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PROCESSO OXIDATIVO DE DETOXIFICAÇÃO PARA UTILIZAÇÃO DA TORTA DO PINHÃO-MANSO

(JATROPHA CURCAS L.), NA NUTRIÇÃO DE ANIMAIS

Este trabalho possui o objetivo de descrever dois estudos acerca do processo oxidativo de detoxificação das tortas de
pinhão-manso, Jatropha Curcas L., como tratamento da toxicidade desse material, a fim de que ele possa ser
seguramente utilizado no complemento proteico de animais, além da finalidade como adubo. Embora o coproduto
apresente quantidades significativas de macro e micronutrientes, as tortas contêm, em sua composição, substâncias
tóxicas e antinutricionais que inviabilizam uma finalidade mais segura na alimentação. Nessa perspectiva, nossa
metodologia baseia-se na revisão de literatura sobre da validação desse processo na torta de pinhão-manso. Para isso,
realizamos diversas leituras sobre o tema através de artigos, e compilamos os resultados contidos nas pesquisas. Foram
realizados dois estudos para confirmar a eficiência do tratamento avançado de oxidação (POA) detoxificativo para
abonar que as principais características nutricionais fossem preservadas. No primeiro deles, foram testados vários
catalisadores à base de ferro, dado que esse processo se baseia nas reações do tipo Fenton, onde radicais hidroxilas
(OH) são gerados, e transformam os ésteres de forbol em moléculas ainda menores por meio da oxidação. Diante da
microscopia eletrônica de varredura (MEV) e da análise de cromatografia líquida de alta resolução (HPLC), os
resultados apontaram que o tratamento pode ser utilizado na retirada da toxicidade das tortas, pois as características
nutricionais foram mantidas. Para garantir fidedignidade quanto à segurança do produto, foi dada continuidade à
pesquisa através de um teste in vivo com ratos da linhagem Wistar, Rattus norvegicus, com quantidades crescentes (5%,
10% e 15%) das tortas. Após 3 doses, os animais começaram a perder peso e sofreram diarreia, e os que consumiram a
maior quantidade foram levadas ao óbito. Ao final, foi realizada necropsia e retirada dos órgãos, e o teste de
hematograma evidenciou danos salientes na maioria dos órgãos. Portanto, a conclusão obtida é de, embora a primeira
pesquisa mostrou relevância desse tratamento na eliminação dos ésteres de forbol, o segundo experimento demonstrou
claramente que o processo de detoxificação oxidativo requer mais estudos e aperfeiçoamento para que seu uso na saúde
animal seja, de fato, totalmente seguro.

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