº 8
As células procariotas (Pro – antes; Karyon – núcleo) o material nuclear não está delimitado por
um invólucro, ficando em contacto directo com o citoplasma, verificando-se assim a não
existência de núcleo individualizado
Tarefa
Eucariota vem do grego (eu – verdadeiro; Karyion – núcleo), apresenta uma estrutura
arredondada – o núcleo, um líquido homogéneo – o citoplasma, e uma membrana
citoplasmática que envolve toda a célula e os seus componentes.
Célula animal
Núcleo
Complexo de Golgi
Membrana
citoplasmática
Citoplasma
Lisossomos
Ribossomas
Reticulo
endoplasmático
Centriolos liso
Reticulo Mitocôndrias
endoplasmático
granuloso
Estrutura da célula eucariota animal
Membrana citoplasmática limita externamente o citoplasma, separando o meio intra-
celular do meio extra-celular. Através dela, a célula estabelece trocas com o meio
envolvente. Apresenta permeabilidade selectiva que permite a passagem de
determinadas substâncias em determinadas alturas, que consiste na regulação do
intercâmbio de materiais entre a célula e o meio.
Parede celular é uma estrutura semi-rígida que envolve a membrana citoplasmática das
células vegetais, é elástica, característica que lhe permite acompanhar o crescimento e
a divisão celular.
Vacúolos cavidades limitadas por membrana contendo quer produtos inorgânicos (água
e sais minerais), quer substâncias orgânicas, absorvidas ou elaboradas pela célula.
Plastos são organelos da célula vegetal e de alguns protistas (algas unicelulares), eles
elaboram e acumulam determinada substâncias. Eles podem ser:
Célula vegetal
Membrana
Núcleo
citoplasmática
Lisossomo Mitocôndria
Reticulo Vacúolo celular
endoplasmático liso grande
Reticulo
endoplasmático Cloroplasto
rugoso
Complexo de Golgi Ribossomos
Centriolos estruturas constituídas por dois cilindros. Presente na grande maioria dos
seres eucariotas e ausente nas angiospermicas e gimnospermicas. A sua função está
relacionada ao processo de orientação da divisão celular.
As duas células são semelhantes, uma vez que possuem muitas organelas em comum,
mas diferem delas por possuírem parede celular, cloroplastos e vacúolos, adequadas ao
modo de vida das plantas, enquanto as células animais apresentam flagelos ou cílios e
centríolos.
Tarefa
Células eucariotas
Estruturas Células procariotas
animal Vegetal
Núcleo Não individualizado Individualizado
Invólucro nuclear Ausente presente envolvendo o núcleo
Membrana celular Presente Presente
Citoplasma Presente Presente
Parede celular Presente Ausente Presente
Ausência de organelos com Existem muitos Existem muitos
membranas, como plastos, organelos organelos
mitocôndrias, complexo de membranares, como membranares, como
Golgi e outros. o retículo o retículo
Outros pigmentos
endoplasmático, endoplasmático,
complexo de Golgi, complexo de Golgi,
as mitocôndrias as mitocôndrias e
plastos
Hialoplasma e membrana Mitocôndrias e hialoplasma.
Estruturas respiratórias
plasmática.
Não existem plastos, a Existem cloroplastos
fotossíntese realiza-se em que têm lugar no
Estruturas fotossintéticas Não existem
lamelas fotossintéticas. processo da
fotossíntese.
Organelos locomotores simples, Organelos locomotores compplexos,
Flagelos não incluídos na membrana rodeados por membranas plasmática.
plasmática.
Tabela nº comparação entrea célula procariota e eucariota
Tarefa
1. Quais as diferenças que existem entre a célula procariota e eucariota?
2. Distigue as células animais das vegetais.
Lição nº 11
Seres eucariotas unicelulares são aqueles que são constituídos apenas por uma célula, apesar
disso, realizam todas as funções vitais, tais como nutrição, respiração, reprodução e locomoção
em alguns casos. Exemplos, a amiba, a paramécia, a euglena, o plasmódio, etc.
A locomoção é feita por flagelos (ex.: a euglena, tripanossoma, giárdia, etc.), cílios (ex.:
paramécia) ou pseudópodes (amiba).
Muitos são parasitas de outros seres vivos, exemplos a amiba, o plasmódio etc., em alguns casos
seus hospedeiro a morte. Outros podem ter vida livre, exemplo a paramécia.
Tarefa
Seres eucariotas pluricelulares são aqueles que são constituídos por mais de uma célula. Todo
os invertebrados, vertebrados, plantas inferiores e superiores são constituídos por mais de uma
célula.
Na maioria dos casos, as células crescem até um limite próprio antes de se dividirem. Esse
crescimento faz-se por assimilação e transformação de materiais do exterior em novas partes
celulares.
Mitose é a divisão célular, através da qual a partir de uma célula-mãe formam-se duas células-
filhas, com conteúdos nucleares e citoplasmáticos similares entre si e aos da célula-mãe.
Tarefa
A divisão celular provoca o aumento do número de células. Ela é o primeiro passo para a
diferenciação celular que conduz à especialização da célula. Ela carrega vantagens e
desvantagens.
Vantagens
Desvantagens
1. Quanto mais especializada for uma célula para a realização de uma determinada função
menor será a capacidade de divisão. Exemplo, as células nervosas são tão especializadas
na condução de impulsos nervosos que não se podem dividir.
Tarefa
Metabolismo1 celular é o conjunto de todas as reacções químicas que têm lugar em todas as
células vivas.
O metabolismo assegura a manutenção das estruturas celulares, o seu crescimento,
desenvolvimento, divisão celular e as transferências de energia necessárias à manutenção da
vida.
No metabolismo celular há a considerar dois tipos de reacções metabólicos: o catabolismo e o
anabolismo.
O catabolismo2 é a reacção que leva à degradação (destruição) das moléculas dos nutrientes
com transferência de energia e eliminação de resíduos.
ANABOLISMO CATABOLISMO
Reacção de síntese Reacção de degradação ou quebra
Consume de energia Produção energia
Capta energia Liberta energia
Produz moléculas complexas a partir de Produz moléculas simples a partir de
moléculas simples moléculas complexas.
Ex.: Sintese de proteínas, fotossíntese, Ex.: digestão, respiração celular,
quimiossíntese, etc. fermentação, etc.
Obs.: vários factores podem influenciar o metabolismo, alguns exemplos são as actividades
físicas, o peso, o sexo e até a idade.
Tarefa
1. Define metabolismo.
2. Qual é a importância do metabolismo celular?
3. Distingui catabolismo de anabolismo.
1 Formado a partir da junçção do termo grego, Meta (sobre); Ballein (lançar) e o sufixo Ismo (sistema ou processo).
2 Do grego Katabolé construir para baixo, Kata (abaixo) e Ballein (lançar) mais o sufixo Ismo.
3 No grego Anabolé, composto por Ana (acima) Ballein (lançar) mais o sufixo Ismo; Consturi para cima.
Lição nº 15
Quimiotróficos são todos os organismos que usam energia química como fonte de energia.
Exemplo, a maioria das bactérias, todos os animais e fungos.
4
Fotossíntese, dicionário Houaiss: síntese de moléculas orgânicas a partir do dióxido de carbono
atmosférico e da água, utilizando a luz como fonte de energia [É um processo característico das plantas e
de diversas espécies de protistas e bactérias.]
5
Quimiossintese, dicionário Houaiss: síntese de compostos orgânicos a partir do dióxido de carbono,
graças à utilização da energia derivada de reacções químicas
Lição nº 16
Respiração6 aeróbia é um conjunto de reacções complexas que ocorrem nas células vivas,
principalmente ao nível das mitocôndrias.
As moléculas de ATP7 possuem energia biologicamente útil que a célula pode utilizar nos
diversos processos vitais.
As células podem recorrer a várias nutrientes para obter energia, mas a mais usada é a glicose.
Se forem utilizados aminoácidos8 na respiração forma-se amoníaco9, que é altamente tóxico e
elimina-se pela urina, sob a forma de ácido úrico e ureia10.
Fermentação
Os organismos que produzem energia através do processo de fermentação são seres anaeróbios
pois não necessitam da presença de oxigénio.
6
Respiração, dicionário Houaiss: processo metabólico no qual o oxigénio molecular é absorvido pelas
células e us. na oxidação de moléculas orgânicas, resultando na liberação de energia para outros
processos metabólicos e na eliminação de dióxido de carbono e água.
7
ATP, dicionário Houaiss: sigla de adenosina trifosfato.
8
Aminoácidos, dicionário Houaiss: Os aminoácidos são os componentes das proteínas.
9
Amoníaco, dicionário Houaiss: gás incolor e com odor característico (NH3), facilmente solúvel em água,
us. na fabricação de fertilizantes, fluido de refrigeração, entre outras aplicações;
10
Dicionário Houaiss: Ureia (substância (CH4N2O) encontrada na urina dos mamíferos como produto
natural do metabolismo das proteínas) ácido úrico diz-se de ou ácido (C5H4N4O3) presente na urina dos
animais carnívoros, us. em síntese orgânica
A fermentação alcoólica consiste na degradação da glicose provocada por leveduras que existem
nas cascas das uvas, por exemplo. Durante estas reacções ocorrem transferências de energia,
havendo formação de moléculas de ATP e libertação de calor.
𝒑𝒓𝒆𝒔𝒆𝒏ç𝒂
𝒅𝒆 𝒍𝒆𝒗𝒆𝒅𝒖𝒓𝒂𝒔
𝑮𝑳𝑰𝑪𝑶𝑺𝑬 → 𝑫𝑰𝑶𝑿𝑰𝑫𝑶 𝑫𝑬 𝑪𝑨𝑹𝑩𝑶𝑵𝑶 + Á𝑳𝑪𝑶𝑶𝑳 𝑬𝑻Í𝑳𝑰𝑪𝑶 + 𝑨𝑻𝑷
𝒑𝒓𝒆𝒔𝒆𝒏ç𝒂 𝒅𝒆 𝒍𝒆𝒗𝒆𝒅𝒖𝒓𝒂𝒔
𝑪𝟔 𝑯𝟏𝟐 𝑶𝟔 → 𝟐𝑪𝑶𝟐 + 𝟐𝑪𝟐 𝑯𝟓 𝑶𝑯 + 𝟐𝑨𝑻𝑷
No fabrico do queijo e do iogurte, o açúcar do leite é transformado em ácido láctico, que por
alterar o pH do meio, provoca a coagulação11 das proteínas do leite, essencial no processo de
fabrico destes alimentos. Este tipo de fermentação denomina-se fermentação láctica.
𝒑𝒓𝒆𝒔𝒆𝒏ç𝒂
𝒅𝒆 𝒃𝒂𝒄𝒕é𝒓𝒊𝒂𝒔
𝑮𝑳𝑰𝑪𝑶𝑺𝑬 → Á𝑪𝑰𝑫𝑶 𝑳Á𝑪𝑻𝑰𝑪𝑶 + 𝑨𝑻𝑷
𝒑𝒓𝒆𝒔𝒆𝒏ç𝒂 𝒅𝒆 𝒃𝒂𝒄𝒕é𝒓𝒊𝒂𝒔
𝑪𝟔 𝑯𝟏𝟐 𝑶𝟔 → 𝟐𝑪𝟑 𝑯𝟔 𝑶𝟑 + 𝟐𝑨𝑻𝑷
Tarefa
Lição nº 17
11
Coagulação, dicionário Houaiss “promover a coagulação ou solidificação de”“perder a fluidez,
transformar-se em massa ou sólido”“precipitar ou aglutinar (a fase dispersa de um coloide, p.ex.);
flocular”
Tema B: Organização das plantas.
Subtema B1: Estrutura e função dos tecidos vegetais.
12
Angiospérmica, dicionário Houaiss subdivisão do reino vegetal que compreende as plantas floríferas,
cujas sementes estão encerradas no pericarpo, e reúne duas classes: as dicotiledôneas e as
monocotiledôneas.
Lição nº 18
O crescimento continuo das plantas torna-se possível devido à existência de tecidos chamados
meristemas, cuja célula mantém a capacidade de se dividir. Quando as células se dividem
originam células semelhantes à célula-mãe. Por divisões sucessivas, o número de células vai
aumentando e por isso há crescimento.
O termo “meristema” (do grego: merismos, divisão) enfatiza a atividade de divisão da célula
como uma característica do tecido meristemático.
Diferentes tecidos associam-se para formar os vários órgãos que constituem as plantas: raízes,
caules, folhas, peças florais, etc.
Os tecidos vegetais incluem não só os meristemas, como também os tecidos definitivos, cujas
células se especializam e perdem, pelo menos temporariamente, a capacidade de se dividir.
Meristemas são tecidos compostos por células, geralmente de forma cúbica e parede celulósica
fina, que têm capacidade de se dividir. Os meristemas são classificados quanto à sua origem em:
Apicais, primários e secundários
Meristemas apicais localizam-se próximo da extremidade da raiz e nas zonas terminais dos
ramos, cuja actividade assegura o crescimento longitudinal desses órgãos. Ela apresenta um
botão terminal de onde emergem as primeiras folhas.
Meristemas primários resultam da actividade dos meristemas apicais da raiz e do caule, que
mantêm a capacidade da divisão das suas células.
Os tecidos dérmicos desempenham funções de revestimento dos diferentes órgãos das plantas.
Epiderme é um tecido vivo constituído por uma camada de células que reveste certos órgãos
vivos como folhas, caules, raízes jovens, peças florais, etc., com a função de revestir e proteger
os órgãos vegetais. Também permite a absorção de água.
Cutícula membranas externas mais espessas, da epiderme dos órgãos aéreos, formada por uma
substancia impermeável chamada cutina. Nessas epidermes existem estruturas chamadas
estomas que controlam as trocas gasosas com o meio.
Um estoma é constituído por duas células-labiais ou células-guarda que delimitam uma abertura
chamada ostíolo. Ostíolo dá acesso a um pequeno espaço que é a câmera estomática.
A epiderme da raiz não possui cutícula, pelo que as suas células são permeáveis, e por vezes,
contém pêlos que podem realizar várias funções.
Periderme é o tecido que substitui a epiderme na raiz e no caule ao nível de zonas não tão
jovens.
A zona mais externa da periderme é constituída por células mortas de paredes impregnadas de
uma substância impermeável, a suberina. Por este facto esse tecido denomina-se súber. O súber
pode tornar-se muito espesso em alguns vegetais, como no caso do sobreiro, constituindo a
cortiça.
Tarefa
Parênquima são tecidos essenciais elaborados, formados por células vivas, pouco diferenciados,
com paredes celulósicas e finas. Desempenham importantes actividades metabólicas nas
plantas, incluindo a fotossíntese, armazenamento ou secreção de substâncias.
O citoplasma apresenta-se geralmente sob forma de uma fina película rodeada pela membrana
citoplasmática.
Se a forma é esférica, o tecido apresenta espaços entre as células que se designam por meatos
se forem pequenos, e por lacunas se forem grandes.
Parênquima clorofilino as células contêm cloroplastos que podem ser diferentes na forma e no
número. Podem ser formados, por exemplo, por células prismática e justapostas -, parenquima
em paliçada – ou apresentar células mais ou menos esféricas e separadas por espaços –
parênquima lacunoso.
Parênquima secretor elabora substancias que não são utilizadas na ntrição da planta. Exemplo,
os parenquimas resinífero, lactífero, etc. O parênquima resinifero produz resina e existe, por
exemplo, no pinheiro. O parênquima lactífero produz látex e encontra-se em algumas plantas,
como por exemplo, a planta da borracha.
Colênquima tecidos simples constituídos por células vivas, de forma geralmente prismática,
cujas paredes são espessadas por depósitos sucessivos de celulose. Desempenha função de
suporte e encontra-se em raízes. As células deste tecido, alongando-se, podem acompanhar o
crescimeno dos órgãos que fazem parte.
Esclerênquima é constituído por células mortas cujas paredes são espessas devido à disposição
da lenhina, uma substância que lhes confere resistência e rigidez. É um tecido essencialmente
de suporte e aparece nos órgãos de plantas adultas. Por vezes aparece também em estruturas
protectoras de sementes.
Tarefa
1. Indica os tecidos fundamentais que estudastes.
2. Qual dos tecidos fundamentais é constituído por células mortas?
3. Indica os três tipos de parênquima que existem e distingui-os.
4. Explica a importância dos parênquimas na plantas
5. Que funções desempenham os tecidos colênquimas e esclerênquimas nas plantas?
6. Qual é a função da cutina e estoma?
7. Indica a função da lenhina no esclerênquima para a planta.
Lição nº 21
Nas plantas vasculares existem dois tipos de tecidos de transporte: o xilema e o floema
Elementos de vasos são células mortas topo a topo, em que as paredes transversais das células
desapareceram. Cada fila de células, assim colocados, forma um vaso traqueano, cujas paredes
laterais apresentam por dentro da parede celulósica espessamento de lenhina mais ou menos
densos.
Traqueídos ou tracóides células longa, afiadas nas extremidades pelas quais contactam entre si.
A água é conduzida de um tracóide ao outro, através das zonas das paredes mais finas. São
formadas por células mortas e as paredes laterais apresentam espessamento de lenhina.
Parenquima lenhoso as células deste parênquima são as unicas células vivas do xilema e
desempenham essencialmente funções de reserva.
Os elementos de vasos e os traqueídos constituem os elementos condutores do xilema.
Floema, líber ou tecido crivoso está especializado no transporte de água e de substâncias
orgânicas.
É um tecido complexo e composto também por quatro tipos de células:
Células dos tubos crivosos são células vivas. Estas células ligam-se entre si topo a topo e as
paredes de contacto são providas de orifícios microscópicos. As paredes transversais, por esse
facto, são designadas por placas crivosas. É através desses orifícios que se estabelecem as
ligações do citoplasma entre as células consecutivas.
Células de companhia são células vivas que possuem núcleos e os restantes organelos. Situam-
se junto das células dos tubos crivosos e ajudam no funcionamento destas células. Existem
numerosas ligações entre célulass de companhia e as que formam os tubos crivosos.
Fibras liberinas são células mortas mais ou menos longas e desempenham funções de suporte
na planta.
Parênquima liberino formado por células vivas pouco diferenciadas que realizam funções de
reserva.
Tarefa
Sumário: A raiz
Ex.: as células da epiderme da raiz permitem a absorção de água, enquanto que nas folhas a
epiderme possibilita trocas gasosas com o meio e controla a perda de água por transpiração.
Fixam a planta ao solo ou a outro substrato, absorvem a água e os sais minerais e permitem a
condução dessas substâncias às partes da planta que se situam acima do solo. Servem ainda
como local de armazenamento de substâncias de reserva produzidas a partir da fotossíntese.
Algumas raízes são comestíveis, como a cenoura, o nabo e o rabanete. Estas raízes que possuem
reserva de alimentos.
-zona de ramificação;
Nas monocotiledóneas, a raiz principal é efémera, sendo substituída por outras raízes, chamadas
adventícias, que se formam na dependência do caule.
As principais diferenças observáveis ao microscópio, entre a estrutura celular das raízes das
monocotiledóneas e das dicotiledóneas, são ao nível da epiderme e da disposição do xilema e
do floema no cilindro central.
A secção transversal de uma raiz mostra que nela os tecidos se organizam em três zonas:
epiderme, zona cortical e cilindro central.
Epiderme revestimento externo formado por uma só camada de células. Ao nível da zona pilosa,
as células da epidrme são providas de pêlos radiculares. Cada pêlo é um prolongamento, em
forma de dedo de luva, de uma célula epidermica, que aumenta gradulamente a superficie
daquelas células em contacto com o solo. Os pêlos radiculares intervêm na absorção da água e
dos sais minerais.
Zona cortical formada por um parênquima com células mais ou menos esféricas, desixando
alguns espaços entre elas, principalmente entre a células mais internas.
As células do parenquima cortical podem ter função de reserva.
Endoderme é a camada mais interna da zona cortical. É constituída por células que apresentam
espessamentos de substancias impermeáveis, lenhina ou suberina, ou ambas, em algumas das
suas paredes.
Nas dicotiledóneas
Nas monocotiledóneas
Cilindro central inicia com o periciclo formado por uma camada de células parenquimatosas
imediatamente a seguir à endoderme.
Sumário: O caule
Na sua organização apresentam nós, entrenós e gomos laterais. Estes podem desenvolver-se,
originando ramos com folhas e flores.
Num corte transversal de caules de plantas herbáceas e de caules muito jovens de outras plantas
podem encontrar-se diferentes zonas epiderme, zona cortical e cilindro central.
Epiderme formada por células cuja membrana externa está coberta por uma cutícula que
impede a perda de água. A epiderme caulinar é provida de estomas e possui, muitas vezes, pêlos
pluricelulares.
Zona cortical tem uma pequena espessura e geralmente é pouco diferenciada do cilindro
central. É constituída por um parênquima clorofilino na periferia. Muitas vezes, existem nesta
zona tecidos de suporte.
A endoderme geralmente não é visível.
Cilindro central é muito desenvolvido em relação à zona cortical. Os tecidos condutores (xilema
e floema) desenvolvem-se em feixes duplos, isto é, feixes constituídos por xilema e floema, e
estendem-se ao longo do caule, sendo envolvidos pelos tecidos fundamentais.
Em cada feixe, o floema situa-se do lado externo, enquanto que o xilema está dirigido para a
parte interna. Como estão lado a lado, os feixes dizem-se colaterais.
Na parte central existe a medula de onde irradiam os raios medulares situados entre os feixes
condutores.
Na maioria das espécies, tanto lenhosas com herbáceas, existem tecidos de suporte,
esclerênquima ou colênquima.
Existe uma difença entre os caules das monocotiledóneas e os caules das dicotiledóneas.
Nas monocotiledóneas, os feixes condutores dispõem-se irregularmente ou formam várias
séries entre tecidos fundamentais.
Na generalidade das dicotiledóneas, os feixes líbero-lenhosos, organizam-se numa única série
que separa os tecidos fundamentais em duas zonas: externa e medular.
Os caules da dicotiledoneas engrossam com a idade, devido à actividade de meristemas
secundários que originam tecidos secundários.
Tarefa
Sumário: A folha.
As maiorias das folhas são largas e têm um limbo achatado, expondo uma grande uma grande
superfície ao Sol. É no limbo que ocorre a maior parte da fotossíntese.
O limbo liga-se ao caule pelo pecíolo, o qual contém tecidos condutores que unem o sistema
vascular.
No limbo existem nervuras que podem ter aspectos diferentes.
Nas plantas dicotiledóneas as nervuras apresentam-se ramificadas. Pelo contrário, nas plantas
monocotiledóneas as nervuras não se ramificam, são paralelos entre si, tendo
aproximadamente o mesmo desenvolvimento.
As nervuras podem ver-se à vista desarmada e correspondem aos feixes condutores associados
a tecidos de suporte.
As folhas são órgãos essencialmente especializados na realização da fotossíntese. Toda a sua
morfologia e estrutura contribui para o desempenho dessa função.
Existem algumas diferenças entre as estruturas das folhas de monocotiledóneas e das folhas de
dicotiledóneas.
Dicotiledóneas
Epiderme cutinizada com estoma os estomas situam-se, predominantemente, na epiderme da
página inferior.
Mesófilo é constituído por parênquima clorofilino que fica entre as duas epidermes.
Do lado da página superior é formado por células alongadas e encostadas umas às outras –
parênquima em paliçado; na página inferior é formado por células arredondadas com espaços
entre elas (lacunas) – parênquima lacunoso. Por este facto diz-se que nas dicotiledóneas existe
mesófilo assimétrico.
Devido à densidade de células no parênquima em paliçada e ao facto de as células deste tecido
possuírem maior número de cloroplastos que as células do parênquima lacunoso, a página
superior das folhas de dicotiledóneas apresentam uma tonalidade verde mais escura que a da
página inferior.
Feixes condutores os feixes condutores, juntamente com os tecidos de suporte, constituem as
nervuras da folha.
Os feixes condutores são duplos e colaterais com o lenho voltado para a página superior e o
floema para a página inferior.
Monocotiledóneas
Epiderme cutinizada semelhante nas duas páginas, com uma distribuição idêntica dos estomas
nessas páginas.
Mesófilo simetrico constituído por parênquima clorofilino com pequenas lacunas e semelhantes
nas duas páginas.
Feixes condutores constituídos por xilema e floema, fazem parte das nervuras que não são
ramificadas.
Tarefa
As reacções da fotossíntese ocorrem nos cloroplastos, presentes nas células das folhas.
𝐿𝑢𝑧 𝑆𝑜𝑙𝑎𝑟
12𝐻2 𝑂 + 6𝐶𝑂2 + 𝐶𝐿𝑂𝑅𝑂𝐹𝐼𝐿𝐴 → 𝐶6 𝐻12 𝑂6 + 6𝑂2 + 6𝐻2 𝑂
Através de várias experiencias, sabe-se actualmente que o oxigénio provém da água. A água,
por acção da luz solar, é dissociada em oxigénio e hidrogénio, e a este processo dá-se o nome
de hidrólise da água.
𝐻2 𝑂 + → 2𝐻 + + 2𝑒 − + 1⁄2 𝑂2
Os produtos da fotossíntese são elaborados no interior dos cloroplastos e daí transportados não
só para outros locais da mesma célula como também para outras células da planta.
A grande parte dos produtos orgânicos resultantes da fotossíntese sai da célula produtora e
chega ao sistema de transporte da planta, que se encarrega da sua distribuição pelas células da
planta não fotossintetizadoras. Nessas células, os compostos orgânicos podem ser gastos na
actividade celular. A parte restante é armazenada sob forma de substancia de reserva.
Depois de fazer a fotossíntese e fabricar a glicose, a planta realiza outro processo, a respiração.
Durante a respiração, os vegetais absorvem o oxigénio do ar, eliminam gás carbónico e libertam
a energia.
Tarefa
Nas plantas superiores são as folhas os órgãos fotossintéticos mais importantes, pois é nelas que
se encontra a maior densidade de cloroplastos e consequentemente maior quantidade de
pigmentos fotossintéticos.
Tarefa
Quando a luz, a água e outros factores forem óptimos, a concentração de 𝐶𝑂2 é geralmente um
factor que limita a velocidade da fotossintese quer das plantas silvestres quer de cultura. Diz-se
portanto, que a concentração do 𝐶𝑂2 funciona como factor limitante.
Assim, quando vários factores interferem simultaneamente num mesmo processo, como
acontece com a fotossíntese, verifica-se que o factor que estiver em menor quantidade é o que
vai limitar a eficiência desse processo – factor limitante.
Tarefa
Qualquer órgão é constituído por uma diversidade de tecidos que funcionam em cooperação.
Exemplo a pele.
A pele forma a superfície externa do organismo. Está em contacto com variadíssimos agentes
agressivos existentes no meio exterior, como substâncias químicas diversas, bactérias, vírus,
fungos patogénicos, radiações prejudiciais, etc.
A sua função de protecção contra agentes agressivos é essencial. Além desta importante função,
a pele é também o principal órgão de regulação da temperatura do corpo e ainda de
sensibilidade.
Na estrutura da pele pode distinguir-se uma zona superficial, a epiderme e uma mais profunda,
a derme.
A pele possui vários anexos nervosos: pêlos e unhas, glândulas sudoríparas e glândulas sebáceas.
Existem também receptores nervosos variados relacionados com o tacto, pressão, dor e
temperatura.
Assim, a pele é a sede privilegiada da nossa relação com o ambiente e a protecção contra
agressões exteriores, «avisando» o cérebro.
Tecidos epiteliais
Tecidos conjuntivos
Tecidos musculares
Tecido nervoso
TECIDO CONSTITUIÇÃO Divisão Tipo de célula
Revestimento
Endócrina
Tecidos epiteliais Glandulares
Exócrina
neuroepitelios
Laxo
Propriamente dito Denso
Elástico
Tecidos conjuntivos
Sangue
Ósseo
Cartilaginoso
Adiposo
Lnfático
Liso
Tecidos musculares Estriado esquelético
Estriado cardíaco
Tecido nervoso
Os tecidos epiteliais são constituídos por células poliédricas intimamente unidas e ligadas entre
si. Estas células formam uma camada contínua, que reveste a superfície do corpo e a cavidade
interna dos órgãos.
Os tecidos epiteliais glandulares são constituídos por células que produzem secreções.
As glândulas podem ser classificadas atendendo ao local onde o produto de secreção é lançada:
Glândulas endócrinas os produtos de secreção designam-se por hormonas e são lançados nos
vasos capilares envolventes. Ex.: ovários, testículos, supra-renais, entre outras.
Glândulas exócrinas os produtos de secreção são lançados para o exterior através de canais
excretores. Estes podem abrir-se na superfície do corpo, como é o caso das glândulas
sudoríparas da pele, ou então numa cavidade interna, como acontece com as glândulas do
sistema digestivo (glândulas salivares, fígado e pâncreas). As glândulas exócrinas podem ser
unicelulares ou pluricelulares.
Neuroepitélios
Tarefa
O tecido conjuntivo pode ser classificado em tecido conjunntivo propriamente dito e tecido
conjuntivo especializado. Os tecidos conjuntivos propriamente dito podem-se classificar em:
Laxo, denso e elástico.
Todos os tecidos conjuntivos são constituídos pelos mesmos elementos básicos: células
separadas por uma quantidade de material extracelular. Este material, produzido pelas células
é constituído por fibras e por uma substância fundamental ou matriz.
Tecido cartilaginoso
Tecido ósseo
Sangue
Tecido adiposo
Tecido linfático
Tecido conjuntivo propriamente dito
Células – nos tecidos conjuntivos surgem vários tipos de células, cada um com funções próprias.
Tais como: os fibroblastos, os fibroblastos. Além destas células, existem outras como por
exemplo, os macrófagos.
Fibras – são formações longas e finas formadas por proteínas de vários tipos que conferem
diferentes propriedades ao tecido. Umas são muito elásticas, outras são muito resistentes à
tracção.
Tecido conjuntivo laxo – contém todas as células de diferentes fibras, sem predomínio de
qualquer uma delas.
As células deste tecido são designadas por condroblastos e estão encerradas em cavidades
regulares chamadas condroplastos, em volta dos quais a substância intersticial se diferencia
formando uma membrana espessa a que se dá o nome de cápsula.
A substância intersticial é resistente e elástica, formada por água, sais de sódio e uma matéria
albuminóide que é comparável à gelatina endurecida.
No Homem este tecido forma a parte saliente do nariz, as lâminas que ligam as costelas ao
esterno, lóbulo da orelha, os discos intervertebrais e a traqueia, que consiste num tubo
cartilaginoso e membranoso. Elas nunca param de crescer, nem mesmo no indivíduo adulto.
Tecido ósseo
A matriz e a rede densa de fibras estão impregnadas com sais minerais (principalmente fósforo
e cálcio), formando a chamada matriz óssea ou osseína. Este tecido ocorre apenas nos peixes
ósseos e tetrápodes, diferindo os esqueletos calcários dos invertebrados.
Osteoblastos – estas células apenas são activas durante cerca de 8 dias, tempo durante o qual
produzem a matriz e as fibras. Após esse tempo ficam incluídas no tecido ósseo, passando a
designar-se osteócitos;
Osteoclastos – estás células apenas vivem cerca de dois dias, são grandes e multinucleadas.
Apresentam uma zona com vilosidades que se encontra em contacto com o osso formado, o
qual destroem para retirar fósforo e cálcio.
No seu centro encontra-se um canal, designado canal de Havers, por onde passam vasos
sanguíneos e nervos.
Os ossos estão envolvidos por uma membrana dupla designada perióstio. Esta membrana tem
uma camada externa fibrosa, muito rica em fibroblastos e fibras de colagénio, e uma camada
interna osteogénica, contendo células mesenquimatosas percursoras dos osteoblastos.
Em algumas variedades de tecido ósseo, as lamelas estão afastadas umas das outras, fazendo
lembrar, pelo seu aspecto, uma esponja. O tecido neste caso chama-se tecido ósseo esponjoso.
Sangue
Sangue é um tecido com características especiais; é um conjunto de células suspensas no
plasma, ou seja, neste caso a matriz é líquida. Esta matriz transporta gases, nutrientes, produtos
de excreção, células e hormonas por todo o organismo.
Os elementos celulares do sangue podem ser separados do plasma por centrifugação. As células
depositam-se no fundo do tubo da centrifugação e o plasma, mais claro, na parte superior.
Glóbulos brancos ou leucócitos – células nucleadas de vários tipos, responsáveis pela defesa
imunitária e presentes em todos os animais que contenham líquidos circulantes.
Granulares – células com núcleo multilobado e grânulos citoplasmáticos específicos que permite
identificá-los como:
Neutrófilos – células muito activa que «patrulham» o corpo, fagocitando bactérias e outros
corpos estanhos.
Agranulares – células com núcleo grande, mais ou menos esférico ou em forma de rim, e sem
granulos no citoplasma. Podem ser classificados em:
Linfócitos – existem dois tipos destas células, os linfócitos B e T, que produzem imunoglobulinas
e matam células infectadas por vírus, respectivamente;
Este processo evita, muitas vezes, perda de sangue quando se trata de rotura de um vaso de
pequeno diâmetro.
O plasma transporta diversas substâncias, como por exemplo, nutrientes, dióxido de carbono,
oxigénio (pequena quantidade) e produtos resultantes do metabolismo.
Tarefa
Os tecidos musculares permitem movimentos corporais no seu todo, bem como a concentração
de diferentes órgãos, como é o caso dos movimentos peristálticos ao longo do tubo digestivo.
As células musculares são alongadas, designando-se por esse motivo por fibras. São
especializadas na contractibilidade, ou seja, podem encurtar por acção de um estímulo.
Este tecido encontra-se em órgãos como os vasos sanguíneos, útero e grande parte do tubo
digestivo.
As células são relativamente pequenas, fusiformes, possuindo um único núcleo que se localiza
no centro da célula, dispõe-se de tal modo que, as extremidades finas de umas coincidem com
as partes largas de outras.
Nas células não se observa uma estriação transversal e daí a designação de tecido muscular liso.
Este tecido realiza contracções contínuas e de fraca potência, originando movimentos lentos. As
contracções são involuntárias.
Este tecido é responsável pelo movimento do esqueleto e de outros órgãos como o globo ocular
e a língua, entre outros. É muitas vezes designado por tecido muscular voluntário, visto poder
ter controlo da nossa vontade.
O músculo é um órgão constituído por uma diversidade de tecidos, entre os quais predomina o
tecido muscular esquelético.
A maioria dos músculos é composta por um grande número de feixes de células musculares.
Cada feixe de um músculo é formado por um grande número de células musculares, dispostas
paralelamente. As células musculares são longas, cilíndricas, com numerosos núcleos,
localizados normalmente na zona periférica, por baixo da membrana plasmática. No citoplasma
existem os organelos, de entre os quais de destaca um elevado número de mitocôndrias.
A maior parte do citoplasma de uma fibra muscular está diferenciada em filamentos chamados
miofibrilas que são unidades constituídas por proteínas. Esta diferenciação em miofibrilas
confere às fibras musculares uma estriação longitudinal.
O tecido muscular cardíaco forma a parte contráctil da parede do coração. Este tecido possui
muitas características semelhantes às do tecido muscular liso. Como no tecido muscular
esquelético, as fibras são longas e apresentam também uma estriação transversal.
As contracções são vigorosas e utilizam uma grande quantidade de energia. No entanto, estas
contracções são rítmicas e involuntárias.
Tal como no tecido muscular liso, as fibras musculares cardíacas possuem, em regra, um núcleo
central.
O tecido muscular cardíaco, além destas características, possui outras que lhe são peculiares. As
fibras são ramificadas em Y, unindo-se longitudinalmente às fibras vizinhas através de estruturas
complexas designadas por discos intercalares.
A maior porção do coração é constituída por tecido muscular cardíaco, denominado miocárdio.
Este tecido é responsável pelos batimentos do coração.
Tarefa
Nos animais, os diferentes tecidos estão organizados e associados, constituídos os vários órgãos.
Por sua vez, diferentes conjuntos de órgãos podem cooperar entre si para a realização de
determinadas funções, constituindo um nível superior de organização denominado por sistemas
de órgãos.
Através da colaboração entre diferentes sistemas de órgãos, o ambiente que rodeia as células
mantém uma composição própria à vida dessas células. Esta capacidade que os organismos
possuem de manter as características do meio interno dentro de determinados limites
compatíveis com a vida denomina-se homeostase.
Tarefa
O sistema digestivo, nos vertebrados, é formado por um longo tubo, denominado tubo digestivo
que se estende desde a boca até ao ânus ou cloaca. Como órgãos intermediários, apresenta
faringe, esófago, estômago e intestinos. Também fazem parte do sistema digestivo os órgãos
anexos, que lançam as suas secreções no interior do tubo digestivo. São órgãos anexos: as
glândulas salivares, o fígado e o pâncreas, especificamente no Homem.
A maioria dos alimentos, dado a sua complexidade, não pode ser usada pelo organismo sem
experimentar uma série de transformações que constituem a digestão.
Este processo é complexo, sendo a sua duração variável de acordo com a natureza dos
alimentos. No decurso da digestão, as moléculas complexas são transformadas em moléculas
mais simples. Estas são absorvidas, essencialmente, ao nível do intestino delgado, directa ou
indirectamente para o sangue.
O sistema digestivo tem como funções ingerir e digerir alimentos para depois absorver os
nutrientes essenciais à vida e eliminar os resíduos não absorvidos.
A faringe serve como via de passagem tanto para o sistema digestivo como para o sistema
respiratório. As cavidades oral e nasal terminam na faringe.
O esófago é um tubo elástico que une a faringe ao estômago. Na sua parede há músculos cujas
contracções originam movimentos peristálticos que levam o alimento ao estômago.
Nas aves, o esófago apresenta uma dilatação denominado papo cuja função é armazenar e
hidratar alimentos.
Estômago comunica com o esófago através da cárdia e com o intestino através do piloro. A
cárdia e o piloro são dois orifícios controlados por músculos capazes de abrir e fechar o
estômago permitindo a entrada e saída dos alimentos.
O alimento após deglutido vai para a pança, onde ocorre a digestão da celulose e depois passa
pelo barrete, onde é comprimido e transformado em bolas que voltam à boca para mastigação.
Depois de mastigado, o alimento volta novamente a ser deglutido passando da pança para o
folhoso chegando finalmente à coalheira onde sofre acção do suco gástrico.
No intestino do homem completa-se a digestão e absorção dos alimentos. O intestino delgado
apresenta três partes: duodeno, jejuno e ileo. O duodeno é a porção mais superior na qual está
ligado ao piloro. Ao duodeno seguem-se o jejuno e o ileo, este termina no ceco que é a primeira
porção do intestino grosso.
No duodeno desembocam os canais que provêm do fígado. O intestino delgado dos mamíferos
herbívoros é muito mais longo do que o intestino dos animais carnívoros.
O intestino grosso é curto nos vertebrados, excepto nos mamíferos. Do intestino grosso dos
mamíferos fazem parte três zonas: ceco, cólon e recto. O ceco é bastante desenvolvido em
certos mamíferos roedores, nele a absorção da água, formando-se fezes sólidas ou semi-sólidas.
Nos peixes ósseos e mamíferos, o recto Nos anfíbios, nos répteis e aves, o recto
comunica com o exterior através do ânus abre numa cavidade chamada cloaca, onde
por onde são expulsas as fezes. terminam também os canais reprodutores e
excretores, a cloaca comunica com o
exterior pelo orifício cloacal.
As glândulas anexas são estruturas que fazem parte do tubo digestivo, mas que lançam no
interior desse tubo as suas secreções:
O fígado existe em todos os vertebrados. Tem cor vermelha-escura e é dividido em lobos. Produz
a bílis que é armazenada na vesícula biliar. Do fígado parte o canal hepático, e da vesícula biliar
o canal cístico que se unem, formando o canal colédoco, que se abre no duodeno, onde é
lançada a bílis.
O pâncreas existe quase em todos os vertebrados. É uma glândula mista, pois tem funções
endócrinas e exócrinas; como glândula exócrina, o pâncreas produz suco pancreático que é
lançado no duodeno, como endócrina produz a insulina e glucágon, que têm a função de regular
a quantidade de açúcar no sangue.
O sistema digestivo tem como funções ingerir e digerir alimentos, para depois absorver os
nutrientes essenciais à vida e eliminar os resíduos não absorvidos.
Tarefa
Como já sabes, a respiração é um fenómeno que ocorre nas células vivas. Para que ela se realize
é necessário oxigénio, e durante o processo forma-se dióxido de carbono que tem de ser
eliminado. Nos animais existem determinadas superfícies do corpo onde ocorrem essas trocas
gasosas. Essas superfícies fazem parte, muitas vezes, de sistemas de órgãos especializadas para
esse fim denominados sistemas respiratórios. Na maior parte dos casos é o sangue que
transporta os gases respiratórios. As trocas gasosas que se realizam nas superfícies respiratórias
denominam-se hematose.
A hematose que ocorre através do tegumento denomina-se hematose cutânea. Para que possa
ocorrer é necessário que o tegumento permaneça húmido e tenha intensa vascularização. Nos
anfíbios observa-se uma pele fina e húmida o que permite a difusão dos gases respiratórios,
passando o oxigénio para o sangue e libertando-se o dióxido de carbono. Na minhoca, a
hematose também é cutânea.
A hematose branquial ocorre através das brânquias, estruturas apropriadas às trocas gasosas
no meio aquático. As brânquias são constituídas por filamentos delgados, onde uma fina camada
de células percorre uma rede de vasos sanguíneos. As trocas gasosas consistem na permuta
entre o oxigénio da água e o dióxido de carbono que chega às brânquias através dos vasos
sanguíneos.
Nos peixes que possuem brânquias, a água penetra pela boca e ao chegar à faringe desvia-se
para as brânquias, depois vão para o exterior através de orifícios ou fendas branquiais.
Os opérculos são placas ósseas localizadas nos lados de cabeça dos peixes e que cobrem a
câmera branquial. Podem ser lisas, cobertas de escamas ou ornamentadas com cristas ou
espinhos.
A hematose pulmonar é realizada nos pulmões que realizam trocas gasosas no meio aéreo.
Existem pulmões nos vertebrados terrestres desde os anfíbios até aos mamíferos. Os pulmões
são órgãos ocos, possuindo em muitos casos grande superfície interna e são altamente
vascularizados. Nos anfíbios apresentam-se como bolsas simples: nos répteis apresentam
subdivisões internas e muitos alvéolos. Nas aves não são de tipo alveolar, apresentam uma
grande rede de canais que permitem o arejamento e uma oxigenação eficiente do sangue. Nos
mamíferos atingem grande complexidade, com enorme superfície alveolar. Os alvéolos são ocos
de pequeno tamanho cujas paredes são revestidas por uma rede capilar, na qual ocorrem as
trocas gasosas com o sangue.
O espaço interno dos pulmões liga-se ao meio externo por canais, que permitem a entrada e a
saída do ar, ou seja, permitem a ventilação pulmonar.
Os anfíbios possuem hematose cutânea, hematose branquial e hematose pulmonar. A
hematose cutânea é mais desenvolvida que a pulmonar e branquial, faz-se por brânquias
externas e encontra-se na fase larval. Os sapos e as rãs apresentam laringe e duas cordas vocais
que lhes permitem coaxar. Em muitos anfíbios como a rã, as brânquias durante o
desenvolvimento são reabsorvidas e substituídas por pulmões.
Os répteis apresentam hematose pulmonar; nos ofídios (cobras e serpentes), o pulmão direito
é atrofiado.
A hematose nas aves é pulmonar. Em comunicação com os pulmões existem cinco pares de
bolsas denominadas sacos aéreos. Os sacos aéreos estão sempre entre os órgãos e chegam
mesmo até ao interior dos ossos, têm a função de diminuir o peso, promover o contínuo
arejamento dos pulmões e refrigerar o corpo.
Pela inspiração o ar penetra nos pulmões. Para que ocorra, a caixa torácica deve aumentar de
volume, o que faz com a sua pressão interna se torne menor que a da atmosfera.
Os pulmões dos mamíferos têm um sistema intricado de bronquíolos que conduzem o ar para
dentro dos alvéolos respiratórios, nos quais ocorrem as trocas com o sangue.
Tarefa
1. O que é a respiração?
2. Em que estruturas ocorre a hematose?
3. Que tipos de hematose ocorre nos vertebrados?
4. Qual é a importância do oxigénio na respiração?
5. O que acontece à caixa torácica durante a expiração e a inspiração?
6. Enuncia as diferenças entre o sistema respiratório do Homem e o dos peixes.
7. «Os alvéolos pulmonares são muito capilarizados.»
Comenta a afirmação anterior. Justifica a tua resposta.
Lição nº 35
O sistema circulatório tem a função de transporte de substâncias pelo corpo. Garante a chegada
de nutrientes e oxigénio a todas as células e faz a remoção dos produtos nocivos produzidos
pelo metabolismo celular.
O sangue arterial transporta oxigénio dos órgãos respiratórios para a célula e recebe em troca o
dióxido de carbono tornando-se venoso. Regressa aos órgãos respiratórios onde liberta o
dióxido de carbono e recebe o oxigénio.
O sangue nos vertebrados circula dentro de um sistema fechado constituído pelo coração e
vasos sanguíneos. Coração é um órgão oco, de paredes musculares cujas contracções empelem
o sangue para o interior dos vasos. Nos vertebrados, o coração apresenta duas, três ou
cavidades.
Os vasos sanguíneos são estruturas tubulares, no interior dos quais circula o sangue.
Distinguem-se três tipos de vasos sanguíneos: artérias, veias e capilares.
As artérias são vasos nos quais o sangue circula afastando-se do coração para todas as partes do
corpo; as veias são vasos nos quais o sangue circula aproximando-se do coração, para onde
trazem o sangue.
Entre as arteríolas e vénulas existem vasos de pequeno calibre e delgadas, que se denominam
capilares. É ao nível dos capilares que se processa a troca de substâncias entre o sangue e os
tecidos.
O coração e os vasos sanguíneos formam nos vertebrados o sistema circulatório fechado, pois o
sangue em toda a trajectória flui no interior dos vasos. A circulação nos vertebrados pode ser
simples ou dupla e ainda incompleta ou completa. A circulação é simples quando o sangue passa
uma só vez pelo coração; é dupla quando o sangue numa só volta passa duas vezes pelo coração.
É incompleta quando há uma só mistura de sangue arterial e venoso em algum ponto do sistema
e se não ocorrer essa mistura, a circulação é completa.
Os peixes possuem circulação fechada. O coração é alongado e tem duas cavidades – uma
aurícula e um ventrículo. O coração está dotado de válvulas que permitem o fluxo de sangue em
direcção à parte anterior do corpo. O sangue venoso, através de uma veia que o recolhe dos
órgãos, entra no coração pela aurícula, onde é bombeado para a parte anterior do corpo em
direcção às brânquias. Após a oxigenação, o sangue é levado a uma artéria dorsal que percorre
longitudinalmente o corpo. Dessa artéria saem ramos que levam o sangue oxigenado aos
diversos órgãos. Quando o sangue venoso é recolhido pela veia ventral tem início um novo ciclo
circulatório. Como nos peixes o sangue passa uma só vez em cada circulação pelo coração,
dizemos que tem circulação simples.
Nos anfíbios, a circulação é fechada. O coração apresenta três cavidades, duas aurículas e um
ventrículo. O sangue venoso que vem da aurícula direita e o sangue arterial proveniente da
aurícula esquerda passam para o ventrículo único a todos os órgãos, deixando oxigénio nas
células, regressando venoso ao coração. Por existirem estes dois tipos de circulação, dizemos
que os anfíbios possuem dupla circulação. Pelo facto de haver possibilidade que o sangue
venoso se misture com o sangue arterial a nível do ventrículo único, a circulação é incompleta.
O ventrículo está separado por septo incompleto.
O sangue venoso chega ao coração e penetra na aurícula direita, daí passa ao lado direito do
ventrículo de onde penetra na aurícula direito, e daí passa ao lado direito do ventrículo de onde
é bombeado aos pulmões.
Após a oxigenação, o sangue arterial volta à aurícula esquerda de onde passa ao lado esquerdo
do ventrículo e é distribuído para o corpo. O facto de o ventrículo não apresentar separação
completa permite mistura parcial do sangue arterial e venoso. Nos crocodilos, a separação entre
os ventrículos é completa.
O sangue venoso chega à aurícula direita e daí passa ao ventrículo direito, deste é levado aos
pulmões onde ocorre a oxigenação. O sangue arterial volta do pulmão à aurícula esquerda de
onde passa ao ventrículo esquerdo. A separação completa entre os lados direito e esquerdo do
coração impede a mistura do sangue arterial e venoso.
Tarefa