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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA NATUREZA- CCBN


BACHARELADO EM ENGENHARIA AGRONÔMICA

ANA GRAZIELE LEMES MELO


ANA RITA RODRIGUES DE SOUZA
AUDIVAM FERNANDES MARTINS

RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA:


EXTRAÇÃO DE CAFEÍNA

RIO BRANCO- ACRE


2024
ANA GRAZIELE LEMES MELO
ANA RITA RODRIGUES DE SOUZA
AUDIVAM FERNANDES MARTINS

RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA:


EXTRAÇÃO DE CAFEÍNA

Relatório da Aula Prática da


Matéria de Química Orgânica,
tendo por tema de estudo, a
Extração de Cafeína, afim de
aprimorar o conhecimento dos
discentes.
Docente: Kauany Andressa de
Oliveira Souza

RIO BRANCO -ACRE


2024

1. INTRODUÇÃO

O isolamento de compostos orgânicos a partir de fontes naturais é um tipo de experimento


muito empregado em disciplinas experimentais de graduação em química orgânica. O
experimento de extração de cafeína, é empregado nas disciplinas iniciais de química orgânica,
onde são ensinadas técnicas de isolamento, purificação e caracterização de substâncias. O
experimento alia a motivação do estudante, através da utilização de um produto de uso
cotidiano, ao aprendizado de técnicas de extração com solventes e purificação de substâncias
naturais, no caso a cafeína. Além disso, os reagentes empregados são de baixo custo. Para a
extração de cafeína em alimentos e bebidas são amplamente empregados métodos de extração
sólido-líquido e líquido-líquido que utilizam solventes orgânicos, como clorofórmio
(INSTITUTO ADOLFO LUTZ, 2008; DEMİR, SERDAR e SÖKMEN, 2015; NEVES e
CALDAS, 2017; MIŁEK, MŁODECKI e DŻUGAN, 2021) e diclorometano (SCHNEIDER e
HOEHNE, 2014; TORRES et al., 2015; GEBEYEHU e BIKILA, 2015; DEMISSIE,
WOYESSA e ABEBE, 2016). Com o mesmo propósito, embora de forma menos abundante, a
literatura cita a extração de cafeína a partir de fontes como o café (Coffea arabica) .

A cafeína é um alcalóide, um composto contendo nitrogênio, que apresenta propriedades


básicas. Ela pertence a uma classe de compostos de ocorrência natural chamada xantina.
Possivelmente, as xantinas são os estimulantes mais antigos conhecidos sendo que, neste
contexto, a cafeína é um dos mais potentes. Trata-se de um metabólito secundário que ocorre
naturalmente em sementes, folhas e frutos de mais de 60 espécies de plantas em todo o mundo
(GEBEYEHU e BIKILA, 2015), sendo amplamente encontrado em cafés, chás, chocolates
(AQUINO et al., 2004), cacau, guaraná, noz-de-cola (TURNBULL et al., 2017), entre outros.

A cafeína apresenta atividades antioxidantes (MARIA e GOMIDE, 2019), anti-inflamatória e


diurética (PUBCHEM, 2021) . Entre outros efeitos, causa o aumento da taxa metabólica, o
relaxamento da musculatura lisa dos brônquios, do trato biliar, do trato gastrintestinal e de
partes do sistema vascular. Após cinco minutos do consumo, a cafeína pode ser detectada em
todo o corpo humano, atingindo o seu máximo depois de 20-30 min. Ela é metabolizada no
fígado e tem uma meia vida de cerca de 3-6 h, não acumulando no corpo. A ingestão de
cafeína em excesso pode causar vários sintomas desagradáveis, incluindo a irritabilidade,
dores de cabeça, insônia, diarreia e palpitações do coração. A dose letal para uma pessoa
adulta pesando 70 kg é cerca de 10 g o que é equivalente a se tomar 100 xícaras de café ou
200 latas de Coca-Cola ou ingerir 50 kg de chocolate. Neste relatório, descreve-se a extração
de cafeína a partir do café.

2. OBJETIVOS:

Realizar a extração da cafeína do café utilizando a metodologia de partição líquido-sólido.

3. MATERIAIS E MÉTODOS:
3..1. Materiais:

 Café em pó (10g);
 Carbonato de cálcio (CaCO3);
 Béquer de 200ml (2 unidades);
 Diclorometano ou acetato de etila;
 Erlenmeyer de 100ml;
 Espátula:
 Filtro de papel (2 unidades);
 Funil comum;
 Funil de separação de 500ml;
 Proveta;
 Sulfato de sódio anidro (Na2SO4);
 Suporte universal;

3..2. Métodos:

Em um béquer de 200ml foram pesados, com o auxílio de uma espátula, 10g exatos de pó de
café. Em seguida, foram adicionados 100ml de água deionizada. Essa mistura foi levada para
o aquecimento em uma chapa e, após o sistema apresentar os primeiros sinais fervura, foram
adicionados duas pontas de espátula de CaCO3 e o sistema foi deixado sobre a chapa para
aquecimento por mais três minutos.

Após o final do tempo de aquecimento, o sistema foi despejado em um funil de Bucher


para uma filtração. O filtrado obtido (café) foi separado do pó e levado para um funil de
separação. Quando a temperatura do café se igualou a temperatura do ambiente foram,
adicionados ao funil de separação 20ml de diclorometano e, com movimentos suaves e lentos
foi feita a primeira extração.

O líquido extraído foi deixado descansando até formar fase e coletamos em um


Erlenmeyer de 100ml a fase que continha a cafeína. Seguindo o roteiro da prática, éramos
para ter feito esse processo de extração mais duas vezes, porém o diclorometano acabou e a
professora orientadora nos disse para seguirmos para o próximo passo: de adicionarmos três
pontas de espátula de sulfato de sódio (Na2SO4) ao Erlenmeyer, uma a uma e mexer bem a
substância após cada inclusão. Ficou bem perceptível que a turbidez havia diminuído ao final
desse processo.

Em seguida nos foi instruído a juntarmos o resultado da nossa primeira extração com a
de outro grupo, assim fizemos. Após essa etapa, filtramos a substância com um filtro de papel
e a realocamos, com a ajuda de um funil comum, para um béquer já devidamente pesado e
identificado com os dois grupos, que foi resguardado para que o solvente evaporasse e
pudéssemos fazer a pesagem e calcular o rendimento da cafeína obtida durante todo esse
processo.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES:
A
5. CONCLUSÃO:
Ao final da aula prática em conjunto ao relatório, foi possível entender no laboratório e com a
explicação da professora, como se dá o processo de extração da cafeína pelo método sólido-
líquido da tão importante cafeína. Além disso, por meio do questionário passado em conjunto
ao relatório, foi possível também aprendermos mais sobre a importância da cafeína nos mais
diversos setores, sejam eles alimentício, farmacêutico e até mesmo na maneira como certas
plantas a utilizam para sua própria defesa.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BRENELLI, Eugênia Cristina Souza. A extração de cafeína em bebidas estimulantes: uma


nova abordagem para um experimento clássico em química orgânica. Química nova, v. 26, p.
136-138, 2003. Acesso em 13 de Fevereiro de 2024.
DE MAGALHÃES, Bárbara Elizabeth Alves. Cafeína em alimentos e bebidas: uma revisão
sobre métodos de extração. Acesso em 13 de Fevereiro de 2024.

7. QUESTIONÁRIO:
A) Faça uma pesquisa sobre o valor de cafeína no café.

A quantidade de cafeína no café pode variar dependendo de vários fatores, incluindo o tipo de
grão, método de extração e quantidade de café utilizada. Normalmente, uma xícara de café de
240 ml contém de 80 a 120 mg de cafeína, mas essa quantidade pode variar. Por exemplo, o
café expresso tende a ter uma concentração maior de cafeína do que o café coado.

B) A cafeína pode ser classificada dentro da classe de alcaloides. Apresente uma definição de
alcaloide e apresente alguns alcaloides com atividade biológica.

Alcaloides são uma substância de caráter básico derivadas principalmente de plantas, mas
podendo ser também derivados de fungos, bactérias e até mesmo de animais. Contém em sua
fórmula basicamente nitrogênio, oxigênio, hidrogênio e carbono.

Seus nomes comuns geralmente terminam com o sufixo –ina, como por exemplo a cafeína do
café classificado como pseudoalcaloide por ser, na verdade, uma xantina. Outros exemplos
são: cocaína (da coca), papaverina, morfina, heroína, codeína (da papoula), etc.

São geralmente sólidos brancos (com exceção da nicotina) e podem existir nas plantas, no
estado livre como sais e óxidos, e correspondem os principais terapêuticos naturais com ação
analgésica, psicoestimulante, neurodepressora, etc.

Os alcoides podem ser classificados quanto a sua atividade biológica, quanto a sua estrutura
química e quanto a sua origem biosintética (maneira de produção da planta), podem ser
divididos em três grupos:

- Alcaloides verdadeiros: Possuem anel heterocíclico com um átomo de nitrogênio e cuja


biossíntese, se dá através de um aminoácido.

- Protoalcaloides: O átomo de nitrogênio não pertence ao anel heterocíclico e se originam de


um aminoácido. Ex.: efedrina.
- Pseudoalcaloides: São derivados de terpenos os esteroides e não de aminoácidos. Ex.:
solasodina.

C) O chocolate tem vários compostos que representam apenas 2% da composição total desse
produto que se encontram dentro da classe de alcaloides. Apresentem três compostos,
desenhando suas fórmulas estruturais e a importância biológica desses compostos.

Cafeína: Teobromina:

Teofilina: Feniletilamina:

A Cafeína além disso, como a cafeína é muito consumida por praticantes de


atividades físicas, os laboratórios produtores de suplementos desenvolveram técnicas para
isolar esta substância e até mesmo produzi-la sinteticamente, para ser adicionada em
produtos termogênicos (que queimam gordura). Dessa forma, é muito comum encontrar
cafeína em cápsulas ou em pó.

A Teobromina tem ação vasodilatadora (um alargador de vaso sanguíneo),


diurética (uma ajuda para eliminar a urina) e estimulante do coração (aumenta a
frequência cardíaca).

A Teofilina é uma dimetilxantina relacionada com a cafeína, que está presente


no cacau e no chá. É também um fármaco do grupo dos antiasmáticos. Os seus efeitos são
devidos à inibição da fosfodiesterase com aumento dos mediadores celulares cAMP e
cGMP. Antagonistas dos receptores do neurotransmissor depressor adenina no cérebro.
A Feniletilamina ou bete-feniletilamina também cnhecida como ”hormônio da
paixão” é um neurotransmissor cuja molécula se parece muito com a anfetamina, e cuja
produção no cerébro suspeita-se que possa ser desencadeada por eventos simples como
uma troca de ohares ou um aperto de mãos; ela também é a responsável por provocar a
sensação de bem-estar em nosso cerébro, pois ela pode acionar liberação de dopamina,
substância química do cérebro que causa a sensação de felicidade.

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