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Contra Indicação de Exercícios que 

todo Instrutor deve saber! 


  

A ​prática de exercícios​ está associada a numerosos benefícios físicos e mentais.

Com relação ao método Pilates, não há dúvidas a respeito dos seus efeitos

positivos para a saúde em praticamente todas as populações.

Apesar do efeito benéfico indiscutível de uma vida ativa, um programa de exercícios

deve ser bem direcionado ao aluno/paciente.


Sabemos que para o sucesso de qualquer intervenção é necessário que uma boa

avaliação seja feita previamente, pois com ela identificaremos os cuidados e contra

indicação de exercícios que devemos estar atentos ao montar o plano de aulas.

O Método Pilates é um método seguro! No entanto, assim como em ​outros métodos

e modalidades​exercícios algumas situações exigem cuidados específicos.

No decorrer dessa discussão veremos algumas condições em que devemos estar

atentos durante a nossa atuação profissional para que tenhamos sucesso com os

nossos objetivos.

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Contra Indicação de Exercícios em Posição


Supino ou Decúbito Dorsal

Segundo e Terceiro Trimestre de Gestação


Gestantes​ são alunas que sempre devemos ter uma atenção especial, afinal quase

nenhuma condição sofre tantas mudanças em tão pouco tempo, por isso

precisamos prestar atenção na contra indicação de exercícios para esse público.


Além disso, temos sempre que estar atentos que durante esse período um novo ser

está em formação e temos que zelar pela saúde não só da mãe, mas também do

bebê.

Durante o segundo e terceiro mês de gestação, pode ocorrer uma condição

chamada síndrome da hipotensão supina, no qual o peso do útero pode exercer

pressão sob a veia cava inferior principalmente, reduzindo débito cardíaco e

dificultando o fluxo de sangue da mãe para o feto, podendo determinar diminuição

da perfusão uterina, ocasionando hipóxia e bradicardia fetal.

Por oferecer riscos tanto a mãe quanto ao feto essa postura deve ser evitada

durante esse período, deve-se, portanto, priorizar o decúbito lateral esquerdo

quando na posição deitada e dar ênfase em ​exercícios​ realizado em posições

seguras.

Caso, ainda opte por trabalhar nessa posição, tente manter a região do dorso em

apoio mais elevado e tente não ultrapassar 3 ou 4 minutos nessa posição.

Hérnia Discal Aguda


Resumidamente a hérnia discal consiste no deslocamento do conteúdo do disco

intervertebral através de sua membrana externa, o anel fibroso.


O núcleo pulposo é controlado pelo anel fibroso, sob condições normais. Qualquer

distúrbio no equilíbrio da estrutura desses tecidos pode levar a destruição tecidual,

dano funcional e dor lombar.

Em geral, a região póstero-lateral do anel fibroso tende a enfraquecer primeiro.

São conhecidos três tipos ​principais de hérnia de disco​ e em todas precisamos

tomar cuidado com a contra indicação de exercícios.

1) Contido (protrusão): O núcleo pulposo, ao esforço, projeta-se para fora através

da ruptura, sem sair do anel fibroso externo ou do ligamento longitudinal posterior,

ficando confinado ao canal central.

2) Extrusão (prolapso): O núcleo pulposo permanece preso ao disco, mas escapa

do anel fibroso ou do ligamento longitudinal posterior para abaular-se

póstero-lateralmente dentro do canal intervertebral.

3) Sequestro:​ O núcleo pulposo migra totalmente do contato com o disco e se torna

um fragmento livre no canal intervertebral.

Para alunos ou pacientes em recuperação de dor na coluna relacionada a

patologias do disco intervertebral, deve-se ter cuidado com exercícios após um

intervalo de repouso em decúbito dorsal que tenha durado mais de 30 minutos,

principalmente aqueles que envolvam os movimentos de flexão.


Tal cuidado se deve ao fato de que o disco pode tornar-se mais hidratado nesse

tempo e o paciente pode ficar mais suscetível à dor nas posturas​ que aumentam as

pressões sobre o disco.

Exercícios em supinação devem ser evitados caso os sintomas piorem.

Contra Indicação de Exercícios que dão


ênfase ao Movimento de Flexão

Hérnia Discal Aguda


No tópico acima foram descritos mais detalhes sobre a hérnia discal e a contra

indicação de exercícios.

Atualmente, a hérnia discal lombar é o diagnóstico mais comum dentre as

alterações degenerativas​ da coluna lombar, ocorrendo principalmente entre a quarta

e quinta décadas de vida, embora seja descrita em todas as faixas etárias.


Os exercícios de flexão devem ser usados com cuidado ou evitados na maioria dos

casos de prolapso discal agudo.

O movimento de flexão impõem pressão sobre o disco interverbral, o que faz com

que o núcleo pulposo se abaule em direção a região antero-posterior.

Em condições de degeneração do disco, o núcleo pulposo se espreme através de

uma laceração no anel fibroso, possivelmente produzindo dor lombar e/ou

pressionando as raízes nervosas para produzir sintomas neurais nas extremidades.

Quando se trata de ​patologias da coluna​ e principalmente no tratamento da dor

dessa região, HOOKER e PRENTICE, 2014, defendem que qualquer movimento

que faça com que a dor de coluna irradie ou se alastre sobre uma área maior não

deve ser incluído na fase inicial do tratamento.

Tendo esse conceito em mente, devemos respeitar o quadro do aluno ou paciente e

dar ênfase em exercícios que promovam a melhora do quadro álgico e bem estar,

tomando cuidado com a contra indicação de exercícios que piorem o quadro.

Osteoporose
Como o nome sugere, a osteoporose se refere a “ossos porosos”. É um distúrbio do

sistema esquelético, de caráter crônico e progressivo. Possui origem multifatorial e

acomete pessoas idosas, tanto homens quanto mulheres.


A osteoporose caracteriza-se por resistência óssea comprometida, o que predispõe

ao aumento do risco de fraturas, dores, deformidades e incapacidade física. Em

geral, a condição é assintomática até a ocorrência de fraturas ou lesões.

As vértebras, punho e região proximal do fêmur são os locais de maior ocorrência

de fraturas de baixo impacto.

Em geral, a maioria das fraturas vertebrais ocorrem na região torácica inferior ou

lombares superiores e decorrem de mínimos traumas, como pegar objetos, levantar

peso, tossir, movimentos bruscos e ​pequenas quedas​. Apesar disso, apenas 30%

dos pacientes com fraturas vertebrais procuram atendimento médico.

Danos vertebrais progressivos acabam produzindo hipercifose, alterações na altura

e na lordose natural lombar, o que pode acarretar dor e alterações no sistema

respiratório e digestivo.

A dor, a hipercifose, a perda de altura, a restrição dos movimentos respiratórios e a

compressão gástrica podem ser, em muitos casos, consequências das fraturas

vertebrais.

Diante de alunos/pacientes idosos ou ainda aqueles que possuam o diagnóstico

médico de osteoporose ou osteopenia, devemos evitar exercícios que dão ênfase

nos movimentos de flexão do troco, principalmente em grandes amplitudes.


Isso pois a flexão fará com que os corpos vertebrais recebam muita pressão

anteriormente o que pode resultar em fraturas por compressão da coluna.

Movimentos de flexão lateral e rotação até o fim da ​amplitude de movimento

também devem ser evitados e podem ser substituídos por exercícios semelhantes

em amplitudes de movimento menores, sem excessos.

Contra Indicação de Exercícios que dão


ênfase ao Movimento de Extensão

Estenose

A estenose resulta de um estreitamento do canal medular ou dos forames

intervertebrais. Em geral provoca um confinamento das estruturas neurais pelos

ossos da coluna​ e partes moles adjacentes.

A estenose pode ser classificada como primária ou secundária. Geralmente, a

primária é decorrente de alterações congênitas ou desenvolvidas no pós-natal,


enquanto que a secundária é resultante de alterações degenerativas ou

consequência de infecção, trauma ou cirurgia.

A estenose degenerativa pode envolver várias estruturas como, o canal central, o

recesso lateral, os forames ou ainda pode ser combinada, causa mais comum de

estenose adquirida, afetando principalmente adultos e idosos.

Dependendo da região acometida, alguns sintomas podem ser agravados pelos

movimentos em extensão. Entre os sintomas tipicamente agravados incluem:

lombalgia, parestesia, déficits motores (transitórios) e dor intermitente nos membros

inferiores.

Diante de alunos com estenose, nós como ​instrutores​ devemos dar importância aos

relatos de sintomas durante os exercícios.

O ideal é que movimentos ou amplitude que promovam o agravamento dos

sintomas sejam evitados, por isso é importante realizar sempre uma boa avaliação e

ficar atento ao aluno durante a aula ou sessão.

Espondilolistese
A espondilolistese pode ser definida como uma translação de uma vértebra sobre a

outra em sentido anterior ou posterior.


Em indivíduos adultos isso geralmente decorre de um defeito na arquitetura óssea,

trauma ou processo degenerativo.

Geralmente, a região mais afetada é a lombar (L5-S1 ou L4-L-5), a vértebra afetada

é deslocada para frente e pode pressionar a medula e raízes nervosas nesse nível.

Entre os sintomas mais comuns estão, lombalgia e/ou ​lesão neurológica​ que pode

afetar a medula, raízes nervosas e extremidades inferiores. Os sintomas podem ser

agravados por movimentos em extensão nos segmentos afetados.

Concluindo…

Ao longo dessa discussão vimos algumas situações em que devemos ter uma maior

atenção nos cuidados e contraindicações durante a nossa prática profissional.

Grande parte delas exige domínio e segurança do profissional e é claro uma boa

avaliação prévia do paciente/ aluno, ela nos guiará durante a montagem do plano de

aulas.
Para sermos profissionais cada vez melhores temos sempre que estar nos

atualizando, isso nos dará segurança durante o ​atendimento com o paciente​ e

situações como as relatadas nesse breve texto serão facilmente identificadas e

resolvidas.

​Referências Bibliográficas

● GARBER, Carol Ewing et al. Quantity and Quality of Exercise for Developing and
Maintaining Cardiorespiratory, Musculoskeletal, and Neuromotor Fitness in Apparently
Healthy Adults. ​Medicine & Science In Sports & Exercise,​ [s.l.], v. 43, n. 7,
p.1334-1359, jul. 2011. Ovid Technologies (Wolters Kluwer Health).
http://dx.doi.org/10.1249/mss.0b013e318213fefb.
● Baracho E. Fisioterapia Aplicada à Obstetrícia, uroginecologia, e aspectos da
mastologia. 4​th​ ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2007.
● Voight M, L.; Hoogenboom B, J.; Prentice W, E. Técnicas de exercícios terapêuticos:
Estratégias de intervenção musculoesquelética. 1st ​ed. São Paulo: Manole; 2014.
● Dutton M. Fisioterapia ortopédica: Exame, avaliação e intervenção. 2​nd​ ed. São Paulo:
Artmed; 2010.
● TEBET, Marcos Antonio. Conceitos atuais sobre equilíbrio sagital e classificação da
espondilólise e espondilolistese. ​Revista Brasileira de Ortopedia,​ [s.l.], v. 49, n. 1,
p.3-12, jan. 2014. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.rbo.2013.04.011.
● SILVA, Anne Caroline Luz Grudner; MANNRICH, Giuliano. Pilates na reabilitação: uma
revisão sistemática. Fisioterapia e Movimento, [s.I.], v. 22, n. 3, p.449-455, set. 2009.
● VLALLE, Luís Roberto et al. Hérnia discal Lombar. Revista Brasileira de Ortopedia, [s.I],
v. 45, n.1, p.17-22, 2010.
● ZYLBERSZTEJN, Sérgio et al. Estenose degenerativa da coluna lombar. Revista
Brasileira de Ortopedia. [s.I] , v.47, n.3, p. 286-291, nov. 2011.
● Freitas E, V.; PY L. Tratado de geriatria e gerontologia. 4​TH​ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan; 2017.
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