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“Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição” I
Tessalonicenses 4.3
Introdução: Os desejos carnais, como a prostituição, fazem parte da natureza terrena do ser humano
(Colossenses 3.5), que surgem dentro de seu coração (Marcos 7.21).
Existe um espírito maligno de prostituição que impede a pessoa de ver que está errada e em pecado, por
isso “o seu proceder não lhes permite voltar para o seu Deus, porque um espírito de prostituição está no
meio deles, e não conhecem ao SENHOR” (Oseias 5.4). Por isso esta batalha é espiritual, contra potestades
(Efésios 6.12) e precisamos orar e jejuar para vencer (Marcos 9.29).
1- Prostituição espiritual
Levítico 17.7 “Nunca mais oferecerão os seus sacrifícios aos demônios, com os quais eles se prostituem;
isso lhes será por estatuto perpétuo nas suas gerações”.
A prostituição espiritual se refere a mistura de crenças (Deuteronômio 31.16), quando o povo aceitava os
ensinos dos povos pagãos ao seu redor e adotava os seus deuses (Êxodo 34.15,16), o Senhor dizia que “se
contaminaram com as suas obras e se prostituíram nos seus feitos” (Salmo 106.39). Toda vez que o povo
se afastava de Deus, estavam se prostituindo com outros deuses (Juízes 2.17).
A idolatria é um tipo de prostituição espiritual porque toda vez que o povo de Israel seguia aos deuses da
terra (Ezequiel 16.16-29, 34-36), o Senhor dizia que “se prostituíram após os seus ídolos” (Ezequiel 6.9). O
misticismo também é um tipo de prostituição espiritual (Levítico 20.5,6).
Quando Gideão fez uma estola ou veste sacerdotal e o povo adorou a ela, o Senhor considerou isso como
uma prostituição espiritual (Juízes 8.27-33).
Havia ainda um tipo de prostituição cultual (II Reis 23.7), onde as sacerdotisas eram prostitutas cultuais (I
Reis 14.24; 15.12; 22.47), entregando seus corpos como culto aos seus deuses.
No Apocalipse, a falsa igreja, ilustrada pela meretriz que se diz ser a ‘mulher’, ou seja, a igreja, mas se
prostitui com uma religião falsa é um símbolo da prostituição espiritual (Apocalipse 17.1-16). Os falsos
pregadores que estão “adulterando a palavra de Deus” (II Coríntios 4.2), praticam prostituição espiritual.
Resumindo, prostituição espiritual significa “servi a dois senhores” (Mateus 6.24).
Prostituição espiritual é uma obra da carne!
2- Prostituição comercial
Miquéias 1.7 “Todas as suas imagens de escultura serão despedaçadas, e todos os salários de sua
impureza serão queimados, e de todos os seus ídolos eu farei uma ruína, porque do preço da prostituição
os ajuntou, e a este preço volverão”.
Outro tipo de prostituição é a comercial, quando a pessoa vende o seu corpo para receber um dinheiro ou
algo em troca, mesmo que seja “um pedaço de pão” (Provérbios 6.26).
Deuteronômio 23.18 “Não trarás salário de prostituição nem preço de sodomita à Casa do SENHOR,
teu Deus, por qualquer voto; porque uma e outra coisa são igualmente abomináveis ao SENHOR, teu
Deus”.
Deus não aceita a prostituição como profissão ou meio de vida, nem como opção sexual de vida livre e
sem compromisso.
Raabe foi um exemplo de prostituta que creu em Deus e teve sua vida transformada (Josué 2.1 e 6.17-
25), pois foi salva e se casou com Salmon, filho de Calebe (I Crônicas 2.51) e foi ascendente da linhagem
real de Davi e da genealogia do Senhor Jesus (Mateus 1.5).
O livro de provérbios traz vários conselhos para os jovens não se envolverem com prostitutas (Provérbios
7.10, 23.27; 29.3).
Sansão é um exemplo de homem que se envolveu com prostitutas e não foi bem sucedido (Juízes 16.1).
Judá também se prostituiu com sua nora Tamar que se fez de prostituta (Gênesis 38.13-26). O pecado de
Balaão foi ensinar o povo de Deus a prostituir (Números 25.1). A rainha Jezabel se prostituía e ensinava a
idolatria (II Reis 9.22). Estes dois últimos se tornaram símbolos do erro e da prostituição (Apocalipse
2.14,20,21).
A Bíblia condena a prostituição e diz que o pai não pode entregar sua filha para a prostituição (Levítico
19.29). Os sacerdotes não podiam se casar com prostitutas, mas somente com moças virgens (Levítico 21.7
e 14). A prostituição era condenada com pena de morte por apedrejamento (Deuteronômio 22.21). Tanto o
homem como a mulher deveriam ser mortos (Levítico 20.10).
Prostituição comercial é uma obra da carne!
3- Adultério
Êxodo 20.14 “Não adulterarás”.
Mateus 5.32 “Eu, porém, vos digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais
ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério”.
Jesus deixou bem claro que quem deixa uma mulher para ficar com outra está cometendo adultério. O
divórcio só é concedido quando acontece traição. Em nenhum momento existe incentivo ao divórcio, pois
“quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério; e aquele que casa com a mulher repudiada
pelo marido também comete adultério” (Lucas 16.18). um novo casamento só é permitido após a morte do
primeiro cônjuge (Romanos 7.3).
Hebreus 13.4 “Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus
julgará os impuros e adúlteros”.
O adultério acontece quando a pessoa é casada e se envolve com alguém para ter um relacionamento
extra conjugal. Isso é uma traição que torna-se ofensa a Deus e ao próximo.
Deus mandou o profeta Oseias se casar com uma mulher adúltera da terra (Oseias 1.2), para servir de
exemplo ao povo de como estavam traindo ao seu Deus o Senhor para servir outros deuses (Oseias 4.12-
18). Em vários textos Deus se compara como o marido e o seu povo como sua esposa no tocante à fidelidade
(Jeremias 3.1-13).
Provérbios também traz vários conselhos para o jovem não cometer adultério (Provérbios 2.16; 5.3) e para
“afasta o teu caminho da mulher adúltera e não te aproximes da porta da sua casa” (Provérbios 5.8). O sábio
deixa bem claro que “o que adultera com uma mulher está fora de si; só mesmo quem quer arruinar-se é
que pratica tal coisa” (Provérbios 6.32). O problema é que muitas pessoas se acostumam com isso e não
sentem que estão pecando (Provérbios 30.20).
A Bíblia diz que não precisamos fugir do diabo, mas apenas resistir a ele que deverá fugir de nós ( Tiago
4.7), mas deixa bem claro para “Afasta [foge] o teu caminho da mulher adúltera e não te aproximes da porta
da sua casa” (Provérbios 5.8). Por isso devemos seguir o exemplo de José que fugiu da mulher de Potifar
para não pecar contra Deus (Gênesis 39.7-12).
O adultério é um tipo de prostituição!
4- Fornicação
I Coríntios 5.1 “Geralmente se ouve que há entre vós fornicação, e fornicação tal, que nem ainda entre os
gentios se nomeia, como é haver quem abuse da mulher de seu pai”. (RC)
A palavra original no grego bíblico é porneia (πορνεια), que significa relações sexuais ilícitas1. Algumas
traduções trazem a palavra imoralidade (RA – Revista e Atualizada), ou a palavra fornicação (RC – Revista
e Corrigida).
O sexo fora do casamento é considerado fornicação. Deus abençoou o casamento e designou que cada
homem deve "ter sua própria esposa" e vice-versa (I Coríntios 7.2). Por isso a Palavra orienta que é “melhor
casar do que abrasar” (I Coríntios 7.9).
O povo de Sodoma e Gomorra foi condenado por Deus por sua vida libertina e a prática da fornicação
(Judas 1.7). A libertinagem de uma vida sexual sem compromisso também é pecado (II Pedro 2.2,7 e 18).
A Palavra de Deus declara que os fornicadores estão entre os que não entrarão no Reino de Deus
(Apocalipse 21.8).
Como resolver estes problema? Se você estiver amasiado, deve entrar em um acordo com seu/sua
parceiro/a para regularizarem sua situação quanto antes. Se for um namoro sem limites, deve também orar
a Deus e entrar em acordo com a pessoa amada para deixarem de praticar o ato sexual até o casamento.
Deus perdoa todos os pecados (I João 1.7-9), mas Jesus disse para a mulher adúltera “vá e não peques
mais” (João 8.11).
Fornicação é um tipo de prostituição!
5- Homossexualismo
Romanos 1.26,27 – “Por causa disso Deus os entregou a paixões vergonhosas. Até suas mulheres
trocaram suas relações sexuais naturais por outras, contrárias à natureza. Da mesma forma, os homens
também abandonaram as relações naturais com as mulheres e se inflamaram de paixão uns pelos outros.
Começaram a cometer atos indecentes, homens com homens, e receberam em si mesmos o castigo
merecido pela sua perversão”.
O homossexualismo é tão antigo quanto a humanidade. Na Bíblia é chamado pelas palavras ‘sodomita’,
referindo-se a Sodoma onde os homens ficavam com homens ou a palavra ‘pederasta’ que se refere ao
sexo de homens com rapazes mais jovens, que no caso também é pedofilia.
Os homens de Sodoma desejaram os anjos que foram buscar a família de Ló e pediram: “traga-os para
nós aqui fora para que tenhamos relações com eles” (Gênesis 19.4,5). Deus viu o pecado de Sodoma e
Gomorra e se aborreceu muito (Gênesis 13.13), por isso o Senhor destruiu aquela terra (Gênesis 19.24-28).
Os homens de Gibeá também quiseram abusar sexualmente de um levita que era forasteiro e se
hospedara na casa de um homem (Juízes 19.22,23). Por fim cometeram um dos piores crimes de estupro
contra a mulher do levita (Juízes 19). Este pecado foi uma grande ofensa para Deus (Oseias 9.9 e 10.9).
Levítico 18.22 - “Não te deitarás com varão, como se fosse mulher; é abominação”.
O pecado da homossexualidade aborrece muito a Deus porque intenta contra a imagens e semelhança
do Criador, adulterando a sua natureza original (Gênesis 1.27). Por isso Deus se irou tanto contra “Sodoma,
e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregado à prostituição como aqueles, seguindo
após outra carne, são postas para exemplo do fogo eterno, sofrendo punição” (Judas 1.7). Por isso a Palavra
deixa claro que “os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras,
nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas” (I Coríntios 6.9). No Antigo Testamento, o pecado do
homossexualismo era condenado com pena de morte (Levítico 20.13).
A cada dia mais este pecado tem ganhado prestígio na sociedade, chegando ao ponto de considerar a
homossexualidade como um tipo de vida evoluído. Isso é cumprimento da profecia sobre a apostasia dos
últimos dias (I Timóteo 1.10).
Não podemos discriminar nem fazer nada contra as pessoas homossexuais, que devem ser alvo de nosso
amor, respeito, compreensão e principalmente alvo da evangelização. Contudo, precisamos orar por estas
pessoas para que sejam libertas e curadas por Deus. Esta obra do arrependimento é do Espírito Santo (João
16.8-11) e nosso dever é apenas ensinar a verdade libertadora do evangelho (João 8.32).
Para saber mais, leia o estudo: O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE HOMOSSEXUALISMO.
Homossexualismo é um tipo de prostituição!
6- Pedofilia
Joel 3.3 “Lançaram sortes sobre o meu povo, e deram meninos por meretrizes, e venderam meninas por
vinho, que beberam”.
A pedofilia consiste no incentivo à vida sexual antecipada de uma criança ou adolescente que ainda está
em formação física e psicológica. Ninguém tem o direito de invadir a intimidade de uma criança ou
adolescente, nem induzir a sexualidade.
A pederastia, ou sexo entre um homem e um jovem rapaz, era um costume no mundo grego. Vários
imperadores tiveram amantes rapazes de forma pública, como o Imperador Adriano e o jovem Antinoo e
Alexandre o Grande com o jovem Heféstion. Mas esta prática comum no meio pagão era condenada no
meio do povo de Deus como pecado.
Cantares 8.4 “Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, que não acordeis, nem desperteis o amor, até que
este o queira”.
O texto de Cantares, que fala de amor e sexualidade, aconselha as jovens de Jerusalém a não
anteciparem sua vida sentimental antes do tempo certo, resguardando-se para o futuro. O mesmo versículo
se repete três vezes (Cantares 2.7; 3.5; 8.4).
Pedofilia é crime segundo os artigos 240 e 241 do ECA – Estatuto da Criança e Adolescente. Infelizmente,
na história da igreja cristã, muitos líderes cometeram este crime intentando contra menores. Um dos motivos
atribuídos a isso é a proibição do casamento dos padres, que é uma “doutrina de demônios... e proíbem o
casamento” (I Timóteo 4.1 e 3).
Certamente a pedofilia como atração por menores é um distúrbio mental doentio, que precisa ser tratado
com doença, mas também não pode ser ignorado em seu caráter criminoso.
Pedofilia é um tipo de prostituição!
7- Incesto
Levítico 18.6 “Ninguém poderá se aproximar de uma parenta próxima para se envolver sexualmente com
ela. Eu sou o Senhor”.
O Incesto é a relação sexual entre parentes de primeiro grau. Embora a Bíblia relate vários casos de
incesto, podemos classificar em dois tipos: aqueles que são preexistentes à lei que proíbe o incesto e os
que aconteceram depois da lei e por isso foram reprovados e cometidos conscientemente como pecado.
Com a lei ficou proibido o casamento com a madrasta (Levítico 18.8), netos (Levítico 18. 10), cunhados
(Levítico 18.16), irmãos (Deuteronômio 27.22) e sogros (Deuteronômio 22.23).
Os casos de incesto relatados na Bíblia:
- Incestos anteriores à lei:
Abraão e Sara (Gênesis 20), que eram meio irmãos, ou seja, filhos do mesmo pai.
Naor e Milca (Gênesis 11), Naor era irmão de Abrão e se casou com sua sobrinha MIlca. Ló e suas filhas
(Gênesis 19), Ló era sobrinho de Abraão, filho de Harã e irmão de Milca.
As filhas de Ló o embriagaram para se relacionarem sexualmente com ele, com o propósito de ter filhos.
Anrão e Joquebede (Êxodo 6), Anrão casou-se com sua tia Joquebede, e tiveram filhos.
Na cultura do povo de Deus havia um costume de se casar com parentes para manter sua raça pura. Por
isso era comum o incesto. Mas após a lei este costume foi delimitado (Levítico 20.17).
Incesto é um tipo de prostituição!
8- Abuso sexual
Deuteronômio 22.25-29 “Mas se for no campo que o homem achar a moça que é desposada, e o
homem a forçar, e se deitar com ela, morrerá somente o homem que se deitou com ela; porém, à moça
não farás nada. Não há na moça pecado digno de morte; porque, como no caso de um homem que se
levanta contra o seu próximo e lhe tira a vida, assim é este caso; pois ele a achou no campo; a moça
desposada gritou, mas não houve quem a livrasse. Se um homem achar uma moça virgem não desposada
e, pegando nela, deitar-se com ela, e forem apanhados, o homem que se deitou com a moça dará ao pai
dela cinquenta siclos de prata, e porquanto a humilhou, ela ficará sendo sua mulher; não a poderá repudiar
por todos os seus dias”.
O pecado de abusar sexualmente de uma jovem foi condenado com a pena de morte quando esta for
forçada e apesar de gritar não conseguir socorro. No caso da moça solteira e sem compromisso o homem
teria que se casar e assumir como esposa para sempre. Embora neste último caso pareça estranho para
nós hoje, no tempo era aceitável pois a moça uma vez abusada não conseguiria outra pessoa que a
aceitasse.
Levítico 18.19 “Não se aproxime de uma mulher para se envolver sexualmente com ela quando ela
estiver na impureza da sua menstruação”.
Um fato comum de abuso sexual, que acontece dentro dos casamentos é o sexo durante a menstruação
(Ezequiel 22.10). Isso no tempo bíblico era um preceito litúrgico referente à necessidade de pureza para os
rituais. Mas Deus em sua sabedoria orientou isso para preservar a mulher.
Durante a menstruação, a mulher fica mais sensível, dolorida e ressecada, sem ter o mesmo prazer e por
isso o ato sexual pode ser com muito mais atrito, o que define como um abuso, pois se a mulher não estiver
sentindo prazer, a relação sexual será forçada.
Onã foi castigado por Deus porque tinha relações sexuais com sua esposa e não queria ter filhos com ela,
então jogava o sêmen na terra (Gênesis 38.9). Este ato era praticamente um estupro, pois usava de sua
mulher para ter prazer sem se preocupar com ela.
Este detalhe deve ser apenas como um alerta, pois se a mulher não estiver disposta, não pode ser forçada
a ter relações sexuais, mas deve ser conquista e o homem precisa saber esperar o tempo certo.
Abuso sexual é um tipo de prostituição!
9- Masturbação
Levítico 15.16,17 e 32 “Também o homem, quando se der com ele emissão do sêmen, banhará todo o
seu corpo em água e será imundo até à tarde. Toda veste e toda pele em que houver sêmen se lavarão
em água e serão imundas até à tarde. Esta é a lei daquele que tem o fluxo, e daquele com quem se dá
emissão do sêmen e que fica por ela imundo”.
A masturbação consiste em produzir o próprio prazer acariciando o corpo. Quase sempre a masturbação
está associada ao desejo por alguém, o que já se configura como pecado (Mateus 5.28). A pornografia
também é um grande incentivo ao vício da masturbação.
O texto bíblico, quando se refere à ‘emissão de sêmen’, significa a polução noturna (Deuteronômio 23.10),
no caso do homem, já maduro e que por muito tempo sem ter relações sexuais, quando ia para a guerra,
por exemplo (Deuteronômio 23.9), o seu próprio corpo libera o sêmen durante a noite. Mesmo assim era
considerado como impureza (Deuteronômio 23.11). O sêmen era considerado imundo (Levítico 22.4).
Ter a polução noturna em si não é considerado pecado para nós cristãos, a partir da Nova Aliança em
Jesus, que nos libertou de ritos e cerimonialismo (Colossenses 2.20-23). E emissão de sêmen pode
acontecer com qualquer homem de forma involuntária. Mas também pode ser associada ao desejo. A
questão em si não é o sêmen liberado e sim como, se foi por indução baseada em lascívia ou não.
A questão da masturbação em ligação com a obra da carne da prostituição consiste em que muitas vezes
nem é preciso estar em contato com outra pessoa para se prostituir, pois ao se masturbar, logo está
desejando pecar (Tiago 1.14).
A masturbação é um tipo de prostituição!
Fuja da prostituição!
CONCLUSÃO
I Coríntios 6.15,16 e 18 “Não sabeis que os vossos corpos são membros de Cristo? E eu, porventura,
tomaria os membros de Cristo e os faria membros de meretriz? Absolutamente, não. Ou não sabeis que o
homem que se une à prostituta forma um só corpo com ela? Porque, como se diz, serão os dois uma só
carne. Fugi da impureza. Qualquer outro pecado que uma pessoa cometer é fora do corpo; mas aquele
que pratica a imoralidade peca contra o próprio corpo”.
A grande estratégia de satanás ao levar uma pessoa a se prostituir de qualquer das formas acima é poder
adentrar dentro do santuário de Deus, que é o nosso corpo (I Coríntios 3.16). Então devemos “fazei, pois,
morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno” (Colossenses 3.5).
Peça perdão ao Senhor por seus pecados e receba a libertação.
Não podemos julgar as pessoas e nem esquecer que Jesus perdoou uma mulher adúltera mostrando que
a prostituição tem perdão, basta a pessoa se arrepender (João 8.1-11). Cristo ainda disse que no Reino dos
céus, as meretrizes que se converteram precederiam os religiosos (Mateus 21.31,32). Devemos pregar o
evangelho de Deus mostrando que as pessoas podem ser libertas da prostituição. Embora também não
podemos negligenciar que todo tipo de prostituição impede a entrada no Reino de Deus se não
arrependermos (I Coríntios 6.9).
Deus liberta da prostituição!
Introdução: Uma coisa impura é porque foi contaminada por algo sujo ou estranho. O povo de Deus tinha
sempre em mente a visão do que é puro ou impuro, preocupando-se sempre em não se contaminar (Ageu
2.13,14). Nos rituais de purificação, o povo devia lavar as suas vestes (Êxodo 19.10) e oferecer sacrifício
pelo pecado (Levítico 16.16-19 e 30).
A primeira característica da impureza está em nossas mentes. A malícia muitas vezes faz com que as
pessoas só pensem coisas ruins do seu próximo (I Coríntios 14.20). Por isso o apóstolo Paulo profetizou
que no fim dos tempos as pessoas viveriam “pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada
a própria consciência” (I Timóteo 4.2), o que impede as pessoas de abrir sua mente para a verdade.
Como Cristãos, devemos procurar ter “a mente de Cristo” (I Coríntios 10.16), “levando cativo todo
pensamento à obediência de Cristo” (II Coríntios 10.5), procurando pensar que agrada ao Senhor.
Como diz o ditado popular: ‘mente vazia é oficina do diabo’. Então a Palavra de Deus nos orienta em que
devemos pensar: “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo,
tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor
existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento” (Filipenses 4.8). Peça a Deus que purifique os seus
pensamentos e se ocupe sempre com coisas que edificam para preencher sua mente.
Para saber mais sobre o assunto, leia o estudo: VENCENDO OS MAUS PENSAMENTOS.
Os maus pensamentos são uma forma de impureza!
Jesus sabia que os olhos são uma porta de entrada para nosso ser e através dos olhos, imagens são
gravadas em nosso mente de forma que nunca mais se apaga. Mas Deus em sua sabedoria, criou em nós
as pálpebras que se fecham espontaneamente e que precisamos aprender a fechar voluntariamente para
não ver coisas impuras.
Jesus também disse que o olhar cobiçando uma outra pessoa é pecado (Mateus 5.28), também chamada
de “concupiscência dos olhos” (I João 2.16), que é o olhar com desejo impuro.
Entre as sete coisas que Deus mais abomina, estão os “olhos altivos” (Provérbios 6.17), que é um ato de
orgulho olhando as pessoas como se estivesse por cima, estão.
A cegueira espiritual acontece quando os olhos já estão tão impuros, que já não conseguem mais enxergar
sua realidade, “pois aquele a quem estas coisas não estão presentes é cego, vendo só o que está perto,
esquecido da purificação dos seus pecados de outrora” (II Pedro 1.9). Assim como Deus fez com Saulo,
precisamos reconhecer nossa cegueira espiritual e pedir que o Senhor tire as escamas de nossos olhos
(Atos 9.18).
Precisamos pedir a Deus que purifique nossos olhos, dizendo como o salmista “Não porei coisa injusta
diante dos meus olhos; aborreço o proceder dos que se desviam; nada disto se me pegará” (Salmos 101.3).
Esta fala deveria ser colocada em nossos celulares, computadores e televisores, para lembrarmos de não
ver coisas impuras, nem dar ibope para o que não agrada a Deus e não edifica a família.
Ver coisas impuras traz contaminação!
3- Impureza no CORAÇÃO
Salmos 51.2, 7 e 10 “Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado. purifica-
me com hissopo, e ficarei limpo; lava-me, e ficarei mais alvo que a neve. Cria em mim, ó Deus, um
coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável”.
O coração é o centro de nosso ser, onde abrigamos nossos sentimentos e emoções. Se o coração estiver
sujo, tudo o mais será impuro em nossas vidas. O amor é a principal forma de manter o coração limpo, pois
nosso coração foi feito para amar (I Pedro 1.22).
Além disso, precisamos entregar nosso coração ao Senhorio de Jesus Cristo (Romanos 10.9,10), que
preenche nosso coração. Um coração que é de Jesus não é lugar de mágoas, malícias ou qualquer
impureza.
Jesus disse que de dentro do coração vem os pecados (Marcos 7.21), mas “o intuito da presente
admoestação visa ao amor que procede de coração puro, e de consciência boa, e de fé sem hipocrisia” (I
Timóteo 1.5). Somente Deus pode limpar nosso coração.
Jesus contou as parábolas comparando com a vida no campo, de forma que as pessoas entendessem.
Na parábola do trigo e do joio (Mateus 13.24-30), Jesus disse que “enquanto os homens dormiam, veio o
inimigo dele, semeou o joio no meio do trigo” (Mateus 13.25), mostrando que o inimigo tenta sujar nossos
corações para impedir que sejamos frutíferos lançando raízes de amargura (Hebreus 12.15). Na parábola
do semeador (Mateus 13.3-9 e 19-23), Jesus disse que as pedras, os espinhos e a semente que cai à beira
do caminho representam corações que endureceram, que foram feridos e que “todos os que ouvem a palavra
do reino e não a compreendem, vem o maligno e arrebata o que lhes foi semeado no coração” (Mateus
13.19).
Infelizmente, muitas pessoas já estão com seus corações tão endurecidos que “tendo-se tornado
insensíveis, se entregaram à dissolução para, com avidez, cometerem toda sorte de impureza” (Efésios
4.19). Nosso coração precisa ser maleável e sensível à vontade de Deus. A “couraça da justiça” (Efésios
6.14) serve para proteger nosso peito para que nada fira nosso coração.
Não deixe nada suar o seu coração!
4- Impureza nos LÁBIOS
Isaías 6.5 “Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no
meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos!”.
A impureza nos lábios provém de coisas que falamos e não agradam a Deus. Jesus disse que o que sai
da boca contamina o homem (Mateus 15.18) e que “a boca fala do que o coração está cheio” (Mateus 12.34),
logo, estando impuro o coração, os lábios demonstram isso.
O profeta Isaías confessou seu pecado de ter lábios impuros, dizendo que seu povo também estava com
pecado em sua fala. Então um serafim pegou uma brasa do altar e queimou os lábios de Isaías para purificar
sua vida e fazer dele um profeta para falar as palavras de Deus (Isaías 6.6,7).
Dominar a língua é muito difícil, pois ela se torna “um mal incontido” (Tiago 3.8), mas a busca da santidade
passa pelo controle das palavras “porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no
falar, é perfeito varão, capaz de refrear também todo o corpo” (Tiago 3.2). Então devemos ouvir mais e falar
menos (Tiago 1.19).
Precisamos orar como o salmista que pediu ao Senhor: “Põe guarda, SENHOR, à minha boca; vigia a
porta dos meus lábios” (Salmos 141.3) e crer na promessa de Deus que declara: “então, darei lábios puros
aos povos, para que todos invoquem o nome do SENHOR e o sirvam de comum acordo” (Sofonias 3.9). Por
isso, todo cristão deve evitar conversas que não edificam e sempre procurar assuntos que abençoam as
pessoas.
Embora o mundo tenha costumes de palavras torpes, como cristãos devemos ter uma “linguagem sadia”
(Tito 2.8) e expressões ofensivas, de duplo sentido ou palavrões “nem se nomeie entre vós” (Efésios 5.3).
As palavras de um cristão devem ser “sempre agradável, temperada com sal” (Colossenses 4.6). Como o
tempero que não pode ser muito nem pouco, devemos temperar nossas palavras.
A impureza dos lábios vem das palavras sujas!
A impureza nas mãos consiste em tocar coisas impuras (Isaías 52.11). No tempo bíblico isso era levado
muito a sério advertindo as pessoas para não tocar em nada contaminado (Números 16.26). Os fariseus
repreenderam Jesus porque seus discípulos não lavaram as mãos para comer, o que era considerado um
ritual de purificação, então Jesus os repreendeu porque era uma tradição de homens incapaz de purificar o
interior do ser humano (Marcos 7.2-5).
As mãos podem estar impuras por se levantar contra o seu próximo (Deuteronômio 27.24), ou por se
fechar para não ajudar quem precisa (I Coríntios 5.9-11). Outra coisa séria é quando a pessoa se levanta
contra sua liderança espiritual, pois a Palavra nos adverte “dizendo: não toqueis nos meus ungidos, nem
maltrateis os meus profetas” (Salmos 105.15). De modo geral somos orientados a “não toqueis em coisas
impuras” (II Coríntios 6.17), para buscar a cada dia mais a santificação.
O mundo todo está sujo por causa do pecado (Tiago 4.4), por isso precisamos o tempo todo lavar nossas
mãos e todo o nosso ser, caso tenhamos tocado algo impuro (Romanos 6.19).
Procure manter suas mãos limpas!
Os impuros não herdarão o Reino de Deus (Efésios 5.5; I Coríntios 6.9-18; Apocalipse 21.8 e 22.15)
Precisamos buscar a santificação, “porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a
santificação” (I Tessalonicenses 4.1). Uma coisa é considerada santa ou profana dependendo do uso que
fazermos (Romanos 14.14). Para quem busca santidade, tudo em sua vida pode ser considerado puro, pois
“todas as coisas são puras para os puros; todavia, para os impuros e descrentes, nada é puro” (Tito 1.15).
Precisamos buscar a presença do “Espírito purificador” (Isaías 4.4), que nos santifica.
Não podemos nos julgar puros aos próprios olhos, mas devemos nos perguntar sempre se “seria,
porventura, o mortal justo diante de Deus? Seria, acaso, o homem puro diante do seu Criador?” (Jó 4.17).
Então devemos lutar contra nossa própria carne fazendo “morrer a vossa natureza terrena” (Colossenses
3.5), para que “despojando-vos de toda impureza e acúmulo de maldade” (Tiago 1.21), sabendo que Jesus
é o único que pode nos purificar (Tito 2.14).
Fuja de toda impureza!
Introdução: A terceira obra da carne na lista de Gálatas 5.19-21 é a lascívia. Alguns sinônimos de lascívia
são a cobiça e a sensualidade ou luxúria. Podemos definir lascívia como desejo impuro. Dentre os Dez
Mandamentos estava a ordem de não cobiçar nada nem ninguém.
O pecado da lascívia é internalizado na pessoa, mesmo que não se consume um ato, mas já é pecado,
por ser um desejo de forma ilícita (I Coríntios 6.12). Ao tratar sobre a lascívia estamos falando mais dos
sentimentos pecaminosos do que do ato do pecado em si.
Pior do que cobiçar é a pessoa que provoca a cobiça. Quando um homem ou mulher se expõe de forma
sensual para que outra pessoa o deseje está provocando o pecado da lascívia no seu próximo. Jesus disse
que “qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela” (Mateus
5.28). E muitas mulheres ou até homens se vestem de forma a chamar atenção ao desejo do outro.
O que é Lascívia?
Vamos refletir sobre algumas características da lascívia:
1- A Sensualidade
Tiago 1.13-15 “Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado
pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta. Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando
esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez
consumado, gera a morte”.
Jesus disse que os pecados como a lascívia vêm de dentro do coração humano (Marcos 7.22).
Alguns motivos que geram a sensualidade são:
a) Ociosidade: quando a pessoa fica sem o que fazer e se entrega ao “andar ocioso da cobiça” (Eclesiastes
6.9). Como aconteceu com Davi quando estava à toa no terraço e viu Bate-seba tomando banho (II Samuel
11.2).
b) Falta de adoração: fomos criados para adorar ao Senhor (Isaías 43.7), mas quando deixamos de adorar
ao Senhor ficamos expostos ao pecado (Oseas 4.10). Somos o “templo do Espírito” (I Coríntios 3.16) e por
isso devemos viver para adorar a Deus e não oferecer nossos
c) Falta de temor de Deus: quando tememos a Deus, encontramos a sabedoria para vencer as tentações e
dominar nossos desejos (Provérbios 1.7), mas “o perverso se gloria da cobiça de sua alma” (Salmos 10.3).
d) Mundanismo: os valores mundanos não estão de acordo com o evangelho, pois devemos viver “não com
o desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus” (I Tessalonicenses 4.5). A
concupiscência da carne e dos olhos são coisas do mundo (I João 2.16,17). Por isso, “a impudicícia e
toda sorte de impurezas ou cobiça nem sequer se nomeiem entre vós, como convém a santos” (Efésios
5.3). Para o mundo ‘tudo pode’ ser feito sem pensar que esteja errado.
Estas coisas que geram a sensualidade devem ser evitadas na vida cristã. Precisamos andar sempre
ocupados com coisas úteis, adorando a Deus o tempo todo, nunca deixando de temer ao Senhor evitando
os conceitos mundanos.
A sensualidade é lascívia!
2- O Narcisismo
Ezequiel 16.15 e 36 “Mas confiaste na tua formosura e te entregaste à lascívia, graças à tua fama; e te
ofereceste a todo o que passava, para seres dele”.
Narcisismo é o culto ao próprio corpo. Conta-se na filosofia grega de um jovem chamado Narciso, que
admirava sua própria beleza no reflexo da água e apaixonou-se por si mesmo. Daí surge o conceito de
narcisismo usando o nome do personagem da história.
A febre das selfies nos dias atuais pode ser um sintoma do narcisismo. Parece que as pessoas estão
aficionadas por sua própria imagem. Querem ver quantas pessoas vão curtir, comentar e compartilhar para
saber de sua popularidade.
O versículo acima demonstra que parece que Ezequiel sabia das redes sócias que surgiriam no século
XXI:
-SELFIE: “confiaste na tua formosura”;
-CURTIDAS: “graças à tua fama”;
-COMPARTILHAR: “te ofereceste a todo o que passava”.
O que será que há por traz de tanto vontade de se fotografar? Se for por desejo de ser admirado por outras
pessoas, isso pode provocar a cobiça que é lascívia. Por isso é preciso tomar cuidado com o excesso deste
tipo de prática.
Este problema chegou aos limites da indecência com a moda dos ‘nudes’, que significa compartilhar fotos
de nudez. Mais uma vez parece que Ezequiel sabia disso ao dizer: “se ter exagerado a tua lascívia e se ter
descoberto a tua nudez” (Ezequiel 16.36).
Estamos nos referindo ao exagero destas atitudes e não dizemos que seja pecado tirar um foto,
compartilhar, curtir ou comentar. O problema consiste na intensão, mais do que no fato.
O narcisismo é lascívia!
3- Vaidade excessiva
I Pedro 3.3,4 “Não seja o adorno da esposa o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro,
aparato de vestuário; seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível trajo de um espírito
manso e tranquilo, que é de grande valor diante de Deus”.
O padrão de beleza física tem sido perseguido pelas pessoas cada vez mais. Mas esta exigência se tornou
uma ‘ditadura da beleza’, quase que obrigando a todas as pessoas a seguir o mesmo estilo.
Os gregos na antiguidade formaram padrões para um corpo perfeito com cálculos matemáticos estudados
e estipulados pelo filósofo Vitrúvio, que desenhou as medidas de um corpo perfeito para homens e mulheres.
Neste período já existiam academias para exercício corporal, pinturas, esculturas e longas discussões sobre
beleza. Mesmo assim é comprovado que poucas pessoas se aproximavam destes padrões.
Nos dias atuais a mulher tem sido tratada como mercadoria pelo mundo. As exigências são tão severas
que levam pessoas a doenças como a bulimia ou anorexia para conseguir a magreza almejada. As cirurgias
plásticas exageradas tem ceivado vidas que são vítimas da ditadura da beleza. Homens são intoxicados
com anabolizantes que formam um corpo escultural como se fosse um boneco inflável, que no futuro
murchará ou provocará doenças advindas destas drogas.
A vaidade, significa tudo o que é passageiro ou ilusório. A vaidade excessiva consiste em pecado porque
a pessoa está enganando a si mesma deixando de cultivar seu ser interior e espiritual para cuidar do que é
transitório (Jó 15.31).
As roupas cada vez são mais curtas, apertadas e transparentes. As pessoas perderam a vergonha de
expor sua nudez, que para Deus deve ser preservada (Apocalipse 3.18).
O que estamos falando não é que você não possa se cuidar e se embelezar e sim que deve tomar cuidado
para não se iludir com isso, pois pode estar engando por mentiras do mundo e cair em pecado, que são
“vaidade de vaidades, tudo é vaidade” (Eclesiastes 1.2).
Vaidade excessiva é lascívia!
A palavra ídolo significa inútil, detestável. Deus abomina a idolatria porque um objeto criado não pode ser
cultuado como se fosse o Criador. Idolatria significa homenagear, se encurvar, prestar culto, louvor ou fazer
petições a qualquer pessoa ou coisa no lugar de Deus, pois Jesus é o único mediador entre Deus e os
homens (I Timóteo 2.5). Conversar com uma imagem, fazer pedidos, cantar para ela ou fazer promessas é
idolatria.
Deus nunca permitiu que se conhecesse sua aparência para que não acontecesse a idolatria por meio
da adoração de uma imagem sua (Deuteronômio 4.15,16). Deus pode ser adorado apenas “em espírito e
em verdade” (João 4.24).
O problema da idolatria consiste em colocar qualquer coisa no lugar de Deus. O ser humano foi criado
para a glória de Deus (Isaías 43.7) e o Senhor não divide sua glória com ninguém (Isaías 42.8). Quando
Deus deixa de ser o lugar central na vida de uma pessoa, esta está servido a dois senhores e praticando a
idolatria (Mateus 6.24).
Deus abomina a idolatria!
2- Tipos de idolatria
A idolatria pode se apresentar de várias maneiras, tentando enganar e conquistar adeptos. Alguns tipos
de idolatria são:
a) Idolatria de imagens de escultura
Isaías 45.20 “Congregai-vos e vinde; chegai-vos todos juntos, vós que escapastes das nações; nada
sabem os que carregam o lenho das suas imagens de escultura e fazem súplicas a um deus que não pode
salvar”.
Quando uma pessoa pega qualquer objeto e atribui poderes, Deus se aborrece muito (Isaías 40.18-20).
A idolatria mais comum é a de imagens que representam divindades ou santos, que na verdade são
considerados divinos por lhes atribuírem poderes que somente Deus tem.
b) Idolatria da natureza
Deuteronômio 4.16-19 “para que não vos corrompais e vos façais alguma imagem esculpida na forma de
ídolo, semelhança de homem ou de mulher, semelhança de algum animal que há na terra, semelhança de
algum volátil que voa pelos céus, semelhança de algum animal que rasteja sobre a terra, semelhança de
algum peixe que há nas águas debaixo da terra. Guarda-te não levantes os olhos para os céus e, vendo o
sol, a lua e as estrelas, a saber, todo o exército dos céus, sejas seduzido a inclinar-te perante eles e dês
culto àqueles, coisas que o SENHOR, teu Deus, repartiu a todos os povos debaixo de todos os céus”.
Deus não admite nenhuma imagem, nem de sol ou de lua ou qualquer outra coisa que esteve nos céus,
assim como de homem ou de animais que são da terra ou das águas. A astrologia é um tipo de idolatria e
adorar animais com fazem no hinduísmo também é idolatria.
c) Idolatria de pessoas
Mateus 10.37,38 “Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama
seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim e quem não toma a sua cruz e vem após mim
não é digno de mim”.
Devemos amar a Deus sobre todas as coisas (Marcos 12.30.31). Jesus disse que aquele que ama mais
os seus parentes e amigos do que ele, não é digno de servi-lo. Colocar a mulher, filhos ou amigos, acima
de Deus é uma forma de idolatria. Também fanatismo de time de futebol, partido político, religião, artistas
da TV ou cantores é idolatrar. Na verdade a imagem mais adorada pela humanidade hoje é a si próprio
(hedonismo), por isso Jesus incluiu a negação do próprio eu (Mateus 10.38).
O rei Nabucodonosor foi castigado por seu orgulho e querer ser adorado como se fosse um deus (Daniel
3 e 4). Quando o rei Herodes recebeu a glória das pessoas atribuindo divindade à sua pessoa, foi ferido por
Deus (Atos 12.21-23). Os apóstolos Paulo e Silas se recusaram a ser reconhecidos como deuses por causa
dos milagres que aconteciam (Atos 14.11-18) e pregavam “afirmando não serem deuses os que são feitos
por mãos humanas” (Atos 19.26).
d) Idolatria de coisas
Mateus 6.24 “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao
outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas”.
O animismo é a crença de que um objeto tem poder de fazer algo. O dinheiro é o objeto mais idolatrado
que existe, mas a Bíblia diz: “Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão
lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria” (Colossenses 3.5). Precisamos aprender a perder o
amor por coisas e objetos, principalmente o dinheiro (I Timóteo 6.7-10).
Desfaça de todos os tipos de idolatrias!
3- Consequências da idolatria
Algumas consequências da idolatria são:
a) Abandonar a presença de Deus
Apocalipse 22.15 “Fora ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras e todo
aquele que ama e pratica a mentira”.
A Bíblia diz que os idólatras não entrarão no Reino de Deus (Efésios 5.5), então idolatria é o pecado de
desprezar o próprio Deus.
O que há atrás dos ídolos são demônios que enganam até os religiosos através da idolatria. Uma prova
disso é o sincretismo, ou mistura de crenças que pode ser percebida entre o catolicismo e o candomblé,
pois cada santo do catolicismo tem um nome diferente nas religiões afros para designar o mesmo ídolo.
Introdução: A feitiçaria é uma obra da carne (Gálatas 5.20), que pode ser percebida em todas as culturas
e povos do mundo. O texto de Gálatas traz a palavra no plural ‘feitiçarias’, para designar que existem vários
tipos e níveis de práticas feiticeiras. Mas o que é feitiçaria? A base de uma feitiçaria é o desejo mal e uma
tentativa de manipular espiritualmente as pessoas. Por exemplo, quando alguém faz algum feitiço para
conquistar outra pessoa, ou para ficar rico, etc.
Ente os povos antigos como os egípcios, babilônios e cananeus era comum a prática de feitiçaria (Êxodo
8.7; 9.11; Deuteronômio 18.9-14; I Samuel 28.1-15; I Crônicas 10.3). A feitiçaria no Antigo Testamento era
castigada com pena de morte (Êxodo 22.18; Levítico 20.27).
Satanás tentou Adão e Eva ao dizer-lhes: "Vós sereis como Deus" (Gênesis 3.5), e esta foi a primeira
prática feiticeira, pois através de uma manifestação diabólica em uma serpente e pela manipulação de um
objeto (fruto) com objetivo de receber poderes especiais.
A tentativa de adivinhar as coisas é uma forma de manipular as pessoas e coisas ou o tempo, por isso é
um tipo de feitiçaria. Ciganas, cartomantes, pessoas que leem búzios e tantos outros métodos, tentam
praticar adivinhação. Contudo, a adivinhação muitas vezes é usada de forma sutil através de suposições,
que é uma atitude de esperteza para enganar as pessoas.
Os reis pagãos tinham adivinhos que consultavam, com fazia Nabucodonosor, quando mandou chamar
os médios e magos várias vezes (João 2.2; 4.7; 5.7, 11). Alguns reis de Israel se envolveram com práticas
de adivinhação como Manasses que “adivinhava pelas nuvens, era agoureiro e tratava com médiuns e
feiticeiros’ (II Reis 21.6).
A Palavra de Deus declara com muita firmeza que Deus não se agrada de adivinhação (Deuteronômio
18.10). Deus mesmo promete que “eliminarei as feitiçarias das tuas mãos, e não terás adivinhadores”
(Miqueias 5.12).
Sabemos que o diabo promove este tido de coisa, pois é “mentiroso e pai da mentira” (João 8.44). Certa
vez o apóstolo Paulo se encontrou com “uma jovem possessa de espírito adivinhador” (Atos 16.16) e
repreendeu o espírito maligno para sua libertação (Atos 16.18).
Adivinhação é um tipo de feitiçaria!
3- Agouro
Jeremias 27.9 “Não deis ouvidos aos vossos profetas e aos vossos adivinhos, aos vossos sonhadores,
aos vossos agoureiros e aos vossos encantadores, que vos falam, dizendo: Não servireis o rei da
Babilônia”.
Agouro significa mau pressentimento. Também é uma forma de adivinhação, além de prática de feitiçaria,
pois é uma forma de manipular pessoas espiritualmente. O agoureiro sempre prediz coisas ruins. Alguns
são muito espertos e dizem coisas óbvias, que todos sabem que acontece.
A Palavra de Deus nos diz claramente para “não agourareis, nem adivinhareis”(Levítico 19.26b), pois isso
desagrada ao Senhor. Ninguém precisa de alguém para dizer o futuro, muito menos de profetas da desgraça.
Deus é o único que sabe o que pode acontecer, além de ter o poder de mudar todas as coisas (Isaías 41.26
e 45.21).
Balaão era um vidente agoureiro, que anunciavas as coisas que poderiam acontecer. Era pago por reis
para profetizar o bem a seu respeito a fim de animar o exército e ganhar a confiança do povo (Números
22.7). Até que foi chamado para amaldiçoar o povo de Israel e Deus lhe enviou um anjo, que apareceu
barrando o seu caminho ao ponto de sua jumenta falar (Números 22.21-33). Então Balaão deixou de fazer
agouros (Números 24.1).
Agouro é um tipo de Feitiçaria!
4- Sacrifícios pagãos
II Reis 17.17 “Também queimaram a seus filhos e a suas filhas como sacrifício, deram-se à prática de
adivinhações e criam em agouros; e venderam-se para fazer o que era mau perante o SENHOR, para o
provocarem à ira”.
Um sacrifício pagão significa toda e qualquer forma de culto que não seja ao único Deus verdadeiro, que
deve ser adorado em “espírito e em verdade” (João 4.24). A única exigência do Senhor para nós ao
cultuarmos a Ele é um coração quebrantado (Salmos 51.19). Deus não exige ofertas exageradas nem
qualquer comportamento irracional (Romanos 12.1,2). Qualquer comportamento exagerado pode
ultrapassar a adoração simples e sincera exigida por Deus.
No tempo do rei Manasses o povo se desviou dos caminhos de Deus praticando sacrifícios pagãos a
outros deuses, pois o rei Manasses “queimou seus filhos como oferta no vale do filho de Hinom, adivinhava
pelas nuvens, era agoureiro, praticava feitiçarias, tratava com necromantes e feiticeiros e prosseguiu em
fazer o que era mau perante o SENHOR, para o provocar à ira” (II Crônicas 33.6). Como dizem estes dois
últimos textos, isso provocava a ira Divina.
O sacrifício de Cristo por nós é único e suficiente, pois Jesus morreu “uma vez por todas” (Hebreus 7.27).
A palavra ‘missa’ significa sacrifício e tem o objetivo de repetir o que Cristo fez na cruz, mas isto é impossível
(Hebreus 9.12, 26). A morte sacrificial de Jesus foi para sempre a única forma de recebermos a Salvação e
todas as bênçãos que conquistou por nós (Hebreus 10.2 e 10).
Não precisamos fazer sacrifícios para comprar bênçãos, pois isso seria também uma forma de manipular
as coisas espiritualmente, o que é feitiçaria. Qualquer tentativa de ‘vender’ ou ‘comprar’ bênçãos não passa
de cópia de práticas feiticeiras.
Além disso, devemos tomar cuidado em não participar de cultos místicos, disfarçados como o Halloween
(leia o estudo O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE O HALLOWEEN), festas juninas e quermesses, onde alimentos
são oferecidos a ídolos (I Coríntios 8.1-10).
Sacrifícios pagãos são formas de feitiçaria!
5- Mágica
Atos 19.19 “Também muitos dos que haviam praticado artes mágicas, reunindo os seus livros, os
queimaram diante de todos. Calculados os seus preços, achou-se que montavam a cinquenta mil
denários”.
As práticas de magia ou mágica são condenadas pela palavra de Deus (Isaías 47.9-12). Pode ser
considerada uma obra de feitiçaria porque manipula pessoas e coisas atribuindo poder sobrenatural ao
mágico. O principal motivo para a mágica ser considerada erra é o fato de se basear na arte de enganas as
pessoas (Atos 8.11). No Antigo Testamento existem claras reprovações a práticas de magia (Deuteronômio
18.11).
Sem dúvida alguma a mágica engana as pessoas e se baseia na mentira, por isso é reprovada pela
Palavra de Deus. Temos um poder muito maior em nossas vidas que é a presença do Espírito Santo, que
opera sinais e maravilhas (João 14.12 e Atos 16.17,18).
Mágica é um tipo de feitiçaria!
6- Animismo
Atos 17.23 “porque, passando e observando os objetos de vosso culto, encontrei também um altar no qual
está inscrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Pois esse que adorais sem conhecer é precisamente aquele
que eu vos anuncio”.
O animismo significa atribuir poder a objetos ou coisas, como se fossem animados e não apenas
inanimados, como na verdade são. Práticas como simpatias, uso de amuletos, benzições, passes, energizar
cristais, água benta ou orada, lencinhos ungidos, rosa ungida, sal grosso, plantas para espantar mal olhado,
etc... são formas de manipular objetos atribuindo poderes aos mesmos.
O povo de Israel absorveu costumes pagãos de levantar altos e postes (II Crônicas 33.19), onde criam
habitar os deuses e isso desagradava ao Senhor (Ezequiel 6.6), visto que atribuíam poderes a estes lugares.
Também faziam cozidos com propósito de enfeitiçar as pessoas (Ezequiel 13.18 e 20).
Uma das desculpas para utilizar objetos como ‘símbolos’ para transmitir poder são os ‘lenços’ de Pedro
que foram levados para tocar em enfermos para serem curados (Atos 19.12). Embora isto tenha sido fato,
não existe nenhuma orientação ou mandamento para fazer isso novamente.
Já no caso da unção com óleo, não há problema porque o azeite se desfaz absorvido pela pele ou
evaporando e por isso não se torna objeto de culto, além de ter sido orientado por Jesus a seus discípulos
(Marcos 6.13) e passado destes para nós (Tiago 5.14).
Sabemos que todo o poder pertence a Jesus “no céu e na terra” (Mateus 28.18). Ninguém tem poderes
especiais a não ser que seja concedido pelo Espírito Santo como um dom espiritual. Por isso as crenças
animistas são absurdas e contrárias à Palavra de Deus.
Atribuir poder a objetos é uma forma de feitiçaria!
7- Astrologia
Deuteronômio 4.19 “Guarda-te não levantes os olhos para os céus e, vendo o sol, a lua e as estrelas, a
saber, todo o exército dos céus, sejas seduzido a inclinar-te perante eles e dês culto àqueles, coisas que o
SENHOR, teu Deus, repartiu a todos os povos debaixo de todos os céus”.
Vários povos pagãos da antiguidade adoravam os astros. Durante muitos séculos, os metafísicos
explicavam fenômenos naturais dando-lhes sentido espiritual. Os gregos tinham o costume de consultar
oráculos. Pitágoras viveu entre 580 a 500 a.C. e acreditava que os astros são deuses.
A astrologia é uma forma de feitiçaria, pois através do estudo dos astros são construídas normas que
dizem marcar o destino das pessoas. É uma forma de controlar as pessoas por meios espirituais e tentativa
de manipular o tempo.
A Palavra de Deus diz muito claramente que os astros, o sol, a lua, as estrelas e planetas foram criados
por Deus e têm a função de demarcar ou ajudar o ser humano a entender os tempos e épocas (Gênesis
1.14-18). Por exemplo, através da lua se pode contar as semanas e meses, através do sol é possível contar
os anos e as estrelas ajudam os navegadores a calcular o tempo e espaço.
Os magos que foram ao encontro do menino Jesus, certamente eram astrônomos estudiosos das estrelas
e natureza (Mateus 2.1-7), tementes a Deus, conhecedores das Escrituras e por isso provavelmente não
acreditavam nas estrelas como os astrólogos. O que os magos procuravam era o Messias e a estrela foi
apenas um guia para os levar a Jesus.
A Palavra de Deus reprova todas as formas de astrologia ou culto aos astros (Isaías 47.13,14), que foram
criados por Deus e revelam a sua glória (Salmos 19.1), mas não devem ser adorados nem reconhecidos
como fonte de qualquer poder.
Astrologia é um tipo de feitiçaria!
A rebelião é comparada à feitiçaria, pois esta também é um ato de rebeldia contra Deus, por não aceitar
a forma normal das coisas e querer manipular tudo espiritualmente. Muitos cristãos rebeldes, estão
influenciados por espíritos feiticeiros, que Satanás por sua própria essência conduz as pessoas a se rebelar
contra Deus e seus líderes.
A mais conhecida feiticeira da Bíblia foi a rainha Jezabel (II Reis 9.22), que praticou e incitou o povo a
práticas místicas, além de perseguir os profetas de Deus. Reis como Josias e Ezequias aboliram a feitiçaria
no meio do povo (II Reis 23.24), renovando a Aliança com o Senhor.
Durante a inquisição, aconteceu uma grande caça às bruxas, quando centenas de feiticeiras foram
condenadas à fogueira. Hoje não precisamos perseguir as pessoas que se envolvem com ocultismo,
macumbas e todas as outras formas de feitiçarias. Hoje em dia acontece um movimento oposto, uma
verdadeira campanha publicitária divulgando e mascarando a bruxaria através de filmes que procuram atrair
crianças e jovens.
A Palavra de Deus já diz que estas coisas fazem parte do Reino de Deus (Apocalipse 21.8 e 22.15). Nosso
dever como cristãos é orar por estas pessoas e ensinar a verdade. Além disso, não precisamos ter medo
destas coisas, pois o poder de Deus é muito maior que tudo (Lucas 10.19).
Feitiçaria é uma obra da carne!
Obras da carne: INIMIZADES
Introdução: A inimizade é uma obra da carne (Gálatas 5.20), ou seja a nossa carne nos faz aborrecer com
nosso próximo, “por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus,
nem mesmo pode estar” (Romanos 8.7). O texto de Romanos 12 traz uma série de orientações com valores
para a vida cristã: o amor (v.9,10), o fervor espiritual (v.11, 12), a solidariedade (v.13-16) e as adversidades
(v.17-21).
O mundo vive em guerra há tantos séculos, que as pessoas parecem não conseguir viver sem brigar. Se
tornou parte de sua rotina, de sua natureza estar sempre lutando contra algo ou alguém. Esta é a razão
porque o mundo está tão dividido e as pessoas são inimigas umas das outras.
Desde o jardim do Éden, quando Deus lançou a maldição sobre a serpente, dizendo: “porei inimizade entre
ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente” (Gênesis 3.15), o diabo se tornou o maior
inimigo da humanidade. O próprio nome Satanás ou satan ()שטָׂ ן
ָׂ significa adversário, inimigo e acusador.
A estratégia de Satanás é enganar, porque é mentiroso (João 8.44), então provoca as pessoas umas
contra as outras para haver contendas. Mas o verdadeiro cristão consegue discernir suas provocações
“porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os
dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Efésios
6.12). Então o único inimigo que o cristão tem é espiritual e não carnal, por isso não precisamos ter inimizade
com ninguém.
O cristão só tem um inimigo que é Satanás!
2- Origem e Tipos de Inimizades
Tiago 4.1 e 4 “De onde procedem guerras e contendas que há entre vós? De onde, senão dos prazeres
que militam na vossa carne? ... Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus?
Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus”.
Como já foi dito, o cristão não tem desculpas nem motivos para ter inimizade com ninguém, absolutamente.
O apóstolo Tiago pergunta de onde vêm as inimizades e conclui que é do mundanismo, dos desejos carnais,
que lutam dentro das pessoas (Tiago 4.2,3). Então podemos entender que a origem das inimizades é uma
vida mundana, baseada no orgulho pessoal (Tiago 4.5).
Contudo, podemos também definir algumas rações para inimizades, que lamentavelmente acontecem até
mesmo com cristãos, pois a Palavra diz” “se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os
homens” (Romanos 12.18). Existem situações em que conflitos são quase inevitáveis.
Tipos de inimizades:
a) Por falar a VERDADE: Gálatas 4.16 “Tornei-me, porventura, vosso inimigo, por vos dizer a verdade?”. O
cristão tem um compromisso em falar somente a verdade, então se alguém gosta de mentira, logo não
gostará do cristão. Jesus mesmo avisou que seríamos injuriados por pessoas mentirosas (Mateus 5.11).
Mas não podemos falar a verdade para ferir as pessoas e sim falar “a verdade em amor” (Efésios 4.15).
b) Por causa da FÉ: Filipenses 3.18 “Pois muitos andam entre nós, dos quais, repetidas vezes, eu vos dizia
e, agora, vos digo, até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo”. Muitas pessoas não aceitam a fé do
seu próximo e suas convicções, por isso consideram cristãos como seus inimigos. Também há cristãos
que dão mau testemunho e alimentam este tipo de sentimento.
c) Por diferenças de OPINIÃO: II Timóteo 3.3 “desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de
si, cruéis, inimigos do bem”. Este texto fala sobre as pessoas nos últimos dias, mesmo diante da tecnologia,
da evolução da comunicação, da cultura, as pessoas ainda se tornam inimigas porque pensam diferente
umas das outras. Por causa disso devemos “evita discussões insensatas, genealogias, contendas e
debates sobre a lei; porque não têm utilidade e são fúteis” (Tito 3.9). Quanto a isso, a Palavra de Deus nos
orienta a “não o considereis por inimigo, mas adverti-o como irmão” (II Tessalonicenses 3.15). Esta é na
verdade uma questão de maturidade, pois a nossa razão não pode ser maior que o dever de amar (I Pedro
4.8).
d) Por que são inimigos de TODOS: I Tessalonicenses 2.15 “os quais não somente mataram o Senhor
Jesus e os profetas, como também nos perseguiram, e não agradam a Deus, e são adversários de todos
os homens”. Infelizmente existem pessoas que não sabem viver em paz, pois “para os perversos, diz o
meu Deus, não há paz” (Isaías 57.21). São pessoas que o inimigo, Satanás lhes usa para criar inimizade
por onde passam, com comportamento “enfatuado, nada entende, mas tem mania por questões e
contendas de palavras, de que nascem inveja, provocação, difamações, suspeitas malignas” (I Timóteo
6.4). Devemos também orar por estes e pedir ao Senhor os liberte, pois ainda não conheceram o amor de
Deus.
Como cristãos precisamos entender estes tipos de inimizades e aprender a evitar estas coisas.
Lute para não ter inimigos!
3- Como solucionar inimizades?
Efésios 2.14 e 16 “Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede da
separação que estava no meio, a inimizade, ... e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por
intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade”.
Quem tem Jesus deve viver em paz, porque Jesus é a nossa paz e desfez toda inimizade. Este sentimento
ruim de ser inimigo dos outros foi retirado de nós quando nascemos de novo e recebemos um novo coração
(Ezequiel 11.19), para amar a todas as pessoas (Marcos 12.31).
Estes conselhos de Paulo a Timóteo são muito úteis para não ter inimigos. Primeiro, evitar palavras que
possam provocar problemas. Segundo, evitar questões que podem causar confusão. Terceiro, procurar ser
uma pessoa mansa como Jesus ensinou (Mateus 11.19).
O cristão não precisa ter inimigos, pois Deus “nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos
deu o ministério da reconciliação” (II Coríntios 5.18), também somos mensageiros de uma “palavra de
reconciliação” (II Coríntios 5.19).
Você pode viver sem inimigos!
Introdução: Porfia significa discórdia, traduzido nas versões Corrigida e na Atualizada como ‘porfia’, mas
pela versão NVI – Nova Versão Internacional como ‘discórdia’ e pela Bíblia na Linguagem de Hoje como
‘brigas’. A palavra éris (ἔρις)1 do texto original grego significa contenda ou confusão.
O apóstolo Paulo, escrevendo aos Coríntios, lhes advertiu que temia ir ao seu encontro e presenciar
confusões no meio deles, avisando também que ficariam impressionados com sua reação rígida diante
destes comportamentos. Isso mostra que muitas vezes nossas atitudes são fruto do meio em que estamos
e precisamos muito de sabedoria para superar o clima de porfias.
Se percebermos a origem das discórdias, logo podemos evitar todo tipo de contendas. Como cristãos
precisamos buscar o caráter de Cristo e não viver de forma mundana, mas guiados pelo Espírito Santo que
sempre nos faz agir de forma agradável.
Fique atento a coisas que provocam confusão!
3- Como resolver discordâncias
Provérbios 17.19 “O que ama a contenda ama o pecado; o que faz alta a sua porta facilita a própria
queda”.
Se já sabemos que a contenda é pecado e uma obra carnal, como espirituais precisamos lutar contra tudo
isso.
Duas atitudes para vencer as discórdias:
a) DESISTIR: Provérbios 17.14 “Como o abrir-se da represa, assim é o começo da contenda; desiste, pois,
antes que haja rixas”. É muito melhor desistir da discussão antes do que levar adiante e gerar contendas.
Insistir num problema muitas vezes é prolongar o mesmo e não resolve nada.
b) DESVIAR-SE: Provérbios 20.3 “Honroso é para o homem o desviar-se de contendas, mas todo insensato
se mete em rixas”. O sevo de Deus se afasta de todo tipo de confusão, porque sabe que não vale a pena.
Às vezes é melhor sair fora do que continuar no meio de uma briga.
A vida cristã nos leva a ser pessoas responsáveis. Antes de qualquer atitude precisamos refletir sobre as
suas consequências. Se o final não pode ser previsto, ou se torna arriscado, então não devemos prosseguir
em algo que podemos nos arrepender depois.
Desista e se desvie de toda confusão!
Não viva em contendas!
CONCLUSÃO
I Coríntios 14.33 “porque Deus não é de confusão, e sim de paz...”.
Deus abomina a discórdia (Provérbios 6.19). É muito desagradável estar num local que há contendas,
porque é “melhor é um bocado seco e tranquilidade do que a casa farta de carnes e contendas” (Provérbios
1.17). Por isso é importante buscar ser manso como Jesus (Mateus 11.29), para ser pacífico como nos
ensinou (Mateus 5.5).
Evite se envolver em contendas!
Introdução: O ciúmes é uma obra da carne (Gálatas 5.20). Quem tem ciúmes de algo ou alguém está
tratando como se fosse proprietário, o que é algo carnal, pois sabemos que não temos nada nesta vida, nem
temos direito de tratar o outro como posse.
A palavra para ciúmes em grego é a expressão dzeloo [ζήλῳ], de onde vem o termo zelo ou cuidado 3.
Então podemos entender que o ciúmes como cuidado equilibrado pode ser aceitável, mas devemos tomar
cuidado por causa dos excessos.
A questão problemática quanto ao ciúmes está no ‘arder’, que é um sintoma carnal. O verdadeiro amor
não tem medo de perder (I João 4.18). Mas a paixão carnal trata o outro como posse e não sabe esperar,
por isso uma das características de uma pessoa apaixonada é o ciúmes doentio. Já o amor é diferente,
começa às vezes pequeno como uma semente e vai crescendo a cada dia. Leia também o estudo:
DIFERENÇA ENTRE PAIXÃO E AMOR.
Quando na bíblia fala que Deus sente ciúmes de nós (Tiago 4.5), não este ciúmes, que é uma obra carnal,
mas o zelo que Deus tem por nós. Deus não aceita nos perder para o mundo e deseja que sejamos
exclusivamente seus (I Pedro 2.9). Para tirar dúvidas sobre isso, leia também o estudo: CIÚMES DO
ESPÍRITO.
O amor não arde em ciúmes!
2- Alguns tipos de ciúmes
Os ciúmes, como obra da carne, sempre esteve presente na vida da humanidade.
Alguns exemplos bíblicos de ciúmes são:
a) Ciúmes entre irmãos: Caim e Abel (Gênesis 4.7). Raquel tinha ciúmes de sua irmã Lia com Jacó (Gênesis
30.1). Esaú e Jacó (Gênesis 25.28). Os irmãos de José tinham ciúmes de seu pai (Gênesis 37.11). O
Irmão mais velho do filho pródigo (Lucas 15.25-30).
b) Ciúmes entre marido e esposa: Quando o homem tinham ciúmes da mulher, comumente a abandonava,
mas quando a lei de Deus foi estabelecida, o Senhor ordenou que fosse feito um sacrifício pela mulher,
que beberia de uma água purificadora e se caso não sentisse nenhum mal seria absolvida (Números 5.12-
30). A lição que podemos tirar neste texto é que estas questões devem ser entregues a Deus e tratadas
na presença do Senhor.
c) Ciúmes de uma liderança: Quando o Espírito de Deus se moveu sobre os setenta anciãos e depois Eldade
e Medade continuaram profetizando no arraial, falaram para Moisés, então Josué sugeriu que mandassem
parar, mas Moisés disse: “Porém Moisés lhe disse: Tens tu ciúmes por mim? Tomara todo o povo do
SENHOR fosse profeta, que o SENHOR lhes desse o seu Espírito!” (Números 11.29).
d) Ciúmes Cultural: o povo judeu se achava uma cultura superior às outras e mais santos que os outros
povos (Romanos 10.19), o que gerou neles um ciúmes de outras culturas que foram alcançadas por Cristo
(Romanos 11.11).
Estes tipos de ciúmes mostram como esta obra da carne começa muitas vezes desde o berço. O ciúmes
é um comportamento ensinado e as crianças percebem e aprendem. Depois isso é levado para o casamento
tornando-se às vezes doentio. Então o ciúmes chega aos grupos sociais em que a pessoa vive com ciúmes
de uma liderança e até o ciúmes cultural.
Perceba os tipos de ciúmes!
3- Consequências do ciúmes
O pecado traz suas consequências às vezes inevitáveis. Somente quando a pessoa se arrepende e busca
a Deus é que pode ser abençoada e viver de uma forma diferente.
Duas consequências do ciúmes são:
a) Furor: Provérbios 6.34 “Porque o ciúme excita o furor do marido; e não terá compaixão no dia da
vingança”. Quando a pessoa sente ciúmes sente uma raiva descontrolada. Um exemplo é a ira de Deus
contra a idolatria do povo (Ezequiel 16.38 e 42).
b) Morte: Cantares 8.6 “Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço, porque o
amor é forte como a morte, e duro como a sepultura, o ciúme; as suas brasas são brasas de fogo, são
veementes labaredas”. Tanto pode acontecer a ‘morte do amor’, ou seja, a pessoa deixa de amar a outra
por causa dos ciúmes, como também a morte do relacionamento, que não suporta os ciúmes, além de
haver casos extremos de ciúmes que resultam literalmente em morte
Precisamos pedir a Deus misericórdia, que nos livre de sua ira por causa do pecado (Colossenses 3.6) e
também da morte, que é pior consequência do pecado (Romanos 6.23).
Cuidado com as consequências do ciúme!
Você pode vencer o ciúme!
CONCLUSÃO
Romanos 13.13 “Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em
impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes”.
A obra da carne ciúmes, é um desvio de comportamento tão normal no meio da sociedade, que as pessoas
acostumam e pensam que não podem mudar. Mas se a pessoa buscar a Deus, refletir sobre sua vida e
através da Palavra de Deus renovar a sua mente (Romanos 12.1,2), não somente este problema, mas como
todo o restante do caráter, personalidade e temperamento da pessoa pode ser transformado numa “nova
criatura” (II Coríntios 5.17).
O melhor de todos os remédios para vencer o ciúmes é conhecer o “caminho sobremodo excelente” (I
Coríntios 12.31), que é o amor verdadeiro e puro que vem de Deus, que é o verdadeiro amor em pessoa (I
João 4.8).
Vença o ciúmes com o amor!
Introdução: A ira é uma obra da carne (Gálatas 5.20). Jesus disse que não devemos nos irar contra o nosso
irmão (Mateus 5.22). Por isso precisamos cuidar melhor de nossas emoções e controlar a ira dentro de nós.
Como o apóstolo Tiago disse, devemos ser “tardio para se irar”, ou seja, se sentirmos a ira, devemos nos
conter para não apressar em reagir, sendo também “tardio para falar”.
O primeiro desafio da pessoa irada é conseguir saber se a sua ira é justa ou injusta. Independente de ter
ou não a razão da causa, não é preciso reagir de forma exaltada, que pode ter consequências ruins, porque
“todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam” (I Coríntios
10.23).
Mesmo se a causa da ira for justa não faça injustiça!
2- Níveis da Ira
Embora as palavras sejam sinônimas, podemos usá-las para definir alguns níveis da ira, para diagnosticar
em que ponto a pessoa chega com este sentimento.
Níveis de ira:
a) RAIVA: a raiva é um sentimento ruim que vem sobre a pessoa repentinamente por causa de algo que lhe
aborrece ou não concorda, causando irritação (Salmo 37.7). Saul passou a ter raiva da prosperidade e
fama de Davi e um espírito mau o perturbava (I Samuel 18.10).
b) FÚRIA: a fúria acontece quando a ira se torna comum e a pessoa já se torna iracunda (Provérbios 29.22)
e sai fora de si toda vez que algo lhe aborrece, estando sempre disposta a brigar “porque prepararam o
coração como um forno, enquanto estão de espreita; toda a noite, dorme o seu furor, mas, pela manhã,
arde como labaredas de fogo” (Oseias 7.6). Esaú teve um ataque de fúria quando soube que foi enganado
por seu irmão Jacó (Gênesis 27.44).
c) CÓLERA: a cólera é uma ira já incontida, uma doença emocional que a pessoa não se domina mais,
sendo capaz de fazer loucuras. Como Caim que ficou irado com Abel e o matou (Gênesis 4.5,6). O Faraó
que sentiu cólera contra bebês recém nascidos (Hebreus 11.27), uma raiva tão grande e sem explicação
(Salmos 106.23) e Herodes se irou contra os reis magos e mandou matar todos os meninos de dois anos
para baixo que havia na cidade de Belém, querendo matar o Messias (Mateus 2.16). Nabucodonosor ficou
irado contra os três jovens que não se prostraram diante da sua estátua e mandou acender a fornalha sete
vezes mais, como estava também a sua ira acesa (Daniel 3.19)
Um segundo desafio é reconhecer em que nível está a ira da pessoa, se é apenas uma raiva, se já se
tornou uma fúria incontrolada ou se tornou uma doença que faz a pessoa ser colérica diante qualquer
situação.
Descubra em que nível está a sua ira!
Tome cuidado se tem alguém que te provoca a ira. Aprenda a perdoar, mas se for preciso evite ( Salmos
1.1 e Romanos 12.18). Em caso de fingimento, apenas espere em Deus que revela toda a verdade com o
tempo (Marcos 4.22). Controle sua impaciência buscando ao Senhor em oração (Filipenses 4.6).
Descubra as causas de sua ira!
4- Consequências da Ira
Salmos 37.8 “Deixa a ira, abandona o furor; não te impacientes; certamente, isso acabará mal”
O salmo acima declara que as consequências da ira sempre serão ruins. Por isso precisamos pensar que
não vale a pena ficar irado e se desgastar. Quem é manso sabe que tem herança sobre a terra, então espera
e depois consegue vencer tudo (Mateus 5.5).
Algumas consequências da ira são:
a) LOUCURAS: Provérbios 14.17 “O que presto se ira faz loucuras, e o homem de maus desígnios é
odiado”. A pessoa irada não consegue pensar direito e faz besteiras, parecendo estar fora de si.
b) DANOS: Provérbios 19.19 “Homem de grande ira tem de sofrer o dano; porque, se tu o livrares, virás
ainda a fazê-lo de novo”. Quando a pessoa está irada sempre perde alguma coisa. Tem pessoas que
descontam sua raiva destruindo objetos e com isso fica no prejuízo.
c) CONTENDAS: Provérbios 15.18 “O homem iracundo suscita contendas, mas o longânimo apazigua a
luta”. A pessoa iracunda é quem já tem o costume de se irar e por isso provoca confusão por onde passa.
d) AMBIENTE PESADO: Provérbios 27.3 “Pesada é a pedra, e a areia é uma carga; mas a ira do insensato
é mais pesada do que uma e outra”. O ambiente onde há ira se torna um lugar pesado e difícil de se
relacionar, parece que as coisas não fluem.
e) ATRAPALHA A COMUNHÃO COM DEUS: I Timóteo 2.8 “Quero, portanto, que os varões orem em todo
lugar, levantando mãos santas, sem ira e sem animosidade”. A ira se torna um empecilho para a vida de
oração e a vida devocional fica comprometida, bem como a comunhão com o próximo.
Visto que as consequências da ira são tão negativas, então não vale a pena se desgastar ficando irado
com as pessoas. Precisamos pensar antes de reagir.
Cuidado com as consequências da ira
Introdução: Egoísmo ou discórdia é uma obra da carne, que leva ao individualismo e falta de amor. O
egoísta só consegue ver a si mesmo. O seu ‘eu’ está acima de tudo, ao ponto de numa conversar falar ‘eu’
tantas vezes que demonstra o que está em primeiro lugar em sua vida.
A palavra grega do texto de Gálatas 5.20 é eritheia (ἐριθεία) 1, que pode ser traduzida por ambição,
egoísmo e rivalidade. O sentido é a busca pelos próprios interesses que provoca conflito entre pessoas. A
versão RA – Revista e Atualizada traduz por “discórdia” e algumas vezes por “sentimento faccioso”, a NVI –
Nova Versão Internacional traduz por “egoísmo” e a versão NTLH – Nova Tradução na Linguagem de Hoje
traduz por “ambição egoísta”.
O capitalismo faz das pessoas cada vez mais egoístas e utilitaristas. Parece que as pessoas são tratadas
como descartáveis. Esta coisificação das pessoas está desvalorizando o ser humano como se fosse uma
mercadoria. Isso foi anunciado por Paulo a Timóteo (II Timóteo 3.2) e também como alerta de Judas sobre
o comportamento egoísta das pessoas nos últimos tempos (Judas 1.16).
Sem dúvida alguma ninguém pode ter um exemplo maior do que Jesus de mostrar como não ser egoísta
e não procurar o seu ‘eu’ em primeiro lugar.
Jesus é o maior o exemplo de não egoísmo!
2- Buscar a Sabedoria de Deus
Tiago 3.14-16 “Se, pelo contrário, tendes em vosso coração inveja amargurada e sentimento faccioso,
nem vos glorieis disso, nem mintais contra a verdade. Esta não é a sabedoria que desce lá do alto; antes,
é terrena, animal e demoníaca. Pois, onde há inveja e sentimento faccioso, aí há confusão e toda espécie
de coisas ruins”
O que Tiago chama de ‘sentimento faccioso’ é este egoísmo, que faz a pessoa sentir-se melhor que os
outros. O conselho do apóstolo mostra que a verdadeira sabedoria que vem de Deus, não pode ter egoísmo.
O egoísmo provoca muitos problemas na vida de uma pessoa, que parece desejar tornar-se como uma
ilha isolado de todos, pois “o solitário busca o seu próprio interesse e insurge-se contra a verdadeira
sabedoria” (Provérbios 18.1). A base para este sentimento é o orgulho, que faz a pessoa pensar que pode
ser melhor e que pode viver sem o seu próximo.
A Palavra de Deus alerta que “haverá ira e indignação para os que são egoístas, que rejeitam a verdade
e seguem a injustiça” (Romanos 2.8 - NVI). A pessoa egoísta sempre está no meio de discórdias, pois não
consegue aceitar a vontade do seu próximo. A sabedoria faz a pessoa reconhecer seus erros, falhas e
pequenez ao invés de ser egoísta e querer tudo para si mesmo.
A sabedoria cura o egoísmo!
3- Receba o verdadeiro amor de Deus
I Coríntios 13.5 “não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera,
não se ressente do mal”.
Quem ama de verdade não procura seus próprios interesses. Por isso a Palavra de Deus oriente que
“ninguém busque o seu próprio interesse, e sim o de outrem” (I Coríntios 10.24). O amor vence o egoísmo
porque “encobre multidão de pecados” (I Pedro 4.10).
Infelizmente estamos vivendo um tempo como Jesus avisou que “por se multiplicar a iniquidade, o amor
se esfriará de quase todos” (Mateus 24.12). Precisamos mostrar o amor de Deus para as pessoas,
demonstrando que não buscamos nossos interesses, mas acima de tudo devemos buscar a vontade de
Deus (Romanos 12.2).
Jesus disse que o maior mandamento é o amor a Deus e ao “próximo como a ti mesmo” (Marcos 12.31).
Então a primeira referência do amor é Deus, a segunda o próximo e em terceiro lugar vem o ‘eu’. Quem
conhece o verdadeiro amor de Deus, também tem o amor próprio, que já está em falta na vida de muitas
pessoas. Somente através do amor de Deus podemos amar as pessoas e não ser egoístas.
O melhor remédio para o egoísmo é o amor
CONCLUSÃO
O apóstolo Paulo escrevendo aos Filipenses, lamenta a ausência de pessoas com este tipo de sentimento
e recomenda Timóteo dizendo que “a ninguém tenho de igual sentimento que, sinceramente, cuide dos
vossos interesses” (Filipenses 2.20), mas que Timóteo cuidaria dos interesses da igreja e dos irmãos. De
fato se naquele tempo, pessoas assim eram raras, muito mais nos dias atuais.
Estes três remédios são indicados pela Palavra de Deus para curar o egoísmo: seguir o exemplo de Cristo
que não procurou seus interesses, buscar a sabedoria de Deus que nos ensina a ser pessoas melhores e
conhecer o amor de Deus, que é o melhor remédio contra o egoísmo.
Jesus te cura do egoísmo!
Introdução: As dissensões ou divisões são obra da carne (Gálatas 5.20). A palavra dissensão significa
comportamento adverso, estar à parte e não querer se unir. No mundo existem várias coisas que nos
separam, como partido político, time de futebol, gosto musical, etc. Mas isso não pode ser motivo para
divisão
O apóstolo Paulo dá alguns conselhos à igreja de Roma para tratar com pessoas que provocam divisões:
a) VIGIAR: v.17 “noteis bem”.
b) AFASTAR-SE: v.18 “afastai-vos deles”.
c) OBEDECER: v.19 “a vossa obediência é conhecida”.
d) HUMILDADE: v.19 “sejais sábios para o bem e símplices para o mal”.
Este mau hábito deve ser vencido na vida do cristão, para que aprenda a viver em comunhão com Deus
e com seu próximo (Marcos 12.30,31).
Como resolver divisões?
Vamos aprender o que Palavra de Deus ensina a respeito de dissensões, a partir dos ensinos de Paulo
aos Coríntios:
1- Buscar um acordo
I Coríntios 1.10 “Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma
coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e
no mesmo parecer”.
O apóstolo Paulo, já no início da sua carta aos Coríntios, pede com insistência à igreja para que sejam
unidos e cheguem a um acordo com respeita às questões que tinham problemas. A igreja em Corinto tinham
problemas de divisões devido a divergências de liderança (I Coríntios 1.10-17 e 3.1-14), por razões culturais
(I Coríntios 1.18-31), por questões morais (I Coríntios 5.1-13), causas judiciais (I Coríntios 6.1-11), problemas
de relacionamentos (I Coríntios 7.1-40), influências de religiosidade pagã (I Coríntios 8 a 10), costumes (I
Coríntios 11), por causa de cargos ou ministérios (I Coríntios 12) e até devido a dons espirituais (I Coríntios
14). Percebe-se que o propósito da carta aos Coríntios era de tirar dúvidas e apaziguar estas situações.
Como cristãos devemos ser pacificadores (Mateus 5.4) e procurar sempre o que é melhor para todos. Às
vezes precisamos abrir mão de nosso querer para que haja acordo entre todos. O pedido do apóstolo Paulo
para que todos tenham o mesmo pensamento e vontade, parece ser algo impossível diante de um mundo
liberal como o atual e democrático como no mundo grego onde Corinto estava inserida, mas se todos
buscarem a vontade de Deus, então estarão em acordo (Romanos 12.1).
Busque um acordo!
2- Obedecer à liderança
I Coríntios 11.18 “Porque, antes de tudo, estou informado haver divisões entre vós quando vos reunis na
igreja; e eu, em parte, o creio”.
Quando Paulo soube das divisões no meio da igreja em Corinto, escreveu esta carta para tratar as
questões. Como pastor, conhecia seu rebanho. Embora tenha ouvido falar a respeito do problema disse:
“eu, em parte, o creio”, isso porque sabia com quem estava lidando e ao mesmo tempo não queria acreditar,
ou por questão de ética duvidou para primeiro averiguar a situação. Mesmo distante, Paulo interferiu com
autoridade a favor da unidade.
O povo de Israel era dividido em doze tribos (Josué 11.23), mas se dividiram mais ainda por causa de
pensamentos divergentes como os grupos dos fariseus, que significa ‘os separados’ (João 9.16) e outros
grupos, como os saduceus, que eram uma classe nobre de sacerdotes (Atos 23.7), os essênios, que viviam
no deserto, os zelotas, que eram revoltados com o governo e os herodianos, apoiando o império 1. Então
para a formação da Igreja Cristã foi preciso tratar este problema de comportamento para que o povo não se
desunisse.
A liderança devem promover o vínculo entre as pessoas. Se todos no grupo estiverem ao redor do seu
líder, logo estarão unidos. As pessoas precisam ser motivadas para juntos se mover em direção aos alvos
estabelecidos. A visão do líder deve ser divulgada para que todos possam ver a mesma coisa e não
acontecer uma ‘di’ visão, ou seja, duas ou mais visões.
Obedeça à liderança!
3- Buscar UNIÃO
I Coríntios 12.25 “para que não haja divisão no corpo; pelo contrário, cooperem os membros, com igual
cuidado, em favor uns dos outros”.
A principal estratégia de satanás para atrasar a obra de Deus é a desunião, pois sabe que unidos seremos
imbatíveis (Mateus 12.25). A comunhão traz alegria e principalmente a bênção de Deus (Salmos 133.1-3).
Já a desunião impede até mesmo o fluir da presença de Deus, como Jesus disse que se estivermos unidos
em seu nome, estaria entre nós (Mateus 18.19).
Como irmãos em Cristo, devemos procurar estar sempre juntos, a exemplo da Igreja Primitiva (Atos 2.42-
47). Os membros do Corpo de Cristo não podem estar separados, mas unidos para cooperar na obra de
Deus. Acima de tudo devemos saber que o Cabeça é Cristo (Efésios 4.15). Somente quando Jesus está
acima de tudo, o restante assume o seu lugar. O principal vínculo da unidade cristã está em Jesus que nos
uniu para sermos irmãos pela fé.
A correria do dia a dia e tantas ocupações às vezes nos distanciam das pessoas. Para estar em união é
preciso dar prioridade, deixando o que for preciso para juntos servir ao Reino de Deus.
Procure sempre estar unido!
Não entre em divisões!
CONCLUSÃO
Judas 1.19 “São estes os que promovem divisões, sensuais, que não têm o Espírito”.
Judas avisou que no fim dos tempos as pessoas estariam desunidas por seu egoísmo e principalmente
porque não têm a presença do Espírito Santo. O Espírito de Deus traz unidade e amor e não confusão (I
Coríntios 14.33). Um princípio indispensável para contribuir à unidade é buscar o que edifica o seu irmão e
deixar o que não edificar, pois “todas as coisas me são lícitas, mas nem todas edificam” (I Coríntios 10.23).
Quando Jesus disse “vim causar divisão entre o homem e seu pai; entre a filha e sua mãe e entre a nora
e sua sogra” (Mateus 10.35), estava falando a respeito de diferenciação por motivos de fé. A palavra usada
no texto em questão é dichazó (διχάζω)2, que significa ‘separação’ ou ‘fazer variedade’, embora tenha sido
traduzida por divisão em várias versões bíblicas. Já no caso da obra da carne dissenção, a palavra original
é dichostasia (διχοστασία)3, que literalmente é divisão, sempre com sentido pejorativo. Concluímos então
que Jesus não veio provocar a divisão que é obra da carne, mas mostra a diferença de quem o serve com
fidelidade.
Se algum dia você como cristão precisar se retirar de algum grupo ou ministério, por motivos de mudanças,
ou qualquer outra coisa, procure sair em paz e não deixar rastros de confusão. Converse antes e comunique
sua saída e vá em paz. Saia pela porta da frente. Abençoe antes de tudo e peça a bênção de seu líder
(Romanos 12.14-18). Certamente Deus vai te honrar por isso.
Divisão não vem de Deus!
Introdução: A inveja é uma obra da carne (Gálatas 5.21). Jesus advertiu que este sentimento vem de dentro
do coração humano (Marcos 7.21-23). O mundo está “cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade;
possuídos de inveja” (Romanos 1.29).
Homens de Deus também sofreram inveja, como Isaque por causa de sua prosperidade (Gênesis 26.14)
e Moisés porá causa de sua autoridade (Salmo 106.16). O próprio Jesus sentiu na pele a consequência
deste sentimento, “pois ele bem percebia que por inveja os principais sacerdotes lho haviam entregado”
(Marcos 15.10). A inveja parece ser um sentimento que movia os judeus contra os servos de Deus (Atos
5.17, 13.45 e 17.5). Por isso o apóstolo Paulo trabalha muito sobre isto com as igrejas (Filipenses 1.15).
Vamos aprender o que a Palavra de Deus fala sobre a inveja:
1- A Inveja é Maligna
Tito 3.3 “Pois nós também, outrora, éramos néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte
de paixões e prazeres, vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros”.
A primeira afirmação a respeito da inveja é sua origem maligna. O próprio Satanás teve inveja de Deus e
por isso deixou de ser um anjo de luz, sendo lançado fora do paraíso (Ezequiel 28.16).
A Palavra de Deus sempre alerta para “não tenhas inveja” (Provérbios 3.31; 14.30; 23.17; 24.1 e 19),
principalmente direcionada a pessoas erradas, que demonstram ser melhores para atrair a inveja dos outros.
Muitas pessoas são motivadas pela inveja (Eclesiastes 4.4), mas não sabem que “cruel é o furor, e
impetuosa, a ira, mas quem pode resistir à inveja?” (Provérbios 27.4).
A inveja não é de Deus!
2- A Inveja é Enganosa
Tiago 3.14 e 16 “Se, pelo contrário, tendes em vosso coração inveja amargurada e sentimento faccioso,
nem vos glorieis disso, nem mintais contra a verdade. Pois, onde há inveja e sentimento faccioso, aí há
confusão e toda espécie de coisas ruins”.
O invejoso só consegue ver o que é do outro. Como diz o ditado popular: ‘galinha do vizinho é mais gorda’.
Mas este é um engano nos olhos de quem sente inveja, porque “aquele que tem olhos invejosos corre atrás
das riquezas, mas não sabe que há de vir sobre ele a penúria’ (Provérbios 28.22).
Quem serve a Deus sabe que tudo o que temos vem do Senhor e ninguém pode nos tirar. Então não é
preciso invejar ninguém, mas trabalhar e lutar para conquistar todos os nossos sonhos com a bênção de
Deus (Salmos 37.4).
A inveja engana os olhos!
3- A Inveja não leva a Nada
Tiago 4.2 “Cobiçais e nada tendes; matais, e invejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras.
Nada tendes, porque não pedis; pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos
prazeres”.
A cobiça ou inveja é um dos pecados condenados nos dez mandamentos, dizendo para “Não cobiçarás a
casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu
boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao teu próximo” (Êxodo 20.17), ou seja, não
devemos ter inveja de nada nem de ninguém.
Quem perde tempo sentindo inveja dos outros, deveria estar lutando por seus próprios sonhos. Deus tem
coisas maravilhosas para cada um de nós. Não podemos desejar o que já é dos outros, pois assim
estaríamos deixando o que o Senhor preparou para nós (I Coríntios 2.9).
A melhor forma de vencer a inveja é o trabalho!
Vença a inveja!
CONCLUSÃO
I Pedro 2.1 “despojando-vos, portanto, de toda maldade e dolo, de hipocrisias e invejas e de toda sorte de
maledicências”.
Quando nos convertemos precisamos deixar tudo o que não é de Deus e buscar nos encher da presença
do Senhor. O velho homem deve ser transformado, para ser uma “nova criatura” (II Coríntios 5.17).
O servo do Senhor não precisa ter medo de inveja porque sabe que sua vida está nas mãos de Deus e
ninguém pode tomar o que Deus te dá e nos promete: “ainda antes que houvesse dia, eu era; e nenhum há
que possa livrar alguém das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá?” (Isaías 43.13).
Não tenha medo da inveja!
A facção ou heresia parte da vontade de encontrar a verdade, mas muitas vezes se depara com uma
mentira. Esta obra da carne deve ser vencida na vida de todo cristão porque a consequência disso é “ira e
indignação aos facciosos, que desobedecem à verdade e obedecem à injustiça” (Romanos 2.8). Por isso
precisamos estar iluminados pela Palavra de Deus para saber o que é certo e o que é errado ( Salmos
119.105) e deixar a “mania por questões e contendas de palavras” (I Timóteo 6.4) para manter a simplicidade
do evangelho (II Coríntios 11.3).
“E olhai por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos
cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia” Lucas 21.34
Introdução: A glutonaria é o desejo de comer desregradamente (Gálatas 5.21). Desde o primeiro pecado,
o inimigo conseguiu enganar a humanidade através da comida (Gênesis 3.1-6), e como consequência o ser
humano passou a comer “no suor do rosto” (Gênesis 3.19). Embora muitos passem por escassez de
alimentos, a obesidade se tornou uma epidemia que tem prejudicando grande parte da população. Alimentar-
se é uma necessidade vital, mas pode se tornar um problema fatal.
Parece que quando estamos com fome não pensamos direito. Esaú foi ‘pego pelo estômago’ ao ser
enganado pelo irmão que lhe tomou tudo em troca de um prato de comida (Gênesis 25.30).
O primeiro conselho que precisamos seguir para vencer a glutonaria é buscar equilíbrio. Tudo tem a
medida certa e o tempo certo (Eclesiastes 3.1-8). Uma vida equilibrada é o melhor caminho para ser
saudável.
No tempo da velha aliança, havia uma lei para apedrejar quem fosse comilão e não tivesse equilíbrio em
sua vida (Deuteronômio 20.18-21). Este filho devia ser castigado e levado aos juízes. Mas hoje estamos no
tempo da graça e todos os pecados são perdoados, mas devemos buscar equilíbrio em tudo (Filipenses
4.5).
Às vezes pecamos com os olhos, desejando mais do que precisamos e isso é pecado. Por isso precisamos
‘arrancar’ este olhar esganado de nós para não pecar (Marcos 9.47). Uma das formas da glutonaria, além
do comer mais do que preciso é o desperdício de alimentos que são jogados fora. Quando Jesus multiplicou
os pães, mandou ajuntar as sobras (Mateus 14.20).
Busque uma alimentação equilibrada!
2- Aprenda bons hábitos
Provérbios 23.1-3 “Quando te assentares a comer com um governador, atenta bem para aquele que está
diante de ti; mete uma faca à tua garganta, se és homem glutão. Não cobices os seus delicados manjares,
porque são comidas enganadoras”.
O sábio dá conselhos para jovens ensinando a ter bom senso e educação em um banquete com alguém
importante. Quando diz “mete uma faca na garganta” está usando um ditado popular com sentido de ‘comer
pela metade’, ou seja, cortar um pouco do que gostaria de comer.
Além disso, o sábio alerta para “comidas enganadoras”, que são alimentos que não sabemos sua
procedência e ingredientes, como por exemplo os embutidos e alimentos industrializados que ingerimos sem
pesquisar o que há neles e suas consequências para nossa saúde.
Provérbios 23.20,21 “Não estejas entre os bebedores de vinho nem entre os comilões de carne. Porque
o beberrão e o comilão caem em pobreza; e a sonolência vestirá de trapos o homem”.
O sábio ainda ensina para não procurarmos ambientes que sejam como uma “roda de escarnecedores”
(Salmos 1.1), que significa onde todos estão na carne. Estes ambientes servem junto com a comida,
assuntos que não edificam (I Coríntios 15.33).
Estes bons hábitos precisam ser aprendidos em nossas vidas. Às vezes aprendemos e fazemos coisas
erradas sem perceber, mas os novos hábitos precisam ser pensados e treinados.
Procure aprender bons hábitos!
3- Evite o que pode te prejudicar
Isaías 56.11 “Tais cães são gulosos, nunca se fartam; são pastores que nada compreendem, e todos se
tornam para o seu caminho, cada um para a sua ganância, todos sem exceção”.
O terceiro conselho para vencer a gula é evitar o que pode ser prejudicial à saúde. O profeta Isaías
repreendeu as pessoas que não tinham limites em suas vidas, chamando-os de cães porque viviam apenas
de forma carnal, como se fossem animais. Devemos ser pessoas pensantes e autocríticas.
Quando sabemos que algo nos faz mal e comemos assim mesmo, isso é pecado, “portanto, aquele que
sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando” (Tiago 4.17), pois estamos prejudicando a nossa
própria saúde, que desagrada a Deus. Então devemos “abstende-vos de toda forma de mal” (I
Tessalonicenses 5.22).
No tempo que o povo estava no deserto, Deus lhes mandou não comer alguns tipos de carnes gordas
(Levítico 3.17), que seriam prejudiciais a sua saúde (Levítico 11). Nada poderia ser comido com sangue,
que representa a vida do animal, sendo um ato de glutonaria (Gênesis 4.9) e o sangue deveria ser derramado
na terra (Deuteronômio 15.23). Este princípio foi mantido no Novo Testamento (Atos 15.29 e 21.25).
Também não devemos comer coisas sacrificadas a ídolos (I Coríntios 8.4 e 10). Tudo o que formos comer
devemos orar consagrando e abençoando o alimento (I Timóteo 4.1-5).
Nunca podemos esquecer que somos o templo do Espírito Santo (I Coríntios 3.16) e por isso precisamos
cuidar bem de nosso corpo, que Deus nos deu, devendo também ter amor próprio (Marcos 12.31).
Não coma nada que te faz mal!
Vença a Glutonaria!
CONCLUSÃO
I Pedro 4.3 “Porque basta o tempo decorrido para terdes executado a vontade dos gentios, tendo andado
em dissoluções, concupiscências, borracheiras, orgias, bebedices e em detestáveis idolatrias”.
Jesus também foi acusado de ser comilão (Mateus 11.19) porque frequentava festas e se assentava em
banquetes para estar com as pessoas como fez na casa de Levi (Lucas 5.29) e Simão (João 12.1). Mas na
verdade o que sabemos é que Jesus passou fome no deserto e jejuava (Mateus 4.1-11). Jesus multiplicou
os pães e peixes para mostrar que o alimento deve ser compartilhado.
Vivemos uma nova vida em Cristo e agora não andamos apenas carnalmente, mas buscamos uma nova
vida como filhos de Deus (I João 3.1-4). Precisamos ser vigilantes para não cair nas tentações da carne que
é fraca (Marco 14.38).
Evite a glutonaria!
A gula foi considerada um dos sete pecados capitais há alguns séculos atrás. O que significa esse pecado;
como ele se caracteriza?
Gula é o apetite desordenado. Comer demais! Comer sem estar com fome ou comer depois de já
estar satisfeito! “Não ter controle, nem domínio sobre o próprio apetite”!
A Bíblia condena esse tipo de comportamento. A palavra de Deus nos ensina que gula é pecado! Se esse
comportamento é reprovado por Deus, se é considerado um grave pecado, não deveríamos atentar para
isso, ao invés de ignorá-lo, visto que há uma infinidade de cristãos viciados em comida?
Por que a gula é pecado? Porque o apetite desenfreado, na verdade, revela a falta de domínio próprio
do individuo, a ausência de autocontrole de equilíbrio! Eis a razão pela qual ela é chamada pecado
capital: é um pecado cabeça, de onde se originam vários outros.
Provavelmente uma pessoa glutona também é imoral, irada, soberba, avarenta! Esse tipo de pessoa não
consegue exercer domínio sobre sua própria natureza, tornando-se uma pessoa carnal e desiquilibrada, que
invariavelmente dará mau testemunho!
Além disso, a gula é um pecado de idolatria: buscar satisfação, paz, conforto – não em Deus – mas na
comida, fazendo do ato de comer um verdadeiro vício! Vício esse que leva a obesidade, tornando o individuo
relapso em sua vida devocional e fraca no combate contra o pecado! Esse tipo de individuo é uma presa
fácil para Satanás e suas artimanhas!
A única maneira de vencê-lo é reconhecer tal pecado, se arrepender e abandoná-lo! Vá a Deus em oração,
confesse esse pecado e peça socorro divino para vencê-lo, antes que consequências mais sérias
aconteçam!
No amor de Cristo,
“E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito” Efésios 5.18
Introdução: A obra da carne bebedice se refere ao uso de bebidas alcoólicas, que “tiram o entendimento”
(Oseias 4.11), prejudicando a capacidade de raciocinar. No grego bíblico a palavra original para bebedices
é methé (μέθη)1 que significa embriaguez.
O vinho que Jesus transformou a água no milagre do casamento (João 2.1-8) e o vinho a que se referia o
apóstolo Paulo aconselhando a Timóteo (I Timóteo 5.23) para beber eram o que Jesus chamou de “fruto da
videira” (Mateus 26.29) e também de “vinho novo” (Marcos 2.22), que significa o suco da uva sem a
fermentação. O uso da “bebida forte” era condenado pela própria Escritura (Levítico 10.8-10; Deuteronômio
29.6). Jesus falou contra a embriagues (Lucas 21.34) e não aceitou beber vinho quando estava na cruz
(Mateus 27.34).
O segundo motivo para não usar bebidas alcoólicas é que não existe necessidade alguma nem mesmo
fisiológica para isso, além de não trazer benefício algum para a pessoa que bebe e menos ainda para o seu
próximo. Prova disso é que as propagandas de cigarros e bebidas alcoólicas foram obrigadas por lei a avisar
sobre seus prejuízos.
As drogas chamadas de lícitas como as bebidas alcoólicas trazem prejuízos enormes para a sociedade
(Provérbios 23.29-35). O que se gasta com as consequências do alcoolismo é infinitamente mais do que os
lucros do comércio ou dos impostos com a venda de bebidas alcoólicas.
As bebidas alcoólicas trazem perdas para a própria pessoa que bebe (Provérbios 20.1), como por exemplo
atrapalhando sua vida profissional (Provérbios 21.17) e para a família (Provérbios 23.20,21). Também traz
escândalo para as pessoas na sociedade (Romanos 14.21), além de ter ligação com a vida espiritual
impedindo a pessoa de buscar a Deus e receber suas bênçãos (I Coríntios 6.10).
Como servos de Deus, não precisamos estar na “roda dos escarnecedores” (Salmos 1.1), mas devemos
nos fortalecer através do sangue de Jesus (João 6.55), bebendo da água viva que é Jesus para nunca mais
termos sede, pois Deus nos sacia completamente (João 4.11).
A bebida alcoólica não edifica!
Você não precisa beber!
CONCLUSÃO
Um grande perigo é pensar que sabe o quanto pode beber, pois após o primeiro copo, não se tem controle
mais do quanto será ingerido, por isso o grupo AA - Alcoólicos Anônimos tem como lema: “evite o primeiro
gole”.
As duas repostas para não usar bebidas alcoólicas são suficientes para argumentar a respeito, pois o
álcool domina a pessoa tirando sua capacidade de estar consciente e também não traz nenhum benefício
de edificação para a pessoa, família e sociedade.
OBSERVAÇÃO: este texto não foi escrito para condenar pessoas que usam bebidas alcoólicas, mas
apenas para argumentar a respeito da Palavra de Deus e sobre sermos abstêmios do álcool como bebida.
O alcoolismo é uma doença. Caso você já esteja sob forte influência do álcool, procure tratamento além
de ajuda espiritual. Mas se você tem alguém em sua família com este problema, não debata com a pessoa,
demonstre amor e ore sempre por ela para que aceite ajuda. Jesus liberta de tudo, inclusive do alcoolismo
(João 8.36).
Não use bebidas alcoólicas!