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Tratamento Térmico na

Soldagem

RAFAEL VIEL – DIVISÃO INSPEÇÃO


• OBJETIVO: esclarecer os principais
aspectos técnicos referente aos
tratamentos térmicos mais usuais no
processo de soldagem, tais como:

– Pré-aquecimento;
– Controle de Interpasse;
– Pós-aquecimento
– Alívio de Tensões
• Tratamento Térmico na soldagem pode ser
definido como um recurso metalúrgico que
visa eliminar defeitos decorrentes do
aquecimento localizado em uma junta
soldada, tais como elevado nível de
tensões residuais, fragilização por H, etc;
ZTA (zona termicamente afetada pelo calor)

A) Zona fundida;
B) Zona Termicamente Afetada
(ZTA)
C) Metal base;

C B A B C
ZTA (zona termicamente afetada pelo calor)
• Pré-Aquecimento

– Definição: consiste na inserção de calor antes


de se iniciar a soldagem;

– Objetivo: retardar a velocidade de


resfriamento;

– Eliminar o nível de tensões residuais;

– Em aços permite um maior tempo para


difusão do hidrogênio em juntas soldadas;
• Temperatura de Pré-Aquecimento
– É determinada em função dos seguintes
fatores:

• Espessura da junta;
• Composição química;
• Carbono equivalente;
• Processo de soldagem (aporte térmico)
• Nível de restrição da junta
• Carbono Equivalente
– Fórmula que determina a temperabilidade de
um aço carbono;

– É calculado em função dos elementos que


fazem parte da composição do aço;
• Carbono Equivalente

– Critério de aceitação
• Determinação da temperatura de pré-
aquecimento em função do CE;
• Interpasse

– É aplicado em soldas multi-passe;

– Controle de temperatura é feito a cada passe;

– Deve ter temperatura superior a temperatura


de pré-aquecimento;

– Tem o objetivo de retardar o resfriamento do


metal fundido;
• Interpasse
– No conjunto soldado a energia adicionada a
solda (heat imput), normalmente mantém a
temperatura da junta;

– Porém quando se tem juntas de grandes


dimensões é necessário adicionar calor;

– A temperatura de interpasse deve ser no


mínimo igual ou superior a temperatura de
pré-aquecimento;
• Interpasse
– Na prática o controle da temperatura de
interpasse é feito através dos chamados lápis
térmicos;

– Cada lápis é comprado de acordo com uma


temperatura correspondente;
• Pós-aquecimento
– É o responsável pela eliminação do
Hidrogênio induzido gerados no processo de
soldagem;

– Consiste no aquecimento da junta em


temperaturas entre 150 e 300°C;

– Realizado imediatamente após a soldagem;

– Tempo é determinado de acordo com a


espessura e elementos de liga.
• Trinca à Frio e o Pós-aquecimento

– Como dito o principal objetivo do pós-


aquecimento é eliminar a presença do H;

– As principais fontes de H na solda são:


• Revestimento úmido do eletrodo;
• Umidade do ar;
• Umidade do metal base;
• Trinca a frio e o Pós-aquecimento
– Costumam aparecer em até 48 horas após a
soldagem, em razão da migração das
moléculas de H;

– Para atenuar ou até mesmo eliminar este


defeito normalmente utiliza-se pós-
aquecimento por cerca de 250°C durante 2
horas;
• Trinca a frio e o Pós-aquecimento

Trinca à frio provocada pela migração de moléculas de H, na


ZTA
• Alívio de Tensões

– Em função do aquecimento localizado da


soldagem, acontece tensões de tração e
compressão;
• Alívio de Tensões

– Os objetivos do alívio de tensões são:

Ductilidade Dureza
Melhora ZTA
• Fases do Alívio de Tensões
– A temperatura do tratamento situa-se abaixo
da zona crítica;
– Aquecimento;
– Permanência durante certo tempo em uma
determinada temperatura;
– Resfriamento lento
• Procedimento para Alívio de Tensões
• Cálculo do Alívio de tensões
– Deve ser levada em consideração a espessura
nominal do cordão de solda;
• Taxa de Aquecimento
– Não deve ser maior do que 222°C/h, divido
pela máxima espessura de solda das peças;
– A taxa de aquecimento não pode ser maior
que 222°C/h
– Durante o aquecimento não se pode ter
variação maior que 139°C.
• Cálculo do Alivio de Tensões
– Considerar maior P number, para determinar
temperatura e tempo de patamar;
• Taxa de Resfriamento
– Realizado em forno fechado, abaixo de 427°C
pode-se retirar peça do forno;
– A taxa de resfriamento não deve ser maior
que 222°C/h dividido pela maior espessura da
solda;
– Variação máxima de temperatura de 139°C;
• Parâmetros de Tratamento Térmico
• Documentação
– Para todos os tratamentos a documentação
solicitada pelo inspetor de fabricação deve
conter:

• Parâmetros de tratamento térmico;


• Meios de resfriamento
• Gráficos de processo (desejável)
• Fornos
– Os principais fornos utilizados nas operações
de tratamento térmico são:

• Fornos fechados – elétrico ou combustão;


• Aquecedores por resistência elétrica;
• Queimadores a gás;
• Dispositivos vibratórios;
• Termopar
– Os termopares são medidores da temperatura
do forno;
– Devem ser utilizados preferencialmente 4 no
mínimo, no topo e na base da carga e o mais
próximo e mais longe da porta do forno;
– O método de fixação aceitável deve ser conf.
figura:
• Questões SEQUI

X
• Questões SEQUI
X

X
• Questões SEQUI
• Agradecimentos
– Agradeço a atenção desprendida, quaisquer
esclarecimentos contatem

• rafael.viel@tuvbrasil.com.br

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