sistema UV-C de tubo enrolado em serpentina: simulação numérica de campo de fluxo, peroxidação lipídica e análise de voláteis. Vitória Sousa 1 1. Graduanda em Engenharia de Alimentos, Universidade Federal do Ceará. O processo térmico UHT envolve o uso de altas temperaturas para esterilização comercial dos alimentos, mas isso prejudica a qualidade nutricional e aumenta o custo do produto. Para superar essas desvantagens, estudos investigaram o uso da luz ultravioleta (UV-C) como um tratamento não térmico. Esse método mantém a qualidade do alimento, economiza energia e não produz subprodutos prejudiciais. No entanto, a penetração eficaz da luz UV-C é um desafio. O artigo teve como objetivos: 1) Comparar o fluxo de fluidos em reatores UV SPCT; 2) Validar a eficácia do reator SPCT na inativação de esporos de B. cereus em extrato de amêndoas e leite UHT integral; 3) Avaliar a qualidade dos fluidos após o tratamento por meio da análise dos voláteis da peroxidação. O método incluiu a inoculação de Bacillus Cereus em meio BHI por 18 horas a 37°C com aeração a 180 rpm e adicionados esporos purificados em leite UHT (WM) e extrato de amêndoas (AM), mas a proporção não foi informada. A quantidade inicial de esporos foi medida antes da adição, usando ativação térmica e plaqueamento em ágar nutriente. Ademais, o estudo avaliou as propriedades ópticas, e realizou as análises de compostos voláteis e peroxidação lipídica. Dessarte, no experimento foi utilizado o sistema SPTC - UV, ele consiste em uma lâmpada central envolvida por tubos de fluxo nylon ligados a uma bomba que impulsiona 250mL dos fluidos adicionados de bacillus cereus ativado, mas não menciona as proporções utilizadas. O sistema é resfriado a 4°C até a análise de peróxidos. Vale ressaltar que o tubo do fluido contém curvas acentuadas e ele induziu 10 vórtices onde as partículas de fluido foram misturadas. Em suma, os dados ópticos indicaram que leite integral absorve e difunde mais luz que o extrato de amêndoas devido a diferentes coeficientes de absorção, tornando o leite mais turvo e prejudicando a penetração da luz UV. Os resultados do tratamento com UV no leite integral mostrou que em 6 das 10 passagens pelo tubo 4 log de bacillus cereus foram reduzidos, ao passo que o tratamento com o extrato precisou de 10 passagens para atingir a mesma redução. O artigo não deixa claro os resultados da análise de peróxidos, mas informa na conclusão que os teores de peróxidos e compostos voláteis não foram significativos, porém desta, entrega os resultados, após o tratamento com UV, houve um aumento de ésteres, cetonas e ácidos, com redução de aldeídos, álcoois e éteres no leite integral. No entanto, no extrato de amêndoas, não houve mudanças estatisticamente significativas na proporção desses compostos, exceto a diminuição de benzaldeído e o aumento de hexanal.