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Descritivo Técnico

STEAM TRACE

JUNHO DE 2007
Engenharia de Aplicação – Descritivo Técnico

REF: DECRITIVO TÉCNICO PARA ESPECIFICAÇÃO DE


SISTEMAS DE STEAM TRACE

Realizado por: Spirax Sarco Ind. e Com. Ltda.


Rua A, Quadra 2, Lotes 3 e 4, Galpões 11 e 12 – Loteamento Varandas Tropicais
Lauro de Freitas – BA
CEP 42700-020 – Fone/Fax: (71) 379-7701
e-mail: filialsal@br.spiraxsarco.com
Home Page: http//:www.spiraxsarco.com.br

Executante Técnico:
Engº Leonardo Claudino – Depto. Técnico Filial Salvador.

Apoio Operacional:
Engº Eduardo Santana – Gerente nacional de Bioenergia.
DEPTO DE ENGENHARIA DE APLICAÇÃO

1. OBJETIVO

Dar suporte para elaboração de um projeto de STEAM TRACE, dando


subsidio para elaboração de memorial de cálculo e memorial descritivo dos lay-out
´s e equipamentos a serem utilizados para boa eficiência no aquecimento.

2. MEMORIAL DESCRITIVO

2.1. LAY-OUT DE MONTAGEM

O objetivo principal no projeto de STEAM TRACE é que o sistema projetado


ofereça a possibilidade de reposição do calor perdido pelo isolamento durante o
trajeto, de forma a garantir um gradiente de aquecimento que possibilite o bom
escoamento do fluído.

Na montagem do sistema, os tubos acompanhantes (traços) deverão ser


presos junto à tubulação de processo, de forma a mantê-los em contato
permanente. Posteriormente, deverá ser utilizada folha de alumínio com
espessura 0,2 mm (no máximo) para criar o espaço morto de ar responsável pela
radiação do calor entre traço e processo.

As linhas de traço deverão ser sempre instaladas na parte inferior da


tubulação de processo, quando as mesmas estiverem instaladas em trechos
verticais. Visto que o fluxo de calor ocorre de baixo para cima garantindo assim
uma temperatura homogênea dentro da tubulação. E devem ser enroladas em
espiral quando instaladas na horizontal de forma a também, garantir a
homogeneidade nestes trechos. (ver desenho abaixo)

Linha do processo
Vapor

Controle de temperatura

Purgador
Manifold

Traceamento

Purgador Válvula de Bloqueio

Condensado Silenciador

ESQUEMA PADRÃO DE MONTAGEM PARA STEAM TRACE

Autor: Engº Leonardo Claudino – Depto Técnico


Filial Salvador – Rua A, quadra 2, Lotes 3 e 4 , Loteamento varandas Tropicais CEP 42000-
000
Lauro de Freitas - BA Fone: (71) 379 –7701 E-mail:
DEPTO DE ENGENHARIA DE APLICAÇÃO

O vapor deve ser distribuído para as linhas de traço através de Manifolds,


que possuem como vantagem à facilidade na montagem (menor tempo de
instalação) e melhor condição de operação e manobras do fluxo de vapor no
sistema, sendo os mesmos norma na Petrobrás, conforme a N-116.

Nos pontos de captação a N-116 prevê a utilização de Distribuidores de


Fluxo Universais (DFU) + purgadores termodinâmicos com conexão universal
(UTDS-15)

Recomendamos ainda que as linhas de traço sejam sempre montados em


contra fluxo com a linha principal de produto de forma a melhorar a eficiência de
troca térmica do sistema.

Abaixo alguns exemplos de montagens padrão para STEAM TRACE:

Corpo de válvula

Traceamento de
instrumentação

Traceamento de
Corpo de
Flange
Bomba

Autor: Engº Leonardo Claudino – Depto Técnico


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2.2. DESCRITIVO TÉCNICO

Segue especificação dos equipamentos para utilização em sistemas de


STEAM TRACE:

 Manifold em aço carbono com válvulas tipo pistão nâo integradas para
distribuição de vapor ou coleta de condensado, conexão principal de
entrada de vapor e retorno de condensado 1.1/2" SW ANSI B16.11 classe
3000# conexões de traceamento 1/2" SW, ANSI B16.11 classe 3000# .
Condições: limite do corpo ANSI classe 300 (ISO PN 50) teste hidrostático:
76 bar g., modelo MSC, classe 3000#. No de conexões a definir.

 Distribuidor de fluxo universal - DFU (composto), corpo em aço inox ASTM


A351 CF8M castelo em aço inox. com purgador termodinâmico incorporado
com filtro modelo UTDS-15 com conexão universal, para pressão máxima
admissível de 42 barg, temperatura máxima 400°C, e contrapressão
maxima de 80% da pressão de trabalho, com vazão máxima e 100 kg/h.,
DN 1/2, classe 3000#, extremidade NPT.

 Válvula de bloqueio linear tipo pistão em aço carbono, ASTM 182,


deslocamento da haste não solidário, classe de vedação VI, internos em
aço inox, modelo VP-800, nos diâmetros de 1/2", 3/4" e 1” ,classe 800#,
para pressão máxima de 136 bar, temperatura máxima de 427°c, conexão
soquete para solda SW.

 Válvula de bloqueio linear tipo pistão em aço carbono, ASTM A 105,


deslocamento não solidário, classe de vedação VI, internos em aço inox,
modelo RP-32, nos diâmetros 1.1/2" e 2”, classe 800#, para pressão
máxima de 136 bar, temperatura máxima de 425°C, conforme API 602,
conexão soquete para solda SW.

Autor: Engº Leonardo Claudino – Depto Técnico


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Abaixo especificação completa das estações de distribuição de vapor e


coleta de condensado já montadas:

 Estação de Distribuição de Vapor modelo EDV composta por manifold em


aço carbono com válvulas tipo pistão VP-800 não integradas para
distribuição de vapor, conexão principal de entrada de vapor e retorno de
condensado 1.1/2" SW ANSI B16.11 classe 3000# , conexões de
traceamento 1/2" SW, condições: limite do corpo ANSI classe 300 (ISO PN
50), Teste Hidrostático: 76 bar g., modelo MSC, classe 3000#, N° de
conexões a definir; conexão com a linha de descarga de condensado de
1.1/2”, soquete para solda SW ANSI B16.11 classe 3000, corpo conforme
ANSI classe 300 (ISO PN 50), com 01 pç válvula de bloqueio linear tipo
pistão em aço carbono, deslocamento não solidário, classe de vedação VI,
internos em aço inox, modelo RP-32 DN 1.1/2" ,classe 800#, para pressão
máxima de 136 bar, temperatura máxima de 425°C, conforme API 602,
conexão soquete para solda SW; 01 pç Distribuidor de Fluxo Universal -
DFU (composto), corpo em aço inox ASTM A351 CF8M, castelo em aço
inox. com purgador termodinâmico incorporado com filtro modelo UTDS-15
com conexão universal, para pressão máxima admissível de 42 barg,
temperatura máxima 400°C, e contrapressão maxima de 80% da pressão
de trabalho, com vazão máxima de 100 kg/h., DN 1/2, classe 3000#,
extremidade NPT.

 Estação de coleta de condensado modelo ECC composta por manifold em


aço carbono com válvulas de pistão VP-800 não integradas para coleta de
condensado, conexão principal de entrada de vapor e retorno de
condensado 1.1/2" SW ANSI B16.11 classe 3000# , conexões de
traceamento 1/2" SW, condições: limite do corpo ANSI classe 300 (ISO PN
50), Teste Hidrostático: 76 bar g., modelo MSC, classe 3000#, N° de
conexões a definir; conexão com a linha de descarga de condensado de
1.1/2”, soquete para solda SW ANSI B16.11 classe 3000, corpo conforme
ANSI classe 300 (ISO PN 50), com 01 pç válvula de bloqueio linear tipo
pistão em aço carbono, deslocamento da haste não solidário, classe de
vedação VI, internos em aço inox, modelo RP-32 DN 1.1/2" ,classe 800#,
para pressão máxima de 136 bar, temperatura máxima de 425°C, conforme
API 602, conexão soquete para solda SW e 01 pç válvula de dreno tipo
bloqueio linear tipo pistão em aço carbono ASTM 182, internos em aço inox,
modelo VP-800 DN 3/4", classe 800#, para pressão máxima de 136 bar,
temperatura máxima de 427°C, conexão soquete para solda SW; 04 pçs
Distribuidor de Fluxo Universal - DFU (composto), corpo em aço inox ASTM
A351 CF8M, castelo em aço inox. com purgador termodinâmico
incorporado com filtro modelo UTDS-15 com conexão universal, para
pressão máxima admissível de 42 barg, temperatura máxima 400°C, e
contrapressão maxima de 80% da pressão de trabalho, com vazão máxima
de 100 kg/h., DN 1/2, classe 3000#, extremidade NPT.

Autor: Engº Leonardo Claudino – Depto Técnico


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3. MEMORIAL DE CÁLCULO

3.1. CÁLCULO DA ESPESSURA DO ISOLAMENTO

O cálculo de um traceamento inicia-se com o dimensionamento do isolamento


térmico. Para tal, recomenda-se o método de cálculo da espessura econômica do
isolamento para definição da espessura ideal.

CÁLCULO DA ESPESSURA ECONÔMICA DO ISOLAMENTO PARA TUBOS

3
E= K * D * ΔT

Onde:

- E = espessura econômica do isolamento (cm)

- K = condutibilidade térmica = 0,045 kcal / m °C h. Trata-se de valor


tabelado, que depende do material e da temperatura média.

- D = diâmetro externo da tubulação

- ΔT = diferencial de temperatura = Tp - Tamb


Tp = temperatura do processo
Tamb = menor temperatura ambiente possível

3.2. CÁLCULO DA TEMPERATURA EXTERNA DO ISOLAMENTO


(SEGURANÇA)

TS= TP - T
1 + 3,18 * F * K
De
Onde:

- Ts = Temperatura externa do isolamento (°C)

- TP = Temperatura do produto

- T = Diferencial de temperatura

- F = fator do isolamento (tabelado)


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- K = Condutibilidade térmica do isolamento

- De = Diâmetro externo do isolamento


D = Diâmetro externo da tubulação
E = Espessura do isolamento

3.3. CÁLCULO DA PERDA DE CALOR UNITÁRIA PELO ISOLAMENTO

qP = F * K * ΔT

Onde:

- qP = perda de calor unitária pelo isolamento (kcal/h por metro de


tubulação)

- F = fator do isolamento

- K = condutibilidade térmica do isolamento

- T = diferencial de temperatura

Autor: Engº Leonardo Claudino – Depto Técnico


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3.4. CÁLCULO DA ENERGIA UNITÁRIA CEDIDA PELO TRAÇO

qT = f *{1,356 * 10-8 [(TT)4 – (TP)4] + [TT – TP]1,25}

Onde:

- qT = energia unitária cedida pelo traço (kcal/h por metro de traço)

- f = fator dimensional que depende do diâmetro do traço (valor tabelado)

- TT = temperatura do traço, valor que coincide com a temperatura do


vapor à pressão disponível

- TP = temperatura do processo

3.5. CÁLCULO DO NÚMERO DE TRAÇOS

NT = q P
qT

Onde:

qP = perda de calor unitária pelo isolamento

qT = energia unitária cedida pelo traço

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Devemos frisar que os traços de vapor tem como finalidade MANTER A


TEMPERATURA MÍNIMA de um produto, seja para evitar o congelamento, seja
para manter líquidos viscosos em condições de escoamento ou impedir que
soluções se precipitem formando depósitos com a queda de temperatura. Quando
temos necessidade de um controle rígido de temperatura do produto ou quando há
necessidade de elevação de temperatura, lançamos mão do TUBO DUPLO
(CAMISA), com controle de temperatura (percebamos que nessa situação muda
completamente o meio de transferência de calor).

Os cálculos demonstrados presumem que o traço de vapor deve compensar


APENAS AS PERDAS DE CALOR ATRAVÉS DO ISOLAMENTO, isto é, O
PRODUTO NÃO TEM NEM GANHO NEM PERDA DE CALOR. Portanto, o espaço
de ar morto contido entre o isolamento e os tubos encontram-se a mesma
temperatura do produto, isto é, o calor liberado pelo traço é igual ao calor perdido
pelo isolamento.

Ficamos desde já disposição para quaisquer esclarecimentos que se façam


necessários.

Atenciosamente,

Engº Leonardo Claudino Engº Eduardo Santana


Depto. Serviços Gerente de Bioenergia
leonardoclaudino@br.spiraxsarco.com eduardosantana@br.spiraxsarco.com
Fone: (71) 379-7701 / 9918-1225 Fone: (71) 379-7701 / 9918-1239

Autor: Engº Leonardo Claudino – Depto Técnico


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