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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS DE IMPERATRIZ – CCIm


CAMPUS DE IMPERATRIZ – BOM JESUS
CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS
DISCIPLINA: QUÍMICA EXPERIMENTAL II
DOCENTE: TITO DA SILVA

EXTRAÇÃO DA CAFEÍNA

JHESSYCA MANARY

IMPERATRIZ-MA
2023

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JHESSYCA DANTAS MANARY

EXTRAÇÃO DA CAFEÍNA

Relatório apresentado à disciplina


de Química Experimental II do
curso engenharia de alimentos,
como requisito para obtenção de
nota.

Docente: Tito da Silva

IMPERATRIZ - MA
2023

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1. RESUMO

A cafeína é o composto psicoativo mais consumido pelo mundo, estando


presente em uma miríade de produtos, desde alimentos, derivados de plantas a
medicamentos e cosméticos, sendo importante seu estudo, portanto o objetivo
deste trabalho é realizar a extração da cafeína a partir de chá preto comercial.
Primeiramente foi efetuada uma extração a partir das folhas de chá comercial de
chá preto, utilizando-se primeiro uma extração por infusão sólido-líquido usando
da água como solvente e em seguida uma extração líquido-líquido por meio do
solvente diclorometano, visto seu bom grau de seletividade para o processo.

Palavras-chave: cafeína, chá preto, extração.

2. INTRODUÇÃO

A cafeína é um composto que pertence ao grupo dos alcaloides,


apresentando característica cristalina e gosto amargo. Um dos principais efeitos
da cafeína no organismo humano é a sua ação estimulante do sistema nervoso
(Prietsch e Lopes, 2011). Com sua ação farmacológica variada, também provoca
outros efeitos, relacionados a alterações no sistema cardiovascular e
homeostase de cálcio, como a diurese. Quando consumida em excesso, a
cafeína pode desencadear o descontrole motor e a insônia, bem como causar
irritabilidade em indivíduos com quadro de ansiedade (De Maria e Moreira,
2007).
A cafeína (1,3,7-trimetilxantina) é o composto de metilxantina
encontrado em maior quantidade na natureza. Além da presença no café (Coffea
sp.), pode-se encontrar a mesma em outros vegetais, como no chá verde
(Camilla sinensis), guaraná (Paullinia cupana), cacau (Theobroma cocoa) e erva-
mate (Ilex paraguayensis) (Baqueta,2016).
A técnica de descafeinação utiliza o método de extração sólido-líquido
de cafeína das fontes vegetais. Os principais métodos são a hidrodestilação,
destilação por solventes, com diclorometano e clorofórmio, e por CO2
supercrítico (Fernandes, 2007). Um dos métodos utilizados para a extração da
cafeína é através da extração por solvente, embora o clorofórmio seja o solvente
apontado como de maior eficácia em Santos (2014). O diclorometano apresenta
menor toxicidade, sendo o escolhido para o método. Para a escolha de um bom
solvente na extração de compostos orgânicos existem alguns aspectos a serem

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considerados, visto que existem muitas fases orgânicas diferentes. Para
determinar o solvente utilizado este deve atender as seguintes demandas: boa
solubilidade da substância de interesse a ser extraída, alta pureza, baixo ponto
de ebulição, baixa toxicidade e baixo custo. (BJELDANES, 2014).

3. OBJETIVOS
O presente trabalho teve como objetivo realizar a extração da cafeína a
partir de chá preto comercial.

4. MATERIAIS E MÉTODOS

4.1 Materiais:

✔ 1 Sachê de chá preto 27 g; Marca: Dr. Oelker;


✔ Dicloromethane;
✔ Chapa aquecedora, Marca: Solab; Modelo: SL-91;
✔ 3 Béquer 50 mL;

✔ 1 Béquer 100 mL;


✔ Pisseta;
✔ Água destilada;
✔ Vidro de relógio;
✔ Proveta 10 mL;
✔ Pinça metálica;
✔ Bastão de vidro;
✔ Funil de separação com tampa;
✔ Suporte universal com argola;
✔ Torneira para funil de separação;
✔ Garras.

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4.2 Métodos

Etapa 1.
Em um Bécker adicionou-se 20 mL de água destilada e por decocção fez-se o
chá preto na chapa aquecedora por 5 minutos.
Etapa 2
Após o chá esfriar, transferiu-se o chá para o funil de separação.
Etapa 3
Aqueceu-se uma pequena quantidade de água destilada para extrair mais chá
do sachê.
Etapa 4
Mediu-se 10 mL de Dichloromethane e transferiu-o ao funil de separação. Após,
agitou-se o funil e na capela de exaustão esgotou-se o gás formado. Repetiu-se
o processo por 3 vezes.
Etapa 5
Colocou-se o funil de separação no suporte universal e filtrou-se a parte orgânica
da solução. Em seguida, o Béquer foi deixado em repouso para evaporação do
Dichloromethane.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Utilizou-se o Dichloromethane para extração da cafeína por ser um dos


solventes de melhor seletividade e possui uma solubilidade de meio extrator para
a cafeína. No funil observa-se que a parte aquosa ficou na parte superior, em
quanto a orgânica na fase inferior, isso se deve pela densidade e polaridade dos
compostos envolvidos, sendo a fase orgânica mais densa (densidade de 1,322
g/cm3 a 20°C) que a aquosa (densidade da água 1,00 g/cm3 a 20°C).

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Figura 1- Sistema de extração líquido-líquido.

Após um tempo obteve-se a cafeína purificada a partir da extração de chá


preto comercial.

5. CONCLUSÃO

De acordo com a análise feita dos dados produzidos através do


experimento, apesar do baixo rendimento na extração, fica clara a obtenção e
purificação da cafeína através do processo de separação.

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REFERÊNCIAS

BAQUETA, M. R. (2016), Extração e caracterização de compostos do resíduo


casca de café. UTFPR – Campo Mourão – PR, p.55. (dissertação de
conclusão de curso).

BJELDANES, L. F.; SHIBAMOTO, T. Introdução à Toxicologia de Alimentos.


2 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. 320 p.

DE MARIA, C. A. B.; MOREIRA, R. F. A. (2007), “Cafeína: Revisão sobre


métodos de análise”. Química Nova, Vol. 30, No. 1, p.99-105.

FERNANDES, G. (2007), Extração e purificação da cafeína da casca de café.


UFU – Uberlândia – MG, p.107. (dissertação de mestrado).

PRIETSCH, R. F.; LOPES, M. R. S. (2011), “Detecção de cafeína em cápsulas


de chá verde através da cromatografia em camada delgada”. Revista átomo,
No. 11, p.1-12.

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