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MECÂNICA E GRAVITAÇÃO
GUARULHOS – SP
SUMÁRIO
5 Cinemática vetorial................................................................................................ 30
5.3 Vetores................................................................................................................ 35
6 Forças centrais...................................................................................................... 54
15 REFERÊNCIAS................................................................................................... 104
1 MOVIMENTOS UNIDIMENSIONAIS
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real do corpo naquele intervalo de tempo. Logo, a velocidade instantânea (real) é
definida como:
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que é a equação da linha reta mostrada na Fig. 2.4(b). Se quisermos calcular a
aceleração como função do tempo, devemos tomar a derivada de v(t) que é
obviamente uma constante.
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de onde tiramos que o corpo está na posição x = 1 nos instantes t = 0 (posição inicial)
é t = 4/3 s, que corresponde ao tempo necessário para a partícula voltar à posição
inicial.
A velocidade é dada por v(t) = dx/dt = -6t + 4 (cm/s), que está mostrada na Fig.
2.6. Notamos que: v > 0 para t < 2/3 s, v = 0 para t = 2/3 s e v < 0 para t > 2/3 s. O
gráfico da velocidade do corpo corresponde à uma reta com coeficiente angular
negativo. O tempo t = 2/3 s define o ponto de retorno. A aceleração é dada por:
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1.1 Classificação dos movimentos unidimensionais
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(BAGNATO; ZILIO, 2009).
Vemos que para conhecer v(t) precisamos saber a velocidade inicial. Para achar x(t)
fazemos:
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1.3 Aceleração constante
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Para um determinado h, existem duas soluções para v. A positiva representa o
corpo em ascensão e a negativa o corpo está na descendente. Vemos também que o
ponto de retorno (v = 0) ocorre para uma altura máxima mostrada na
Fig. 2.9. Por outro lado, a dependência temporal é dada por
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2 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS1
não seja nulo em x = x0. Uma vez que x0 pode ser qualquer ponto do intervalo I, é
necessário e suficiente que W (y1, · · ·, yn) não seja nulo em todo ponto do intervalo.
Pode-se mostrar que se y1(x), y2(x), · · ·, yn(x) forem soluções da equação diferencial
(1.5), então W(y1, · · · , yn) ou é nulo para todo x no intervalo I, ou nunca se anula
nesse intervalo.
Teorema 2 Se as funções p1, · · · , pn forem contínuas no intervalo I, e se as funções
forem soluções da equação (1.5) e se
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para pelo menos um ponto de I, então qualquer solução da equação (1.5) pode ser
expressa como combinação linear das soluções
Um conjunto de soluções da equação (1.5) cujo
wronskiano não é nulo é um conjunto fundamental de soluções.
3 EQUAÇÕES NÃO-LINEARES
O tempo total até o impacto será T > 0 é obtido resolvendo y(t) = 0, t > 0, que é dado
por
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O objetivo final é encontrar θ tal que x(T) = d. Ou seja queremos resolver a equação
em função de θ.
Em outras palavras, se definirmos
seja válida.
Apesar de essa equação admitir solução usando-se identidades trigonométricas,
vamos encará-la como uma equação que não admite solução fechada. Nesse caso
precisamos de um método que nos permita resolver equações gerais, além daquelas
que conseguimos resolver manualmente usando manipulações algébricas. Esse é o
objetivo das próximas aulas (SILVA, 2017).
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(SILVA, 2017).
(-2.2,2.2,-5.215660458552187,7.215660458552187)
Note que essa condição é apenas uma condição necessária para a existência de zero.
É claro que uma função pode ter o mesmo sinal nos extremos de um intervalo e
mesmo assim ter zeros dentro dele. Considere o caso acima no intervalo [−2, 1.5].
Já para garantir a unicidade é preciso exigir mais da função f . Uma hipótese razoável
é que ela seja constantemente crescente ou decrescente dentro do intervalo. Para
isso basta exigir que a derivada da função não troque de sinal.
Teorema Seja diferenciável em um intervalo
e a derivada de f tem sinal constante (a, b), então existe um único
Aqui note que temos que considerar os valores da derivada em todo o intervalo e não
apenas nos extremos. Exercício. Estude os zeros da função acima, encontre
intervalos que contém os três zeros apresentados de forma única usando os teoremas
apresentados.
Nesse caso demos sorte, de fato o ponto médio é uma raiz que foi
encontrada.
2. Sinal de f(m) é o mesmo sinal de f(a). Nesse caso podemos concluir, usando o
teorema de Bolsano, que há uma raiz no intervalo [m, b]. Note que esse intervalo é
bem menor que o original, tendo metade do seu comprimento.
3. Sinal de f(m) é o mesmo sinal de f(b). Nesse caso podemos concluir, usando o
teorema de Bolsano, que há uma raiz no intervalo [a, m]. Note que esse intervalo é
bem menor que o original, tendo metade do seu comprimento.
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Uma característica interessante do método da bissecção é que ele pede usa
apenas os valores da função em alguns pontos para decidir o que fazer. Além disso o
seu comportamento é bem previsível. O comprimento do intervalo é dividido por 2 a
cada iteração. Assim podemos prever quantas iterações serão necessárias para
terminar o método como função do comprimento inicial e da precisão, epsilon,
desejada. Isso fica como exercício (SILVA, 2017).
Como foi possível ver acima essa convergência ainda é um pouco lenta.
Vamos estudar as seguir um outro método com comportamento, em geral, bem mais
rápido.
Agora imagine que o ponto já conhecido, xk , está próximo da raiz, de modo que
a aproximação de Taylor apresentada acima é muito boa para prever o
comportamento de f de xk até a raiz. Podemos então pensar em substituir f por essa
aproximação linear, achar a raiz da aproximação e tomá-la como nova estimativa da
raiz original. Ou seja, queremos encontrar xk+1 tal que
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Veja o gráfico abaixo para ter uma ideia do que está ocorrendo. Nela o ponto xk = −1/2
e a aproximação linear da curva azul é a reta verde. O ponto x k+1 é então ponto em
que a aproximação linear cruza o eixo x.
(SILVA, 2017).
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Vamos implementar o método e tentar calcular √ 10 partindo de x0 = 1.
em que ξk está no intervalo que une xk e x∗. Por outro lado podemos deduzir alguns
limitantes interessantes se fizermos hipóteses sobre a distância de xk até x ∗ .
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Concluímos então que nesse caso a sequência converge a x ∗ e todas as
propriedades obtidas continuam valendo. Portando se podemos concluir
que:
1. Toda a sequência se mantem a essa distância máxima de x ∗ .
2. Em toda a sequência a derivada f ′ (xk ) tem módulo maior ou igual a | f ′ (x ∗)|/2,
portando é sempre não nula e o método está bem definido.
3. Por fim, chamando de M teremos
O fato da distância à solução, uma vez que cai abaixo de 1, diminuir elevando
o valor anterior ao quadrado explica o comportamento observado no exemplo, com o
número de casas decimais corretas duplicando a cada iteração.
Um fato importante é que o teorema acima só garante a convergência quando
o ponto inicial x0 estiver perto de uma raiz com derivada não nula. Caso contrário não
há garantias para a convergência, em particular se o ponto inicial estiver longe das
raízes. De fato, a convergência pode falhar (SILVA, 2017).
Colocar um exemplo de divergência baseado em uma função sigmoide.
Existem algumas alternativas para se obter um método que convirja a partir de
qualquer ponto inicial (globalização do método):
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Outro problema que também pode ocorrer é encontrar um ponto de derivada
nula (ou de derivada muito pequena). Esse tipo de situação pode também ser
resolvido com estratégias parecidas com as estratégias descritas acima.
A primeira lei de Newton descreve o que ocorre com os corpos que estão em
equilíbrio. A segunda lei explica o que ocorre quando não há o equilíbrio, e a terceira
lei mostra como é o comportamento das forças quando temos dois corpos interagindo
entre si (BISQUOLO, 2014).
Para o entendimento dessas leis, é necessário conhecer alguns conceitos
físicos muito importantes, como força e equilíbrio.
Observe a sua situação nesse exato momento: provavelmente você está
sentado em uma cadeira lendo esse texto. Nesse momento existem forças agindo
sobre você: elas vêm da cadeira, do chão e de algum outro objeto em que esteja
encostado. Observe que, mesmo com a existência dessas forças, você continua
parado. Isso ocorre porque elas estão se cancelando. Podemos dizer, portanto, que
você se encontra em equilíbrio.
O repouso não é a única situação de equilíbrio possível. Imagine-se de pé em
um ônibus em movimento: se ele acelerar, frear ou fizer uma curva, você pode acabar
se desequilibrando e caindo. Mas existe um caso que, mesmo com o ônibus em
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movimento, não haverá perigo nenhum de você cair. Isso acontecerá caso o ônibus
execute um movimento retilíneo e uniforme (em outras palavras, quando ele se
movimenta em linha reta e com velocidade constante). Nessa situação, podemos dizer
que o ônibus está em equilíbrio (BISQUOLO, 2014).
Os dois casos exemplificados anteriormente ilustram situações de corpos em
equilíbrio. O primeiro mostra o equilíbrio dos corpos em repouso, que é conhecido
como equilíbrio estático. O segundo mostra o equilíbrio dos corpos em movimento,
que é conhecido como equilíbrio dinâmico. Nos dois casos temos algo em comum que
define a situação de equilíbrio, e esse algo em comum é o fato de que todas as forças
que estão atuando estarem se anulando.
O equilíbrio ocorre em toda a situação em que as forças atuantes em
determinado corpo se cancelam.
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forças atuando - só o fato de vivermos na Terra já nos submete à força da gravidade.
Muitas vezes essas forças se anulam, o que resulta em equilíbrio. Em outros casos, a
resultante das forças que atuam sobre um corpo é diferente de zero. Quando isso
ocorre, o resultado dessas forças é definido como força resultante.
A determinação de uma força resultante não é algo simples, já que se trata de
uma grandeza vetorial. Isso quer dizer que uma força é definida por uma intensidade,
uma direção e um sentido. Como a força se trata de uma grandeza vetorial, não
podemos determinar a força resultante utilizando a álgebra com que estamos
acostumados. É preciso conhecer um processo matemático chamado de soma
vetorial (BISQUOLO, 2014).
A seguir, estão ilustrados os casos mais conhecidos para a determinação da
força resultante de duas forças aplicadas em um corpo.
Caso 1 - Forças com mesma direção e sentido
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Caso 4 - Caso Geral - Com base na lei dos Cossenos
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A segunda lei de Newton também nos ensina que força resultante e aceleração
serão vetores sempre com a mesma direção e sentido.
(BISQUOLO, 2014).
A terceira lei de Newton nos mostra como é a troca de forças quando dois
corpos interagem entre si, seja essa interação por contato ou por campo. Segundo a
terceira lei, se um corpo faz uma força em outro, imediatamente ele receberá desse
outro corpo uma força de igual intensidade, igual direção e sentido oposto à força
aplicada, como é mostrado na figura a seguir.
(BISQUOLO, 2014).
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5 CINEMÁTICA VETORIAL
Observe-se que se uma ou duas dessas velocidades forem nulas num instante,
isso não implica que a velocidade v seja nula, pois a terceira velocidade pode ter valor
diferente de zero.
As acelerações instantâneas associadas a esses 3 movimentos são as
derivadas das respetivas velocidades, em ordem ao tempo:
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Já não é preciso dizer que são acelerações tangenciais, porque em cada um
desses três movimentos não pode existir componente perpendicular da aceleração,
por serem movimentos ao longo duma reta. O tempo pode ser eliminado entre as
equações 2.1 e as respetivas equações 2.2, obtendo-se as equações que relacionam
as acelerações com as velocidades e as posições:
No seu livro de 1638, "Diálogos Acerca de Duas Novas Ciências", Galileu Galilei
explicou, pela primeira vez, que o movimento de um projétil no ar pode ser
decomposto na sobreposição de dois movimentos: o movimento da projeção do
projétil num eixo horizontal e o movimento da sua projeção num eixo vertical. A
figura 1.10 é igual à figura 108 no livro de Galileu e representa um objeto que foi
lançado numa plataforma horizontal, abandonando a plataforma no ponto b.
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Galileu também descobriu que, quando a resistência do ar pode ser desprezada, por
exemplo, se o projétil tem forma compacta e a sua trajetória não é muito comprida, o
movimento da projeção horizontal é retilíneo e uniforme. Ou seja, em intervalos de
tempo iguais, os deslocamentos horizontais do objeto etc, todos
com o mesmo comprimento. Na direção vertical, as distâncias que o objeto cai durante
esses intervalos de tempo aumentam quadraticamente; isto é, durante o primeiro
intervalo de tempo a distância descida é durante o segundo intervalo já tem
descido uma distância total que é quatro vezes maior que e durante o
terceiro intervalo a distância total descida é nove vezes maior do que
A componente vertical da velocidade aumenta, mas como os deslocamentos
verticais nos intervalos de tempo iguais, estão na proporção 1,
3, 5 e 7, então a componente vertical da aceleração (aumento da componente vertical
da velocidade) é constante. Galileu também observou que essa aceleração é igual
para todos os objetos, independentemente do seu tamanho ou da sua massa, e é a
aceleração da gravidade, representada pela letra g (HELERBROCK, 2018).
O valor da aceleração da gravidade é ligeiramente diferente em diferentes
locais na superfície da Terra, mas é aproximadamente igual a 9.8 m/s 2. A resistência
do ar produz outra aceleração que contraria o movimento, mas quando essa
resistência for desprezável, admite-se que o valor da aceleração é constante e igual
ag.
Se o eixo dos y for definido na vertical e apontando para cima, então as
componentes da aceleração são ay=−g=−9.8 m/s2 e ax=0 . O movimento da projeção
horizontal é uniforme e o movimento da projeção horizontal é uniformemente
acelerado. Usando as equações dos movimentos uniforme e uniformemente
acelerados estudadas no capítulo anterior, obtêm-se as seguintes equações:
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Onde são as projeções horizontal e vertical da velocidade inicial vi .
Por exemplo, se um projétil for lançado com uma velocidade inicial vi , inclinada um
ângulo θ por cima da horizontal, então
Do ponto de vista da trajetória parabólica do objeto, a aceleração
tangencial at produzida pela gravidade pode ser positiva, negativa ou nula, já que
pode fazer aumentar ou diminuir a velocidade do objeto, e pode ter um valor menor
que g se a trajetória não for vertical, mas existirá também outra aceleração, a
aceleração normal ou centrípeta; a soma das componentes verticais dessas duas
acelerações deverá ser sempre igual a g e a soma das componentes horizontais igual
a zero (HELERBROCK, 2018).
Exemplo 2.1
Atira-se uma pedra desde uma ponte que está 5 m acima de um rio, com velocidade de
15 m/s e dirigida 36.9° para cima da horizontal. Determine a velocidade que terá a pedra
quando entrar na superfície do rio e a altura máxima da sua trajetória, medida desde a
superfície do rio (admita que a resistência do ar pode ser desprezada).
A seguir, integra-se o lado esquerdo da equação, desde a altura inicial y=5 , até à
altura final y=0 e o lado direito integra-se desde a velocidade inicial vy=9 até o seu
valor final, vf , ainda desconhecido
5.3 Vetores
Uma grandeza que tem sempre o mesmo valor, quando é medida por diferentes
observadores em diferentes referenciais, chama-se escalar. Algumas das grandezas
usadas no capítulo anterior são escalares; por exemplo, o deslocamento ∆s e o
intervalo de tempo ∆t.
Alguns exemplos de grandezas físicas que não são escalares são as
componentes da posição, velocidade e aceleração ao longo de um eixo. Alterando a
direção, o sentido ou a origem desse eixo, os valores dessas grandezas também se
alteram.
É útil escrever as equações da física de forma a que sejam iguais em qualquer
referencial e os vetores permitem atingir esse objetivo. Um exemplo típico de vetor é o
vetor deslocamento, que é um segmento de reta orientado entre dois pontos P 1 e
P2 no espaço, em que o primeiro ponto é considerado a origem do segmento e o outro
ponto o fim (HELERBROCK, 2018).
Por exemplo, na figura 2.2 está representado o vector com origem num ponto
P1 e fim num ponto P2; a seta indica qual é o ponto final e por cima da letra usada para
representar o vetor coloca-se também uma seta, para que fique claro que se trata
de um vetor e não de uma variável algébrica comum.
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5.4 Propriedades dos vetores
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Ou seja, a adição de dois vetores consiste em deslocar um deles de forma a fazer
coincidir o seu ponto inicial com o ponto final do primeiro, obtendo-se como resultado
o vetor que vai desde o ponto inicial do primeiro vetor até o ponto final do segundo.
A equação implica que e a figura 2.3 mostra que o
vetor vai desde o ponto final de até o ponto final de quando os pontos
iniciais de coincidem. Como tal, para subtrair dois vetores deslocam-se para
um ponto inicial comum e o resultado da subtração é o vetor que vai desde o ponto
final do segundo vetor, até o ponto final do primeiro vetor (HELERBROCK, 2018).
A adição de vetores é comutativa: deslocar o vetor a continuação do
vetor produz o mesmo resultado do que deslocar o vetor a continuação do
vetor (figura 2.4). A soma dos vetores é a diagonal do paralelogramo em
que dois dos lados são iguais a e os outros dois lados são iguais a . A soma
de vários vetores também verifica a propriedade associativa.
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Considere-se um sistema de coordenadas cartesianas, como na figura 2.6.
Cada ponto P tem 3 coordenadas cartesianas (x, y, z) e está no vértice de um
paralelepípedo com arestas x, y e z, fases paralelas aos três planos xy , xz e yz e o
vértice oposto a P encontra-se na origem O do referencial.
Existem duas formas diferentes de definir os sentidos positivos dos três eixos x, y e z.
A forma habitual consiste em seguir a regra da mão direita: fecha-se o punho direito,
esticam-se os dedos maior, indicador e polegar, de forma a formarem ângulos retos
entre si; o indicador apontará no sentido do eixo dos x, o dedo maior no sentido do
eixo dos y e o polegar no sentido do eixo dos z. Um referencial cartesiano pode ser
definido indicando o ponto O que define a origem e 3 versores perpendiculares,
que definem as direções e sentidos dos 3 eixos (HELERBROCK, 2018).
Qualquer vetor pode ser obtido somando 3 deslocamentos ao longo dos 3 eixos; por
exemplo,
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Ou seja, a soma de dois vetores é outro vetor com componentes iguais à soma das
componentes dos vetores originais. Observe que a direção, o sentido e o módulo de
um vetor são independentes do sistema de eixos usado e da escolha da origem
O; no entanto, as suas componentes (ax, ay , az ) são diferentes em diferentes
sistemas de eixos. Se dois vetores são iguais, as suas componentes, no mesmo
sistema de eixos, também devem ser iguais (HELERBROCK, 2018).
O vetor posição de um ponto P, com coordenadas (x , y , z ), é o vetor que vai
desde a origem O até o ponto P e pode ser obtido somando 3 deslocamentos ao longo
dos 3 eixos (ver figura 2.6):
Cada uma das três componentes, x(t) , y(t) e z(t) , é uma função do tempo. Num
intervalo de tempo ∆t=t2−t1 o deslocamento do ponto (ver figura 2.7) é igual a
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(HELERBROCK, 2018).
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e as suas componentes são as derivadas das componentes da velocidade:
As equações 2.15 e 2.18 são as mesmas 6 equações 2.1 e 2.2, combinadas em duas
equações vetoriais, usando o facto que a igualdade de dois vetores implica a
igualdade das suas componentes (HELERBROCK, 2018).
As restantes 3 equações 2.3 também podem ser combinadas numa equação vetorial:
ondeo ponto "· " representa o produto escalar, que será introduzido no fim
do capítulo. No entanto, para resolver equações diferenciais usando o método de
separação de variáveis usado no capítulo anterior, é mais útil usar as 3
equações 2.3 por separado.
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Resolução. As componentes da velocidade podem ser representadas por uma lista
no Maxima:
As funções diff e integrate aceitam também uma lista com expressões, derivando (ou
integrando) cada um dos elementos da lista. Assim sendo, a aceleração (derivada da
velocidade em ordem ao tempo) é,
usou-se o comando assume para indicar que t é positiva; se não tivesse sido usado,
Maxima teria perguntado o sinal de t , já que o resultado do integral depende desse
sinal (HELERBROCK, 2018).
O vetor posição, a velocidade e a aceleração aos 15 segundos são,
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Para obter os vetores no limite do tempo infinito, usa-se a função limit e o
símbolo inf que representa infinito:
O intervalo de tempo desde 0 até 60 foi indicado usando a notação [t, 0, 60]. O
resultado mostra-se na figura 2.7.
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5.6 Lançamento de projéteis
A única exceção a essa regra é quando não tiver componente horizontal; nesse
caso, são paralelos, não definem nenhum plano e a trajetória é uma reta vertical
(HELERBROCK, 2018).
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Resolução: Usando o sistema de eixos definido no enunciado do problema, o vetor
aceleração é A expressão do vetor velocidade em função
de t instante obtém-se a partir da equação 2.19 e calculando a primitiva
(HELERBROCK, 2018).
Para calcular o instante em que a bala bate no chão, calcula-se o tempo t em que a
componente z da posição é igual a zero,
45
e nesse instante a posição da bala é,
(HELERBROCK, 2018).
Os vetores velocidade dos dois pontos são as derivadas dos seus vetores posição,
em ordem ao tempo
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E a derivada do vetor posição relativa, em ordem ao tempo, é a velocidade de P
relativa a Q:
Como tal, derivando os dois lados da equação 2.21, em ordem ao tempo, obtém se a
relação entre as 3 velocidades:
Isto é, a velocidade do ponto P é igual à sua velocidade relativa a outro ponto Q, mais
a velocidade desse ponto Q. E a velocidade do ponto P, relativa a outro ponto Q, é
igual à velocidade de P menos a velocidade de Q (HELERBROCK, 2018).
A relação entre as velocidades pode ser derivada novamente, em ordem ao tempo,
obtendo-se uma relação semelhante para a aceleração relativa:
Assim, por exemplo, se viajarmos num comboio que se desloca com velocidade
e observarmos um objeto com velocidade dentro do comboio, a velocidade
desse objeto em relação à Terra será igual a Mas como a Terra se
desloca em relação ao Sol, a velocidade do objeto em relação ao Sol seria
em que é a velocidade da Terra relativa ao Sol. Em relação à
Galaxia teríamos de somar também a velocidade do Sol na galaxia e assim
sucessivamente.
O princípio de adição de acelerações relativas é aproveitado para treinar os
candidatos a astronautas. Se o astronauta, a bordo de um avião, tropeça e cai para o
chão, a sua aceleração durante a queda, em relação à Terra, é o vetor
que aponta para o centro da Terra e com valor igual à aceleração da gravidade. Se o
avião também estiver em queda livre, a sua aceleração em relação à Terra será o
mesmo vetor (figura 2.10). A aceleração do astronauta em relação ao avião é igual
à diferença entre essas duas acelerações em relação à Terra, que é zero. Ou seja,
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em relação ao avião, o astronauta não acelera em nenhuma direção, mas flutua no
meio do avião durante os segundos que o piloto conseguir manter o avião em queda
livre.
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O movimento do carrinho pode ser descrito pela variação da distância
horizontal x até o eixo da roldana fixa. O movimento do cilindro é igual ao movimento
da roldana móvel e, como tal, pode ser descrito pela expressão para a distância
vertical y entre os centros das roldanas, em função do tempo (HELERBROCK, 2018).
Mas enquanto o fio permanecer esticado e sem se quebrar, existirá uma
relação entre as velocidades e as acelerações do carrinho e do cilindro. Para encontrar
essa relação, escreve-se a o comprimento do fio, L, em função das distâncias x e y:
em que r1 e r2 são os raios das duas roldanas. O fio toca um quarto do perímetro da
roldana fixa e metade do perímetro da roldana móvel Tendo em
conta que L, d, r1 e r2 são constantes, e derivando a equação anterior em ordem ao
tempo, obtém-se,
O comprimento do fio é,
em que a constante é a soma de metade dos perímetros das roldanas, que não é
importante conhecer, já que vai desaparecer quando a equação for derivada e só
altera as posições num valor constante.
A derivada da equação anterior em ordem ao tempo é,
Neste caso existem vários possíveis movimentos; por exemplo, se o cilindro A estiver
a subir e o cilindro C estiver a descer com a mesma velocidade, o cilindro B
permanecerá estático; ou um dos cilindros poderá estar a descer e os outros dois a
subir. O que sim não é possível é que os 3 cilindros estejam simultaneamente a descer
ou a subir.
A derivada da equação 2.30 conduz à relação entre as acelerações,
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Exemplo 2.4
No sistema da figura, calcule o valor da velocidade com que sobe o cilindro, quando
o anel A for puxado para baixo com velocidade de valor 2 m/s.
isto é, o valor da velocidade com que desce o anel é 8 vezes o da velocidade com que
o cilindro sobe. Assim sendo, o cilindro sobe com velocidade de valor 0.25 m/s
(HELERBROCK, 2018).
O produto escalar entre dois vetores indicado por meio de um ponto entre
os vetores, define-se como o produto entre os módulos dos dois vetores e o
cosseno do ângulo θ entre eles:
A figura 2.13 mostra dois vetores e o ângulo θ entre eles. A projeção do vetor
na direção paralela ao vetor é igual a e a projeção do vetor
na direção paralela ao vetor Assim sendo, o produto escalar
entre os dois vetores é igual ao produto do módulo de um dos vetores pela projeção
do outro vetor na direção do primeiro.
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Este produto denomina-se escalar porque os módulos dos dois vetores e o ângulo
entre as direções são grandezas escalares, que não dependem do referencial usado
para os medir; consequentemente, o produto é também um escalar,
independente do sistema de eixos usado (HELERBROCK, 2018).
Duas retas que se cruzam num ponto definem dois ângulos θ e (18 0◦−θ). No caso de
vetores, não existe ambiguidade na definição do ângulo, porque deslocando os
vetores para um vértice comum, mede-se o ângulo na região por onde passa o vetor
(ver figura 2.14).
O produto escalar entre dois vetores com módulos a e b está sempre no intervalo
[−ab, ab ]. Se o ângulo entre os vetores é agudo, co sθ>0, o produto é positivo. Se o
ângulo é obtuso, co sθ<0 , o produto é negativo e se os vetores são
perpendiculares, co sθ=0 , o produto é nulo (figura 2.14). O valor mínimo do
produto, −ab , obtém-se quando os vetores têm a mesma direção, mas com sentidos
opostos. O valor máximo, ab , obtém-se quando os vetores têm a mesma direção e o
mesmo sentido.
Como o módulo dos versores é igual a 1, o produto entre dois versores é sempre igual
ao cosseno do ângulo entre eles. Assim sendo, o ângulo entre duas direções no
espaço pode ser determinado calculando o arco cosseno do produto escalar entre
dois versores nessas direções
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Usando a propriedade distributiva do produto escalar e o facto de que o produto
escalar entre dois dos versores cartesianos diferentes é zero, por serem
perpendiculares, e o produto de um desses versores consigo próprio é 1, obtém-se
uma expressão útil para calcular o produto escalar em função das componentes
cartesianas,
Conclui-se que o módulo de um vetor com componentes (ax , ay , az) é dado pela
expressão,
6 FORÇAS CENTRAIS
54
isto é, , o momento angular, é um vector constante. Para que o momento da força
seja nulo basta que esta seja também nula ou, caso exista, que seja paralela ao vector
(em direção ao centro da trajetória) (RIBEIRO, 2004)
A uma força cuja direção passe sempre pelo centro da trajetória chamamos força
central. Podemos então enunciar o seguinte princípio:
Um corpo sob ação de uma força central tem momento angular constante
ou conserva-se o momento angular de um corpo sob ação de forças centrais
Este princípio tem uma aplicação muito geral, uma vez que muitas das forças
na Natureza são centrais. Os planetas do nosso sistema solar orbitam em torno do
Sol sob o efeito da atração gravítica, que tem sempre a direção do vector que une os
dois corpos. O centro da trajetória é o Sol, um dos corpos. Cada planeta tem, portanto,
momento angular constante. Aliás, as órbitas de (quase) todos os planetas estão
assentes no mesmo plano. Tal deve-se à conservação do momento angular do
sistema, que começou por ser uma única nuvem de gás girando sobre si própria. Outro
exemplo é o do electrão do átomo de hidrogénio, que gira em torno do núcleo com
momento angular constante.
Se considerarmos agora a área varrida pelo vector enquanto o corpo percorre o
arco d , é igual a metade do paralelogramo formado por e rd
55
e compararmos as duas últimas equações chegamos à conclusão de que a área varrida
por unidade de tempo é constante . A esta conclusão chamamos a Segunda Lei de Kepler
(RIBEIRO, 2004).
7 MOVIMENTO CIRCULAR2
(HELERBROCK, 2021)
57
7.1 Movimento circular uniforme (MCU)
Além disso, chamamos de período (T) o tempo necessário para que o móvel
complete uma volta em torno de seu eixo de rotação. Podemos, assim, reescrever a
equação da velocidade para o MCU da seguinte forma:
58
(HELERBROCK, 2021)
1 radiano é o ângulo cujo arco (ΔS) tem comprimento igual ao raio (R)
da sua circunferência.
Uma volta completa em torno de uma circunferência equivale a 360º
ou 2π radianos.
59
A unidade de frequência no SI é o hertz (Hz), que é equivalente à unidade s-
1 (unidade que mede a quantidade de oscilações ou rotações
completadas a cada segundo). Outra unidade comumente usada para frequência é
o rpm (rotações por minuto). Para convertermos essas unidades basta lembrarmos
que 1 Hz = 60 rpm (HELERBROCK, 2021).
Força centrípeta é toda força central (que aponta para o centro) que age em
direção perpendicular à velocidade de um móvel, mudando, assim, sua direção e seu
sentido sem alterar o módulo de sua velocidade. A força centrípeta pode ser calculada
por meio da expressão abaixo:
60
É importante lembrar que, mesmo que um corpo mova-se
em movimento circular uniforme (MCU), seu movimento será acelerado. Nesse caso,
a aceleração que o corpo sofre é centrípeta e aponta sempre para o centro de sua
trajetória, na direção de seu raio (HELERBROCK, 2021).
61
Nessa figura, podemos ver que o móvel apresenta
uma aceleração centrípeta (perpendicular à velocidade) e
uma aceleração tangencial (paralela à velocidade). Logo, o móvel está acelerando
sua rotação (HELERBROCK, 2021).
Nesse caso, é possível calcularmos a aceleração resultante por meio
do Teorema de Pitágoras, uma vez que
as acelerações centrípeta e tangencial são perpendiculares entre si:
A aceleração angular, por sua vez, pode ser calculada por meio da seguinte
fórmula:
62
O deslocamento angular do móvel é a medida da variação do ângulo θ, em
radianos, para uma dada velocidade angular inicial (ω0) e para uma
determinada aceleração angular (α). O deslocamento angular pode ser calculado por
meio da equação abaixo:
(HELERBROCK, 2021)
→ MCU
Uma roda gigante com 10 m de diâmetro gira a uma frequência de 15 rpm.
Determine:
a) a frequência dessa roda gigante em Hz.
b) o período de oscilação dessa roda gigante.
63
c) sua velocidade angular.
d) a velocidade escalar das extremidades da roda gigante.
e) o espaço percorrido por uma pessoa sentada na extremidade da roda
gigante durante uma volta completa (HELERBROCK, 2021).
Resolução
a) Para determinarmos a frequência dessa roda gigante em Hz, basta
lembrarmos que 1 minuto tem 60 segundos. Com isso, dividimos sua
frequência de 15 rpm por 60 s, resultando 0,25 Hz.
64
e) Podemos calcular o espaço percorrido por um ponto que se encontra na
extremidade da roda gigante durante uma volta completa (HELERBROCK,
2021). Para isso, basta multiplicarmos a velocidade da roda gigante pelo
período:
→ MCUV
Um ponto material move-se em MCUV com velocidade angular inicial de 0,5
rad/s e, então, passa a acelerar a 0,5 rad/s² durante 1,0 s. Sendo o raio de sua
trajetória igual a 5,0 m, determine:
a) a velocidade angular desse ponto material ao final do tempo de 1,0 s.
b) o deslocamento angular sofrido por esse ponto material durante o tempo de
1,0 s.
c) o deslocamento escalar sofrido pelo ponto material.
Resolução
a) A velocidade angular final do móvel pode ser calculada por meio da fórmula
abaixo:
(HELERBROCK, 2021)
8 MOVIMENTO UNIFORME3
v — velocidade média
ΔS — deslocamento
Δt — intervalo de tempo
67
É importante perceber que a escolha de outro referencial implicaria a mudança
das posições iniciais de cada veículo e também a classificação dos seus movimentos.
A figura abaixo mostra o que o referencial escolhido percebe: para ele, o carro laranja
e o carro prata, à esquerda, afastam-se, enquanto o carro prata, à direita, aproxima-
se dele.
68
8.3 Velocidade média
v — velocidade média
ΔS — deslocamento
Δt — intervalo de tempo
69
(HELERBROCK, 2021).
Exemplos:
72 km/h / 3,6 = 20 m/s - 108 km/h /3,6 = 30 m/s
70
Na figura abaixo, temos um gráfico que representa a posição em função do
tempo para um móvel que executa um movimento uniforme e regressivo (ou
retrógrado).
A — área
b — aresta da base
h — altura
Resolução
72
sua posição inicial e velocidade. Em seguida, substituímos esses valores na função
horária da posição:
(HELERBROCK, 2021).
73
9 MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO4
No gráfico, vemos duas retas, uma vermelha e uma azul, que representam o
movimento de dois móveis. Estes partem do repouso (v0 = 0) e passam a acelerar de
forma constante. Um segundo após sua partida, o móvel em azul está com uma
velocidade de 4 m/s, enquanto o móvel vermelho está a 2 m/s. Analisando a inclinação
das retas, é fácil perceber que a aceleração do móvel azul é maior que a do móvel em
vermelho (HELERBROCK, 2021).
É possível perceber, com base na leitura do gráfico, que a velocidade do móvel
em azul aumenta 4 m/s, a cada segundo que se passa, enquanto a velocidade do
móvel B aumenta em apenas 2m/s, para o mesmo intervalo de tempo. Desse modo,
podemos escrever as funções horárias dos movimentos representados pelas retas
azul e vermelha, confira:
SF - posição final
76
S0 - posição inicial
v0 - velocidade inicial
ΔS - deslocamento
(HELERBROCK, 2021).
77
representadas pelas curvas vermelha e azul respectivamente, bem como os seus
valores de posição, velocidade inicial e aceleração são mostrados a seguir:
Exercícios resolvidos
78
1- Um móvel tem a sua função horária de deslocamento dada por S = 5 + t². Assinale
a alternativa que indica a velocidade inicial e a aceleração desse móvel,
respectivamente:
a) 5 m/s e 1 m/s²
b) 0 m/s e 2 m/s²
c) 1 m/s e 5 m/s²
d) 5 m/s e 2 m/s²
e) 3 m/s e 5 m/s²
Gabarito: Letra B
Resolução:
Sabemos que as funções horárias de deslocamento seguem o formato ax² + bx +c =
0, mas também sabemos que o coeficiente b equivale à velocidade inicial do móvel e
que o coeficiente a equivale à metade de sua aceleração. Desse modo, temos
que: v0 = 0 e a = 2 m/s².
10 LANÇAMENTO DE PROJÉTEIS
79
conhecimentos básicos sobre vetores, movimentos uniformes e movimentos
uniformemente variados, porém antes, vale a pena entender um pouco sobre uma
área da mecânica denominada cinemática (RODRIGUES, 2018).
A mecânica é a ciência que estuda os movimentos de diferentes corpos nas
suas maneiras mais diversas. Essa ciência pode ser dividida em várias áreas entre
elas: Dinâmica, cinemática, estática e etc. sendo a cinemática.
A cinemática é a área da física que estuda os movimentos sem levar em
consideração a sua causa. Dentro da cinemática existem alguns tópicos
como movimentos uniformes, movimentos uniformemente variados, movimentos
circulares, lançamento de projéteis e etc.
Dentre os lançamentos de projeteis são divididos geralmente dois tipos:
O lançamento oblíquo e a queda livre.
(RODRIGUES, 2018).
(RODRIGUES, 2018).
81
11 HISTÓRIA DA ASTRONOMIA
12 A ASTRONOMIA PRÉ-HISTÓRICA
82
parte do centro do monumento aponta para o local em que o Sol nasce no dia mais
longo do verão. Nessa estrutura, algumas pedras estão alinhadas com o nascer e o
pôr do Sol no início do verão e do inverno. Os maias, na América Central, também
tinham conhecimentos de calendário e de fenômenos celestes, e os polinésios
aprenderam a navegar por meio de observações celestes (CORRÊA,2015).
83
12.2 A Astronomia Chinesa
O ápice da ciência antiga se deu na Grécia, de 600 a.C. a 400 d.C., a níveis só
ultrapassados no século XVI. Do esforço dos gregos em conhecer a natureza do
cosmos, e com o conhecimento herdado dos povos mais antigos, surgiram os
primeiros conceitos de Esfera Celeste, uma esfera de material cristalino, incrustada
de estrelas, tendo a Terra no centro. Desconhecedores da rotação da Terra, os gregos
imaginaram que a esfera celeste girava em torno de um eixo passando pela Terra.
Observaram que todas as estrelas giram em torno de um ponto fixo no céu e
consideraram esse ponto como uma das extremidades do eixo de rotação da esfera
celeste (CORRÊA,2015).
Aristarco de Samos (310-230 a.C.) foi o primeiro a propor que a Terra se movia
em volta do Sol, antecipando Copérnico em quase 2.000 anos. Entre outras coisas,
desenvolveu um método para determinar as distâncias relativas do Sol e da Lua à
Terra e mediu os tamanhos relativos da Terra, do Sol e da Lua (CORRÊA,2015).
87
Eratóstenes de Cirere (276-194 a.C.), bibliotecário e diretor da Biblioteca
Alexandrina de 240 a.C. a 194 a.C., foi o primeiro a medir a circunferência da Terra.
Ele notou que, na cidade egípcia de Siena (atualmente chamada de Asuan), no
primeiro dia do verão, ao meiodia, a luz solar atingia o fundo de um grande poço, ou
seja, o Sol estava incidindo perpendicularmente à Terra em Siena. Já em Alexandria,
situada ao norte de Siena, isso não ocorria; medindo o tamanho da sombra de um
bastão na vertical, Eratóstenes observou que em Alexandria, no mesmo dia e hora, o
Sol estava aproximadamente sete graus mais ao sul. A distância entre Alexandria e
Siena era conhecida como de 5.000 estádios. Um estádio era uma unidade de
distância usada na Grécia antiga. Como 7 graus corresponde a 1/50 de um círculo
(360 graus), Alexandria deveria estar a 1/50 da circunferência da Terra ao norte de
Siena e a circunferência da Terra deveria ser 50×5.000 estádios. Infelizmente, não é
possível se ter certeza do valor do estádio usado por Eratóstenes, já que os gregos
usavam diferentes tipos de estádios. Se ele utilizou um estádio equivalente a 1/6 km,
o valor está a 1% do valor correto de 40.000 km (CORRÊA,2015).
88
Hiparco de Nicéia (160-125 a.C.), considerado o maior astrônomo da era pré-
cristã, construiu um observatório na ilha de Rodes, onde fez observações durante o
período de 160 a 127 a.C. Como resultado, ele compilou um catálogo com a posição
no céu e a magnitude de 850 estrelas. A magnitude, que especificava o brilho da
estrela, era dividida em seis categorias, de 1 a 6, sendo 1 a mais brilhante, e 6 a mais
fraca visível a olho nu. Hiparco deduziu corretamente a direção dos pólos celestes, e
até mesmo a precessão, que é a variação da direção do eixo de rotação da Terra
devido à influência gravitacional da Lua e do Sol, que leva 26.000 anos para completar
um ciclo.
Para deduzir a precessão, ele comparou as posições de várias estrelas com
aquelas catalogadas por Timocharis e Aristyllus 150 anos antes (cerca de 300 a.C.).
Estes eram membros da Escola Alexandrina do século III a.C. e foram os primeiros a
medir as distâncias das estrelas de pontos fixos no céu (coordenadas eclípticas).
Foram, também, dos primeiros a trabalhar na Biblioteca de Alexandria, que se
chamava Museu, fundada pelo rei do Egito, Ptolémée Sôter Ier, em 305 a.C. Hiparco
também deduziu o valor correto de 8/3 para a razão entre o tamanho da sombra da
Terra e o tamanho da Lua e também que a Lua estava a 59 vezes o raio da Terra de
distância; o valor correto é 60. Ele determinou a duração do ano com uma margem de
erro de 6 minutos (CORRÊA,2015).
90
(CORRÊA,2015).
92
Galileu Galilei (1564-1642). Em maio de 1609 ouviu falar de um instrumento de
olhar à distância que o holandês Hans Lipperhey havia construído, e mesmo sem
nunca ter visto o aparelho, construiu sua primeira luneta em junho, com um aumento
de 3 vezes. Galileu se deu conta da necessidade de fixar a luneta, ou telescópio como
se chamaria mais tarde, para permitir que sua posição fosse registrada com exatidão.
Até dezembro ele construiu vários outros, o mais potente com 30X, e faz uma série
de observações da Lua, descobrindo que esta tem montanhas. De 7 a 15 de janeiro
de 1610 descobre os quatro satélites maiores de Júpiter e sua revolução livre em torno
do planeta. Descobriu também as principais estrelas dos aglomerados das Plêiades e
das Híades e a primeira indicação dos anéis de Saturno e as manchas solares.
Por suas afirmações, Galileu foi julgado e condenado por heresia em 1633.
Sentenciado ao cárcere, Galileu, aos setenta anos, renega suas conclusões de que a
Terra não é o centro do Universo e imóvel. Apenas em 1822 foram retiradas do Índice
de livros proibidos as obras de Copérnico, Kepler e Galileu, e em 1980, o Papa João
Paulo II ordenou um reexame do processo contra Galileu, o que eliminou os últimos
vestígios de resistência, por parte da igreja Católica, à revolução Copernicana. Não
se deve esquecer que foram os grandes observadores e teóricos dessa época, como
Hevelius, Huygens e Halley, que ajudaram a erguer a nova astronomia
(CORRÊA,2015).
93
12.7 A Nova Astronomia
Sir Isaac Newton (1643-1727). Sua obra monumental fixa as bases da mecânica
teórica. Da combinação de suas teorias com sua lei de gravitação, surge a
confirmação das leis de Kepler e, num só golpe, o estabelecimento, em bases
científicas, da mecânica terrestre e celeste. No domínio da óptica, Newton inventou o
telescópio refletor, discutiu o fenômeno da interferência, desenvolvendo as ideias
básicas dos principais ramos da física teórica, nos dois primeiros volumes do Principia,
com suas leis gerais, mas também com aplicações a colisões, o pêndulo, projéteis,
fricção do ar, hidrostática e propagação de ondas. Somente depois, no terceiro
volume, Newton aplicou suas leis ao movimento dos corpos celestes.
13 GRAVITAÇÃO UNIVERSAL
95
A Lei da Gravitação Universal foi descoberta e desenvolvida pelo físico inglês
Isaac Newton e foi capaz de prever os raios das órbitas de diversos astros, bem como
explicar teoricamente a lei empírica descoberta por Johannes Kepler que relaciona o
período orbital ao raio da órbita de dois corpos que se atraem gravitacionalmente.
A Lei da Gravitação Universal é uma lei física que foi descoberta pelo físico
inglês Isaac Newton. Ela é utilizada para calcular o módulo da atração gravitacional
existente entre dois corpos dotados de massa. A força gravitacional é sempre atrativa
e age na direção de uma linha imaginária que liga dois corpos. Além disso, em respeito
à Terceira Lei de Newton, conhecida como Lei da Ação e Reação, a força de atração
é igual para os dois corpos interagentes, independente de suas massas. De acordo
com Isaac Newton:
Legenda:
|F| – módulo da força de atração gravitacional (N – Newton)
G – constante de gravitação universal (6,67408.10-11 N.kg²/m²)
M – massa gravitacional ativa (kg – quilogramas)
m – massa gravitacional passiva (kg – quilogramas)
d² – distância entre as massas ao quadrado (m²)
96
Chamamos de peso a força de atração gravitacional que uma massa exerce
sobre outra. Além disso, são denominadas de massa gravitacional ativa e passiva a
massa que produz um campo gravitacional ao seu redor e a massa que é atraída por
tal campo gravitacional, respectivamente (HELERBROCK, 2019).
A força peso, ou simplesmente o peso de um corpo sujeito a uma gravidade de
módulo g, é dada por:
Legenda:
P – módulo da força peso (N – Newton)
m – massa gravitacional passiva (kg – quilogramas)
g – módulo da gravidade local (m/s² – metro por segundo ao quadrado)
97
13.2 Gravitação Universal e a Terceira Lei de Kepler
Para tanto, basta recordar que a força de atração gravitacional aponta sempre
na direção que liga os dois corpos, tratando-se, portanto, de um tipo de força central,
assim como a força centrípeta, que atua nos corpos em movimento circular. Assim:
Legenda:
99
b) De acordo com a Terceira Lei de Newton, a Lei da Ação e Reação, se a Terra
exerce uma força de ação sobre a Lua, esta deve exercer uma força atrativa sobre a
Terra de mesmo módulo e direção, porém, no sentido oposto, logo, a força que a Lua
faz sobre a Terra também é de 20.1019 N (HELERBROCK, 2019).
c) Se nos lembrarmos da Segunda Lei de Newton, que nos diz que o módulo
da força resultante sobre um corpo é igual ao produto de sua massa pela sua
aceleração, podemos calcular a aceleração adquirida pela Lua e pela Terra
facilmente. Observe:
100
Peso é uma força exclusivamente atrativa que surge entre dois corpos com massa.
14 LEIS DE KEPLER
As Leis de Kepler são três leis, propostas no século XVII, pelo astrônomo e
matemático alemão Johannes Kepler (1571-1630), na obra Astronomia Nova (1609).
Elas descrevem os movimentos dos planetas, seguindo modelos
heliocêntricos, ou seja, o Sol no centro do sistema solar (GOUVEIA, 2018).
A 2ª lei de Kepler assegura que o segmento (raio vetor) que une o sol a um
planeta varre áreas iguais em intervalos de tempo iguais.
Uma consequência deste fato é que a velocidade do planeta ao longo da sua
trajetória orbital é diferente (GOUVEIA, 2018).
101
Sendo maior quando o planeta se encontra mais próximo do seu periélio (menor
distância entre o planeta e o Sol) e menor quando o planeta se encontra próximo do
seu afélio (maior distância do planeta ao Sol).
Onde:
T: corresponde ao tempo de translação do planeta
r: o raio médio da órbita do planeta
K: valor constante, ou seja, apresenta o mesmo valor para todos os corpos que
orbitam ao redor do Sol. A constante K depende do valor da massa do Sol.
Portanto, a razão entre os quadrados dos períodos de translação dos planetas
e os cubos dos respectivos raios médios das órbitas será sempre constante, conforme
apresentado na tabela abaixo
102
14.1 Leis de Kepler e a Gravitação Universal
Sendo,
F: força gravitacional
G: constante de gravitação universal
M: massa do Sol
m: massa do planeta
103
15 REFERÊNCIAS
Bibliografia
104
HELERBROCK, Rafael. "Movimento Circular"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/movimento-circular.htm. Acesso em 05 de janeiro
de 2021.
HELERBROCK, Rafael. "Movimento uniforme"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/movimento-uniforme.htm. Acesso em 05 de
janeiro de 2021.
HELERBROCK, Rafael. "Movimento uniformemente variado"; Brasil Escola. 2018.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/movimento-uniformemente-
variado.htm. Acesso em 05 de janeiro de 2021.
105