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         DESENVOLVIMENTO
 
4.1.1   Tipos de processos
 
O processo de desempeno pode ser efetuado utilizando-se os seguintes meios:
mecânico, aquecimento por chama e combinado (mecânico/calor)
 
4.1.2   Processo Mecânico à Frio
 
 Podem ser utilizados: prensa, calandra, macaco e dispositivos que apliquem
força mecânica;
 Deve ser retirado todo entalhe da borda e arredondadas as quinas vivas;
 As ferramentas de contato com o inox, tipo facão (prensa) e cunha devem ser
revestidos com inox ou fabricados de inox; Caso não seja possível a utilização de
ferramentas apropriadas para aço inoxidável, realizar descontaminação conforme
procedimento PCDOTPR0030.
 Não marcar as peças, não usar ferramentas com pontas ou cantos vivos;
 Utilizar chapa de sacrifício entre a peça e o ferramental sempre que possível e
quando houver possibilidade de marcar a peça;
 
Nota: Este processo é o mais indicado e deve utilizado preferencialmente
em relação aos demais.

                     
4.1.1 Processo por Chama / Calor
 
Para desempeno a quente, a produção deve utilizar o quadro 1, para orientação
quanto aos materiais e temperaturas envolvidas. O controle da temperatura deve
ser feito durante a aplicação do calor e não deve ultrapassar os limites
determinados no quadro 1. As notas 1, 2, 3 e 4 do quadro 1 devem ser levadas em
consideração e, em caso de dúvidas, ou conforme definido nas notas 3 e 4, o
departamento de métodos e processos, ou engenharia deverá ser acionado.

 
Quadro 1
 
TEMPERATURA
MÁXIMA
CONDIÇÃO DO
COMPONENTE MEIO DE
MATERIAL ANTES APÓS RESFRIA
TRATAM TRATAM MENTO
ENTO ENTO
TÉRMIC TÉRMIC
O O
ASTM: 550°C Para
A53/A106/A178/A192/A285/A2 aplicaçõe
83/A36/A515/A516 e similares s com
(P Nº 1) restrição
DIN: de
ST52.3/AST41/AST45/ dureza
AST52/15Mo3 e similares (H2S ou
USIMINAS: 650°C H2) – Ar
USI-SAC250 (SAC41) calmo
USI-SAC350 (SAC50)
USI-SAC450 (SAC60) Para
USI-SAR50 (SAR50) demais
USI-SRC – 300 / USI-SRC – aplicaçõe
350 s – Ar
SAE 1008 À 1020 e similares calmo ou
USI-SAR60-T 550°C ar
USI-SAR80-T
forçado
ASTM
A335 P9/P11/P22; A182
F9/F11/F22 600°C 500°C Ar calmo
A387 Gr 11/22 e similares (P
N° 4, 5A/5B)
ASTM
A240 Gr 304(L) / 316 (L) / 347 Spray
500°C 500°C
(L), A 182 F304(L) / F316(L) / d’água
F347(L)
 
Notas:
 
1 - As operações de desempeno deve ser executados, sempre que possível, antes
do tratamento térmico de alívio de tensões (quando aplicável tratamento térmico).
Em caso de desempenos verificados após tratamento térmico, utilizar temperaturas
indicadas na coluna “após tratamento térmico”.
2 - Não é permitido manter o aço inoxidável aquecido à temperatura de desempeno
por tempo superior a 2 minutos devido ao perigo de sensitização, principalmente
para aços que não tenham o sufixo “L” (low carbon – baixo carbono).
3 – Para equipamentos da Petrobras ou equipamentos com requisito de tenacidade
controlada, deve ser aberta nota de QM no SAP, para que o método e processos
e/ou engenharia elaborem a disposição, sendo que nestes casos, a operação de
desempeno deve ser acompanhada obrigatoriamente pelo Inspetor de Soldagem
Nível 1.
4 – Para materiais não indicados no quadro 1, consultar métodos e processos e/ou
engenharia para orientação.
 
Seqüência de operações
 
 Identificar a região a ser desempenada;
 Utilizar maçarico de aquecimento por chama (gás + oxigênio). Regular para
chama neutra. Não utilizar chama via ar comprimido;
 Sempre que possível, não utilizar maçarico tipo chuveiro com diâmetro do bico
de chama maior que 20 mm;
 Verificar no quadro 1 a temperatura indicada, assim como o método de
resfriamento adequado. Em caso de dúvidas, ou se não houver indicação para o
material em questão, consultar métodos e processos e/ou engenharia (ver nota 5
do quadro 1).
 O calor deve ser executado de forma concentrada e rápida para evitar o
aquecimento acima do permitido e ter eficácia no desempeno;
 Para aço inoxidável, ver nota 2 do quadro 1;
 
A resposta do desempeno por calor do inox é diferente da obtida com o aço
carbono devido principalmente ao coeficiente de dilatação térmica e condutibilidade
térmica. Chapas finas de inox podem provocar novos empenos sob presença de
calor, que deve ser executado passo a passo, medindo sempre.
 
A medição da temperatura pode ser executada com pirômetro infravermelho ou
lápis térmico para situações que não se enquadrem na nota 3 do quadro 1. Para
situações que se enquadrem na nota 3 do quadro 1, a utilização de pirômetro
infravermelho é obrigatória.
 
Para medição com lápis térmico, utilizar pelo menos 2 (dois) lápis térmicos para
verificar a temperatura de aquecimento, sendo um dos lápis sempre à temperatura
máxima especificada (tolerância – 10°C em relação à temperatura máxima) e o
outro lápis em torno de 50º C menor. Durante o aquecimento haverá um momento
em eu o lápis de menor temperatura, lápis 2, se liquefaz em contato com a região
aquecida, enquanto que o da maior, lápis 1, permanece. Neste instante o
aquecimento deverá ser interrompido.
 
4.2     Inspeção Final e Registros
 
 Inspeção dimensional
 
 Fazer ensaio por LP nas áreas desempenadas e/ou aquecidas, critério de
aceitação conforme norma de projeto. Para operações de desempeno executadas
na região da solda e zona termicamente afetada, devem ser repetidos todos os
ensaios previstos na plano de inspeção e testes.
 Para situações que se enquadrem na nota 3 do quadro 1, devem ser emitidos os
registros de acompanhamento da operação de desempeno, assim como os
relatórios de ensaios não destrutivos definidos na disposição emitida para a nota de
QM.

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