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Componentes: Eliana de Oliveira Monteiro

Thayna Patrícia Ramos

Desordens Musculoesqueléticas Pediátricas

escreva um resumo sobre cada uma delas contendo: definição, causas, avaliação,
manifestações clínicas e princípios do tratamento fisioterapêutico.

Torcicolo Muscular Congênito

Definição[excluir] O torcicolo congênito (TC) é definido como uma contratura unilateral do


músculo esternocleidomastoideo que, por uma postura assimétrica da cabeça e do pescoço
originado por diversas entidades patológicas e com diferentes graus de gravidade, em geral,
se manifesta no período neonatal ou em lactentes. Em crianças com TC, a cabeça fica
inclinada para o lado do músculo afetado e rodada para o lado oposto. A sua incidência é de
1:250 recém-nascidos e a etiologia ainda não está esclarecida.

Causas[excluir]

A causa do torcicolo muscular congénito deve-se a uma alteração na estrutura de um


músculo do pescoço: o esternocleidomastoideu (ECM). Numa criança com torcicolo pode
ser necessário excluir outras doenças associadas nomeadamente alterações dos ossos da
coluna vertebral, alterações da visão ou outras doenças neurológicas mais graves.

Avaliação[excluir] O diagnóstico de TMC é clínico, mas os exames complementares de


diagnóstico poderão auxiliar na confirmação da origem muscular e na exclusão de outras
causas de torcicolo. Observando-se as limitações nos movimentos do pescoço, a elevação
do ombro no lado do músculo contraturado e a posição da cabeça em inclinação ipsilateral e
rotação contralateral, a realização de uma radiografia cervical é importante para excluir a
presença de malformações ósseas. A ecografia cervical poderá ser um importante
instrumento de avaliação dos tecidos moles cervicais e alguns autores sugerem uma
correlação entre as alterações musculares visíveis na ecografia cervical e o prognóstico da
doença.
Manifestações clinicas [excluir]

Tratamento fisioterapeuticos[excluir]

A Fisioterapia pode ajudar torcicolo, alongando o músculo apertado. O fisioterapeuta trabalhará com
os pais para desenvolver um programa domiciliar de exercícios de alongamento suaves e ideias para
brincar e posicionar. Em bebês com mais de seis meses, exercícios de fortalecimento também podem
ser incluídos para ajudar o bebê a desenvolver sua capacidade de manter o pescoço ereto. Os
exercícios de alongamento suave não devem ser dolorosos para o bebê. O programa inicial pode
incluir: alongar o músculo encurtado; exercícios para fortalecer os músculos do pescoço do bebê;
maneiras de movimentar seu bebê para incentivá-los a olhar para o seu lado não-preferido e outros.

Pé torto congênito

Definição[excluir] O PTC é definido como uma deformidade caracterizada por mau


alinhamento complexo do pé que envolve partes moles e ósseas, com deformidade em
equino e varo do retropé, cavo e adução do médio e antepé. Com etiologia ainda
desconhecida, foram propostas várias teorias para explicar a origem do PTC, considerando-
se causas intrínsecas ou extrínsecas, entre as quais: posição intrauterina do feto,
compressão mecânica ou aumento da pressão hidráulica intrauterinas; parada no
desenvolvimento fetal ; infecções virais;deficiências vasculares; alterações musculares;
alterações neurológicas; defeito no desenvolvimento das estruturas ósseas e defeitos
genéticos.

Causas[excluir]

O PTC é um dos defeitos congênitos mais comuns do pé; entretanto, sua


patogênese ainda não foi totalmente esclarecida. Alguns esrtudos apontam
causas diferentes, tais como:

Inicialmente, Hipócrates, que propôs como fator causal a compressão


sofrida pelo pé no ambiente intra-uterino.

Fatores genéticos apresentam reconhecida influência na ocorrência do PTC.


Wynne-Davies, observou que a ocorrência é 17 vezes maior em parentes de
primeiro grau, seis vezes maior em parentes de segundo grau e
aproximadamente igual à da população geral quando parentes de terceiro
grau.

Kawashima e Uhthoff demonstraram que, entre a 8º e a 10º semana após a


concepção, o pé passa por um estágio fisiológico que lembra o PTC maduro,
sugerindo, então, que, provavelmente, existe uma parada no desenvolvimento,
que impediria o curso normal de correção espontânea da deformidade.
Avaliação[excluir]

Manifestações clinicas [excluir]

Tratamento fisioterapeuticos[excluir]

O objetivo do tratamento é tornar o PTC um pé plantígrado, funcional e


indolor.

Com a técnica não cirúrgica acredita-se na capacidade de produzir


deformação plástica e alongamento das estruturas contraturadas, de forma
progressiva, mediante as propriedades visco-elástico inerente ao tecido
conjuntivo. A manipulação seguida de gesso deve ser feita de forma seriada e
é sempre o tratamento inicial, existindo tendência de reservar o tratamento
cirúrgico às deformidades residuais.

Entre as diferentes modalidades de tratamento conservador, incluem-se a


massoterapia fisioterápica seguida pelo uso de órtese, manipulações
contínuas por uma máquina de mobilização passiva e manipulações corretivas
seguidas pelo uso de gesso, que é o método mais utilizado, por ser baseado
na experiência individual do profissional, pela praticidade e pelo baixo custo.

Lesão Obstétrica do Plexo Braquial

Definição[excluir]

Define-se paralisia obstétrica como sendo uma lesão


do plexo braquial ao nascimento. O plexo braquial e um conjunto de raízes nervosas formado
pela união das raízes ventrais de C5 a T1 (segmentos medulares). Os ramos de C5 e C6
formam o tronco superior, os ramos de C8 e T1 formam o tronco inferior e o ramo de C7 o tronco
médio .
A lesão do plexo braquial e a lesão de nervo periférico mais comum em partos vaginais. A lesão
é provocada pelo estiramento dos troncos nervosos ou avulsão radicular.
Causas[excluir] Os principais fatores de risco para que ocorra lesão obstétrica de plexo
braquial são apresentação pélvica, distócia de ombro, oligodramnia, recém nascido grande
para idade gestacional, parto prolongado, baixa estatura materna, crânio volumoso ,
macrossomia fetal, aumento de peso superior a 12Kg na gravidez, diabetes gestacional,
parto instrumental (fórcipe e vácuo-extrator) e apresentação pélvica cujas lesões são graves
e com freqüência bilaterais, embora os recém-nascidos desses partos sejam pequenos.

Avaliação[excluir]

No teste, a face da criança é coberta com uma toalha, e quando o teste é realizado com sucesso, ela
remove a toalha da face. Lefevre e Diament(23), encontraram que 5% das crianças removem a toalha
aos 4 meses de idade, enquanto que 40%, 80%, 95%, e 100% o fazem aos 5, 6, 7 e 9 meses
respectivamente. Quando a criança realiza com sucesso o teste, vários grupos musculares são
objetivamente analisados, como a flexão do ombro, flexão do cotovelo sucedida pela extensão,
flexão dos dedos e extensão. Esse exame foi realizado em posição supina e ereta, no colo da mãe, em
um grupo de crianças, associado à eletromiograma de superfície, o que validou o teste como meio
seguro de diagnosticar o grupo muscular deficiente.

Manifestações clinicas [excluir]


Tratamento fisioterapeuticos[excluir]

O tratamento fisioterapêutico é de extrema importância para a reabilitação do paciente com PBO,


para gerar uma boa funcionalidade do membro afetado, fazendo com que se evite contraturas
musculares, promovendo a estimulação sensorial e motora, mantendo uma boa amplitude de
movimento, impedindo que outros problemas futuros apareçam.

Os movimentos realizados durante o tratamento devem ser feitos de forma leve, juntamente com
estímulos sensoriais, tudo de forma passiva. Exercícios para ganho da amplitude de movimento
também devem ser realizados diariamente. Existe alguns que podem ajudar na melhora da função
das mãos quando comprometidas, como é o caso da tala de punho que pode ser inserida no
tratamento quando houver queda do punho.

Os objetivos da fisioterapia para a PBO consiste em orientar os pais e os cuidadores sobre o


manuseio e posicionamento adequado, evitar aderências e as contraturas, melhorar a força muscular
e gerar uma amplitude de movimento adequado, promover um desenvolvimento motor esperado
para cada fase do seu crescimento juntamente com a estimulação sensorial e motora e o treino
funcional.

Para se alcançar os objetivos desejados o tratamento pode ocorrer de diversas formas,


primeiramente por meio da orientação sobre os manuseios e os posicionamentos corretos para
serem usados nas atividades diárias, como nunca levantar ou puxar a criança pelo braço. A
cinesioterapia usada de forma passiva e ativa, vai depender da idade em que a criança se encontra. A
eletroestimulação ajuda na diminuição da dor e evita as contraturas musculares. A hidroterapia,
além de ser uma forma lúdica para a criança, proporciona uma melhora na ADM, evita a tensão
muscular e ajuda no controle da musculatura.

A estimulação proprioceptiva e ainda a TCIM que é a Terapia de Concentração e Indução do


Movimento. A TCIM é um dos métodos de reabilitação que consiste em fazer a contenção do
membro contralateral afetado pela deformidade, para que a criança possa utilizar o membro afetado
na realização das suas funções diárias, mantendo ou até mesmo melhorando as funções já
existentes, com isso estará gerando a estimulação do membro lesado priorizando o treinamento e as
repetições de suas funções motoras. Além do tratamento fisioterapêutico é possível realizar o
tratamento cirúrgico que fará a reconstrução do plexo braquial afetado, corrigindo as deformidades
secundárias e ainda o uso da toxina botulínica A.

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