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Disciplina de DIREITO
Módulo 2 – Os Sujeitos e a Relação Jurídica 1º Ano
Objectivos de aprendizagem:
1. Direitos do Homem
1.1 – Direitos consagrados na Declaração Universal dos Direitos do
Homem
1.2 – Direitos do Homem no mundo actual
1.3 – Organizações europeias e internacionais de defesa dos Direitos do
Homem
2. Cidadãos
2.1 – Portugueses
2.1.1 – Residentes na União Europeia
2.1.2 – Residentes em países terceiros
2.2 – Da União Europeia
2.3 – Estrangeiros
2.3.1 – Residentes em Portugal
2.4 – Refugiados
2.5 - Apátridas
3. A Lei da Nacionalidade
4. As pessoas
4.1 – Singulares
4.1.1 – Conceito
4.1.2 Identificação civil
4.1.3 Identificação tributária
4.1.4 Recenseamento eleitoral
4.2 – Colectivas
4.2.1 – Conceito e espécies
- Pessoas colectivas de direito público
- Pessoas colectivas de direito privado
4.2.2 – Identificação e registo de Pessoas Colectivas
5. A Relação Jurídica
5.1 – Conceito
5.2 – Relação Jurídica em sentido amplo e restrito
5.3 – Relações Jurídicas abstractas e concretas
6. Elementos da Relação Jurídica
6.1 – Os sujeitos
6.1.1 – Personalidade Jurídica
6.1.2 Capacidade jurídica
6.1.3 Incapacidades de exercício
6.1.4 – Menoridade
- Interdição
- Inabilitação
- Incapacidade acidental
6.2 – O objecto
6.3 - O facto jurídico
6.3.1 – Conceito
6.3.2 – O negócio jurídico
6.4 – Garantias
6.4.1 – Gerais
6.4.2 Especiais
1. Direitos do HOMEM
Os direitos do HOMEM são naturais e universais, pois estão profundamente ligados à
essência do ser humano, independentemente de qualquer acto normativo (de qualquer
lei) e valem para todos.
2. Conceito de Cidadão
Cidadão é todo aquele que pertence a um país com leis que protegem as pessoas,
onde estas têm deveres para com a organização do país e usufruem dos direitos de
um país politicamente organizado.
Ser cidadão é respeitar e participar das decisões da sociedade para melhorar a sua
vida e a de outras pessoas.
Cada pessoa, cada cidadão é um ser único e, portanto, diferente de todos os outros. A
sua individualidade é formada pelas características herdadas no nascimento, ou
adquiridas no convívio social, no qual cada indivíduo se vai agrupar com outros com
os quais tiver maior afinidade
Porém, se não respeitar nenhuma destas condições, será cidadão português residente
na União Europeia se residir num dos 27 países que a compõem.
Será que ser cidadão português é ser cidadão da União Europeia?
Certamente que responderíamos afirmativamente, uma vez que ser cidadão português
é ser cidadão Europeia em virtude de Portugal ser um dos países integrantes da União
Europeia, onde há livre circulação de pessoas, bens e capitais e liberdade de
estabelecimento.
Cidadão apátrida é todo o indivíduo que não é considerado nacional por nenhum
Estado.
Os cidadãos apátridas, também, podem ser refugiados mas são duas categorias
distintas. Este é um problema de grandes proporções uma vez que existem doze
milhões de refugiados em todo o mundo.
Possuir uma nacionalidade é essencial para a completa participação na sociedade e é
pré requisito para usufruir de todos os aspectos dos direitos humanos.
3. A Lei da Nacionalidade
4. Pessoas Singulares
4.1 – Conceito de Pessoas Singulares
São Pessoas Singulares os sujeitos de direito, as pessoas físicas individualmente
consideradas, ou seja, os seres humanos desde que nascem até que morrem.
a) Identificação civil:
5. A Relação Jurídica
6.1 Os Sujeitos
A relação jurídica estabelece-se entre sujeitos. Os sujeitos são o 1º elemento da
relação jurídica.
ii) Da interdição;
iii) Da inabilitação;
iv) Da incapacidade natural acidental (art.º 257º do C.C.)
O interesse determinante das incapacidades é o interesse do próprio incapaz.
6.1.4 A Menoridade:
i) Amplitude:
É a mais importante das incapacidades de exercício sancionadas pela Lei
prevista nos artigos 122º e seguintes do C. C. abrangendo, em principio,
quaisquer negócios de natureza pessoal e patrimonial.
ii) Excepções:
Podem praticar actos de administração ou disposição dos bens que o
menor haja adquirido por seu próprio trabalho (art.º 127.º/a C.C.).
São válidos os negócios jurídicos próprios da vida corrente do menor, que
só impliquem despesas, ou disposições de bens, de pequena importância
(art.º 127º do C.C.).
São válidos os negócios relativos à profissão, arte ou ofício que o menor
tenha sido autorizado a exercer, ou os praticados no exercício dessa
profissão (art.º 127.º /c C.C.)
iii) Duração:
A incapacidade termina quando o menor atingir a idade de 18 anos ou for
emancipado, salvo se, neste momento, estiver pendente contra ele uma
acção de interdição ou inabilitação (art.º 130º e art.º 131º C.C.).
O único facto de emancipação é o casamento: art.º 132.º C.C.
iv) Efeitos:
Os negócios jurídicos praticados pelo menor estão feridos de anulabilidade (art.º 125.º
C.C.)
Quem tem legitimidade para arguir essa anulabilidade?
- O representante do menor dentro do prazo de um ano a contar do
conhecimento do acto impugnado;
- O próprio menor, dentro do prazo de um ano contar da cessação da
incapacidade;
6.1.4.2 Interdição:
ARTIGO 148º
(Actos do interdito posteriores ao registo da sentença)
São anuláveis os negócios jurídicos celebrados pelo interdito depois da sentença de
interdição definitiva.
A incapacidade por interdição não pode ser suprida pelo Instituto da Assistência.
6.1.4.3 Inabilitação:
Quem pode ser inabilitado?
Os indivíduos (maiores) cuja anomalia psíquica, surdez-mudez ou cegueira, embora
de carácter permanente, não seja de tal modo grave que justifique, assim como
aqueles que, pela sua habitual prodigalidade ou pelo abuso de bebidas alcoólicas ou
de estupefacientes, se mostrem incapazes de governar convenientemente o seu
património e como tais sejam declarados por decisão judicial, de acordo com o art.º
152º do CC.
Fundamentos da inabilitação – art.º 152º do CC
i) Inabilitação parcial – verifica-se nos indivíduos cuja anomalia psíquica,
surdez-mudez ou cegueira, embora de carácter permanente, não seja tão
grave que justifique a interdição;
Efeitos:
A Lei não regula directamente este problema, sendo aplicáveis as disposições que
vigoram acerca do valor dos actos dos interditos, por força do art.º 156.º do CC, logo
estão feridos de anulabilidade depois de registo da sentença de interdição (art.
148º do CC).
Características da anulabilidade:
São, com as necessárias adaptações, as do art.º 125º, aplicável por remissão dos
art.ºs 139º e 156º.
Art.º 156º ------------------- Inabilitados
Art.º 139º ------------------- Interditos
Art.º 125º ------------------- Menores
Extensão da incapacidade:
A inabilitação abrange:
i) Os actos de disposição de bens entre vivos…
ii) E os que forem especificados na sentença.
Levantamento da inabilitação:
A incapacidade dos inabilitados não termina com a cessação da incapacidade natural;
é necessário que o próprio inabilitado, tal como o interdito, requeira o levantamento da
inabilitação.
Em síntese:
Numa palavra, representação legal para os menores e interditos, assistência
para os inabilitados.
Conceito:
Abrange todos os casos em que a declaração negocial é feita por quem, devido
a qualquer causa (drogado, bêbado, etc) estiver transitoriamente incapacitado
de representar o sentido dela ou não tenha o livre exercício da sua vontade, por
força do art.º 275º do CC.
Efeitos:
i) Os actos referidos são anuláveis desde que o facto seja notório ou
conhecido do declaratário;
ii) A anulação está sujeita ao regime geral das anulabilidades (art.ºs 287º e
seguintes do CC).
iii) O direito de invocar a anulabilidade caduca, estando o negócio cumprido,
se não for exercido dentro do ano subsequente à cessação da
incapacidade acidental.
6.2 O Objecto:
6.4 Garantias
ANEXOS
Fichas de Trabalho
FICHA DE TRABALHO
FICHA DE TRABALHO
Actividade Prática n.º 2 02/Dez/2010
FICHA DE TRABALHO
FICHA DE TRABALHO
Actividade pratica n.º 4 05/Jan/2010
1.3. Será válida a venda da casa em Esposende? Quem tem legitimidade para anular
este negócio e em que condições?
1.4. Imagine que os pais lhes haviam dado consentimento para o casamento. Quais as
consequências jurídicas do casamento?
FICHA DE TRABALHO
2. Andreia, no dia em que completou 17 anos, contraiu matrimónio e foi viver com
o seu apaixonado Manuel, um ano mais velho do que ela, apesar da expressa
oposição dos seus pais, que desde o inicio do namoro se opunham à relação.
Para tal escolheram para casa de morada de família, um modesto imóvel
pertencente a Carlos; visto que a o dinheiro que Andreia recebia como
funcionária de um hipermercado não permitia arrendar o imóvel com que
sonhavam.
Com o objectivo de conseguir aumentar os rendimentos da família, Manuel
adquiriu um camião e dedica-se ao transporte de mercadorias. A vida floria ao
jovem casal apaixonado até que, numa manha de chuva e de nevoeiro,
Manuel, que desrespeitava o limite de velocidade estatuído na Lei, não
conseguiu realizar uma curva e despistou-se numa ravina. Em consequência
do acidente de viação, Manuel perdeu parte das capacidades motoras, visão e
audição. Andreia, ao receber a notícia ficou transtornada; o acidente ocorreu
no mesmo dia em que ela recebera a confirmação de que estava grávida de
gémeos.
Mila, vizinha de cima e melhor amiga de Andreia, testemunha do abandono a
que esta deixara Manuel, pediu em tribunal a inabilitação deste.
FICHA DE TRABALHO
Caso prático I
Apesar de ser invisual, António não quis deixar de acompanhar os familiares à ilha da
Madeira, tendo-se deslocado para a Marina onde aqueles apreciaram o espectáculo
de fogo-de-artifício. Foi nesse local que conheceu Beatriz, encontro do qual resultou
uma mútua paixão, culminada em casamento.
Para o local de vida em comum, António comprou um magnífico apartamento. Este foi
adquirido na noite de carnaval a Carlos, que na primeira vez que entrara num casino e
após ter perdido milhares de euros, visivelmente embriagado, abordou António,
alienando-lhe o imóvel por um valor bastante inferior ao de mercado.
Caso Prático II
Armando é um jovem de 17 anos que sempre demonstrou reduzida apetência para os
estudos. Por esse motivo, logo após ter completado a escolaridade mínima, iniciou
uma exploração agrícola, utilizando para tal uma propriedade agrícola pertencente à
sua família. Para exercer essa actividade contratou dois funcionários, comprou
sementes e rações para os animais.
Posteriormente conheceu Carla, filha do melhor amigo do seu pai. O namoro culminou
com a marcação do mais badalado casamento do ano, ao qual deveriam comparecer
2.3. Será que o contrato celebrado entre Armando e o porteiro do bar é nulo?
Quem tem legitimidade para anular este negócio e em que condições?
FICHA DE TRABALHO
Actividade prática n.º 7 10/Fev./2011
7.3. Será válida a venda do fio feita por Cristina? Quem tem legitimidade para
anular este negócio e em que condições?
7. Bibliografia de apoio:
Bibliografia:
CAETANO, Marcelo – Manual de Direito Administrativo. Volume II, Coimbra, Almedina, 1999
CAMPINOS, Jorge – Direito Internacional dos Direitos do Homem. Coimbra, Coimbra Editora, 1984.
CANOTILHO, J.J. Gomes, MOREIRA, Vital – Constituição da Republica Portuguesa: Lei do Tribunal
Constitucional. Coimbra, Coimbra Editora, 2005
MACHADO, J. Baptista – Introdução ao Direito e ao Discurso Legitimador, Coimbra, 1996
MENDES, João de Castro – Introdução ao Estudo do Direito, Lisboa, 1994
MANSO, Luís Duarte e OLIVEIRA, Nuno Teodósio – Teoria geral de Direito Civil, casos práticos
resolvidos. Lisboa, Quid Yuris, Sociedade Editora, 2005
PINTO, Carlos Alberto da Mota, MONTEIRO, António Pinto, PINTO Paula Mota – Teoria Geral de
Direito Civil. Coimbra, Coimbra Editora, 2005
Webgrafia:
www.lojadocidadao.pt
www.cfe.iapmei.pt
Http://pt.wikipedia.org/wiki/Nacionalidadeportuguesa
Http://pt.wikipedia.org/wiki/Refugiado
http://www.acnur.org/t3/portuguesa/a-quem-ajudamos/apatridas