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Departamento de Mecânica
2ª Edição
Índice
MECÂNICA 2 i
DEM-ISEP
Cinética Planar de Corpos Rígidos
1.1. Introdução
A cinética de corpos rígidos trata das relações entre as solicitações (forças e momentos)
que actuam num corpo e o correspondente movimento (translação e rotação) desse corpo. As
relações cinemáticas para o movimento plano de corpos rígidos foram anteriormente
desenvolvidas, sendo agora necessárias neste estudo do movimento planar de corpos rígidos.
Este estudo é aplicado a movimentos planares de corpos rígidos que, tal como as
solicitações aplicadas, são considerados simétricos relativamente a um plano de referência fixo.
Este plano de referência contém o centro de massa e todas as forças e momentos que actuam no
corpo podem ser projectados para esse plano de referência. Um corpo que tenha dimensões
apreciáveis na direcção normal ao plano de referência pode ser tratado como possuindo
movimento plano. Estas idealizações incluem claramente um vasto número de movimentos de
corpo rígido.
Uma vez que um corpo rígido tem uma forma e tamanho definidos, um sistema de forças
aplicadas ao corpo poderá não ser concorrente, provocando momentos que irão resultar numa
aceleração angular do corpo. Será mostrado que o movimento de rotação é descrito por uma
equação do tipo M G I G . , referindo-se o símbolo I G a uma quantidade designada por
momento de inércia. Por comparação, pode afirmar-se que o momento de inércia é uma medida
da resistência do corpo à aceleração angular, da mesma forma que a massa é uma medida da
resistência do corpo à aceleração, F m.a .
I r 2 .dm (1.1)
m
MECÂNICA 2 1
DEM-ISEP
Cinética Planar de Corpos Rígidos
Figura 1.1
elemento de massa elementar dm do corpo pode ser expresso em termos do seu volume e massa
volúmica
dm dV (1.2)
Substituindo dm em (1.1), o momento de inércia do corpo pode ser calculado por
integração usando elementos de volume,
I r 2 .dV (1.3)
V
No caso de C te , este termo pode ser colocado fora do integral, sendo a integração
função apenas da geometria do corpo,
I r 2 .dV (1.4)
V
Este processo de integração pode ser simplificado se o elemento de volume utilizado tiver
dimensão ou espessura diferencial apenas numa direcção. Elementos de volume do tipo casca
(Figura 1.2 b), ou do tipo disco (Figura 1.2 c) são usados com frequência para este fim.
MECÂNICA 2 2
DEM-ISEP
Cinética Planar de Corpos Rígidos
Figura 1.2 a) b) c)
Desde que o momento de inércia do corpo calculado relativamente a um eixo que passa
no seu centro de massa seja conhecido, então o momento de inércia relativamente a
relativamente a qualquer outro eixo paralelo pode ser determinado, usando o teorema de Steiner
(ou dos eixos paralelos).
Este teorema pode ser deduzido considerando o corpo representado na Figura 1.3.
Figura 1.3
O eixo z ' passa através do centro de massa, enquanto o eixo paralelo z se encontra
afastado a uma distância d . Escolhendo o elemento diferencial de massa dm , localizado no
ponto x ', y ' , e usando o teorema de Pitágoras,
r 2 d x ' y '2
2
(1.5)
MECÂNICA 2 3
DEM-ISEP
Cinética Planar de Corpos Rígidos
Como r '2 x '2 y '2 , o 1º integral representa I G . O 2º integral é nulo, uma vez que o
eixo z ' passa no centro de massa do corpo, i. e., x ' dm x ' dm 0 , uma vez que
m m
x'0.
I IG m d 2 (1.7)
Sendo
m : massa do corpo
Raio de Giração
I
I m k 2 ou k (1.8)
m
Assim, k é uma medida da distribuição da massa de um corpo em torno do eixo em
questão e a sua definição é análoga à definição de raio de giração para o momento de inércia de
área. Se toda a massa m pudesse ser concentrada a uma distância k do eixo, o momento de
inércia permaneceria inalterado.
MECÂNICA 2 4
DEM-ISEP
Cinética Planar de Corpos Rígidos
Corpos Compostos
Tal como no caso dos momentos de inércia de área, o momento de inércia de massa de
um corpo composto é a soma dos momentos de inércia individuais relativos ao mesmo eixo.
Pode-se utilizar o teorema dos eixos paralelos para relacionar o momento de inércia de cada uma
das partes no seu centro de massa, I G , com o do momento de inércia no centro de massa do
corpo.
É muitas vezes conveniente tratar um corpo composto como sendo definido por volumes
positivos e volumes negativos. O momento de inércia de um elemento negativo, como o material
que é removido para formar um furo, deve ser considerado como uma quantidade negativa.
A tabela seguinte apresenta algumas das fórmulas mais úteis para os momentos de inércia
de corpos com as formas mais comuns.
MECÂNICA 2 5
DEM-ISEP
Cinética Planar de Corpos Rígidos
I zz m.r 2
1 1
I xx I yy m.r 2 m.l 2
2 12
1 1
Meio tubo I x1 x1 I y1 y1 m.r 2 m.l 2
2.r 2 3
x
cilíndrico
I zz m.r 2
4
I zz 1 2 m.r 2
1 1
I xx m.r 2 m.l 2
4 12
1 1
Cilindro circular I x1 x1 m.r 2 m.l 2
4 3
1
I zz m.r 2
2
1 1
I xx I yy m.r 2 m.l 2
4 12
1 1
I x1 x1 I y1 y1 m.r 2 m.l 2
4.r 4 3
Semicilindro x
3. 1
I zz m.r 2
2
1 16
I zz 2 m.r 2
2 9
MECÂNICA 2 6
DEM-ISEP
Cinética Planar de Corpos Rígidos
m. a 2 l 2
1
I xx
12
m. b 2 l 2
1
I yy
12
Paralelepípedo
m. a 2 b 2
1
I zz
rectangular 12
1 1
I y1 y1 m.b 2 m.l 2
12 3
I y2 y2 m. b 2 l 2
1
3
Casca esférica 2
I zz m.r 2
3
2
I xx I yy I zz m.r 2
r 3
Casca hemisférica x
2 5
I yy I zz m.r 2
12
Esfera 2
I zz m.r 2
5
2
I xx I yy I zz m.r 2
3.r 5
Hemisfera x
8 83
I yy I zz m.r 2
320
1
I yy m.l 2
Barra delgada 12
uniforme 1
I y1 y1 m.l 2
3
1
Barra quadrante I xx I yy m.r 2
2.r 2
xy
circular
I zz m.r 2
MECÂNICA 2 7
DEM-ISEP
Cinética Planar de Corpos Rígidos
1 1
I xx m.a 2 m.l 2
4 12
1 1
I yy m.b 2 m.l 2
Cilindro de secção 4 12
elíptica
I zz m. a 2 b 2
1
4
1 1
I y1 y1 m.b 2 m.l 2
4 3
1 1
I yy m.r 2 m.h 2
4 2
1 1
I y1 y1 m.r 2 m.h 2
2.h 4 6
Casca cónica z
3 1
I zz m.r 2
2
1 1
I yy m.r 2 m.h 2
4 18
1 1
I xx I yy m.r 2 m.h 2
4 2
4.r
x 1 1
I x1 x1 I y1 y1 m.r 2 m.h 2
3 4 6
Meia casca cónica
1
2.h I zz m.r 2
z 2
3
1 16
I zz 2 m.r 2
2 9
3 3
I yy m.r 2 m.h 2
20 5
3 1
I y1 y1 m.r 2 m.h 2
Cone circular 3.h 20 10
z
recto 4 3
I zz m.r 2
10
3 3
I yy m.r 2 m.h 2
20 80
MECÂNICA 2 8
DEM-ISEP
Cinética Planar de Corpos Rígidos
3 3
I zz I yy m.r 2 m.h 2
20 5
r
x I x1 x1 I y1 y1
3 1
m.r 2 m.h 2
20 10
Semi-cone
3
3.h I zz m.r 2
z 10
4
3 1
I zz 2 m.r 2
10
I xx m. b 2 c 2
1
10
m. a 2 c 2
1
x
a I yy
10
4
m. a 2 b 2
1
I zz
Tetraedro b 10
y
rectangular 4
m. b 2 c 2
3
I xx
80
c
z
m. a 2 c 2
3
4 I yy
80
m. a 2 b 2
3
I zz
80
1 5
I xx I yy m.r 2 m.a 2
Meio anel a 4R
2 2
2 8
x
cilíndrico 2 R
3
I zz m.r 2 m.a 2
4
MECÂNICA 2 9
DEM-ISEP
Cinética Planar de Corpos Rígidos
A análise que segue é limitada a movimentos planares de corpos rígidos que, tal como as
solicitações aplicadas, são considerados simétricos relativamente a um plano de referência fixo.
Neste caso a trajectória de cada partícula é uma curva plana paralela ao plano de referência. Uma
vez que o movimento do corpo pode ser visto sob o plano de referência, todas as forças e
momentos que actuam no corpo podem ser projectados para o plano de referência.
Um exemplo do movimento dum corpo pode ser visto na Figura 1.4, em que o sistema
inercial de referência x, y, z tem a sua origem coincidente com o ponto arbitrário P do corpo.
Por definição de sistema inercial, estes eixos não rodam e, ou estão fixos, ou transladam com
velocidade constante.
Figura 1.4
As forças representadas na Figura 1.4 são forças externas, que representam o efeito de
forças gravitacionais, eléctricas, magnéticas ou de contacto com corpos adjacentes. Uma vez que
este sistema de forças foi já anteriormente estudado na análise de um sistema de partículas, a
equação que daí resultou pode ser aqui usada:
F m.a G
(1.9)
MECÂNICA 2 10
DEM-ISEP
Cinética Planar de Corpos Rígidos
F x m aG x
(1.10)
F Y m aG Y
Figura 1.5 a) b)
Se a partícula tiver massa mi e no instante considerado tiver aceleração ai , então o
diagrama cinético fica como na Figura 1.5 b). Se somarmos os momentos relativamente ao ponto
P provocados pelas forças que actuam na partícula
r Fi r f i r mi ai (1.11)
MECÂNICA 2 11
DEM-ISEP
Cinética Planar de Corpos Rígidos
ou
M P
i
r mi ai (1.12)
Figura 1.6
em que o ultimo termo, r r , é nulo. Exprimindo os vectores nas suas componentes cartesianas
e desenvolvendo, obtém-se
M kˆ m xiˆ yjˆ a
P
i
i
P x
iˆ aP y ˆj xiˆ yjˆ kˆ xiˆ yjˆ
(1.14)
M kˆ m y a
P
i
i P x x aP y x 2 y 2 kˆ
(1.15)
M P
i
mi y aP x x aP y x 2 y 2
(1.16)
MECÂNICA 2 12
DEM-ISEP
Cinética Planar de Corpos Rígidos
M P y dm aP x x dm aP y r 2 dm (1.17)
m m m
M P representa apenas o momento provocado pelas forças externas que actuam no
corpo, relativamente ao ponto P . O momento resultante provocado pelas forças internas é nulo,
uma vez que em todo o corpo estas forças actuam aos pares (módulo igual mas de sentido
contrário), acabando por os momentos respectivos se anularem.
r
2
integral, dm , representa o momento de inércia calculado relativamente ao eixo z , i.e.,
m
I P r 2 dm . Assim
m
M P ym aP x xm aP y I P (1.18)
É possível reduzir esta equação a uma forma mais simples se o ponto P for coincidente
com o centro de massa G do corpo. Se for este o caso, então y x 0 e portanto
M G I G (1.19)
A equação (1.19) pode também ser reescrita em termos das componentes x e y de aG e
do momento de inércia I G . Se o ponto G está localizado no ponto x , y , Figura 1.6, então pelo
M P ym aP x y xm aP y x I G
(1.20)
A partir do diagrama cinético da Figura 1.6, aP pode ser expresso em função de aG
como
aG aP r 2 r (1.21)
MECÂNICA 2 13
DEM-ISEP
Cinética Planar de Corpos Rígidos
aG x iˆ aG y
ˆj aP iˆ aP ˆj kˆ xiˆ yjˆ 2 xiˆ yjˆ
x y (1.22)
aG x aP x y x 2
(1.23)
aG y aP y x y 2
Figura 1.7 a) b)
De uma forma geral, pode-se então afirmar que
M P
MK P
(1.25)
MECÂNICA 2 14
DEM-ISEP
Cinética Planar de Corpos Rígidos
F x m aG x
F Y m aG Y (1.26)
M G I G . ou M P M K P
Para aplicação destas equações, deve-se sempre desenhar os diagramas de corpo livre e
diagrama cinético, para o instante considerado.
Diagrama de corpo
livre
Representar graficamente os termos envolvendo F , F
x y e M G
Figura 1.8
Os dois diagramas são igualados, Figura 1.8, já que as forças e momentos no diagrama de
corpo livre causam o movimento acelerado indicado pelos 3 vectores mostrados no diagrama
cinético.
MECÂNICA 2 15
DEM-ISEP
Cinética Planar de Corpos Rígidos
Notas:
-Para outros pontos, devem-se considerar também os momentos “cinéticos” provocados pelas
componentes de m aG em relação a esse ponto e por I G . .
- m aG x e m aG Y são tratados da mesma maneira que uma força, i.e., podem ser actuar em
M A I G . m aG x .b m aG Y .c (1.27)
MECÂNICA 2 16
DEM-ISEP
Cinética Planar de Corpos Rígidos
Translação rectilínea
F
x m aG x
F
Y m aG Y (1.28)
M G 0 ou M P M K P
Translação curvilínea
Para análise é por vezes conveniente usar um sistema de eixos inercial cuja origem esteja
coincidente com o centro de massa do corpo e eixos orientados segundo as direcções normal e
tangencial, Figura 1.9.
Figura 1.9
MECÂNICA 2 17
DEM-ISEP
Cinética Planar de Corpos Rígidos
F n m aG n
F ma
t G t (1.29)
M G 0 ou M B M K B
com
M B e m aG t h m aG n (1.30)
Considere-se um corpo rígido que se desloca no plano vertical, em torno de um eixo fixo
que passa no ponto O , Figura 1.10, sujeito à acção de forças e momentos.
Figura 1.10
MECÂNICA 2 18
DEM-ISEP
Cinética Planar de Corpos Rígidos
Figura 1.11
F n m aG n m 2 rG
F m a
t G t m rG
(1.31)
M G IG ou M O M K O
com
M O rG m aG t I G (1.32)
M O I G m rG 2 (1.33)
M O IO (1.34)
Assim, as equações do movimento para o caso de rotação em torno de um eixo fixo que
passe no ponto O podem-se também escrever da seguinte forma:
MECÂNICA 2 19
DEM-ISEP
Cinética Planar de Corpos Rígidos
F n m aG n m 2 rG
F ma
t G t m rG (1.35)
M O IO
Figura 1.12
Figura 1.13
MECÂNICA 2 20
DEM-ISEP
Cinética Planar de Corpos Rígidos
F x m aG x
F Y m aG Y (1.36)
M G I G . ou M P M K P
MECÂNICA 2 21
DEM-ISEP
Cinética Planar de Corpos Rígidos
1.7. Exemplo
Figura 1.14
Resolução
Representar o diagrama de corpo livre e diagrama cinético para cada um dos corpos.
Fa
NB
Ax
Ay
Ox
Oy
Figura 1.15
MECÂNICA 2 22
DEM-ISEP
Cinética Planar de Corpos Rígidos
Para o freio:
M A M K A
M G I G .
0.2 Fa I G . (1.38)
sendo
1 2 1
IG mr 12 0.2 0.240 kg.m 2
2
(1.39)
2 2
Fa uk N B 0.4 N B
Fa Fa
NB
uk 0.4 (1.40)
Fa
0.5 0.4 Fa P 0
0.4
P P
Fa (1.41)
0.5
0.4 0.85
0.4
Substituindo
(1.41) em (1.38), obtém-se
0.2 Fa 0.2 P
0.9804 P (1.42)
IG . 0.85I G
MECÂNICA 2 23
DEM-ISEP
Cinética Planar de Corpos Rígidos
2 t
0 20 dt dt
0 2
2 t
0 20 0.9804 P dt 0.9804 P dt
0 2
(1.44)
2 t
0 20 0.9804 2.5t dt 0.9804 5 dt
0 2
t 5.08 s
MECÂNICA 2 24
DEM-ISEP
Cinética Planar de Corpos Rígidos
Considere-se o corpo rígido mostrado na Figura 2.1, que se desloca num plano de
referência x y .
Figura 2.1
Uma partícula arbitrária de ordem i deste corpo, de massa dm , está localizada a uma
distância r do ponto arbitrário P . Se para o instante representado a partícula tiver velocidade
vi , então a energia cinética é dada por
1
Ti dm vi2 (2.1)
2
1
2 m
T dm vi2 (2.2)
MECÂNICA 2 25
DEM-ISEP
Cinética Planar de Corpos Rígidos
vP x iˆ vP y ˆj kˆ xiˆ yjˆ (2.3)
vP x y iˆ vP y x ˆj
Então
vi vi vi2 vP x y vP y x
2 2
vP x 2 vP x y 2 y 2 vP y 2 vP y x 2 x 2 (2.4)
2 2
vP2 2 vP x y 2 vP y x 2 r 2
1 1
T dm vP2 vP x y dm vP y x dm 2 r 2 dm (2.5)
2m m m 2 m
Mas
dm m
m
y dm y m : localização da coordenada
m
y do centro de massa G relativamente a P
r dm I
2
P : Momento de inércia relativamente a um eixo z que passa em P
m
1 1
T m vP2 vP x y m vP y x m I P 2 (2.6)
2 2
MECÂNICA 2 26
DEM-ISEP
Cinética Planar de Corpos Rígidos
1 1
T m vG2 I G 2 (2.7)
2 2
Translação
1
T m vG2 (2.8)
2
Quando um corpo rígido roda em torno de um eixo rígido que passa num ponto O ,
Figura 2.2, o corpo tem energia cinética devida tanto à translação como à rotação:
1 1
T m vG2 I G 2 (2.9)
2 2
Figura 2.2
O calculo da energia cinética pode também ser feito notando que vG rG , pelo que
T
1
2
I G m rG2 2 . Pelo teorema dos eixos paralelos, I O I G m rG2 , pelo que
1
T 2 IO (2.10)
2
MECÂNICA 2 27
DEM-ISEP
Cinética Planar de Corpos Rígidos
Quando um corpo rígido está sujeito a um movimento plano geral, Figura 2.3, o corpo
tem velocidade angular e o seu centro de massa tem velocidade vG . Neste caso, a energia
cinética é definida por:
1 1
T m vG2 I G 2 (2.11)
2 2
Figura 2.3
Figura 2.4
Se uma força F actua num corpo rígido, o trabalho realizado à medida que se desloca ao
longo do caminho s , Figura 2.4, é definido por
Para um sistema de forças externas a actuar num corpo rígido, o trabalho total realizado é
simplesmente a soma algébrica do trabalho de cada força.
MECÂNICA 2 28
DEM-ISEP
Cinética Planar de Corpos Rígidos
Se uma força externa Fc actua num corpo rígido de forma constante em módulo e
direcção, enquanto o corpo descreve um movimento de translação, Figura 2.5, a expressão (2.12)
pode ser integrada de forma que a expressão do trabalho é dada por
U FC Fc .cos s2 s1 (2.13)
Trabalho de um peso
Figura 2.6
W: peso do corpo
UW w ( y2 y1 ) (2.14)
MECÂNICA 2 29
DEM-ISEP
Cinética Planar de Corpos Rígidos
Figura 2.7
1 1
U1 2 k .x2 2 k .x12 (2.15)
2 2
MECÂNICA 2 30
DEM-ISEP
Cinética Planar de Corpos Rígidos
-Reacção N
Figura 2.9
MECÂNICA 2 31
DEM-ISEP
Cinética Planar de Corpos Rígidos
Figura 2.10
dU M F ds F ds
r r
F d F d
2 2 (2.16)
F r d
M d
U M M 2 1 (2.18)
MECÂNICA 2 32
DEM-ISEP
Cinética Planar de Corpos Rígidos
T1 U1 2 T2 (2.19)
Quando um sistema de forças que actua num corpo rígido é constituído apenas por forças
conservativas, pode também ser usado o Teorema da Conservação de Energia para resolver
problemas que doutra forma seriam resolvidos por aplicação do Princípio do Trabalho e Energia.
Este teorema é frequentemente mais fácil de aplicar, já que o trabalho de uma força conservativa
é independente da trajectória e depende só da posição inicial e final do corpo.
MECÂNICA 2 33
DEM-ISEP
Cinética Planar de Corpos Rígidos
Figura 2.11
Vg W . yG (2.20)
Figura 2.12
1 2
Ve k .x (2.21)
2
MECÂNICA 2 34
DEM-ISEP
Cinética Planar de Corpos Rígidos
T1 V1 T2 V2 (2.22)
MECÂNICA 2 35
DEM-ISEP
Cinética Planar de Corpos Rígidos
2.8. Exemplo
Figura 2.13
Resolução
Desenhando o diagrama de corpo livre da barra, após o contacto com a mola, constata-se
que as únicas forças que produzem trabalho são o peso da barra (mg) e a força feita pela mola
(Fm). A reacção em A não produz trabalho pois actua num ponto que não tem deslocamento.
mg
Ax
G
Ay Fm
l
Figura 2.14
MECÂNICA 2 36
DEM-ISEP
Cinética Planar de Corpos Rígidos
T1 U1 2 T2 (2.23)
Com
1 1 1
T1 I A12 ml 2 102 30 J (2.24)
2 2 3
ou
2
1 l 11
1
1
2
T1 m vG1 I G12 m 1 ml 2 12
2 2 2 2 2 12 (2.25)
2
1 0.6 1 1 2
5 10 5 0.6 10 30 J
2
2 2 2 12
O trabalho feito pelas forças que actuam na barra (peso e força da mola) é dado por
U 1 2 U1mg
2 U1 2
Fm
l 1 1
mg k x12 k x2 2
2 2 2 (2.26)
1 2
5 9.81 0.3 0 k 0.1
2
14.72 0.005k
A energia cinética final é nula, uma vez que a barra se imobiliza para 0º ,
T2 0 (2.27)
MECÂNICA 2 37
DEM-ISEP
Cinética Planar de Corpos Rígidos
m aGy
mg IG
Ax m aGx
G G
Ay Fm
l
Figura 2.15
Na direcção horizontal:
F x m aG x Ax m aG x (2.29)
Como
l
aG x an 2 0 Ax 0 (2.30)
2
Na direcção vertical:
Fy m aG y Ay mg Fm m aG y
Ay 5 9.81 8940 0.1 5 aG y (2.31)
M A M K P
l l (2.32)
P Fm l I G . m aG y
2 2
sendo
l l2
aG y e IG m (2.33)
2 12
MECÂNICA 2 38
DEM-ISEP
Cinética Planar de Corpos Rígidos
Ay 5 0.3 5 9.81 8940 0.1
(2.34)
0.62
5 . 5 0.3 0.3 5 9.81 0.3 894 0.6 (2.35)
12
obtém-se
869 rad/s2
Ay 459.4 N
MECÂNICA 2 39
DEM-ISEP