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AULA PRÁTICA I
EXTRAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DE METILXANTINAS EM DROGAS
VEGETAIS
Petrópolis 2022
1- INTRODUÇÃO
Metilxantinas são metabólitos secundários de algumas espécies vegetais, chamados de
pseudoalcalóides por não derivarem de aminoácidos. Alguns autores as consideram
alcaloides púricos devido a sua estrutura química. As mais abundantes são a cafeína,
teofilina e teobromina.
Sua estrutura contém um esqueleto de purina (bases nitrogenadas), tendo um anel
pirimidínico fundido a um anel imidazólico com radicais metil.
A fitoterapia tem por base a utilização de plantas medicinais, que são definidas como
aquelas capazes de produzir metabólitos secundários com funções terapêuticas. As
metilxantinas são importantes para fitoterapia pois são metabólitos secundários de
plantas, consideradas pseudo-alcalóides, sendo alguns de seus efeitos excitatório no
Sistema Nervoso Central, broncodilatador, vasodilatador, hipovolêmico, auxiliando
também no tratamento da enxaqueca.
Algumas espécies apresentam metilxantinas como marcadores químicos, que são
importantes para padronização do medicamento fitoterápico. Algumas delas são: Coffea
arábica (café ), Paullinea cupana ( Guaraná), Theobroma cacao (Cacau), IIes
paraguariensis (Erva-mate) e Cola acuminata (cola).
Muitos medicamentos fitoterápicos são ricos em metilxantinas. Os medicamentos
fitoterápicos de cafeína são indicados como estimulantes do SNC, diminuindo a fadiga e
auxiliando no tratamento da enxaqueca. A teolifina é usada para tratamento da asma,
como broncodilatador. Teobromina tem efeito vaso dilatador, de diminuição da pressão
arterial, diurético diminuindo a hipervolemia e edemas. Recentes estudos demonstram
que a teobromina aumenta o HDL.
Entretanto, mesmo os produtos naturais apresentam importantes interações
medicamentosas. A cafeína, por exemplo, apresenta interações com inibidores da
CYP2A1, com barbitúricos e ansiolíticos. Alguns inibidores da CYP2A1 são as
Quinolonas (ex.: Ciprofloxacino), o cetoconazol (antinflamatório), afluvoxamina
(antidepressivo). Como são inibidores da CYP2A1, a metabolização da cafeína fica
diminuída e com isso aumentando a sua meia vida . Essas associações podem levar ao
aumento do estimulo do SNC. Na interação Barbitúricos e ansiolíticos, como os
benzodiazepínicos, a cafeína, devido ao seu efeito estimulador do SNC, apresenta
mecanismo antagônico a esses medicamentos, podendo diminuir o efeito destes.
2- OBJETIVO
Observação da presença de Metilxantinas.
3- MATERIAIS E MÉTODO
3.1-Materiais
3.1.1-Material Vegetal
Café 2g
Coca-Cola 15 ml
3.1.2-Equipamentos
Balança
Placa de aquecimento
Agodão
3.1.3- Vidrarias
Béquer
Bastão de vidro
Pipeta
Funil pequeno
Provetas de 50 ml
Funil de separação
3.2- Método
3.2.3-Identificação de metilxantinas
Evaporar a fase clorofórmica na placa de aquecimento
Adicionar 5 gotas de HCl 6N ao resíduo
Adicionar 6 gotas de H2O2 ao resíduo, homogeneíze
Evapore em placa de aquecimento
Adicionar 3 gotas de NH4OH 6N ao resíduo
4- RESULTADOS
Solução Coca-Cola
Solução café
Fase clorofórmica
Fase clorofórmica