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Analisadores Condutividade Térmica

• O analisador por condutibilidade térmica é um instrumento analítico


industrial, que permite determinar a concentração de um gás em uma
mistura gasosa;
• A condutibilidade térmica de um gás é uma grandeza física específica
dele;
• Usado geralmente em misturas gasosas; O método de análise consiste
em medir a condutibilidade térmica da amostra, relacionando-a com
a concentração no componente de gás em análise;
• Quanto maior for a diferença de condutividade entre os componentes
da amostra, maior a sensibilidade do equipamento
Analisadores Condutividade Térmica
• Condução:
Nesse processo, o calor é transmitido de molécula a molécula por meio de
agitação molecular. A molécula com temperatura mais elevada, ou seja, com
vibração mais intensa, transfere sua energia a uma molécula vizinha que esteja
com temperatura mais baixa, e assim, sucessivamente, para outras moléculas.
Este tipo de propagação é comum aqualquer meio: sólido, líquido ou gasoso.

• Convecção:
A convecção consiste no transporte de energia térmica de uma região para
outra através do deslocamento da matéria, ocorrendo apenas nos fluidos
líquidos ou gasosos.
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• Radiação:
Na radiação, o movimento vibratório das moléculas gera ondas
eletromagnéticas devido à natureza elétrica das partículas que as
constituem. Essas ondas, de intensidade e frequência proporcional ao
estado vibratório das moléculas, se propagam mesmo na ausência da
matéria e podem ser absorvidas de modo inverso à geração,
constituindo-se, portanto, em um processo de transferência de energia.
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• Condutividade térmica absoluta(K) e condutividade térmica
relativa(Kr)
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Analisadores Condutividade Térmica
• Condutibilidade térmica de uma mistura gasosa
• A condutibilidade térmica de uma mistura gasosa depende do tipo e
da concentração de seus componentes. Pode ser calculada, dentro de
um desvio médio de 2%, pela seguinte equação:
Analisadores
Condutividade
Térmica
• Princípio de Operação
A técnica consiste em relacionar
a concentração do gás
componente em análise com a
condutibilidade térmica da
mistura gasosa.
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• Princípio de Operação
Célula de resistência
Ponte de Wheatstone
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As câmaras de medição e referência são projetadas de forma a
minimizar as perdas de calor por convecção e radiação, uma vez que o
filamento deve perder calor apenas por condução no gás. Essas
câmaras podem ser encontradas sob três (3) formas diferentes, de
acordo com o modo pelo qual o gás é admitido em seu interior. São
elas:
- Difusão
- Convecção
- Fluxo direto
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• Câmara difusão: a amostra é admitida por difusão molecular, em uma
câmara que contem o filamento aquecido
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• Câmera Convecção: O gás circula em uma câmara em forma de circuito fechado
por meio de convecção. Esta câmara, que contem o filamento aquecido, é
atravessada, em um ponto, pela linha de amostra que garante, assim, a
renovação contínua do gás analisado.
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• Câmera de fluxo direto: gás circula em uma câmara, envolvendo o
filamento aquecido.
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• Analisador com célula de difusão:
Os analisadores com célula de difusão tem encontrado a preferencia
dos fabricantes pois apresentam características de maior simplicidade e
funcionalidade em relação aos outros tipos.
• A célula de análise é de construção compacta e simples.
• Em alguns casos, são construídas células com quatro câmaras,
visando aumentar a sensibilidade da medição.
• Os filamentos são constituídos por um fio de platina revestido por
uma fina camada isolante de vidro.
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• Analisador com célula de difusão:

A célula de difusão (ao lado) possui duas câmaras de


medição colocadas em sequência no sentido do fluxo da
amostra. Duas câmaras de referência são colocadas no
bloco, de forma simétrica as de medição.

Outras célula de difusão, de construção bastante


simplificada possui somente duas câmaras: uma de
medição e outra de referencia. O filamento é
substituído por material semicondutor, conhecido como
termistor.
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• Analisador com célula de difusão:

• Vantagens e desvantagens da célula de difusão:

Vantagem principal: é sua insensibilidade a vazão da amostra, isto é, a vazão da amostra


pode variar entre limites amplos, sem interferir na precisão da medição
Desvantagem: está na velocidade de resposta, para uma determinada variação na
composição da amostra, pois o processo de difusão dos gases no interior da câmara de
medição não é rápido e independente da velocidade de circulação da amostra.

Entretanto, a velocidade de resposta, pode ser aumentada a níveis satisfatórios, com o


projeto de câmara de volumes reduzidos(melhora a difusão).
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• Analisador com célula de convecção
A câmara de medição é construída em vidro e
possui a forma anelar. O gás contido no
interior do anel é mantido em circulação por
meio de convecções provocadas pelo próprio
filamento aquecido.
Em um ponto do anel existe uma
comunicação com a linha onde circula a
amostra, possibilitando, assim, a renovação do
gás contido na câmara.
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• Analisador com célula de convecção

A câmara de medição é montada no interior de


uma caixa mantida em temperatura constante.
A célula de convecção é, também, insensível as
variações de vazão da amostra, não
necessitando de nenhum controle rigoroso
desta vazão.
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• Analisador com célula de convecção

A pressão da atmosfera afeta a medição pois o filamento se resfria pelo efeito


combinado de condução e convecção.
A perda de calor por condução independe da pressão em uma ampla faixa de
variação, enquanto que as perdas de calor por convecção são afetadas pela
pressão da amostra.
Outras propriedades físicas do gás, que interferem no fenômeno de convecção e
afetam a precisão da medição de calor são: calor específico, viscosidade,
densidade e a própria condutibilidade térmica do gás.
O tempo de resposta da célula de convecção, depende da velocidade de circulação
do gás no anel de medição, não sendo, portanto, uma célula de resposta rápida.
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• Analisador com célula de fluxo direto
As células de fluxo direto são construídas, geralmente, de modo
similar as de difusão: um bloco metálico, no interior do qual são
usinadas as câmaras e as passagens de interligação.
Analisadores Condutividade Térmica
• Analisador com célula de fluxo direto

A vantagem principal deste tipo de célula é seu tempo de resposta


extremamente curto, pois a renovação da amostra se faz com
bastante rapidez.
A desvantagem principal está na sua alta sensibilidade as mudanças
de vazão de amostra. São necessários dispositivos adicionais para
manter a vazão de amostra constante. As propriedades físicas do gás,
tais como: densidade viscosidade e calor específico alteram a precisão
da medição de modo mais acentuado que na célula de difusão.
Analisadores Condutividade Térmica
• Circuito de aquecimento
A condutibilidade térmica dos gases varia com a temperatura;
portanto torna-se necessário um controle rigoroso da temperatura da
célula de análise. A técnica habitual consiste em se aquecer o bloco
de análise a uma temperatura constante e acima do ambiente. Os
valores usuais de temperatura estão compreendidos entre 45ºC e
70ºC.
Analisadores Condutividade
• Método de Medição podem ser:
Direta
Diferencial
Analisadores Condutividade
• Medição direta:
É aquela em que a amostra é
introduzida diretamente na câmara de
medição . É aplicada
fundamentalmente na medição de
amostras binárias.
Analisadores Condutividade
• Medição Diferencial: A medição diferencial
é a técnica em que a amostra é introduzida
na câmara de medição, passa por um
dispositivo de tratamento para, em
seguida, circular na câmara de referência.
É aplicada no caso de análise em misturas
complexas, quando a variação dos
componentes da amostra forem
independentes ou, excepcionalmente, em
misturas binárias, quando os componentes
tiverem condutibilidades térmicas muito
próximas.
Analisadores Condutividade
• Calibração
Os ajustes de zero e fim de faixa devem ser efetuados após 2 horas do
instrumento ter sido ligado. Esse tempo é necessário para que haja
homogeneização térmica dos elementos do analisador, cuja temperatura
é controlada.
Com o gás de zero circulando através do analisador, ajusta-se o
potenciômetro de zero de forma que a indicação e o sinal de saída
correspondam à concentração do gás analisado. Em seguida, introduz-se
o gás de fim de faixa e ajusta-se o potenciômetro de fim de faixa para que
a indicação e o sinal de saída correspondam à concentração do gás
analisado.

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