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III CUBEDESIGN-V-TT&C
Sumário
4. Modelo Comportamental 9
4.1. Definições importantes 9
4.1.1. Sistema reativo 9
4.1.2. Ambiente 10
4.1.3. Modo 10
4.1.4. Evento 10
4.1.5. Ação 10
4.1.6. Diagrama de máquina de estado 10
5. Modelo RF e Caracterização dos Enlaces de Comunicação 12
5.1. Parâmetros de Análise 12
5.1.1. Distância Máxima dos Links 12
5.2. Potência Recebida 13
5.3. EIRP (Effective Isotropic Radiated Power) 13
5.4. Perdas no Espaço Livre 13
5.5. Perdas por Polarização 14
5.6. Ruídos 14
5.7. Perdas Suplementares 15
5.8. Parâmetro de desempenho do link de comunicação 15
5.9. Margem de Link (dB) 16
6. Desafio 17
6.1. Entradas 17
6.2. Modelo Comportamental do TT&C 17
6.3. Passo de simulação 17
6.4. Tempo total de simulação 18
6.5. Interface entre os modelos 18
6.6. Modos de Operação 18
6.7. Modelo de Condicionamento de Sinais RF 19
6.8. Saídas 19
6.9. Entregas 19
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6.9.1. Modelos 19
6.9.2. Manual do TT&C 20
6.10. Considerações finais 20
7. Avaliações 21
7.1. Critérios de desempate 22
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1. Lista de Revisões
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2. Informações Gerais
O CubeDesign é uma competição de desenvolvimento de nanossatélites. Percebendo a
necessidade de uma aproximação com a sociedade, foi criado o CubeDesign para ressaltar a
importância das atividades espaciais.
2.1. Escopo
Este documento é parte integrante da competição educacional III CubeDesign Virtual 2022 -
Categoria CubeSat, onde seus participantes são desafiados a resolverem problemas
relacionados à modelagem de sistemas contextualizada no desenvolvimento de CubeSats.
As equipes participantes serão pontuadas de acordo com a sua performance em cada desafio.
Este documento detalha o desafio do Subsistema de Rastreio, Telemetria e Comandos (TT&C).
Data Evento
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Capacitações https://www.youtube.com/c/CubeDesignINPE
Acesse o site do evento para mais informações sobre o prazo de inscrição e outros desafios.
Wertz, J. R., Everett, D. F., & Puschell, J. J. (2011). Space mission engineering:
[DR0]
The new SMAD. Hawthorne, CA: Microcosm Press.
[DR1] AMSAT. Tools for Spacecraft and Communication Design
Wieringa R.J. Design Methods for Reactive Systems: Yourdon, Statemate, and the
[DR2]
UML. Morgan Kaufmann Publishers, ISBN:1558607552, 2003.
Baduel R., Bruel J-M, Ober I., Doba E. Definition of states and modes as general
[DR3] concepts for system design and validation. 12e Conference Internationale de
Modelisation, Optimisation et Simulation (MOSIM 2018), 2018.
2.3. Limitações
Apesar do desafio refletir em boa medida o que é praticado para simular a análise do TT&C,
abaixo são listadas algumas limitações e simplificações para este desafio:
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3. Introdução
O subsistema de Rastreio, Telemetria e Comandos (TT&C) ou subsistema de comunicação
provê a interface entre o satélite e os sistemas solo [DR0].
A fim de modelar o TT&C, devemos considerar três pontos do projeto: requisitos, restrições e
regulamentações. Em geral, requisitos para as comunicações incluem:
Restrições que podem limitar o TT&C podem vir de diferentes fontes. Restrições de Potência e
Alimentação, restrições de massa, interferência e compatibilidade eletromagnética, custo etc.
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4. Modelo Comportamental
Os satélites em missões espaciais são projetados para trabalharem de maneira semi autônoma,
visto que, após a inserção em órbita, só é possível acessar o satélite via telecomandos. Além
disso, como uma missão espacial possui alto custo, mesmo se aplicado a nanossatélites, o
conhecimento prévio de cada momento da vida do satélite é de suma importância para um
engenheiro de sistemas.
Em outras palavras, sistemas reativos são sistemas que, quando ligados, são capazes de criar os
efeitos desejados em seu ambiente, habilitando, reforçando ou prevenindo eventos no
ambiente [DR2]. Indo além, a função de um sistema reativo é responder às ocorrências de
eventos ou condições no ambiente, causando mudanças desejáveis no ambiente.
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4.1.2. Ambiente
4.1.3. Modo
4.1.4. Evento
4.1.5. Ação
As ações são um acontecimento, ou uma reação, ao evento observado por parte do sistema ou
subsistema em estudo sendo percebido pelo ambiente.
Assim, os eventos são chamados de ações quando os vemos do ponto de vista do iniciador do
evento. De forma a melhorar o entendimento, a distinção entre ações e eventos é a mesma
que entre saída e entrada: o que é entrada para um sistema é saída para outro sistema [DR2].
Para ser descrito em diagrama de máquina de estado, o sistema deve possuir as seguintes
características [DR4]:
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2. Deve possuir um conjunto finito de entradas e/ou eventos que podem ativar a
transição entre os estados;
3. O comportamento do sistema em um determinado momento depende do estado atual
e das entradas ou eventos que ocorrerem neste instante;
4. O sistema possui um estado inicial particular.
Por último, mas não menos importante, é possível modelar a máquina de estado no
Matlab/Simulink, a partir da extensão funcional Stateflow dentro do Simulink, que suporta a
modelagem de componentes do sistema como máquinas de estado finito [DR5].
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Sendo:
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Como exemplo, para um satélite qualquer e altura da órbita (h) de 650 km, a distância
calculada (S) é de 2448 km para ângulo de elevação (δ) igual a 5°.
Considerando-se uma fonte de irradiação que esteja transmitindo uma potência de intensidade
PT, e uma antena receptora a uma distância R desta fonte. Podemos determinar a intensidade
de potência recebida pela antena receptora pela Equação de Friss:
2 𝐺 𝐺
𝑃𝑟(𝑑) = 𝑃𝑇 ( )λ
4π𝑑
𝑇 𝑅
𝐿
A densidade de potência irradiada por uma antena isotrópica, alimentada por uma fonte RF de
potência Pt, é dada pela equação Pt /4π. Para determinarmos o valor dessa potência em uma
dada direção em que o ganho de transmissão é dado por Gt, basta que tal valor seja
multiplicado por esse ganho. Nesse sentido, uma nova grandeza é determinada, chamada de
Potência Irradiada Isotrópica Efetiva, normalmente expressa em watts (W).
𝐸𝐼𝑅𝑃 = 𝑃𝑡𝐺𝑡
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Considerando um enlace entre duas antenas, em que a potência recebida é Pr, podemos
considerar que as perdas no espaço livre Ls, são dadas pela relação entre a potência recebida e
a potência transmitida por duas antenas isotrópicas, dadas por:
2 2
λ 𝑐
𝐿𝑆 = 2 2 = 2 2 2
(4π) 𝑅 (4π) 𝑅 𝑓
Esse tipo de perda caracteriza-se pelo descasamento das polarizações entre a antena receptora
e a onda recebida. Vários fatores podem ocasionar essa perda, tais como alterações na onda
decorrentes de sua propagação na atmosfera ou imperfeições nas antenas transmissora e
receptora. A maioria das aplicações espaciais, bem como no caso do nosso projeto, utiliza
polarização circular e, se as polarizações do transmissor e do receptor não corresponderem,
haverá uma perda devido a esse desvio de polarização. A Tabela 2 apresenta a configuração da
Onda considerando diferentes configurações de antena.
Configuração da Onda
Configuração da Antena Circular a Circular a
Vertical Horizontal
Direita Esquerda
Vertical 0dB INFINITA 3dB 3dB
Horizontal INFINITA 0dB 3dB 3dB
Circular à Direita 3dB 3dB 0dB INFINITA
Circular à Esquerda 3dB 3dB INFINITA 0dB
5.6. Ruídos
Nas transmissões sem fio o sinal de chegada ao receptor sempre é recebido com ruído, que
prejudica a interpretação correta do sinal, ocasionando distorções na informação recebida.
Esses sinais indesejados são oriundos de diversas fontes tais como raios cósmicos, reirradiações
atmosféricas (nevoeiro, chuvas, relâmpago), interferências dos próprios componentes do
transmissor e alguns ruídos internos gerados no receptor.
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𝑇𝑆 = 𝑇𝑎𝑛𝑡𝑒𝑛𝑎 + 𝑇𝑅 + 𝑇𝑐𝑎𝑏𝑜𝑠
Outro fator que provoca perdas no sinal é decorrente de partículas de diferentes substâncias
(gases, átomos livres e água na forma de vapor) que se encontram na atmosfera. Essas
partículas absorvem e refletem uma grande quantidade de energia solar. Quando absorvendo,
essa energia é reirradiada em todas as direções ionizando átomos atmosféricos gerando assim,
em sua parte superior, uma banda de elétrons livres ao redor da Terra, os quais interagem
diretamente com algum campo eletromagnético passante.
Finalizando essa categoria de perdas suplementares podemos citar as perdas decorrentes das
chuvas. Quando dispersas na atmosfera, as gotas de chuva interagem com a radiação,
atenuando os sinais. O efeito desse desvanecimento se acentua à medida que o comprimento
de onda da radiação aproxima-se do comprimento das gotas de chuva, ou seja, quanto mais
alta a frequência, maior será a atenuação devido às chuvas. A intensidade da precipitação é
medida através da taxa de queda da chuva R expressada em mm/h. A estatística de
precipitação temporal é obtida através da distribuição da probabilidade cumulativa, a qual
indica a porcentagem de tempo no ano p(%) durante o qual um dado valor da taxa de queda da
chuva Rp (mm/h) é excedido (usualmente o valor adotado em uma análise é de p = 0,01%, o
que corresponde a aproximadamente 53 minutos por ano). Na Europa, por exemplo, pode-se
considerar uma taxa de chuva R0,01 em torno de 30 mm/h, enquanto em regiões equatoriais
tem-se R0,01 = 120 mm/h.
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Pode-se ver a dependência direta da Potência Irradiada Isotrópica Equivalente (EIRP), das
perdas no espaço (Ls), perdas atmosféricas e pela chuva (La), relação do ganho do receptor em
relação ao seu ruído térmico.
O propósito da margem de link é de compensar qualquer perda não visualizada ou que não
fora considerada no enlace evitando a degradação do link.
𝐶 𝐶0
𝐿𝑀 = 𝑁
− 𝑁0
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6. Desafio
O desafio consiste em modelar e simular o comportamento do TT&C e o condicionamento do
sinal de RF, tanto para Comandos como Telemetrias, utilizando o Simulink/Stateflow.
Desse modo, a partir das Entradas fornecidas pela comissão organizadora, as equipes deverão
modelar e simular o comportamento e sinais RF do TT&C. Para avaliação, as equipes deverão
fornecer as saídas.
6.1. Entradas
- Estação Solo
- Meio Físico (Perdas no Caminho e Offset de Fase/Frequência)
● Passo de simulação
● Tempo total de simulação
● Máquinas de Estado
● Modelo de condicionamento de sinais RF
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As equipes deverão usar o tempo de simulação como tempo total de simulação, no Simulink.
Este valor corresponde ao total de um dia, ou seja, 86400 segundos.
Modo de operação
Situações de ocorrência Ações
# Estado
- TT&C completamente desligado.
- Esse estado deve ser alcançado devido à
0 Off falta de alimentação. NA
- A saída deste estado deve ocorrer
quando da alimentação do TT&C.
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Destaca-se que a situação apresentada neste desafio é hipotética, e tem caráter educativo, de
modo que alguns conceitos sejam exercitados pelas equipes.
O modelo de condicionamento dos sinais RF visa a simulação dos canais de uplink e downlink
do satélite, modelando as ferramentas e ambiente presentes no subsistema de TT&C e na
comunicação:
6.8. Saídas
6.9. Entregas
Esta seção apresenta o que as equipes devem fornecer para a Comissão Organizadora.
6.9.1. Modelos
● Todos os arquivos necessários para que a simulação dos modelos entregue sejam
executados. Os modelos das equipes serão executados pela Comissão
Organizadora.
● Criar um arquivo “main.m” que chame todos os outros arquivos, inicie a simulação,
e execute automaticamente e apresente na mesma janela os seguintes gráficos:
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As equipes deverão entregar, em PDF, formato livre, um manual do TT&C contendo uma
descrição detalhada do modelo TT&C.
As equipes deverão criar um arquivo .zip ou .rar com todos os arquivos necessários para
executar a simulação do TT&C.
Um link para baixar este arquivo deverá ser enviado para cubedesign@inpe.br até a data limite
deste desafio.
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7. Avaliações
As equipes deverão simular os modelos pelo tempo total de simulação.
Critério de Pontuação
Descrição Avaliação
avaliação OK POK NOK
Comportamento
CA1 Modelo C A lógica de implementação no Simulink 10 5 0
TT&C está correta.
CA2(*) Modelo C O modelo do TT&C respondeu 20 15 0
TT&C corretamente à sequência de modos de
operação.
Condicionamento Sinal RF
CA3(*) Modelo RF O modelo TT&C condiciona de forma 20 15 0
TT&C correta o sinal
CA4 Modelo RF BER corretamente calculado 10
TT&C
Modelo Geral
CA5 Modelo do Os modelos, tanto comportamental como 20 (*)
TT&C de condicionamento de sinal RF, atuam em
conjunto durante a simulação
Manual do TT&C
Manual do O manual do TT&C foi entregue e contém 10 5 0
CA6
TT&C os itens descritos
Automatismo
CA7 Automatismo A equipe forneceu o arquivo “main.m” para 10 5 0
que toda a simulação do OBDH no Simulink
seja realizada e possa ser verificada.
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A Tabela 6 apresenta um exemplo de um caso em que a menor quantidade de erro foi de 2 erros.
Portanto, o desconto para todas as equipes será igual a 2.
A comissão organizadora irá estimular o modelo com alguns sinais que levam o OBDH a um
determinado modo de operação. Caso o modelo da equipe não entre no modo de operação
desejado, isso será considerado um erro.
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