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ENSINO
MÉDIO
FÍSICA FRENTE A
Antônio Máximo
Beatriz Alvarenga
Carla Guimarães
2137733 (PR)
www.sesieducacao.com.br
CAPÍTULO
Objetivos: As grandes velocidades que são alcançadas por um trem-bala dependem das relações entre
forças e movimentos. O objetivo da Dinâmica, cujo estudo se inicia neste capítulo, é o de procurar
c Caracterizar causas
estabelecer essas relações.
e efeitos dos
c Identificar a primeira
e a terceira leis de
Newton e aplicá-las
aos movimentos e ao
equilíbrio de partículas.
c Identificar a ação
de forças de atrito
no movimento ou
equilíbrio dos corpos.
c Reconhecer forças de
interação e aplicá-las,
juntamente com as leis
de Newton, na solução
de problemas.
O trem-bala é um dos meios de transporte mais rápidos do mundo. Na fotografia, vemos o trem-bala Shanghai
Maglev, que é o mais rápido do mundo, alcançando a velocidade máxima de 430 km/h.
Fig. 1 – Quando uma pessoa empurra um objeto, Fig. 2 – Quando ela puxa um objeto, ela também
ela está exercendo uma força sobre ele. exerce força.
FUSE/GETTY IMAGES
F&
FRENTE A
Analisando os exemplos que acabamos de citar, para que o efeito de uma força fique bem
definido, será necessário especificar seu módulo, sua direção e seu sentido. Em outras palavras, a
força é uma grandeza vetorial e poderá, portanto, ser representada por um vetor, como foi feito
nas figuras 1, 2 e 3.
O peso é uma grandeza vetorial e pode ser representado por um vetor. Na figura 4, mostramos
o vetor P &, que representa o peso do corpo. Observe que P & tem a direção vertical e seu sentido é
dirigido para baixo.
A força de atração da Terra sobre um objeto, assim como as forças elétrica e magnética
NHPAKEYSTONE BRASIL
(figs. 5 e 6), é exercida sem que haja necessidade de contato entre os corpos (ação a distância).
Elas são diferentes das forças citadas no início deste capítulo, que só podem atuar se existir um
contato entre os corpos.
P&
P&
P&
Pendurando pesos de 1 kgf, 2 kgf, 3 kgf, etc. na extremidade de uma mola, podemos calibrá-la
para medir pesos ou qualquer outra força. Uma mola calibrada dessa maneira é denominada dina-
mômetro (fig. 8). As balanças de molas, como as de algumas drogarias, são, na realidade, dinamô-
metros. Quando você sobe em uma dessas balanças, você está medindo o seu peso. Se a balança
indica, por exemplo, “60 kilos”, significa que o seu peso é de 60 kgf, isto é, você é atraído pela Terra
com uma força de 60 kgf. F& P&
Outra unidade muito usada na medida de forças é 1 newton 5 1 N.
Sua definição será dada posteriormente. Por enquanto, basta saber que: Fig. 7 – Por meio da deformação de
WWW.FOTOARENA.COM.BR
uma mola, podemos medir o peso
de um corpo ou o valor de uma
1 kgf 5 9,8 N força qualquer.
Repouso Repouso
F& FRENTE A
F50 F50
Portal
FÍSICA
SESI
Fig. 9 – Segundo Aristóteles, um corpo só poderia estar em movimento enquanto Educação www.sesieducacao.com.br
houvesse uma força atuando sobre ele.
Acesse o portal e leia o texto
Durante toda a Idade Média, as ideias de Aristóteles foram acatadas sem uma análise mais cui- Galileu, dos céus à Inquisição.
dadosa sobre elas. As críticas às teorias aristotélicas só surgiram com Galileu, no século XVII.
Introduzindo o método experimental para o estudo dos fenômenos físicos, Galileu realizou uma
série de experiências que o levaram a conclusões diferentes daquelas de Aristóteles.
Estando uma esfera em repouso sobre uma superfície horizontal, Galileu observou que,
empurrando-a com certa força, ela entrava em movimento. Entretanto, a esfera continuava a
se mover, percorrendo certa distância, mesmo depois que ele deixava de empurrá-la (fig. 11-A).
Assim, Galileu verificou que um corpo podia estar em movimento sem a ação de uma força
que o empurrasse.
Repetindo a experiência, usando uma superfície horizontal mais lisa, ele observou que o
corpo percorria uma distância maior após cessar a ação da força (fig. 11-B). Baseando-se em
uma série de experiências semelhantes, Galileu concluiu que o corpo parava, após cessado o
empurrão, em virtude da ação do atrito entre a superfície e o corpo, cujo efeito seria sempre o
de retardar o seu movimento.
Assim, se fosse possível eliminar totalmente a ação do atrito, o corpo continuaria a se mover
indefinidamente, sem nenhum retardamento, isto é, em movimento retilíneo uniforme (fig. 11-C).
Generalizando suas conclusões, Galileu chegou ao seguinte resultado:
Se um corpo estiver em repouso, é necessária a ação de uma força sobre ele para colocá-lo
em movimento. Uma vez iniciado o movimento, cessando a ação das forças que atuam sobre
o corpo, ele continuará a se mover indefinidamente, em linha reta, com velocidade constante.
A figura 12 mostra recursos experimentais, usados na atualidade, que nos permitem comprovar
as conclusões a que chegou Galileu.
Na figura 13, o atrito desempenha um papel importantíssimo na prática do curling. Nesse es-
porte olímpico, os jogadores vestem sapatos com solados especiais para aumentar a aderência à
superfície de gelo, e a pista tem uma película de água em sua superfície para reduzir o atrito entre a
pedra e o solo. Além disso, após o lançamento da pedra, os jogadores “varrem” a pista para controlar
a quantidade de atrito aumentando o deslocamento da pedra para atingir o alvo.
Inércia
As experiências de Galileu o levaram a atribuir a todos os corpos uma propriedade, denominada
inércia, pela qual um corpo tende a permanecer em seu estado de repouso ou de movimento. Em
outras palavras, se um corpo estiver em repouso, ele, por inércia, tende a continuar parado e só sob
a ação de uma força é que poderá sair desse estado; se um corpo estiver em movimento, sem que
nenhuma força atue sobre ele, tende, por inércia, a se mover em linha reta com velocidade constante.
Será necessária uma força para aumentar ou diminuir sua velocidade ou para fazê-lo desviar-se para
um lado ou para outro.
Vários fatos ligados à sua experiência diária estão relacionados com o conceito de inércia. As
figuras 14 e 15 ilustram situações em que ela representa um papel importante.
RICARDO SIWIEC
FRENTE A
Fig. 14 – Um corpo em repouso, por inércia, tende a continuar em repouso.
De acordo com a primeira lei de Newton, os utensílios em cima da mesa não
se moverão a menos que uma força externa os mova. Inicialmente, todos os
objetos estão em repouso (imóveis). Quando a toalha é puxada lentamente,
FÍSICA
PARA CONSTRUIR
1 a) Você sabe que seu peso é uma força vertical, dirigida para b) Nesta figura, desenhe a resultante de F&1 e F&2 e, usando
baixo. Qual é o corpo que exerce essa força sobre você? uma régua, determine o seu módulo.
Usando a regra do paralelogramo determinamos, na imagem an-
É a Terra, pois, como vimos, o peso de um corpo é a força com que terior, a resultante R& de F 1& e F 2& . Medindo, com uma régua, o
a Terra atrai esse corpo. comprimento do vetor R&, encontramos 5,0 cm. Então, o módulo
de R& será: R 5 5,0 ? 2 ∴ R 5 10 N.
b) Na linguagem diária, uma pessoa lhe diz que pesa 100 kilos.
De acordo com o que aprendemos, você deve entender que
essa pessoa pesa quantos kgf? E quantos N?
Na linguagem diária, 1 kilo é usado em lugar de 1 kgf. Então, o
3 (PUC-RJ) Você é passageiro num carro e, imprudentemen-
te, não está usando o cinto de segurança. Sem variar o
peso da pessoa é 100 kgf. Como foi dito que 1 kgf 5 9,8 N,
módulo da velocidade, o carro faz uma curva fechada para
podemos igualmente dizer que o peso da pessoa é (100 ? 9,8) N, a esquerda e você se choca contra a porta do lado direito
ou seja, 980 N. do carro.
Considere as seguintes análises da situação: d
I. Antes e depois da colisão com a porta, há uma força para
a direita empurrando você contra a porta.
II. Por causa da lei de inércia, você tem a tendência de conti-
2 Duas forças, F&1 e F&2, atuam sobre um pequeno corpo. F1& é nuar em linha reta, de modo que a porta, que está fazen-
vertical, para baixo e vale 8,0 N, enquanto F&2 é horizontal, para do uma curva para a esquerda, exerce uma força sobre
a direita e vale 6,0 N. você para a esquerda, no momento da colisão.
a) Usando uma escala de 1 cm : 2 N, faça uma figura mos- III. Por causa da curva, sua tendência é cair para a esquerda.
trando os vetores que representam F&1 e F&2. Assinale a resposta correta:
Como cada 1 cm representa 2 N (escala 1 cm : 2 N), F 1& será a) Nenhuma das análises é verdadeira.
representada por um vetor de 4 cm de comprimento e F 2& por b) As análises II e III são verdadeiras.
um vetor de 3 cm. c) Somente a análise I é verdadeira.
d) Somente a análise II é verdadeira.
F&
2 e) Somente a análise III é verdadeira.
F&1
Por inércia, ao ser abandonada, a pedra continua a se movimentar, na horizontal, com a mesma velocidade do navio (desprezando a resistência do ar).
EXPERIMENTANDO
Inércia
Resultante de forças
Quando você estiver
A figura 16 apresenta duas forças, F1& e F2& , atuando simultaneamente sobre um corpo. A ex- dentro de um carro ou
periência nos mostra que essas duas forças podem ser substituídas por uma força única, R&, que é ônibus em movimento,
a resultante de F1& e F2& . A resultante R& é determinada, em módulo, direção e sentido, pela regra do procure fazer a seguinte
paralelogramo. experiência: ao perceber
que o veículo está se des-
AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/ARQUIVO DA EDITORA
Quando a resultante das forças que atuam sobre uma partícula for nula, se ela estiver
em repouso, continuará em repouso; se estiver em movimento, se manterá com movimento
retilíneo uniforme.
A condição para que uma partícula esteja em equilíbrio é que seja nula a resultante das
forças que nela atuam (R& 5 0 ou ΣF & 5 0).
Equações do equilíbrio
Consideremos uma partícula sob a ação de um sistema de forças F1& , F2& , F3& , etc. (fig. 17).
Decompondo essas forças segundo os eixos x e y, obtemos:
sobre x: F1x , F2x , F3x, etc.
y
sobre y: F1y , F2y , F3y , etc.
F1y F&1
Se a resultante das componentes sobre x for nula (ΣFx& 5 0) e a das componentes sobre y tam-
bém (ΣFy& 5 0), a resultante R& das forças que atuam sobre a partícula será nula. Consequentemente,
F&2
F2y
0
nessas condições, a partícula estará em equilíbrio. Por exemplo, na figura 17, teremos:
F2 x F3x F1x x
sobre x: ΣFx& 5 0; significa que F1x& 1 F2x& 1 F3x& 5 0 ou, considerando os módulos, F1x 2 F2x 2 F3x 5 0,
isto é, a componente F1x& deve anular-se com F2x& e F3x& ;
F&3
sobre y: ΣFy& 5 0; significa que F1y& 1 F2y& 1 F3y& 5 0 ou, considerando os módulos, F1y 1 F2y 2 F3y 5 0,
F3y
Fig. 17 – As forças que atuam em uma isto é, as componentes F1y& e F2y& devem anular-se com F3y& .
partícula podem ser substituídas por suas
componentes sobre os eixos x e y. Considerando os eixos x e y, podemos dizer que:
A condição para que uma partícula esteja em equilíbrio é que ΣFx& 5 0 e ΣFy& 5 0. Essas
equações são equivalentes à equação R& 5 0.
1 Imagine um automóvel se deslocando em uma estrada hori- a) Calcule o valor da tensão T& no cabo.
zontal, com movimento retilíneo uniforme. O motor comuni- b) Qual o valor da força F & que a pessoa está exercendo?
ca ao carro uma força de propulsão F 5 1 500 N.
RESOLUÇÃO:
dois eixos, x e y.
f&
ARQUIVO DA EDITORA
F&
y
PAULO CESAR/
T ? sen θ
T&
P&
RESOLUÇÃO:
a) Como o movimento é retilíneo e uniforme, o carro está
em equilíbrio e, portanto, a resultante das forças que nele
atuam deve ser nula.
b) As forças que tendem a contrariar o movimento do carro,
isto é, as forças de resistência do ar, as forças de atrito en-
tre as peças do carro, etc., estão representadas pela força
f &da figura. Como a resultante das forças que atuam no car- Em seguida, substituímos a tensão T& por suas compo-
ro é nula, f & deverá ter o mesmo módulo, mesma direção e nentes T ? cos θ (sobre x) e T ? sen θ (sobre y). Como a
sentido contrário a F &. Portanto, devemos ter f 5 1 500 N. esfera está em equilíbrio, sabemos que Σ Fx& 5 0 e ΣFy& 5 0.
Usando esta última equação, teremos:
2 Uma esfera de aço, cujo peso é P 5 50,0 kgf, está sustenta-
da por um cabo preso ao alto de um mastro. Uma pessoa,
ΣFy& 5 0 ⇒ T sen θ 2 P 5 0
exercendo na esfera uma força F &horizontal, desloca-a lateral-
mente, mantendo-se em equilíbrio na posição mostrada na
figura. Nela, o vetor T& representa a tensão no cabo, isto é, o Portanto, T 5 P
sen θ
esforço que ele exerce sobre a esfera naquela posição.
É fácil concluir que θ 5 30°. Como P 5 50,0 kgf, obtemos:
60º
T 5 50,0
,0 5 50,0
AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/ARQUIVO DA EDITORA
F 2 T cos u 5 0
FÍSICA
⇒ F 5 86,6 kgf
5 (Vunesp) Em uma operação de resgate, um helicóptero so- 6 Suponha que a partícula mostrada na figura 17 esteja em
brevoa horizontalmente uma região levando pendurado um equilíbrio.
recipiente de 200 kg com mantimentos e materiais de pri- a) Considere o módulo de F2x igual a 10 N e o de F3x igual a
meiros socorros. O recipiente é transportado em movimento 7 N. Quanto vale F1x?
retilíneo e uniforme, sujeito às forças peso (P), de resistência Como a partícula está em equilíbrio, sabemos que ΣF x& 5 0,
do ar horizontal (F) e tração (T), exercida pelo cabo inextensí- isto é, para este caso:
vel que o prende ao helicóptero. F1x 2 F2x 2 F3x 5 0 ou F1x 2 10 2 7 5 0 ∴ F1x 5 17 N
CASA DE TIPOS/ARQUIVO DA EDITORA
MRU
θ
F&
F 5 400 N
P 5 400 N
P 5 400 N
P 5 400 N
(3) F 5 50 kgf
100 kgf
b) Para facilitar a elevação de corpos pesados, é comum as-
sociar uma roldana fixa e uma móvel, como em (c). Neste (2) F&
caso, qual deve ser o valor de F& para sustentar o corpo 200 kgf
suspenso? Qual é a vantagem dessa associação?
(1)
Como a roldana fixa não altera o valor da força aplicada, o valor
400 kgf
da força F & na figura (c) será também de 200 N. A vantagem de se
associar à roldana móvel uma roldana fixa é tornar mais cômoda
a aplicação da força F & (ela será exercida de cima para baixo, ao 400 kgf
contrário da figura (b)).
Reação Ação
F&2 F&1
2o) Um prego e um ímã são colocados sobre uma mesa. Sabemos que o prego é atraído pelo ímã
com uma força F1& . Pela terceira lei de Newton, o prego reage e atrai o ímã com uma força F2& , de
mesmo módulo, mesma direção e sentido contrário a F1& (fig. 19).
Como dissemos, F1& e F2& estão aplicadas em corpos diferentes e, portanto, não podem se equili-
brar mutuamente. De fato, se a mesa fosse bastante lisa, observaríamos que tanto o prego quanto
o ímã se deslocariam, um em direção ao outro. Entretanto, como o ímã é muito pesado, o atrito
que atua sobre ele poderá se igualar à reação do prego sobre ele. Assim, ele fica em repouso e só
o prego se movimenta.
Ação e reação
F&2 F&1
Fig. 19 – Se um ímã atrai um prego, o prego atrai o ímã com uma força igual e contrária.
3o) Um bloco, de peso P ,& apoiado sobre uma superfície horizontal, exerce nela uma compressão N&',
perpendicular à superfície (fig. 20). A superfície reage sobre o bloco, exercendo nele uma reação
normal N&. Evidentemente, N& e N&' têm o mesmo módulo, mesma direção e sentidos contrários.
No caso mostrado na figura 20, as únicas forças que atuam no bloco são o seu peso P& e a reação
normal N&. Como o bloco está em equilíbrio, N 5 P.
Ação e reação
P&
Fig. 20 – Se um objeto comprime uma mesa, a mesa reage sobre o objeto com uma força
igual e contrária.
Entretanto, existem situações em que a reação normal não é igual ao peso. Por exemplo, na
figura 21, o mesmo bloco da figura 20 é comprimido por uma pessoa com uma força vertical.
Nesse caso, a compressão do bloco sobre a superfície, N&', será maior do que o peso do bloco. A
superfície reage sobre o bloco com uma força N&, igual e contrária a N&' e, consequentemente, teremos
N . P. Você poderá, agora, imaginar uma situação em que N , P.
Na figura 21 não foi desenhada a força que a mão exerce sobre o bloco. A soma dessa força
atuando sobre o bloco, juntamente com N& e P &, deve produzir uma resultante nula, pois o bloco
está em equilíbrio.
N&
AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/ARQUIVO DA EDITORA
Ação e reação
P&
N&'
o plano uma compressão normal N&'. Devido a essa compressão, o plano reage sobre o bloco,
exercendo nele a reação normal N& (fig. 22).
Observe que a compressão sobre o plano se deve apenas à componente P&N' e, portanto, N' , P.
Consequentemente, teremos também N , P.
Ação e reação
P&
N&'
5o) Sabemos que o peso de uma pessoa é a força com que a Terra a atrai. Se a Terra atrai uma pessoa
com a força P&, a pessoa, pela terceira lei de Newton, atrairá a Terra com uma força P&', de mesmo
módulo, mesma direção e sentido contrário a P&(fig. 24).
Atividade
Experimental
Acesse o Material Comple-
mentar disponível no Portal e
aprofunde-se no assunto. Portanto, se o seu peso for de 60 kgf, ou seja, se você estiver sendo atraído pela Terra com uma
força de 60 kgf, a Terra também estará sendo atraída por você com uma força de 60 kgf.
9 Observe a figura 20 e responda: e) N& e N&' constituem um par de ação e reação? Justifique.
a) Qual corpo está exercendo a força P& sobre o bloco? Sim, pois N' é a força do bloco sobre a mesa e N& é a força da mesa
P& é o peso do bloco. Portanto, P& é a força que a Terra exerce sobre sobre o bloco.
o bloco.
b) Qual corpo está exercendo a força N&' sobre a mesa? 10 Suponha que na figura 21 o peso do bloco seja P 5 10 N e
N&' é a força com que o bloco comprime a mesa (em virtude da que a força de compressão, exercida pela pessoa, seja de 5 N.
tendência que o bloco tem de cair). a) Qual o valor da compressão N&' sobre a mesa?
c) Qual corpo está exercendo a força N& sobre o bloco? Nestas condições, a compressão do bloco sobre a mesa será
N& é a reação da força N&', isto é, N& é a força de reação que a mesa N' 5 10 + 5 ou N' 5 15 newtons.
Além disso, deve-se observar que N& e P& estão aplicadas no força N& que está aplicada no bloco e que vale também
mesmo corpo (o bloco) e, assim, não podem constituir um par de 15 newtons (pois é a reação de N&').
ação e reação.
11 (UFRN) Em tirinhas, é muito comum encontrarmos situações que envolvem conceitos de Física e que, inclusive, têm sua parte
cômica relacionada, de alguma forma, com a Física. Considere a tirinha envolvendo a “Turma da Mônica”, mostrada a seguir.
© MAURICIO DE SOUSA EDITORA LTDA.
FRENTE A
Supondo que o sistema se encontra em equilíbrio, é correto afirmar que, de acordo com a lei da ação e reação (3a lei de Newton), c
FÍSICA
a) a força que a Mônica exerce sobre a corda e a força que os meninos exercem sobre a corda formam um par ação-reação.
b) a força que a Mônica exerce sobre o chão e a força que a corda faz sobre a Mônica formam um par ação-reação.
c) a força que a Mônica exerce sobre a corda e a força que a corda faz sobre a Mônica formam um par ação-reação.
d) a força que a Mônica exerce sobre a corda e a força que os meninos exercem sobre o chão formam um par ação-reação.
De acordo com a lei da ação e reação (3a lei de Newton), temos que as forças ação e reação são da mesma interação (Mônica-corda), agem em
corpos diferentes (Mônica-corda), são recíprocas (Mônica na corda e corda na Mônica) e têm mesma intensidade, direção e sentidos opostos.
Dinâmica: as leis de Newton 19
12 Um bloco, de peso igual a 100 N, está sendo arrastado para d) O valor da força F exercida sobre o bloco é maior do que
cima, com movimento uniforme, ao longo de um plano in- 50 N.
clinado sem atrito, por meio de uma força F& (veja a figura a Errada. Para que se tenha R& 5 0, devemos ter F 5 PT, isto é,
seguir). Para as afirmações seguintes, diga se estão corretas e F 5 50 N.
justifique. Considere sen 30º 5 0,500 e cos 30º 5 0,866.
N&
F&
é igual à componente P&N mostrada na figura acima, cujo módulo 13 (UPE) A figura a seguir representa um ventilador fixado em
é PN 5 P cos u 5 86,6 N. um pequeno barco, em águas calmas de um certo lago. A
vela se encontra em uma posição fixa e todo vento soprado
pelo ventilador atinge a vela.
CASA DE TIPOS/
ARQUIVO DA EDITORA
b) A componente do peso que tende a fazer o bloco descer
o plano vale 50 N.
Correta. A componente que tende a fazer o bloco descer o plano é o
A força de atrito estático (fe &) que atua sobre um corpo é variável, equilibrando sempre as
forças que tendem a colocar o corpo em movimento.
N&
F&
fe&
P&
Fig. 26 – Nesta situação, o bloco continuou em
repouso porque a força F & foi equilibrada pela
força de atrito estático f e& .
Aumentando continuamente o valor de F & (fig. 26), verificamos que a força de atrito estático
fe& também cresce, continuando sempre com seu módulo igual ao módulo de F &. Entretanto, a força
f e& cresce até um valor limite, além do qual ela não equilibra mais a força F &. Esse valor limite de f e&
denomina-se força de atrito estático máximo (feM& ) (fig. 27). Quando o valor de F & ultrapassa o valor
de feM& , o bloco começa a se movimentar.
N&
F&
&
feM
P&
A experiência mostra que feM é proporcional à compressão normal que o bloco exerce sobre a
superfície, isto é, quanto mais comprimido estiver o bloco sobre a superfície, maior será o valor da
força de atrito estático máxima. Como essa compressão tem valor igual ao da reação normal N& da
superfície sobre o bloco, podemos escrever que feM~ N (~ significa “proporcional a”). A constante de
proporcionalidade entre feM e N é representada por me e denominada coeficiente de atrito estático. FRENTE A
A força de atrito estático cresce até um valor máximo feM. Esse valor máximo é dado por
feM 5 me N, em que me é o coeficiente de atrito estático entre as superfícies.
N& movimento
F&
fc&
P&
Verifica-se que o valor de fc& é menor do que o de feM& , isto é, o valor da força de atrito diminui
quando o movimento se inicia. O valor de fc & é praticamente constante (independentemente da
velocidade do corpo) e proporcional ao valor da compressão normal que o corpo exerce na super-
fície. Logo:
fc ~ N
fc 5 mcN
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
3 Suponha que o bloco da figura 26 pese 20 kgf. Os coeficientes c) Durante o movimento, está atuando a força de atrito ciné-
de atrito entre ele e a superfície valem μe 5 0,40 e μc 5 0,20. tico, que vale:
a) Exercendo no bloco uma força F & de 5,0 kgf, verificamos fc 5 μcN 5 0,20 ? 20 ∴ fc 5 4,0 kgf
que ele permanece parado. Qual é o valor da força de atri-
to estático, fe&, que está atuando no bloco? Portanto, para que o movimento seja retilíneo e uniforme,
b) Qual deve ser o mínimo valor de F & para que o bloco saia a força F & deverá ser igual e contrária a f c& (primeira lei de
do repouso? Newton), isto é, a força F & deve ser de 4,0 kgf.
c) Uma vez iniciado o movimento, qual deve ser o valor de F &
para manter o bloco em movimento uniforme? 4 Um bloco, cujo peso é P 5 10 kgf, está em repouso sobre um
plano inclinado, sendo o ângulo θ 5 30°, como mostra a figura.
RESOLUÇÃO:
N&
a) Como o bloco permaneceu em repouso, concluímos que
f e&
f e& anulou a força F & e, portanto, fe 5 5,0 kgf.
b) A força de atrito estático máxima vale feM 5 μeN. Como, P&T
neste caso, N 5 P 5 20 kgf: θ
PARA CONSTRUIR
14 Uma mesa cujo peso vale 15 kgf é empurrada por uma pessoa, com uma força F& horizontal.
a) Qual o valor da força de atrito estático f e& para o caso em que F 5 3,5 kgf e a mesa não se move?
Enquanto a mesa permanecer em repouso, a força de atrito f e& estático será variável, adquirindo o mesmo valor da força – ou a resultante
das forças – que tende a colocar o corpo em movimento. Como a única força atuando na direção de f e& é a força F&, fe 5 F 5 3,5 kgf.
b) Sabendo-se que a mesa começa a se mover quando o valor de F & torna-se ligeiramente superior a 9,0 kgf, qual o valor da força
& ?
de atrito estático máxima, f eM
Quando F 5 9,0 kgf, a mesa ainda está em repouso, mas na iminência de se mover. Nessa situação, a força de atrito estática é máxima,
& , e se iguala em módulo à força aplicada. Logo, fe 5 F 5 9,0 kgf.
f eM
FRENTE A
c) Supondo que a pessoa agora esteja movendo a mesa, sabendo-se que o coeficiente de atrito cinético entre a mesa e o chão é
μc 5 0,40, qual é o valor da força de atrito cinético, f c& , atuando sobre a mesa?
FÍSICA
Após iniciar o movimento, o valor da força de atrito é obtido por meio da relação fc 5 μcN, em que N& é a força de contato que o chão
aplica à mesa. Como não há movimento na direção vertical, o módulo de N& é igual ao do peso da mesa, que é 15 kgf. Assim:
fc 5 μcN 5 0,40 ? 15 ∴ fc 5 6,0 kgf
N&
16 (UFCSPA-RS – Adaptada) Testando uma das teorias de constru-
ção das grandes pirâmides do Egito, um arqueólogo construiu
CASA DE TIPOS/ARQUIVO DA EDITORA
tal da rampa.
Considerando as informações acima apresentadas: N&
F&
a) Desenhe e identifique as forças que atuam sobre a pessoa.
b) Identifique o tipo de atrito que existe entre a pessoa e a
rampa para que ela possa caminhar com segurança sobre P&T
a mesma.
fe&
c) Determine o coeficiente de atrito mínimo para que a pes-
30°
soa não deslize ao caminhar nesta rampa. Mostre explici- PN&
tamente o raciocínio matemático utilizado, que deve ser PN&
P&
fundamentado em princípios físicos. 30°
a) Atuam sobre a pessoa a força peso (P&) e as forças de contato
exercidas pela rampa: normal (N&) e atrito (f )& . A resultante das forças na direção paralela à rampa será nula, pois
b) Para que a pessoa possa caminhar com segurança sobre a ram- o bloco ainda está em repouso.
pa sem deslizar, deve existir uma força entre as superfícies de As forças que atuam no bloco na iminência de movimento são F&,
contato que impeça o escorregamento. Logo, o tipo de atrito
P&, N& e a força de atrito estático f e& . Pela figura, obtemos:
que existe entre a pessoa e a rampa é o atrito estático.
c) Para facilitar a visualização das forças sobre a figura, represen- PT 5 P sen 30° 5 20 000 ? 1 5 10 000 N
taremos a pessoa como um bloco e a inclinação da rampa um 2
pouco maior. fe 5 F – PT 5 13 500 – 10 000 5 3 500 N
18 (UFABC-SP) Considere duas equipes A e B, formadas por três garotas cada uma, numa
disputa de cabo de guerra sobre uma superfície plana e horizontal, como mostra a figura.
Equipe A Equipe B
ARQUIVO DA EDITORA
ILUSTRAÇÕES: AVITS
ESTÚDIO GRÁFICO/
A alternativa que mostra corretamente a força de tração aplicada pela corda nas mãos
e a força de atrito aplicada pelo solo nos pés, respectivamente, de uma integrante da
Equipe B, durante a disputa, é: e
a) d)
Tração Tração
EXPERIMENTANDO
Atrito Sobre uma mesa lisa,
Atrito coloque um pequeno ímã
e um prego. Aproxime-os
até que a atração entre
eles possa ser percebida
e) por você, segurando-os
b) Tração
nessa posição.
Tração
1o) Mantendo o ímã fixo,
solte o prego. Ele se
Atrito
desloca em direção ao
Atrito
ímã?
2o) Voltando à posição ini-
cial, mantenha fixo o
prego e solte o ímã. Ele
c) se desloca em direção
Tração
A força de tração deve ter a mesma direção que a ao prego? FRENTE A
corda e contrária à força exercida pelas mãos. O atri-
to deve ser paralelo ao apoio e contrário à tendência Você poderá concluir
de escorregamento. Assim, para uma integrante da que, se o ímã atrai o pre-
Atrito Equipe B, a tração deve ser horizontal para a esquer- go, este também atrai o
FÍSICA
da; o atrito, horizontal para a direita. ímã. Qual é a lei física, es-
tudada neste capítulo,
evidenciada nesta expe-
TAREFA PARA CASA: Para praticar: 10 a 13 Para aprimorar: 10 a 12 riência?
Experimentando: os alunos deverão asso-
ciar o fenômeno à terceira lei de Newton.
Dinâmica: as leis de Newton 25
Veja, no Guia do Professor, as respostas da “Tarefa para casa”. As resoluções encontram-se no portal, em Resoluções e Gabaritos.
PARA
PARA PRATICAR
PRATICAR
3 a) Se um corpo está se movendo, que tipo de movimento O conjunto formado pela cúpula, lâmpada e soquete, de
ele tende a ter, em virtude de sua inércia? massa total 0,5 kg, é sustentado pela corda e pelo fio con-
b) O que deve ser feito para que a velocidade de um corpo dutor. Desprezando-se os pesos do fio e da corda, é possível
aumente ou diminua? E o que deve ser feito para que esse afirmar que o fio condutor esticado através da janela sofre
corpo mude de direção? ação de uma força de intensidade, em newtons, de:
a) 10. c) 10 3 . e) 15 3.
4 (IFSC) Um bloco, apoiado sobre uma superfície horizontal, b) 15. d) 20.
está submetido a duas forças, F1 5 4 N e F2 5 2 N, como
mostra a figura. 6 (UFPB) Adote os conceitos da mecânica newtoniana e as se-
guintes convenções:
F2 F1 o valor da aceleração da gravidade: g 5 10 m/s2;
a resistência do ar pode ser desconsiderada.
Um vagão gôndola, mostrado na figura a seguir, transportan-
do minério de ferro, deve descer uma rampa inclinada para
entrar em uma mina a certa profundidade do solo.
É correto afirmar que:
a) a resultante das forças é igual a 6 N.
b) o bloco não está em equilíbrio.
c) a resultante das forças que atuam sobre o bloco é nula.
d) a resultante das forças é diferente de zero e perpendicular
à superfície.
e) se o bloco estiver em repouso, continuará em repouso.
fa
g
P
FRENTE A
a) 1N
o peso P&(para baixo); b) 4N
a sustentação F&s (para cima); c) 7N
a força de propulsão F&p (para frente); d) 10 N
a resistência do ar R&ar (para trás). e) 13 N
dadeira:
ANOTAÇÕES
FRENTE A
FÍSICA
Objetivos: As leis de Newton são a base da Dinâmica, parte da Física que estuda as causas dos movimentos.
A força necessária para acelerar caminhões gigantes que transportam minérios em minas, por
c Identificar a segunda
exemplo, pode ser calculada com base nas leis enunciadas por Newton no século XVII.
lei de Newton e aplicá-
-la a movimentos.
Se um caminhão está em repouso (em relação a certo referencial), sua velocidade é zero. Se
colocado em movimento, sua velocidade deixará de ser nula e, portanto, o caminhão será acelerado.
c Relacionar as De modo similar, se o veículo, em movimento retilíneo uniforme (e, portanto, com aceleração nula,
características já que a velocidade é constante), for forçado a parar, também podemos afirmar que ele sofreu uma
cinemáticas e as aceleração (popularmente fala-se, nesse caso, em “desaceleração”).
dinâmicas de corpos Em ambas as situações – do repouso ao movimento retilíneo uniforme, ou ao contrário –, uma
em movimento circular.
força resultante atua sobre o corpo (primeira lei de Newton).
Disso, podemos inferir que a atuação de uma força resultante sobre um corpo produz nele
uma aceleração.
Esse é o tema da segunda lei de Newton, que veremos a seguir.
Dessa maneira, se construirmos um gráfico F 3 a, obteremos uma reta passando pela origem (fig. 2).
Massa de um corpo
Sendo F ~ a, sabemos que a relação F é constante e igual à inclinação do gráfico F 3 a. a
a
Suponha agora que a experiência fosse repetida usando-se, porém, um outro corpo. Construin-
Fig. 2 2 A força aplicada a uma
do o gráfico F 3 a para ele, também obteríamos uma reta passando pela origem, mas com uma partícula é diretamente proporcional
inclinação diferente da anterior. De modo geral, verificamos que, para um dado corpo, temos sempre à aceleração que ela produz.
F ~ a, mas a inclinação do gráfico F 3 a varia de um corpo para outro (fig. 3). Portanto, o quociente
F tem um valor constante para um dado corpo, sendo, assim, característico de cada objeto. Esse
a
quociente é denominado massa (m) do corpo. Logo:
F
Massa de um corpo é o quociente entre a força que atua
no corpo e a aceleração que ela produz nele, isto é:
F
m5a A
B FRENTE A
C
Observe que a inclinação do gráfico F 3 a nos fornece o valor da massa m do corpo. Na figura 3,
mA . mB . mC. De m 5 F , obtemos: 0 a
FÍSICA
a
A B C
a5 F
m Fig. 3 2 A inclinação do gráfico F × a
representa a massa do corpo.
m 5 F ∴ F 5 ma
F& a
a &
A relação F 5 ma foi estabelecida entre os módulos dos vetores F & e a .&
m Quando uma força atua em um corpo, a aceleração que ele adquire tem a mesma direção
e o mesmo sentido da força aplicada, isto é, o vetor a & tem sempre a mesma direção e o mesmo
Fig. 4 2 O vetor a & tem sempre a mesma sentido do vetor F & (fig. 4). Portanto, a relação F 5 ma poderá ser escrita vetorialmente da se-
direção e o mesmo sentido do vetor F &. guinte maneira:
F & 5 ma &
A massa m deve ser uma grandeza escalar sempre positiva, para que o produto ma & tenha a
mesma direção e o mesmo sentido do vetor F & . Se a massa de um corpo pudesse ser negativa, esse
corpo adquiriria uma aceleração de sentido contrário ao da força aplicada – o que não acontece.
F& 5
F& 4
Segunda lei de Newton
Fig. 5 2 Quando várias forças
R& 5 ma & ou ∑F &5 ma &
atuam em uma partícula, esta A aceleração que um corpo adquire é diretamente proporcional à resultante das forças
adquire uma aceleração na
mesma direção e no mesmo que atuam nele e tem a mesma direção e o mesmo sentido dessa resultante.
sentido da resultante dessas forças.
PARA CONSTRUIR
1 Um bloco, sendo arrastado por uma força F & sobre uma su- c) O que representa a inclinação desse gráfico?
F
perfície horizontal, ocupa, em intervalos de tempo iguais, as A inclinação do gráfico é igual à relação . Logo, a inclinação é
a
posições mostradas na figura deste exercício.
igual à massa m do corpo.
→ → → →
F
F& F&
F F
F& FF&
3 Suponha que uma pessoa arremessasse uma bola de borracha
e uma bola de ferro (de tamanhos iguais), exercendo em ambas
a) Observe a figura e explique como podemos afirmar que
o mesmo esforço muscular.
existe atrito entre o bloco e a superfície.
a) Qual delas, em sua opinião, iria adquirir maior aceleração?
Observando a figura do exercício, vemos que o movimento do
Baseando-se em sua experiência diária (ou realizando a
bloco é retilíneo uniforme. Então, a resultante das forças que
experiência), o estudante perceberá facilmente que a bola de
atuam sobre ele deve ser nula. Assim, deve existir uma força
borracha (bola mais leve) adquiriria maior aceleração.
de atrito que equilibre a força F & que está atuando sobre o
bloco.
b) Se o atrito fosse eliminado, que tipo de movimento o blo- b) Qual delas possui maior inércia?
co teria? Possui maior inércia aquela que apresenta maior dificuldade
Se o atrito fosse eliminado, a força F & não seria equilibrada e de ser acelerada, isto é, a bola de ferro (bola mais pesada).
Unidades fundamentais do SI
As unidades fundamentais do SI, usadas na Mecânica, são apenas três:
a unidade de comprimento: metro (m);
a unidade de massa: kilograma (kg);
a unidade de tempo: segundo (s).
Por causa dessa escolha, o Sistema Internacional de Unidades da Mecânica costuma ser deno-
minado Sistema MKS (metro, kilograma e segundo). Em suas atividades diárias, você utiliza constan-
Fig. 6 2 Cilindro de platina iridiada, na temente essas unidades e seus valores lhe são, portanto, familiares. Suas definições rigorosas foram
Repartição Internacional de Pesos e
estudadas com muito cuidado pelos cientistas.
Medidas, na França.
Os padrões utilizados para a definição dessas unidades no SI mudaram ao longo do tempo,
sendo feitos vários estudos para que todas as unidades fundamentais fossem baseadas em alguma
constante física. O kilograma ainda é a única unidade que é definida por um objeto: o cilindro de
PARA platina iridiada, guardado na Repartição Internacional de Pesos e Medidas, na França (fig. 6) – 1 kg é
REFLETIR definido como sendo a massa desse cilindro –, mas há propostas para alterar esse padrão.
Um dos conceitos originais do metro, por exemplo, era a distância que a luz percorria no vácuo no
Procure quais são os padrões utili- 1
intervalo de tempo de segundos; e um dos conceitos originais do segundo era o tempo
zados para as definições atuais de 299792458
“metro” e “segundo”. necessário para o Sol percorrer a distância de 1 da circunferência terrestre (na linha do equador).
86400
F51N
AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/
ARQUIVO DA EDITORA
1 kg
Fig. 7 2 Quando um corpo, de massa 1 kg, é solicitado por uma força resultante de 1 N, ele adquire uma aceleração
de 1 m/s2. A força é medida com um dinamômetro.
EXERCÍCIO RESOLVIDO
1 a) Um corpo, de massa m 5 2,0 kg, move-se com aceleração a 5 6,0 m/s2. Qual é o valor da resultante R& das forças que atuam
no corpo?
b) Se uma força resultante R 5 10 kgf atua em um corpo, produzindo nele uma aceleração de 2,0 m/s2, qual é a massa do corpo?
RESOLUÇÃO:
a) O valor de R& será dado pela segunda lei de Newton, R 5 ma. Como o valor de m está expresso em kg e o valor de a, em
m/s2, sabemos que o valor de R& será dado em newtons. Portanto:
R 5 ma 5 2,0 ? 6,0 ∴ R 5 12 N
b) Para obtermos a massa do corpo em kg, devemos expressar o valor de R em newtons (o valor de a já está expresso em m/s2). FRENTE A
Como 1 kgf 5 9,8 N, teremos:
R 5 10 kgf 5 10 ⋅ 9,8 N ∴ R 5 98 N
FÍSICA
De R 5 ma, temos:
m 5 R 5 98 ∴ m 5 49 kg
a 2,0
60°
Considere sen 60° 5 0,87, cos 60° 5 0,5 e também que o 8 (Cefet-MG) Três blocos A, B e C, de massas MA 5 1,0 kg e
corpo do aspirador se move sem atrito. Durante esse inter- MB 5 MC 5 2,0 kg, estão acoplados através de fios inexten-
valo de tempo, a aceleração do corpo do aspirador, em m/s2, síveis e de pesos desprezíveis, conforme o esquema abaixo.
equivale a: b
B
a) 0,5
b) 1,0
A
c) 1,5
C
d) 2,0 u 5 30°
A componente da força horizontal R&x aplicada ao cabo é a resul-
tante das forças sobre o corpo do aspirador. Esquematicamente, Desconsiderando o atrito entre a superfície e os blocos e, tam-
temos:
bém, nas polias, a aceleração do sistema, em m/s2, é igual a: b
a) 2,0.
b) 3,0.
c) 4,0.
R& d) 5,0.
B
60° A
P&X
R&x C
u
Rx 5 ma ⇒ F cos 60° 5 ma ⇒ 4 ? 0,5 5 2a ⇒ a 5 1 m/s2 P&A P&C
Massa
F
A massa de um corpo é uma grandeza escalar, definida pela relação m 5 a , em que F é o mó-
dulo da força que atua no corpo e a é o valor da aceleração que F& produz nele. A massa também
pode ser considerada uma medida do conceito de inércia. Se a massa de um corpo é pequena, ele
apresenta pequena inércia, de modo que mesmo forças pequenas podem produzir alterações apre-
ciáveis em seu movimento.
Experimentalmente, podemos verificar outra propriedade importante da massa: ela é uma cons-
tante característica do corpo. A massa não varia quando o corpo é transportado de um local para
outro, ou quando sua temperatura é alterada, ou, ainda, quando o corpo muda de estado (sólido,
líquido ou gasoso). Essas considerações são válidas para velocidades não relativísticas, ou seja, para
velocidades muito inferiores à velocidade da luz (fig. 8).
RICARDO SIWIEC
Fig. 8 2 O bloco de gelo e a água que resulta de sua fusão têm a mesma massa.
Peso
O peso de um corpo foi definido como a força com que a Terra atrai o corpo. Como o peso é
uma força, trata-se de uma grandeza vetorial.
Se um corpo de massa m for abandonado de uma certa altura sobre a superfície da Terra, ele
cairá devido à ação de seu peso P&. Sendo P& a única força que atua nele, o corpo adquirirá a aceleração
da gravidade g. Podemos
& dizer que:
m
O peso de um corpo é uma for-
ça gravitacional que imprime a esse
corpo uma aceleração g..& g& FRENTE A
gmaior
NN maior
P
Pmaior
maior Tabela 1 – Variação de g com a latitude
(ao nível do mar)
ggmenor
menor Latitude g (m/s2)
PPmenor
menor
0° 9,780
20° 9,786
40° 9,802
SS 60° 9,819
Entretanto, se o corpo fosse abandonado de uma certa altura sobre a superfície da Lua, ele cairia
com uma aceleração cerca de 6 vezes menor do que 9,8 m/s2, pois o valor de g na Lua é, aproxima-
damente, 1,6 m/s2. Em consequência disso, o peso de um objeto na Lua (força com que a Lua atrai o
objeto) é cerca de 6 vezes menor do que seu peso na Terra (fig. 11).
NASA
Fig. 11 2 Como a aceleração da
gravidade na Lua é cerca de 6 vezes
menor que na Terra, o peso de um
astronauta na Lua será também cerca
de 6 vezes menor que na Terra. Por isso,
se desse um pulo na superfície da Lua,
um astronauta atingiria alturas bem
maiores do que na Terra. Em um planeta
onde o valor de g fosse muito grande
como Júpiter (g . 26 m/s2), uma pessoa
poderia ser esmagada pela ação do
próprio peso.
Portal
SESI
Educação www.sesieducacao.com.br
m=? m'
P = mg P' = m'g
Portanto, a massa do corpo é dada pelo valor das massas conhecidas que equilibram a balança.
O processo da balança só poderá ser usado em locais onde os corpos têm peso. Em uma região
do espaço onde um corpo estivesse isolado, afastado da influência de qualquer corpo celeste, isto
é, em uma região em que fosse constatada ausência de gravidade, não seria possível medir a massa
do corpo por meio de uma balança, pois esse corpo não teria peso. Entretanto, a massa do corpo
F
poderia ser medida por meio da relação m 5 a , válida em qualquer situação.
EXERCÍCIO RESOLVIDO
2 Um astronauta, com vestimenta própria para descer na Lua, Observe que, sendo P dado em newtons e g, em m/s2,
foi pesado, na Terra, obtendo-se um peso de 980 N para o obteremos m em kg.
conjunto astronauta e vestimenta. b) Conforme vimos, a massa de um corpo não varia se ele
a) Qual é a massa do conjunto? for transportado de um local para outro. Portanto, o as-
b) Na Lua, qual seria a massa desse conjunto? tronauta e sua vestimenta continuariam a ter, na Lua, a
c) Qual seria, na Lua, o peso do conjunto? (A aceleração da mesma massa m 5 100 kg.
gravidade na Lua é 1,6 m/s2.) FRENTE A
c) O peso do conjunto será dado por P 5 mg, em que
RESOLUÇÃO: m 5 100 kg e g 5 1,6 m/s2:
a) Em qualquer lugar da superfície da Terra, pode-se consi-
FÍSICA
9 Imagine que um astronauta pudesse descer em Júpiter, onde b) qual seria o peso da pedra?
a aceleração da gravidade é g 5 26 m/s e, usando um dina-
2
Não havendo, na região, influência de qualquer corpo celeste,
mômetro, pesasse uma pedra, obtendo P 5 13 kgf. isto é, na ausência de gravidade, evidentemente, o peso da
a) Em que unidade o astronauta deve expressar P para cal- pedra será nulo (não há nenhuma atração sobre a pedra).
cular a massa m da pedra em kg?
Ele deve expressar P no SI, isto é, em newtons.
pois conhecer os grandes feitos de Newton significa conhecer a própria ciência, uma
carência cultural de nosso país”, finaliza.
Disponível em: <http://noticias.terra.com.br/ciencia/pesquisa/ha-370-anos-nascia-o-maior-cientista-de-todos- Página 488 do Principia, de Newton,
os-tempos,0f4f89ab3500c310VgnCLD2000009bcceb0aRCRD.html>. Acesso em: 8 set. 2014. Adaptado. com estudo sobre cometas.
PARA
PARA PRATICAR
PRATICAR 3 (UFPE) Uma bolinha de borracha, de massa m 5 0,1 kg, é libera-
da a partir do repouso de uma altura h1 5 3,2 m. Ela colide com
o piso e sobe até uma altura h2 5 0,8 m. Considerando que a
1 (UFPR) Um avião voa numa trajetória retilínea e horizontal colisão durou Δt 5 0,02 s, calcule o módulo da força média que
próximo à superfície da Terra. No interior da aeronave, uma a bola exerceu no piso durante a colisão, em newtons. Despre-
maleta está apoiada no chão. O coeficiente de atrito estático ze a resistência do ar e a ação da força peso durante a colisão.
entre a maleta e o chão do avião é m e a aceleração da gravi-
dade no local do voo é g. Considerando esta situação, analise 4 (UFG-GO) Um objeto de 5 kg move-se em linha reta sob a
as seguintes afirmativas: ação de uma força. O gráfico a seguir representa sua veloci-
1. Se a maleta não se mover em relação ao chão do avião, dade em função do tempo.
então um passageiro pode concluir corretamente, sem 6
acesso a qualquer outra informação, que o avião está se
Velocidade (m/s)
deslocando com velocidade constante em relação ao 4
solo.
2
2. Se o avião for acelerado com uma aceleração superior a
mg, então o passageiro verá a maleta se mover para trás 0
do avião, enquanto um observador externo ao avião, em
repouso em relação à superfície da Terra, verá a maleta se 2
2 1 0 1 2
mover no mesmo sentido em que o avião se desloca. Tempo (s)
3. Para um mesmo valor da aceleração da aeronave em rela-
Considerando os dados apresentados, conclui-se que o grá-
ção à Terra, com módulo maior que mg, maletas feitas de
fico que representa a força que atua no objeto em função do
mesmo material e mesmo tamanho, mas com massas di-
tempo é o seguinte:
ferentes, escorregarão no interior do avião com o mesmo
a) 10
valor da aceleração em relação ao chão da aeronave.
8
Assinale a alternativa correta.
Força (N)
PARA
PARA APRIMORAR
PRATICAR
a& F&
a& F&
2 Uma partícula está em movimento sob a ação de uma força Considere, na Terra, g 5 10 m/s2 e, na Lua, g 5 1,6 m/s2. Entre
resultante F& . Sejam v& e a& , respectivamente, a velocidade e a as afirmativas seguintes, assinale as corretas.
aceleração da partícula em um dado v& instante.
F& Em todas as al- a) Na Terra, o bloco, ao ser puxado sobre a mesa, adquire
v& F&
ternativas seguintes estão indicados direções e sentidos fisica- uma aceleração a 5 4,0 m/s2.
mente a&possíveis
v&
para os vetores mencionados, EXCETO em: b) A massa do bloco, na Lua, é igual a 0,50 kg.
a& v& a& F&
a& v& a& F&
c) Na Lua, o bloco, ao ser puxado sobre a mesa, adquire uma
a) d) aceleração a 5 4,0 m/s2.
a& F& d) O peso do bloco, na Terra, é 5,0 N.
a& F& a& v&
b) a& F& e) a& v&
e) O peso do bloco, na Lua, é 0,80 N.
F G
Despreze todos os atritos. A razão entre o módulo de F& e o Qual opção abaixo melhor representa o caminho do foguete
módulo da força de contato entre os cubos é: a partir do ponto G?
1 9
a) 8. b) 2. c) . d) . a) d)
8 8
5 Um foguete V-2 tem uma massa de 1,5 ⋅ 104 kg. No início de sua h h h hh h h h h
ascensão, ele possui uma aceleração vertical, para cima, de G G G G
G GG GG G
12 m/s2. Nesse momento:
b) e)
a) qual é o valor da resultante das forças que atuam no fo-
guete?
b) qual é o valor do peso do foguete? Considere
h g 5 10 m/s2. h h h h h h h h h
c) qual é o valor da força que os gases expelidos
G
comunicam
G G G G
G
G
G G G
ao foguete?
c)
6 Um bloco de massa m 5 0,50 kg desloca-se, sem atrito, em
uma mesa sob a ação de uma força horizontal F 5 2,0 N. Ima-
h h h h h
gine que essa experiência fosse realizada na Lua, com o mes-
G G
mo bloco puxado pela mesma força sobre Ga mesma mesa.G G
1. (UFPA) Belém tem sofrido com a carga de tráfego em suas Mas foi Galileu Galilei que, em 1632, baseando-se em ex-
vias de trânsito. Os motoristas de ônibus fazem frequen- periências, rebateu a crítica aristotélica, confirmando as-
temente verdadeiros malabarismos, que impõem des- sim o sistema de Copérnico. Seu argumento, adaptado
conforto aos usuários devido às forças inerciais. Se fixar- para a nossa época, é se uma pessoa, dentro de um vagão
mos um pêndulo no teto do ônibus, podemos observar de trem em repouso, solta uma bola, ela cai junto a seus
a presença de tais forças. Sem levar em conta os efeitos pés. Mas se o vagão estiver se movendo com velocida-
do ar em todas as situações hipotéticas ilustradas abaixo, de constante, a bola também cai junto a seus pés. Isto
considere que o pêndulo está em repouso com relação ao porque a bola, enquanto cai, continua a compartilhar do
ônibus e que o ônibus move-se horizontalmente. movimento do vagão.
(I) v (II) v (III) v O princípio físico usado por Galileu para rebater o argu-
a0 a a mento aristotélico foi:
a) a lei da inércia.
(IV) v (V) v
a a b) ação e reação.
c) a segunda lei de Newton.
Sendo v a velocidade do ônibus e a sua aceleração, a po-
4. (Uerj) No interior de um avião que se desloca horizontal-
sição do pêndulo está ilustrada corretamente:
mente em relação ao solo, com velocidade constante de
a) na situação (I).
1 000 km/h, um passageiro deixa cair um copo. Observe a
b) nas situações (II) e (V).
ilustração abaixo, na qual estão indicados quatro pontos
c) nas situações (II) e (IV).
no piso do corredor do avião e a posição desse passageiro.
d) nas situações (III) e (V).
e) nas situações (III) e (IV).
Terra é o centro do universo. Para os aristotélicos, se a Terra em MRU nesse referencial é uma partícula livre.
gira do oeste para o leste, coisas como nuvens e pássaros, III. Qualquer outra partícula do Universo pode estar em
que não estão presas à Terra, pareceriam estar sempre se repouso ou em MRU nesse referencial, desde que a
movendo do leste para o oeste, justamente como o Sol. soma das forças que atuam sobre ela seja zero.
13. (IFCE) Considere as afirmações sob a luz da segunda lei cussão. Para compreendê-la, o professor apresentou aos
de Newton. estudantes um gráfico, a seguir, que relacionava as inten-
I. Quando a aceleração de um corpo é nula, a força re- sidades da força de atrito (fe, estático, e fc, cinético) com
sultante sobre ele também é nula. as intensidades das forças aplicadas ao objeto deslizante.
m
Força aplicada F
I II III
B
a) 4,0.
b) 6,0.
c) 8,0.
d) 10,0.
e) 12,0.
21. (Cefet-RJ)
Rússia envia navios de guerra para o Mediterrâneo
Fonte militar disse que envio ocorre devido à situa-
Aquela(s) que exigirá(ão) menor esforço do mecânico
ção na Síria. A Marinha negou que a movimentação
é(são):
esteja ligada à crise em Damasco.
29/8/2013 08h32 – Atualizado em: 29/8/2013 08h32
a) I.
b) II.
A Rússia está enviando dois navios de guerra ao c) I e III.
Mediterrâneo Oriental, enquanto potências ocidentais d) II e III.
se preparam para uma ação militar na Síria em respos- FRENTE A
ta ao suposto ataque com armas químicas na semana 23. (Cefet-RJ) O texto a seguir é um pequeno resumo do tra-
passada. balho de Sir lsaac Newton (1643-1727).
Uma fonte anônima do comando das Forças Arma- Sir lsaac Newton foi um cientista inglês, mais reconhecido
FÍSICA
das disse que um cruzador de mísseis e um navio antis- como físico e matemático, embora tenha sido também
submarino chegariam nos próximos dias ao Mediterrâ- astrônomo, alquimista, filósofo natural e teólogo. Devido à
neo por causa da “situação bem conhecida” 2 uma peste negra, em 1666, Newton retorna à casa de sua mãe
clara referência ao conflito na Síria. e, neste ano de retiro, constrói suas quatro principais des-
b) e) a) e
b) e
c)
c) e
d) e
27. (UFPE) Um corpo de massa 25 kg está sendo içado por
uma força vertical F, aplicada em uma corda inextensível
e de massa desprezível. A corda passa através de uma rol-
dana de massa também desprezível, que está presa ao e
e)
teto por um cabo de aço. O cabo de aço se romperá se
for submetido a uma força maior do que 950 N. Calcule
a aceleração máxima que o corpo pode atingir, em m/s2, 29. (UPE) Suponha um bloco de massa m 5 2 kg inicialmente
sem romper o cabo de aço. em repouso sobre um plano horizontal sem atrito. Uma
força F 5 16 N é aplicada sobre o bloco, conforme mostra
a figura a seguir.
F&
a& 60°
F&
28. (Unifesp) Durante o campeonato mundial de futebol, exi- Qual é a intensidade da reação normal do plano de apoio
biu-se uma propaganda em que um grupo de torcedores e a aceleração do bloco, respectivamente, sabendo-se
assistia a um jogo pela TV e, num certo lance, um jogador que sen 60° 5 0,85, cos 60° 5 0,50 e g 5 10 m/s2?
da seleção brasileira chutava a bola e esta parava, para a) 6,4 N e 4 m/s2.
desespero dos torcedores, exatamente sobre a linha do b) 13, 6 N e 4 m/s2.
gol. Um deles rapidamente vai até a TV e inclina o apare- c) 20,0 N e 8 m/s2.
lho, e a cena seguinte mostra a bola rolando para dentro d) 16,0 N e 8 m/s2.
do gol, como consequência dessa inclinação. As figuras e) 8,00 N e 8 m/s2.
mostram as situações descritas.
30. (Uece) Ao cair de uma altura próxima à superfície da Terra, FRENTE A
uma maçã de massa igual a 100 g causa no planeta uma
aceleração aproximadamente igual a:
a) Zero.
FÍSICA
b) 1 m/s².
c) 10 m/s².
d) 1 N.
MAIS ENEM
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
Matemática e suas Tecnologias
PIRÂMIDES
O complexo de pirâmides de Gizé, localizado no planalto de
mesmo nome, na margem oeste do rio Nilo, é constituído por três
pirâmides construídas para serem túmulos dos grandes faraós (pai,
filho e neto) que lhe dão o nome: Quéops (ou Khufu, em egípcio), 1
Quéfrem (Khafre) e Miquerinos (Menkaure). 3
A pirâmide de Quéops, também conhecida como Grande Pi-
râmide, construída no auge do antigo reinado do Egito (século XXVI
a.C.), é a maior das três pirâmides, com 146,59 metros de altura
(atualmente 137,16 m, o equivalente a um prédio de 49 andares). Uma construtora que se propôs a testar uma dessas teorias da
construção da Grande Pirâmide descobriu que um bloco de concre-
146,59 m to (0,8 m 3 0,8 m 3 1,6 m) com massa de 2,5 toneladas poderia ser
(136,17 m atualmente) arrastado por 18 operários através de uma rampa com uma veloci-
Camada de
calcário dade de 18 metros por minuto. Nessa simulação foi considerado um
removida coeficiente de atrito cinético entre o bloco e a rampa de 0,6. Com
com o tempo Seções da Grande
Pirâmide da Quéops
base nessas informações, depois que o bloco começasse a se mover,
qual seria o valor da força necessária para que o bloco continuasse a
Dutos de ar Dutos de ar se mover com velocidade constante? b
Câmara
do rei
Grande
galeria N&
Câmara da F&
rainha
P&T
Câmara subterrânea f& 13°
P&N
55
55
QUADRO DE IDEIAS
16-08167 CDD-530.07
Impressão e acabamento
Uma publicação
GUIA DO PROFESSOR
ANTÔNIO MÁXIMO
Professor adjunto do Departamento de Física da Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG).
BEATRIZ ALVARENGA
Professora emérita do Departamento de Física da Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG).
Ambos são autores do Física (dois volumes), editado em língua
espanhola pela Oxford University Press, dos Física e Física – De olho
no mundo do trabalho (volumes únicos) e do Curso de Física (três
volumes), estes últimos editados pela Scipione.
CARLA GUIMARÃES
Professora de Física do Departamento de Engenharia Elétrica da FRENTE A
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
FÍSICA
MÓDULO
Dinâmica: as leis de Newton (16 aulas)
AULAS 1 e 2 Páginas: 4 a 11
Terceira lei de Newton
Força. A primeira lei de Newton Objetivo
Enunciar o princípio de ação e reação apresentando exemplos des-
Objetivos sas forças no dia a dia.
Conceituar força e enunciar a primeira lei de Newton.
Estratégias
Estratégias No estudo da terceira lei de Newton há, geralmente, grande dificul-
Discuta o conceito de força, considerando-a uma noção intuitiva dade na identificação das forças que constituem o par ação e reação.
a partir de exemplos de força da vivência dos alunos. Pode-se utilizar Para superar essa dificuldade, analise atentamente com os alunos
o vídeo “Forças no nosso cotidiano” disponível no portal. A apre- cada um dos exemplos apresentados no texto (figuras 18 a 24).
2 GUIA DO PROFESSOR
Tarefa para casa
2. SEGUNDA LEI DE NEWTON
Solicite aos alunos que façam em casa as atividades 7 a 9 do
“Para praticar” (página 27) e as atividades 7 a 9 do “Para aprimorar” Objeto do conhecimento
(página 30). O movimento, o equilíbrio e a descoberta de leis físicas.
Se achar oportuno, no início da próxima aula corrija as questões
juntamente com a classe. Objeto específico
Relação histórica entre força e movimento. Conceito de inércia.
Noção de sistemas de referência inerciais. Leis de Newton. Centro
AULAS 7 e 8 de massa. Condições de equilíbrio estático de ponto material.
Páginas: 20 a 25
Força de atrito, força-peso, força normal de contato e tração.
Força de atrito Diagramas de força.
ANOTAÇÕES Veja as sugestões de leitura para essa aula no fim deste guia.
4 GUIA DO PROFESSOR
RESPOSTAS
2. d. 6. a. 28. d.
3. 60 N. 7. 01 1 02 1 04 1 16 5 23 29. a.
4. d. 8. a. 30. a.
6 GUIA DO PROFESSOR
ANOTAÇÕES
FRENTE A
FÍSICA
8 GUIA DO PROFESSOR
PROFESSOR