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Diretrizes
para a Concepção de Estradas
(DCE)
DCE-R
DER
Fevereiro/2000
2 DCE-R - 02/2000
Diretrizes
para a Concepção de Estradas
(DCE)
DCE-R
RA
RP
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Notas Preliminares
Esta Publicação é tradução da publicação de origem alemã intitulada “ Richtlinien für die Anlage von Strassen
( RAS ) , Teil: Leitfaden für die funktionale Gliederung des Strassennetzes ( RAS - N ), Ausgabe 1988.
Será utilizado pelo Departamento de Estradas de Rodagem de Santa Catarina para o Encadeamento Funcional de
Rede de Estradas. As diferenças sensíveis, se houverem, entre alguns dados usados na aplicação do processo por
força de comportamento dos participantes do trânsito, diferenças entre veículos, etc., por hora serão
desonsideradas, pois, as diferenças de resultados, se existirem, não representariam um erro grosseiro a ponto
de comprometer a praticidade destes resultados. Mesmo porque, nos levantamentos dos dados e na manipulação
destes para a obtenção dos parâmetros utilizados na aplicação do processo, existe tal empirismo que, talvez,
uma busca por um preciosismo não seria nem realistico e nem prático.
A opção de traduzir a publicação original e aplicar os seus conceitos é perfeitamente válida, partindo do
princípio de que, essa publicação original, desde a sua idealização até sua finalização, foi, sem dúvida, objeto
de amplas pesquisas e estudos e não caberia a nós mudar ou adaptar conceitos sem pesquisas e/ou estudos
conduzidos propriamente. Se assim procedêssemos, isto é, tentássemos adaptar a publicação original sem estes
cuidados, ai sim estaríamos incorrendo em erros grosseiros quando da aplicação do método. Caberá ao DER-SC,
portanto, no futuro, promover pesquisas, estudos e observações do método aqui contido.
Com a divulgação desta Publicação objetivamos, portanto, suprir o DER-SC de ferramentas práticas e simples
para resolver seus problemas relacionados com o encadeamento funcional de rede de estradas..
Talvez algum conceito desta publicação não possa ser aplicado devido à insuficiência de dados. Então, nestes
casos, procurou-se uma outra forma de solucionar o problema com a aplicação de um outro processo, o qual
constará em local apropriado. Por força de legislação brasileira e outras diferenças marcantes,poderão aparecer
valores diferentes relativamente à publicação original. Estas mudanças, sempre que existirem, estarão devida-
mente anotadas.
Para finalizar, queremos deixar aqui nossos votos de um bom uso desta publicação, que seja aplicada com
critério e racionalidade e que, cada vez mais, tenhamos boas soluções para os nossos problemas na área da
engenharia de estradas.
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6 DCE-R - 02/2000
Índice
0. Introdução ................................................................................................................... 9
1. Princípios para a Configuração da Rede de Estradas .......................................... 10
1.1 Metas de Planejamento.............................................................................................................. 10
1.2 Importância do Encadeamento Funcional para o Planejamento do Trânsito, do Espaço e do
Meio Ambiente............................................................................................................................. 10
2. Subdivisão das Estradas em Categorias ................................................................. 13
2.1 Geral............................................................................................................................................ 13
2.2 Funções das Estradas ................................................................................................................. 13
2.2.1 Função de Interligação ................................................................................................................... 13
2.2.2 Função de Integração ..................................................................................................................... 14
2.2.3 Função Local ................................................................................................................................... 14
2.2.4 Superposição de Funções................................................................................................................ 14
2.3 Grupos de Categorias ................................................................................................................ 15
2.4 Tipos de Interligação ................................................................................................................. 16
2.4.1 Generalidades .................................................................................................................................. 16
2.4.2 Interligação de Centros................................................................................................................... 17
2.4.3 Interligações Internas de Comunidades ........................................................................................ 17
2.4.4 Interligação a Locais de Repouso e Lazer .................................................................................... 18
2.4.5 Interligação de Pontos de Tráfego Intenso ................................................................................... 18
2.4.6 Interligações que cruzam Fronteiras............................................................................................. 19
2.5 Graus das Funções de Interligação........................................................................................... 20
2.6 Categorias de Estradas .............................................................................................................. 20
2.6.1 Interconexão de Grupos de Categorias com Graus de Função de Interligação....................... 20
2.6.2 Travessias de Localidades............................................................................................................... 21
2.6.3 Indicações para a Definição da Categoria .................................................................................... 22
3. Configuração de Estradas de acordo com sua Função ......................................... 25
3.1 Princípios .................................................................................................................................... 25
3.2 Fatores de Desvio ................................................................................................................................ 26
3.3 Características Construtivas e Operacionais das Redes de Estradas em Função de suas Catego-
rias ........................................................................................................................................................ 26
A1. Enfoque Geral ........................................................................................................ 31
A2. Definição e Determinação do Grau das Funções de Interligação...................... 33
A2.1 Procedimentos Gerais ............................................................................................................. 33
A2.2 Compilação dos Dados ............................................................................................................ 33
A2.3 Determinação do Sistema Local (Centros e Comunidades/Bairros sem Função de Centro).
....................................................................................................................................................... 34
A2.4 Escalonamento das Comunidades em Unidades de Áreas Internas .................................... 35
A2.4.1 Princípios Gerais .......................................................................................................................... 35
A2.4.2 Exemplo do Centro Grande Darmstadt..................................................................................... 35
A2.5 Determinação das Linhas de Interligação ............................................................................. 36
A2.5.1 Interligações de Localidades ....................................................................................................... 36
A2.5.2 Interligações de Áreas Internas de Comunidades ..................................................................... 37
A2.6 Agregação das Interligações à Rede de Estradas ................................................................. 37
A2.6.1 Interligações .................................................................................................................................. 37
A2.6.2 Interligações de Áreas Internas de Comunidades ..................................................................... 39
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A2.7 Conexão de Locais de Repouso e de Pontos de Tráfego Intenso .......................................... 41
A2.8 Interligações que atravessam Fronteiras .............................................................................. 42
A3. Determinação das Categorias de Estradas .......................................................... 43
A3.1 Procedimentos Gerais ............................................................................................................. 43
A3.2 Parâmetros ....................................................................................................................................... 43
A3.3 Determinação dos Grupos de Categorias .............................................................................. 44
A3.3.1 Travessias de Localidades............................................................................................................ 44
A3.3.2 Interligações Internas de Comunidades ..................................................................................... 48
A4. Tarefas para a Configuração da Rede de Estrada de acordo com suas Funções
.................................................................................................................................... 53
A4.1 Observação Preliminar ........................................................................................................... 53
A4.2 Qualidades de Interligação consoante com as Funções........................................................ 53
A4.2.1 Observação Preliminar ................................................................................................................ 53
A4.2.2 Velocidades de Trânsito ............................................................................................................... 53
A4.2.3 Fatores de Desvio......................................................................................................................... 58
A4.3 Neutralização de Situações Conflitantes nas Travessias ..................................................... 59
A4.4 Possibilidades de Regressão .................................................................................................... 60
Glossário ........................................................................................................................ 73
8 DCE-R - 02/2000
0. Introdução
A diversidade de relacionamentos entre os diferentes modo determinante o desenvolvimento e também a
setores da vida, tais como, moradia, trabalho, instrução, estrutura espacial local e regional. Por isso, é exigido
abastecimento e repouso, bem como os múltiplos uma sintonia entre essa configuração e o planejamento
entrelaçamentos econômicos, exigem um sistema de dos espaços e o planejamento de outras áreas
locomoção diferenciado, sintonizado com cada tarefa específicas. Portanto, através de decisões relativas à
de trânsito. O sistema deve oferecer melhorias para as organização dos espaços e de decisões públicas de
condições de vida da população. Por isto, deve ser desenvolvimento urbano, objetiva-se reduzir o
configurado de acordo com necessidades individuais aparecimento de tráfego evitável e configurar o tráfego
de trânsito de modo a oferecer segurança, não-evitável e todas as suas formas de aparecimento
compatibilidade com o meio ambiente, eficiência e de modo que as condições de vida e do meio ambiente
custos operacionais adequados. sejam melhoradas para as pessoas.
A tarefa do planejamento de trânsito consiste em A tarefa do encadeamento funcional de redes de
identificar o tipo e a amplitude da necessidade de estradas é configurar e classificar uma rede no contexto
deslocamentos, para possibilitar o estabelecimento dos do planejamento de trânsito e territorial de acordo com
parâmetros decisivos para a implantação e o as respectivas funções de cada segmento de estrada.
funcionamento dos diferentes tipos de sistemas, num Nesta tarefa, a rede deve ser analisada como um todo
trabalho conjunto com os participantes e os (global), independentemente de sua situação dentro
interessados. Para tanto, é necessário partir da premissa ou fora de áreas urbanizadas.
de que, a ocupação regional do solo pelo homem, a
O Item 1 das diretrizes DCE-R apresenta todos
urbanização e o trânsito se desenvolveram numa
parâmetros para uma organização da rede de estradas.
interdependência mútua e que só é possível muda-los
A configuração dos diferentes elementos da rede,
para estruturas diferentes num período relativamente
dependendo das suas funções é norteada pelas
longo.
seguintes Diretrizes para a Concepção de Estradas: DCE-
As diretrizes DCE-R são válidas para todos os tipos de T, DCE-S, DCE-I, DCE-TPP, RCE-EIA, DCE-TP1) .
estradas que se destinem ao tráfego geral e ao de
As diretrizes DCE-R permitem uma ampla variação no
veículos automotores somente.
tocante ao conteúdo e ao estabelecimento de metas
A rede de estradas, como um elemento de suporte do para os múltiplos assuntos tratados. Por isto, a sua
trânsito individual motorizado e não-motorizado e do aplicação exige sempre procedimentos de um
transporte público coletivo de pessoas que dela planejamento minucioso para satisfazer exigências de
dependem, é parte de uma infra-estrutura geral de metas conflitantes, como, por exemplo, no âmbito do
locomoção que, além desta rede, engloba também a trânsito, da organização ambiental, da proteção ao meio
rede ferroviária, a hidroviária, a aeroviária, a rede de ambiente e do paisagismo. Uma divergência das regras
dutos, e também a de comunicações. A rede de estradas e parâmetros apresentados adiante será sempre
forma o elemento principal para a integração de áreas. recomendável quando, através da solução proveniente
Entre os diversos sistemas de locomoção existem da avaliação dos diversos critérios, for possível atender
dependências expressivamentes maiores ou menores. melhor a todo o conjunto de exigências conflitantes.
Por isto, é necessário dedicar uma atenção especial à
As diretrizes DCE-R não suprem a ponderação
interligação da rede de estradas com os demais sistemas
necessária nas decisões de investimento em projetos
de locomoção. No âmbito do trânsito rodoviário, é
isolados, tal que englobe todas as metas relevantes de
necessário considerar os transportes públicos coletivos
planejamento (o tráfego, a organização ambiental, a
de pessoas e o trânsito individual, tanto a pé, de
urbanização e o meio ambiente) e compara, em todos
bicicleta ou motorizado inter-relacionados com os
os níveis de planejamento, as ações positivas, os efeitos
demais sistemas de locomoção. Os diversos tipos de
negativos e os custos para as medidas a serem adotadas.
locomoção devem ser fomentados na área onde eles
Para tais casos é necessário recorrer à IS-022) e aos
apresentarem o maior beneficio no aspecto econômico,
critérios de avaliação no âmbito em que são aplicados
ecológico, social e de organização do espaço.
no Planejamento de Trânsito das Estradas de Santa
Nos casos em que já houver uma rede de estradas Catarina.
baseada numa estrutura eficiente e diferenciada, será 1) DCE-T - Condução do Traçado 2) IS-02 - Estudos Econômicos
válida então a aplicação desta diretriz, principalmente DCE-S - Seção Transversal
DCE-I - Interseções
para adaptações ou para reconfigurações desta rede.
DCE-TP - Transporte Público
A configuração de uma rede de estradas influência de RCE-EA - Estrada de Integração
DCE-P - Paisagismo
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1. Princípios para a Configuração da Rede de Estradas
DCE-R - 02/2000 11
12 DCE-R - 02/2000
2. Subdivisão das Estradas em Categorias
1) Nestas Diretrizes, a integração é definida como acesso a propriedades adjacentes (integração interna). A integração de regiões em
termos de área (integração externa) é denominada interligação
14 DCE-R - 02/2000
é regra geral. A superposição das funções de diferenciados da seguinte maneira:
interligação, integração e local sempre será
- situação dentro ou fora de áreas urbanizadas;
problemática quando quaisquer duas destas funções
possuírem exigências de qualidade elevadas. Nesses - aproveitamento das margens (sem urbanização, com
casos, ou no aproveitamento muito intenso dos espaços urbanização, ou passível de receber urbanização);
da estrada para estas três funções, algumas ou todas - função determinante, sob o ponto de vista do
as funções podem ser seriamente prejudicadas. A planejamento (resultado da avaliação da exigência
configuração da rede de estradas nestes casos deve ser de aproveitamento de três áreas básicas de função:
feita no sentido de uma separação das funções de interligação, integração e local).
interligação e de integração. Se isto não for possível,
ou se, por motivos especiais, isto não for desejado, Com base nestes critérios, foram definidos cinco grupos
então será necessário assumir alguns compromissos de categorias, A até E (quadro 1)
para a configuração desta rede. Neste caso deve ser O Grupo de Categoria A engloba geralmente as
encontrada uma solução na qual nenhuma destas três estradas (ou segmentos destas) fora de áreas
funções seja prejudicada pelas outras num nível urbanizadas, as quais se destinam determinantemente
inadmissível. a interligações de comunidades ou dos seus bairros.
Numa superposição das funções de interligação e local Determinantes para a configuração desses segmentos
sempre surgem conflitos elevados. Por isto é melhor de estradas são os requisitos de qualidade da função
combinar uma função local com uma função de de interligação. Aqui a função de integração e também
interligação de categoria menos elevada. a local têm algum significado só em casos excepcionais.
O Grupo de Categoria B engloba estradas (ou
2.3 Grupos de Categorias segmentos destas) sem urbanização nas margens, na
O enquadramento num dos grupos de categoria resulta periferia (área pré-urbanizada) ou dentro de áreas
da sua localização e dos diferentes requisitos de urbanizadas, mas com a função determinante de
aproveitamento de determinados segmentos da estrada. interligação. A existência de urbanização nas margens
Principalmente nas estradas situadas em áreas faz com que haja somente uma superposição diminuta
urbanizadas, estes requisitos de aproveitamento são com a função de integração. Determinantes para a
influenciados pela urbanização nas margens e pelos configuração de tais segmentos de estradas são as
tipos e intensidades do aproveitamento. Por exemplo: exigências de qualidade da função de interligação.
é muito significativo se todas as edificações são Porém, devido à sua localização dentro das áreas
somente residenciais; se elas são uma mistura de urbanizadas, essas exigências devem ser consideradas
residenciais e comerciais ou se elas são exclusivamente com menor peso que nas estradas do Grupo A. Por
comerciais e industriais. Um significado especial este motivo e devido à disponibilidade reduzida de
também deve ser dado às entidades públicas (p. ex.: áreas bem como devido ao pequeno efeito de separação
as escolas, jardins de infância, hospitais e museus). que é desejado dentro de áreas urbanizadas, os padrões
de ampliação são nitidamente reduzidos.
No entanto, um modelo grosseiro de urbanização e de
sua utilização não permite determinar O Grupo de Categoria C engloba estradas (ou
satisfatoriamente nem os requisitos de integração e segmentos destas) em áreas urbanizadas1), que tanto
nem os requisitos locais (requisitos não dependentes servem para a função de interligação quanto para a de
do tráfego motorizado). No esforço de uma solução de acesso ou a local. Determinantes para a configuração
planejamento e projeto que seja tecnicamente perfeita destas estradas são as exigências de qualidade da função
para esses tipos de conflitos de aproveitamento, a de interligação, as quais porem poderão ser limitadas
categorização permite fixar a função determinante. O devido aos tipos e à extensão da urbanização nas
enquadramento de um segmento numa função margens.
determinante todavia não significa que os requisitos A decisão se esta função de interligação é ou não
das outras funções possam ser menosprezados. determinante não significa que as exigências das outras
O enquadramento exige, porém, uma decisão prévia duas funções possam ser simplesmente negligenciadas.
de quais requisitos das diferentes funções devem ser Dependendo da intensidade das funções de integração
considerados determinantes sob o ponto de vista do ou local, sob certas circunstâncias será conveniente
planejamento para os casos de conflito de estudar medidas de redução da velocidade do tráfego.
aproveitamento num determinado segmento de estrada. Além disto, como se trata de um tipo geralmente
sobrecarregado de estrada, convém tentar minimizar
Por isto, os segmentos de estrada deverão ser
1) também estradas com condições de serem urbanizadas, porém atualmente sem urbanização
DCE-R - 02/2000 15
o efeito negativo do tráfego motorizado sobre o meio servem determinantemente para acesso às propriedades
ambiente através de uma integração de urbanização nas margens. Durante determinadas horas do dia, tais
melhorada. estradas podem assumir funções de interligação
bastante apreciáveis. Na superposição simultânea com
O Grupo de Categoria D engloba estradas (ou
1) a função local, aparecem nitidamente conflitos de
segmentos destas) em áreas urbanizadas , as quais
Função Deter-
minante Sob o interligação integração local
Ponto de Vista
do Planejamen-
to
Grupos de
Categorias A B C D E
Quadro 1: Grupos de Categoria
utilização. Para a configuração dessas estradas, a separação deve ser acentuada por elementos
exigência determinante é a de integração. Afim de se construtivos correspondentes.
conseguir a redução de conflitos, as exigências de
qualidade da função de interligação deverão ser 2.4 Tipos de Interligação
mínimas.
2.4.1 Generalidades
Como esse tipo de estrada é mais usado por pedestres
e por ciclistas, suas necessidades de acesso para veículos A determinação dos grupos de categoria por si só não
motorizados devem ser avaliadas. Ali medidas de basta para uma definição clara das exigências impostas
redução de velocidade normalmente são muito a uma rede, pois esses grupos resultam das funções de
vantajosas. Por motivos de segurança do tráfego, em interligação de uma estrada. Mais que isto, as estradas
casos de uma função pronunciada de integração, ou devem ser ainda diferenciadas em função de sua
quando existe função de interligação, convém estudar importância de interligação.
uma separação dos diferentes tipos de tráfego. No caso O motivo para tanto está na meta de planejamento
de necessidades muito elevadas de transposição dessa desejada, o qual faz com que interligações de alto grau
estrada, convém estudar se sua transposição poderá (que percorrem grandes distâncias) devem, por
ser tornada mais segura através de meios construtivos princípio, ter qualidade de trânsito maior do que
ou outros meios de configuração. interligações de menor grau (que percorrem distâncias
O Grupo de Categoria E engloba estradas (ou menores). A qualidade desejada de trânsito (velocidades
1)
segmentos destas) em áreas urbanizadas que servem do tráfego, uniformidade durante o percurso) é um
determinantemente para funções locais. Tais estradas parâmetro importante para o planejamento de estradas
assumem ao mesmo tempo alguma função de (configurações do traçado, das seções transversais e
integração. Determinantes para a configuração desses das interseções) e determina, após análises criteriosas
tipos são as exigências de qualidade da função local. de planejamento, todos os elementos determinantes
Em geral o tráfego motorizado tem nelas um significado do projeto em conjunto com a necessária segurança
pouco expressivo. O princípio de projeto muitas vezes do tráfego, organização do espaço e proteção ao meio
é uma mistura de todos os tipos de tráfego, cuja ambiente.
1) também estradas com condições de serem urbanizadas, porém atualmente sem urbanização
16 DCE-R - 02/2000
A importância de uma estrada que serve para negócios e abastecimento para as regiões.
interligação depende da importância dos locais que
- centros do grau intermediário (Centros Médios) são
essa estrada deve interligar (regra geral). Além disso, os que satisfazem as necessidades elevadas diárias
a intensidade do tráfego entre dois locais pode ser
ou necessidades especiais esporádicas e são centros
significativo numa identificação da importância da de indústrias, comércio e serviços.
interligação. Entrelaçamentos relativamente fortes de
tráfego reforçam a importância da interligação, - centros dos graus mais baixos (Centros Básicos ou
enquanto os entrelaçamentos relativamente fracos Microcentros) são os que satisfazem as necessidades
evidenciam interligações de pouca importância. diárias.
Entrelaçamentos excessivamente fortes ou fracos podem Os centros de um grau mais elevado assumem sempre
levar a enquadramentos de uma interligação diferente também as funções de abastecimento dos graus
da regra geral. inferiores.
Na identificação da importância de uma interligação, Deste encadeamento de centros se deriva o
quaisquer projetos existentes ou futuros de sistemas encadeamento hierárquico das estradas em segmentos
de tráfego convergentes devem também ser incluídos. de importâncias diferentes de interligação. Após esta
Se uma interligação de dois locais pode ser absorvida etapa, as interligações entre centros são diferenciadas
total e funcionalmente por sistemas de tráfego segundo o grau de importância de cada centro.
alternativo, sempre é possível passar a função de Dependendo de suas importâncias, as interligações
interligação totalmente para este sistema. Neste caso, devem receber características diferentes de configu-
a importância de interligação da estrada deve ser ração técnica de projeto e de operação (ver item 3.3).
derivada das funções de interligação residuais, isto é,
aquelas que não podem ser absorvidas pelo sistema No que se refere ao tráfego, a importância de centros
alternativo. de um determinado grau pode, muitas vezes, ser
diferente dos centros de mesmo grau ou de graus mais
Em consonância com o planejamento dos espaços do elevados, devido à sua localização geográfica, ao número
Estado e do País, o sistema dos centros (comunidades) de habitantes, ao tamanho de sua área de
fornece os parâmetros para identificação das abastecimento e aos entrelaçamentos com as áreas
importâncias de interligações locais (ver item 2.4.2). vizinhas e também como pela dotação qualitativa da
Principalmente para comunidades situadas na parte sua infra-estrutura e do número de empregos. Por isto,
superior da escala de graduação deste sistema se deve nos centros de graus mais elevados, é necessário
também considerar os potenciais de tráfego existentes. respeitar, além dos aspectos de pura organização do
espaço, também o seu potencial de tráfego.
As estradas internas de comunidades podem ser
classificadas de acordo com a importância dos bairros Além disto, sempre convém verificar se um
que se interligam (ver item 2.4.3). Estradas de conexão enquadramento de uma estrada está correto pelo grau
de locais de repouso à rede devem ser classificadas de de importância dos centros que ela interliga e de acordo
acordo com a importância do local de repouso (ver item com o entrelaçamento funcional existente ou a esperar.
2.4.4). O mesmo também vale para as conexões de Se o enquadramento de uma estrada em relação ao
pontos de tráfego intenso (ver item 2.4.5). tráfego não corresponder ao grau de importância dos
centros que ela interliga, então tal enquadramento deve
2.4.2 Interligação de Centros ser alterado para fins de configuração da rede de
A importância das estradas de interligações entre estradas.
centros decorre da importância dos centros que são
interligados. 2.4.3 Interligações Internas de Comunidades
Centros são comunidades que abastecem as Na análise das interligações entre centros, só são
necessidades de seus habitantes e também as das consideradas aquelas configurações de estradas que se
populações vizinhas. Eles são locais preferenciais de referem às comunidades como um todo. Principalmente
negócios, de trabalho e de infra-estrutura. em centros grandes, existem bairros que exercem as
funções de abastecimento, os quais correspondem às
Dependendo das suas funções de abastecimento e da de centros médios e/ou básicos. Para o encadeamento
extensão da área vizinha (alcances do entrelaçamento),
funcional de redes de estradas internas de comunidades
os centros se enquadram segundo diversos graus são determinadas interligações que correspondem às
hierárquicos: interligações entre centros. Os parâmetros para
- centros do grau mais elevado (Centros Grandes) são interligações internas das comunidades são obtidos
os que proporcionam administração, cultura, através da subdivisão dessas comunidades em diversos
DCE-R - 02/2000 17
segmentos com graus hierárquicos diferentes: - locais de repouso e lazer nas imediações.
- bairros de grau mais elevado (centro da cidade) são No âmbito da configuração de estradas, em geral os
aqueles que proporcionam cultura e abastecimento locais de repouso e lazer importantes e amplos são
para as cidades grandes; equiparados a centros médios, enquanto os locais de
repouso supra-regionais ou regionais são comparados
- bairros de grau intermediário (bairros maiores) são
a centros básicos. Os locais de repouso e lazer das
aqueles que satisfazem as necessidades elevadas ou
imediações são equiparados à comunidades sem função
as necessidades especiais esporádicas;
de centro. Tal enquadramento considera que, em se
- bairros de grau básico são aqueles que satisfazem tratando de conexão de locais de repouso à rede de
somente as necessidades diárias. estradas, em geral as exigências de qualidade para este
Os bairros grandes de uma cidade satisfazem também tipo de conexão saõ por princípio inferiores às
as necessidades de bairros intermediários e estes, por exigências para interligações.
seu turno, as dos bairros básicos.
2.4.5 Interligação de Pontos de Tráfego Intenso
As definições, os limites e o enquadramento de áreas
Pontos de tráfego intenso são:
internas de comunidades se orientam por critérios de
encadeamento dos bairros e pelos conceitos para o - pontos de conexão à sistemas de locomoção amplos
desenvolvimento de cidades. As monoestruturas e importantes, tais como aeroportos, estações
grandes, tais como áreas comerciais e industriais, ferroviárias para trens de longo percurso, portos de
campos universitários, áreas de feiras ou de parques, mar ou de vias fluviais de 1ª grandeza;
devem ser tratadas, segundo sua importância, de acordo - pontos de conexão à sistemas de locomoção supra-
com os correspondentes bairros da cidade. regionais ou regionais, tais como aeródromos,
Também no âmbito interno das comunidades existem estações ferroviárias para trens regionais, portos em
expectativas de metas sobre o que pode ser alcançado vias fluviais de 2ª e 3ª grandezas, estacionamentos
de modo condizente. De modo especial, deve ser externos para automóveis;
encarada a esquematização de tarefas que devem ser - pontos de conexão à sistemas de locomoção locais,
absorvidas pelas interligações das estradas, no tocante
tais como estações ferroviárias para trens
ao transporte coletivo local de pessoas, ao motorizado intermunicipais, estacionamentos externos para
individual, ao tráfego de bicicletas e ao de pedestres,
automóveis e bicicletas;
além das tarefas que deverão ser absorvidas por outros
sistemas de locomoção (ferroviários). Por este motivo, - pontos especiais geradores de trânsito, tais como
na determinação das funções de interligação, as tarefas campos de futebol, ginásios de esporte, áreas para
de todos sistemas de locomoção devem ser considerados, feiras, universidades, grandes fábricas.
principalmente quanto aos aspectos do transporte No âmbito da configuração de estradas, os pontos de
coletivo local de pessoas. conexão a sistemas amplos e importantes são em geral
equiparados a centros médios; os pontos de conexão a
2.4.4 Interligação a Locais de Repouso e Lazer sistemas supra-regionais ou regionais, em geral a
Ao lado do trabalho, da moradia e da formação centros básicos, enquanto que os pontos de conexão a
profissional, o repouso e o lazer pertencem a um dos sistemas locais e aos pontos especiais são equiparados
campos mais importantes da vida das pessoas. O a comunidades sem funções de centro. Tal
repouso e o lazer usam locais e tempos diferentes, por enquadramento por sua vez considera que, em se
exemplo nas imediações das moradias, nos parques da tratando das conexões à pontos de tráfego intenso, as
comunidade, em regiões de repouso e lazer nas exigências de qualidade para esses trechos de conexão
vizinhanças ou então em parques naturais, nas serão, por princípio, inferiores às exigências para as
imediações ou distantes. interligações. Esse conceito é válido
independentemente da sua localização, se dentro ou
No tocante à importância dos vários locais de repouso
fora de área urbanizada.
e lazer para viagens ou excursões, deve-se distinguir
os seguintes: As configurações construtivas e operacionais das
conexões de pontos de tráfego intenso à rede de
- locais de repouso e lazer importantes e amplos (para
estradas são regidas por suas características especiais
férias e turismo);
de trânsito. Especialmente aqui, as exigências do
- locais de repouso e lazer supra-regionais ou transporte público coletivo de pessoas devem ser
regionais (para fins de semana); consideradas.
18 DCE-R - 02/2000
2.4.6 Interligações que cruzam Fronteiras tráfego que cruza (de passagem) o Território Nacional.
Significativas para uma configuração rodoviária, são
A configuração de estradas não deve parar nas
nesse sentido, interligações que atravessam fronteiras
fronteiras nacionais. De suma importância para um
entre centros médios e básicos. Dentro desse contexto,
trânsito internacional são interligações entre os centros
todos os centros estrangeiros são enquadrados no
grandes nacionais e os estrangeiros. Essas interligações
mesmo nível dos nacionais.
representam o grau mais elevado de interligações de
travessia de fronteiras e englobam as interligações do
Grau da Fun ªo
N” CritØrios de Enquadramento
de Interliga ªo
II Interliga ªo
Supra-Re gional /
1 interliga ªo de centros mØdios a grandes, dentro ou fora da mesma comunidade
Re gional interliga ªo de centros mØdios (2), de centros mØdios de u ma mesma comunidade ou de centros mØdios
2
externos e internos de uma comunidade
(1)
3 conexªo de centros mØdios dentro ou fora de uma mesma comu nidade estradas de grau I de interliga ªo
4 conexªo de centros de Ærea s importantes de repouso estrada s com fun ªo de interliga ªo de grau I
conexªo dos pontos de interconexªo a sistemas de trÆfego intensos e importantes (p. ex.: aeroportos,
5 esta ıes ferroviÆrias para transporte de longo percurso, portos de 1 a ordem ou de centros mØdios na mesma
comunidade para centros grandes de mesma comunidade) estradas d e fun ªo de interliga ªo de gra u I.
Interliga ªo de
III Comu nidades (3)
1 interliga ªo de centros bÆsicos e centros mØdios de u ma mesma comunidade (1)
interliga ªo de centros bÆsicos (2), de centros bÆsicos da mesma comunidade ou interliga ıes de
2
ce ntros bÆsicos externos e internos de u ma mesma comunidade(1)
conexªo de centros bÆsicos dentro ou fora da mesm a comunidade estradas de fun ªo de interliga ªo de
3
grau II ou superior (1)
conexªo dos centros de Æ reas de repouso supra-regionais / regionais estradas de fun ªo de interliga ªo de
4
grau II ou superior
conexªo dos pontos de interconexªo com os sistemas regionais ou supra-regionais de locomo ªo (p. ex.:
5 aer dromos, portos flu viais de segunda a terceira grandeza, esta ıes ferroviÆrias para trÆfego supra-regiona l /
regional e estacionamentos externos) estradas de fun ªo de interliga ª o II ou superior
Interliga ªo com
Fun ªo de
IV Integra aı de
1 interliga ªo de comunidades sem fun ªo de centro e centros bÆsicos (centros bÆsicos dentro da comunidade)
`reas (3)
conexªo de comunidades sem fun ªo de centros ou ent ªo d e bairros sem fun ªo de centros entre si ou entªo
2
de comunidades sem fun ªo de centros bairros sem fun ªo de centros
conexªo de comunidade sem fun ªo de centros ou entªo de bairros se m fun ªo de centros estradas com
3
fun ªo de interliga ªo de grau III ou superior
4 conexªo dos centros de repouso pr ximos estradas com fun ªo de interliga ªo de grau III ou superior
conexªo dos pontos de interconexªo com os sistemas locais de locomo ªo (p. ex.: esta ıes ferroviÆrias para
5 trÆfego entre localidades, estacionamentos externos para autom veis ou bicicletas) estradas de fun ªo de
interliga ªo de grau III ou su perior
conexªo de pontos geradores de trÆfego (p. ex.: estÆdios de futebol, ginÆsios esportivos, Æreas de feiras,
6
universida des e grandes fÆbricas) estra das de fu n ªo de interliga ªo de grau III ou su perior
Interliga ªo
V SecundÆria
1 interliga ªo de propriedades isoladas comunidades ou ba irros
conexªo de propriedades isoladas (limitados somente a o trÆfego local) estradas de fu n ª o de interliga ªo de grau
VI Caminho 1
IV ou superior
CG CG
CG’ CG’
CM CM
ALA PIA
CM’ CM’
CB PB
CB’ PB’ ALR PIR
PB PB
PB’ PB’ ALL PIL PGT
CG = Centro Grande
CG’ = Centro Grande Interno de uma Comunidade
Prop Prop CM = Centro Médio
CM’ = Centro Médio Interno de uma Comunidade
CB = Centro Básico
CB’ = Centro Básico Interno de uma Comunidade
PB = Comunidade sem Função de Centro
PB’ = Bairro sem Função de Centro
Prop. = Propriedade Isolada
ALA = Área de Lazer Ampla e Importante
ALR = Área de Lazer Supra-Regional / Regional
I = interligação longa
ALL = Área de Lazer Local
II = interligação supra-regional/regional
III = interligação de comunidades PIA = Ponto de Interconexão Amplo e Importante
IV = integração de áreas PIR = Ponto de Interconexão Supra-Regional / Regional
V = secundária PIL = Ponto de Interconexão Local
VI = caminho PGT = Ponto Gerador de Tráfego
Para determinar as funções de interligação numa rede de interligação, a configuração de estradas se orienta
de estradas, é necessário analisar primeiramente as normalmente pelo grau mais elevado da função. Depois
interligações de localidades de um determinado grau e será possível divergir desse enquadramento caso não
os locais mais próximos do mesmo grau. Depois é exista um entrelaçamento suficientemente intenso
necessário acrescentar a interligação a todos os demais entre os locais que o justifique ou se o grau da função
locais do mesmo grau, se existirem entrelaçamentos de interligação imediatamente superior puder ser
relativamente muito intensos entre eles. Dai em diante absorvido quase que integralmente pelos outros
é necessário analisar se interligações mais afastadas sistemas de locomoção.
aos locais do mesmo grau poderão ser desprezadas, por
apresentarem entrelaçamento relativametne pouco 2.6 Categorias de Estradas
intenso.
2.6.1 Interconexão de Grupos de Categorias com
Numa superposição de dois ou mais graus das funções Graus de Função de Interligação
20 DCE-R - 02/2000
A categoria de uma estrada se refere a um segmento completa das funções de interligação, integração e
da rede de estrada. Ela é resultante da interconexão local. Se isto não for possível, então será necessário
de: encontrar soluções conciliatórias que satisfaçam às
diversas gamas de funções.
- grupo de categorias (A até E) com o
- grau de função de interligação (I até VI). 2.6.2 Travessias de Localidades
O grupo de categoria especifica as exigências impostas Estradas com importância maior de interligação
ao segmento da estrada pelo aproveitamento dos normalmente atravessam vários segmentos da rede e o
arredores, enquanto que o grau das funções de fazem numa extensão relativamente grande. Por
interligação especifica a importância de um motivos de segurança, deverão prevalecer os princípios
determinado segmento dentro da rede de estradas de continuidade para a configuração construtiva dentro
(quadro 4). dessas seqüências de segmentos, isto é, convém
procurar manter uma característica de percurso a mais
Devido à amplitude variável do potencial de conflitos
uniforme possível se não houver impedimentos por
que existe entre as exigências impostas pelos arredores
motivos topográficos, de paisagismo ou de proteção
e pela importância da função de interligação de um
ao meio ambiente. As mudanças de características que
segmento de estrada, nem todas as combinações
forem inevitáveis, devem ser sinalizados com clareza
possíveis são desejáveis sob o ponto de vista do
para os motoristas, por motivos de segurança. A
planejamento. O Quadro 5 determina aquelas
exigência de uma característica uniforme é tanto maior
combinações que, devido à mistura de funções,
quanto mais importante for a função de interligação
oferecem em geral uma solução satisfatória, tanto no
dos trajetos. Como quaisquer travessias de localidades
âmbito da construção como no da operação. É verdade
provocam sempre quebra visível da característica do
que, na prática, aparecem outras categorias de estrada.
trajeto, elas se tornam tanto mais problemáticas quanto
No entanto, elas costumam apresentar tantos conflitos
mais alto for o grau da função de interligação. Isto
entre suas exigências de uso “dependentes” e
também é válido, se bem que em menor grau, para
“independentes” que é impossível, ou pelo menos
travessias por povoados em estradas que são regidas
difícil, resolvê-los por meio de configuração. Então,
pela característica de não ter função de acessar
em tais casos, será necessário fazer a separação
diretamente as propriedades isoladas nas margens.
fora de Æreas
dentro de Æreas urbanizadas
Grupo de Categoria urbanizadas
A B C D E
interliga ªo longa I AI BI CI
interliga ªo
supra-regional / regional II A II B II C II D II
interliga ªo de comunidades III A III B III C III D III E III
integra ªo de Æreas IV A IV B IV C IV D IV E IV
interliga ªo secundÆria V AV - - DV EV
caminho VI A VI - - - E VI
DCE-R - 02/2000 23
24 DCE-R - 02/2000
3. Configuração de Estradas de acordo com sua Função
Grupo de Categoria Categoria da Estrada Distância interliga- interligação interliga- Tráfego de Tráfego de
Padrão 1) (km) ção ção Férias Domingo
abaixo da dentro da acima da
distância padrão
1 2 3 4 5 6 7 8
1) Os limites inferiores e superiores da distância padrão correspondem aproximadamente a 10 e 15 % respectivamente dos valores de
freqüência acumulada das distâncias entre os centros (quilometragem das estradas que correspondem às rotas mais curtas em
termos de tempo)
Quadro 9: Categoria de Estradas e Velocidades Desejadas para o Tráfego (velocidade média de trânsito
de automóveis)
26 DCE-R - 02/2000
- uma limitação da velocidade máxima, condizente verificar se não é possível desviar o tráfego para rotas
com a configuração do projeto e com a finalidade alternativas menos suscetíveis a conflitos ou se é
da estrada. possível conseguir uma redução de conflitos através
da redução da qualidade de trânsito e das possibilidades
Nas estradas fora de áreas urbanizadas deverá ser
de ampliação para o tráfego de veículos automotores.
considerada a extensão de toda a interligação. Se ela
Isto deve ser verificado especialmente se:
ficar situada dentro ou acima do alcance da distância
padrão do Quadro 9, então será permitido basear o - grandes perigos de trânsito aparecerem ou forem
projeto em velocidades maiores de trânsito. Isto é válido esperados; ou
principalmente para as interligações provenientes de - a área atingida puder ser considerada muito sensível
áreas periféricas. Se sua extensão está abaixo da sob o aspecto da ecologia ou o paisagismo for
distância padrão, então será possível escolher as
sensivelmente prejudicado; ou
menores velocidades de trânsito de cada categoria. Isto
vale também para os segmentos de estradas externas - todos os demais usuários da mesma estrada forem
que servem para conexão de uma comunidade, de um sensivelmente prejudicados; ou
bairro, de um ponto de tráfego intenso ou de uma - para as medidas preconizadas puderem ser previstos
área de repouso com uma estrada de determinado grau custos elevados de investimento ou de manutenção.
de função de interligação.
A amplitude das faixas dos Quadros 9 e 10 oferecem
Valores de velocidades mais baixas podem ser um amplo espectro para redução da velocidade do
tráfego e, simultaneamente, para soluções econômicas
Faixa Fator de Desvio
e de proteção em relação ao meio ambiente.
vantajoso 1,0 - 1,25 As exigências de qualidade de trânsito e dos padrões
aceitável 1,25 - 1,5 de acabamento aqui mencionadas estabelecem
menos vantajoso 1,5 - 1,75 delimitações de âmbitos. Tais exigências porém não
desvantajoso > 1,75 devem ser entendidas como premissas fixas e imutáveis
que, num caso de exceção ou de medidas de projetos
Quadro 10: Avaliação dos Fatores de Desvio de ampliação ou de implantação, possam dispensar
completamente a avaliação dos efeitos sobre as metas
suficientes em áreas de aglomeração ou se houver relevantes.
possibilidade de substituir este trânsito pelo de outros O uso das DCE-R não substitui a análise de efeitos e a
sistemas alternativos. avaliação das medidas planejadas. Esta análise e a
Se o nível de velocidade escolhido levar a conflitos avaliação são feitas num processo de planejamento que
consideráveis com as exigências da segurança do tráfego é composto de etapas gradativas (identificação das
ou com as metas de planejamento urbanístico, necessidades, determinação do traçado e esboços de
econômico ou do meio ambiente, então será preciso planejamento) cada vez com maior acuidade.
DCE-R - 02/2000 27
28
Função da Estrada Características de Projeto e de Operação
Tipo de Velocidade Seção
Grupo de Categoria Categoria da Estrada Admissível 2) Interseções Velocidade de Projeto Vp (km/h)
Tráfego Transversal
Vadm (km/h)
1 2 3 4 5 6 7
vam nenhuma pista dupla níveis diversos 120 100
AI interligação longa vam pista simples [nív. div.] nível único 100 90 [80]
≤ 100 [120]
vam nenhuma pista dupla nív. div. [nível único] 100 90 [80]
A II interligação supra-regional/ [vam] geral ≤ 100 pista simples nível único 90 80 [70]
regional
estradas sem urbanização nas
vam ≤ 100 pista dupla [nív. div.] nível único [90] 80 70
margens; A III interligação de comunidades geral ≤ 100 pista simples nível único 80 70 60
A fora de áreas urbanizadas;
com função determinante de interligação com função de geral ≤ 100 nível único 70 60 [50]
interligação
A IV integração de áreas pista simples
geral ≤ 100 pista simples nível único [50] nenhuma
A V interligação secundária
geral ≤ 100 pista simples nível único nenhuma
A VI caminho rural
vam ≤ 100 pista dupla nív. div. 100 90 80 [70]
BI auto-estrada urbana
estradas sem urbanização nas vam ≤ 80 pista dupla nív. div. [nível único] 80 70 [60]
margens; B II de trânsito rápido
em áreas urbanizadas e pré-
B urbanizadas; geral ≤ 70 pista dupla nível único 70 60 [50]
B III principal geral ≤ 70 pista simples nível único 70 60 [50]
com função determinante de
interligação geral ≤ 60 pista simples nível único 60 50
B IV coletora principal
estradas com urbanização nas geral 50 pista simples nível único [70] [60] 50 [40] nenhuma
margens; C III principal geral 50 nível único [60] 50 [40]
em áreas urbanizadas;
C com função determinante de geral 50 pista simples nível único 50 [40]
interligação C IV coletora principal
estradas com urbanização nas geral ≤ 50 pista simples nível único nenhuma
margens; D IV coletora
em áreas urbanizadas;
D com função determinante de de acesso direto às geral ≤ 50 pista simples nível único nenhuma
integração D V propriedades nas margens
estradas com urbanização nas de acesso direto às geral velocidade de pista simples nível único nenhuma
margens; E V propriedades nas margens pedestre
em áreas urbanizadas;
E com função determinante local geral velocidade de pista simples nível único nenhuma
E VI caminho urbano
pedestre
vam veículos auto motores 1) Copiada da DCE-C (RAS-L Edição 1995)
[] valores de exceção 2) Nos segmentos fora de interseções e de acordo com a legislação Alemã
DCE-R - 02/2000
Quadro 11: Classificação das Estradas e suas Características Técnicas e Operacionais
Nota Prévia ao Anexo
O exemplo de classificação funcional aqui contido é o mesmo da diretriz original e conserva, portanto, as
situações, os nomes originais da região em questão e suas localidades.
Como exemplo didático é, por si só, perfeitamente aceitável e utilizável para nossos problemas de Encadeamen-
to Funcional de Rede de Estradas. Substitui-lo por um exemplo nosso não seria, a nosso ver, nem prático e nem
eficaz, pois os problemas e situações nele contidos são idênticos aos nossos e que, a confecção deste exemplo,
exigiria primeiramente um tempo considerável para um perfeito entendimento do assunto e, segundo, um
outro tempo, também considerável, para esta confecção. O dispêndio deste tempo levaria, forçosamente, à não
divulgação em tempo hábil do assunto e, como conseqüência, uma demora prejudicial na aplicação dos concei-
tos aqui contidos. Achamos que, qualquer demora nesta aplicação seria prejudicial à nossa evolução técnica em
termos de encadeamento funcional de rede de estradas.
Acreditamos não nos faltar no futuro tempo e conhecimentos para aplicarmos o processo numa situação regio-
nal nossa, trabalho este que iria colocar um fechamento no trabalho que agora iniciamos com a divulgação
destes conhecimentos.
DCE-R - 02/2000 29
30 DCE-R - 02/2000
A1. Enfoque Geral
Este anexo tem a finalidade de demonstrar compreender e avaliar o que existe. Esta subdivisão é
praticamente um encadeamento funcional de uma rede abordada nos capítulos A2 e A3 do anexo. Por outro
de estradas de acordo com as diretrizes DCE-R da região lado, a categorização de estradas fornece também os
de Sul de Hessen com o Centro Grande Darmstadt. dados que são necessários para uma (re)configuração
da rede de estradas, como apresentada na parte A4 do
A região de Sul de Hessen apresenta um variado
anexo.
espectro de características topográficas, econômicas,
habitacionais e de infra-estrutura. Do ponto de vista A determinação dos graus da função de interligação é
topográfico, esta região é marcada pelos vales dos Rios tratada no anexo através de quatro níveis de ambientes
Rhein e Main, bem como pela Serra de Odenwald. com diferenciação crescente (ver mapa 1):
Existem ali centros de todos os tipos de graus de
1o nível : determinação da função de interligação
desenvolvimento e de graus hierárquicos. A sua
supra-regional de grau I (interligações
estrutura econômica e habitacional engloba tanto áreas
longas), II (interligações supra-regionais e
rurais como urbanizadas bastante densas. A sua rede
regionais) e da III (interligações de
comunidades) para toda a área examinada
Etapa de Trabalho Parte do Anexo Parte da Diretrizes de Sul de Hessen.
identificação e 2o nível : determinação da função de interligação
determinação do A2 2.4/2.5 inter-local de grau IV (interligação para
grau de função de integração de áreas) para Dieburg.
interligação
determinação da 3o nível : determinação das funções de interligação
categoria da A3 2.2/2.3/2.6
interna de comunidades de grau I a IV de
estrada para o centro grande de Darmstadt.
configuração da
rede de estradas de A4 1.2/2.3/2.6 4o nível : determinação das funções de interligação
acordo com sua de grau V (interligações secundárias) e VI
função
(interligação de caminhos) para um bairro
Quadro A 1: Estrutura do Anexo do centro grande Darmstadt
(Johannisviertel).
de estradas apresenta todos os tipos possíveis.
A determinação das categorias das estradas é
A estrutura do anexo é orientada para o desenrolar da exemplificada por meio de travessias de localidades
categorização de estradas (ver quadro A1). A escolhidas e também por uma parte do bairro
subdivisão de estradas em seus graus de função de Johannisviertel do Centro Grande de Darmstadt.
interligação e em grupos de categorias serve para
DCE-R - 02/2000 31
32 DCE-R - 02/2000
A2. Definição e Determinação do Grau das Funções de Interligação
V abastecimento
Quadro A 7 : Acesso à Partições pela Agregação
de Interligações de Graus III e IV à Quadro A 8 : Classificação das Perimetrais de
Rede de Estradas Partições
40 DCE-R - 02/2000
de muitos pontos de vista.
Na primeira etapa deve ser feito um levantamento do
uso e, conforme o caso, um enquadramento de acordo
com a sua importância de área/tráfego (os parâmetros
para tanto são fornecidos pelos planos diretores da
organização regional de espaços, da concepção e do
transporte público coletivo de pessoas). Quanto aos
locais de repouso/lazer para o objetivo de configuração
de estradas, somente devem ser considerados os
requisitos dos locais que oferecem atrações especiais,
tais como eventos musicais, esportivos ou culturais.
teatro municipal
As áreas de repouso amplas que oferecem descanso em
interligação de grau de função I contato com a natureza e que, por isto, não devem ser
interligação de grau de função II cortadas por estradas, devem ser conectadas a acessos
interligação de grau de função III periféricos (estacionamentos).
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ interligação de grau de função IV No Mapa 2 estão representadas as áreas de lazer e de
repouso de Darmstadt segundo a sua importância
Quadro A 9 : Agregação do Teatro Municipal à regional. Destas, a área de lazer Ober-Waldhaus
Rede de Grau Mais Elevado apresenta uma importância supra-regional para padrões
internos de comunidades devido à sua oferta múltipla
de lazer (também para a região vizinha de Dieburg).
de cada partição, este exemplo não pode ser Por isso, esta área com uma função de interligação de
generalizado. Os conceitos desse tipo, ao contrário, grau III foi conectada à rede de grau mais elevado.
exigem planejamentos detalhados, considerando todos
As demais áreas de lazer e repouso são usadas
os âmbitos de trânsito, urbanísticos, sociológicos,
preferencialmente pela população de Darmstadt. Sendo
econômicos e ecológicos correspondentes das
áreas de repouso internas de comunidades, elas foram
“Recomendações para a Concepção de Estradas de então enquadradas no grau de centro básico, mesmo
Integração de Áreas (RCE-EIA)”.
sendo utilizadas como áreas residenciais que não se
O exemplo da região examinada do Sul de Hessen encontram na vizinhança imediata (no mapa 2 elas
evidencia que um encadeamento funcional de uma rede estão assinaladas como ARR). Aquelas áreas de repouso
de estradas não está submetido a uma sistemática que só tem significado para as regiões habitacionais
rígida, mas sim que depende das particularidades da vizinhas, foram enquadradas como centros sem função
estrutura habitacional e de trânsito existentes, bem (no mapa 2 elas estão assinaladas como ARP).
como das condições topográficas. Isto é especialmente
Também os pontos de conexão com os demais sistemas
válido para o princípio do encadeamento municipal
de locomoção devem ser diferenciados de acordo com
interno na base do acesso periférico de partição, o a sua importância para o tráfego. Para o centro grande
qual foi escolhido para este exemplo. Em outros casos
Darmstadt, a estação ferroviária principal representa
podem ser muito vantajosas outras soluções, como, por
um ponto de conexão de tráfego amplo e importante.
exemplo, um acesso central de um bairro.
A sua agregação à rede de estrada de grau mais elevado
Determinações desse tipo só são possíveis no âmbito
já está garantida pela sua localização anexa a uma
de desenvolvimento urbano geral, em estreita estrada urbana de função de interligação de grau I.
colaboração com as autoridades municipais pertinentes.
As seguintes estações ferroviárias de centros médios
internos de comunidades:
A2.7 Conexão de Locais de Repouso e de
Pontos de Tráfego Intenso - Darmstadt-Arheiligen
A rede básica de estradas formada pelas interligações - Darmstadt-Kranichstein
externas e internas das estradas de uma comunidade - Darmstadt-Estação Ferroviária Sul (Bessungen)
existe para complementar a conexão de locais de
repouso, de pontos de interconexão com outros - Darmstadt-Eberstadt
sistemas de locomoção e com pontos geradores de foram enquadradas como pontos de conexão regionais
tráfego. Tais conexões são abordadas aqui como exemplo (ver mapa 2).
para a rede comunitária de Darmstadt, cuja
No âmbito da agregação dos pontos de conexão de meios
diferenciação cultural de habitações permite a inclusão
de locomoção, as exigências dos diferentes sistemas
DCE-R - 02/2000 41
de sistemas devem ser consideradas de modo todo de modo que já podem ser consideradas partições e na
especial. Isto se refere principalmente a conexões entre sua agregação à função de interligação de grau IV foram
o trânsito individual e o transporte público coletivo também tratadas como partições.
de pessoas, por exemplo, no caso de estacionamentos
As áreas de ferrovias, quartéis e instituições similares
externos, para mudar de meio de locomoção. Para a são áreas com aproveitamento específico. Tais áreas
cidade de Darmstadt ainda não existe uma concepção foram consideradas como bairros sem função de centro
desse tipo até o momento.
e foram agregadas à rede de grau mais elevado por
“Pontos Geradores de Tráfego” são agregados às redes meio de estradas urbanas com uma função de
de grau mais elevado através de estrada urbana com interligação de grau IV.
uma função de interligação de grau IV. Pontos desse
tipo em Darmstadt são: a Politécnica, o Estádio de A2.8 Interligações que atravessam Fronteiras
Esportes, a Área para Feiras e o Teatro Municipal (ver Segundo as DCE-R, as interligações que atravessam
quadro A9). fronteiras representam interligações a centros
Algumas instituições centrais de ensino, como, por estrangeiros. Na região que está sendo examinada não
exemplo, a universidade e o centro de escola existe interligação deste tipo.
profissionalizante, apresentam uma área expandida,
42 DCE-R - 02/2000
A3. Determinação das Categorias de Estradas
Exigência de
muito elevado
muito baixo
Segundo este perfil de utilização, no segmento em Aproveitamento Cometário
A - local
elevado
médio
uma função de interligação de grau médio com volume função de grau III
de tráfego relativamente alto de veículos de carga V
interligação
pesada. Como as exigências de integração e local podem veículos aprox. 10.000 vam/24h
V
ser mantidas num grau baixo devido a existência de automotores
V - interligação
E - integração
muito elevado
Exigência de
muito baixo
Aproveitamento Comentário
A - local
elevado
médio
baixo
função de grau III
interligação V
V - interligação
E - integração
muito elevado
Exigência de
muito baixo
Cometário
Aproveitamento
A - local
elevado
médio
baixo
função de grau IV
V
interligação
veículos < 3.000 vam/24h
V
automotores
transporte parada de ônibus com
V/E
coletivo movimento de estudantes
V - interligação
E - integração
Exigência de
muito elevado
muito baixo
Aproveitamento Cometário
A - local
elevado
médio
baixo
função de grau II
interligação V
Exigência de
muito elevado
muito baixo
Comentário
Aproveitamento é enquadrada no grupo de categoria C.
A - local
elevado
médio
baixo
E grupo de categoria E
Exigência de
muito elevado
Aproveitamento Comentário
A - local
50 DCE-R - 02/2000
Quadro A 29: Estrada Kasino. Quadro A 31: Estrada na Partição de
Função determinante de interligação Johnniaviertel em Darmstadt (rua
(estrada de categoria C II). Liebig).
Função determinante de acesso (estrada
de categoria D V).
Enquadramento Enquadramento
V - interligação
V - interligação
E - integração
Exigência de
E - integração
muito elevado
Exigência de
muito elevado
muito baixo
muito baixo
Aproveitamento Comentário Aproveitamento Comentário
A - local
A - local
elevado
elevado
médio
médio
baixo
baixo
função de grau II função de grau V
interligação V interligação V
DCE-R - 02/2000 51
Quadro A33: Estrada de Moradia na Partição Quadro A35: Caminho Urbano na Partição
Johanniaviertel em Darmstadt Johanniaviertel em Darmstadt
(Estrada Alice) (Estrada Parkus)
Função determinante local (estrada de Função determinante de integração
categoria E V). (categoria E VI).
Obs.: embora a placa indicativa de estacio-
namento ressalte aqui esta função, ela não
é uma condição prévia para o enquadra-
mento no grupo de categoria E.
Enquadramento Enquadramento
V - interligação
V - interligação
E - integração
E - integração
Exigência de
muito elevado
muito elevado
Exigência de
muito baixo
muito baixo
elevado
elevado
médio
médio
baixo
baixo
Quadro A34: Perfil de Aproveitamento da Estrada Quadro A36: Perfil de Aproveitamento da Estrada
Alice em Darmstadt Parcus em Darmstadt
52 DCE-R - 02/2000
A4. Tarefas para a Configuração da Rede de Estrada de acordo com suas
Funções
localidades vizinhas
localidades vizinhas de vizinhas
categoria da estrada
Quadro A38: Interligação com Localidades A II
7 número do segmento
Vizinhas e com Vizinhas de
Vizinhas com uma Função de
Interligação mais Elevada (aqui uma
função de interligação de grau I) Quadro A39: Categoria de Estradas dos Graus II a
dentro de um Segmento de B 26 IV da Função de Interligação em
Darmstadt - Aschaffenburg GrossUmstadt
DCE-R - 02/2000 55
Nœmero do Interliga ªo Determinante Grau do Centro Categoria da Dist ncia pela Rela ªo com a Intervalo de Velocidade
Segmento da Estrada Estrada Dist ncia Padrªo Desejada
Estrada CG =
v= centro grande
vizinho CM =
vv = centro mØdio ab = abaixo
vizinho de vizinho CB = km de = dentro do
centro bÆsico intervalo
MB = ac = acima
bairro
Gross-Umstadt-
1 v CM - CG A II 23 ab 50 - 80
Darmstadt
Dieburg-H chst/
2,3,4 vv CM - CM A II 20 ab 50 - 80
Breuberg
Gross-Umstadt-
5 vv CM - CM A II 24 ab 50 - 80
Michelbach/Erbach
Gross-Umstadt-
6 vv CB - CB A III 23 ab 40 - 60
Darmstadt
Gross-Umstadt-
7 v CB - CM C III - - 30 - 50
Darmstadt
Gross-Umstadt-
8 v CB - CM D III - - 20 - 30
Darmstadt
Otzberg-
9 vv CB - CB C III - - 30 - 50
Babenhausen
Otzberg-
10 vv CB - CB B III - - 40 - 60
Babenhausen
Otzberg-
11 vv CB - CB A III 17 ab 40 - 60
Babenhausen
Otzberg-
12 vv CB - CB D III - - 20 - 30
Babenhausen
Otzberg-
13 vv CB - CB C III - - 30 - 50
Babenhausen
Otzberg-
14/15 vv CB - CB A III 17 ab 40 - 60
Babenhausen
Gross-Umstadt-
16 vv CB - CB C III - - 30 - 50
Bad K ning
Gross-Umstadt-
17 vv CB - CB A III 18 ab 40 - 60
Bad K ning
Spachbrcken-
18 v MB - CB D IV - - 20 - 30
Gross-Umstadt
Spachbrcken-
19 v MB - CB A IV 8 de 40 - 60
Gross-Umstadt
Raibach-
20 v MB - CB B IV - - 30 - 50
Gross-Umstadt
Raibach-
21 v MB - CB A IV 2 de 40 - 60
Gross-Umstadt
Quadro A40: Intervalos de Velocidades Desejadas para as Estradas de Grau de Função de Interligação
II a IV, relacionadas no Exemplo de Gross-Umstadt (ver Quadro 9 das Diretrizes)
escolhida a velocidade mínima da faixa: 60 km/h. Quando existe alguma possibilidade de substituição por
outros meios de locomoção, muitas vezes é possível
partir de níveis de exigência mais baixos para certos
Diminuição da Velocidade de Trânsito Desejada para segmentos de uma estrada. Isto, por exemplo, vale para
um Segmento de Estrada quando existe uma Via a interligação que existe entre o centro médio Ober-
Férrea para o Transporte Público Coletivo de Pessoas Ramstadt e o centro grande Darmstadt, ao longo da
Paralelo (exemplo B 449, Ober-Ramstadt - estrada B 449 (função de interligação de grau II),
Darmstadt) paralela à qual corre uma linha férrea (ver quadro
56 DCE-R - 02/2000
A43).
Uma condição prévia para a diminuição da velocidade
do tráfego prevista nas diretrizes, devido a uma situação
dessas, é que exista uma possibilidade real de
substituição da função de interligação através de uma
linha férrea. Como a função de interligação de grau II
da estrada B 449 nesse segmento é determinada
somente pela interligação do centro médio de Ober-
Ramstadt ao centro grande de Darmstadt, (as
interligações às localidades vizinhas de vizinhas de
Darmstadt, bem como de Ober-Ramstadt, passam pelas
estradas B 326, B 426 e A 5), os níveis de exigência
da velocidade do tráfego podem ser rebaixados, desde
que a qualidade de serviço prestada pela via férrea
seja realmente suficiente. Por enquanto ainda não
existem critérios de validade geral para se saber a partir
de qual qualidade de serviço existe a possibilidade de
substituição. Por isto, na região analisada, cada caso
deve ser avaliado por meio de estudos detalhados. As
seguintes questões devem ser consideradas:
- relação de tempo de viagem entre o trânsito pelas
estradas e pela via férrea;
função de interligação de grau II
- quantidade de ida e volta de trens que trafegam função de interligação de grau III
por dia, diferenciados por horários específicos função de interligação de grau IV
(trânsito profissional, escolar, para compras e para 30 ○ ○ ○ ○ velocidade de trânsito desejada (km/h)
eventos culturais e esportivos); Quadro A41: Velocidade de Trânsito Desejada
(exemplo GrossUmstadt)
centro grande
centro médio
linha férrea para o transporte
público coletivo de pessoas
função de interligação de grau II 1234567890123
1234567890123
1234567890123 área ecológica de Odenwald
Quadro A43: Paralelismo entre Estrada e Linha
Férrea de Transporte Público entre estrada de pista dupla
Darmstadt e Ober-Ramstadt
estrada de pista simples
de rede existente e para o planejamento de medidas
centro grande
construtivas novas.
Os critérios no processo de avaliação entre a Quadro A44: Contorno da Mata de Odenwald com
“interligação a mais reta possível” por questões de uma Função de Interligação de Grau
acesso e uma concentração do máximo de funções sobre I
o mínimo de estradas por motivos de economia e de
67/A 5/B 26 dos centros grande Mannheim /
proteção ao meio ambiente, que obrigatoriamente é
Ludwigshafen / Heidelberg e Aschaffenburg contorna
ligada a maiores desvios, são indicados no Quadro 10
todo o sistema ecológico de Odenwald, com um fator
das diretrizes. Eles só deveriam ser aplicados em
de desvio de cerca de 1,52 (ver quadro A44).
interligações supra-locais, especialmente nas interli-
gações de graus mais elevados, em casos especiais (por No entanto, esta interligação passa pela área central
exemplo o contorno de regiões especialmente do centro grande Darmstadt, já que não existe um
sensíveis), nas rotas que estão fora da faixa considerada contorno adequado dessa cidade. Um deslocamento
vantajosa (fator de desvio entre 1,0 e 1,25). Para a total dessa interligação para outra rede auto-estradas
rede viária dentro das comunidades, o fator de desvio (A 5 - A 3) pelo cruzamento de Frankfurt, aumentaria
58 DCE-R - 02/2000
o fator de desvio da interligação desses centros grandes Exemplos da Importância dos Fatores de Desvio
Mannheim-Ludwigshafen-Heidelberg e Aschaffenburg para a Avaliação da Rede de Estradas Existente.
de 1,52 para 1,82. Nesse caso, o fator de desvio Na avaliação da rede de estradas existente, os diversos
mencionado cairia numa área considerada desvantajosa
fatores de desvio são identificados e todas as
pelas diretrizes. Um enquadramento dessa natureza interligações serão avaliadas segundo as diretrizes (ver
não estaria de acordo com a rota efetivamente escolhida quadro A45).
pelos participantes do tráfego. Por isto, a rota foi
agregada à estrada B 26, apesar dos conflitos As interligações cujos fatores de desvio foram avaliadas
consideráveis dentro de Darmstadt. como “menos vantajosas” fornecem indicações valiosas
sobre dificuldades de acesso pela rede de estrada
existente. A anulação das dificuldades de integração
exige ampliações e/ou reconfigurações da rede.
Quadro A49: Adjacência Rural da L 3310 Quadro A50: Exemplo de uma Possibilidade de
Regressão em uma Futura Estrada de
Integração da Categoria D V (estrada
Pallawiese em Darmstadt
62 DCE-R - 02/2000
Área Estudada
Sul de Hessen Mapa 1
centro grande
centro médio
centro básico
comunidade/bairro sem função de
centro
DCE-R - 02/2000 63
Encadeamento Interno de Comunidades
Darmstadt Mapa 2
Aproveitamento predominante
A abastecimento
M moradias
limite de comunidade
IC indústria e comércio
limite de centros médios internos das comunidades I instrução
limite de centros básicos internos das comunidades FE fins especiais
limite de bairro sem função de centro ARI área de repouso importante e supra-regional
centro grande interno da comunidade ARR área de repouso “regional”
ARP área de repouso próxima
centro médio interno da comunidade ponto de interconexão importante de áreas
PCI amplas
PIR ponto de interconexão regional
centro básico interno da comunidade
PIL ponto de interconexão local
bairro sem função de centro PGT ponto gerador de tráfego
64 DCE-R - 02/2000
Interligações de Espaços Amplos
Adjacências Mapa 3
centro grande
área estudada
limites das áreas de entrelaçamento
extensão em linha reta
DCE-R - 02/2000 65
Interligações Supra-Regionais/Regionais
Sul de Hessen Mapa 4
centro grande
centro médio
extensão em linha reta
ver encadeamentos internos de
comunidades
66 DCE-R - 02/2000
Interligações Intercomunitárias
Sul de Hessen Mapa 5
centro grande
centro médio
centro básico
DCE-R - 02/2000 67
Interligações com Função de Integração de Áreas
Setor de Dieburg Mapa 6
centro grande
centro médio
centro básico
comunidade/bairro sem função de
centro
extensão em linha reta
68 DCE-R - 02/2000
Funções de Interligação dos Graus I a III
Setor de Hessen Mapa 7
DCE-R - 02/2000 69
Funções de Interligação dos Graus I a IV
Setor de Dieburg Mapa 8
70 DCE-R - 02/2000
Funções de Interligação dos Graus I a IV
(Internas de Comunidade)
Setor de Dieburg Mapa 9
DCE-R - 02/2000 73
Obs. : para efeito de Direita ou Esquerda considera-se a posição relativa do condutor na interseção
2 – Cruzamento de Auto-Estradas: Neste tipo de interseção não se define uma preferencial com no tipo acesso.
Portanto, as manobras de interligação serão nominadas simplesmente como saidas e a complementação esquerda
ou direita dependerá somente se o movimento de ingresso na outra estrada for à esquerda ou à direita, relativamente
a posição na interseção.
3 – Em algumas situações poderão aparecer as estradas referenciais dos movimentos. Na ausência destas referênci-
as, os movimentos são sempre referenciados a estrada principal.
Saidas e Entradas: sem qualquer complementação referem-se somente a saidas e entradas relativamente à uma
pista de trânsito
Faixa ou Segmento para Acomodação : Faixas ou Segmentos destinados para a adaptação dos veículos quando
vão mudar sua situação de trânsito, isto é, vão parar, sair, entrar, etc..
Faixa ou Segmento para Posicionamento ou Armazenamento: Faixas ou Segmentos destinados para paradas e
armazenamento de veículos obrigados a dar a preferência em suas manobras de conversão
74 DCE-R - 02/2000