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Direito Processual

Módulo 6 – Acção em Geral Princípios Fundamentais em processo Civil


Conceito, natureza e importância do processo civil. Noções gerais.

1) Noção de processo Civil

a) O seu significado:

Qualquer processo significa a realização contínua e prolongada de

alguma actividade. Assim, num sentido geral, um processo é um conjunto

de actos que conduzem a um determinado resultado.

Etimologicamente a palavra “processo” deriva de pró + cedere, que

significa “avançar para ”.

No sentido jurídico, o mais importante para nós, o processo é uma

sequência de actos destinados à justa composição por um órgão

imparcial de autoridade (o tribunal, que como sabem é autónomo e

independente) de um litigio, ou seja, de um conflito de interesses. É,

então, um conjunto de peças apresentadas por uma e outra parte para

servir à instrução e julgamento de uma questão. Toda a actividade

processual tende para a decisão, ou seja, para a prolação da sentença.

Quando o conflito a decidir diz respeito a interesses privados ou

particulares, estamos no domínio do processo civil.

A sentença a ser proferida resulta da aplicação de normas do direito

civil (e não do direito processual civil) aos factos provados. São as

normas do direito civil que regulam as relações jurídicas entre os

particulares e o Estado, desde que despido da função de soberania.

Estas normas atribuem, em regra um direito subjectivo a uma das

partes, impondo o dever jurídico correlativo (interdependente) à outra

parte. É o que se aplica por exemplo nas relações obrigacionais em que o

direito subjectivo do credor de receber uma determinada importância

corresponde o dever jurídico de o devedor entregar essa mesma

importância.
É também o que se verifica no domínio dos direitos reais. Ao direito de

usufruir determinados bens, atribuído a um sujeito, corresponde o dever

geral de abstenção que recai sobre todas as outras pessoas.

b) Integração do direito

Se as pessoas cumprissem os seus deveres jurídicos e respeitassem os

correspondentes direitos das demais pessoas, ou seja, se o

comportamento estivesse em conformidade com o que prescreve o

ordenamento jurídico não se desencadearia qualquer conflito de

interesses.

O conflito de interesses só surge a partir do momento em que as normas

jurídicas não são respeitadas, ou seja, nos casos em que o devedor não

satisfaz a prestação devida ao credor ou em que uma pessoa se apropria

ou danifica a coisa de outrem. Nestes casos, torna-se necessário

proceder á reintegração do direito violado.

Fikei pag 3
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