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Instrumentação - Metrologia Instrumentação - Metrologia

Curso:
Engenharia Elétrica

Disciplina:
Instrumentação
Instrumentação - Metrologia 1

Instrumentação Industrial
EMENTA

Metrologia:: sistema de unidades de medida, padrões, erros, análise


Metrologia
estatística,incerteza.
estatística,incerteza.

Sensores discretos de presença: indutivo; capacitivo, fotoelétrico, encoder.

 Transdutores:: pressão, nível, temperatura, densidade, posição.


Transdutores posição.

 Instrumentos: faixa, resolução, sensibilidade, linearidade, histerese,


repetibilidade, resposta em freqüência,
freqüência, calibração.

Instrumentação Industrial

Bibliografia Básica
 Instrumentação industrial
industrial::conceitos,
conceitos, aplicações e análises, FIALHO, Arivelto
Bustamante, 6ª Ed
Ed.. São Paulo Érica 2007
 Instrumentação industrial, BEGA, Egídio Alberto, 2ª Ed
Ed.. Rio de Janeiro,
Interciência 2006

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Instrumentação - Metrologia Instrumentação - Metrologia

Metrologia

Medir

Medir é o procedimento experimental


através do qual o valor momentâneo de
uma grandeza física (mensurando) é
determinado.

Aferir

Aferir significa conferir e comparar medidas


ou pesos com base em uma padronização
oficial. É sinônimo de calibrar ou afinar

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Importância do SI
 Clareza de entendimentos internacionais
(técnica, científica) ...
 Transações comerciais ...
 Garantia de coerência ao longo dos anos
...
 Coerência entre unidades simplificam
equações da física ...

As sete unidades de base


Grandeza unidade símbolo
 Comprimento metro m
 Massa quilograma kg
 Tempo segundo s
 Corrente elétrica ampere A
 Temperatura kelvin K
 Intensidade luminosa candela cd
 Quantidade de matéria mol mol

O metro
 1793: décima milionésima parte
do quadrante do meridiano
terrestre
 1889: padrão de traços em
barra de platina iridiada
depositada no BIPM
 1960: comprimento de onda da
raia alaranjada do criptônio
 1983: definição atual

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O metro (m)
 É o comprimento do trajeto percorrido
pela luz no vácuo, durante um intervalo de
tempo de 1/299 792 458 de segundo
 Observações:
 assume valor exato para a velocidade da luz
no vácuo
 depende da definição do segundo
 incerteza atual de reprodução: 10-12 m

Comparações ...
 Se o mundo fosse ampliado de forma que
10-12 m se tornasse 1 mm:
mm:
 um glóbulo vermelho teria cerca de 7 km de
diâmetro.
 o diâmetro de um fio de cabelo seria da
ordem de 50 km.
km.
 A espessura de uma folha de papel seria algo
entre 100 e 140 km.
km.
 Um fio de barba cresceria 2 m/s.
m/s.

O segundo (s)
 é a duração de 9 192 631 770 períodos da
radiação correspondente à transição entre
os dois níveis hiperfinos do estado
fundamental do átomo de Césio 133.
 Observações:
 Incerteza atual de reprodução: 10-15 s

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Comparações ...
 Se a velocidade com que o tempo passa
pudesse ser desacelerada de tal forma que
10-15 s se tornasse 1 ss::
 um avião a jato levaria pouco mais de 120
anos para percorrer 1 mm.
mm.
 o tempo em que uma lâmpada de flash ficaria
acesa seria da ordem de 30 anos.
anos.
 uma turbina de dentista levaria cerca de 60
anos para completar apenas uma rotação.
 um ser humano levaria cerca de 600 séculos
para piscar o olho.

O quilograma (kg)
 é igual à massa do
protótipo
internacional do
quilograma.
 incerteza atual de
reprodução: 2.10-9 g
 busca--se uma
busca
melhor definição ...

Comparações ...
 Se as massas das coisas que nos cercam
pudesem ser intensificadas de forma que
2.10-9 g se tornasse 1 g
g::
 uma molécula d’água teria 6.10-16 g
 um vírus 5.10-10 g
 uma célula humana 2 mg
 um mosquito 3 kg
 uma moeda de R$ 0,01 teria 4 t
 a quantidade de álcool em um drinque seria
de 12 t

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O ampere (A)
 é a intensidade de uma corrente elétrica
constante que, mantida em dois condutores
paralelos, retilíneos, de comprimento infinito, de
seção circular desprezível, e situados à distância
de 1 metro entre si, no vácuo, produz entre
estes condutores uma força igual a 2 . 10-7
newton por metro de comprimento.
 incerteza atual de reprodução: 9.10-8 A

O kelvin (K)
 O kelvin, unidade de temperatura
termodinâmica, é a fração 1/273,16 da
temperatura termodinâmica do ponto
tríplice da água.

A candela (cd)
 é a intensidade luminosa, numa dada
direção, de uma fonte que emite uma
radiação monocromática de freqüência
540 . 1012 hertz e cuja intensidade
energética nesta direção é de 1/683
watt por esterradiano.
 incerteza atual de reprodução: 10-4 cd

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O mol (mol)
 é a quantidade de matéria de um
sistema contendo tantas entidades
elementares quantos átomos existem
em 0,012 quilograma de carbono 12.
 incerteza atual de reprodução: 2 . 10-9 mol

As unidades suplementares

O radiano (rad)
 É o ângulo central que subtende um arco
de círculo de comprimento igual ao do
respectivo raio.

C
C=R

1 rad
R

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Ângulo Sólido

R
A

Ω = A/R2

O esterradiano (sr)
 É o ângulo sólido que tendo vértice no
centro de uma esfera, subtende na
superfície uma área igual ao quadrado do
raio da esfera.
 São exemplos de ângulo sólido: o vértice de
um cone e o facho de luz de uma lanterna
acesa.)

As unidades derivadas

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Unidades derivadas
Grandeza derivada Unidade derivada Símbolo

área metro quadrado m2


volume metro cúbico m3
velocidade metro por segundo m/s
aceleração metro por segundo ao quadrado m/s2
velocidade angular radiano por segundo rad/s
aceleração angular radiano por segundo ao quadrado rad/s2
massa específica quilogramas por metro cúbico kg/m3
intensidade de campo magnético ampère por metro A/m
densidade de corrente ampère por metro cúbico A/m3
concentração de substância mol por metro cúbico mol/m3
luminância candela por metro quadrado cd/m2

Grandeza derivada Unidade Símbolo Em unidades Em termos das


derivada do SI unidades base
freqüência hertz Hz s-1
força newton N m . kg . s-2
pressão, tensão pascal Pa N/m2 m-1 . kg . s-2
energia, trabalho, quantidade de calor joule J N.m m2 . kg . s-2
potência e fluxo radiante watt W J/s m2 . kg . s-3
carga elétrica, quantidade de eletricidade coulomb C s.A
diferença de potencial elétrico, tensão elétrica, força volt V W/A m2 . kg . s-3 . A-1
eletromotiva C/V
capacitância elétrica farad F V/A m-2 . kg-1 . s4 . A2
resistência elétrica ohm Ω A/V m2 . kg . s-3 . A-2
condutância elétrica siemens S m-2 . kg-1 . s3 . A2
fluxo magnético weber Wb V.S m2 . kg . s-2 . A-1
indução magnética, densidade de fluxo magnético tesla T Wb/m2 kg . s-2 . A-1
indutância henry H Wb/A m2 . kg . s-2 . A-2
fluxo luminoso lumen lm cd/sr cd
iluminamento ou aclaramento lux lx lm/m2 cd . m-2
atividade (de radionuclídeo) becquerel Bq J/kg s-1
dose absorvida, energia específica gray Gy J/kg m2 . s-2
dose equivalente siervet Sv m2 . s-2

Múltiplos e submúltiplos

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Múltiplos e submúltiplos
Fator Nome do Símbolo Fator Nome do Símbolo
prefixo prefixo

1024 yotta Y 10-1 deci d


1021 zetta Z 10-2 centi c
1018 exa E 10-3 mili m
1015 peta P 10-6 micro µ
1012 tera T 10-9 nano n
109 giga G 10-12 pico p
106 mega M 10-15 femto f
103 quilo k 10-18 atto a
102 hecto h 10-21 zepto z
101 deca da 10-24 yocto y

Unidades em uso e unidades


aceitas em áreas específicas

Unidades em uso com o SI


Grandeza Unidade Símbolo Valor nas unidades do SI
tempo minuto min 1 min = 60 s
hora h 1 h = 60 min = 3600 s
dia d 1 d = 24 h
ângulo grau ° °
1 = (π/180)
minuto ' °
1' = (1/60) = (π/10 800) rad
segundo " 1" = (1/60)' = (π/648 000) rad
volume litro l, L 1 L = 1 dm3 = 10-3 m3
massa tonelada t 1 t = 103 kg
pressão bar bar 1 bar = 105 Pa
temperatura grau Celsius ° C ° C = K - 273,16

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Unidades temporariamente em uso


Grandeza Unidade Símbolo Valor nas unidades do SI
comprimento milha náutica 1 milha náutica = 1852 m
velocidade nó 1 nó = 1 milha náutica por hora =
(1852/3600) m/s
massa carat 1 carat = 2 . 10-4 kg = 200 mg
densidade linear tex tex 1 tex = 10-6 kg/m = 1 mg/m
tensão de sistema dioptre 1 dioptre = 1 m-1
óptico
pressão no corpo milímetros de mmHg 1 mm Hg = 133 322 Pa
humano mercúrio
área are a 1 a = 100 m2
área hectare há 1 ha = 104 m2
comprimento ângstrom Å 1 Å = 0,1 nm = 10-10 m
seção transversal barn b 1 b = 10-28 m2

Erro de Medição

Erro de Medição

sistema de
medição mensurando

indicação ≠ valor verdadeiro

erro de
medição

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Tipos de erros

Tipos de erros
 Erro sistemático
sistemático:: é a parcela previsível do
erro. Corresponde ao erro médio.
 Erro aleatório:
aleatório: é a parcela imprevisível do
erro. É o agente que faz com que
medições repetidas levem a distintas
indicações.
 Erro grosseiro: é decorrente de mau uso
ou mau funcionamento do sistema de
medição.

Um exemplo de erros...
 Teste de precisão de tiro de canhões:
 Canhão situado a 500 m de alvo fixo;
 Mirar apenas uma vez;
 Disparar 20 tiros sem nova chance para
refazer a mira;
 Distribuição dos tiros no alvo é usada para
qualificar canhões.
 Quatro concorrentes:

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A B

D C

Ea Ea
Es Es

A B

D C

Ea Ea

Es Es

Precisão & Exatidão


 São parâmetros qualitativos associados ao
desempenho de um sistema.

 Precisão: indica o quanto as medidas


repetidas estão próximas umas das outras.

 Exatidão: indica o quão próximo do valor


real está o valor medido. não apresenta
erros.

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Caracterização e componentes do
erro de medição

Exemplo de erro de medição

(1000,00 ± 0,01) g
E = I - VVC

1 E = 1014 - 1000

1014
E = + 14 g
g

1014
0g
Indica a mais do
que deveria!

Erros em medições repetidas


1020

1014 g
dispersão

1015 g
1017 g
(1000,00 ± 0,01) g 1012 g
1015 g
1 1018 g
1014 g 1010
erro médio

1015 g
1016 g
1014
1015
1017
0g
1013 g
1016 g
1015 g

1000

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Cálculo do erro sistemático

Es = I ∞ − VV

VV I∞
média de infinitas indicações
condições:
valor verdadeiro conhecido exatamente

Estimativa do erro sistemático

Td = I − VVC

VVC I
tendência

Td ± U Td

Erro sistemático, tendência e


correção

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Algumas definições
 Tendência (Td)
 é uma estimativa do Erro Sistemático
 Valor Verdadeiro Convencional (VVC)
 é uma estimativa do valor verdadeiro
 Correção (C)
 é a constante que, ao ser adicionada à
indicação, compensa os erros sistemáticos
 é igual à tendência com sinal trocado

Correção dos erros sistemáticos

Td C = -Td

Indicação corrigida
Nº I C Ic Ea
1 1014 -15 999 -1 C = -Td
2 1015 -15 1000 0
3 1017 -15 1002 2
4 1012 -15 997 -3
5 1015 -15 1000 0 C = 1000 - 1015
6 1018 -15 1003 3
7 1014 -15 999 -1 C = -15 g
8 1015 -15 1000 0
9 1016 -15 1001 1
10 1013 -15 998 -2
11 1016 -15 1001 1
12 1015 -15 1000 0
média 1015 -15 1000 0

995 1000 1005

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Erro aleatório, incerteza padrão e


repetitividade

Erro aleatório e repetitividade

Ea i = I i - I

-5 0 5
O valor do erro aleatório é imprevisível.

A repetitividade define a faixa dentro da qual


espera-se que o erro aleatório esteja contido.

Distribuição de probabilidade
uniforme ou retangular

1.2

probabilidade 1
Probabilidade (1/6)

0.8

0.6

1/6 0.4

0.2

0
0 1 2 3 4 5 6 7
Valores
1 2 3 4 5 6
Lançamento de um dado

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Distribuição de probabilidade
triangular
probabilidade (1/36)

6
4
2

1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0
Média de dois dados

Distribuição de probabilidade
triangular
7

6
Probabilidade (1/36)

3
2

0
0 1 2 3 4 5 6 7
Média de 2 dados

Lançamento de um dado
1.2

1
Probabilidade (1/6)

0.8

0.6

0.4

0.2

0
0 1 2 3 4 5 6 7
Valores

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Média de dois dados


7

6
P rob a b ilid ade (1/36)

0
0 1 2 3 4 5 6 7
Médi a d e 2 d ado s

Média de três dados


30

25
Pr o bab ilid ade (1/2 16)

20

15

10

0
0 1 2 3 4 5 6 7
Médi a d e 3 d ado s

Média de oito dados


160000
Probabilidade (1/1679616)

140000
120000
100000
80000
60000
40000
20000
0
0 1 2 3 4 5 6 7
Média de 8 dados

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Teorema central do limite


 Quanto mais variáveis aleatórias forem
combinadas, tanto mais o comportamento
da combinação se aproximará do
comportamento de uma distribuição
normal (ou gaussiana).

Curva normal

pontos de inflexão
σ = desvio padrão

µ = média

assíntota σ σ assíntota
µ

Efeito do desvio padrão

σ>σ>σ

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Cálculo e estimativa do
desvio padrão
cálculo exato: estimativa:
(da população) (da amostra)
n n

∑ (I i − I )2 ∑ (I
i =1
i − I )2
i =1
σ = lim s=
n →∞ n n −1

Ii i-ésima indicação
I média das "n" indicações
n número de medições repetitivas efetuadas

Incerteza padrão (u)

 medida da intensidade da componente


aleatória do erro de medição.
 corresponde à estimativa do desvio padrão
da distribuição dos erros de medição.
 u=s
 Graus de liberdade (ν
(ν):
 corresponde ao número de medições
repetidas menos um.
 ν=n-1

Área sobre a curva normal

95,45%

2σ 2σ
µ

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Estimativa da repetitividade
(para 95,45 % de probabildiade)

A repetitividade define a faixa dentro da qual,


para uma dada probabilidade, o erro aleatório é
esperado.

Para amostras infinitas: Para amostras finitas:

Re = 2 . σ Re = t . u

Sendo “t” o coeficiente de Student para ν = n - 1


graus de liberdade.

Coeficiente “t” de Student

ν t ν t ν t ν t
1 13.968 10 2.284 19 2.140 80 2.032
2 4.527 11 2.255 20 2.133 90 2.028
3 3.307 12 2.231 25 2.105 100 2.025
4 2.869 13 2.212 30 2.087 150 2.017
5 2.649 14 2.195 35 2.074 200 2.013
6 2.517 15 2.181 40 2.064 1000 2.003
7 2.429 16 2.169 50 2.051 10000 2.000
8 2.366 17 2.158 60 2.043 100000 2.000
9 2.320 18 2.149 70 2.036 ∞ 2.000

Exemplo de estimativa da
repetitividade
1014 g 12
1015 g
1017 g
∑ (I i − 1015) 2
(1000,00 ± 0,01) g 1012 g u= i =1

1015 g 12 − 1
1 1018 g
u = 1,65 g
1014 g
1015 g ν = 12 - 1 = 11
1016 g
1014
g
1014
0g
1013 g t = 2,255
1016 g
1015 g Re = 2,255 . 1,65
média: 1015 g Re = 3,72 g

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Exemplo de estimativa da
repetitividade
-3,72 1015 +3,72

1010 1015 1020

Efeitos da média de medições


repetidas sobre o erro de medição
 Efeito sobre os erros sistemáticos:
 Como o erro sistemático já é o erro médio,
nenhum efeito é observado.

Efeitos da média de medições


repetidas sobre o erro de medição
 Efeitos sobre os erros aleatórios
 A média reduz a intensidade dos erros
aleatórios, a repetitividade e a incerteza
padrão na seguinte proporção:
ReI uI
ReI = uI =
n n
sendo:
n o número de medições utilizadas para calcular a média

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Exemplo
 No problema anterior, a repetitividade da
balança foi calculada:

ReI = 3,72 g
 Se várias séries de 12 medições fossem
efetuadas, as médias obtidas devem
apresentar repetitividade da ordem de:
3,72
Re I12 = = 1,07 g
12

Curva de erros e erro máximo

Curva de erros
Td + Re
Td
erro Td - Re
Emáx
15

1015 indicação

- Emáx

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Algumas definições
 Curva de erros:
 É o gráfico que representa a distribuição dos
erros sistemáticos e aleatórios ao longo da
faixa de medição.
 Erro máximo
máximo::
 É o maior valor em módulo do erro que pode
ser cometido pelo sistema de medição nas
condições em que foi avaliado.

Erro ou incerteza?

Erro ou incerteza?
 Erro de medição:
 é o número que resulta da diferença entre a
indicação de um sistema de medição e o valor
verdadeiro do mensurando.
 Incerteza de medição:
 é o parâmetro, associado ao resultado de
uma medição, que caracteriza a faixa dos
valores que podem fundamentadamente ser
atribuídos ao mensurando.

25
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Fontes de erros

Fontes de erros:
fatores externos
operador

sistema de medição
sinal de
medição indicação
fatores
internos
retroação retroação

mensurando
fatores externos

Erros provocados por fatores


internos
 Imperfeições dos componentes e
conjuntos (mecânicos, elétricos etc).
 Não idealidades dos princípios físicos.
alongamento

força
região linear região não linear

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Erros provocados por fatores


externos
 Condições ambientais
 temperatura
 pressão atmosférica
 umidade
 Tensão e freqüência da rede elétrica
 Contaminações

Erros provocados por retroação


 A presença do sistema de medição
modifica o mensurando.

65
20 °C ° C

70 65
° C ° C

Erros induzidos pelo operador


 Habilidade
 Acuidade visual
 Técnica de medição
 Cuidados em geral
 Força de medição

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Instrumentos

Definições

 Instrumento de medição tem sido preferido


para medidores pequenos, portáteis e
encapsulados em uma única unidade.
 Sistemas de medição tem sido usado
genericamente para abranger desde
medidores simples e compactos até os
grandes e complexos.

Métodos básicos de medição

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Método da comparação
 O valor do mensurando é determinado
comparando--o com um artefato cujo valor de
comparando
referência é muito bem conhecido.
0

medidas
materializadas

Definição
 Medida materializada:
 Dispositivo destinado a reproduzir ou
fornecer, de maneira permanente durante seu
uso, um ou mais valores conhecidos de uma
dada grandeza.
 São exemplos: massas-
massas-padrão; resistor
elétrico padrão; um bloco-
bloco-padrão; um
material de referência.

Método da indicação
 Mostram um número proporcional ao valor
do mesurando.

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Medição diferencial

 A pequena diferença entre o mensurando


e uma medida materializada é indicada.

Medição diferencial
0
relógio
comparador 0

coluna
d
peça
padrão padrão peça

base

Análise comparativa

característica indicação comparação diferencial


velocidade de medição muito rápido muito lento rápido
facilidade de automação muito fácil muito difícil muito fácil
estabilidade com tempo instável muito estável muito estável
custo moderado a elevado moderado
elevado

muito usada
na indústria

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Módulos básicos de um sistema


de medição

Módulos básicos de um SM
sistema de medição

transdutor unidade de dispositivo


e/ou tratamento mostrador indicação
sensor do sinal ou ou
registrador registro
mensurando

• em contato com • amplifica • torna o sinal


o mensurando potência do sinal perceptível ao
do transdutor usuário
• transformação
de efeitos físicos • pode processar • pode indicar ou
o sinal registrar o sinal
• sinal fraco

Dispositivos registradores

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Instrumentação - Metrologia Instrumentação - Metrologia

Módulos de um SM

transdutor

d dispositivo
mostrador

Módulos de um SM

transdutor
D dispositivo
mostrador

F unidade de
tratamento de sinais

Módulos de um SM

ID
N
PW A 14,5 N
B

32
Instrumentação - Metrologia Instrumentação - Metrologia

Módulos de um SM

força
mola sensor
deslocamento
N/B transdutor
indutância
sinal de
medição PW
tensão
A unidade de
tratamento do sinal
TENSÃO
ID dispositivo mostrador
indicação

Características metrológicas dos


sistemas de medição

Quanto à faixa de utilização...

 Faixa de indicação
 intervalo compreendido entre o menor e o
maior valor que pode ser indicado.

faixa de
indicação

4 dígitos

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Instrumentação - Metrologia Instrumentação - Metrologia

Quanto à faixa de utilização...


 Faixa nominal
 faixa ativa selecionada pelo usuário.
 Faixa de medição
 faixa de valores do mensurando para a
qual o sistema de medição foi desenhado
para operar.

Faixas
Exemplo
nominais

0 a 1000 V dígitos
0 a 200 V
0 a 20 V
0a2V
0 a 200 mV

Quanto à indicação ...


 Valor de uma divisão (da escala)
 diferença entre os valores da escala
correspondentes à duas marcas sucessivas.

0 1 2 3 4

34
Instrumentação - Metrologia Instrumentação - Metrologia

Quanto à indicação ...

Incremento digital

4,0 indicação (g)

3,0

2,0
incremento
1
0
3
4
2 g digital
1,0
quantidade de açúcar (g)
0,0
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0

Quanto à indicação ...


 Resolução
 é a menor diferença entre indicações que
pode ser significativamente percebida
 Nos instrumentos digitais é igual ao
incremento digital
 Nos instrumentos analógicos pode ser:
 VD
 VD/2
 VD/5

 VD/10

Relação estímulo/resposta
 Curva característica de resposta
resposta resposta

d (mm) R (Ω)

F (N) T

estímulo
°
( C)
estímulo

35
Instrumentação - Metrologia Instrumentação - Metrologia

Relação estímulo/resposta
 Sensibilidade (constante): Δresposta
Sb =
A B Δestimulo

d (mm)
40
0 mm 0 mm B
4 mm ∆ resposta
400 N
∆ estímulo

40 mm 4 A
F (N)
400 N
0 400
SbA = 0,01 mm/N SbB = 0,10 mm/N

Relação estímulo/resposta
 Sensibilidade (variável): indicador do
volume de combustível de um Fusca
deslocamento do ponteiro (mm)
θ2

1/4 1/2 θ1
0 1/1

fração do volume total

0 1/4 1/2 1/1

Relação estímulo/resposta
y resposta

y x
x

0 0
estímulo

36
Instrumentação - Metrologia Instrumentação - Metrologia

Relação estímulo/resposta
y resposta

y x
x

0 0
estímulo

Relação estímulo/resposta
y resposta

y x
x

0 0
estímulo

Relação estímulo/resposta
y resposta

y x
x

0 0
estímulo

37
Instrumentação - Metrologia Instrumentação - Metrologia

Relação estímulo/resposta
y resposta

y x
x

0 0
estímulo

Relação estímulo/resposta
Provoca diferentes saídas para uma
mesma entrada, conforme o valor da entrada resposta
for crescente ou decrescente. y

y x
x

0 0
estímulo
laço de histerese

erro de histerese

Relação estímulo/resposta
 Tempo de resposta:
resposta

estímulo tolerância

tempo

tempo de resposta

38
Instrumentação - Metrologia Instrumentação - Metrologia

Quanto ao erro de medição ...


 Tendência
 estimativa do erro sistemático
 Correção
 constante que, somada à indicação,
compensa os erros sistemáticos

Quanto ao erro de medição ...


 Repetitividade
 faixa dentro da qual é esperado o erro
aleatório em medições repetidas realizadas
nas mesmas condições.
 Reprodutibilidade
 faixa dentro da qual é esperado o erro
aleatório em medições repetidas realizadas
em condições variadas.

Quanto ao erro de medição ...


 Erro de linearidade
resposta

reta MMQ
d1 d2

EL = máx(d1, d2)

estímulo

39
Instrumentação - Metrologia Instrumentação - Metrologia

Quanto ao erro de medição ...


 Erro máximo:
Emáx
Erro

Re
Es

Re Indicação

- Emáx

Quanto a erros de medição ...


 Precisão e exatidão
 são termos apenas qualitativos.
qualitativos. Não
podem ser associados a números.
 Precisão significa pouca dispersão.
dispersão. Está
associado ao baixo nível de erros
aleatórios.
 Exatidão é sinônimo de “sem
“sem erros”.
erros”. Um
sistema de medição com grande exatidão
apresenta pequenos erros sistemáticos e
aleatórios.

Representação absoluta e relativa

40
Instrumentação - Metrologia Instrumentação - Metrologia

Representação absoluta
 Parâmetros expressos na unidade do
mensurando:
 Emáx = 0,003 V
 Re = 1,5 K
 Sb = 0,040 mm/N
 É de percepção mais fácil.

Representação relativa ou
fiducial
 Parâmetro é expresso como um
percentual de um valor de referência
 Em relação ao valor final de escala (VFE)
 Emáx = 1% do VFE
 EL = 0,1% (do VFE)
 Em relação à faixa de indicação
 Em relação ao valor nominal (medidas
materializadas)
 Facilita comparações entre SM distintos

Seleção de Sistemas de Medição

41
Instrumentação - Metrologia Instrumentação - Metrologia

Motivação

E agora ?

A Medição As Opções

Considerações Iniciais

Dificuldades para Selecionar o


Melhor SM
 Algumas conseqüências da má seleção do SM:
 incerteza de medição incompatível;
 manutenções muito freqüentes e menor vida útil;
 operação difícil, cara e/ou demorada;
 difícil integrar a sistemas pré-
pré-existentes;
 custos de aquisição, manutenções e calibrações
excessivamente elevados;
 assistência técnica deficiente ou inexistente;
 erros de classificação excessivos no CQ;
 má qualidade final dos produtos.

42
Instrumentação - Metrologia Instrumentação - Metrologia

Um Caminho para Selecionar um


Sistema de Medição
1. Defina bem a tarefa de medição;
2. Avalie os aspectos técnicos;
3. Avalie os aspectos logísticos;
4. Avalie os aspectos econômicos;
5. Pondere adequadamente os aspectos
mais importantes e selecione o SM.

Caracterização da Tarefa de
Medição

Caracterização da Tarefa de
Medição
1. Defina bem a tarefa de medição;
2. Avalie os aspectos técnicos;
3. Avalie os aspectos logísticos;
4. Avalie os aspectos econômicos;
5. Pondere adequadamente os aspectos
mais importantes e selecione o SM.

43
Instrumentação - Metrologia Instrumentação - Metrologia

Caracterização da Tarefa de
Medição
1. O que medir?
Caracterize o mensurando. O que medir? Em que
posição medir? Média ou valor local?
2. Por que medir?
Por que as medições são necessárias? Qual a sua
utilidade no contexto da aplicação?
3. Onde medir?
Local onde as medições devem ser efetuadas: no
laboratório? Integrada ao processo produtivo? Em
locais variáveis (requer sistema portátil)?

Caracterização da Tarefa de
Medição
4. Como medir?
Particularidades ou condições especiais a
observar antes ou ao medir.
5. Faixa de medição:
Deve ser função da faixa de valores
esperada para o mensurando.
tolerância

faixa de medição

Caracterização da Tarefa de
Medição
6. Incerteza de medição:
Níveis de incerteza compatíveis com necessidades
técnicas e/ou do processo produtivo (IM = IT/10).
7. Resolução:
Definir a resolução necessária ao indicador
(R = IT/20).
8. Velocidade de medição:
Número de medições por unidade de tempo ou,
alternativamente, o tempo necessário para
completar a medição de um item.

44
Instrumentação - Metrologia Instrumentação - Metrologia

Caracterização da Tarefa de
Medição
9. Taxa de medição:
No caso de grandezas dinâmicas, especificar o
número de medições seqüenciais que devem ser
adquiridas por unidade de tempo.
10. Condições do ambiente de medição:
Faixa de temperatura, vibrações, sujeira ou outros
contaminantes, a campo eletro-
eletro-magnéticos
magnéticos,, etc.
11. Nível de automação:
Medição totalmente computadorizada, parcialmente
computadorizada ou totalmente manual.

Caracterização da Tarefa de
Medição
12. Recursos de processamento:
Especificar recursos de processamento e
representação de resultados requeridos.
Gráficos, base de dados, relatórios e
controle estatístico de processos, etc.
13. Outros requisitos:
Especificar alguma outra particularidade
específica.

A Seleção do Sistema de Medição

45
Instrumentação - Metrologia Instrumentação - Metrologia

Aspectos Técnicos
1. Adequação do SM ao mensurando:
Concepção física compatível com as características
do mensurando.

Dimensão
interna

Profundidade

Dimensão
externa

Aspectos Técnicos
2. Adequação da Faixa de Medição:
De acordo com as necessidades da tarefa de
medição e análise do contexto.

Aspectos Técnicos
3. Adequação da Incerteza de Medição
Deve atender às necessidades da tarefa de
medição (10% do IT).
4. Resolução do Mostrador
Deve ser compatível com as necessidades da
tarefa de medição (5% do IT).
5. Velocidade de Medição
Os tempos de preparação e de utilização devem
ser observados. Não deve causar fadiga no
operador.

46
Instrumentação - Metrologia Instrumentação - Metrologia

Aspectos Técnicos
6. Taxa de Medição
Deve atender às necessidades da tarefa de
medição.
7. Robustez operacional
Deve ser adequado às condições de operação.
8. Praticidade Operacional
Facilidade de uso e conforto operacional.

Aspectos Técnicos
9. Grau de Automação
Devem atender às necessidades da tarefa de
medição. SM de “arquitetura aberta” devem ser
preferidos.
10.Recursos de Processamento.
Capacidade de atender às necessidades da tarefa de
medição. Configurabilidade.
11.Outros Requisitos
Atendimento às particularidades da tarefa de
medição.

Atendimento a aspectos técnicos 5 4 3 2 1 Observações


Adequação ao mensurando
Faixa de medição
Incerteza de medição
Resolução
Velocidade de medição
Taxa de medição
Robustez operacional
Praticidade operacional
Nível de automação
Recursos de processamento
Outros aspectos particulares
Pontuação obtida
5 = pleno 4 = bem 3 = razoável 2 = mal 1 = não atende

47
Instrumentação - Metrologia Instrumentação - Metrologia

Aspectos Logísticos
1. Prazo de Entrega
Deve ser conveniente.
Em estoque versus sob encomenda.
2. Atendimento Pós-
Pós-Venda
Adaptação e operacionalização.
Treinamento de operadores.
Assistência técnica e manutenções.
Calibrações.
História e reputação do representante e fabricante.

Aspectos Logísticos
3. Atualizações
Política de atualização tecnológica.
Modularidade.
4. Outros Aspectos
Compatibilidade com sistemas já existentes.
Estoque de peças de reposição.

Atendimento a aspectos logísticos 5 4 3 2 1 Observações


Prazo de entrega
Atendimento pós-
pós-venda
Atualizações
Aspectos adicionais
Pontuação obtida

5 = pleno 4 = bem 3 = razoável 2 = mal 1 = não atende

48
Instrumentação - Metrologia Instrumentação - Metrologia

Aspectos Econômicos
1. Investimento Inicial
a) Custos de aquisição
- do SM, dispositivos e acessórios
- impostos, fretes e desembaraços (importação)
b) Custos de preparação
- climatização e estabilização do ambiente de medição
- dispositivos e acessórios especiais
- treinamento e qualificação de operadores

Aspectos Econômicos
1. Custo Operacional
a) Estabilização das condições ambientais:
- climatização, limpeza, energização.
b) Mão de obra:
- custos diretos e indiretos;
- grau de especialização;
- treinamentos periódicos.
c) Insumos:
- consumíveis e energia.

Aspectos Econômicos
1. Custo Operacional (continuação)
a) Manutenções e calibrações:
- regulares e emergenciais.
e) Depreciação:
- degradação com uso regular.
f) Imobilização do capital:
- perda de receita devido à imobilização de capital.

49
Instrumentação - Metrologia Instrumentação - Metrologia

Aspectos econômicos CUN Q CUT Observações


Investimento inicial
Custos de aquisição
Custos de preparação
Total do investimento
Custos operacionais:
a) estabilização do ambiente
b) mão de obra
c) insumos
d) manutenções e calibrações
e) depreciação
f) imobilização de capital
Custo operacional total:

CUN = custo unitário Q = quantidade CUT = custo total

Juntando Tudo ...


1. Verifique os Aspectos Técnicos:
- descarte os SMs que não atendem um ou mais
aspectos técnicos relevantes;
- considere uso de mais de um SM para atender a
velocidade de medição;
- pontue os SM candidatos aprovados.

50
Instrumentação - Metrologia Instrumentação - Metrologia

Juntando Tudo ...


2. Verifique os Aspectos Logísticos:
- descarte os SMs que não atendem um ou mais
aspectos logísticos relevantes;
- pontue os SM candidatos aprovados.

Juntando Tudo ...


3. Verifique os Aspectos Econômicos:
- considere o investimento inicial e os custos
operacionais em um período de tempo
conveniente;
- se necessário, considere uso de mais de um SM
para atender as demandas da medição;
- calcule os custos totais.

Juntando Tudo ...


4. O SM Selecionado Deve:
- melhor atender os três grupos de critérios
simultaneamente;
- é possível tomar a decisão com base em um índice
calculado a partir das pontuações e custos
envolvidos. Diferentes pesos devem ser atribuídos
em função das conveniências;

51
Instrumentação - Metrologia Instrumentação - Metrologia

A Grafia Correta do Resultado da


Medição

Algarismos Significativos (AS)


Exemplos:
12 tem dois AS
1,2 tem dois AS
0,012 tem dois AS
0,000012 tem dois AS
0,01200 tem quatro AS
Número de AS:
conta-se da esquerda para a direita a partir
conta-
do primeiro algarismo não nulo

Regras de Grafia

 Regra 1:
 A incerteza da medição é escrita com até
dois algarismos significativos.
 Regra 2:
 O resultado base é escrito com o mesmo
número de casas decimais com que é
escrita a incerteza da medição.

52
Instrumentação - Metrologia Instrumentação - Metrologia

A grafia do resultado da
medição
Exemplo 1:
RM = (319,213 ± 11,4) mm
REGRA 1

RM = (319,213 ± 11) mm
REGRA 2

RM = (319 ± 11) mm

A grafia do resultado da
medição
Exemplo 2:
RM = (18,4217423 ± 0,04280437) mm
REGRA 1

RM = (18,4217423 ± 0,043) mm
REGRA 2

RM = (18,422 ± 0,043) mm

Calibração de Sistema de
Medição

53
Instrumentação - Metrologia Instrumentação - Metrologia

Motivação

definição do procedimento
mensurando de medição

resultado da
medição

condições operador sistema de


ambientais medição

Posso confiar no que


o sistema de medição CALIBRAÇÃO
indica?

O que é calibração?
E para que serve?

Calibração

sistema de
padrão indicação
medição
X
valor
verdadeiro

condições estabelecidas

54
Instrumentação - Metrologia Instrumentação - Metrologia

Calibração
É o conjunto de operações que estabelece, sob
condições especificadas, a relação entre os
valores indicados por um instrumento de
medição ou sistema de medição ou valores
representados por uma medida materializada ou
um material de referência, e os valores
correspondentes das grandezas estabelecidos
por padrões.

Padrão
É uma medida materializada, instrumento de
medição, material de referência ou sistema
de medição destinado a definir, realizar,
conservar ou reproduzir uma unidade ou um
ou mais valores de uma grandeza para servir
como referência.

Resultados da calibração ...

... podem determinar:


Valor do mensurando.
Correções a serem aplicadas no SM.
Efeitos das grandezas de influência.
Comportamento em condições especiais ou
adversas.
São sempre apresentados na forma de um
relatório e/ou um certificado.

55
Instrumentação - Metrologia Instrumentação - Metrologia

Verificação, Ajuste e Regulagem

Verificação
Definição:
É uma calibração simplificada que visa testar se
um sistema de medição, ou medida
materializada, está em conformidade com
uma dada especificação.
Exemplos:
Taxímetro, bomba de combustível, balança de
supermercado.

Ajuste
Definição:
Operação corretiva destinada a fazer com que um
instrumento de medição tenha desempenho
compatível com o seu uso. O ajuste pode ser
automático, semi-
semi-automático ou manual.
É normalmente efetuado por técnico especializado.
Exemplos:
Ajuste do zero de um manômetro
Ajuste do fator de amplificação de um medidor de
forças elétrico.

56
Instrumentação - Metrologia Instrumentação - Metrologia

Regulagem
Definição:
A regulagem é um ajuste, empregando
somente os recursos disponíveis no sistema
de medição para o usuário.
É normalmente efetuados pelo usuário comum.
Exemplo:
A tara (zeragem) de uma balança eletrônica
usando um botão apropriado para tal

Métodos de Calibração

Calibração de uma balança


massa-padrão

±100,000
100,00
0,002 g
comparação

102,40 g 102,40

sistema de medição a calibrar

57
Instrumentação - Metrologia Instrumentação - Metrologia

Calibração de um bloco padrão

Comparação

Zerando BP a BP de
calibrar referência

0,00000-
-0,00025
1,23760

Calibração direta

padrão VVC

comparação

sistema de
medição a ISMC
calibrar

Como calibrar o velocímetro de


um automóvel?
Alguém tem aí um “padrão de velocidade”?

78,50 km/h comparação 80,0 km/h

58
Instrumentação - Metrologia Instrumentação - Metrologia

Calibração indireta
gerador da grandeza

sistema de sistema de
medição a medição
calibrar padrão

ISMC comparação ISMP

Rastreabilidade

definições das
unidades do SI

PPPP ± 0,000005 mm
1/10
PPP ± 0,00005 mm
1/10
PP ± 0,0005 mm
1/10
P ± 0,005 mm
1/10
SM ± 0,05
mm

59
Instrumentação - Metrologia Instrumentação - Metrologia

Rastreabilidade

É a propriedade do resultado de uma


medição, ou do valor de um padrão, estar
relacionado a referências estabelecidas,
geralmente padrões nacionais ou
internacionais, através de uma cadeia
contínua de comparações, todas tendo
incertezas estabelecidas.

Rastreabilidade
unidades do SI

padrões internacionais

padrões nacionais

padrões de referência de
laboratórios de calibração
padrões de referência de
laboratórios de ensaios

padrões de trabalho
de laboratórios de
chão de fábrica

O Sistema Metrológico Brasileiro

60
Instrumentação - Metrologia Instrumentação - Metrologia

O sistema metrológico brasileiro


Sistema Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial

SINMETRO

Órgão normativo Órgão executivo


CONMETRO INMETRO

Conselho Nacional de Metrologia, Instituto Nacional de Metrologia,


Normalização e Qualidade Industrial Normalização e Qualidade Industrial

Áreas da metrologia
INMETRO

Metrologia Científica Metrologia Industrial Metrologia Legal

Trata dos padrões de medição internacionais e


nacionais, dos instrumentos laboratoriais e das
pesquisas e metodologias científicas relacionadas ao
mais alto nível de qualidade metrológica.
Trata da aplicação da metrologia no controle dos
processos produtivos na garantia da qualidade dos
produtos finais.
Trata da proteção ao consumidor em relação às
unidades de medida, métodos e instrumentos de
medição, de acordo com as exigências técnicas e
legais obrigatórias.

Laboratório Nacional de
Metrologia
Divisão de Metrologia Mecânica.
Divisão de Metrologia Elétrica.
Divisão de Metrologia Acústica e Vibrações.
Divisão de Metrologia Óptica.
Divisão de Metrologia Térmica.
Divisão de Metrologia Química e Ambiental.
Laboratório de Tempo e Freqüência vinculado ao
Observatório Nacional.
Laboratório Nacional de Metrologia das Radiações
Ionizantes.

61
Instrumentação - Metrologia Instrumentação - Metrologia

Campus do INMETRO

Rede Brasileira de Calibração


Laboratórios acreditados e
coordenados pelo Inmetro para, em A imagem não pode ser exibida. Talv ez o
computador não tenha memória suficiente
para abrir a imagem ou talv ez ela esteja

seu nome, efetuarem calibrações


corrompida. Reinicie o computador e abra o
arquiv o nov amente. Se ainda assim aparecer o
x v ermelho, poderá ser necessário excluir a
imagem e inseri-la nov amente.

oficiais.
Esta rede continha em Julho de 2003
cerca de 205 laboratórios
acreditados.
Certificados com selo do Inmetro

Rede Brasileira de Laboratórios


de Ensaios
Laboratórios acreditados e coordenados pelo
Inmetro para, em seu nome, efetuarem
certificação de conformidade, isto é, verificar a
condição de um produto atender aos requisitos
de uma norma, especificação ou regulamento
técnico, nacional ou internacional.
Esta rede continha em Julho de 2003 cerca de
140 laboratórios acreditados.
O Brasil necessita cerca de 1000 para atender a
atual demanda.

62
Instrumentação - Metrologia Instrumentação - Metrologia

Rede Nacional de Metrologia


Legal
Órgãos que têm por principal atribuição efetuar
verificações periódicas nos meios de medição
abrangidos pela Metrologia Legal e nos produtos
pré-
pré-medidos.
Em Julho de 2003 era composta por 26 órgãos
metrológicos regionais, sendo 20 órgãos da
estrutura dos governos estaduais, conhecidos
como IPEM - Institutos de Pesos e Medidas.

Intervalo de Calibração

De quanto em quanto tempo é


necessário calibrar?
Depende...
...da intensidade de uso;
...das condições de uso;
...do tipo de sistema de medição;
...das normas e recomendações técnicas;
...da política da empresa.

63
Instrumentação - Metrologia Instrumentação - Metrologia

Exemplos de intervalos de
calibração típicos
Blocos-padrão 12 meses
Paquímetros 6 meses
Micrômetros 3 a 6 meses
Trenas 6 meses
Massas padrão 24 meses
Balanças 12 a 36 meses
Barômetros 6 a 12 meses
Transdutores de força 12 a 24 meses

Roteiro de Calibração

Roteiro de calibração
1 - Definição dos objetivos da calibração;
2 - Caracterização do sistema de medição a
calibrar;
3 - Seleção do padrão;
4 - Planejamento e preparação do experimento;
5 - Execução da calibração;
6 - Processamento e documentação;
7 - Análise dos resultados;
8 - Certificado de calibração.

64
Instrumentação - Metrologia Instrumentação - Metrologia

Ó que deve constar no


certificado de calibração?
descrição e identificação individual do SM a calibrar;
data da calibração;
os resultados da calibração obtidos;
identificação do(s) procedimento(s) de calibração;
identificação do padrão utilizado, com data e entidade
executora da sua calibração, bem como sua incerteza;
condições ambientais relevantes;
declaração das incertezas envolvidas na calibração;
descrição sobre quaisquer manutenções, ajustes, regulagens,
reparos e modificações realizadas;
qualquer limitação de uso (ex: faixa de medição restrita);
identificação e assinaturas da(s) pessoa(s) responsável(eis);
número de série ou equivalente do certificado.

REDE BRASILEIRA DE CALIBRAÇÃO imagem


não REDE BRASILEIRA DE CALIBRAÇÃO
LABORATÓRIO CORRETA pode ser
exibida.
LABORATÓRIO CORRETA
CREDENCIADO PELO INMETRO SOB NÚMERO 0976 Talv ez o
computa
CREDENCIADO PELO INMETRO SOB NÚMERO 0976
dor não

CERTIFICADO DE CALIBRAÇÃO Nº 45673/01 tenha


memória CERTIFICADO DE CALIBRAÇÃO Nº 45673/01
suficient
e para
abrir a
imagem
1. Contratante: ou talv

Photonita Ltda 8. Resultados


Av. do Surf s/Nº - Flo rianópolis, SC
TABELA DE RESULTADOS
Comprimento Média das Correção Incerteza da Repetitividade
2. Contratado: nomin al do in dicações do correção
Laboratório CORRETA padrão paquímetro
Rua da Praia s/Nº - Florianópolis, SC [mm] [mm] [mm] ± [mm] ± [mm]
0,000 0,157 -0,157 0,016 0,034
2,500 2,661 -0,161 0,020 0,041
3. Sistema de medição calibrado: 5,000 5,169 -0,169 0,018 0,037
10,000 10,182 -0,182 0,019 0,039
Paquímetro para dimensões externas 30,000 30,192 -0,192 0,020 0,041
Fabricante: CorreTech
50,000 50,196 -0,196 0,019 0,039
Modelo: PQ-A2
70,000 70,190 -0,190 0,021 0,043
Nº Série: 7075242
90,000 90,185 -0,185 0,021 0,043
Faixa de medição: 0 a 150 mm
110,000 110,183 -0,183 0,023 0,045
Resolução: 0,02 mm
130,000 130,178 -0,178 0,022 0,044
150,000 150,174 -0,174 0,023 0,045
(a) Síntese desta calibração:
Observações: o valor da correção deve sempre ser somado à indicação.
Conforme procedimento interno de calib ração Correta-PQ-DE, o erro máximo encontrado pelo paquímetro foi
de ± 0,26 mm. Ao ser aplicada a respectiva correção, o erro máximo é reduzido para ± 0,07 mm.
Erro máximo do paquímetro nas condições de calibração:
(a) aplicando a correção: ± 0,07 mm (0,047% do VFE)
5. Padrão utilizado:
(b) não aplicando a correção: ± 0,26 mm (0,18% do VFE)
Conjunto de blocos padrão classe 0
Nº Registro (Correta): RC 0673
Incerteza: ± (0,07 + L/2000) µm, L em mm
Rastreabilidade: Certificado de calibração Correta 23201, de 02/10/2002, válido até 01/05/2003.

6. Procedimento interno de calibração (Correta PQ-DE)


Os blocos padrão foram medidos em três posições diferentes (interna, central e externa) ao longo do
comprimento dos bicos para medições externas, simulando condições reais de medição. Cinco ciclos de
medição foram efetuados.

Regina C. Correta Paulo A. Padrão


7. Condições ambientais durante a calibração: Gerente Técnico Técnico Metrologista
Temperatura: (20,0 ± 0,5) °C
Umidade relativa do ar: (50 ± 10) %
Data de calibração: 14/03/2003 Dat a de emis são: 14/03/2003 Página: 2 de 2

Data de calibração: 14/03/ 2003 Dat a de emissão: 14/03/ 2003 Págin a: 1de 2

A imagem não pode ser


exibida. Talv ez o
computador não tenha

REDE BRASILEIRA DE CALIBRAÇÃO


memória suficiente para
abrir a imagem ou talv ez
ela esteja corrompida.
Reinicie o computador e

LABORATÓRIO CORRETA abra o arquiv o nov amente.


Se ainda assim aparecer o
x v ermelho, poderá ser

CREDENCIADO PELO INMETRO SOB NÚMERO 0976


necessário excluir a
imagem e inseri-la
nov amente.

CERTIFICADO DE CALIBRAÇÃO Nº 45673/01

1. Contratante:
Photonita Ltda
Av. do Surf s/Nº - Florianópolis, SC

2. Contratado:
Laboratório CORRETA
Rua da Praia s/Nº - Florianópolis, SC

3. Sistema de medição calibrado:


Paquímetro para dimensões externas
Fabricante: CorreTech
Modelo: PQ-A2
Nº Série: 7075242
Faixa de medição: 0 a 150 mm
Resolução: 0,02 mm

65
Instrumentação - Metrologia Instrumentação - Metrologia

REDE BRASILEIRA DE CALIBRAÇÃO


LABORATÓRIO CORRETA
CREDENCIADO PELO INMETRO SOB NÚMERO 0976

CERTIFICADO DE CALIBRAÇÃO Nº 45673/01

8. Resultados

TABELA DE RESULTADOS
Comprimento Média das Correção Incerteza da Repetitividade
nominal do indicações do correção
padrão paquímetro
[mm] [mm] [mm] ± [mm] ± [mm]
0,000 0,157 -0,157 0,016 0,034
2,500 2,661 -0,161 0,020 0,041
5,000 5,169 -0,169 0,018 0,037
10,000 10,182 -0,182 0,019 0,039
30,000 30,192 -0,192 0,020 0,041
50,000 50,196 -0,196 0,019 0,039
70,000 70,190 -0,190 0,021 0,043
90,000 90,185 -0,185 0,021 0,043
110,000 110,183 -0,183 0,023 0,045
130,000 130,178 -0,178 0,022 0,044
150,000 150,174 -0,174 0,023 0,045

Observações: o valor da correção deve sempre ser somado à indicação.

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