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2) TÊMPERA:
a) Pré-aquecimentos:
o 1° pré-aquecimento: de 450 a 500°C.
o 2° pré-aquecimento: de 850 a 900°C.
o 3° pré-aquecimento: a 1.050°C (somente necessário nos casos
onde serão utilizadas altas temperaturas de austenitização).
b) Temperatura de austenitização: de 1.050 a 1.180°C. A temperatura de
austenização deve ser escolhida em função da dureza desejada,
conforme tabela e gráfico a seguir:
Tabela 01:
Temperatura de
Dureza* Aplicação
austenitização
58 HRC 1.020°C
60 HRC 1.050°C
61 HRC 1.075°C Matrizes e punções para corte,
conformação e extrusão a frio, facas
62 HRC 1.100°C rotativas, etc
63 HRC 1.120°C
64 HRC 1.140°C
65 HRC 1.160°C
Brocas, fresas, brochas, etc
66 HRC 1.180°C
(*) Considerando-se 3 revenimentos, sendo cada um por 1 hora a 560°C
Nota 3: altas temperaturas de têmpera somente devem ser utilizadas
em peças com geometria simples, quando objetiva-se unicamente
resistência ao desgaste.
Nota 4: usar baixas temperaturas de têmpera para peças com
geometria complexa (cantos-vivos, diferenças de massa, paredes finas,
etc), ferramentas para trabalho a frio e/ou quando objetiva-se maior
tenacidade.
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Gráfico 01:
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o Forno com atmosfera controlada: depende da geometria da peça
e também das características do forno, porém como balizamento
pode-se utilizar o descrito para banho de sal, porém neste caso é
especialmente recomendada a utilização de Foil (catálogo em
anexo) para a proteção superficial da peça, evitando-se por
exemplo a ocorrência de descarbonetação.
e) Resfriamento:
o Vácuo: mínimo de 4 bar, deve-se ter especial atenção para a
utilização da correta taxa de resfriamento entre 1.050 e 600°C.
o Banho de martêmpera (isento de água): 550°C até a equalização
da temperatura, após resfriamento lento ao ar
o Óleo: utilizar óleo especial para têmpera, o qual deve
preferencialmente ser agitado e estar em torno de 50°C. Deve-se
ter especial cuidado, pois neste processo o risco de variações
dimensionais e trincas é maior.
Nota 5: revenir a ferramenta imediatamente após o resfriamento da
têmpera, não deixar a peça chegar em temperaturas abaixo de 50°C.
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3) REVENIMENTO:
Aquecer lentamente a ferramenta imediatamente após o resfriamento da
têmpera (não deixar a peça esfriar até a temperatura ambiente após a
têmpera, o ideal é que quando a mesma estiver com aproximadamente
50°C entre no forno de revenimento).
Visando-se obter melhores níveis de tenacidade, recomendamos a
realização de, no mínimo, 3 revenimentos, (ideal 4).
Os revenimentos devem ser realizados sempre a 560°C,
independentemente da temperatura utilizada na austenitização.
O tempo a ser mantido em temperatura é de 1 a 2 horas em cada
revenimento, sendo o usual prever 1 hora para cada 25 mm de
espessura, mas no mínimo, 2 horas.
A ferramenta deve chegar à temperatura ambiente entre os
revenimentos.
Gráfico 04:
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fragilizante). Nosso objetivo quando realizamos revenimentos é obter o
maior teor possível de martensita revenida e o menor teor possível de
austenita retida.
Gráfico 05:
4) RESUMO:
Varia de
2° Pré-aquecimento 850°C acordo com a ---
geometria da Necessário nos casos
ferramenta onde serão utilizadas altas
3° Pré-aquecimento 1.050°C
temperaturas de
austenitização
Ajustada de acordo com a
Vide gráficos dureza desejada, Vide
Austenitização 1.050 a 1.180°C
02 e 03 tabela 01, gráfico 01 e
notas 3, 4, 5 e 6
1°, 2° e 3° Vide notas 5 a 10 e
Sempre a 560°C Vide nota 8
Revenimentos gráficos 4 e 5
5) OBSERVAÇÕES:
As informações contidas neste trabalho baseiam-se em experiências de
laboratório e práticas, sendo assim os valores aqui apresentados estão sujeitos
a variações de acordo com a geometria da peça que será submetida ao
tratamento térmico, bem como também devido às características dos
equipamentos e procedimentos empregados no processo em questão.
Glaucio Sansonas
Aços Bohler-Uddeholm do Brasil Ltda
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