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de Energia Elétrica
Equipamentos de Proteção
✓ Relés de proteção;
✓ Pára-raios;
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Esquema Básico SEP
➢ Diagrama Unifilar SEP
Equipamentos das Subestações
São vários os equipamentos existentes numa SE, tais como:
➢ Equipamentos de Interrupção: disjuntores, religadores
automáticos, chaves seccionadoras.
➢ Equipamentos de transformação: transformadores de potência,
transformadores de instrumentos (TP – transformador de potencial e
TC transformador de corrente), e transformadores de serviços.
➢ Equipamentos de proteção: fusíveis, Chave-fusível, relés (primário,
retaguarda e auxiliar), pára-raios, sistema de aterramento e
resistores de aterramento.
➢ Equipamentos de compensação: compensadores síncronos,
compensadores estáticos, reatores e capacitores.
➢ Barramentos: diversos tipos e configurações
➢ Linhas e alimentadores : diversos tipos e configurações
Equipamentos de Proteção
➢ Garantia e eficiência no desempenho das funções são condições básicas para os
equipamentos de proteção;
➢ A elaboração de um sistema de proteção elétrica adequado, envolve várias
etapas críticas e fundamentais, para o perfeito e correto funcionamento dos seus
equipamentos:
✓ Estabelecimento de uma estratégia de proteção correta, observando a
questão da seletividade entre os dispositivos;
✓ Seleção dos respectivos dispositivos de atuação;
✓ Determinação dos parâmetros e valores adequados para a correta
programação e calibração dos dispositivos, como por exemplo, dos relés de
proteção;
Fusível de Proteção
➢ Fusível: Dispositivo de proteção que, pela fusão de uma parte
dimensionada para tal, interrompe a corrente elétrica quando esta
excede um certo valor estabelecido, durante um tempo determinado;
➢ Dentre todos os dispositivos de proteção, o fusível é o mais simples,
construtivamente, mas apesar disso, é importante observar que são
elementos mais fracos (de seção reduzidas) e sensíveis; e por isso
devem ser propositadamente intercalados no circuito, para
interrompê-los sob condições anormais;
➢ Segundo as Normas DIN 57636 e VDE 0636, os fusíveis são
dispositivos cuja função principal é a proteção dos equipamentos e
condutores contra curto-circuito, atuando também como limitadores
de correntes de curto-circuito;
Fusíveis de Baixa Tensão
➢ Classificação dos Fusíveis:
✓ Segundo a tensão de alimentação: baixa tensão ou alta
tensão (conhecidos como chave-fusível);
✓ Segundo as características de desligamento: efeito
rápido ou efeito retardado;
➢ Tipos de Fusíveis de baixa tensão:
✓ Tipo cartucho
✓ Tipo Diazed (D)
✓ Tipo NH
Fusíveis de Baixa Tensão
➢ Fusíveis Cartucho – possui elo de fusão envolto por um corpo
isolante em forma cilíndrica e os contatos em forma de virola.
Formato geral similar a um cartucho;
Fusíveis de Baixa Tensão
➢ Fusíveis Diazed (D) - são usados preferencialmente na proteção
dos condutores de redes elétricas e circuitos de comando; podem
ser do tipo rápido ou retardado;
➢ Construídos para correntes nominais máximas de 200A, capacidade
de ruptura de 70kA com tensão de 500V.
Fusível Diazed
Fusíveis de Baixa Tensão
Fusíveis NH - os fusíveis limitadores de corrente NH reúnem as
características de fusíveis retardado para corrente de sobrecarga e de
fusível rápido para correntes de curto-circuito: N=baixa tensão H= alta
capacidade de interrupção;
➢ Construídos para correntes nominais entre 6 e 1250A, capacidade
de ruptura superior a 70kA com tensão de 500V;
Fusível NH
Fusíveis NH - os fusíveis limitadores de corrente NH reúnem as
características de fusíveis retardado para corrente de sobrecarga e de
fusível rápido para correntes de curto-circuito: N=baixa tensão H= alta
capacidade de interrupção;
➢ Construídos para correntes nominais entre 6 e 1000A, capacidade
de ruptura superior a 70kA com tensão de 500V.
Fusíveis de Baixa Tensão
Valores de Correntes Padronizadas de Fusíveis Diazed e NH:
➢ Tipo D – 2, 4, 6, 10, 16, 10, 25, 35, 50 e 63;
➢ Tipo NH – 6, 10, 16, 20, 25, 35, 50, 63, 80, 100, 125, 160, 200, 224,
250, 315, 355, 400, 500, 630, 800, 1000 e 1250;
➢ Como uma orientação prática, costuma-se adotar o uso dos fusíveis
tipo D para correntes nominais até 63A;
➢ Acima de 63A acaba sendo economicamente melhor o uso dos
fusíveis tipo NH.
Fusíveis de Alta Tensão
Chave Fusível - A chave fusível ou chave indicadora fusível executa
tanto a função normal de seccionador de circuito sem carga quanto a
proteção contra curto-circuito ou sobrecorrente pela queima do seu elo
fusível interno;
➢ Esta chave é acionada por meio de bastão de manobra e pode ser
instalada com fusíveis de diversos valores de corrente elétrica
dependendo da necessidade do local onde ela é utilizada;
➢ As chaves fusíveis não devem ser operadas em carga devido à
inexistência de sistema de extinção de arco elétrico. A sua operação
somente em tensão é tolerável, o que é feito normalmente pelas
distribuidoras. No entanto, com a utilização de uma ferramenta
chamada load buster, pode-se operar a chave fusível com o circuito
a plena carga, respeitando-se os limites da ferramenta mencionada.
Chave Fusível
Chave Fusível
Relé de Proteção
Relé de Proteção – Dispositivos que protegem equipamentos, linhas,
barramentos e condutores, presentes nos sistemas elétricos; em geral
trabalham em conjunto com os dispositivos de interrupção;
Classificação dos relés quanto ao desempenho:
✓ Sensibilidade: devem ser sensíveis ao máximo dentro dos
limites de sua faixa de ajuste para a operação, caso contrário,
poderão ocorrer atuações em tempos inadequados;
✓ Velocidade: devem ser bastante rápidos em termos de atuação,
para responder às grandezas elétricas para as quais foram
ajustadas, garantindo assim uma duração mínima do defeito;
✓ Confiabilidade: os relés devem ser extremamente confiáveis,
atuando na ocorrência de quaisquer perturbações para os quais
foram dimensionados e ajustados;
Relé de Proteção
Relé de Proteção
➢ Diversos aspectos são possíveis de se considerar, para classificar os
relés de proteção, por exemplo: grandezas elétricas envolvidas,
temporização, forma de acionamento, forma construtiva;
➢ Classificação dos relés quanto às grandezas elétricas:
comumente os relés são sensibilizados pelas grandezas de
frequência, tensão e corrente no qual está submetido.
✓ Relés de Tensão: utilizam a própria do sistema e comparam seu
valor com aquele anteriormente ajustado para operação; podem
ser de sobretensão e de subetensão;
✓ Relés de Corrente: são os mais empregados em qualquer
sistema elétrico, sendo de uso obrigatório devido à grande
variação dos valores de corrente, saindo do estado em vazio,
passando pela carga normal, sobrecarga e curto-circuito franco.
Relé de Proteção
✓ Relés de Frequência: utiliza a frequência da rede e compara seu
valor com o ajustado para operação; havendo diferença de
valores, aciona o mecanismo de desligamento do disjuntor;
✓ Relés Direcionais de Frequência e Corrente: acionamento a
partir do fluxo de potência ou corrente que circula em seus
enrolamentos; necessita de dois bornes (tensão e corrente); para
obter o fluxo de demanda de potência a cada instante; mais
utilizado em instalações de grande porte alimentadas por duas ou
mais fontes de energia; o mesmo identifica fluxo reverso de
corrente ou potência no ponto da instalação;
✓ Relés de impedância: apenas compara a relação entre tensão e
corrente, conferindo e verificando este valor; caso esteja fora dos
limites aceitos, comando a atuação do disjuntor (desligamento);
Relé de Proteção
➢ Classificação dos relés quanto à temporização: embora se
espere na atuação de um relé a maior velocidade possível, devido à
questões de seletividade entre os diversos dispositivos de proteção,
é comum e desejável uma certa temporização, antes que se ordene
pela abertura de um disjuntor.
✓ Relés instantâneos: não apresentam retardo intencional algum
no tempo de atuação; quando possui algum retardo, é devido às
suas características construtivas, pois existe uma certa inércia
natural do mecanismo de atuação, temporizando assim, sem
querer a atuação do mesmo; não são aplicados em sistemas
seletivos, onde os valores das correntes de curto-circuito em
variados pontos são praticamente os mesmos;
Relé de Proteção
✓ Relés com retardos dependentes: são os mais utilizados nos
sistemas elétricos em geral; possui uma curva de temporização
normalmente inversa (quanto maior a corrente, menor o tempo de
atuação), tendo seu retardo em função da grandeza que os
sensibiliza; possui uma família de curvas com as mais diversas
declividades em razão das aplicações variadas requeridas na
prática dos projetos de proteção;
✓ Relés com retardos independentes: caracterizam-se por um
tempo de atuação constante, independentemente da magnitude
da grandeza que o sensibiliza; geralmente podem ser ajustados
para diversos tempos de atuação, dependendo apenas das
necessidades do projeto de proteção;
Relé de Proteção
➢ Classificação dos relés quanto à forma de acionamento: possuem
duas formas distintas de atuação.
✓ Relés de ação direta: são bastante utilizados na proteção de
pequenas e até médias instalações industriais; grande vantagem é que
dispensam a necessidade de transformadores redutores, pois ficam
diretamente aos circuitos que protegem, além de não necessitarem de
fonte auxiliar para o disparo do disjuntor;
✓ Relés de ação indireta: comumente chamado relé secundário, possui
ampla aplicação em sistemas de médio e grande porte; custos mais
elevados, pois necessitam de transformadores redutores para sua
alimentação, bem como de uma fonte auxiliar (mais comumente
utilizada CC); justifica-se apenas em instalações com transformador
maior ou igual a 2.000 kVA (13,8kV), ou 5.000 kVA (69kV); utilizados
ainda na proteção de motores com potência superior a 500 CV.
Relé de Proteção Digital
➢ Pertencem a uma família de relés de proteção, das mais comuns e
avançadas, que temos atualmente;
➢ Os princípios de funcionamento dos relés digitais, em geral, são mantidos
iguais ou similares aos seu antecessores (relés eletromecânicos,
estáticos e eletrônicos);
➢ Os relés digitais utilizam técnicas de microprocessamento; conversor
analógico/digital (conversor A/D), está incorporado no próprio relé, pois
as grandezas sensíveis ainda permanecem sendo analógicas;
➢ Porém os relés digitais, além de já fazerem as mesmas funções dos
modelos anteriores, oferecem funções adicionais, e ainda vantagens
como: além de serem mais rápidos, mais sensíveis, acesso remoto,
armazenamento de informações, interfaceamento amigável;
➢ Acumulam funções importantes: proteção, medição, armazenamento,
preditivas.
Relé de Proteção Digital
➢ Vantagens adicionais:
✓ consumo de energia reduzido, diminuindo o tamanho da fonte de suprimento de
energia necessária;
✓ Alta confiabilidade devido à função de auto-supervisão;
✓ Diagnóstico de falha por meio de armazenamento de dados de falha;
✓ Possível comunicação com um sistema supervisório interface serial;
✓ Possibilidade de ajustes remotos (à distância);
✓ Durante os procedimentos de alteração dos valores de ajuste, a proteção é
mantida conforme ajustada inicialmente;
✓ Alta precisão pela tecnologia digital;
✓ Várias faixas de ajustes e interface muito amigável;
✓ Valores medidos e dos dados de falhas, indicados por mostradores alfanuméricos;
✓ Segurança operacional, com possibilidade de usar senhas para os responsáveis
pelo ajuste dos referidos relés.
Relé de Proteção
➢ Classificação dos relés quanto à forma de acionamento: possuem
duas formas distintas de atuação.
✓ Relés de ação direta: são bastante utilizados na proteção de
pequenas e até médias instalações industriais; grande vantagem é que
dispensam a necessidade de transformadores redutores, pois ficam
diretamente aos circuitos que protegem, além de não necessitarem de
fonte auxiliar para o disparo do disjuntor;
✓ Relés de ação indireta: comumente chamado relé secundário, possui
ampla aplicação em sistemas de médio e grande porte; custos mais
elevados, pois necessitam de transformadores redutores para sua
alimentação, bem como de uma fonte auxiliar (mais comumente
utilizada CC); justifica-se apenas em instalações com transformador
maior ou igual a 2.000 kVA (13,8kV), ou 5.000 kVA (69kV); utilizados
ainda na proteção de motores com potência superior a 500 CV.
Pára-Raios
➢ É um equipamento de proteção que tem por finalidade limitar os valores de
surtos de tensão transiente, que de outra forma, poderiam causar sérios danos
aos equipamentos elétricos e/ou às pessoas;
➢ Os para-raios são formados por elementos não lineares (varistor), fabricados a
partir de materiais como óxido de zinco (ZnO) ou carboneto de silício (SiC);
➢ A origem destes surtos de tensão pode ocorrer, pelos motivos:
✓ Sobretensão temporária: caracterizada por uma tensão elevada e de
natureza oscilatória e longo tempo de duração;
✓ Sobretensão de manobra: tem origem em manobras de disjuntores e
seccionadora para eliminação e/ou isolação de defeitos, energização de
transformador e banco de capacitores;
✓ Sobretensão atmosférica: tem origem nas descargas atmosféricas, que
podem ser descarga piloto (descarga baixa amplitude), descarga de retorno e
descargas reflexas ou secundárias (ambas atingem o solo e os equipamentos);
Pára-Raios
➢ Para um dado valor de tensão, o
pára-raios (que antes funcionava
como um isolador) passa a ser
condutor e descarrega parte da
corrente para a terra, reduzindo a
crista da onda a um valor que
depende das características do
referido pára-raios;
➢ A seguir um modelo de Pára-raios
com gap e resistor não linear; na
grande maioria são fabricados em
carboneto de silício;
➢ São mais aplicáveis para proteção
de subestações e em tensões mais
altas, a partir de 138kV;
Pára-Raios
➢ Modelo Pára-raios de Óxido de zinco: muito utilizado na proteção
de equipamentos menores, transformadores de distribuição e em
redes aéreas, podendo ser transmissão ou distribuição;
Pára-Raios
➢ Vantagens dos Pára-raios de óxido de zinco, em
relação ao Pára-raios de carboneto de silício:
✓ Não existe corrente subsequente nos para-raios de óxido de zinco;
✓ Apresentam maior capacidade de absorção de energia;
✓ São dotados de um nível de proteção melhor definido, aumentando a
segurança dos equipamentos, etc;
✓ Mais rápido na atuação, pois não existem centelhadores;
Pára-Raios
➢ Cabos Pára-raios:
situado acima da
linha de transmissão
aérea, tem como
finalidade protege-la
contra descargas
atmosféricas diretas;
Sistema de Aterramento
➢ Para que se possa garantir a segurança das pessoas envolvidas e o
seu funcionamento correto, toda instalação de média tensão deve
uma instalação de aterramento (NBR 14.039 e NR10);
➢ A finalidade desta exigência é a segurança das pessoas, tanto
usuários que utilizam as instalações, bem como as pessoas que
operam e fazem a manutenção dos sistemas;
➢ Além também da proteção e segurança das instalações, dos
equipamentos e sistemas elétricos envolvidos;
➢ Melhor qualidade dos serviços de proteção, bem como o
estabelecimento de um referencial de tensão para as instalações;
➢ Consiste de uma estrutura condutora, que é enterrada de propósito,
para garantir um bom contato elétrico entre estes componentes
elétricos e a terra;
Sistema de Aterramento
➢ Os sistemas de aterramento, podem ser classificados quanto à sua
função no sistema elétrico;
✓ Aterramento funcional – quando se aterra um condutor vivo,
geralmente o neutro, tendo como objetivo o funcionamento correto
da instalação;
✓ Aterramento de proteção – quando se aterra as massas e os
elementos condutores estranhos à instalação, com o objetivo de
proteger a instalação contra choques elétricos por contatos indiretos;
✓ Aterramento para trabalho temporário – quando se aterra um
equipamento ou parte de um circuito da instalação elétrica, para que
a execução de trabalhos temporários, de manutenção e/ou operação
destas instalações, possa ser feita em segurança;
Sistema de Aterramento
➢ As malhas de
aterramento podem
assumir vários
formatos,
dependendo da
complexidade da
instalação;
Resistor de Aterramento
➢ São equipamentos utilizados, geralmente em sistemas de média
tensão, instalados junto ao sistema de aterramento;
➢ Finalidade de limitar a corrente de curto-circuito;
➢ Nos geradores, o neutro geralmente é aterrado através de resistor
de aterramento ou um reator entre o neutro e a terra;
➢ Nos sistemas de subtransmissão acima de 70kV, a maioria dos
transformadores tem seu neutro solidamente aterrados;
➢ Subestações industriais costumam seguir a regra da tabela a seguir:
Resistores de Aterramento
Resistor de Aterramento
Vantagens da utilização do Resistor de Aterramento:
➢ A corrente de curto-circuito entre fase e terra é de valor moderado,
porém suficiente para sensibilizar os relés de proteção de terra;
➢ Segregação automática dos circuitos sujeitos a curto-circuitos para
terra (atuação mais rápida do relé de terra);
➢ Facilidade de localização dos curtos-circuitos fase-terra desde que
sejam usados relés de terra adequados;
➢ Custo de manutenção é praticamente igual ao sistema solidamente
aterrado, porém os danos nos motores ligados ao sistema são
bastante reduzidos;
➢ Controla a valores moderados as sobretensões devido à ressonância
LC e curtos-circuitos intermitentes.
Tabela ANSI de Proteção
Proteção de Bay de Entrada / Barramento
Proteção de distância (21/21N)
Proteção de subtensão (27)
Proteção de potência reversa (32)
Proteção de sobrecorrente (50/51/50N/51N)
Proteção de falha do disjuntor (50BF)
Proteção de sobretensão (59/59N)
Proteção direcional (67/67N)
Proteção diferencial de barra (87B)
Proteção diferencial de linha (87L)
Tabela ANSI de Proteção
Proteção de Transformador