A história de três reis: Um começo maravilhoso, mas com um final terrível
2 Cr 24.1-25
Você já começou a assistir um filme e se encantou com o seu início fantástico?
Talvez você tenha pensado: “Nossa, este é o melhor filme que já vi na vida”! Mas, de repente, o filme que você jurou que se tornaria um clássico, tornou-se uma experiência decepcionante, pois teve um final inesperado, sem lógica e totalmente estranho à proposta inicial? Pois é, isto não acontece apenas nos filmes, nas novelas ou na literatura. Isto ocorre também na vida real. A vida do rei Joás é uma prova disto (cf. 2 Cr 22.10-24.1-27). A história de Joás começa com o assassinato de todos os seus irmãos. A assassina foi a sua própria avó, cujo o nome era Atalia, filha de Acabe e Jezabel (2 Cr 22.10 cf. 2 Cr 18.1). Joás foi salvo da morte por sua tia Jeosabeate, que era casada com o sacerdote Joiada (2 Cr 22.11). Criado sob os cuidados de um homem de Deus, Joás aprendeu a servir ao Senhor, o Deus da aliança (cf. Gn 3.15; 12.1-3; 2 Sm 27.12-16; 2 Cr 21.7; 23.3). Constituído rei ainda criança (2 Cr 23.3,11; 24.1), Joás foi orientado por Joiada (2 Cr 23.16-21), que desmascarou e executou o juízo contra Atalia (2 Cr 23.12- 15). Tudo foi muito bem no reinado de Joás, enquanto Joiada estava vivo (2 Cr 24.1- 15). Uma história maravilhosa se tivesse acabado por aí. Porém [e, infelizmente na vida de algumas pessoas sempre existem vários “poréms”], a história continuou. O roteiro parece que foi mudado. Joás começou a ouvir seus conselheiros e estes o convenceram a “deixar a Casa do Senhor” (v.17,18) e “servir aos postes-ídolos” (v.18). Não fosse isso algo terrível o bastante, Joás mandou que matassem Zacarias, seu próprio primo e filho do seu benfeitor Joiada (v.20-22). Deus viu isto e retribuiu todos os atos de Joás e de Judá (cf. v.22; 23-27). A história termina com uma nação desmoralizada por um exército muito menor que o seu (v.23- 24) e um rei doente, subjugado por outra nação e assassinado por seus próprios servos (v.25,26). E, como seu pai, não foi sepultado no túmulo destinado aos reis, por causa de suas obras perversas (v.25 cf. 2 Cr 21.20). O que aprendemos com tudo isto? Aprendemos que é possível que pessoas busquem abrigo debaixo da aliança de Deus, mas se esqueçam que tal aliança propõe igualmente bênçãos e maldições. Tais pessoas se esquecem que a aliança divina exige um viver digno e santo perante Deus (Ex 19.5,6; 20.1-17; Lv 20.7 cf. Gn 2.15-17; Dt 11.26-28; 27.15-25; 28.1-68). Por isso, não é sem motivo que a Palavra de Deus alerta- nos quanto ao perigo da apostasia (Mt 13.19-22; Hb 6.4-12) e a necessidade de perseverar no caminho do Senhor (Mt 24.13; Ef 4.1; 1 Ts 4.3-7; Hb 10.36; Tg 1.12, Ap 14.12). Como diz John Piper, é a luta contra o pecado é uma evidência da fé justificadora, e, portanto, uma marca da nossa salvação em Cristo. A minha oração é que o filme de sua vida tenha um final feliz. Com certeza, você terá momentos cômicos e momentos dramáticos durante a sua vida. Entretanto, em todos eles, a perseverança e a luta contra o pecado determinarão o fim de toda a trama existencial na qual você está inserida, para a glória de Deus. Que Deus te abençoe.