Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Portefólio
Universidade Rovuma
Nacala- Porto
Fevereiro de 2022
David João
Portefólio
Universidade Rovuma
Nacala- Porto
Fevereiro de 2022
III
Índice
Introdução ........................................................................................................................4
Conclusão .......................................................................................................................53
4
Introdução
Este trabalho é referente ao resumo dos trabalhos feitos neste semestre. O objectivo central é
de preparar docentes futuros para que sejam capazes de abordarem as matérias deste
portefólio com muitos detalhes.
Como é do nosso conhecimento que a química orgânica ee a área da química ligada aos
compostos orgânicos, abordar essas matérias de forma minuciosa, torna se sempre necessário
visto que, muitos dos compostos dessa área de ensino, estão presentes no nosso meio e são
usados no decorrer dos dias.
Para se elaborar esse presente portefólio, foi através da recolha dos trabalhos dos colegas,
onde pude seleccionar a informação que achei ser mais importante e a sua organização
seguiu se a orientação da docente, tendo faltado o cumprimento de numero de páginas pelo
facto de houverem trabalhos vastos e com informação relevante.
5
Álcoois
Segundo Feltre (2004), Álcoois são compostos orgânicos que contêm um ou mais grupos
oxidrila (OH) ligados directamente a átomos de carbono saturados.
A oxidrila ou hidroxila (OH) é o grupo funcional dos álcoois, pois é a responsável pelas
propriedades químicas desses compostos.
O metanal é obtido pelo aquecimento da madeira em retortas (fornos fechados, sem entrada
de ar), pois esse processo é antigo, actualmente o metanal é obtido sinteticamente por duas
vias:
Etanol
O etanol ou álcool etílico é o álcool comum, de extenso uso doméstico. Ele pode ser
preparado das seguintes maneiras:
Segundo Solomons ( 2005), A nomenclatura IUPAC reserva para os álcoois a terminação ol,
tirada da própria palavra álcool. A cadeia principal deve ser a mais longa que contém o
7
carbono ligado ao OH; a numeração da cadeia deve se iniciar pela extremidade mais próxima
ao OH; e, por fim, o nome do álcool será o do hidrocarboneto correspondente à cadeia
principal, trocando-se a letra o final por ol.
Os álcoois primários e saturados de cadeia normal com até onze carbonos são líquidos
incolores. Os álcoois de até três carbonos possuem cheiro agradável e à medida que a cadeia
carbónica aumenta, esses líquidos vão se tornando viscosos, menos voláteis e menos
solúveis em água. Acima de onze carbonos, eles se tornam sólidos inodoros, semelhantes à
parafina.
Fenóis
Fenóis são compostos orgânicos com uma ou mais oxidrilas (OH) ligadas directamente ao
anel aromático.
O grupo funcional dos fenóis é a oxidrila ou hidroxila (OH). É o mesmo grupo funcional dos
álcoois. A diferença é que, nos álcoois, o OH deve estar ligado a um átomo de carbono
saturado,
É um sólido incolor, cristalino, de fusão fácil (PF % 41,2 °C), pouco solúvel em água e
corrosivo para a pele. Ele foi isolado do alcatrão da hulha, no início do século XIX.
8
Éteres
Segundo Feltre (2004), Éteres são compostos orgânicos em que o oxigénio está directamente
ligado a duas cadeias carbónicas (ou seja, a dois grupos alquila ou arila).
A fórmula geral dos éteres é R -O -R‘ ou Ar- O- Ar ou (Ar- O –R), uma vez que os dois
grupos podem ser iguais ou diferentes entre si, bem como alifáticos ou aromáticos.
Os três são também denominados óxidos orgânicos e podem ser considerados como
derivados da água (H -O -H), pela substituição dos dois hidrogénios por grupos orgânicos;
A nomenclatura IUPAC dos éteres contém a palavra óxi intercalada nos nomes dos dois
grupos formadores do éter.
A nomenclatura usual contém a palavra éter seguida pelos nomes dos dois grupos, em ordem
alfabética, e finalizada com a terminação ílico.
Éter dimetílico é um gás a temperatura ambiente. Éter etílico (p.e. 34 oC) é um importante
solvente e já foi usado como anestésico local.
A fraca polaridade dos éteres determina que esses apresentem temperatura de ebulição
ligeiramente superior ao dos alcanos correspondentes, porém muito inferior aos álcoois de
massa molar similar.
Éteres são pouco polares e muito voláteis, sendo solúveis em água quando possuem mais de
4 carbonos por oxigénio.
Bibliografia
BRUICE, P. Y. Química Orgânica, vol. 1, 4ª ed., São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
MCMURRY, J. Química Orgânica, 6. ed. vol.1. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e
Científicos, 1996. SOLOMONS, T. W. G., FRYHLE, C. B. Química Orgânica, 8. ed., vol. 1,
Rio de Janeiro: LTC, 2005. FELTRE, RICARDO. Química Organica.6.ed. Pa são
Paulo.Moderna. 2004
10
Enxofre
Sulfetos
Os sulfetos são um grupo de compostos binários de enxofre em que esse elemento é o mais
electronegativo. Neles o enxofre adquire número de oxidação igual a -2. São compostos
inorgânicos, podendo ser covalentes, quando o sulfeto é de um ametal, ou iónicos, quando o
sulfeto é metálico.
Estrutura
Obtenção
A obtenção de sulfetos também envolve metais alcalinos, especialmente o Sódio pela sua
grande reactividade com halogénios.
12
1) 2R-X+Na2S→R-S-R+2NaX
Os sulfetos têm uma nomenclatura semelhante aos óxidos. Caso o elemento ligado ao
enxofre possua número de oxidação fixo, devemos usar:
ZnS: sulfeto de zinco; Ag2S: sulfeto de prata; Na2S: sulfeto de sódio; H2S: sulfeto de
hidrogénio, etc.
Se o elemento ligado ao enxofre não, possuir número de oxidação fixo tendo então mais
valências, deve se usar:
Há ainda o caso dos dissulfetos, com dois átomos de enxofre, cuja nomenclatura é:
Reacção química
As reacções químicas com sulfetos ocorrem quando esses compostos reagem com ácidos ou
bases e formam novos ácidos, bases e até mesmo novos sulfetos.
Embora os nomes possam ser parecidos, os sulfetos e sulfatos são completamente diferentes.
Os sulfetos são compostos binários de enxofre em que esse elemento é o mais
electronegativo. Já nos sulfatos, o elemento mais electronegativo é o oxigénio, fazendo com
que o enxofre, inclusive, adquira número de oxidação positivo (+6). Enquanto o sulfeto é
representado por S2-, o sulfato é representado por SO42-.
Tióis
Tióis, é um composto organossulfurado que contém um grupo -SH, designado por grupo tiol,
grupo mercaptano ou grupo sulfídrico.
Obtenção
Os tióis podem ser produzidos na indústria, mas também os animais como gambás,
cangambás e jaritatacas produzem um líquido mal cheiroso que contêm tióis
14
Existem várias formas usadas nos nomes dos alquil-tióis: O método preferido (usado
pela IUPAC) é adicionar o sufixo -tiol ao nome do alcano. Este nome é praticamente
idêntico à nomenclatura dos álcoois. Exemplo: CH3SH é o metanotiol.
Propriedades físicas
Muitos tióis tem odores fortes lembrando aquele do alho. Os odores de tióis são
frequentemente fortes e repulsivos, particularmente para aqueles de baixo peso molecular.
Os borrifos (‗‘sprays‘‘) de cangambás consistem principalmente de compostos tióis de baixo
peso molecular
Reacções químicas
Tióis, ou mais particularmente suas bases conjugadas, são facilmente alquiladas resultando
seus tioéteres: RSH + R'Br + base → RSR' + [Hbase]Br
Tiofenol
Estrutura
As estruturas químicas do tiofenol e seus derivados são análogas aos fenóis, excepto que
o átomo de oxigénio no grupo hidroxila (-OH) ligado ao anel aromático é substituído por um
átomo de enxofre .
Obtenção
15
Propriedades físicas
Praticamente todos os Tioálcoois são muito leves, voláteis e insolúveis em água. Possuem
odor característico e são facilmente percebidos, mesmo em pequenas concentrações. São
reactivos a Mercúrio e outros metais de alta massa molecular, formando compostos
cristalinos.
Reacções químicas
Fenóis podem ser convertidos aos tiofenóis correspondentes via do rearranjo de seus
dialquiltiocarbamatos de O-arila. Na reacção de tiofenol de Leuckart o material de partida é
uma anilina através do sal de diazônio (ArN2X) e o xantato (ArS (C=S) OR).
Dissulfeto
Nomenclatura
Propriedades físicas
São muito leves, voláteis e insolúveis em água. Possuem odor característico e são facilmente
percebidos, mesmo em pequenas concentrações. São reactivos a Mercúrio e outros metais de
alta massa molecular, formando compostos cristalinos.
Reacção química
Ponte dissulfeto por exemplo é uma das quatro forças que estabilizam as proteínas. A ponte
dissulfeto é formada entre dois resíduos de cisteína, por uma reação de oxidação catalisada
por enzimas específicas,
Aminas são compostos orgânicos que contêm o átomo de nitrogénio, de carácter básico, na
cadeia de carbonos e hidrogénios. São formadas pela substituição, na molécula de amónia
(NH3), de hidrogénios por cadeias carbónicas
As aminas têm uma estrutura piramidal com 3 ligações sp3 e um par de electrões
desemparelhados, de forma semelhante à amónia. O átomo de nitrogénio localiza-se no
centro do tetraedro e os átomos ligados ao nitrogénio se dirigem em direcção aos vértices de
um tetraedro.
17
Obtenção
Nomenclatura
O nome IUPAC de aminas utiliza o prefixo referente à cadeia principal seguido pelo sufixo
amina. Assim a amina de um carbono é a metanamina. Para o nome das aminas secundárias
é necessário indicar o radical ligado ao nitrogénio com o prefixo N, da mesma forma para
aminas terciárias. O nome usual considera os radicais alqui ligados ao nitrogénio seguido
pelo nome amina.Veja os exemplos:
Propriedades físicas
As aminas apresentam pontos de fusão e ebulição mais baixos do que os álcoois, porém mais
altos do que os hidrocarbonetos de massa molecular semelhante. Este comportamento se
deve às de hidrogénio intermoleculares serem mais fracas nas aminas, resultado da menor
polarização das ligações N-H, quando comparadas às ligações O-H (presentes nos álcoois),
uma vez que o nitrogénio é menos electronegativo que o oxigénio.
Reacções químicas
18
Metanamina
Amidas
Amidas são compostos derivados dos ácidos carboxílicos pela substituição de um grupo OH
por um grupo amino (NH2). Identifica-se esta função pela presença do nitrogénio ligado
directamente ao carbono da carbonila.
Estrutura das amidas
As amidas são compostos que possuem em sua estrutura um hidrogénio ligado directamente
a um grupo carbonila, que é o carbono realizando uma dupla ligação com o oxigénio.
Obtenção
As amidas não ocorrem na natureza, mas sim na síntese de outros compostos orgânicos e
como compostos intermediários na preparação de medicamentos. Assim sendo, as amidas se
obtem por:
Reacção de cloretos de ácido com amónia (ou com amina) (pode-se utilizar também,
no lugar de cloreto de acila, anidridos ou ésteres)
Nomenclatura
A nomenclatura é dada por uma alteração no nome do ácido carboxílico. Substitui-se o
sufixo óico pelo amida e retira-se nome ácido do início.
Assim: cadeia carbônica + amida.
Propriedades físicas
Amidas com ligações N-H (primárias e secundárias) interagem por ligações de hidrogénio
diméricas, enquanto amidas terciárias interagem por dipolo-dipolo.
Reacção química
Nitrilas
As nitrilas são derivadas do ácido cianídrico pela substituição do átomo de hidrogénio pela
cadeia carbónica. O nitrogénio realiza ligação tripla com carbono neste tipo de composto e é
comum a presença do grupo cianeto (CN).
Estrutura
As nitrilas são os compostos orgânicos que possuem o grupo funcional RC≡N em sua
estrutura.
Obtenção
20
Nomenclatura
Considerar o grupo nitro como radical que está ligado à cadeia principal. O nome é dado
aliando aos nomes nitro ao nome da cadeia principal:
As nitrilas são líquidos estáveis, insolúveis em água; são sólidas, em condições normais. A
grande polaridade do grupo CN faz com que as nitrilas apresentem altos pontos de fusão e
ebulição As nitrilas são tóxicas, apesar de serem muito menos do que o HCN (ácido
cianídrico).
Reacções químicas
Referências bibliográficas
https://www.feis.unesp.br/Home/departamentos/fisicaequimica/relacaodedocentes973/jeanri
charddasnoymarinho/quimica-organica.pdf
https://www.infoescola.com/compostos-quimicos/sulfatos/
https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/sulfetos.htmhttps://maestrovirtuale.com/sulfeto-
de-sodio-formulas-usos-riscos/
SARDELLA, António. Curso de química: Química geral, São Paulo – SP: Editora Ática,
2002. 25ª Edição, 2ª impressão. 448 págs.
http://ube-167.pop.com.br/repositorio/4488/meusite/organica/tiocompostos.htm (acesso
em21/03/2010)
http://www.scribd.com/doc/7028079/11Tiocompostos (acesso em 21/03/2010)
https://www.infoescola.com/quimica/tiocompostos/
http://educacao.globo.com/quimica/assunto/quimica-organica/compostos-nitrogenados.html
22
O grupo funcional insaturado, caracteriza se por possuir ligações duplas ou triplas entre os
átomos de carbono.
Os ângulos de ligação que envolvem o grupo carbonilo variam de um composto para outro.
A distância da ligação C═O dos aldeídos e cetonas é significativamente menor que a
distância de ligação C─O normal vista nos álcoois e nos éteres.
Os aldeídos
Reacção de hidratação
25
Os aldeídos reagem com a água para produzir 1,1 dióis, ou diois geminais (Gem). A reacção
de hidratação é reversível e um diol Gem pode eliminar a água para regenerar um aldeído.
Adição nucleofilica de hidretos: formação de álcoois;
Os aldeídos são reduzidos a álcoois primários, por uma variedade de agentes redutores. A
hidrogenação catalítica com um catalisador metálico e a redução com o boro-hidreto de
sódio ou hidreto de lítio e alumínio são métodos gerais.
Cetonas
Cetonas – são compostas que apresentam o grupo carbonilo Entre radicais alquil ou aril.
2.1.Estrutura das cetonas.
As cetonas, sendo funções orgânicas, em sua estrutura possuem o grupo funcional carbonilo
(C =O) como os aldeídos, com a única diferença, pelo facto das cetonas possuírem a
carbonila entre dois outros átomos de carbono.
Em geral, os compostos carbonilicos (aldeídos e cetonas) têm pontos de ebulição mais altos
do que os alcenos, porque as forças de atracção dipolo-dipolo entre as moléculas são mais
fortes.
Bibliografia
BOYD, R. N; MORRISSON, R. D. Química Orgânica 9ª ed. Lisboa: Fundação Calouste
1990;
BRAIBANTE, Hugo; Química orgânica, aldeídos e cetonas, Brasil;
BRONDANI, Patrícia Bulegon; Química orgânica, adição nucleofilica a carbonila
(https://patyqmc.paginas.ufsc.br/);
CARNEIRO, A. Elementos da História da Química do Século XVIII. Julho-Setembro de
2006;
COSTA, Sónia Maria Oliveira et all; Química orgânica I, Universidade Estadual do Ceara;
2a edição 2015;
FONSECA, Bruna Teixeira; Química orgânica, Universidade Federal de Rio de Janeiro,
2018;
HILARIO, Flaviane Francisco; compostos carbonilicos II (aldeídos e cetonas);
Universidade Federal de ouro preto;
JOAO, Usberco; SALVADOR, Edgard; Química volume único, 5a edição editora Saraiva,
São Paulo 2002;
KAMOGAWA, Marcos Yassuo; Química orgânica, Universidade se São Paulo, 2006;
MELO, Tânia Márcia; compostos carbonilicos aldeídos e cetonas; Brasil 2017;
www.mundoeducacao.UOE.com.br.
28
Os Ésteres
Os ésteres são compostos carboxílicos que possuem o Grupo funcional:
O mesmo autor, diz que há uma diferença na nomenclatura entre os ácidos não ramificados e
os ramificados. Nisto os ácidos ramificados, aparecem enumerados contando a partir da
esquerda para direita.
a) Hidrólise Ácida:
A reacção de ésteres com água, catalisada por um ácido forte (por ex., HCl) resulta na
formação de uma molécula de ácido carboxílico e outra de álcool.
31
Bibliografia
Augusto, J. []. Ácidos Carboxílicos e Seus Derivados. QO-427.
Gurgel, L. V. A. (2015). Estudo dos Ácidos Carboxílicos e Derivados. Lisboa.
Saran, L. M. []. Ácidos carboxílicos e ésteres. FCAV/UNESP.
http://www.sc.ehu.es/sbweb/quimica/default.htm.
33
Reacções orgânicas
34
Reacções orgânicas
Reacções de substituição
As reacções de substituição são aquelas nas quais um átomo (ou grupo de átomos) da
molécula orgânica é substituído por outro átomo (ou grupo de átomos).
Substituição nucleofílica
Neste tipo de reacção, o reagente tem a função de promover no substrato, a substituição de
um átomo ou de um grupo de átomos. Onde em cada reacção existirá sempre um nucleófilo e
um grupo abandonador. São também reacções que acontecem em compostos orgânicos
saturados halogenados. Os nucleófilos substituem os halogéneos dos substratos e com isso
essas reacções ficaram conhecidas como reacções de substituição nucleofílica
Neste mecanismo o nucleófilo se aproxima do carbono que tem o grupo abandonador, pelo
lado oposto a esse grupo abandonador.
35
A maior parte da energia fornecida para a quebra da ligação do carbono com seu grupo
abandonador, é obtida pela ligação do nucleófilo com este carbono.
Reacções de eliminação
São reacções orgânicas em que há a saída (eliminação) de átomos ou grupos de uma
molécula.
Nesse tipo de reacção ocorre a saída de ligantes de uma molécula sem que aconteça a
substituição desses ligantes por outros ou seja, a partir de um composto orgânico, obtêm-se
dois compostos (um orgânico e outro inorgânico).
Outros exemplos que podem ser citados de reacções orgânicas importantes são a
hidrogenação que transforma óleos em gorduras, como é o processo de produção da
margarina; a oxidação do etanol do vinho, transformando-o em vinagre (ácido acético); a
fermentação da glicose, reacção usada para produzir etanol a partir da cana-de-açúcar, entre
tantas outras.
Referências bibliográficas
- K. Peter C. Vollhardt; Química Orgánica; 1994; Barcelona: Ediciones Omega S.A.; ISBN
84-282-0882-4
Adições nucleofilicas
39
Lewis ou aceptor de electrões. Nesse caso, o sistema está sujeito ao ataque por espécies
nucleofílicas.
Reacções catalisadas em meio básico forte e reacções em sistemas contendo nitrogénio
na forma de sal de diazónio, também podem ocorrer como uma SNAr (Carey & Sundberg,
2010).
A substituição nucleofílica aromática (SNAr) pode ocorrer através de quatro mecanismos
gerais e principais (mas existem outros):
Mecanismo adição-eliminação; eliminação-adição; via intermediário ião diazónio; e
radicalar ou processo de transferência de electrões.
Mecanismo de adição-eliminação ou mecanismo via complexo de Meisenheimer
O mecanismo de adição-eliminação é o mais importante para as reacções de SNAr. Utiliza
um OMπ* para interacção ligante com o nucleófilo e, se o ataque ocorrer no mesmo carbono
em que está ligado um potencial grupo abandonador (GA), esse sai levando a uma
substituição (Carey & Sundberg, 2010).
Mecanismo eliminação-adição
Um anel benzénico contendo um bom grupo abandonador pode sofrer substituição
nucleofílica aromática, mesmo sem a presença de grupos fortemente retiradores de electrões
nas posições orto/para. Para que isto ocorra, o composto aromático precisa ser tratado com
uma base forte o bastante para abstrair um protão aromático.
Mecanismo via intermediário ião diazónio
Se a substituição nucelofílica em aromáticos seguir o mecanismo SN1, deve haver a
formação de um catião arílico. A formação desse catião não é muito fácil, pois a carga
positiva estará localizada em orbital sp2 e, não é deslocalizada pelo sistema p. Isso ocorre,
pois o orbital p está envolvido com o sistema p da aromaticidade. Adicionalmente, catiões
arílicos não podem assumir geometria linear favorável à estabilização da carga positiva
(Brondani, 2018).
Outros mecanismos via ião diazónio
Com outros nucleófilos, sais de diazónio podem reagir de acordo com outros mecanismos.
Segundo Carey e Sundberg (2010) a substituição também pode ocorrer através da
transferência de electrões, favorecida pela presença de sais de cobre como catalisadores.
42
Referências bibliográficas
Brondani, Patrícia Bulegon. (2016). Adição Nucleofílica a Carbonila. Disponível em:
http://patyqmoo.paginas.ufsc.br/ acesso em 15 de Janeiro de 2022.
Brondani, Patrícia Bulegon. (2018).Substituição nucleofílica em Aromáticos. Universidade
Federal de São Paulo – SP.
Carey, Francis A. & Sundberg, Richard J. (2010). Química Orgânica. Parte A: Estrutura e
Mecanismos. 15ª ed, Editora Springer.
Kamogawa, Marcos Yassuo. (2006). Química Orgânica. Departamento de Ciências Exactas
–
Química, Universidade de São Paulo. SP – Brasil.
McMurry, J. (2005). Química Orgânica, vol. 1 e 2, 6ª edição, Editora Thomson.
Silveira, Ana Júlia. (2014). Estrutura e Reactividade dos Compostos Orgânicos:
Mecanismos de
substituição nucleofílica e electrofílica. UEAP – Brasil.
43
Reacções radicalicas
44
As reacções radicálicas
Segundo (2003: 47) Reacções radicálicas são aquelas que envolvem radicais onde essas
radicais são espécies químicas que possuem elétrons desempar Reacções radicalares podem
ser iniciadas por clivagem homolítica de iniciadores, como o peróxido de dibenzoíla e
AIBN, dentre outros.
Os Radicais
Segundo Gomes João (2003: 64) Radicais em Química Orgânica são conjuntos de átomos
ligados entre si e que apresentam um ou mais elétrons livres (valências livres). Receberam o
nome apropriado de radicais orgânicos, nestes compostos, um carbono tem um elétron
desemparelhado.
Formação de radicais
Fotólise
O indispensável deste método é a capacidade de a molécula absorve radiação do ultravioleta
o do visível, há varias espécies que sofrem fotólise dentre elas tem-se as cetonas, os
hipocloritos de alquila e nitrilas.
Temólise
A termólise ocorre onde há ligações fracas na fase de vapor e por decomposição de alquilas
de metais que envolve frequentemente átomos diferentes do carbono esses radicais podem
ser gerados em solução em solventes inertes.
Reacção redox
As reacções que envolvem perda e ganho de elétrons são denominadas reacções de óxido-
redução.
45
Halogenação
Os alcanos reagem com halogénios mediante mecanismos radicalares. Nesta reacção supõe-
se que um ou vários hidrogénios do alcano sejam substituídos por halogénios. O mecanismo
da halogenação radicalar ocorre por três etapas:
Reacções de finalização
Uma vez que existem muitos radicais presentes, ao mesmo tempo formados no início ou em
reacções de propagação, por vezes reagem uns com os outros em vez de reagir nos passos da
propagação radicalar. Estas reacções entre dois radicais levam a combinação ou a reacções
que desproporcionamento, que chamaremos, colectivamente, reacções de terminação.
Outros grupos além do átomo hidrogénio são susceptíveis a abstracção por radicais livres,
os mais importantes são bromo, iodo, enxofre, e selénio no uso de síntese. Podem ocorrer
reacções de transferência de grupo inter ou intramolecular.
47
Ficha Bibliografia
Araújo Morais: Estudos teóricos dos efeitos de solvente eletrónico de absorção da molécula
óxido mesitil. Dissertação de Mestrado, São Paulo, 2009
Chang Roges: Química Geral: conceitos essenciais‖, 5ª Edição, Porto Alegre, AMGH 2010.
Oxidações e reduções
49
Oxidações e reduções
Oxidação e redução
De acordo com Forgaça diz que ―A oxidação e a redução são processos contrários e que
ocorrem simultaneamente em uma reacção química em que há transferência de electrões.
Esse tipo de reacção é denominado de reacção de oxidorredução (ou redox)‖.
Neste contexto, a oxidação ocorre quando a espécie química perde electrões para outra,
ficando com a carga mais positiva, isto é, o seu Nox (Número de oxidação) aumenta. E
quanto a redução, por outro lado, é o ganho de electrões de uma espécie química, com a
consequente diminuição do Nox.
Os átomos e/ou iões de certas substâncias só sofrem a redução porque a outra espécie
química reagente perdeu electrões (sofrendo oxidação), esses átomos ou iões são então
chamados de agentes oxidantes (pois foram eles que causaram a oxidação da outra
substância). O contrário também é verdadeiro, a espécie química que oxidou causou a
redução da outra, por isso, ela é denominada de agente redutor. (Forgaça, sd).
Reacção de oxidação
A definição original de ―oxidação‖ afirmava tratar-se de uma reacção na qual um elemento
reage com o oxigénio e é convertido a um óxido. (Shriver & Atkins, 2003, p: 149).
A reacção de metais com a água ou ácidos aquosos é, de fato, a oxidação do metal pela água
ou por iões hidrogénio, através de um dos processos, (Shriver & Atkins, 2003, p: 164):
Reacção de redução
A ―redução‖ originalmente significou a reacção inversa, ou seja, um óxido de um metal foi
convertido a um metal.
Transferência de electrões
O ganho de electrões por uma espécie química é chamado de redução e a sua perda é
denominada de oxidação. (Shriver & Atkins, 2003, p: 149).
Fusão de minério: processos nos quais os minérios são reduzidos por aquecimento com um
agente redutor como o carbono (carvão). (Shriver & Atkins, 2003, p: 150).
Como muitos dos minérios de cobre são sulfetos, o processo de fusão é muitas vezes
precedido pela conversão do sulfeto a um óxido pela sua calcinação ao ar, como na reacção
(sitoe, s.d. p 158):
Semi-reacções redox
Quando uma lâmina de zinco é mergulhada numa solução aquosa de sulfato de cobre ela fica
rapidamente recoberta por uma camada avermelhada de cobre elementar. Trata-se de uma
reacção familiar a todos nós, em que o ião Cu2+(aq) é reduzido por Zn(s). (Shriver &
Atkins, 2003, p: 152):
Esse é um processo espontâneo, ou seja, ocorre por conta própria, indicando que os produtos
são termodinamicamente mais estáveis do que os reagentes.
Bibliografia
Porto Editora. (2022-01-15). Reacções de oxidação – redução na Infopédia. Porto: Porto
Editora. Disponível em https://www.infopedia.pt/$reacoes-de-oxidacao-reducao
Fogaça, Jennifer. (s.d).Oxidação e Redução.
Disponível em: https://www.manualdaquimica.com/fisico-quimica/oxidacao-reducao.htm
Sitoe, Alcides. (s.d). Manual de Preparação para Exames de Admissão de QUIMICA.
Complex editora. 2ª Ed. Maputo – Moçambique.
Shriver e Atkins. (2003). Química Inorgânica Teórica. Disponível em:
file:///D:/F.%20ACADEMICA/LIVROS/Quimica/Quimica%20Essencial.pdf
53
Conclusão
Estudar a química de carbono com seus compostos, não é uma tarefa fácil devido a extensão
de compostos com quem o carbono se liga e, uma vez que os compostos orgânicos são
vastos. Exige se muita dedicação e muita atenção no seu estudo.