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Elementos de
Análise de Sistemas de Potência
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SUMÁRIO
Traduzido do original "Elements of Power System
Prefácio a edição brasileira v
A n a l y s i s " , p u b l i c a d o pela M c G r a w - H i l l B o o k C o .
Capítulo 1. Fundamentos Gerais 1
Copyright © 1974,da Editora McGraw-Hill tio Brasil, Ltda.
1.1 A função dos Sistemas de Potência i
Nenhuma parle desta publicação poderá ser reproduzida, guar- 1.2 O crescimento dos Sistemas de Potência 2
dada pelo sistema "rctrieval" ou transmitida de qualquer modo ou 1.3 Estudas de Carga 5
por qualquer outro meia, seja este eletrônica, mecânico, de fotocópia, 1.4 Distribuição Econômica de Cargas 11
dc gravação, ou outros, sem prévia autorização por escrito da Editora. 1.5 Cálculo de Faltas n
1.6 Estudos dc Estabilidade 12
1.7 O Engenheiro de Sistemas de Potência 13
3.1 Introdução 45
3.2 Campo Elétrico de um Condutor Longo e Reto 45
3.3 Diferença ue Potencial entre Dois Pontas Devido a uma Carga 46
3.4 Capacitãneia de uma Linha a Dais Condutores 47
3.5 Diferença de Potencial entre DDÍS Condutores de um Grupo de Condutores Carregados . 52
3.6 Capacitãneia dc uma Unha Trífásica com Espaçamento Equilateral 53
1978 3.7 Capacitãneia de uma Linha Trífásica com Espaçamento Assimétrico 54
3.8 Efeito da Terra na Capacitãneia de uma Linha de Transmissão Trífásica 57
Todos as direitos para língua portuguesa reservados pela 3.9 Linhas Trifásicas dc Circuitos Paralelos 59
EDITORA M c G R A W - H I L L D O BRASIL, LTDA. 3.10 Sumário -. 63
Rua Tahnpuã. 1105 Av. Paulo de Fronlin, 679 Capítulo 4. Resistência e Efeito Pelicular 6B
SÀO P A U L O RIO D E J A N E I R O
E S T A D O D E SÃO P A U L O E S T A D O D O RIO D E J A N E I R O 4.1 Resistência 65
4.2 Influência do Efeito Pelicular sobre a Resistência 66
Av. Bernardo Monteiro, 447 A v . Alberto Bins. 325 s/29
PORTO A L E G R E 4.3 Densidade dc Corrente cm um Condutor considerando o Efeito Pelicular 67
BELO HORIZONTE
MINAS GERAIS RIO G R A N D E D O S U L i 4.4 Impedãncia Interna dc um Condutor Cilíndrico 73
4.5 • Relação entre as Resistências com e sem Efeito Pelicular 75
Av. João *de Barros, 1.750 ü/ll
4.6 Resistência a partir de Tabelas de Características de Condutores 76
RECIFE
PERNAMBUCO 4.7 Relação de Indutáncia no Efeilo Pelicular . 77
4.8 Outras Perdas 78
Impresso no Brasil v
Printed in ürazil
Capítulo 5. Relações entre Tensão e Corrente n u m a linha de Transmissão 81 Capítulo 10. Estudos de F l u x o de Carga
1 t.I Introdução
C a p i t u l o 6. Constantes Generalizadas de u m C i r c u i t o 39 11.2 Distribuição de Carga Entre as Unidades de uma Mesma Usina
11.3 Perdas de Transmissão em Função da Produção de Usina
6.1 Equações Gerais de um Circuito 99 11.4 Cálculo dos Coeficientes de Perdas ,
6.2 Relações entre as Constantes Generalizadas 101 11.5 Distribuição de Carga entre Usinas . .
6.3 Constantes Generalizadas de Circuitos Simples 103 11.6 Fornecimento Automático de Carga
6.4 Gráficos das Constantes das Linhas dc Transmissão , . . . . 104
6.5 Constantes de Circuitos Combinados - 113 Capítulo 1 2 . Faltas Trifásicas Simétricas em Máquinas Síncronas
6.6 Medida das Constantes Generalizadas 115
6.7 " Vantagens das Constantes Generalizadas H 7 12.1 Introdução
12.2 Transitórios em Circuitos R L Série
Capítulo 7 . D i a g r a m a do Círculo . . ' i a
12.3 Correntes de Curto-circuito e Reatãncías de Máquinas Síncronas '.
12.4 Tensões Internas dc Máquinas em Carga sob Condições Transitórias
7.1 Introdução 1 1 9 12.5 Cálculo Digital das Faltas TriFásicas
7.2 Diagrama dc Círculo das Potências do Extrema Receptor 119 12.6 Escolha de Disjuntores . .
7.3 Diagrama de Círculo dxs Potências para a Barra Geradora • 124 12.7 Sumário
7.4 Potência Transmitida por uma Linha de Transmissão 126
7.5 Diagrama Universal dc Circuito de Potência i 2 7
9.2 Eliminação de Nós por Transformações Estrela-Malhas 1^3 14.1 Introdução . . .'
9.3 Equações dos Laços 1^° 14.2 Falta entre uma Linha e Terra em um Gerador em Vazio
9.4 Equivalência dc Fontes • 173 14.3 Fnlta entre duas Unhas em um Gerador cm Vazio
9.5 Equações Nodais 1 7 4
14.4 Falta entre Duas Linhas e Terra cm um Gerador cm Vazio
9.6 Matrizes . . . . 1 7 9
. 14.5 Faltas Assimétricas num Sistema dc Potência
9.7 Soma de Matrizes 180 14.6 Falta entre Uma Linha e Terra num Sistema de Potência
9.8 Produto dc Matrizes 1 8 1
14.7 Falta entre Duas Linhas cm um Sistema de Potência . . .
9.9 Inverso de uma Matriz 183 14.8 Falta entre Duas Unhas c Terra num Sistema dc Potência '
9.10 Parlição de Matrizes • 1 8 6
14.9 Interpretação dos Circuitos dc Seqüência Interligados
9.11 Eliminação de Nós pela Álgebra Matricial 187 14.10 Faltas através dc Impedãncias
vi vü
Capítulo 15. Estabilidade de Sistemas de Potência ... 297
Tabela B . l Evolução Decenal da Potência Instalada . .'. 338 chega a ser surpreendente a maneira didática e objetiva c o m que este livro o aborda.
Tabela D.2 Evolução da Potência Instalada de Usinas Hidrelétricas 338 A s explicações e deduções sempre claras e precisas vêm acompanhadas (constan-
Tabela B.3 Potência Instalada Segundo Regiões' ' 338 temente) de exemplos práticos e de aplicações numéricas escolhidas, havendo
Tabela D.4 Evolução Decenal do Consumo de Energia Primária Segundo a Matéria-Prima 338
ainda no final de cada capítulo u m a vasta coleção de problemas propostos.
Tabela B.5 Usinas Hidrelétricas por Classe dc Potência 339
. Tabeia B.6 Usinas Termelétricas Segundo Combustível Utilizado e Capacidade Instalada . . . . 339
Traduzir essa o b r a f o i u m a h o n r a e constituiu-se numa grande responsabili-
Tabela B.7 Empresas Produtoras de Energia Elétrica Segundo a Categoria 339
Tabela B.8 Maiores Usinas Geradoras 340 dade. Não foi fácil fazê-lo, mantendo o mais possível intactas as suas características
. Tabela B.9 Acréscimo da Capacidade Geradora Instalada 341 excepcionais. Muitas vezes fomos obrigados a sacrificar o estilo em' favor da
Tabela B.10 Capacidade Instalada cm 1980 , . 342 objetividade. Procuramos complementar o trabalha de tradução c o m algumas
Tabela B.1I Produção c Consumo de Energia nos Principais Sistemas Elétricos do Brasil . . . . . . 342 notas de rodapé e c o m algumas tabelas (no apêndice) c o m dados sobre a energia
elétrica e os sistemas de potência e m nosso país. N o s exercícios resolvidos mantive-
índice Analítica ' 343
mqs as unidades usadas.no original e apenas no final de cada u m , quando necessário,
fizemos a conversão para unidades legais brasileiras. C o n t a m o s sempre c o m o
apoio e c o m a colaboração de vários colegas do Departamento de Engenharia
Elétrica da Escola de Engenharia Maná, especialmente dos professores Antônio
Meneguzzi e A r n a l d o Osse.
Esperamos que essa tradução sirva para difundir ainda mais essa obra
consagrada, facilitando a sua consulta p o r parte dos estudantes e das profissionais,
a quem ela se destina.
São P a u l o
Ademaro A. M. B. Catrim
ix
Capítulo i
FUNDAMENTOS GERAIS
1.1 A Função dos Sistemas de Potência. O progresso industrial de u m a nação pode ser
medido pelo grau de aproveitamento de suas fontes de energia. A descoberta dessas fontes na
natureza, o transporte da energia em suas várias formas de u m lugar a o u t r o e a conversão dessa
energia para formas mais títeis, são partes essenciais de u m a economia industrial. U m sistema de
potência e' u m a das ferramentas utilizadas para a conversão e transporte da energia.
A única maneira de transportar a energia sob forma de eletricidade é usando linhas de
transmissão. O gás 6 transportado e m dutos; ferrovias, navios e oleodutos levam o petróleo a
grandes distâncias; o carvão é" transportado p o r via férrea e marítima. Quando o carvão é a
fonte primária da energia elétrica, a íinha de transmissão concorre c o m a estrada de ferro e
c o m o navio no transporte de energia. A escolha da localização de u m a centrai térmica perto
de u m a m i n a de carvão ou próxima de u m centro de consumo, desde que haja u m b o m forneci-
mento de água e m ambas as situações, dependerá da diferença de custas entre o transporte da
energia elétrica e do carvão, entre a m i n a c a centro de c o n s u m o . Os oleodutos multiplicam-se
rapidamente e c o m íssa estão convertendo-se nos maiores competidores das linhas de transmissão,
visto que proporcionam o transporte de energia a baixo' custo. O custo do transporte de
combustível nuclear é desprezível se comparado c o m o do transporte da quantidade energetica-
mente equivalente de combustível fóssil. N a entanto, a localização de reatores nucleares e m
todos os centros de consumo não é u m a solução prática, razão pela qual o aumento do número
de usinas nucleares não reduzirá o contínuo crescimento das linhas de transmissão.
A energia elétrica de origem hidráulica é barata somente no caso em que o custo do seu
transporte seja b a i x o . A economia no transporte de energia em u m a f o r m a o u em outra
depende de ser sua demanda contínua ou intermitente, da distancia considerada e do custo e
da possibilidade de armazenamento. O fator determinante é o custo final, incluído o preço do
transporte da energia na forma desejada. O enorme crescimento dos sistemas de potência a
partir da Segunda Grande Guerra, é u m a prova de sua viabilidade econômica.
U m sistema elétrico de potência é particularmente vantajoso quando a fonte primária é
hidráulica. Essa energia deve ser transformada no próprio local c m que se encontra e u m
sistema ele*trico de polcncia propicia a sua utilização em pontos distantes. A energia hidráulica
é convertida em elétrica na própria origem, sendo então transportada p o r linhas de transmissão
até o' ponto em que é convertida na forma desejada, l u z , calor, energia mecânica o u química.
A linha de transmissão não pode armazenar energia c toda a energia fornecida na estação
geradora c" convertida simultaneamente e m carga, exceto as perdas do sistema.
2 ELEMENTOS DE ANÁLISE DE SISTEMAS DE POTÊNCIA
Cap.lj Fundamentos gerais 3
Tabela 1.1 Potência Elétrica Instalada e Produção A n u a l de Energia Elétrica nos Estados U n i d o s * condições de pico (capacidade de reserva) e porque menor número de máquinas funcionando
c m vazio são necessárias para atender repentinos e inesperados aumentas de consumo (reserva
girante). A redução do número de.máquinas toma-se passível porque, geralmente, uma companhia
Potência Instalada, Produção Anual de pode solicitar a outra próxima, a potência adicional de que necessita. Além disso, a interconexão
Ano
em kW ' Energia, em k W h . permite às companhias aproveitar as fontes de energia mais econômicas, podendo ser mais
barato para u m a companhia comprar energia do que produzi-la numa usina obsoleta. Hoje em
1920 12.713.608 39.404.639.000 dia já é rotina a troca de energia entre sistemas interligados de diferentes companhias. A
1930 32384.363 91.lll.54fi.000 continuidade de operação de sistemas que dependem principalmente de usinas hidroelétricas é
mo 39.926.SS] 141.837.010.000 possível em períodos de estiagem graças à energia obtida de outros sistemas através da inter-
1950 68.919.040 329.141J43.000 conexão.
1960 167.476.969 752.861.318.000 Por outro lado. a interconexão de sistemas trouxe novos problemas, a maioria dos quais
foi resolvida satisfatoriamente. A corrente' que circula durante u m curto-circuito é aumentada,
* F o n t e : " F e d e r a l Power C o m m i s s i o n " obrigando à instalação de disjuntores de- maior capacidade. As. perturbações causadas por u m
curto-circuito em u m sistema podem se estender aos sistemas a ele interligados, a menos que
Nos primeiros tempos da transmissão e m C A . nos Estados Unidos, a tensão de operação sejam instalados nos pontos de interligação, relês apropriados e disjuntores. Os sistemas a serem
aumentou rapidamente. E m 1890 a Unha Wiliamette-Portland funcionava c o m 3.300 V ; e m interligados devem apresentar não só a mesma freqüência como também suas máquinas síncronas
1907 já funcionava uma linha c o m 100 k V . A tensão subiu para 1 5 0 . k V e m 1 9 1 3 , 2 2 0 k V devem estar e m fase.
em 1923 , 2 4 4 k V e m 1926 e 287 k V na linha que vai de Hoover D a m a L o s Angeles, que O planejamento da operação, o. aperfeiçoamento e a expansão de u m sistema de potência
começou a funcionar e m 1936. E m 1953 a " A m e r i c a n E l e c t r i c P o w e r C o m p a n y " c o I o c o u em exigem estudos dc carga, cálculo de faltas e estudos de estabilidade. U m problema importante
operação a primeira linha de seu sistema dc 3 4 5 k V ; esse sistema foi inicialmente projetado para o funcionamento carreto de u m sistema é o de fixar c o m o se deve repartir, entre as várias
para 300/315 k V , porém antes de ser ligada sua primeira linha, verificou-se ser possível seu usinas geradoras e em cada u m a , entre as diversas máquinas, a potência a ser p r o d u z i d a em u m
funcionamento c o m 33D k V ; posteriormente esse valor f o i 'elevado para 345 k V . determinado momento. Tanto os computadores digitais quanto os analógicos são de grande valia
A escolha da tensão de u m a linha é principalmente u m problema de equilíbrio entre o na solução dos problemas mencionados. Tais problemas serão considerados inicialmente em
investimento inicial na construção da linha e nos equipamentos, e o custo de sua operação. tinhas gerais e, em continuação, exporemos alguns conceitos fundamentais da teoria das linhas
Até certos limites, aumentando-se a tensão obtém-se menores perdas para u m a dada secção de de transmissão. Posteriormente estudaremos as soluções dos problemas descritas e veremos a
condutor, ou condutores mais finos para u m a dada perda de potência. Grande parte da economia grande contribuição dos computadores na programação c no funcionamento dos sistemas de
obtida no custo do condutor, ao se projetar uma linha para maiores tensões, é perdida pelo potência.
aumento das perdas no ar que se i o n i z a , graças ao alto gradiente de tensão no condutor e pelo
aumento dos custos dos isoladores, transformadores e seccionadores. O custo desses equipamentos
cresce tao rapidamente em altas tensões, que atualmente não são econômicas linhas de transmissão
1.3 Estudos do Carga. U m estudo de ^arga é a determinação da tensão; da corrente,
acima de um certo valor de tensão. A influência nas transmissões radiofônicas também deve
da potência e do fator de potência o u fator reativo nas diversos pontos de u m a rede elétrica
ser considerada na escolha da tensão.
sob condições normais ou ideais. Os estudos de carga são essenciais ao planejamento da
A primeira linha de 4 0 0 IcV na E u r o p a começou a funcionar e m 1952, na Suécia.
expansão de u m sistema, u m a vez que o seu funcionamento satisfatório depende do conhecimento
O sucesso dessa linha influiu na acardo feito entre as nações européias,exceto a União Soviética,
prévio dos efeitos da interligação c o m outros sistemas, da ligação de novas cargas e dc novas
de adotar o nível de tensão de 380/400 k V para a interconexão dos diversos paises. De i n i c i o
usinas, bem como de novas linhas de transmissão.
a. União Soviética concordou c o m os 380/400 k V , porém, o superdimensionamento dc suas
linhas permitiu elevar a tensão para 5 0 0 k V , e m 1 9 5 9 . O cálculo manual do efeito de variações de carga n u m sistema c o m p l e x o 6 tão laborioso
e demorado que é necessário. utUizar u m analisador de redes (em C A . ) ou u m c o m p u t a d o r
Nos Estados Unidos, o número de companhias que possuem linhas de 3 4 5 k V aumenta
digital. Desde 1929, as engenheiros vêm empregando os analisadores de rede na elaboração de
rapidamente. Várias linhas experimentais estão sendo utilizadas para pesquisar o funcionamento
estudos de carga. O advento dos computadores eletrônicos dc alta velocidade p r o p o r c i o n o u u m
em tensões mais elevadas; a nova tensão deverá ser dc 4 6 0 ou 5 0 0 k V . Mais, adiante, quando
ficou provada a viabilidade econômica, foram adotadas linhas c o m tensões superiores a 7 5 0 k V , outro meio de executar esses estudos c m grandes sistemas e é provável que em futura próximo
o que se deu após 1970. somente essas máquinas sejam usadas.
U m analisador de rede é u m a réplica, monofásica e em escala reduzida, dD sistema real.
. Até 1917 os sistemas elétricos nos Estados Unidos funcionavam em geral c o m a unidades
Ele consiste de u m certo número de fontes de tensão alternada, ajustáveis em m o d u l o e fase,
-separadas, isso porque eles começaram c o m o sistemas isolados e foram se estendendo a fim de
e de um certo número dc resistências, indutâncias e capacitàncias também ajustáveis. A s fontes
cofanr todo o país. A necessidade de grandes " b l o c o s " de potência e de maior confiabilidade
o os elementos de cr-cuito podem ser conectados dc maneira a representar a rede real, p o r
de funcionamento deu origem à interconexão das sistemas próximos. A interconexão é vantajosa
meio dos citcüitos equivalentes de suas partes constituintes, reduzidos a u m a escala conveniente.
economicamente porque requer menor número de máquinas dc reserva destinadas a operar em
6 ELEMENTOS D E ANÁLISE DE SISTEMAS DE POTÊNCIA .[Cap- 1 Cap. I] Fundamentos gerais
7
As medidas feitas no analisador de redes são facilmente .convertidas por meio de fatores A s velocidades da máquina mostrada na fig. 1.1 para as diferentes operações aritméticas
adequados aos valores que ocorreriam efetivamente na rede; também podem ser usados aparelhos (tempo total de operação) sao;
de m e d i d a c o m escalas especiais, dando diretamente os valores reais. O dispositivo é descrito
c o m mais detalhes no C a p . 10, dedicado ao estudo de cargas. -s o m a
• 4 , 3 6 ta
Os computadores digitais forjiecem a mesma informação lida nos medidores do analisador multiplicação ". 25,3 / J S
de redes. Essas máquinas realizam somas, subtrações, multiplicações e divisões dos dados de divisão 3irj ^ s
LEGENDA
1'Íg. 1.1 Um sistema dc computação dc gr:""dc porte c alia vidacidade, Fig. 1.2 Parte do mapa de um sistema de transmissão {"Cnrolina Power and Light Company").
a modelo IIIM 7090 {InternatUuial Business Madihtex Curparatian).
ELEMENTOS D E ANÁLISE DE SISTEMAS DE POTÊNCIA Cap. l | Fundamentos gerais 9
parte do sistema. Os estudos de carga servem' para determinar a melhor localização tanto para
u m a nova usina geradora c o m o para u m a nova subestação, como também para novas linhas ou
para novos capacitores síncronos.
C o m o exemplo de u m estudo de cargas, consideraremos o que foi feito para determinar
a melhor maneira de atender às necessidades de consumo da instalação transmissora da V o z da
América. A fig. 1.2 mostra as linhas de transmissão existentes na área antes da construção das
novas, que serviriam ao transmissor. Essas linhas constituem u m a pequena parte do sistema da
" C a r o l i n a Power and L i g h t C o m p a n y " . A V o z da América, não indicada no mapa, localiza-se
'aproximadamente a 32 k m de N e w B e r n e a 8 0 k m de G o i d s b o r o . O modo mais fácil de atender
â nova demanda seria p o r meio de uma linha desde N e w B e m até as barras de distribuição da
estação transmissora. A fig. 1.3 mostra os dados obtidos e m u m analisador de redes c o m linhas
desde N e w B e m e G o l d s b o r o até a V o z da América; cada linha de transmissão é representada
na figura p o r u m a única linha; as subestações são identificadas pelo nome e os-geradores e
capacitores síncronos p o r símbolos. Os dados obtidos n o analisador estão anotados no diagrama; a
tensão e m cada barra é dada em porcentagem de 115 k V ; os números ao lado das flechas i n d i c a m
as potências ativa e reativa, e m megawatts e megavars; u m traço perpendicular a u m a flecha
indica que essa flecha e o número a ela associado se referem à potência reativa. Se os sentidos
das flechas referentes às potências ativa e reativa c o i n c i d i r e m , significa que a barra em direção
à qual flui a potência ativa a recebe c o m fator de potência em atraso (corrente atrasada c m
relação à tensão); se D S sentidos das flechas forem opostos, a carga na linha tem fator de
potência e m avanço. A fig. 1.3 mostra apenas u m a pequena parte do circuito abrangido pelo
analisador de -redes.
O estudo foi repetido c o m a linha entre G o l d s b o r o e a V o z da A m e r i c a aberta; os resultados
estão mostrados na fig. 1.4. Verifica-se claramente a necessidade dessa linha, u m a vez que, c o m
ela, teremos u m a tensão maior n o barramento da V o z da América. U m a outra razão, não menos
importante, para essa segunda linha c a de garantir a continuidade do serviço; as duas linhas
provêm de pontos distintos e, e m caso de avaria e m u m a delas, o transmissor pode continuar
funcionando alimentado apenas pela outra. O estudo mostra ainda que a potência em várias
linhas m u d a de sentido quando a segunda linha é posta e m funcionamento.
A fig. 10.2 mostra como são impressos os dados de u m estudo de f l u x o de potência feito
em u m c o m p u t a d o r digital. O estudo em c o m p u t a d o r proporciona m u i t o maior precisão,
Capocuc-cs fornecendo, p o r exemplo, a diferença entre as potências calculadas nos dois extremos da linha,
Sentido do fluxo de potência ativa isto é, as perdas na linha. A precisão desse processo torna-se evidente pela estreita coincidência
Sentido do fluxo da potência reativa entre os valores da potência que entra e da que sai de cada barra. N u m 'analisador de redes,
Ponto de medição de potência
mesmo medindo as grandezas em cada extremidade de cada linha, os instrumentos usados não
seriam suficientemente precisos para que se pudessem avaliar corretamente as perdas na linha.
N o C a p . 10 faremos u m a comparação dos métodos utilizados nos estudos de f l u x o de potência.
condutor c a terra, produzidas pelo arco formado entre o condutor, a torre e a terra. O menor quando desapareceu a perturbação que causou a variação momentânea de velocidade, as máquinas
número de faltas, ao redor de 5%, envolve todas as três fases, constituindo as faltas trifásicas. devem novamente funcionar e m velocidade síncrona. Se qualquer máquina não permanecer em
Outros tipos de faltas são as que ocorrem e n t r ; índias não envolvendo a terra e também as sincronismo c o m o resto do sistema, resultará u m a corrente elevada e, e m u m sistema adequada-
faltas duplas que envolvem simultaneamente os condutores e a terra. Todas as faltas citadas, mente projetado, a ação de relês e disjuntores retirará a máquina do sistema. A estabilidade
exceto as trifásicas, são assimétricas e causam .um desequüíbrio entre as fases. • consiste em manter o funcionamento síncrono dos geradores e motores do sistema. Desde 1925,
A corrente que circula nas diferentes partes de u m sistema de potência imediatamente os engenheiros de sistemas de potência vêm se dedicando ao estudo da estabilidade.
após a ocorrência de u m a falta difere da que circula uns poucos ciclos, pouco antes da operação Os estudos de estabilidade podem envolver condições de regime permanente o u condições
dos disjuntores, que cortam a corrente nos dois lados da falta, e ambas são m u i t o diferentes transitórias. Existe u m limite definido para a potência que um gerador de C A . é capaz de
da corrente que se estabeleceria em condições de regime, se a falta uno houvesse sido isolada fornecer e também para a carga que u m m o t o r pode acionar. A instabilidade ocorre quando se
pela ação dos disjuntores. Dois dos fatores que influem na escolha adequada dos disjuntores pretende aumentar a energia mecânica fornecida a u m gerador, o u a carga mecânica de u m
são a corrente que circula imediatamente apôs a falta, e a que deve ser interrompida. O cálculo m o t o r , acima daquele limite definido, chamada de limite dc estabilidade. O valor limite da
das faltas consiste na determinação dessas correntes para diversos tipos de faltas e em vários potência é atingido até mesmo quando a variação é feita gradaüvamente. A s perturbações que
pontos do sistema. Os dados obtidos a partir desses cálculos servem também para. o ajuste dos ocorrem n u m sistema causadas p o r cargas subitamente aplicadas, pela ocorrência de faltas, pela
relês que controlam os disjuntores. perda de excitação no campo de u m gerador e pela ação de disjuntores, pode causar a perda
Para os sistemas simples, o cálculo analítico das faltas é prático, o que já não ocorre para de sincronismo, mesmo quando a variação no sistema, causada pela perturbação, não ultrapassar
os sistemas mais complexos, onde o engenheiro é obrigada a lançar mãa do c o m p u t a d o r o u o limite de estabilidade quando feita gradativamente. O valor limite de potência é chamado
do analisador de redes. Se não f o r exigida grande precisão e se o sistema pode ser considerado " l i m i t e de estabilidade em regime permanente" ou " l i m i t e de estabilidade em regime transitório",
c o m o constituído apenas por reatãncías indutivas ou p o r impedãncias de fases aproximadamente conforme o p o n t o de instabilidade seja alcançado por u m a variação súbita o u gradativa nas
iguais, pode ser usado u m analisador de redes de C . C , c o m resistências substituindo as reatãncías, condições do sistema.
no lugar do analisador de C A - , m u i t o mais caro. Felizmente, os engenheiros encontraram métodos para melhorar a estabilidade e predizer
A análise p o r componentes simétricos é de enorme utilidade e será vista mais adiante; por os limites de funcionamento estável, tanto em condições estacionárias c o m o transitórias. 0
esse processp, as faltas assimétricas podem ser calculadas quase tão facilmente quanto as faltas estudo da estabilidade de u m sistema c o m duas máquinas é menos c o m p l e x o do que os estudos
trifásicas. O conhecimento dos componentes simétricos é necessário tanto para o cálculo das para u m sistema c o m muitas máquinas, porém muitos dos métodos para m e l h o r a r a estabilidade
faltas p o r método analítico c o m o no auxílio do analisador de redes. podem ser vistos pela análise de u m sistema c o m duas máquinas. T a n t o os computadores digitais
c o m o os analisadores de rede sãa usados n a previsão dos limites de estabilidade de u m sistema
complexo.
1.8 Estudos ds Estabilidade. A corrente que circula em um gerador de C . A . ou e m u m
m o t o r síncrono, depende do módulo da tensão interna cm relação à fase das tensões internas
1.7 O Engenheiro de Sistemas de Potência. Este c a p i t u l o p r o c u r o u m o s t r a r algo da
de todas as outras máquinas do sistema; depende ainda das características da rede e da carga.
história do desenvolvimento dos sistemas elétricos de potência, bem c o m o alguns dos estudos
Par exemplo, dois geradores de C A . funcionando em paralelo, sem quaisquer outras ligações
c técnicas analíticas de importância no planejamento do funcionamento, na m e l h o r i a ü na
além d o circuito de união entre os dois, não proporcionarão qualquer corrente se suas tensões
expansão de u m moderno sistema. O engenheiro de sistemas de potência deve conhecer os
internas forem iguais em módulo e f a s e Se as tensões tiverem o mesmo módulo, porém suas
métodos para realizar u m estudo de cargas, deve saber analisar faltas e lei conhecimento de
fases forem diferentes, a diferença entre as ten-ões não será zero e haverá circulação de uma
estabilidade, u m a vez que todos esses fatores afetam o projeto e o funcionamento de u m
corrente, determinada pela diferença de tensões e pela impedância do circuito. U m a das máquinas
sistema, bem c o m o a escolha de sua aparelhagem de controle. A n t e s de considerar esses
fornecerá potência à outra, que funcionará c o m o m o t o r ao invés de gerador.
problemas c o m mais detalhes, veremos alguns conceitos fundamentais relativos aos sistemas dc
Os ângulos de fase das tensões internas dependem da posição relativa dos rotores das
potência, a fim de analisar sua influência sobre aqueles problemas.-
máquinas. Se não for mantido o sincronisma entre os geradores de u m sistema de potência,
as fases dc suas tensões internas variarão constantemente, cada u m a em relação às outras, sendu
impossível u m funcionamento satisfatório.
As fases das tensões internas das máquinas síncronas permanecem constantes apenas
enquanto as velocidades das diversas máquinas permanecerem constantes e iguais à velocidade
correspondente â freqüência do fasor de 'referência. Quando varia a carga dc u m gerador ou do
sistema, ocorre u m a variação na corrente, d o gerador o u do sistema. Se a variação da corrente
não resultar em variação dos módulos das tensões internas das máquinas, forçosamente as fases
dessas tensões deverão variar. Portanto, variações momentâneas de velocidade são necessárias -
para o ajuste das fases das tensões, u m a vez que essas fases são determinadas pelas posições
relativas dos rolares. Após ter h a v H o o ajuste das máquinas aos novos ângulos de fase, ou
Cap.2j Indutáncia de linhas dc transmissão 15
Capítulo
onde c é a tensão i n d u z i d a , em volts, e t é o fiuxo concatenado, e m webers-espiras.(-'<)0 número
de webers-espiras é o p r o d u t o de cada weber de f l u x o pelo número de espiras do c i r c u i t o que
ele atravessa. Para o c i r c u i t o da fig. 2.1, cada linha de fiuxo o atravessa apenas u m a vez c a :3f
tensão i n d u z i d a será de 1 volt se a taxa de variação do f l u x o f o r de I weber/segundo. Se
DE TRANSMISSÃO bobina variar na razão de 1 webe r/segundo, • tensão i n d u z i d a em cada espira será de 1 volt,
porém a tensão i n d u z i d a n a b o b i n a será de 100 volts, u m a vez que as espiras estão em série.
Portanto, a tensão i n d u z i d a é p r o p o r c i o n a l à taxa de variação do fiuxo concatenado.
U m a bobina c o m c i n c o espiras ê mostrada na
fig. 2.2. A s linhas fechadas representam algumas das
linhas de fluxo que atravessam a b o b i n a . V a m o s
considerar que cada u m a delas corresponda a 1 weber.
Duas dessas linhas atravessam apenas u m a espira d a
bobina, c o n t r i b u i n d o c o m u m f l u x o concatenado de
2 webers-espiras. Outras duas atravessam três espiras,
portanto c o n t r i b u i n d o c o m 6 webers-espiras. A s qua-
tro linhas restantes atravessam todas as c i n c o espiras,
2.1 Introdução. U m a linha, de transmissão de energia elétrica possui quatro parâmetros dando 2 0 webers-espiras. Nessas condições, para a
que influem no, seu comportamento c o m o componente de u m sistema de potência. São eles: bobina mostrada, o f l u x o concatenado será 2 + 6 +
resistência, indutáncia, capacitãneia e condutância. Neste capítulo estudaremos a indutáncia e + 20 = 28 webers-espiras. Se esse fluxo decrescer a
nos dois seguintes, os demais parâmetros. zero em 1 segundo, será i n d u z i d a u m a tensão de
Os campos elétrico e magnético, presentes e m 28 volts n a bobina,
um circuito percorrido p o r u m a corrente, são usados
'Quando a corrente j a n j i m - c i r c u i t o estiver
. para definir algumas das propriedades d o c i r c u i t o .
variando,„o_campo magnético_a ela associado (repre- Fig. 2.2 Fluxo atravessando uma bobina, t^s;
A fig. 2.1 mostra u m a linha aberta c o m dois fios
sentado pelas linhas de fiuxo) .deverá.também estar
e os campos a ela associados. A s linhas de fluxo
variando. Considerando-se que o meio onde se estabelece o campo magnético tenha.permeabilidade
' elétrico originam-sc nas cargas positivas de u m con-
constante, q fluxo-concatenado-será diretamente p r o p o r c i o n a l à corrente c, conseqüentemente,
d u t o r é terminam nas cargas negativas d o o u t r o . As
a_tensão^mduzida_será^proporcional_à taxa_de variação de corrente. Á nossa segunda equação
linhas de fluxo magnético são linhas fechadas que
fundamental será
envolvem os condutores, atravessando o c i r c u i t o p o r
eles formado; dizemos que "estão concatenadas" c o m . , di
volts (2.2)
o c i r c u i t o . A variação da corrente nos condutores dt
li
tensão no circuito, cujo valor é p r o p o r c i o n a l à taxa será variável.
de variação do f i u x o . Indutáncia é a propriedade do circuito que relaciona a tensão i n d u z i d a
Das equações (2.1) e (2.2) tiramos que L é
p o r variação de fiuxo c o m a taxa dc variação de corrente.
• ! i ^
henrys (2.3)
2.2 Definição do Indutáncia. Duas equações fundamentais servem para explicar e definir dt
indutáncia. A primeira relaciona a tensão i n d u z i d a c o m a taxa de variação d o fiuxo concatenado
com o circuito, sendo (•) N . do T.: "Fluxo concatenado", segundo a A.U.N.T., é a tradução apropriada para o termo inglês
"flux linkagc". A definição n? 05-30-121 da Norma TH-I9 grupo 05, diz o seguinte: "Fluxo concatenado:
dr Soma dos produtos (n° dc espiras X fluxo magnético cjue as atravessa), estendida ao longo do circuito
(2-D elétrica considerado". Sua unidade no Quadro Geral das Unidades dc Medida (Decreto n 63.233 dc 12 dc
dt Q
setembro dc 1968) é o wehcr. O autor utiliza o weber-espira, dimensie-'ilircnte ninai ;m weber, para
14 estabelecer uma diferença entre fluxo concatenado e (luxo.
16 ELEMENTOS DE ANÁLISE D E SISTEMAS DE POTÊNCIA [Cap. 2 Cap. 2] Indutáncia dc linhas dc transmissão 17
Se • fluxo concatenado varia linearmente c o m a corrente, isto é, se a permeabilidade- do circuito 2.3 F l u x o Concatanado Parcial. N a fig. 2.1 foram mostradas apenas as linhas de f l u x o
magnético é constante, externas aos condutores. N o interior destes existe campo magnético, m u i t o embora a quantidade
de fluxo interno possa ser tão pequena que se torne desprezível e m altas freqüências, c o m o
L = -j henrys (2.4) veremos no Cap. 4. A variação desse f l u x o também c o n t r i b u i para a tensão i n d u z i d a no c i r c u i t a
e, portanto, para a indutáncia. O valor correto da indutáncia devida ao f l u x o interno pode ser
de onde decorre a definição de autd-indutãncia c o m o fluxo concatenado por unidade de calculado pela relação entre o f l u x o concatenado e a corrente, levando-se e m c o n t a o fato d?
corrente. A indutáncia de u m condutor de u m circuito é igual ao fluxo concatenado c o m que cada linha de fluxo interno envolve apenas u m a fração da corrente t o t a l . O f l u x o concatenado
o condutor, p o r unidade de corrente que nele circula. N u m a linha com dois condutores o fluxo interno n u m elemento tubular é o p r o d u t o do f l u x o n o elemento, pela relação entre a corrente
concatenado c o m o circuito é a soma dos fluxos concatenarjos com cada condutor. N o Sistema envolvida por ele e a corrente total do c o n d u t o r . F o r t a n t o , uma linha de f l u x o correspondente a
Internacional de Unidades, L em henrys é igual aos webers-espiras por ampère. E m termos de 1 weber, que envolva apenas'metade da corrente do c o n d u t o r , contribuirá para o fluxa concate-
indutáncia, O fluxo concatenado é nado total c o m 1/2 weber-espira. Os fluxos concatenados parciais são os p r o d u z i d o s pelos fluxos
que envolvem • apenas parte d a corrente. O fluxo concatenado total devido ao fluxo interno é
t = Li weber-espiras (2.5)
a somatória de todos os fluxos concatenados parciais. Dividindo-se essa somatória, em webers-
espiras, pela c o r r e n t e . d o c i r c u i t o , e m ampères, teremos a indutáncia, em henrys, devida ao
N a equação (2.5), se / for a corrente instantânea, r representará o fluxo concatenado instantâneo.
. fluxo interno.
Para u m a ' corrente alternada senoidal, o f l u x o concatenado será também senoidal. Chamando
de i|f o fasor fluxo concatenado, teremos Esse processo é também aplicável ao cálculo da indutáncia resultante do f l u x o externa.
C o m o vimos, a indutáncia é definida c o m o fluxo concatenado p o r ampère, sendo esse fluxo
= LI weber-espiras (2.6) a somatória dos produtos do f l u x o pela fração de corrente envolvida, P a r a linhas de f l u x o
internas, essa fração é m e n o r que 1, sendo maior que 1 para linhas de fiuxo envolvendo as
Estando e / em fase, L será real, o que está de acordo com as equações (2.4) e (2.5). O espiras de u m a bobina. Para a fig. 2.2 essas frações valem 1, 3 e 5. Esse método-de cálculo
fasor queda de tensão devido ao fluxo concatenado, será tornar-se-á mais claro c o m o desenvolvimento deste capítulo.
embora sejam usadas em textos introdutórios letras em negrito para distinguir grandezas complexas de
números reais ou de módulos dc grandezas complexas, as engenheiros acostumaram-se à notação complexa do c o n t o r n o , e m metros, / a corrente envolvida, em
para circuitos em^ regime permanente senoidal, e essa distinção só se faz necessária em textos mais avançados
ou em'artigos técnicos. Nas raras ocasiões em que tivermos que indicar módulo dc corrente, tensão ou 'Veja "Introduction to Eléctrical Engincering" de R. P. \Vard 3? Edição pgs,166, 167, Ed. Prcntice - Hall
impcdancia, Usaremos 0 símbolo apropriado dentro de duas barras verticais. Então, o valor eficaz do fluxo
1960. Para explicações mais minuciosas veja "Electricai Engincering Science" de P. íl. Clemcnt c W. C.
concatenado será |i/f( = L\l\.
Johnson, s . 12, 73, ed. McGraw-Hill, 1960.
P 3
18 ELEMENTOS DE ANÁLISE DE SISTEMAS D E POTÊNCIA [Cap.2 Cap. 21 Indutáncia de linhas de transmissão 19
ampères, 1
e o ponto entre H c ds indica que o valor de H é a componente d a intensidade f r u/.Y 3
dx
de c a m p o tangente a ds.
Seja H - a intensidade de campo u u m a distância de x metros do centro d o condutor.
x
tf
ifrint ~ g^r weber-espiras/metro ' (2.18)
Sendo o campo simétrico, H x é constante e m todos os pontos equidistantes d o centro do
c o n d u t o r . Se a integração indicada na equação (2.9) for feita em u m contorno circular concên-
Para u m a permeabilidade relativa unitária, p = 4tt.X I O " 7
henry/metro, e
trico ao condutor, a x metros d e ' s e u centro, H x será constante ao longo do contorno e
tangente a ele. A equação (2.9) ficará
we be r-esp iras/me tro (2.19)
$H ds^I
x x ' (2.10)
= - X 10" henry/metro (2.20)
e 2ttxH x =í x (2.11)
dty t d4> = ^ i- X
dx weber-espiras/metro (2.17)
A intensidade de campo é
Integrando desde o centro até a periferia do condutor, para achar t//,- Afixa concatenado A-espiras/me tro Fig. 2.4 Condutor e pontos
ntí
(2.22)
total n o interior do condutor, teremos
x
2nx externas Py e P .
2
E a densidade de f l u x o é
1
Nosso trabalho nesta seção c nas duas seguintes aplica-se igualmente para corrente contínua c alternada. —
Como foi mostrado, H e / são fasores, representando grandezas alternadas senaidais. Por simplicidade, a B x = ~ ~ webers/metro 2
(2.23)
corrente / poderia ser interpretada como corrente contínua c H como número real. ZTTX
2
N o sistema internacional a permeabilidade do vácuo è - 4lT X I O 7
henrj'/metro c a permeabilidade Veja "Principies of Eléctrical Enginecring" por W. II. Timbie c V . Bu?"",^? edição, pn-. 4 5 7 - Í 6 0 , ed. John
relativa c ( J , = UÍVv- Wilcy and.Sojts Inc., 1951. 4J
ELEMENTOS D E ANÁLISE DE SISTEMAS D E POTÊNCIA Cap.2] Indutáncia de linhas dc transmissão Zl
O fluxo d p . n o " elemento tubular de espessura dx é siderar que o fluxo produztá_o__pela-corrente do condutor. JL, c o m p r e e n d i d o , até,_o_ centro., d o
cÕndutoLi2, envolve _tgda a corrente /, -e que a porção de fluxo„que_ultrapassa esse p o n t o não
webers/metro de comprimento (2.24) envolve nenhuma correnje^Na verdade, verifica-se que essa aproximação é válida mesmo quando
D é pequeno. 1
O fluxo concatenado d\}j p o r metro é numericamente igual ao fluxo d$, pois o fluxo externo A indutáncia do circuita devida à corrente d a c o n d u t o r 1 é determinada pela equação
ao condutor concajcna toda a corrente' d o c o n d u t o r u m a e só u m a vez. O fluxo concatenado (2.27), substituindo-se a distância D z pela distância D entre os condutores 1 e 2 e a distância
total rriire ?\ e Pi é obtido integrando d\p desde x = / J , a i = Z ) . 2 Obtemos Di pelo raio r Xl do c o n d u t o r 1. Considerando apenas o f l u x o externo
tf , D
— dx = ~ weber-espiras/metro (2.25)
2
$12 = n
Li m = 2 X IO" 7
ln — henrys/metro (2.29)
Oi
ou, para permeabilidade relativa unitária Para o f l u x o interno
= 2 X I O " / In ~ 7
weber-espiras/metro (2.26) L\.ini = \ x 1 0
" 7
henry/metro f2.30)
A indutáncia devida apenas ao fluxo' entre P\ e e A indutáncia total "do circuito devida apenas à corrente n o c o n d u t o r 1 será a soma das equações
(2.29) e (2.30), isto é
La = 2 X IO" 7
ln ^ ± henrys/metro (2.27)
Li = + 2 l n ~j X IO" 7
henrys/metro (2.31)
Nai equações (2.25), (2.26) e (2.27) " l n " .é o logariímo natural (neperiano). 1
Convertendo
henrys p o r metro e m mílihenrys p o r m i l h a e usando logariímo decimal obtemos Essa expressão pode ser escrita n u m a forma mais simples, p o n d o e m evidência 2 X I O " 7
( ln e
mais geral de linhas c o m vários condutores e às linhas trifásicas, vamos considerar u m a l i n h a
simples constituída p o r dois condutores sólidos e de secção circular. A fig; 2.5 mostra u m circuito £, = 2 X IO" 7 1/4
+ \ nr, J
D
(2.33)
com dois condutores dc raios r t e r , um
3 Podemos também escrever
deles funcionando como retorno para o outro.
Consideremos inicialmente apenas o f l u x o con- Lt = 2 XJ0- 7
ln ~~fjã (2-34)
catenado c o m o circuito, causado pela corrente
no condutor 1. U m a linha de f l u x o a u m a Se chamarmos r, e 1 , 4
de r{, teremos
distância igual ou maior que D + r 2 a partir
d o centro do condutor 1, não concatena o Li = 2 X I O - 7
l n A- henrys/metro (2.35)
circuita, não i n d u z i n d o , portanto, qualquer
tensão. E m outras palavras, a corrente envol-
ou Lt - 0,7411 log ~ mH/milha (2.36)
vida por essa linha é zero, uma vez que a
\
r
U m a vez que a corrente do c o n d u t o r 2 tem sentido oposto à do c o n d u t o r 1 (está equações (2.19) e (2.26)
defasada de 180°), o fluxo concatenado p o r ela produzido, considerado isoladamente, penetra
na circuito n a mesmo sentido que o p r o d u z i d o pela corrente do condutor 1. O fluxo resultante
tiPi = (4 + 2 / j m
"Tf) 1 0
" 7
(2-41)
para os dois condutores é determinado pela soma das respectivas forças magnetamotrizes. Para
permeabilidade constante, portanto, os fluxos concatenados (e também as indutãncias) de
ambos os condutores, considerados'separadamente, podem ser somados: $iPi = 2 X 10"" /i l n - — ^ 7
weber-espiras/metro (2.42)
P o r comparação c o m a equação ( 2 3 5 ) , a indutáncia devido à corrente n o condutor 2 é
O f l u x o concatenado c o m o c o n d u t o r 1, devido a I , 2 porém e x c l u i n d o o fluxo além
de P, é igual ao fluxo p r o d u z i d o p o r I entre o p o n t o P e o c o n d u t o r 1 (isto é, l i m i t a d o -
L 2 = 2 X IO"* 7
ln — henrys/metro ' (237) 2
henrys/metro (2.38)
O f l u x o tyjp, concatenado c o m o condutor 1, devido a todos os condutores d o g r u p o , e x c l u i n d o
o f l u x o além de P, é • '
Sc r[ - ri ~ r', a indutáncia total reduz-se a
= 2 X IO" 7
( /, l n —1£ + / a l n -^--+ h ln + • • : + /„ l n ) (2.44)
L = 4 X IO" 7
In ~ henrys/metro . . (2.39) \ ?i D í>n A n J
r l t
L = 1,482 l o g ~ mH/milha (2.40) que, p e l a expansão dos termos Iogaritinos e reagrupada, torna-se
A equação (2.40) é a indutáncia de u m a linha de dois condutores, levando-se c m consideração 4iiP = 2 X I O " 7
(/, ln - 1 l n J - +/ 3 ln ~ + .-•• + I n ln + /, l n D lP +
os fluxos concatenados p r o d u z i d o s pelas correntes em ambos, e u m deles sendo considerado
r e t o m o para o outro. Esse valor é algumas vezes chamado de indutáncia p o r metro de l i n h a ou + h In D 2P + h In Dip + •••+/„ In D,^ ) (2.45)
indutáncia p o r m i l h a de l i n h a , para estabelecer u m a distinção d a indutáncia de úm c i r c u i t o ,
considerando a corrente e m apenas u m c o n d u t o r . Esta última é dada pela equação (2.36), sendo Sendo n u l a a soma dos fasores corrente,
chamada de indutáncia p o r c o n d u t o r e vale a metade da indutáncia total de u m a linha monofásica.
/, + h + h +••••+/„= 0•
2.7 F l u x o Concatenado c o m u m C o n d u t o r dB u m G r u p o do Condutores. Vejamos agora
u m problema mais geral, que é o de u m condutor pertencente a u m grupo de.condutores, no tirando o valor de í , n obtemos
q u a l a _ s o m a das c o r n w j M ^ ^
w A fig. 2.6 ilustra a situação. Os condutores
1, 2, 3 , . . . , n conduzem as correntes fasoriais Ii,f Ii, 2l • • • iln> 5 1 1 3 5
distâncias a u m p o n t o /„ = - (/, + h + / '+ 3 ••->/„-,) (2.46)
P afastado são 'designadas p o r Dxp, D p, 2 D p,3 . . . , Dnp. V a m o s determinar o f l u x o concate-
nado c o m o conuutor 1, devido à corrente /[, incluindo o fluxo interno, excluindo porém S u b s t i t u i n d o a equação (2.46) n o segundo termo c o n t e n d o ' l n da equação (2.45) e recombinando
todo o fluxo além do p o n t o P; iremos designá-lo por ^ i ^ i - Pelas alguns termos logarftmicos, teremos
= 2 X IO- 7
f /, In -±- + / - l n ~ - 2 +/ 3 ln ~ t v • +/„ l n 7 ^ - + / i ln ^ +
. . +I ln%l.+
2 5fln ^ l ' - '- -+ I n ^ È ] " (2.47)
<Pi = 2 X IO"" ( /, In ~
7
+ r 2 l n -~~ + / 3 In + -••+/„ ln Jweber-espiras/metro
Fig. 2.6 Vista da secção transversal de um grupo de condutores conduzindo \ fi D l2 Üi3 D J
Xn
A o afastar o ponto P a u m a distância infinitamente grande do grupo de condutores, incluímos por 3 0 A l / 1 9 S t ou simplesmente 3 0 / 1 9 . * Usando-se diferentes combinações de alumínio e
( }
na dedução todo o fluxo concatenado c o m o condutor 1. Portanto, a equação (2.48) expressa • aça, são obtidas diversas secções de condutor e diferentes valores para resistência à tração c
todo o f l u x o concatenado c o m o condutor 1 de u m grupo de condutores em que a soma de capacidade dc corrente. A tabela A . 2 fornece as características dos cabos A C S R indicando
todas as correntes é zero. Se essas correntes forem alternadas, devem ser expressas em valor os diâmetros dos fios de aço e dos fios de alumínio, bem c o m o a sua quantidade e o número
instantânea para obter-se o fluxo concatenado instantâneo ou sob a forma"complexa, para' que de coroas. Esse tipo de cabo tem substituído c o m sucesso as cabos de cobre nas linhas aéreas.
se obtenha o fluxo concatenado em forma complexa. U m outro tipo de cabo, conhecido c o m a A C S R dilatada, possui u m enchimento, e m geral
de papel, separando os fios internos dc aço das coroas de fios de alumínio. A finalidade do
2.8 Indutáncia de uma L i n h a de Cabos. O tipo mais c o m u m de cabo para linhas aéreas enchimento ê obter u m maior diâmetro ( d i m i n u i n d o portanto o efeito corona) para u m a
de transmissão í constituído p o r fios colocados em coroas superpostas, encordoadas e m sentidos condutividade e u m a resistência à tração dadas. Esse tipo vem sendo m u i t o usado e m linhas
opostos, Esse encordoamento evita que o cabo se desenrole e faz c o m que o raio externo de de alta tensão, as quais estão aumentando cada vez. mais c m quantidade e importância, c o m
u m a coroa coincida c o m o raio interno da seguinte. A disposição em coroas torna flexíveis o crescimento dos sistemas de potência. A tabela A . 3 dá as características do cabo A C S R
até mesmo cabos de grande secção transversal. O número de fios depende do número de coroas dilatado.
e d o .fato de serem o u não todos eles do mesmo diâmetro. O número total de fios em cabos
Cabos constituídos p o r u m a coroa"fina de cochas de cobre envolvendo u m a alma de aço,
concêntricos nos quais todo o espaça é preenchido p o r fios de diâmetro uniforme, é 7, 19,
são também usados, tendo a vantagem de possuir alta resistência à tração aliada a u m a b o a
3 7 , 6 1 , 91 ou mais. Esse número è dado pela expressão
capacidade de condução. A l i n l i a que vai de H o o v e r D a m a L o s Angeles, nos Estados U n i d o s ,
é constituída p o r condutores de cobre ocos, que consistem em secções de cobre interligadas,
Número de fios = 3x 2
- 3x x 1 formando u m a espiral ao longo do c o m p r i m e n t o axial d o c a b o . '
Os cabos, constituídos p o r vários, fios, p o d e m ser classificados c o m o condutores compostos,
onde x & o número de coroas, incluindo a central, constituída p o r u m único f i o condutor. isto é, são formados p o r dois ou mais elementos condutores em paralelo. Já estamos em
U m cabo 500 M C M pode ser composto p o r 3 7 fios c o m diâmetros individuais de 0,1162 condições' de estudar a indutáncia de linhas de transmissão constituídas p o r ' esses tipos de
..polegadas, ou por 19 fios c o m 0,1622 polegadas de diâmetro. A tabela A . 1 1
dá as características cabos, porém vamos limitar-nos ao caso em que todos os condutores componentes são iguais
dos cabos concêntricos de cobre d u r o ; os condutores de cobre sãD em Z ^ °e diâmetro uniforme
eia
e dividem a corrente igualmente entre sL O método pode ser estendido a todos os tipos de
e feitos unicamente dc cobre/*^ cabos contendo fios de secções e condutividades diferentes, 1
porém, isso não será feito a q u i ,
u m a vez que os valores das indutãncias de cabos específicos podem ser encontrados e m manuais
e catálogos de fabricantes. P o r esse método pode-se ter a indicação de c o m o proceder em
problemas mais complicados que envolvem cabos não homogêneos e divisão desigual de corrente
nos condutores. E l e é aplicável para a determinação da indutáncia de linhas formadas p o r
circuitos em paralelo, u m a vez que dois cabos e m paralelo podem ser assimilados a fios c o m p o -
nentes de u m condutor composto.
A fig. 2.8 rr.jstra u m a l i n h a monofásica c o m -
posta p o r dois cabos. Para maior generalidade, cada b
O
cabo é mostrado como u m arranjo arbitrário de u m C
0
número indefinido de condutores. A única restrição 0 Q " Q
imposta é que os condutores paralelos sejam cilín-
dricos e dividam igualmente a corrente. O cabo A ' é .-•
composto p o r n condutores paralelos e idênticos, Cabo X Cabo Y
cada u m conduzindo a corrente l/n; o cabo Y,
A fig. 2.7 mostra um cabo do tipo A C S R , constituído por fios de alumínio e com alma retorno para a corrente de X, é constituído p o i m ^ -
F i £ L j n h 0 m o n o f i i s I o i l c o n s t i t u l d l l
de aço. O cabo mostrado possui 19 fios de aço formando u m núcleo central (alma) em torno condutores, também idênticos e paralelos, cada qual ^ compostos,
p o r c a b o s
do qual estão dispostas duas coroas c o m u m total de 3 0 fios de alumínio. Esse cabo é designado conduzindo - l/m. A s distâncias entre os condutores
serão designadas pela letra D c o m índices apropriados.
As tabelas identificadas pela letra A estão no Apêndice. (*} N . do T.: A designação inglesa ACSR também usada no Brasil, corresponde às iniciais de "Aluminum
Cablc Steel Reinforced", que traduzido literalmente seria Cabo dc Alumínio Reforçado com Aço. O seu
('} N. do T.: Os condutores componentes dc um cabo podem ser fios nus ou cochas (cabas nus). No caso
de fios, o cncordoamenlo do cabo é simples, e, no caso dc cochas, o encordoamento é composto. Para nome técnico, em português, c Cabo de Alumínio com Alma dc Aço, sendo usada a sigla C A A .
maiores detalhes sobre a nomenclatura dc cabos para linhas de transmissão, recomendamos a leitura da 'Veja o artigo de W. A. Lcwis c P. D. TUEtle "The Resistance and Renctance of Aluminum Conductors,
Norma TD-13-Grupo 05 da A.B.N.T. Steel Reinlorced", pr Trans. AIEE. vol. 77. pt. III. pgs. 1189-1215, de 1958.
26 ELEMENTOS D E ANÁLISE D E SISTEMAS D E POTÊNCIA [Cap.2 Cap.2] Indutáncia dc linhas dc transmissão 27
para cada u m dos JI condutores nos dá mn termos. Essa raiz é chamada de distância média
de onde tiramos geométrica entre os cabos X e Y, sendo designada p o r A n ou D M G ; também é usada a denomi-
nação de D M G mútua entre os dois cabos. A distância média geométrica é u m conceito
• = 2 X I O " / In
7 V
g» ! P
«fc ! P
«'---^L w e b e M S p i r a s / r n e t r o ( 2 .50) matemático que será discutido adiante e m termos mais gerais.
O denominador d o argumento d o logaritmo na equação (2.55) é a raiz /i -ésima de ; r 2
L x = 2 X IO" 7
mrti • • 1 1 ^ 2.9 Distância Média Geométrica. N a seção anterior deduzimos u m a expressão para a
indutáncia de u m a linha constituída p o r condutores compostos. A expressão d a indutáncia de
x I n V(.Dga-Dab&gç Dgm) ( A A A>c A m )' ' ' (AiAvAic Aim)
u m cabo d a linha, c o n t i n h a u m termo logarítmico cujo numerador era a média geométrica
V ( / y W J * • • • A n ) {D D D ba bb bc • • -D ) bn • • •(AiaAôAe ' ' ' AM)' das distâncias entre os condutores do cabo considerado e os condutores d o outro cabo da
licnr>'s/mctro (2.55) l i n h a ; o denominador era a média geométrica das- distâncias entre os condutores d o próprio
O
Cap.2] Indutáncia dc linhas dc transmissão 29
28 ELEMENTOS DE ANÁLISE D E SISTEMAS DE POTÊNCIA
o
o
Demonstra-se que a D M G de u m a área circular é igual ao raio do círculo m u l t i p l i c a d o por
médias geométricas, respectivamente, mútua e pró-
e~ ;
m
nas fórmulas que deduzimos para a indutáncia de u m c o n d u t o r circular, chamamos de.
p r i a ; a D M G é u m conceito bastante útil no cálculo
das indutâncias..
r' esse produto. Daí a razão de ser tal valor também chamado de D M G própria do condutor.
A s secções transversais dos condutores de u m cabo, c o m o o que f o i considerada na
o
P o r definição a distância média geométrica
dedução da equação (2.55), podem ser consideradas elementos de área, tal qual os da fig. 2 . 1 0 .
entre u m ponto e u m grupo de pontos, é a média
geométrica das distâncias daquele ponto aos outros.
P o r t a n t o , a indutáncia de u m a linha constituída p o r cabos de área irregular pode ser determinada
pelo cálculo das distâncias médias geométricas; nesse caso deveremos calcular as D M G própria
J
P o r exemplo, a D M G entre u m ponto exterior a
e mútua. A indutáncia de cada cabo é determinada pelas equações (2.56) ou (2.57), sendo as
quatro pontos de uma circunferência è a média
Fig. 2.9 Distâncias de um ponta exterior geométrica das quatro distâncias mostradas na fig. 2.9,
duas indutâncias somadas para achar a indutáncia dá l i n h a . Supõe-se sempre densidade uniforme
de corrente. ______
I o-
quatro pontos de uma circunferência. isto é
A . t a b e l a 2.Í dá algumas fórmulas para D M G próprias e mútuas.
\ J
Se aumentarmos indefinidamente o número de pontos n a circunferência, a média geométrica
ÍD-
Descrição Ilustração Valor
das distâncias ao ponto exterior irá se aproximar da D M G do p o n t o â circunferência. Esta é igual
à distância d o ponto ao centro da circunferência. 1
A D M G de qualquer p o n t o da circunferência DMG própria de uma
a todos os outros da mesma é igual ao raio. h O
área circular Dr = rê* =Q,778Sr
\ ,o
r •• "
O conceito de distância média geométrica de u m p o n t o a u m a área é de m u i t a importância
\ o
ê pode ser visualizado dividindo-se a área considerada n u m grande número de elementos iguais
DMG entre duas áreas
e tomando-se a média geométrica das distâncias do ponto aos elementos da área. Havendo n D,„ - D
-O
circulares
elementos, essa média será a raiz /i-ésima do produto das n distâncias. A D M G do p o n t o â
área é o limite ao qual tende a D M G do p o n t o aos elementos da área, quando o número desses
elementos aumenta indefinidamente. DMG de uma tinha circular ; - i D "
Para achar a D M G entre duas áreas, cada u m a delas é dividida em elementos iguais, D =r
a área interna m
digamos m para u m a e n para a outra. A D M G entre elas é o limite da raiz m/i-ésima dos mn Í'SJ
produtos das distâncias entre os m elementos d c uma área e os n da outra, quando meu
crescem indefinidamente. A fig. 2.10 mostra as seis distâncias entre dois dos m elementos iguais DMG de um ponto externo
D.» =D
em que u m a das áreas é dividida e três dos n elementos iguais e m que se divide a outra. Para a uma área circular
achar a D M G entre as áreas, devem
\ 7 -J
ser consideradas todas as distâncias DMG entre pontos
entre os elementos, cujo número,
em cada área, deve ser i n f i n i t o .
igualmente espaçados
sobre uma circunferência e
Demonstra-se que a D M G entre
duas áreas circulares é igual à dis- DMG entre duas
tância entre os seus centros. coruas circulares .1 D
J
A D M G própria de u m a área
é o limite ao qual tende a média D = 0,2235 {n + b)
s
• J
Fig. 2.10 As seis distâncias entre dois elementos iguais de uma DMG própria de uma A constante varia de 0,2231 a
área a três elementos iguais de outra. geométrica das distâncias entre to- área retangular . 0,2237, dependendo da
dos os pares de elementos dessa relação ajb
área, quando o número de elemen-
In D M G = ln r 2
tos cresce indefinidamente. O c o m p u t a d o r digital é m u i t o útil para o cálculo da D M G de DMG própria de uma
4
_V , ri , 3 r i - - r '
coroa circular s
w .-"Pi ln — h •
l
Veja "Formulas and Tables for tiie Catculation of Mutual and Self Inductance", por E. B. Rosa e F . W .
Grovcr, pgs. 1-237, "Sricntífic Paper 169, Buli. Bur. Stnndards, vol. 8 n° 1, 1912. Outras fórmulas para DMG
foram tiradas da mesma fonte. Veja também " A treatise on Electricity and Magnetism ' pgs. 324-330, vol. II,
1 'Veja o artigo "Self-inducUmce aí Bus tYinduclnrs witb Complex Cross"Section", por H. E. House e P.
3?Ed., Ciarendon Press, Oxford 19D4. Whidden, Trans. A1EE, vol. 76, parte III,"" «s. 1152-1156. M»5 . 7
30 ELEMENTOS D E ANÁLISE DE SISTEMAS D E POTÊNCIA [Om-2 Cap.2] Indutáncia dc linhas dc transmissão 31
Esse método não se aplica aos cabas não homogêneos, tais como o A C S R , o u aos casos e, para o lado Y :
em que a densidade de corrente não é uniforme. Para o A C S R u m valor aproximado da indutáncia
pode ser o b t i d o desprezanda-se a corrente conduzida pelos condutores de aço, que na realidade A = . " ^ ( 5 , 0 8 X 0.7788) 1
X 6,10^= 0,153 m
conduzem u m a pequena fração, da corrente. Não sendo a permeabilidade constante, o fluxo
concatenado não será u m a função linear da-correrite e, conseqüentemente, a indutáncia dependerá Pela equação (2.56), a indutáncia é:
da corrente. Se a indutáncia n o cabo A C S R a u de outros condutores, cuja densidade de corrente
não é uniforme, for determinada experimentalmente, "poderá ser encontrada u m a D M G própria Lx = 2 X 1 0 - ln 5» = 2 X IO" 7
ln ^ = G i 6 2 1 x 1 0 - 3 M H / M = Q F I 2 1 M H / K M
L = 2 X IO" 1
ln ! ~ henrys/metro (2-58) Ly =2 X IO - 7
l n Õ 7 ^ 3 = 0,845 X 10~ m H / m = 0,845 m H / k m
3
onde é em henrys p o r metro. O valor D não é influenciado pela distribuição não uniforme
m
de corrente no interior do condutor, desde que o campo magnético externo não seja afetado.
A tabeia A . 2 dá os valores da D M G própria ( R M G ) para diversas secções do A C S R .
Exemplo 2.1
U m circuito de u m a l i n h a de transmissão monofásiça é composto p o r três condutores
sólidos, cada u m c o m 2,54 m m de raio. O circuito de retorno é constituído p o r dois condutores
de raio 5,08 m m . A disposição dos. circuitos é* mostrada na fig. 2.11. Determine a indutáncia
devida à corrente em cada lado da linha e a indutáncia da linha completa.
Fig. 2.11 Disposição dos condutores do exemplo 2.1 • Fig. 2.12 Secção transversal do cabo do exemplo 2.2
•Solução: D M G entre os lados X e Y :
An = V'AzrfA-ArfAeArfAe"
< . D ad = D be = 9,14 m Exemplo 23.
D M G própria do lado X :
Solução:
A = ^AaA-AcA.-AfcAcAttAôAr' ^ Primeiro, determinamos as distâncias A i • A 3
e
A<t como se segue:
A» = Dbb = Ac = (2,54 X 0,7788) m A £ " n
" "
A2 = 2 r Z ) „ = 4r
' Afi = A s = A c = A» = 6.10m
A c = Aa = 12,2 m As = VA 4 --DÍV
2
= V(4r) 3
-(2r) " =
2
2rvT-
D s = ^ ( 2 , 5 4 X 0.7788) 3
X 6,10* X 12,2 ' = 0,489 m
A
(«). N. do T.: Um "circular m i l " é a área de um círculo cujo diâmetro ê um "mü" isto d, um milésimo dc
1
Veja "Electric Power Transmissiori", por L. F. Woodruft" 29 -'d., pg. 30, ed. Jolin Wilcy and Sons, Inc., 1938. polegada. Tem-se 1CM = 5,067 X l O ^ m m 2
32 ELEMENTOS D E ANÁLISE DE SISTEMAS D E POTÊNCIA Cap. 2] Indutáncia de linhas dc transmissão 33
A D M G própria do cabo dc sete condutores é a raiz de ordem 4 9 das 4 9 distâncias, portanto A o invés da indutáncia, é preferível conhecer-se o vaiar da reatância i n d u t i v a . Esta, para
um dos cabos de u m a linha monofásiça a dais cabos, é
= % W (pí D; D D y
2 2 lA n (2rf
X, = 2nfL = 2irfX 0,7411 X 1 0 ~ log ^ 3
= 4,657 X 1 0 - / l o g 3
ohms/milha (2.60)
onde (r') 1
é o produto da D M G própria de u m fio pelas D M G próprias de todos os demais
fios; 0 termo D^D^D^Dn è o p r o d u t o das distâncias de um fio externo
:
a todos os outros; onde D m é a distância entre ambos. A D M G própria, £_-« P°dc ser tirada de tabela e substituída
aparece elevado à sexta potência porque existem seis fios externos. O termo ( 2 r ) 6
corresponde na equação; ambas devem estar na mesma unidade. A m a i o r i a das tabelas dá valores de D s
ao produto das distâncias do fio interno a todos os fios externos. Temos, portanto, sete para 6 0 H z , 25 H z e corrente contínua. Essa variação decorre d o fato de que, aumentando-se
distâncias para cada um dos sete fios. Simplificando a expressão ás D„ obtemos a freqüência, • a densidade de corrente no cabo não permanece u n i f o r m e , c o m o veremos no
Cap. 4. C o m isso haverá u m a diminuição da indutáncia devida ao fiuxo interno, acarretando
diferentes valores de D s para diferentes freqüências. A desuniformidade n a distribuição de
D s = J 7 x V&r X 3 X 2 V X 2 V X 2r X Irf = * t ^ ° ' 7 7 8 8 )
' = 2,177 r
V6 corrente devida à freqüência dessa corrente é chamada de " e f e i t o p e l i c u i a r " . Nas equações e
fórmulas até agora apresentadas nesse" capítulo, esse e f e i t o - f o i desprezado, considerando-se
Para -achar D s em função da área total do condutor em C M , seja ->
densidade de corrente uniforme. N o C a p . 4 mostraremos c o m o deve ser corrigido o valor da
A = área total do cabo, em C M indutáncia interna, levando-se c m conta a efeito pelicular.
d = diâmetro de cada fio, em " m i l s " .
A l g u m a s tabelas dão, além dos valores da D M G própria, valores d a reatância indutiva.
r = raio de .cada fio em " m i l s " .
Um dos métodos usados é expandir o termo logarítmico d a equação (2.60), c o m o mostramos
Portanto
a seguir:
A = ld 2
= 28^
X L = 4,657 X I O " / log ~3
+ 4,657 X I O " / l o g D
3
m ohms/milha (2.61)
V T = 0,4114 V T müs
Se D s e D m forem dados em pés, o primeiro termo da equação (2.61) será a reatância indutiva
de u m cabo de u m a linlia constituída p o r dois cabos distantes entre s i de 1 pé, c o m o pode
Se u m a linha monofásiça for constituída p o r dois cabos encordoados, análogos aos do ser visto comparando-se as equações (2.61) e (2.57). P o r t a n t o , o p r i m e i r o termo de (2.61) é
exemplo 2.2, raramente será necessário calcular a D M G entre os fios, uma vez que esta será chamado de reatância indutiva para 1 pé de espaçamento, sendo'função da D M G própria e
aproximadamente igual à distância entre os centros dos dois cabos. Esse cálculo só será da freqüência. O segundo termo é independente do tipo de cabo, dependendo apenas da
importante quando os diversos fios (ou condutores) e m paralelo estiverem separados entre si freqüência e do espaçamento; é chamado de fator de espaçamento da reatância indutiva. Esse
por distâncias de mesma ordem de grandeza que a distância entre os dois lados qo circuito. fator será zero quando D m for igual a 1 pé; se D m f o r m e n o r do que 1 p é , ele será negativo.
N o exemplo 2.1 os condutores em paralelo de u m lado estão separados entre si de 6,10 m Para calcular a reatância indutiva de u m a linha, devemos inicialmente, para o cabo considerado,
e a distância entre os dois lados da linha é de 9,14 m ; nesse caso o cálculo da D M G mútua calcular a reatância para 1 pé de espaçamento (Tabelas de A . l a A . 3 ) e, e m ' s e g u i d a , adicionar
é importante. F_ra cabos encordoados, c o m o o do exemplo 2.2, a distância entre os lados da a esse valor o fator de espaçamento (Tabela A . 4 ) , ambos para a freqüência d a d a . '
Unha é e m geral tão grande que a D M G mútua pode ser tomada como igual à distância entre .
os centros, c o m erro desprezível. E x e m p l o 2.3
Se, n u m cabo A C S R , for desprezado o efeito d o núcleo dos fios de aço no cálculo da Determine a reatância indutiva de u m a linlia monofásiça de dois cabos, operando na
indutáncia, obteremos u m resultado bastante preciso desde que os fios de alumínio estejam freqüência de 6 0 H z . Os cabos são ambos de bitola 1/0, constituídos p o r sete fios de cobre
dispostos n u m número par de camadas. O efeito daquele núcleo será mais evidente quando duro; a distância entre o centro dos cabos é de 18 pés.
os condutores formarem u m número ímpar de camadas, porém mesmo assim, considerando-se
apenas o alumínio, o resultado o b t i d o será razoavelmente preciso. Maiores detalhes poderão Solução:
ser encontrados no trabalho de Levvis e T u t t l e , citado c o m o referência na página 2 - 1 9 .
Da tabeia A . 1 tiramos a área do cabo em C M , A = 105,500 C M . D o e x e m p l o 2.2,
2.11 U s o de Tabelas. A D M G própria de cabos c o m u m número qualquer de fios
pode.ser calculada como no exemplo 2.2. N o entanto, raramente o engenheiro precisará fazer Ds = 0,4114 ^ m i l s = 0.4114V 105,500' x 1 Q . 3 p í s _ Q Q i , J 3 ^
esses, cálculos, u m a vez que tais valores são tabelados para os condutores usuais. Todos os
fabricantes fornecem tabelas onde estão incluídos os valores da D M G própria de seus cabos,
bem c o m o métodos práticos para a obtenção desses valores, principalmente para cabos não
Esse método para o cálculo da reatância indutiva foi sugerido por W. A. Lcwis e aparece no livro "Symmetricai
homogêneos tais como o A C S R . Para que essas tabelas possam ser usadas de maneira racional,
Components" por C F . Wagner e 11. D. Evans, ed. McGraw-Hili Book Company, Inc., 1933. Veja também
o engenheiro deve ter um conhecimento completo do significado dos valores tabelados.
"Standard Handbook for Eléctrical Engincers", pg. 248, 9ií edição, McGraw-Hill Rr""í.V-ompany. !ru-., 1957.
3 4
ELEMENTOS DE ANÁLISE D E SISTEMAS DE POTÊNCIA [Cap. 2 Cap. 2] Indutáncia de linhas do transmissão 35
X L = 4,657 X I O " 3
X 6 0 log p^yj = 0,897 ohm/milha = 0,559 ohm/km
A equação (2.65) é análoga à (2.36), referente a u m a l i n h a monofásiça. Para cabos
Se apenas D f o r dado nas tabelas, o método acima é usado. U m outro método seria:
s
encordoados D s substitui r' na equação. Por razões de simetria, as indutâncias dos condutores
Reatância indutiva para 1 pé de espaçamento = b e c têm o mesmo valor que a de a. Sendo cada fase constituída p o r apenas u m c o n d u t o r , as
equações (2.64) e (2.65) dão a indutáncia p o r fase da linha trífásica.
4,657 X I O " 3
X 60 log = 0,546 ohm/milha
y
táncia da linha será
Cond. b
J Cond. c
f\ Cond, 0
y
XL = 2 X 0,559 = 1,118 ohm/km V
A
Cond. c /\ Cond. b Cond. o
A s . l i n h a s de potência modernas não são, e m geral, transpostas em intervalos regulares, A equação (2.71) pode ser escrita
m u i t o embora a troca de posição dos condutores possa ser feita nas estações dc chaveamento,
a fim de promover efetivamente o equilíbrio das indutâncias das fases. Felizmente, a assimetria La = 0,7411 log & mH/milha (2.73)
entre as fases de uma linha não transposta é pequena e pode ser desprezada na solução dc
muitos problemas. Nessas condições, a sua indutáncia é calculada como se tratássemos de u m a onde D s é a D M G própria do c o n d u t o r . D q, e média geométrica das três distâncias da linlia
linlia corretamente transposta. ' A reatância indutiva de cada fase é tomada igual ao valor médio assimétrica, é o espaçamento equilateral equivalente, c o m o pode ser verificado comparando as
da reatância de uma fase da mesma linha, como se esta fosse transposta. A s deduções que equações (2.71) e (2.65). Devemos observar a semelhança existente entre todas as equações
faremos serão para linhas transpostas e os erros resultantes da aplicação "do processo às não da indutáncia. Se esta for dada em mililienrys p o r m i l h a , o fator 0,7411 aparecerá em todas
transpostas serão pequenos, ' as equações e o denominador do termo logarítmico será sempre a D M G própria d o c o n d u t o r .
Para determinar a indutáncia média de u m condutor de u m a linha transposta, achamos O numerador será a distância entre os cabos de u m a linlia a dois condutores, ou a D M G mútua
o fluxo concatenado com o condutor para cada u m a das posições ocupadas durante o ciclo entre os lados de u m a linha monofásiça c o m vários condutores p o r fase, o u a distância entre
e tomamos o fluxo concatenado médio. V a m o s aplicar a equação (2.48) ao c o n d u t o r a da .condutores dc u m a linha equilateralmenlc espaçada, o u ainda o espaçamento equilateral equi-
fig. 2.14, para achar a expressão fasqrial do fluxo concatenado c o m a na posição 1, quando valente de u m a linlia c o m espaçamento assimétrico.
b está na posição 2 è c na posição 3 , c o m o se segue
E x e m p l o 2.4
fcl=2X ÍQ-" í I a In - 1 + I b In ~ + 7 lnC weber-espiras/metro (2.66)
\ r LJ i2 L>2i A fig. 2.15 mostra u m a linha trífásica constituída p o r
três condutores, operando e m 6 0 H z . C a d a c o n d u t o r é u m —2,44 m—
Com o na posição 2, b na posição 3 e c na posição 1,
fio número 2 de cobre duro. Determine a indutáncia e a
&3 = 2 X IO" ( l 1
a ln - V + I b ln 4~ + 4 ln ~ weber-espiras/metro (2.68)
D s = 0,7788 X = 2,55 m m
O valor médio do fluxo concatenado c o m a é
1 X IO 1 = 2 x l n
ZSSX^IQ- 3 = 1 2 , 9 6 X l 0
~* H / f a S e / k m
lEãbí ÃíãUr) -
- 7
( 3 /
° l n
y 1 4 ln +
>< ln (2 69)
X= L 2u X 6 0 X 12,96 X = 0,489 olim/fase/km
•SOCA
38 ELEMENTOS D E A N A L I S E D E SISTEMAS DE"POTÊNCIA [Cap.2 Cap.2] Indutáncia dc. Unhas de transmissão 39
e na posição 3
Fig. 2.16 Disposição dos condutores dc um circuito duplo de uma Unha trifásfca A = ^AiAjAa' (2.76)
k nas três posições do ciclo de transposição. '
2* A = (r') f h (2.77)
m 1/3 V6
A s equações (2.76) e (2.77) serão as mesmas para todas as três fases se r' f o r o m e s m o para
todas elas, desde que as fases b e c ocupem as mesmas posições que a fase a para distâncias
Consideremos os dois circuitos trifásicos, verticalmente dispostos, mostrados n a fig. 2.16a.
iguais n o ciclo de transposição. A indutáncia p o r fase é
U m dos circuitos é constituído pelos condutores a, b e c e o o u t r o pelos condutores a\ b' e
c \ Associadas e m paralelo, a-a\ b-b' e c-c' constituem, respectivamente, as fases a, b e c 1/3
Seguindo o ciclo de transposição, os condutores a e a' ocupam inicialmente as posições antes l = 0,7411 log ^ = 0,7411 log mH/fase/millta(2.78)
ocupadas p o r b e b' e, após, as ocupadas p o r c e c ' , como m o s t r a m as fig. 2.166 e c . O vator A ( í ) " ( í )
da indutáncia é diminuído se os condutores de cada fase forem separados o mais possível e
A equação (2.78), d e d u z i d a pelo método d a D M G , é a indutáncia p o r fase, u m a vez
se as distâncias entre as fases forem mantidas pequenas. Isso resulta n u m valor b a i x o p a i a D m
A? - ^AfiA-cA^
Suí
(2.74) L = 0,7411 l o g iH/milha/condutor (2.79)
= Dad ~ Vdp e a indutáncia p o r c o n d u t o r dada na equação (2.79) seria aproximadamente igual à d o circuito
An = D M G mútua entre as fases c e a n a posição 1 simples. Considerando apenas u m dos circuitos da fig. 2.16, obtemos
= yjldh '
Dea = y/lddd' = 2d
m
Portanto D m = 2 d g h'
m li2 l/3 1 6
(2-75)
e D =r'
s
L = 0,7411 l o g (V 3
mH/miUia/condutor (2.80)
O estudo que acabamos de. fazer mostra a aplicação do método da D M G no cálculo da resolvido p o r u m computador digital. U m a companhia preparou u m programa para o cálculo
indutáncia de u m a Unha c o m circuitos dispostos em planos paralelos. A s equações (2.75), da reatância de linhas singela e dupla, utilizando as fórmulas aqui deduzidas e i n c l u i n d o alguns
(2.77), (2.7SJ, (2.79) e (2.80) aplicam-se somente nesse caso. Para condutores dispostos de outros cálculos. A preparação desse programa p o r u m a possoa levou, i n c l u i n d o • teste do
maneira diferente não seria prático fazer novas deduções, pois elas nos conduziriam a equações programa, três semanas: T o d o s os cálculos para as linhas da c o m p a n h i a levaram cerca de
; complicadas. Esse método, n o entanto, e, aplicável 8 horas em u m computador digital médio. Sem o emprego do c o m p u t a d o r esses mesmos
5,49 m _g£^—— a quaisquer c i r c u i t o s e m paralelo, independentemente
"G- cálculos demandariam 3 5 semanas de trabalho de u m engenheiro. 1
~(1S'I "
de sua disposição. A s equações (2.74) e (2.76)
3,05 m aplicam-se a qualquer linha trífásica a vários circuitos, 2.15 Cabos Múltiplos. A tendência para o emprego de tensões cada vez mais altas e m
[10') devendo se ter em mente que .D (,, D
: a bc e são Unhas de transmissão estimulou o interesse n o uso de dois o u mais cabos p o r fase, c o m
valores da D M G mútua. distâncias pequenas se comparadas c o m o espaçamento entre fases; são as chamadas linhas de
6,10 m
G- "tan " cabos múltiplos. Usualmente, o espaçamento entre os- cabos de u m a fase é da o r d e m de dez
Exemplo 2.5 vezes o diâmetro de u m cabo, o u seja de 2 0 a 50 c m , aproximadamente. A fig. 2.18 é u m a
3,05 m fotografia de u m a l i n l i a de 4 6 0 k V , c o m cabos múltiplos; o Prob.-2.Í8 refere-se a essa linlia
(1.0') U m a linlia trífásica, circuito d u p l o , é consti-
tuída p o r cabos de 3 0 0 . 0 0 0 C M , 26/7 A C S R . A sua e a fig. 2.21 que faz parte dele, mostra o espaçamento entre os cabos.
5.-59 m
-OB'í " -o à disposição está mostrada na fig. 2.17 e considera-se . A rede sueca de 3 8 0 k V , c o m a extensão-total de. mais de 3 2 0 0 k m , emprega somente
que a transposição é feita ao longo de todo seu cabos duplos. Quando ampliada, essa rede terá três cabos p o r fase. N o s Estados U n i d o s , estão
percurso. Determinar a reatância indutiva na fre- sendo obtidos dados sobre esse tipo de linhas, algumas das quais já- concluídas/*^
Fig. 2.17 Disposição dos cabos do Exemplo 2.5.'
qüência de 6 0 H z .
Solução:
D s = 0,0230 pés
D m = ^ ( 1 8 X 20) '= 2
18,97 pés
16,1
L = 0,7411 log = 0,986 mH/milha/fase
0,756
X L = 2ÍT60 X 0,986 X I O - 3
= 0,372 olim/milha/fase
H
14 A s vantagens das linhas de cabas múltiplas são as reduzidas reatãncías, devido ao valor 2£ Det-rminar a D M G própria dc um cabo com sete fios cm que o fio central foi substituído por
outrD de condutrvidade zero. Exprimir o resultado em função do raio r de um dos fios.
. elevado da D M G própria, e o m e n o r gradiente de tensão que traz c o m o conseqüência u m a
• ( diminuição da rádio-mterfe r e n d a . Aumentando-sc o número de, cabos p o r fase, essas vantagens 2.6 Determinar a DMG própria dc um cabo com três fios cm função do raio r de um deles.
tomam-se mais evidentes. Os cálculos m o s t r a m que as secções dos cabos constituem o fator 2.7 Determinar a D M G própria de cada um dos cabos não convencionais mostrados na fig. 2.19, cm
1
mais importante para o controle do gradiente de tensão nas linhas de dois a quatro cabos p o r íunção do raiD r dos fios e cm função da raiz quadrada de A, sendo A a área total do cabo. Supor que
todos os fios tenham o mesmo raio e a mesma, densidade de corrente.
-\ fase. 0 espaçamento entre fases segue-se em importância. 0 espaçamento entre os cabos de
li u m a fase afeta o gradiente de tensão, sendo considerada ótimo u m valor de o i t o a dez vezes 2.8 Calcular, na freqüência de 60 Hz, a reatância
indutiva a 30,48 cm de espaçamento, cm ohms por quilô-
^ o diâmetro do cabo, não i m p o r t a n d o o número de cabos p o r fase. 1
, de u m a l i n h a de transmissão. Sc a D M G própria de u m cabo for o b t i d a da tabela, podemos, paxa 30,48 cm dc separação de um condutor sólido é não convencionais do Prob: 2.7.
para u m a linha monofásiça, achar a indutáncia pela equação (2.57}, o u pela equação (2.73), 0,370 ohm/km. Determinar a reatância para uma separação
quando se tratar de u m a linha trifásica. Essas duas equações são a mesma, exceto que o numerador de l,83_m c determinar a secção do condutor em m m " . .
do argumento do l o g a r i t m o da equação (2.73) é a distância ou o espaçamento equilateral _/2.1T\ Na freqüência dc 60 H z a reatância indutiva por condutor, dc uma linha monofásiça que tem
equivalente, enquanto que na (2.57) é simplesmente a D M G . Quando dispomos de tabelas mais seus condutores afastados de 1,22 n i c de 0,492 ohm/km. Determinar a reatância indutiva, a 25 Hz, para
''30,48 cm dc separação. Qual a secção dos condutores em m m ? 2
\ . 2.17 A linha monofásiça dc potência do Prob, 2.13 c substituída por uma linlia trifásica colocada
2.4 Calcular a reatância indutiva do condutor cujas dimensões são dadas no Prob. 2.1, para uma sabre uma cruzeta que ocupa a mesma posição que a da linha monofásiça. A separação entre os condutores
-freqüência dc 60 Hz e um espaçamento dc 30,48 cm, cm olims por quilômetro. é D = 2D .= 2D33 sendo de 2,44 m a espaçamento equilateral equivalente. A linha telefônica permanece
13 J2
na mesma posição do Prob. 2.13. Sendo de 150 A a corrente da linlia, determinar a F E M induzida, por
'Veja o artigo "Bundlcd Conductor Vollagc Cradienl Calculations", f \ J . Kdchman, Trans. A1EE, vol.78, quilômetro, na linlia telefônica. Discuta a relação existente entre as fases da F E M induzida c a da corrente
-^?artc III, p g . 598-Í07, 1959.
s
na linha de potência. — :
44 ELEMENTOS DE ANALISE DE SISTEMAS DE POTÊNCIA
D
1
ÍCap. 2
O
2.18 Um circuito monofásico
consiste cm trcs condutores tlc um lado
Capítulo
da linha c um do ou lio. Essa disposição
está mostrada na fig. 2.20. Os três con-
dutores de um lado são transpostos.
Determinar a indutáncia da linlia por
quilômetro. CAPAC1TÂMCIA DAS D
UNHAS DE TRANSMISSÃO
2.1S Seis cabos de 300.000 C M ,
26/7 ACSR são dispostos como na
fig. 2.17. "O espaçamento vertical, no
entanto, é de 3,96 m; a maior distância
horizontal c de 8,53 m e a menor 6,71 m. O
Se a linha funciona como monofásiça,
com os cabos d, b e c formando Um
lado e a\ b' e c' formando o outro
lado, determinar a indutáncia da linha 3.1 Introdução. A diferença de potencial entre os condutores de u m a linlia de trans-
2.20 Disposição dos condutores para D Prob. 2.18.
por quilômetro. Considere correntes missão faz c o m que se carreguem da mesma maneira due as placas de u m capacitor quando
iguaisxní todos os condutores. entre elas existe 'uma diferença de potencial. A capacitãneia entre os condutores é a carga
0,41 m •,41 m 0.41 m
Í2.20 í Osrabosda linha dc 4601;V j*isr4 p o r unidade dc diferença de potencial. A capacitãneia entre condutores paralelos é constante,
representada na fig. 2.18 são do tipo fjO . O i , ' dependendo d a secção e da distância eníre eles..Para linhas de transmissão de até uns' 8 0 k m ,
ACSR dilatado, de diâmetro 44,5 mm. -f2l'6"f o efeito d a capacitãneia é pequeno e pode ser desprezado; esse efeito passa a ser de grande
A separação entre os cabos é mostrada 6,55 m 6,55 m
importância em linhas mais extensas e de alia tensão.
na fig. 2.21. Determinar, na freqüência
de 60 Hz, a reatância indutiva por quilô- Fig. 2.21 Espaçamento das cabas da linha de transmissão mostrada A aplicação de u m a tensão alternada a u m a l i n l i a faz c o m que, e m qualquer ponto dos
metro. na fig. 2.18. seus condutores, a carga aumente e diminua, c o m o aumento e diminuição d o valor instantâneo
2.21 Uma linha dc transmissão trifásica de 132 k V , da tensão entre esses condutores, no ponto considerado. O fluxo d a carga é u m a corrente e
circuito duplo, tem seus cabos dispostos em um plano a corrente causada pela carga e descarga de u m a linha devido à tensão alternada, é chamada
vertical. A distância entre os cabos adjacentes do mesmo 0 — — v s - ^ e de corrente capacitiva da linha. Essa corrente existe até mesmo q u a n d o a l i n l i a está e m vazio;
1,22 m 1,22 m
circuito c 3,66 m. A separação horizontal entre os circuitos afeta a queda de tensão ao longo d a linha, seu rendimento e seu f a t o r de potência, bem c o m o
é 7,32 m. Os cabos são ACSR 30/7 de 2,82 c m . Calcular
2
(3') 0,91 m
a estabilidade do sistema do qual ela faz parte.
a indutàxtcia por fase da linha. Comparar a indutáncia de
um cabo da linha com circuito duplo com a de um cabo
dc uma tinha singela com o mesmo espaçamento vertical. 3.2 Campo ElÉtrico de u m C o n d u t o r Longo e R e t o . D a m e s m a m a n e i r a que o campo
2.22 Sc a linha do Prob. 2.19 fosse trifásica, deter- magnético é importante no estudo da indutáncia, o c a m p o elétrico .0 é para o estudo da
(3) 0,91
minar a-índutãncia por fase c por cabo. capacitãneia. N o capítulo anterior discutimos (Sec. 2.1), para u m a l i n h a a dois condutores,
/ !
tanto o campo magnético c o m o 'o elétrico. A s linhas de fluxo elétrico o p i n a m - s e nas cargas
2.23/ Cada fase de uma linha trifásica consiste de
três condutores sólidas. O diâmetro de cada um c dc 6,60 mm pusitivas de u m condutor c terminam nas cargas negativas do o u t r o . O f l u x o elétrico total
•e a sua disposição está indicada na fig. 2.22. As fases são que emana de um c o n d u t o r é numericamente igual à carga em c o u l o m b s do c o n d u t o r . A
a, b e c. Há transposição completa, tanto nas fases como densidade dc fluxo elétrico é o fiuxo p o r metro quadrado, m e d i d a e m c o u l o m b s por metro
nos condutores dentro de cada fase. Determinara indutáncia Fig. 2.22 Disposição dos condutores do Prob.
quadrado.
por fase cm henrys por quilômetro. 2.23.
Se u m condutor longo, reto c cilíndrico tem u m a carga elétrica u n i f o r m e ao longo de
seu comprimento e está isolado de outras cargas de m o d o que sua carga esteja uniformemente
distribuída em sua periferia, o fluxo será radial. T o d o s os p o n t o s equidistantes desse c o n d u t o r
pertencem a u m a mesma equípotencial c têm a mesma densidade dc f l u x o . A fig. 3.1 mostra
um c o n d u t o r isolado c o m a carga distribuída uniformemente. A densidade de f l u x o elétrico
a x metros do condutor pode ser calculada imaginando u m a superfície cUíndrica concêntrica,
de raio _v. C o m o todos os pontos dessa superfície são equidistantes d o c o n d u t o r cuja carga está
uniformemente distribuída, ela será uma superfície equípotencial c sua densidade dc fluxo
elétrico será igual ao fluxo que emana do condutor, p o r metro de c o m p r i m e n t o , dividido pela
4l
46 ELEMENTOS DE ANÁLISE DE SISTEMAS DE POTÊNCIA Cap.3] Capacitãneia dos Unhas dc transmissão 47
área da superfície n u m comprimento axial de 1 me- equipotenciais que passam p o r P e P , fazendo a integração - sobre u m a linha radial entre
x 2
tro. A densidade de fluxo será essas superfícies. Daí, a diferença de potencial entre P , e P , será 2
D = coulombs/me t r o 2
(3-1)
Fig. 3.2. Os pontos P t eP 2 estão distantes, respectiva- condutores pode ser determinada substitumdo-se na d o i s ]ei .
c o n d u t o r c ! 1 p a r a D S
Linha de mente, D t e D 2 metros do centro do condutor, equação (3.4) o valor de v dado em (3.3), e m função
/ " integração. cuja carga positiva exerce u m a força repulsão de-(7. A-ten5ãerHfcr-errtre^s-doÍE-^ondutGres^ fig; 3 3 , pode ser determinada^
sobre u m a carga dc prova também positiva, situada a G l u f f l d ^ e - T r ^ u e d a - ^ e - t e n s ã o - d o v i d a ^ - c ^ a ^ Ç a - n o - c o n d u t o r a e, em_.seguida, a queda de
no campo. Sendo D 2 m a i o r do que D , t Pi terá ÍÇjTSão_Jejrijla_à^arga_i7i_jiQ_condutor_ií. Pelo princípio da superposição, a queda de tensão
u m potencial mais elevado que o de P 2 e para levar do condutOL-flL,ao^condutor-á,_de.vida às cargas em ambos os condutores, 'é a soma das quedas
a carga de prova de P 2 a P t deverá ser realizado Djgyo^a_djisj)QiLCadajuma_das.cargas.consideradas isoladamente.
um trabalho contra as forças do campo. A diferença Seja q a a carga no c o n d u t o r a e admita-se que o condutor b esteja sem carga, sendo
dc potencial será igual ao trabalho realizado por simplesmente u m a superfície n o campo elétrico criado p o r q„. Essa superfície c as outras
coulomb de carga transportada. P o r outro lado, para devidas à carga em a são mostradas na fig, 3.4. A distorção dessas superfícies nas proximidades
mover a carga de prova de P t aP ,
2 o campo realizará do condutor b è devida ao fato de ser b, ele próprio, u m a superfície equípotencial. A equação
-trabalho, gastando energia. Esse trabalho, por unidade (3.3) f o i deduzida supondo-se que todas as equipotenciais criadas pela carga uniformemente
de carga transportada, é a queda de tensão de P a t distribuída num condutor de secção circular fossem cilíndricas e concéntricas c o m o condutor:
Fig. 3.2 Linha uniforme dc integração entre
P, que independe d a linha de integração. O m o d o Nesse caso, isso é verdade, exceto n a região próxima ao condutor b. O potencial desse condutor
dois pontos exteriores a um condutor cilín-
2
drico com uma distribuição de carga positiva. mais simples de calcular a queda de tensão entre os é o mesmo da superfície equípotencial que o corta. Portanto, na determinação de v ab pode-se
dois pontos é calcular a tensão entre as superfícies seguir urrta linha que vã do c o n d u t o r a à equípotencial que corta b, passando p o r u m a região
em que as superfícies não estão distorcidas; n o caminho ao longo d a equípotencial relativa a
No Sistema Internacional de Unidades, a permitividade do vácuo, k , c 8 , 8 5 X 1 0 0 farad/melro. A b, não há variação de tensão. Essa linha está indicada na fig. 3.4, onde também é mostrado o
permitividade relativa. k . é a relação entre a permitividade do rr i t i . i l , t a di> vúnm. Portanto, k =
r r caminho direto de a a b. Logicamente, a diferença de potencial é a mesma, seja qual for a
48 ELEMENTOS D E ANÁLISE D E SISTEMAS D E POTÊNCIA [Cap. 3 Cap. 3] Capacitãneia das linhas de transmissão
linha sobre a qual é feita a integração da intensidade de c a m p o . . Seguindo a linha pela região 1
A capacitãneia entre os condutores é
não distorcida, vemos que as distâncias, correspondentes a Di e i ) , na equação (3.3) são
• q
a 2nk
respectivamente D c r a na determinação de v ab devido a q . Analogamente,
a na determinação Qb ~ 7T~ ~ ~,—TZT=-. farads/metro (3.8)
Vab i " (D-/r rb)a
0,0388
Se r a = r b
• Fig. 3.4 Supcriícies equipotenciais de uma parte do campo 0,0388 ' 0,0194 r , l .„
elétrico criado por um condutor carregado a não mostrado Q b
- 2 log (D/r) =
l o g (D/r) ^ F / m d h a t3
- >
I0
_ 0,0388
podem ser calculadas. Outras tabelas, c o m o sugerido p o r W. A . L e w i s , dão as reatãncías capaci-
C n =
Iog(/?/2rWflW- D 9
™ ° ^ ( 3
' 1 2 )
tivas para 1 pé de espaçamento, relativas aos condutores mais c o m u n s . Essas tabelas são usadas
juntamente c o m as que dao o fator dc espaçamento para a reatância capacitiva. Se D e r nu
Essa expressão dá somente a capacitãneia para o neutra, de u m a linha a dois condutores. A
equação (3.13) estiverem e m pés, a reatância capacitiva para 1 pé de espaçamento será o
dedução de equações que considerem a distribuição real de cargas, inclusive para as formas
primeiro termo e o fator de espaçamento o segundo, quando aquela equação é desenvolvida
mais simples de linhas c o m vários condutores paralelos ou para linhas trifásicas, toma-se bastante
c o m o se segue
complicada, não sendo prática. A suposição de estar a carga uniformemente distribuída conduz
a erros m u i t o pequenos, desde que o espaçamento entre os condutores seja grande comparado
c o m seus diâmetros, o que é o caso real das linhas de transmissão aéreas. Para linhas monofásteas Xc = l ^ 3
- X IO 6
log — + x IO 6
log D ohms/milha, para o neutro
o erro pode ser observado comparando-se as capacitâncias calculadas pelas equações (3.11) e J r J
(3.14)
(3.12) para diferentes valores da relação D/r, A tabela (3.1) mostra o erro que ocorre quando
a equação (3.11) é usada no lugar da (3.12).
A soma desses dois termos dá a reatância capacitiva,para j _ neutro. A s tabelas.. A . l _ a - A . 3 - d ã o .
a_reatãncia_cap.acitíva p a r a _ I j j é de_espaçamento e_a tabela_A.5__ojatar de_.espaçamento.-0-USO-
Tabela 3.1 E r r o causado pela consideração de distribuição uniforme de carga no cálculo dessas tabelas é análogo ao_das deôndutância, mostradas n o C a p . 2.
da capacitãneia de u m a linha a dois condutores
E x e m p l o 3.1
Relação D/r Erro percentual na equação (3,11)
Determine a susceptância capacitiva de u m a linha monofásiça a dois cabos, operando e m
10 0,44 60 H z . Os cabos são de bitola 1/0, constituídas p o r sete fias de cobre d u r o , sendo de 1 8 pés
20 ' 0,084 a distância entre seus centros. Trata-se da linha descrita n o exemplo 2.3.
50 0,010
100 0,002
Solução:
200 0,0005
D a tabela A . 1 tiramos o diâmetro, que vale 0,368 polegadas. O raio será
Ao aplicar a equação (3.11) a u m condutor encoidoado, surge u m a dúvida a respeito r = 0 3 6 8 / ( 2 X ! 2 ) = 0,0153 pés
do valor a ser colocado no denominador do argumento do logaritmo, u m a vez que aquela
equação foi deduzida para u m c o n d u t o r sólido, de secção circular. Sendo o f l u x o elétrico
X r = ^1 X 10 S
log n = 0,210 X IO 6
o h m / m i l h a , para o neutro
perpendicular à superfície de u m c o n d u t o r perfeito, o campo elétrico na supertície de u m L
6 0 U,U1JJ
condutor encordoado não será o mesmo que na superfície de u m condutor cilíndrico. Portanto,
a capacitãneia calculada para u m cabo usando o seu raio externo no lugar de r na equação
ou X c = 0 3 3 8 X 10* ohm/km, para o neutro
(3.11), nos conduzirá a u m pequeno erro causado pela diferença entre o campo nas vizinhanças
do cabo e o campo próximo a u m c o n d u t o r sólido, para J qual a equação (3.11) f o i deduzida.
b r = — = 2,96 X 10"* m h o / k m , para o neutro
N o entanto, o - e r r o será m u i t o pequeno, u m a vez que apenas afetará o campo na região mais C X
próxima do cabo. Nessas condições, o raio externo do cabo pode ser usado no cálculo da
capacitãneia. A i n d a da tabela A . l podemos tirar a reatância capacitiva para 1 pé de espaçamento; da
tabela A . 5 tiramos o fator de espaçamento da reatância capacitiva. R e s u l t a :
U m a vez determinada a capacitãneia para o neutro,a reatância capacitiva existente entre
Reatância capacitiva para l pé de espaçamento =
o condutor e o neutro será dada p o r :
1 4 093 D = X IO 6
l o g ÕÕT53 = °' 1 2 4 X 1 0 6
ohm/milha
XQ = 2 fç
n - 'f " ^ IO 6
log — ohms/míiha, para o neutro (3.13)
Algumas tabelas dão a susceptância capacitiva para vários espaçamentos, para os condutores
Fator de espaçamento da reatância capacitiva =
mais comuns, ou o diâmetro externo a partir do qual a reatância ou a susceptância capacitivas
4,093
X 1 0 log 18 =
6
0,086 X I O 6
ohm/milha-
'Uma outra forma para essa equação c 60
_ 0,0388 x 2,303
r _ 0.0894
""C
C O I Í ' W S ~ conifW/ ' ^
M F / m i l I , a 0 M U t r o
Portanto, para as cargas. Sendo as tensões senoidais e expressas c o m o fasores, o mesmo acontecerá c o m
as cargas. Equações semelhantes foram encontradas para valores fasoriais de fluxos concatenados,
° c
~ Q?(o x IO 6 = X 6
mho/milha, para o neutro onde as correntes eram dadas sob forma fasorial. Raramente essas equações são usadas para
encontrar a carga, porém iremos usá-las na dedução das expressões da capacitãneia de circuitos
pòlifásicos.
b c = 2,96 X 1 0 - 6
m h o / k m , para o neutro.
3.6 Capacitãneia de uma Linha Trifásica c o m Espaçamento Equilateral. Os três c o n d u -
A reatância e a susceptância capacitiva entre linhas serão tores idênticos, de raio r, de u m a linha trifásica c o m espaçamento equilateral, são mostrados
na fig. 3.7. Para encontrar a capacitãneia para o n e u t r o , escrevemos inicialmente a expressão
Xc = 2 X 0,338 X 1 0 = G
0,676 X I O 6
ohm/km da queda de tensão do c o n d u t o r a ao b e do c o n d u t o r a ao c. P o r t a n t o , das equações (3.15)
b c =. -_í = 1,48 X I O - 6
mha/km
^+<lb l n ^ + Q c l n ^ + - . - ^ m l n ^ (3.16)
'ma Se considerarmos que não existem outras cargas na vizinhança, a s o m a das cargas nos três
condutores será zero e então poderemos substituir, na equação ( 3 . 2 0 ) , q b + q c por -q ,
a
D,
am q ln obtendo
V
am = \ la l n b + q ln • + ' • • + ffm ín (3.17)
a,
c
(3.21)
Ké +
^ = || , n
7" voils
.
Se as tensões cnlre o condutor a e os oulroE--cnndu(ores forem conhecidas, o sistema de
equações simultâneas dando as quedas de tensão em função das cargas poderá ser resolvido A fig. 3.8 mostra o diagrama fasorial das tensões. A partir dela o b l e m o s a s ? relações que se
54 ELEMENTOS DE ANÁLISE DE SISTEMAS DE POTÊNCIA Co .3]P Capacitando tlns linhas dc transmissão 55
seguem, entre as tensões da l i n l i a V ab e V ac e a tensão V m da linha a ao neutro, no circuito diferente para cada posição ocupada pelo c o n d u t o r
trifasicD. n o ciclo dc transposição. N o entanto, na linha trans-
posta, a capacitãneia média para o neutro de u m a
Vab = ^ Van (0,866 + /0,5) (3.22) das fases será igual â de qualquer das outras, u m a
vez que cada condutor ocupa a mesma posição que
V = *Vax= V T f ^ i (Q,S66 - ;0,5) (3.23)
os outros, c m distâncias iguais ao longo d o ciclo de
ac
A equação (3.15) pode ser aplicada à linha mostrada na fig. 3.9, para o cálculo da tensão
Substituindo V ab + V ac por 3 V an na equação (3.21). obtemos ¥ devida- às cargas nos três condutores. Teremos três equações, u m a para cada posição dos
a b
volts (3.30)
Sendo a capacitãneia para o neutro a relação entre a carga no condutor e a tensão entre esse ;
c o n d u t o r e o neutro
C o m a era 2, b em 3 e c e m 1,
C n = -~ - = •
a
/i 1
farads/metro, para o neutro (3.26)
"an ln {U/r)
^ = — ^ l n ^ + < f c l n — + < f c i „ D a volts (3.31)
Para u m a permissívidade relativa k .= 1 r
e, finalmente, com a em 3 , b c m 1 c c em 2
0 0388
C n = T g 0J ^ Q r p F / m i l h a , para o neutro (3.27)
volts (3.32)
A comparação entre as equações (3.27) e (3.11) mostra serem ambas idênticas. Essas 3
equações dão, respectivamente, a capacitãneia para o neutro e m u m a linha monofásiça e em
A s equações de (3.30) a (3.32) são formalmente análogas às equações (2.66) a (2.68).
u m a linha trifásica. V i m o s n o C a p . 2 que as equações da indutáncia por condutor eram as
referentes ao fiuxo concatenado c o m u m c o n d u t o r de u m a linha transposta. Cada u m a dessas
mesmas, quer para linhas monofásicas, quer para linhas trifásicas c o m espaçamento equilateral.
últimasdá o valor do fluxo concatenado e m u m a parte do ciclo de transposição. F o i determinado -
A corrente associada à capacitãneia de u m a linlia damos a nome de corrente capacitiva.
u m valor médio desse fluxo para o ciclo c o m p l e t o , observando-se que a.corrente e m qualquer
Para u m circuito monofásico êla será dada pelo produto d a tensão entre linhas pela susceptância
fase era a mesma e m todas as posições do c i c l o . Se a carga p o r unidade de c o m p r i m e n t o no 4 ¬
entre linhas ou,- sob a forma f a s o r i a l '
condutor de cada fase fosse a mesma para todas as posições do c i c l o , as tensõe- calculadas
pelas equações (3.30), (3.31) e (3.32) seriam diferentes, podendo ser determinada u m a tensão 3
Icap (3.28)
média para o ciclo completo. N a realidade, a capacitãneia para o n e u t r o , referente a u m a fase,
i a ; .—
em u m a posição do ciclo de transposição, está e m paralelo c o m as capacitâncias para o neutro
Para u m a linha trifásica, a corrente capacitiva é determinada multiplicando-se a tensão para o
referentes a essa mesma fase nas outras posições do c i c l o . P o r t a n t o , se desprezarmos a queda ir -
neutro pela susceptância capacitiva para o neutro. Isso nos dá a corrente capacitiva por fase
de tensão ao longo d a linha, a tensão entre uma fase e o neutro n u m a posição do ciclo será
e está de acordo c o m o cálculo de circuitos trifásicos equilibrados, considerando-se uma única
a-, mesma para as outras posições dessa fase. Enlão, a tensão enlre quaisquer dos condutores
fase e retorno pelo neutro. A corrente capacitiva fasorial na fase a é
será a mesma qualquer que seja a parte do ciclo de transposição e m que eles estejam. Sendo
a tensão-a mesma e m qualquer parte do c i c l o , segue-se que a carga e m qualquer c o n d u t o r deve
Icap=ÍuC V n m (3.29)
ser diferente quando varia a sua posição e m relação aos outros. Operar c o m as equações (3.30)
a (3.32) como f o i feito c o m as de (2.66) a (2.68) não seria correto.
3.7 Capacitãneia de u m a L i n h a Trífásica c o m Espaçamento Assimétrico. Quando os A s equações de (3.30) a (3.32) têm 10 incógnitas, a tensão V ab e nove cargas, u m a vez
condutores de u m a linha trifásica não estiverem igualmente espaçados, torna-se mais difícil o que, e m cada u m dos três condutores, a carga é diferente em cada u m a das três posições
cálculo da capacitãneia. Se essa Hnb;i não for transposta, as capacitâncias de cada fase para o ocupada nas três partes d o ciclo de transposição. Nessas condições, para a determinação rigorosa
neutro serão diferentes; se for transposta, a capacitãneia de qualquer fase para o neutro será da capacitãneia em termos de relação entre carga e diferença de p o t e n c i a l , necessitaríamos de
56 ELEMENTOS DE ANÁLISE DE SISTEMAS DE POTÊNCIA Cap.3] Capacitáncia das linhas dc transmissão 57
mais seis equações a fim dc eliminar todas as incógnitas c o m exceção de u m a carga c uma tensão.
A equação (3.39) que dá a capacitãneia para o neutro de uma linha trifásica transposta
Três outras equações, análogas às de (3.30) a (3.32) podem ser escritas para a tensão V, bc
corresponde à equação (2.71), referente à indutáncia p o r fase em uma linha semelhante.
que pode ser posta como V ab (-U,5 -y'0,866), no caso de serem as tensões na linha consideradas
em equilíbrio. As outras três equações necessárias podem ser obtidas igualando-se a soma das E x e m p l o 3.2
três cargas, em cada uma das partes d o cíclo, a zero. ;
A solução rigorosa do problema da capacitáncia torna-se bastante trabalhosa, não sendo Determine a capacitáncia e a reatância capacitiva da linha descrita no exemplo 2 . 4 .
prática, exceto talvez no caso de estarem os três condutores dispostos n u m mesmo plano e Sabendo-se que ela funciona e m 22.000 volts, ache a corrente capacitiva.
com espaçamento iguai para os condutores adjacentes. Para os condutores e espaçamentos Solução:
usuais, uma precisão suficiente é conseguida considerando-se que a carga por unidade de
comprimento e m um condutor é a mesma' em qualquer posição no ciclo de transposição. 1' r= ^ ^ = 0.01075 pés
Quando essa suposição é feita, a tensão entre quaisquer das condutores será diferente e m
cada parte do c i c l o . Portanto, deve ser determinado u m valor médio para as tensões entre
condutores, sendo as capacitâncias obtidas a partir desses valores. Obtemos a tensão média
1 Dm = ' 5 , 4 5 pés
V ab - ^ \* * — + a b m g - ^ - + q
c ln
10 c
= ~ [q a ln i k f q b ln ) volts (3.33)
2-!tk \' a
r w
X= c X 6 0 X 8,91 X I O " 3 = 0 , 2 9 7 X 1 0 6
^ / k " -P a r a 0 n s u t r a
= ^D D D '
l2 Z3 3l (334)
F a t o r de espaçamento da reatância capacitiva para 5,45 pés = 0,0503 X 1 0 6
Aplicando a equação (3.24) para determinar a tensão em relação ao neutro, temos A corrente capacitiva será
valor igual à d o condutor, porém de sinal oposto. O fluxo elétrico entre as cargas do condutor
e as da terra é perpendicular à superfície equípotencial da terra* uma vez ser ela considerada
um condutor perfeito. Imaginemos u m condutor fictício de mesmo tamanho e forma que o
real, situado diretamente abaixo dele e a uma distância deste igual ao dobro de sua distância
ao solo. O condutor fictício está; abaixo da superfície do solo a u m a profundidade igual à
distância entre o solo e o condutor aéreo. Removendo-se a terra e considerando n o condutor
fictício uma carga igual e oposta à do aéreo, o plano equidistante de ambos será u m a superfície
equipotencial e ocupará a mesma posição d o solo. O fluxo elétrico existente entre o condutor
aéreo e essa superffiáe será o mesmo que entre ele e a terra. Portanto, para efeito de cálculo
da capacitãneia, a terra pode ser substituída p o r u m condutor fictício carregado, situado abaixo
dela a u m a distância igual à existente entre ela e o condutor aéreo. O condutor assim definido
tem u m a carga igual e oposta â do c o n d u t o r real, sendo chamado dc condutor-inwgem.
Esse método pode ser estendido a mais de u m condutor. Se colocarmos u m condutor-
imagem para cada condutor aéreo, o fluxo entre os condutores originais e suas imagens será
perpendicular ao plano que substitui a terra, sendo esse plano uma superfície equípotencial.
O f l u x o acima dele será o mesmo que existe quando a terra está presente ao invés dos c o n d u -
tores-imagens.
V a m o s mostrar c o m o se aplica esse método para o cálculo d a capacitãneia de linhas
trifásicas, a partir da fig. 3 . 1 0 . Consideramos que a linha seja transposta e que os condutores
a, b e c tenham-'as cargas q , q/, e q -ea c o c u p e m , respectivamente, as posições 1, 2 e 3 n a
primeira parte d o ciclo de transposição. O plano de terra está representado e abaixa dele estão
os condutores c o m as cárgas-imagens -q , a e -q . c A s equações que dão a tensão entre os
condutores a e b, nas três posições d o c i c l a , podem ser escritas aplicando-as ao sistema formado
pelos trés condutores e suas respectivas imagens. C o m o condutor a na posição 1, b na 2 e
c na 3 ,
V a b =
2tá
Fig. 3.10 Linha trifásica c sua imagem.
(3.40)
Equações análogas para podem ser escritas para as outras parles do ciclo dc transposição. 3.9 Linhas Trifásicas de Circuitos Paralelos. Consideraremos duas disposições especiais
A c e i t a n d o a "hipótese quase correta da constância da carga por unidade de comprimento dé de linhas c o m circuitas paralelos: a linha de c i r c u i t o duplo c o m disposição hexagonal dos
cada condutor através d o c i c l o , podemos calcular u m valor médio para o fasor V . De maneira ab
condutores e a Unha e m que os circuitas estão
análoga, encontramos o valor médio d o fasor V ac e 3 V an será obtido somando-se os valores dispostos e m planos verticais. A equação para a
médios de V ab e V . Sabendo que a soma das cargas é zero, achamos então
ac
capacitáncia dessas linhas é relativamente simples.
Muitas linhas duplas têm seus condutores e m planos
0.0388
Q, = " ,_ ., ; , i.. , . TT" 1 3A77~~rr~ 77~'i1 !
uF/milha, para o neutro (3.41) verticais e na maioria das outras a disposição dos
3
3fU
-Sc' o
" * " S E
d
(3.42)
bê
Tf 1
V M volts (3.43)
\
{D) Fase a na
V
(f>) Fase a na (c). Fase D na
volts (3.44)
posição 1 posição 2 posição 3
Ir J
Fia. 3.12 Disposição dos condutores de uma linha trífásica dc circuito duplo,
nas três partes dc um ciclo de transposição.
(3.45)
*ofr + Kic = 3 an *= -jSfe ^ V
" " ^ V
° l í S
J
c o m u m condutor. Nesse cálculo combinaremos os condutores paralelos de u m a fase pelo
método das distâncias médias geométricas e após esta ressalva seguiremos esse método integral- J
e, sendo •+ % + q c = 0 mente. N a linlia c o m disposição hexagonal, mostrada na fig. 3 . 1 1 , a D M G m o d i f i c a d a de todas
J
as fases é a mesma, graças à simetria, e difere da D M G própria porque se usa r n o lugar de r'. "3£ -
3 K
» a
â - I n í í
r V 0 l t s (3
- 46)
Então
-c=zr-
Dai D = V2FII
s
D M G entre a e b = D ab = $3D
Q = -j^-= ^ '^r^Lyn^ farads/metro/condutor, para o neutro (3.47) D M G entre b e c = D = $3 D
bc
•o
0,0388
D M G entre c e a = D m = tflD
•O
Cf, = j g (y/3Bpr)
0 ^F/milha/cbndutor, para o neutro (3.48)
Deq = v /
W A = <ffD J
e, substituindo r p o r D s na equação (3.39) ^ J
A s equações (3.47) e (3.48) dão a capacitáncia de u m c o n d u t o r e m relação ao neutro e não de
uma fase ao neutro. C o m o podemos verificar, a expressão da capacitáncia foi determinada pela - J -
0,0388 0,0388 0,0388
relação entre a carga c m apenas u m dos condutores da fase e a tensão entre ele e o neutro. íiF/rriJlha/fase,
iog(^VA) Iog(%/T£/Y2?£) 2 X
H(V?D/2r) • J
o
Para determinar a capacitáncia para o neutro p o r fase, devemos observar ser cada fase constituída para o neutro
por dois condutores c o m cargas iguais, e m paralelo. P o r t a n t o , essa capacitáncia será o dobro
da capacitáncia para o neutro de u m c o n d u t o r , isto é que é idêntica à equação (3.49) e demonstra a validade du método. Devemos observar que o J
método nos dá sempre valores por fase ao invés de valores por c o n d u t o r porque combina os
0,0388 condutores em paralelo de uma fase qualquer ao calcular as distâncias. •J
C
" = 2
* log (V3D/2r) ^ / m i l h a / f a s e , para o neutro (3.49)
Consideremos agora u m circuito duplo cujas linhas estão dispostas n u m plano vertical,
J L J
como mostrado na fig. 3.12. U m a linha dessa natureza não está equilibrada sem transposição.
Lembremos que a indutáncia de linhas trifásicas c o m circuitos e m paralelo foi calculada Portanto, a dedução será feita para uma linha transposta, supondo-se também que a carga e m
pela método da D M G . Para o cálculo da capacitáncia de u m a linha trifásica de circuito duplo, um condutor, p o r unidade de c o m p r i m e n t o , permanecerá a mesma a o longo do ciclo de
c o m disposição hexagonal dos condutores, vamos aplicar u m método modificado, utilizando a transposição. Estando a condutor de uma fase de um dos circuitos, ligado e m paralelo c o m ? ->
D M G . N a sua aplicação, serão usados os raios reais dos condutores individuais de cada fase, o condutor da mesma fase do outro c i r c u i t o , ambos terão a mesma carga. A fim de calcular j
a fim de se obter a D M G própria, modificada, de- cada fase. Falamos e m método modificado a tensão entre a e b, devemos considerar uma carga idêntica q a nos condutores a e a'. A s
e em D M G modificada porque não estamos aplicando os conceitos matemáticos discutidos, no cargas nos condutores das derv-us fases são tratadas de maneira análoga. C o m a fase a na J
C a p . 2 . Estamos usando o raio real de u m dos condutores qúe formam o circuito ao invés de posição I,
- J
62 ELEMENTOS DE ANÁLISE DE SISTEMAS D E POTÊNCIA Cap.3] Capacitãneia das linhas dc transmissão 63
Exemplo 3.3
V u - —— (3.50)
Determine à capacitãneia e a susceptância capacitiva,'em relação ao n e u t r o , para o circuito
duplo descrito n o exemplo 2 . 5 .
F =
2 ^ = 0
' ° 2 S 3 p é S
Qt = y 0 n e i / Q 838)' = 0 , 0 3 0 3
^ /
F m ü h a
/ f a í ! e
' P 3 1 2 0 n e u t r o
= °- 0 1 8 7
A^/km/fase,
para o neutro
Apliquemos agora o método modificado da D M G na dedução da expressão da capacitãneia,
bc = 2TT/C = 2TT X 6 0 X 0,0303 = 11,41 /imhos/milha/fase, para o neutro =
a fim de verificar a sua validade. P o r comparação c o m as equações (2.75) e (2.77)
= 7,06 íitnhos/km/fase, para o neutro
Deq = 2d gh
m 1,2 m U6
P R O B L E M A S
C o m o as equações (3.52) e (3.54) são idênticas, concluímos que o miítodD é válido c o m a
mesma aproximação da equação (3.52). Ambas as equações apresentam u m pequeno erro, 3.1 Uma tinha dc transmissão trifásica está disposta cm um piano horizontal com uma separação
devido ter sido considerada a mesma carga n u m condutor em qualquer parte do ciclo de de 1,83 m entre os condutores adjacentes. Em uni certo instante, a carga cm um dos condutores extremos
transposição, por termos desprezado o efeito da terra e, por último, por ter sido considerada é de 62,14 X 10" C/km, sendo a dos DUÜOS 31,07 X IO" C/km. O raio dc cada condutor é 2,54 mm.
6 6
uma distribuição uniforme de carga na superfície dos condutores. Todas essas diferenças são Desprezando o efeito da terra, determinar a tensão no instante considerado entre os dois condutores dc
mesma carga.
desprezíveis para as linhas aéreas usuais.
3.2 Na freqüência de 60 Hz a reatância capacitiva cm relação ao neutro dc um condutor sólido é
Mostrado que o método modificado da D M G é válido tanto para a disposição hexagonal
de 299 X 1 0 ohm/km. Esse condutor pertence a uma linha Irifásica cujo espaçamento equilateral equivalente
3
dos condutores como para a disposição em planos verticais, é razoável consÍderá4o válido c de 1,22 m. Que valor da reatância seria dado por uma (alicia de reatãncías capacitiVas^ara 1 pc de espaçamento
também para uma disposição intermediária. e na freqüência de 25 Hz? Qual seria a secção do condutor em mm"?'
64 ELEMENTOS DE ANÁLISE DE SISTEMAS D E POTÊNCIA
3.3 Deduza a expressão da capacitãneia de uma linlia .monofásiça, por quilômetro, levando cm conta
o efeito da terra. Empregue a mesma nomenclatura usada na dedução da capacitáncia de uma tinha trifüiiea
quando o efeito da terra foi representado por cargas-imagens.
3.4 Calcule a capacitáncia por quilômetro em relação ao neutro, dc uma linha monofásiça constituída
por dois condutores sólidos de n9 2, dísianciados 3,05 m entre si e 7,G2 m do solo. Compare o valor
encontrado com o obtido petas equações (3.11) e (3.12) e com a determinada no Prob. 3.3.
RESISTÊNCIA E EFEITO PELICULAR
3.5 Deduza uma expressão para a capacitãneia entre o condutor interno e seu envoltório concêntrico
em um cabo de energia. Considere que a raio do condutor é a e o raio interno do envoltório é b.
3.6 Um cabo é constituído por um único condutor sólido n9 2 de cobre, O papel isolante que o
separa da camada externa concêntrica de chumba tem uma espessura de 2,38 mm, sendo 3,7-sua constante
dielétrica. A camada de chumbo tem uma espessura de 1,98 mm. Determine a reatância capacitiva por
quilômetro, entre o condutor e a capa de chumbo.
3.7 Numa linha múltipla, cada cabo é um ACSR 26/7 de 403 m m , sendo a disposição iguid à da
2
íig. 2.21. Na freqüência de 60 Hz, determine a reatância capacitiva em olims por quilômetro cm relação ao
neutro.
4.1 Resistência. A resistência dos condutores é a principal causa da .perda de energia
3.8 Uma linha de transmissão trifásica possui dois condutores em um plano horizontal separados entrs
em u m a linha de transmissão. A menos que haja alguma outra especificação, o termo resistência
a de 2,44 m. Ü terceiro condutor está 0,91 m acima desse plano, num plano vertical cquidistante dos outros
dois. Os condutores são fios cilíndricos com uma reatância capacitiva para 1 pé de espaçamento s de aqui usado significará resistência efetiva. P a r a u m condutor, ela está definida p o r
0,1345 mcgohms por milha, a 60 Hz. Determine a reatância capacitiva por quilômetro em relação ao neutro
_ potência perdida' n o c o n d u t o r , • ,.
-a 60 Hz e também o raio dos condutores. R = — —ji ohms (4.1)
*~~3J9 Uma linha de transmissão trifásica com freqüência de 60 Hz está disposta num plano horizontal
sendo 3,66 m a distância entre os condutores adjacenies. Os condutores são cabos n9 4/0, ACSR, de uma Nessa expressão a perda- é dada em watts e / é o valor eficaz da corrente no c o n d u t o r , e m
camada. A tensão da linha é de 110 kV. Determine a reatância capacitiva por quilômetro cm reiação ao
ampères. A resistência efetiva só será igual à resistência e m corrente contínua quando a corrente
neutru e a corrente capacitiva por quilômetro.
tiver u m a distribuição uniforme. E m freqüências até 6 0 H z a diferença entre essas duas resistências
3.10 Os seis condutores de uma linha trifásica de circuito duplo são cabos ACSR 26/7 de 152 mm" é m e n o r que \% para condutores de cobre de b i t o l a inferior a 3 5 0 M C M , c o m o podemos verificar
e estão dispostos como indica a fig. 2.17, sendo, no caso, n espaçamento vertical de 3,96 m, o espaçamento
horizontal maior de 8,53 m e o menor de 6,71 m. Determine a reatância capacitiva em relação ao neutro, na tabela A . l . Após proceder a u m a revisão dos conceitos de resistência em corrente contínua,
a corrente capacitiva por quilômetro, por fase e por condutor, sendo a tensão dc 132 k V e a freqüência discutiremos a desuniformidade na distribuição da corrente e a relação entre a resistência efetiva
de 60 Hz. e a resistência e m C.C.
A resistência em corrente contínua é dada pela expressão
R0 = ohms (4.2)
N. do T.: A esse padrão convencionou-se chamar de "International Anneaicd Copper Standard" - IACS
(Padrão Internacional de Cobre Recozido), possuindo as seguintes características a 20°C: comprimento -
1 metro, secção - i m m , densidade 8,89 g/cm , resistência õhmica - 0,017241 ohm.
2 3
65
66 ELEMENTOS DE ANÁLISE DE SISTEMAS DE POTÊNCIA ÍCap.4 Cap.4] Resistência e efeito pelicular 67
não é bem conhecido, usa-se 9 7 , 3 % , c o m u m a resistividade de 0,01772 o h m j n m / m a 2 0 C . 2 D é bastante pronunciado e m condutores de maior secção, c o m o pode ser verificado pela observação
O alumínio duro comerciai possui u m a condutibüidade de 6 1 % e uma resistividade de das tabelas A . l e A . 2 . Elas dão valores das resistências para corrente contínua e para corrente
0,2626 a h n u n m / m a 2 Q C .
a Q
alternada, nas freqüências de 2 5 , 5 0 e 6 0 H z , para cada c o n d u t o r . Mais adiante, neste mesmo
A resistência em C . C . dos cabos encordoados é maior d a que o valor que seria obtido a capítulo, deduziremos a expressão que dá o módulo e a fase da densidade de corrente e m função
partir da equação (4.2), isto porque os "Fios componentes, trançados helicoidalmente, possuem da distância ao centro do condutor e verificaremos c o m o o efeito pelicular altera a resistência
u m comprimento maior que o d o . cabo. Para cada quilômetro de cabo a corrente t e m que e a reatância calculadas, considerando densidade de corrente u n i f o r m e .
percorrer, em todos os fios exceto no central, mais de u m quilômetro. Estima-se e m l % o Podemos ver, a partir de ura exemplo numérico,
aumento da resistência, devido ao encordoamento, para cabos c o m três fios e e m 2% para cabos porque a distribuição uniforme de corrente causa u m
c o m fios concêntricos. aumento na resistência efetiva. Considere os três fios 5 A ion L
A variação da resistência de u m c o n d u t o r metá- em paralelo mostrados na fig. 4.2 a, cada u m c o n d u - - =^wv\—nnnnr^—i
75 A _SA i o n i
lico c o m a temperatura é praticamente linear na z i n d o uma corrente alternada de 5 A . Se a resistência
- Wvv—nrauir*-
região normal de operação. Se a temperatura f o r de cada fio for de 10 ohms, a potência perdida nos
.g.A ífln L
da reta c o m o eixo das ordenadas, isto ê, a tempera- o u simplesmente colocando u m a indutáncia e m série), i wv\—Traíra* —i 1
tura correspondente a R = 0, é uma constante do uma tensão mais elevada deverá ser aplicada ao 15 A 4 A 10n L'
=^Wv\—TrtnjíT 4
material. D a fig. 4.1 obtemos circuito paralelo para se obter u m a corrente total
1
5,5 A l O n L
de 15 A . Esse aumento de tensão faz c o m que passe WV\—-TfoTJo^—
==J 1
parede de u m elemento tubular de raio x c espessura dx será 2nxJ dx, x e a corrente nD interior
do t u b o (isto è, n o c i l i n d r o de raio x), será
4- = / * lttxJ dx
x . (4.8)
x
2vxH fJM x = I ' 2iDU eÍ dx
x
íút
(4.9)
2ir = 2mJ~et ut
(4.10)
Fi£. 4.3 Secções transversal e longitudinal dc um condutor dlíndrico. dx
Vk + ±H ~J X X (4.12)
onde í x 6 o fasor correnle que circula pelo elemento -tubular de ralo x. Veremos ser necessário
lidar c o m valores instantâneos e, portanto, será conveniente exprimir a equação (4.4) na forma N a equação (4.12) H x e J x figuram como variáveis dependentes de x. Se acharmos u m a
instantânea. O valor instantâneo da intensidade do campo magnético será outra relação entre essas variáveis, H x poderá ser eliminada ob tendo-se u m a equação diferencial
tendo / x c o m o a única variável dependente de x. T a l relação pode ser encontrada pela aplicação
da lei das tensões de K k c h h o f f às quedas de tensão ao longo do c i r c u i t o a'b'ba mostrada na
fig. 4.3 b. Essas quedas de tensão são as quedas ôhmicas nos percursos ab e a'b' e as provocadas
pela variação do fiuxo concatenado c o m o c i r c u i t o a'b'ba. F a z e n d o / Tpm a . - ; = ^J~2 I x
e
omitindo
Re (VTfíxê?™) = Re ^ J * ^ ' (4.6) o símbolo R e , a queda ôlimica instantânea entre a e b será J ,max P^ x
£Íut 1 o n d e
•/y ma.\t
e/WÍ é
l
O produto da densidade de corrente J, resistividade p c comprimento A / c a queda õhmica porqüe numa
'Como é explicado nos livros dc circuitos, a correnle instantânea pode ser expressa por
secção transversal dc área A
I = JA
o n d e
/. \I\L*= \i\ei<*
P ")^0
£Í° » cos 0 + ;' sen 0
e, portanto, a queda õhmica na área A, para u comprimento A/ ê IR\ = V . i — ^ - = JpN
" lie = V ? |/| CDS (wr + a)
*N 70 ELEMENTOS DE ANÁLISE DE SISTEMAS DE POTÊNCIA [dp. 4 Cap. 4] Resistência e efeito pelicular 71
SL
|^ A queda de tensão no sentido horário ao longo do circuito a'b'ba devida à variação do ou, m u l t i p l i c a n d o p o r yuju/p e notando que J x ( u m número complexo e função de x) não é
) fluxo é -ôtp/òr. O sinal negativo é necessário porque o aumento de fluxo devido à corrente no função de t
sentido indicado induz u m aumento de tensão no sentido horário, de sinal oposto à queda de
tensão. Igualando a zero a soma das quedas, segunda a lei de KirchJioff, obtemos >
~rr +
—t~ J
x = o (4.2i)
k Pàl £ M ^ a s e / " ' ) dx-&=Q (4.15) dx x dx p *• ^
A mudança de derivada parcial para derivada total é possível na equação (4.21) porque x é a
O fluxo ç> concatenado c o m o circuito a'b'ba está situado no elemento tubular de
única derivada independente. A equação (4.21) é u m a equação diferencial de segunda o r d e m
_^ espessura dx e é concèntrico ao tubo. É função tanto do tempo f como da distância x ao
relacionando o valor eficaz da densidade de corrente à distância ao centro do c o n d u t o r .
.centro do condutor. Igualando o fluxo instantâneo ao produto da densidade de fluxo instantânea
Na equação (4.21) J , x fasor representativo da densidade de corrente e m função da
pela área,- teremos
distância radial ao centro do c o n d u t o r , é u m a função c o m p l e x a . Portanto, a distância radial x
deve ser considerada como componente real de u m a variável c o m p l e x a . Dessa f o r m a , nessa
9 = B ei™ Ô.Idx = iiH , e^ 1
àldx (4.16)
Xtnm x msx
equação a variável dependente é u m a função c o m p l e x a da parte real de u m a variável complexa.
A equação (4.21) é similar à seguinte equação de variáveis reais
Portanto, a substituição da equação (4.16) n a (4.15) nos c o n d u z a
pàl — (J , ^ )
x m
iL3t
dx - — (pJÍ Ximox sí^ A í ) dx = 0 (4.17) £ * 7 & * ^ =°
Considerando permeabilidade constante, expandindo a derivada parcial em relação a í e observando que é uma_forma especial da conhecida equação de Bessel. 1
Hx = ^ - ^ (4-19)
I = 5 l + 2o, + 3a x 3 + 4Ü„.Y 3
+ 5a x5
2
+ &r x a
4
+ - - • (4.25)
x dx x '
Z
v
? ' - J £ - £ k - J e - ¥ i j (4.20)
A f i m dc satisfazer á equação (4.22), a soma dos coeficientes de cada potência de x, quando as
s x
. ujp dx upx dx
2
equações de (4.24) a (4.26) são somadas, deve ser igual a zero. Portanto
1
Verifica-se que, •iiilisliluindo por cos cot + j sen ÜJI
As soluções da equação (4.22) são chamadas dc função de Bessel de ordem zero. A equação de Bessel com
= R u
[ã7 soluções de H-éstma ordem è .
seguindo-se que
dx- x dx \ x- J
^-Re U € )
m
iut
= Re (iíor £^')
m
As soluções serão dc ordem zero quando n for zero. Existem duas soluções independentes chamadas funções
"\e, omitindo Re de Bessel dc primeira c segunda classe. Em nosso caso, só é admissível a solução de primeira classe, uma vez
que a dc segunda representa uma condição impossível, densidade de corrente infinita no centro do condutor.
Uma discussão detalhada das funções de Bessel pode ser encontrada no livro "Resscl Functions for Engincers"
que t o resuliiuln esperadn para a dtrivada dc toda a expressão incluindo as componentes real c imaginária por N . W . M c Lachlan, 2? ed., Oxford University Press, N. York 1955. Tabelas dessas funções podem ser
\ i e . / e . Devemos lembrar. <\\
m
/ t J f
{ entanto, que • vaiar instantâneo de di/Òt é a projeção horizontal (parte encontradas no livro "Tablcs of Highcr Functions" por Jahnke-Emde-Losch, cd.'McGraw-Hill Hook Campanv,
real) J« i^l^/w. Inc., 1960.
72 ELEMENTOS DE ANÁLISE DE SISTEMAS DE POTÊNCIA Cap-4] Resistência e efeito pelicular 73
a, = 0
{mx) 1
_ jmxf (mx) ta
2a 2 + 2a 2 + i-fl 0 = 0 + ja (4.31)
2 2 X 4 X 6 2 X 4 X G X 8 X IO
0
2 2 2 2 2 2 2 2 2
+ ka 2
x = 0
12fl 4 + 4(74 + k-a 2 - 0
J x .= c (b'cr nix +• / bei mx)
0 (4.32)
20a s +'5a s
+ A o 2
3 = 0
3Cb + 6a + fc a 2
4 =' 0
onde
6 6
Todos os coeficientes ímpares são iguais a zero, uma vez que dependem de a ; os pares dependem x
2 ^ + 2 ' X 4 ^ X • (4.33)
de Sn, valendo
a - _ a
b & m x = ^ . 2 2 x 4 i x 6 , + 2 : x , x % 2 x g , x 1 ( J i - - - - (4.34)
a
* ~ 2 X-4 2 2
Os termos " b e r " e " b e i " são abreviações de "Bessel r e a l " e "Bessel imaginária", respectivamente. 1
A substituição desses coeficientes na equação (4.23) fornece como solução a seguinte série do c o n d u t o r for conhecida, u m a vez que
conhecida c o m o função de Bessel de primeira classe, de ordem zero e representada pelo símbolo
J {kx),
ü onde J0 é u m símbolo matemático que não deve ser confundido c o m nosso símbolo ber mr + j bei mr
para densidade de corrente.
Essa equação dá a densidade de corrente ém qualquer p o n t o d o c o n d u t o r e m função da
Resolvendo a equação (4.21) de maneira análoga, supondo que o complexo J seja igual
x
densidade de corrente na superfície.
a u m a série infinita de potências de x [equação (4.23)], os coeficientes a deverão ser complexos
ou deverão ser alguns reais e alguns imaginários, para que a série seja igual a Substituindo
Quando a série da equação (4.29) é dividida numa série de termos reais e numa de imaginários, o mesmo fiuxo concatenado devida ao f l u x o externo que os ali situadas; aqueles abaixo da
cada u m a delas será umu forma modificada da função dc Bessel. Separando os termos reais e superfície tém u m fiuxo concatenado a d i c i o n a l , devido ao fluxo i n t e r n o . E s t a n d o todos os
imaginários e substituindo filamentos em paralelo, a queda de tensão c m qualquer u m deles será igual à de u m - f i l a m e n t o
situado n a superfície. O fato de ser decrescente a densidade de corrente, acarretando a queda
(4.30) de tensão decrescente nos filamentos internos, é compensada pela queda devida ao f l u x o
obtemos
'E\Í:!I'ITI tabela* mie dã» m valores de " b e r " e " b e i " para diferentes argumentos. Os livros citados no rodapé
jnt>- iitr contêm c-vo- tatwUv lambem pode ser ctmsuliadu o livro "Mailieniatic.il Tiihlüs" por 11. R. DwielU,
2\i -dii,'ài>, Dover Piihlications Inc., 1958.
L
74 ELEMENTOS D E ANÁLISE D E SISTEMAS D E POTÊNCIA [Cap.4 Cap.4] Resistência c efeito pelicular 75
concatenado interno, que é crescente. A queda de tensão V\, por unidade de c o m p r i m e n t o , 4.5 Relação entre as Resistências c o m e sem Eíeito Pelicular. A impedância interna de
n u m filamento qualquer não sendo considerada a influência do f l u x o concatenado externo é u m c o n d u t o r é constituída pela .resistência e pela reatância i n d u t i v a . A parte real d a impedância
complexa é a resistência efetiva. Podemos determinar a resistência efetiva de u m c o n d u t o r
Vj = pJ r volts/metro (4.37) racionalizando a expressão da impedância interna, dada pela equação (4.45), e separando as
partes real e imaginária. Nessas condições, a resistência efetiva será
e a impedância interna p o r unidade de comprimento vale
„ pm ber mr b e i ' mr - bei mr ber' mr , .
Zf = Yl- = ohms/metro (4.38) R =
2Ír" ( b e i ' mrf + (ber' m r ) 3
ohms/metro (4.46)
tf r = - - Â - -: J r
4~ (ber-ííp: + / b e i mx) (4.41) Nessa equação a relação aparece e m função de mr,
m~ ber mr + j b e t m r ]_dx O fator mr è o p r o d u t o d o raio e m metros pelo valor de m calculado pela equação (4.30),
Para simplificar a notação, façamos sendo p dado e m ohm-metro. Às vezes, p o d e ser mais conveniente calcular mr a partir da
resistência para corrente contínua e d a permeabilidade relativa u . D a equação (4.30) r
Então, das equações (4.^9) e (4.41), c o m a notação especificada nas equações (4.42) e (4.43),
Convertendo as unidades de R 0 n a equação (4.47) para ohms p o r m i l h a , obtemos
a corrente será
; = 2rrrJ
r b
^ -/ber'mr
m r
• R0 = A X 1.609 ohms/milha (4.51)
m ber mr + / bei mr
Substituindo na equação (4.50) p/?rr por R (\.6Q9 2
0 virá
Os termos b c r ' m r e bei* « i r são calculadas pelas equações (4.42) e (4.43), dividindo p o r m
as derivadas e m relação a _r de ber mx e de bei mx e fazendo x = r. T i r a n d o J T da equação m r = 0,0636 U%f- (4.52)
(4.44) c substituindo n a equação ( 4 3 8 ) , obtemos para a impedância interna
O "líureau o f Standards" dos E . U . A . publicou uma labela dc valores da relação entre a 0,873 ohm/milha e para o de 7 fios vide 0,8SI o h m / m i l h a . Note-se que as resistências n o caso
resistência efetiva e a resistência para C . C , calculada pela equação (4.48).' Essas relações estão dos condutores de 3 e 7 fios são, respectivamente, 1% e 2 % superiores à do c o n d u t o r maciço.
representadas na fig. 4.4 e contem valores para mr = 100, cobrindo a gama usual de mr para Isso está de acordo c o m o que foi estabelecido na Sec. 4 . 1 .
os condutores de sistemas de potência. Para freqüências até 6 0 H z , o encordoamento tem Os valores 0,864 e 0,945 ohm/milha, respectivamente, para 2 5 C e 50°C, dados na Q
efeito desprezível na relação entre as resistências efetiva e em C . C . de um cabo encordoado tabela A . l para o c o n d u t o r de cobre de 66.370 C M , p o d e m ser verificados pelas equações (4.2)
formado por condutores concêntricos; a resistência efetiva pode ser determinada multiplicanda-se e (4.3). A resistência em C . C . de uni c o n d u t o r maciço a 2 0 C é a
10,66 X 5.280
= 0.S4S ohm/milha
1,0B 66.370
11
1 e, corrigindo para 25°C
/ 241 + 2 5
LD7
i R 0 = 0,848 = 0,864 ohm/milha
241 + 2 0
e para 5 0 C D
J,0B /
/
/ R = 0,848 ^ * * ° = 0,945 olim/milha
-
/ 0
1
—
O exame das tabelas mostra que o efeito pelicular e m freqüências até 6 0 H z é desprezível
( Fig. 4.4 Relação entre as resistências C A . e C.C.
para um condutor cilíndrico com campo magnético para os condutores de menor secção. Para o de 6 6 . 3 7 0 C M a resistência e m 6 0 H z é igual à
1,04 f resistência e m C . C . . O efeito torna-se apreciável, no entanto, e m freqüências normais, para os
i •iniforme em sua periferia. A relação está represen-
1 tada cm função de mr, sendo mr = 0,0636 -j p f/R ' condutores de secção maior. P o r exemplo, a resistência e m C . C . de u m cabo de cobre duro de
i
r 0
c iío a resistência em C . C dada cm ohms por 5 0 0 . 0 0 0 C M , c o m 19 o u 37 fios é 0,1280 o h m / m i l h a a 50°C, porém, a resistência efetiva e m
/ milha.
60 H z é 0,1303 ohm/milha. Para esse c o n d u t o r , o encordoamento praticamente não afeta a
// relação entre a resistência efetiva e a resistência e m C . C , calculada a partir da fig. 4 . 4 . D a
r/ 60
mr = 0,0636 = 1,38
> 0,128
1-01
essa relação para tubos ocos c condutores maciços, veja "The Resistance and lleactance of Aluminum forme. P o r t a n t o
Cõnductors, Steel Reinforccd". por W. A. Lewis e 1'. D.Tultle, Trans. AIEE, vol. 77, parte III, pgs. 1189-1215,
1958. Lm — JL •iiiys/rnctro (4.541
Sn-
78 ELEMENTOS DE ANÁLISE DE SISTEMAS DE POTÊNCIA Cap.4] Resistência c efeito pelicular 79
e, da equação (4.53), a relação entre a indutáncia interna de u m c o n d u t o r maciço e m qualquer apreciável. Essa ionização é caracterizada p o r u m a débil incandesccncia ao redor do c o n d u t o r ,
freqüência e a do mesmo c o n d u t o r na freqüência zero, será conhecida c o m o efeito coroiia. A tensão crítica depende das dimensões do c o n d u t o r , do espaça-
4 b e i mr bei" mr + ber mr ber* mr mento e das condições atmosféricas; o efeito c o r o n a tem mais probabilidade de ocorrer quando
J t
(4.55) o diâmetro do c o n d u t o r é pequeno comparado c o m o espaçamento entre condutores. A l t a
L-ia mr (bef mr) + 2
(ber 1
mr) 2
tensão, pequeno diâmetro de condutores e pequeno espaçamento entre eles são fatores que
Essa relação tende à unidade quando a freqüência tende a zero, justificando o uso d o fluxo c o n t r i b u e m para que o gradiente de tensão provoque aquele fenômeno; também c o n t r i b u e m
concatenado parcial n a dedução dà equação (2.18). C o m o aumento d a freqüência a relação para isso-uma superfície rugosa o u suja e a u m i d a d e .
vai se t o m a n d o menor e, graças ao efeito pelicular, a corrente concentra-se na superfície do
Q u a n d o se projeta u m a l i n h a , o efeito c o r o n a deve ser considerado e, se necessária, o
condutor, reduzindo a fluxo concatenado interno. Os valores tabelados d a relação dc indutâncias
projeto deve ser modificado para reduzir as perdas a u m mínimo; usualmente, para u m a l i n h a
no efeito pelicular pode ser encontrada n o trabalho de R o s a e Grover citado no rodapé d a
trifásica operando e m .condições • normais, essas perdas não deverão ultrapassar 2 k W / m i l h a
p g . 4 - 1 6 . Esses valores estão representados n a fig. 4 . 5 ; cora a reláção dessa figura podemos
(ou l , 2 4 k W / k m ) . Também deve ser considerada a rádiointerferência devida ao efeito c o r o n a ,
corrigir a índutánciã interna calculada para a densidade de corrente uniforme.
p o r vezes de maior importância que as perdas n a l i n h a . O efeito corona t e m sido estudado
há muitos anos, tanto .teórica como experimentalmente, dispondo-se de abundante b i b l i o -
3,00
grafia. 1
A s linhas de extra-alta-tensão ( E H V ) que transmitem energia e m tensões de até 7 5 0 k V
s são usadas para investigar tanto as perdas p o r efeito corona c o m o a rádiointerferência. 2
Outra perda que ocorre nas linhas de. transmissão é causada pela dispersão de corrente
'Por exemplo, veja "The Calculation of Radio and Corona Cliaracteristics of Transmission Linc Conductors",
4.8 Outras Perdas. A alta intensidade de campo elétrico existente ao redor das linhas pot C J . M i l l c r J i - , Trans. AIEE, vol. 76, parte III pg. 461-475, 1957.
de alta tensão é responsável p o r perdas adicionais de energia nas linhas de transmissão. O alto a
Veja "Praject E H V - Preliminary Carona. Invcstigations: The Effect of Hurmonics on Corona Losses", por jjí
gradiente de potencial na superfície do c o n d u t o r por vezes acelera elétrons no ar, o suficiente A. H. Folcy e F.Olscn, Trans. AIEE, vol. 79, parte III, pgs. 310-316, [960. !f
para provocar a ionízaçãa das moléculas de ar, por colisão, Se esse gradiente exceder u m certo 3
Veja "Radio Intcrfcrencc from High-voltage Transmission Lines as Inflnenced by lhe Lini -*'ji" gn", por
, í
PROBLEMAS
Capítulo
4.1 Calcular ber 1,8 c bei 1,8.
4.2 Calcular ber' 1,8 e bei' 1,8.
4.3
4.4
Calcular R/fl e £,-/!,- para nlr = 1,8.
0 0
Determinar a resistência em C . C , por quilômetro de um condutor maciço que tem mr = 1,8 para
RELAÇÕES ENTRE TENSÃO E CORRENTE
60 Hz.
£ de se esperar que o cabo de cobre ou um dos ACSR tenha a mesma perda por efeito corona, para o
mesmo espaçamento entre os condutores? Explique.
4.7 Calcular a resistência em C . C . por milha a 25 C e a 50°C dc um condutor maciço de cobre duro
C
400.000 CM. Explicar a diferença entre o resultado e o valor dado na tabela A J para um cabo de'19 fios. f u n d a m e n t a i V n a planejamento da operação do sistema s o b condições reais o u ideais e também
Concorda o valor tabelado da resistência dc um cabo ds 19 fios com o valor calculado, aumentando a na determinação da tensão em determinados pontos do mesmo.
resistência em C.C. em 2fc e multiplicando pela relação de resistências empregada ao determinar a resistência A g o r a , iremos desenvolver expressões c o m as quais'poderemos calcular a tensão, a corrente
em 60 Hz do condutor maciço?
e o fator de potência em qualquer p o n t o de u m a linha de transmissão, desde que esses valores
sejam conhecidos e m u m p o n t o da linha. As cargas são geralmente especificadas p o r sua tensão,
potência e fator de potência; a partir desses dados a corrente poderá ser calculada para ser
usada nas equações.
Os efeitos de cargas futuras são determinados p a r computadores digitais o u p o r analisadores
dc rede e as cargas atuais sãD estudadas a partir dos dados obtidos durante a operação. N o
entanto, as expressões que iremos deduzir são importantes porque i n d i c a m o efeito dos diversos
parâmetros da linha sobre as quedas de tensão ao longo da mesma para várias cargas. Essas
também serão úteis no cálculo do rendimento da transmissão de energia, b e m c o m o n o cálculo
da potência limite que flui p o r uma l i n l i a , tanto em regime permanente c o m o em condições
transitórias.
81
62 ELEMENTOS D E ANÁLISE DE SISTEMAS D E POTÊNCIA Relações entre tensão c corrente numa linha dc transmissão 83
[Cap.5 Op.5]
Gerador
5.3 L i n h a de Transmissão Curta. O c i r c u i t o equivalente de u m a l i n h a de transmissão
curta é mostrado na fig. 5.3, onde I s e IR são. as correntes, respectivamente, n o gerador e na
carga e V s e V R são as tensões^entre l i n h a e.neutro, também n o gerador e na carga, respectiva-
Fig. 5.2 Circuito equivalente manofasico do circuito da fig. 5.1.
mente. Quando a ' c o r r e n t e instantânea, flui n o sentido da f l e c h a . i n d i c a d a n o c i r c u i t o ela é\.
considerada positiva; meio ciclo, depois, quando se inverte o sentido da corrente, ela é negativa =
A s indicações de polaridade mostram o sentido considerado positivo para as tensões nos extremos
D E acordo c o m a teoria dos circuitos pplifásicos, n u m sistema equilibrado não_ circula
da l i n h a . Q_valor_.instantâneo da tensão entre l i n h a e neutro é considerado positivo quando o
^ J ^ í ? - pelo. condutor que une..o neutroTdõ'gerador-ao neutrõ"n da carga, uma vez que-a
terminal (+) estiver n u m potencial maior do que o terminal (-), caso contrário será negativo.
soma das correntes.que-convergcnupara ti-é zero. Portanto, os pontos o e n estão n o mesmo
potencial, não passando corrente pelo condutor neutro é ele pode ser eliminado sem que ocorra
qualquer mudança no c i r c u i t o , sempre considerando o caso equilibrado. Para resolver o c i r c u i t o ,
«"to.-o c o n d u t o r neutro e considera-se que . p o r ele circule a soma das-três
- « f r e n t e . de__fase, que sabemos ser zero e m condições de equilíbrio; aplica-se a lei de K i r c h h o f f
das tensões na malha que-contém u m a .fase e o neutro. Essa malha é mostrada na fig 5.27 Gerador
onde V e s Y R são^tensões. entre^linha e neutro. Os cálculos feitos para essa malha são estendidos
ao circuito trifásico todo, lembrando que as correntes nas outras duas fases têm mesmo módulo
e apresentam defasagens de 120° e 240°. Não importa se a carga, dada por sua tensão, potência
e fator dc potência, esteja ligada e m A o u e m Y, u m a vez que a ligação A pode sempre ser
Fig. 5.3 Circuito equivalente dc uma linha de transmissão curta.
substituída, para efeito de cálculo, pela Y equivalente.
Uma linha dc transmissão possui quatro parâmetros: resistência e indutáncia, que constituem
^JHR^^ ^ 1 3 e m s é r i e
da linha, capacitáncia e condutáncia, que determinam a admiíáncia e m O circuito é resolvido c o m o u m simples c i r c u i t o C A . série. Não havendo ramos e m
paralelo entre l i n h a s . o u e n t r e . l i n h a e neutro. Resistência, indutáncia e capacitáncia f o r a m vistas paralelo, a corrente será a mesma n o gerador e na carga e
detalhadamente nos capítulos precedentes. F o r a m calculadas a indutáncia de uma das fases de
uma linha trifásica equilibrada e a capacitáncia entre linha e neutro, pelo que ambas p o d e m
ser aplicadas ao cálculo tanto de u m a linha trifásica c o m o monofásiça x u j o neutro apresente
A tensão do gerador será
impedância nula, como mostra a fig. 5.2. A •OTüdutãncia.ein-paralclo, c o m o foi dito n o C a p . 4 ,
V°à°J^}I^J*™l^A$We&fa p a r a o .cálculo,de. tensões e correntes nas linhas de transmissão.'
A classificação das linhas de transmissão segundo sua extensão está baseada nas a p r o x i m a -
ções admitidas n o uso dos parâmetros da linha. A resistência,.a.indutáncia e a capacitáncia onde Z é z/^jmpedância total em,série da linha.
estão uniformemente distribuídas ao longo da linha e isso deve ser observado no cálculo rigoroso Ò efeito da .variação do fator de potência da carga na regulação de tensão de uma l i n h a
das linhas longas. Para linhas l e extensão média, n o entanto, podemos considerar metade da é mais facilmente jompreendido para o caso da linha curta, razão pela qual iremos considerá-la
Relações entre tensão c corrente numa linha dc transmissão S5
ELEMENTOS DE ANALISE DE SISTEMAS D E POTÊNCIA Cap. 5]
z/z JR
^agora. E l a pode ser definida c o m o a variação da tensão nos terminais da carga em condições -<Tíu7P—WAi
(de plena carga e de vazio, tomada como percentagem da tensão a plena carga, mantendo-se
constante a tensão nos terminais do gerador, isto é
; Os diagramas fasoriais da fig. 5.4 correspondem aos mesmos valores de tensão e corrente na nos t e r m i n a d o gerador e d a . c a r g a . Para esse c i r c u i t o , a equação de V s pode ser deduztda
! carga e mostram que é necessário u m a tensão maior n o gerador para manter u m a dada tensão
observando-se que a corrente na capacitãneia colocada n o l a d o da carga & V Y\1 R e n o ramo
; na carga quando a corrente está atrasada, do que quando' tensão e corrente na carga estão e m
série è I R + V Y}2.
R Daí
1 fase. Quando tivermos ria carga a corrente adiantada e m relação á tensão, a tensão no gerador
t será.ainda menor do que rio caso de.esíareir aquelas grandezas e m fase. E m todos os casos
(5-4)
i mostrados a queda de tensão será a mesma, porém, graças aos diferentes fatores de potência
ela será somada à tensão do gerador c o m u m ângulo diferente c m cada caso. A regulação será
maior ZY (5.5)
+1 VR +
R
ZI
1
-AA/W
f » Falcr de Potência na cai ib) F.P. da carga = 100% (c) F.P. na carga = 70% adian-
Í ga = 70% atrasado. tada.
ríg. 5.4 Diagramas fasoriais para uma linlia curta. Em todos eles os módulos de V R eI R têm o mesmo valor. Fig. 5.6 Circuito nominal f l para uma linha de transmissão de comprimento médio.
Para determinar I s devemos observar que a corrente na capacitáncia colocada n o lado do gerador
é V Y(1, a qual'somada à corrente no ramo série fornece
para fatores de potência em atraso e mínima ou mesmo negativa para fatores de potência c m
S
adiantamento. A reatância indutiva de uma linha de transmissão é maior do que a resistência (5.6)
Ic = Vr ^ + V,
é o princípio da regulação ilustrado na fig. 5.4 é verdadeiro para qualquer carga alimentada
por circuito predominantemente indutivo. A relação entre o fator de potência e a regulação
para linhas longas é análoga à estabelecida para as linhas curtas, porém de visualização mais Substituindo V , dado pela equação
s (5.5) em (5.6), virá
difícil. ZY- ZY
1+ +1 (5.7)
em caso de dúvida sobre o c o m p r i m e n l o da linha deve-se empregar o circuito que será estudado /Analogamente, a corrente que sai do elemento e m direção à carga é /. O módulo e a fase de
na Sec. 5.8, q u e representa a linha c o m exatidão. Os circuitos nominais T e D não são equivalentes \j também variam c o m a distância ao longo da linha, p o r causa da admitãncia e m paralelo
entre s i , como pode ser verificado pela aplicação e m ambos dàs~equações de transformação /distribuída. A corrente que entra n o elemento, procedente do gerador é I + dl, sendo portanto
Y - A . Eles se aproximam mais entre si e ao circuito equivalente da linha, quando esta é •dl a diferença entre esta e a que sai do elemento. Esta diferença será igual à corrente Vydx
dividida e m duas o u mais secções, cada qual representada p o r seu circuito n o m i n a l T ou i l , r que circula pela admitãncia e m paralelo do elemem\o. Daí
porém, nesse caso, o trabalho tórna-se maior, devido aos cálculos numéricos e e m seu lugar ê
empregado o circuito equivalente. 1 df= Vydx
.5.5 Linhas de Transmissão Longas—Solução das Equações Diferenciais. Para conseguir-se ; Ou ~ = Yy (5.9)
uma solução exata para qualquer linha de transmissão b e m como para se obter u m alto grau
de precisão no cálculo de linhas c o m mais de 160 k m , c o m freqüência de 6 0 H z , deve-se Derivando e m relação a x as equações (5.S) e (5.9), obtemos
considerar o fato de que os parâmetros de u m a linha não estão concentrados e sim uniformemente
distribuídos ao longo da mesma.
Se subsütuirrnos os valores de dJ/dx e dV/dx obtidos nas equações (5.9) e (5.8) nas equações
(5.10) e (5.11), respectivamente, obtemos
dV •2
ÕT=yzV (5.12)
e 0 =yzl (5.13)
Fig. 5.7 Diagrama esquemática de uma linha de transmissão, mostrando-uma fase e Temos agora a equação (5.12) onde as únicas variáveis são V e x, e a equação (5.13) onde as
neutro. Está indicada a nomenclatura para a linha e para o elemento considerado. 1
únicas variáveis são / e JC. A s soluções dessas equações para V e I, respectivamente, serão
expressões cujas derivadas segundas e m relação a x são iguais às expressões originais multiplicadas
pela constante yz. Por exemplo, a solução de V quando derivada duas vezes e m relação a x
A fig. 5.7. mostra u m a fase e o neutro de u m a linha trifásica. Não estamos mostrando òs terá que ser igual a yzV. Isso sugere uma solução de tipo exponencial. Suponhamos que a solução
parâmetros concentrados porque nosso objetivo é calcular a hnlm_çom_.a„impedáricia e a de (5.12) seja
admitãncia uniformemente ^distribuídas. O mesmo diagrama também pode representar u m a
V = A t e ^ x
+ A e~Jyzx
2 (5.14)
linha monofásiça. Nesse CESO, a impedância será a impedância .em série da m a l h a ao invés
da_impedãncja em série p o r fase e a admitãncia será a admitãncia e m paralelo entre linhas, A c h a n d o a derivada segunda de V e m relação a x, obtemos
e m lugar da admitãncia e m paralelo entre fase e neutro, da linha trifásica.
Vamos considerar u m pequeno elemento da linha e calcular as diferenças de tensões e - ^ ^ z í y i r e ^ * + 4 r-*0«*)
a (5.15)
de correntes entre seus extremos. Seja dx o comprimento desse elemento e m distância entre
ele e os terminais da carga; a sua impedância e m série será zdx, sendo ydx sua admitãncia e m que é yz vezes a suposta solução de V. Portanto a equação (5.14) é a solução de (5.12).
paralelo. Seja V a tensão entre linha e neutro na extremidade do elemento mais próxima à Substituindo n a equação (5.8) o valor de V dado na equação ( 5 . 1 4 ) obtemos
carga; V será uma expressão complexa d o valor eficaz da tensão, cujos módulo è fase variam
ao longo da Unha. N a extremidade d o elemento mais próxima do gerador a tensão será V + d V. (5.16)
A elevação de tensão ao longo d o elemento, n o sentido do aumento de x, será dV, isto é, a
diferença entre a tensão n o terminal mais próximo do gerador e a tensão n o terminal mais A s constantes A x e Ai p o d e m ser determinadas levando-se e m c o n l a as condições n a extremidade
próximo da carga. Esse valor também será igual ao produto da corrente que circula n o elemento, da linha referente à carga, isto é, x - 0, V - V R e / = I.
R Substituindo esses valores nas
n o sentido oposto ao do aumento de x, pela sua impedância, isto é ízdx. Portanto equações (5.14) e (5.16), obtemos
dV = Iz dx VR = Aj +A 2
dV
ou _ = / z ( 5 . 8 )
88 ELEMENTOS DE ANÁLISE DE SISTEMAS D E POTÊNCIA [Cao. 5
Cap.5] Relações entre tensão e corrente numa tinha de transmissão 89
2
considerada como p o s s u i n d o , p ^ u ^ c o m p o j e n t . g i n c i d e n t e e ' o u t r a refletida.
(
e -15 . a
" "~~ ~ ~ " " :
"
onde Z c = Vz'/y ê chamada de impedância característica da linha e 7 . = V p ? é chamada de M u i t e s yezesjt,.impe.d^^ de impedância,de surto. Esse termo,
constante de propagação. no entanto, deve ser reservado para o caso especial, dj^jinhã sem perdas. Se. u m a J i n h a não tiver
A s equações^5.17} e_(5.18) /ornecem os valores eficazes de V e /, b e m c o m o suasiases perdas, sua..resistência, e sua.condutãncia .serão,,zero e , a impedância característica, redúz-se. .a. ;
em qualquer ponto da linha, e m função das distâncias A' contadas a partir dos terminais d a VL/C, u m a jesistência.,.p.ura. Quando se lida c o m . altas freqüências o u c o m sobretensõés
carga, supondo-se conhecidos V , I R R c os parâmetros da l i n l i a . - provenientes j l e _ raios,- as perdas são e m geral desprezadas e. a impedância de surto toma-se
importante. A carga da impedância de surto ( S I L ) ^ de u m a l i n h a Ô a potência, p o r ela
5.6 Linha de Transmissão Longa — Interpretação das Equações. TajUajv_como Z são c
fornecida a umí~cargá puramente'_resistiva, de valor igual à impedância de s u r t o . Nessas
grandezas complexas. A parte real da constante de propagação.7 é chamada de constante ds
condições, a linha fornece u m a corrente (considerando o valor médio da impedância de surto
atenuação a sendo .medida e m nepers p o r unidade de c o m p r i m e n t o ; a parte imaginária .de:.7
de 4 0 0 ohms) ite fl
e as equações (5.17) e (5.18) tornam-se onde \Vj j é a tensão entre linhas n a carga. Sendo a carga puramente resistiva
V = k
^ R C
Ê a*e7fl*\+ H
- R
e-ax<HB* ) (5.20)
S i L = V 3 \V \ L ^ watts
\/T;400)
iwf-r^i V fZR c + Ir, a '. '- VrtfZç -IR „ • f-.tJfflirtS-
o u , c o m \Vi\\ em k V
As propriedades de e - a v
e e/P* ajudam a explicar a variação d a tensão e da corrente e m \ S I L = 2,5 | F J 2
kW , (5.22)
qualquer instante, em função da distância ao longo da linha. O termo e a A
' muda o valor d o
módulo c o m a variação de x; enquanto que e/tf* que é igual a cospVv + / s e n / k , vale sempre Os engenheiros de sistemas de potência p o r vezes acham conveniente e x p r i m i r a potência
l..e__produz uma defasagem de. Ü radianos p o r unidade de c o m p r i m e n t o , . d a J i n h a .
:
transmitida pela linha p o r unidade de S I L , isto é, pela relação entre a potência transmitida e
O primeiro termo d a equação (5.20), [(V R + / Z } / 2 ] e e / í - y cresce'em módulo e adian-
B c
aj: a carga da impedância de s u r t o . P o r exemplo, a carga permissível de u m a ' linha pode ser
ta-se e m fase c o m o aumento da distância aos terminais da..carga; por outro lado, quando.se expressa como fração de seu SIL.- 2
avança, pela.linha a partir dos t e r m i n a n d o , gerador e m ^dircção ^ O comprimento de onda \ é a distância ao longo da l i n h a entre dois pontos de u m a
e atrasa-se. etrufase.,Essa tí^a característica de u m a onda progressiva, cujo comportamento é o n d a cujas fases diferem de 360° o u 2TT radianos. Se A for a defasagem em radianos-por
análogo ao de uma onda nã água: seu módulo varia em cada ponto c o m o tempo, sendo que, quilômetro, o comprimento de onda e m quilômetros, será
à medida que se afasta da-origem, sua fase se atrasa e seu valor máximo d i m i n u i . A...variação
em valor instantâneo não está indicada na expressão, mas.compreende-se, uma vez que V R e A= y (5.23)
! R são fasores. A esse termo chamamos de. tensão incidente. .—
^ N . do T. SIL significa "surge impedance' loadmg".
0. segundo termo da equação (5.20), \{V R - I Z )I2\
R C e" e"'^a r ) e
1 d i m i n u i e m módulo e
atrasa-se em fase a partir dos terminais da carga e em direção ao gerador. É chamado de tensão "Veja "Eléctrical Transmissiu"' ard Dístribution Referende Bocik" de autoria tios "Central Station Engmeers
of the Westimjhouse Electric Corp.". 4 í ediçãu, pg^. 479-4112, East Pittsbun:!;, Pa., 1950.
90 ELEMENTOS DE ANÁLISE D E SISTEMAS D E POTÊNCIA ÍCap..5 Cap.5] Relações entre tensão e corrente numa linha de transmissão
N a freqüência de 6 0 H z o comprimento de' onda é de aproximadamente 4.800 quilômetros. V R +IZ R C 115.200/0° + 361/0° X 4 0 5 / - 5 , 9 c
2
E x e m p l o 5.1
= 130.100/-3,3° X 1,049/26,6° = 136.500/23,3° volts
U m a l i n h a de tnmsmissão de 6 0 H z c o m u m só circuito teni 225 milhas (362 k m ) de
extensão. A carga é de 125.000 k W c o m 1 0 0 % de fator de potência, sendo a tensão ds 2 0 0 k V . ' j V- = s
r
~ 2
I r c
-ale-M
e = 16.700/153,3° [ /-26,6° j
Calcule as tensões incidente e refletida .nos terminais d o gerador e da carga. Ditérmine
a tensão de Unha nos terminais d o gerador a partir das tensões incidente e refletida. Calcule *-J = 15.900/126,7° volts _ >^
também o comprimento de onda e a velocidade de propagação. Os parâmetros da Unha são:
A tensão entre linha e neutro nos terminais d o gerador é
R = 0,172 ohm/milha / , 3
L = 2,18 m H / m i l h a / (
< b
V s = 136.500/23,3°-+ 15.900/126,7°'
C = 0,0136 ííF/milha
= 125.300 + /54.000 - 9.500 + /12.750
G = 0
= 115.800 + /66.750 = 133.800/30° volts
Solução:
y = 0 + y'5,12 x 1 0 - Q
V s = V T X 133,8 * 2 3 2 k V
3f = 0 + /5.12 X I O " 5
= 5,12 X 10- /90j; mho/milha
fi
* y 7 y .n x t o - /
s 2 = 4 0 5 1
-^- o h m s
V R = 2 Q
^ 2 ? ° = 115.200/0° volts para o neutro.
Velocidade = fK = 6 0 X 3.040 = 182.400 milha/s
: m 125.000.000 m 3 6 i ^
5.7 Linha de Transmissão Longa — F o r m a Hiperbólica das Equações. A s tensões
* V T x 200.000 incidente e refletida raramente são usadas n o cálculo d a tensão de u m a l i n h a de transmissão.
A razão dc termos estudado a tensão e a corrente de uma linha e m função de suas componentes
Representando a tensão incidente p a r F * e a refletida p o r V, nos terminais da carga-onde incidente e refletida é que esta análise é m u i t o útil para a compreensão perfeita de alguns
x - 0 teremos: fenômenos que ocorrem nas liri as dc transmissão. A forma mais conveniente das equações
•J2 ELEMENTOS DE ANÁLISE DE SISTEMAS DE POTÊNCIA [Cap. 5 Cap. 5] Relações entre tensão c corrente numa linha dc transmissão
para os cálculos da corrente e da tensão é obtida pela introdução das funções hiperbólicas. Quando não se dispõe de gráficos especiais, as funções hiperbólicas de variáveis complexas
Essas, são definidas na forma exponcncial c o m o se segue podem ser calculadas p o r vários outros métodos. A s equações que se seguem são 03 desenvolvi-
mentos dos senos e cossenos hiperbólicos de-variável c o m p l e x a e m .termos de funções circulares
eS - e-8
e hiperbólicas de variáveis reais.
senh 6 = 7 (5.25)
" Ed + -o e
.? V .
R
c o s h 0 = l + | í t | ] - + | r + - - - (5.35)
l í s =I R cosh yl + senh 7I (530)
e senh 9 = 6 + ~ + ^ -+ + ••• (5.36)
A s equações (5^29) e (5.30) permitem encontrar V R eI R e m função de V e I s s segundo as.
seguin tes__expiessQes A série converge rapidamente para os valores de yl usualmente encontrados para as linhas de
transmissão, sendo que u m a precisão suficiente pode ser o b t i d a calculando apenas os primeiros
\V R = V cosh 7/ - I Z
s S C senh 7/ (5.31) termos.
Um terceiro método é sugerido pelas equações (5.25) e (5.26). S u b s t i t u i n d o 8 p o r
1
/ f i = / cosh yl - ^-
s senh 7/ (5.32) et + ; f l , obtemos.
faraJiiAasjtrifasica' 7
equilibradas 2 corrente é a de linlia e a tensão é a entre l i n h a e neutro —
isto é, a tensão de linha dividida por y/3. Para resolver.as equações é necessário, inicialmente,
determinar os- valores das funções hiperbólicas. Sendo e m gera! 7/. c o m p l e x o , as funções e senh (a + tf) = — ~ — = ~ (e«# - e-«M0 (5.38)
hiperbólicas também serão complexas e não poderão ser determinadas diretamente nas tabelas
usuais. U m a série de gráficos m u i t o úteis para o cálculo das funções hiperbólicas de variáveis
Exemplo 5.2
complexas usualmente encontradas nos cálculos das linhas de transmissão f o i publicada p o r
Woodruff. J
N o C a p . 6 deste livro existem gráficos nos quais cosh 7/ pode ser o b t i d o na forma Determine a tensão, a corrente e a potência relativas aos terminais d o gerador para a l i n h a
retangular. Estes gráficos também fornecem valores que quando multiplicados p o r \Z \ dão a C
descrita no exemplo 5 . 1 .
expressão c o m p l e x a de Z c senh yl e outros valores que, quando divididos p o r \Z \ dãoC
'"Complex JlypcrbDÜc Funcion Cliarts", por L. F. Woodruff, Elec. Eng., vol. 54, pgs. 550-554, Maio 1935. Z c = 4051-5,9° ohms
Os gráficos dc Woodruff abrjngem as funções hiperbólicas complexas que aparecem no cálculo de linhas de
fiO Hz de até 480 quüômctrus de extensão. Para gráficas mais gerais veja "Charl Ailas of Complex Hypcruolic yl = 0 , 0 4 S l + ; 0 , 4 6 5
and Circular Functions" por A. E. Kenneily, Harvard University Press, Cambridge, Mass. 1924. Para tabelas de V = 115.200/CT volts para o neutro
R
funções de variável complexa, veja "Tables of Complex Hypcrbolic and Circular Functions", por A. E. Kenndly,
Ilarvarii University Press, Cambridge, Mass. 1927. I R = 361/0° A
94 ELEMENTOS D E ANÁLISE D E SISTEMAS D E POTÊNCIA [Cap. 5 Cnp.5] Relações entre tensão c corrente numa linha de transmissão 95
= 0,449/84,5°
i „ senh 7/
D a equação (5.29) l Z = Z
(5.41)
V s = 115.200 X 0,895/1,38° + 361 X 4Q5/-5,9° X 0,449/84,5° ' onde Z é igual a. z/,, impedãncia_íqta^em série_da^h'nha. O termo..Çsenh7/J Ç7/.é-o.fator.peIo
i l
I = 3 6 1 X 0,895/1^38°. + ^ / ™ X 0.449/84,5°
+ 1 = cosh yl
s r
^ ~ (5.42)
Corrente de l i n h a = 3 5 0 A í X = ± ^ y* -
o s h 1
(5.44)
E
32 Z senh yl 1 }
T n o m i n a l e f l nominal não representam exatamente uma linha de transmissão porque não levam anh -4r = / . • (5-45)
2 senh yl
em consideração a distribuição u n i f o r m e dos parâmetros da l i n h a . Aumentando-se o c o m p r i m e n t o
da Unha, as discrepãncías entre aqueles dois circuitos e a linha real também aumentam. N o entanto, Essa identidade pode ser verificada substituindo as funções hiperbólicas pelas formas exponenciais
é passiyerençontrar u m c i r c u i t o equivalente para u m a linha longa, que a represente c o m precisão, das equações (5.25) e (5.26) e lembrando que t a n h f l = senh ô/cósh 8. Teremos
n o que se refere aos valores nos extremos d a linha, utilizando unia "rede c o m parâmetros
TOpçentradps. C o p s i t e r e m q ^ d a fig. "5.6 seja o circuito equivalente
^SJlíHJíPÍ ^^ ^ ! ^^ H
1 0 3 e 1 0 s
..eP^m„P seu_ramo série _ d e ^ ' e os ramos paralelos de .I"/2,
P.^ __^/ J?.??^^9- P.
a e d n
" ^ ^ Ü P í - A equação ( 5 . 5 ) dá a tensão nos terminais do.gerador e m
u m circuito ^ série e paralelo e da'tensão e da corrente
nos terminais d a carga. S u b s t i t u j n d p ^ n ^ Y/2 por"Z\éJí''/2, obtemos
onde Y é igual a yl, admitãncia total e m paralelo d a l i n h a . A equação (5.47) mostra o fator
K =
( ^ T + I
) V
R + r i
R \ (5-39)
de"cõrr,éçãõ_ usado para converter a admitãncia d o ramo paralelo d o c i r c u i t o II n o m i n a l n a d o
circuito Fl equivalente.. SendoJanh£7/d( próximos para pequenos vaIores"dè*7/,
o circuito II nominal representa c o m bastante precisão a linha de transmissão de c o m p r i m e n t o
W
0.465 rndjanur = 26,6° médio, pois, como já vimos anteriormente, o fatòr dc correção para o ramo série é desprezível
9 6
ELEMENTOS D E ANÁLISE DE SISTEMAS DE POTÊNCIA [ .
Cap s Cnp.5] Relações entre tensão e corrente numa linha de transmissão 97
para, essas linfeis. AJig. S . S j n u s t r a o circuito,.II equivalente. Pode-se também determinar p o r são • preferíveis aos obtidos pelas equações, quando se deseja, ao efetuar os cálculos, i n c l u i r
P£P_ff^ _?!l - ° - ° - - " ' ^ " - ^ ° -t._equivalente. .
0 e u r c u
* ' ' - •-- algum equipamento terminal n a l i n h a . C o m o veremos mais adiante, nos analisadores de rede
as linhas de transmissão são representadas pelos circuitos f l nominal o u f l equivalente.
sunhT/
71
3 ri/3
5.1 lima linha trifásica de 60 Hz, com um só circuito e 16 km é constituída por cabos 4/0 de cobre
duro, com 19 fios cada; os cabos estão dispostos nos vértices de um triângulo equilátero, com espaçamento
Dispondo-se de gráficos das funções hiperbólicas complexas, as equações (5 4 1 ) e (5 4 7 )
de 1,52.10 entre os centros. A linha alimenta a 11.000 volts uma carga equilibrada de 2.500 kW. Determinar
sao as mais convenientes. Caso contrário devem ser preferidas as equações (5.40) e (5.44).' a tensão nos terminais do gerador quando o fator de potência for dc 80% em atraso, quando o fator de
potência for unitário a quando for de 90% em avanço. Considero a temperatura dos cabos 50°C
Eitemplo 5.3
. 5.2 Deduza as equações que dão V$ a 1$, num circuito T nominal de uma Unha de transmissão, em
:
Determine o circuito f l equivalente da linha descrita no exemplo 5.1 e faça a comparação função de 1 , da impedância totai cm série e da admitãncia total em paralela da linha.
R
c o m o circuito II n o m i n a l . . v
5.3 : Uma linha trifásica dc 60 Hz tem seus três cabos dispostos num plano horizontal com uma separação
de '1,57 m entre eles. Os cabos são ACSR de 300.000 C M . A linha tem 121 km de extensão e alimenta uma
Solução: carga de 30.000 k\V, com tensão de 115 kV, sendo o fator dc potência 0,8, em atraso. Determine tensão,
corrente, potência e fator de potência nos terminais do gerador. Qual o rendimento da transmissão? Considere
os cabos a 50°C
e q u a ç ^ J o / Í ^ ^ " " ^ * ^ * ° U Ü Ü
™ " -5.4 Deduza as equações análogas às'equações (5.40) e (5.44) para o circuito T equivalente dc uma
linha de transmissão.
Z ' = 4 0 5 / - 5 T X 0,449/84^5° = 1 8 2 / 7 8 ^ ohms no ramo série
5.5 Uma linlia de transmissão trifásica de 60 Hz, apresenta os seguintes parâmetros
Ü' = Q.H95 -1-/0,0215 - 1 _ - 0 , 1 0 5 + /Q 0~M5 0,107/168 4° R = 0,30 ohm/milha
2 3S2/7S£ ÍS2ÍW°~ =
^ 8 2 / 7 8 ^ " L = 2,10 mil/milha
C = 0,014 ^E/milha
= 0,000588/89,8° miro em cada ramo paralelo
A tensão nos terminais da carga d dc 132 k V . Se a linha estiver aberta nesse extremo, determinar o valor
O circuito f l nominal tem uma impedância em série dc eficaz e a fosc d :
a) Tensão incidente, em relação ao neutro, nos terminais da carga (considere essa tensão com referência
Z = 225 X 0,841/7»,2° = IS9/7",2° ohms para o cálculo das fases).
b) Tensão refletida, em relação ao neutro, nos terminais da carga.
e as admilãncias dos ramos e m paralelo são c) Tensão incidente, em relação ao neutro, a 121 km da carga.
d) Tensão refletida, em relação ao neutro, a 121 km da carga.
Y 5,12 X IO"*/90° e) Tensão resultante, em relação ao neutro, c a tensão dc linha, a Í2I km da carga.
X 225 = 0,000575/90° nino 5.6 Determinar as correntes incidente e refletida para a linha aberta do Prob. 5.5 nos terminais da
carga e a 121 km daquele ponto.
Comparando os valores encontrados para os circuitos 11, nominal e equivalente, vê-se que
5.7 Sc a linha do Prob. 5.5 tiver 121 km de comprimento e fornecer 40.000 k\V a 132 k V e fator
* diferenças sao pequenas para uma linha típica de 362 k m , d o que se deduz que o circuito dc potência de 80% cm atraso, determinar a tensão, a corrente, a potência e o fator de potência no início
II nomtnal pode representar as Unhas longas quando não se requer grande precisão da linha. Calcule também o rendimento da transmissão, a impedância característica, o comprimento de onda
e a velocidade dc propagação.
5.9 Resumo. Qualquer linha de transmissão pode ser representada de m o d o preciso 5.8 Provar as equações (5.33) e (5.34), substituindo nelas as expressões exponenciais das funções
circulares c hiperbólicas.
btidos 'oTr " ° C S U a S
« t
" r a M
« d
« . - circuito n equivalente. Os resulta os'
G.9 Calcular cosh 0 e bcnhO para 0 = 0,5/75", pelo desenvolvimento em série e pelas expressões
í . ' n P
° P m
P " ^ o pelo circuito nominal e as curtas
S a r f i r e s e n t a d a s c o m que contenham as funções circulares e hiperbólicas de variável real.
clclund-as como tmpedanctas em série. Os valores obtidas a partir d o circuito equivalente 5.10 Provar a equação (5.45) substituindo as funções hiperbólicas pelas equivalentes exponenciais.
98
ELEMENTOS DE ANÁLISE D E SISTEMAS D E POTÊNCIA
Capítulo
em ^ ê à ^ n ^ J T ^ ^ ^ n
2cn™- P6
* total
0 H Z 2 8 2k m d c S u a i m E d 5 n r i
a 2 2 0 k V com fator dc potcnaa cm atraso de 90%. Determinar a tensão no inicio da linlia utilizando
(a) a aproxrmacao para linhas curtas <b) a aproximação do circuito flnominal, (c) a equação
5.12 Determinar o circnilo íl equivalente para a linha do Prob. 5.11.
2Uaí^
linha S L Z f ^ L " * * ^ ^ ° °-- - ° * « « * » -
CONSTANTES GENERALIZADAS
d d Q H n h a d Pr b 5 H S U P n h a q U C
tinha èdTlinkV dC
-trai'SmÍSS50 , ^ tem 386 km de extensão. A tensão no início da
I r i f á s i c a d e 6 0
DE UM CIRCUITO
ünha e de 220 k V . Seus parâmetros sao X = 0,8 ohm/milha, R = 0,2 ohm/milha e Y = 5 3 X I O " mho/milha. 6
unitárta'™^ 3
^ . -
rar8a Ü n h
° ° - -
d C S C r i t a n
- P r b 5
™ fator de potência
M f 0 r d e 7 5 0 D 0 k W a 2 2 0k V c
un.tano calcular corrente, tensão e potência no inicio da Unha. Suponha que a tensão nessa extremidldc
se mantenha constante e calcule a regutação de tensão para a carga anteriormente e s p e c i f i c a
Para determinar as relações entre grandezas das barras geradora e receptora e m u m circui-
to c o m dois pares de terminais, vamos determinar a tensão e a corrente ná barra geradora d o
circuito T assimétrico dafig.6.1. Essas grandezas serão determinadas e m função da tensão e da
corrente na barra receptora, uma vez que o c i r c u i t o T assimétrico é equivalente ao circuito geral
de quatro terminais, no que se refere às medidas feitas nas barras do c i r c u i t o , suposto passivo,
linear e bilateral. A corrente na barra geradora é
IS = I R + Y(V R +IZ)
R 2 = YV R + (1 + YZ )IZ R (6.1)
e a tensão
Vsr v +i z
R R 2 +iz
s t = V R + I R Z 2 + Z 1 Y V R + I R Z 1 + Í YZ Z
R 1 2
= (1 + YZ,)V R + (Z, + Z 2 + YZ Z )I
X 2 R (6.2)
Veja, por exemplo, "Introductory Electric Circuits", por J.B. Walsh e K.S. Míllcr, pgs. 178-181, MacGraw-Hill
Book Company, Inc, 1960.
99
100 ELEMENTOS DE A N A L I S E DE SISTEMAS DE POTÊNCIA Cap. 6] Constantes generalizada."; de um circuito 101
Podemos simplificar essas equações fazendo tensões nas barras geradora e receptora quando a barra receptora estiver e m vazio. A constante
A é adimensional, visto ser u m a relação entre tensões; a menos que as tensões estejam e m fase,
A = 1 + YZ t C =Y A será complexo, sendo sua fase igual à diferença entre as fases das duas tensões.
B = Zt + Z 2 + YZ Z ml 2 D = 1 + YZ 2
(6.3) N a equação (6.4), fazendo V R igual a zero verificamos que a constante B é a relação entre
a tensão n a barra geradora e a corrente n a barra receptora, q u a n d o esta última estiver curto-circui-
A equação (6.2) torna-se tada. Nessas condições B terá as dimensões de u m a impedância sendo dada e m o h m s .
V S = AV BI
R+ [{
(6.4)
e a (6.1) ••li
+ a ±...
1 1
Jx = CV* + Dlr (6.5) ABCD
\ T
P o d e n d o o circuito T assimétrico ser equivalente a qualquer circuito c o m dois pares de terminais, — —
linear, passivo e bilateral, as equações (6.4) e (6.5) são aplicáveis a qualquer circuito desse tipo.'
A s constantes A, B, C e D são chamadas de constantes generalizadas do circuito o u constan-
tes ABCD do c i r c u i t o podendo ser calculadas para qualquer circuito c o m dois pares de terminais. Fig. 6.2 Diagrama simbólico representando um circuito com dois pares
de terminais (quadripólo).
z 2 i B
WvW-
Analogamente, fazendo I R igual a zero n a equação (6.5), vemos que a constante C é a
relação entre a corrente na barra geradora e a tensão na barra receptora, q u a n d o esta última
estiver e m vazio. Então, C terá as dimensões de u m a admitãncia sendo dada c m mhos.
Se fizermos V R igual a zero n a equação (6.5), veremos que D é a relação entre as correntes
nas barras geradora e receptora, q u a n d o esta última estiver c u r t o - c i r c u i t a d a . Nessas condições, a
constante D é adimensional.
A s constantes ABCD são m u i t o usadas e m trabalhos de sistemas de potência. A l g u m a s
Fig. 6.1 Circuito T assimétrico equivalente a um circuito com dois pares dc terminais.
companhias possuem tabelas c o m os valores dessas constantes para todas as suas linhas de trans-
missão. U m circuito geral c o m dois pares de terminais quadripólo é geralmente representado p o r
T i r a n d o o valor de V R eI
R e m (6.4) e (6.5), obtemos u m diagrama similar ao da Fig. 6 . 2 , o n d e vemos u m retãngulo envolvendo os dois pares e c o n t e n d a
t as letras que s i m b o l i z a m as constantes generalizadas d o c i r c u i t o . A s tensões e correntes que
DV - BI
S S
aparecem nas equações são também indicadas.
(6.6)
AD - BC
E = 0 + Bf 2 (6.10)
VR = D V s - B I s
(6.8)
e ou
I R = ~ C V S + A I S
(6.9) (6.11)
Geralmente as constantes ABCD são complexas. U m a interpretação de cada u m a delas pode Agora, curto-circuitemos a barra geradora do quadripólo e liguemos o gerador na barra
ser feita a partir das equações (6.4) e (6.5). r e c c - ' ! o : 2 , como mostra a fig. 6.4. São indicados os sentidos considerados positivos para as
Fazendo l R igual a zero na equação (6.4), vemos que a constante .4 é a relação entre a i correntes c tensões. Comparando as figs. 6.3 e 6.4
!02 ELEMENTOS D E ANÁLISE D E SISTEMAS D E POTÊNCIA [Cap. 6 Cap. 6 l Constantes generalizadas dc um circuito 103
1
•
t E
" B~ ~ C
„„
E
ADE
' ~B~ (6-15)
a qual, dividida p o r ~E\B nos fornece a relação que queremos provar, isto é
— —
AD - BC = I (6.16)
Fig. 6.3 Quadripólo com a barra receptora curto-circuitada e Vg = E
C h a n d o as constantes ABCD sSo calculadas separadamente, a equação (6.16) serve para a compa-
ração parcial dos cálculos.
A = 1+ YZ R C= Y +Y +
S R ZY Y
S R
B = Z D= 1+ YZ S
( 6
' 1 7 )
A = 1 C=0
vemos que pode-se aplicar o íeorema d a reciprocidade, que d i z que a corrente em u m ramo de
B = Z D = 1 ( - 6 1 8
>
u m circuito linear e bilateral, devido à F E M de u m gerador localizado e m u m segundo ramo,
é igual à corrente que essa F E M p r o d u z no segundo ramo, quando transferido o gerador para o
Às vezes as constantes ABCD de u m circuito são conhecidas e deseja-se determinar o c i r c u i t o
primeiro ramo, desde que u m curto-circuito substitua a F E M quando ocorra a transferência do
equivalente que o represente em u m analisador de redes. O circuito n equivalente é determinado
gerador. E m outras palavras, podemos dizer que u m gerador e u m amperímetro sem impedância
resolvendo-se as equações (6.17) para os valores dos ramos série e paralelos, obtendo-se
p o d e m intercambiar-se sem que a leitura do amperímetro seja afetada. Isso significa que a
1
corrente que sai pelo terminal superior da barra geradora do c i r c u i t o da fig. 6.4, em sentido
Z = B
oposto ao mostrado para / , é igual ao í da fig. 6.3. Portanto o 1$ da fig. 6.4 é igual a -I da
s
-1
2 2
A
fig. 6.3.«Para a fig. 6.4 temos, das equações (6.4) e (6.5)
Y
R =— f l " (6-19)
0 - AE + BÍ R (6.12)
B
e Y<= D
' X
(6.13)
I s = -I2 = CE + Df R
Para o circuito f l assimétrico da fig. 6.6 as constantes são determinadas fazendo-se Y$ =
= Y R = 7/2 nas equações (6.17), o u pelo exame das equações (5.5) e (5.7). Obtemos
Eliminando I R das equações (6.12) e (6.13) obtemos
B = Z ZY
-+±L
( 6
" 2 0 )
D =
' o teorema da reciprocidade ê analisado na maioria dos livros que tratam da teoria elementar dos circuitos.
Veja por exemplo "Eléctrical Enginecring Science" por P.R. Clemcnt e W.C. Johnson, pgs. 366-368,
MacGruw-Hill Ddok Company Inc., 1960 ou "Eléctrical Engincering Circuits" por H.H. Skilling, pgs. 331-334, As equações (6.20) podem ser usadas para o - ' í k j l o das constanlcs AfíC/i de uma linha dc
John Wiley and Sons, Inc, 1957. transmissão longa, a partir dos valores da impedância e da admitãncia d o c i r c u i t a equivalente da
1ÍH E L E M E N T O S D E A N A L I S E D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA ICap. fi Cap. 6 ] Constantes generalizadas de u m c i r c u i t o 105
e, e m função de L e C
= V a r l C J - 1+ / Y l (6.22)
E m todos os quadripólos simétricos,.isto é, que são iguais vistos de qualquer das duas
barras, as constantes A e D são sempre iguais. Sempre que as constantes ABCD forem calculadas
os resultados devem ser verificados pela relação AD ~ BC = 1, A verificação de que tal relação
Para / = 60 H z
ocorre entre as constantes dos circuitos aqui considerados, é deixada ao leitor.
Vw £C = 1 0 "
2 3
/4,09 + , Q
'l 4 4
,, (6.25)
6,4 Gráficos das Constantes das Linhas de Transmissão. As constantes ABCD de uma
que é praticamente independente de D m e r. P o r t a n t o , vemos que a expressão é praticamente
linha dc transmissão longa contém funções hiperbólicas de 7/, sendo yl c o m p l e x a . O cálculo
constante para todas as linhas, uma vez que as variações do segundo termo sob radical têm efeito
das funções hiperbólicas c cansativo e demorado, a menos que se disponha dc gráficos c o m o os
m u i t o pequeno, considerando os valores usuais de D m a r. E m b o r a a equrção (6.25) se aplique
mencionados no Cap. 5. Pavejsil e J o h n s o n 1
publicaram uma serie de gráficos nos quais podemos
apenas a condutores maciços, o segundo termo sob radical é o único afetada pelo tipo de
obter as componentes reais e imaginárias das constantes complexas ABCD; nesses giáficos A é
c o n d u t o r e o é muito levemente. C o m o já dissemos esse segundo termo quase não influi no
obtido diretamente e B e C são obtidos em função dc 1 Z I. Para usá-las devemos conhecer apenas
c
resultado. Povejsil c Johnson indicam que o exame de u m considerável número de linhas m o s t r o u
o comprimento da linha c a relação entre a resistência em série e a reatância indutiva.
que o fator \UÚ LC
T
estava sempre compreendido entre 2,05 X 1 0 " e 2,07 X I O " , para linhas 3 3
O método para a obtenção das curvas dos gráficos é baseado no fato de que o produto de
aéreas de 60 H z c o m cabos de cobre encordoado o u c o m A C S R . Os gráficos estão baseados nü
-• í. e C c praticamente constante para linhas aéreas c o m cabos de cobre encordoado o u c o m A C S R .
valor 2,06 X 1 0 " para esse fator.
3
Esse mesmo principio c a base das curvas apresentadas por E d i t h Cíarkc para a determinação de 2
A s constantes ABCD nos gráficos estão dadas e m função do módulo da impedância ca-
funções hiperbólicas complexas. Se a produto LC c idêntico para todas as linhas, numa dada
racterística da linha, isto é, p o r unidade de I Z I . Se Z C c = IZ l/£_ as constantes serão
c
freqüência, yl é função apenas dc RjX c do comprimento / da linha, sendo R a resistência da linha
c X a reatância indutiva, ambos em ohms por milha, porque
A = cosh yl
yl = V ^ F / B = IZ lsenh7//£
c ohms
r a B n h
T/ / y u
( 6 , 2 6 )
c s
~ w ^ ^
" A Pcr-tlnil Interpreliitiun o f T r a m m i s s i o n Line C o n s t a n t s " p o r D . J . 1'ovejsil e A . A . J o l i n s o n , Trans. A I E E , D = A
vol. 7 0 , pus. 194-200, 1951
" " S i m p i i l i u d TrunsuiisMun Linu C a l c u l a i i o n s " p o r E . C l a r k i i . General Electric Keview, v o l . 2 9 , pgs. 321-329, As constantes A e D são adimensionais e indepentf nk-s dc 7, .. Quando expressas p o r unidade de
t
A p.u. = A = cosh?/ Se o produto LC f o r o mesmo para todas as linhas o módulo d a impedância característica
de qualquer linha pode ser lido n u m gráfico. Sendo
B em ohms
B p.u. = = scnh7í/H
(6.27)
-JZFLC = 2,06 X 1 0 " 3
(6.34)
C,p.u.-= \Z \ X C c m m h o s = senh7//-?
C
£ ' p . u . = D = cosh 7/
podemos tirar o valor de coC, obtendo
„ 4,24 X '10"°
obtemos
" c =
—UL <- >
6 35
C = senh ^ 2,06 X Í 0 ~ 3 /
J- \ +
H P° r
cidade
ü = A
O ângulo f associado à impedância característica é também função de RfX, u m a vez que A equação (637) mostra que Z c pode ser posta em termos de reatância i n d u t i v a p o r m i l h a e da
relação entre a resistência e a reatância indutiva. A f i g . 6.13 m o s t r a as curvas das quais podemos
ÍR + jwl tirar \Z \.
C
(6.29)
O método para obter as constantes ABCD a partir dos gráficos é o seguinte:
tan" 1
(CJZ,//?) - 9 0 ° 1. C a l c u l a r o u obter a partir de tabelas, R e X e m ahrns por m i l h a .
Z c = \Z \
C
(6.30)
2. Calcular a relação RfX.
3. Entrar nas gráficos das ftgs. 6.7 a 6.12 c o m o c o m p r i m e n t o da l i n h a e c o m a relação R/X e
c portanto ler os valores d a componente real e imaginária de cada constante, p o r unidade.
4. Se quiser B e C e m ohms e mhos
í = - i - t a n - f (6.31) (a) L e r o módulo de Z c na fig. 6.13 o u calcular Z.
c
A = Ai + M 3
(6.32)
C = C , + jC 2
Algumas vezes pode ser útil ter as constantes e m sua forma por unidade. Outras vezes pode
ser vantajoso tê-las na l o r m a necessária ao uso c m equações em que entrem volts e ampères;
para a constante A não há necessidade de conversão; B e C são convertidas pela operação inversa
da usada para obter as equações (6.27). D a i
B em ohms = \Z \ X B cm p.u.
C
„ , C em p.u.
(6.33)
C em mhos = T-~—
Constantes generalizadas de u m c i r c u i t o 109
1QB E L E M E N T O S D E ANÁLISE D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA [Cap. 6 Cap.6]
0,200
O.9B0 1 s • 0,180
y
/
-, ,i
0,960
X
0,160
s y <~n
/ v
(1910 -u ,NÜ
s
D
y
y1 —
0,920 o 0,120
e
Q.9P0 A o,ioo \
0i
\
0.960 \ -0,050
/
N y S
T
\
- /
0,960 0,060
s y
/ y a
*í i
H o,aio 0,040
a s / X
0,020 /
, 7 0,020 A;
0,BCa
\ 0
0,7-10 \,
Intcrprctation o f Transmissíon Line C o n s t a n t s " p o r D . J . Povejsü c A . A . J o h n s o n , T r a n s . A I E E , v o l . 7 0 ,
\
0,729 pgs. 1 9 4 - 2 0 0 , 1 9 5 1 ; c o m autorização).
0.700
0,Ú30
- 1
1 \ t \ 1 1 1 1
1 1
1 a=o
0.660 50
| A 0 \ y.
100 150 aoa 250 soa 350 400 0 X
0 J-
C o m p r i m e n t o da l i n h a , e m milhas
0
-
0,06 \ , /
3 i i s r-
ti. 0,05 1
1
/
s
/
-* y - - _ ?
-
/
o,oa s
S
s
V
y
y\ -
Ay-
0,03
- y y -
0,02 <•
-
0,01 /
s
-
0 °D 50 100 150 200 ?50 300 350 400
50 100 150 200 250 300 350 400 C o m p r i m e n t o da linha, c m milhas
C o m p r i m e n t o do l i n h a , e m milhas
F i g . 6.8 Constante A 2 de u m a linha dc transmissão e m Junção d o c o m p r i m e n t o da l i n h a c m milhas. (De F i g . 6.10 C o n s t a n t e D ,2 p o r unidade dc \Z \, c m função d u c o m p r i m e n t o d a l i n l i a e m milhas ( D e " A Per-unit
C
"A Per-unit Interprctalion o f Trahsmission Line C o n s t a n t s " p o r D . J . Povcjsil c A . A . J o h n s o n . Trans. A I E E . inícrprclation o f Transmissíon Line Constants" p n r D . J . Povcjsil e A . A . J o h n s o n , Trans. A I E E , vol. 70,
v o l . 7 0 , pgs. 1 9 4 - 2 0 0 . ) 9 5 1 ; c o m autorr:ição). pgs. 1 9 4 - 2 0 0 , 1 9 5 1 ; c o m autorização).
110 E L E M E N T O S D E A N Á L I S E D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA Cap. 6] Constantes generalizadas de u m c i r c u i t o 111
'r 1 J .
E x e m p l o 6.1
1 4
Y /
• /
Obter as constantes ABCD para a linha d o exemplo 5.1 e comparar os valores encontrados
x~ 0, _ c o m as grandezas relativas à barra geradora calculados n o E x e m p l o 5.2
-
<• Solução:
y\
*
< R=i Do E x e m p l o 5.1
Interpretation o f Transmissíon L i n e C o n s t a n t s " p o r D . J . Povejsü e A . A . J o h n s o n , Trans. A J E E , v o L 7 0 , D o s gráficos das figs. 6.7 a 6.12 obtemos para u m a linha de 225 milhas ( 3 6 2 k m ) ,
pgs. 1 9 4 - 2 0 0 , 1 9 5 1 ; c o m autorização.).
A x = 0,895 Bx = 0,089 C, = -0,0035
Ai = 0,022 B = 0,440
z C 2 = 0,451
D = A>
A s constantes B e C quando dadas por unidade são iguais c m módulo, porém c o m fases diferentes.
A diferença entre os valores aqui encontrados para os módulos dessas constantes resulta das
imprecisões de leitura nos gráficos e do uso da régua de cálculo.
500 1
G i He rtz
460
H/Jí=0,
-R/ic=o,2<--
g AZO nn •=o.
F i g . 6.13 Módulo d a impedância característica dc Unhas aéreas ¥
4V =0,0
dc transmissão c m função d a reatância i n d u t i v a p o r m i l h a ( D e
" A Per-unit Interpretation o f Transmissíon L i n e C o n s t a n t s " p o r 3BD
D . J . Povejsü e A . A . Johnson,Trans. Á I E E , v o l . 7 0 , pgs. 1 9 4 - 2 0 0 ,
1 9 5 1 ; c o m autorfeação). Áf R/X
c 340
O módulo de Z pode ser lido da fig. 6.13 o u obtido da solução do exemplo 5.1. D o exemplo
c
6.5 Constantes de Circuitos Combinados. Q u a n d o u m sistema de potência consiste c m
combinações, e m série e e m paralelo, de circuitos cujas constantes ABCD são conhecidas, é
Z = 4 0 5 / - 5 , 9 ohms
a
c
conveniente determinar as constantes d o c i r c u i t o equivalente aos diversos c i r c u i t a s c o m b i n a d a s .
Essa é u m a maneira de simplificar o c i r c u i t o . E m alguns casos pode-se i n c l u i r as características
Das equações (6.33)
dos transformadores situados nos extremos da linha nas constantes ABCD da própria l i n h a , a f i m
de analisar o funcionamento conjunto d a Unha c o m os transformadores. E m outros casos, pode
B = 4 0 5 X 0,450/78,6° = 1S2.5/78.6 ohms 3
ser preferível conhecer as constantes d o circuito equivalente de duas linhas longas de caracterís-
Como
1 ±-a
«—O • o-±l
—o u
V
\
= Ü,895/l,4 X 1 1 5 . 2 0 0 + 182,5/78,6° X 361/0° O
S
a
1 •t
i
= 103.000/1.4° + 65.800/78,6° A. B a CD a a
Ai Bj C D fc b
h = CbV R +D f h R (6.41)
E x e m p l o 6.2
Solução: D V -B I
a s a s = A V +B I B R b R (6.42)
(A D
a a - B C„)í
a s = (A C b a + C Da)V b R + (B C b a + DDV a b R (6-45)
114 E L E M E N T O S D E A N Á L I S E D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA [Cap. 6 Cap. 6] Constantes generalizadas de u m c i r c u i t o 115
A
o = aAb
A
+ BC
a b
_ AgB b + A Bg b
B -=0 AB a b + BDa b B b + B b
(6.46)
C a = A C ±C D
b a b a
D Q = BC b a +D Da b
B Dgb + BgD b
Se o circuito b estiver na barra geradora e a na barra receptora, os índices «7 e ó na equação (6 4 6 ) °° " B a +Bb
- w w
A„ B a Ca D a
r - r x r 4. ~ A )(D b b - D)
a
T T C 0 = C a * C b + 1 - — (6.50)
Ai fl4 C D
t &
L -vWv-
Substituindo nas equações (6.47) os valores das impedãncias e admitâncias dados na (6.19), e m %SS =
impedância na barra geradora c o m a barra receptora curto-circuitada.
função das constantes ABCD, virá
Z R 0 ~ impedância na barra receptora c o m a barra geradora e m vazio,
Zs
R = impedância na barra receptora c o m a barra geradora curto-circuitada.
Y„ =
B n
B b
_iaBh_
110
E L E M E N T O S D E A N Á L I S E D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA 117
Cap. 6 ] Constantes generalizadas de n m c i r c u i t o
e com l r
R = 0
6.7 Vantagens das Constantes Generalizadas. M u i t o embora possa parecer desnecessária,
a introdução das constantes generalizadas n o estudo de sistemas rie potência, as vantagens resul-
Z - S _
V
B tantes d o seu uso, bem c o m o a sua grande aceitação pelas companhias de eletricidade, tornam o
S S
" 77 " D ("2)
seu conhecimento indispensável para o engenheiro. Essas constantes, e m geral, dão origem a
expressões mais simples relacionando tensões c correntes, especialmente quando se traía dc função
Para determinar as impedãncias relativas à barra receptora, as equações (6.8) e (6 9) devem
hiperbólica.
ser m o s c a d a s trocando-se os sinais de todas as correntes. Essa mudança c necessária porque
A grande vantagem é a maior generalidade das expressões deduzidas e m função das
c o m a tensão aplicada na barra receptora ao invés de na barra geradora, o sentido positivo da
constantes ABCD. N o c a p i t u l o seguinte trataremos dos diagramas dc círculo de linhas de trans-
COroniC e OpOStO ao indicado nas fig*. 6.2 e 6.4, para as quais se aplicam as equações (6.8) e (6 9)
missão para as quais essas constantes podem ser determinadas, sendo as deduções feitas e m função
Assim, teremos ^ ' J
7 1
- V
R D
c, c o m V S - 0
PROBLEMAS
As expressões de Z R 0 cZ RS podem ser determinadas por outro método. Se forem trocadas 6.2 Determine as constantes ABCD do c i r c u i t o T que t e m uma reatância i n d u t i v a de 1 0 o h m s no.ramo
as posições de Y e Y no circuito f l assimétrico mostrado na fig. 6.5, as impedãncias medidas n a série próximo à barra geradora, u m a reatância i n d u t i v a de 2 0 o h m s no rumo série próximo à burra reeepturu
V ° °
s R
ÍRCÜU MDDÍFICAD SCRÃ0ÍGUAÍSÂS c u m a reatância capacitiva de l O O O o l i m s n o r a m o paralelo. Q u a l seria o efeito causado pela troca d o s d o i s
rircuitfn , ™^ ™™ C a t i v a s âbarra receptora n o à
ramos série entre si?
T C
° ÇÕES Í 6 J 9 ) M STRAMQUE
d? I
s ã * * ™ *> instantes . 4 5 C A V s 8 Y f u n d a s
6.3 U m a linha dc transmissão possui u m a impedância em série de 0 . 1 6 + /0.8 o h m / m i l h a e uma a d m i -
TòZr'l n ^ m
• ° d C l í i S
- - ^stituicão
a p a r e C C
de D por A e de ^ por D nas equações (6.51) e (6.52) nos fornecem as impedãncias relativas à
1 , 3 U t r a a p a r c c e a P o r t a n t o tãncia etn paralelo de 5 . 3 " 1 0 ~ m h o / m i l h a . S e m u t i l i z a r as figs. 6.7 a 6 . 1 2
5
LIÜ
~ *™ =
AC =
ÃC f- >
fi 57
ohms, S c as tensões de linha nas barras geradora e receptora f o r e m ambas de l l O k V , defasadas entre si de
3 0 ° , determine a potência e o f a l o r de potência de carga.
Z
RO - RS Z
1 C 1_
AC A ~ A (6.5S) 6.5 Calcule as constantes ABCD dos circuitos f l n o m i n a l e f l equivalente d a linlia de transmissão d o
-so 2
6.7 Determine as constantes ABCD da linha do Prob. 5 . 1 1 , usando o s gráficos das figs. 6.7 a 6 . 1 2 .
) 6.10 Para a linha do Prob. 6.8, determine a regulação de tensão para uma carga de 100.000fcWcom
fator de potência 0,8 em atraso, em paralelo com capacitores síncronos dc 100.000 kVA. Considere que a
tensão na carga seja de 210 k V e que a tensão na barra geradora seja mantida constante no valor necessário
para conservar aquela tensão na carga.
6.11 Determine as constantes ABCD para o quadripólo resultante da ligação em série de umaresistência
dc 10 ohms na barra receptora dò quadripólo e cujas constantes são
DIAGRAMAS DE CÍRCULO
A = 0,96/0?
B = 10,0/90° ohms
C= 0,002945/90° mho
D = 0,92/0°
5.12 Determine a impedância em série e a admitãncia em paralelo do circuito 11 equivalente cujas 7.1 Introdução. A-análise gráfica da variação da tensão, da. corrente o u da potência
constantes são dadas no Prob. 6.11.
de u m c i r c u i t o , quando alguns de seus parâmetros estão variando, não apenas economiza tempo
&13 As medidas em um quadripólo deram os seguintes valores Z S O =Z R= 20 ohms, resistência
Q quando é grande o número de pontos a calcular, c o m o também serve para explicar alguns dos
pura; Z = Z = 5 ohms, resistência pura. Determine as constantes ABCD do circuito, bem como os parâ-
resultados obtidos. O lugar geométrico dos extremos dos fasores tensão o u corrente e m u m
S S R S
fazendo-o c o m cuidado e numa escala suficientemente grande, podem ser obtidos rapidamente
valores para o cálculo da regulação de tensão o u para o traçado do gráfico da tensão na barra
geradora em função do fator de potência da carga, para uma dada tensão e u m a dada potência
(em k V A ) na carga.
!I9
120 E L E M E N T O S D E A N Á L I S E D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA Cap.7] Diagramas de círculo 121
numa circunferência, desde que as tensões nos dois terminais do quadripólo não possam variar portanto, a multiplicação dos fasores-tensão do diagrama da fig. 7.2 p o r V fB R faz girar todos
em módulo. Traçando as gráficos correspondentes a vários valores da tensão na barra geradora, os fasores e o diagrama inteiro de u m ângulo' -fl. O resultado é o diagrama de potências da
para uma dada tensão na barra receptora, obtém-se uma circunferência para cada valor de fig. 7.3. P o r conveniência, a origem do sistema de coordenadas é colocada no p o n t o O do novo
\V \, sendo todas elas concêntricas. N o entanto, as circunferências traçadas para diversos valores
S diagrama. A g o r a V I R R está formando u m ângulo de -0 R c o m a h o r i z o n t a l , uma vez que resulta
de tensão na barra receptora, correspondentes a uma dada tensão na barra transmissora, não do p r o d u t o de BÍ R que forma u m ângulo $-0 n c o m V jB
R que forma u m ângulo - f l , ambos
são concêntricas. Os gráficos obtidos c o m as potências ativas e reativas na barra receptora, com a horizontal. Como VI
R R corta o eixo das
respectivamente, e m abscissas e ordenadas, são chamados diagramas de c i r c u l o das potências abscissas na origem, formando u m ângulo igual ao
na barra receptora. atraso da corrente em relação à tensão, a sua compo-
nente h o r i z o n t a l é a potência real e a componente
vertical é a potência reativa; os eixos coordenadas
>h p o d e m ser graduados e m watts e V A x S , respectiva-
mente.
N a construção da fig. 7.3 supôs-se que, na carga,
a corrente estava atrasada e m relação à tensão. Por-
tanto, a carga é indutiva e, n o diagrama os V A r s
consumidos são negativos. Os engenheiros ainda não 1
reativa c o n s u m i d a p o r u m a carga i n d u t i v a
c o m o fornecendo V A r s positivos ao invés de consumir é representada abaixo d o eixo das abeissas.
O diagrarfia anteriormente descrito é obtido a partir do diagrama fasorial de um quadripólo, V A r s negativos. Esse conceito ê consistente c o m o
traçado de-acordo c o m a equação (6.4). Para traçar esse diagrama façamos critério da adoção de sinal positivo para os V A r s recebidos p o r uma carga indutiva. O capaçitor
síncrono é tratado c o m o u m gerador que fornece os V A r s necessários à carga indutiva. Q u a n d o
A = l/l|/a u m capaçitor síncrono, ou estático, for colocado em u m centro dc carga, podemos considerar
B = \B\jl (7.1)
os V A r s necessários a uma carga indutiva, como provenientes, pelo menos em parte, do capaçitor.
D = \D)(à_ C o m o os V A r s em atraso não são fornecidos pela linha de transmissão, esta funciona c o m
A constante C não ê necessária ã obtt-nção do diagrama e D só é necessária para os diagramas fator de potência maior e c o m menor regulação de tensão.
* e m função da potência na barra geradora. A fig. 7.2 é o diagrama fasorial para u m quadripólo, A potência complexa é definida c o m o P + jQ, onde P é a potência ativa e Q a potência
c o m a tensão V como referência. O fasor A V está adiantado de u m ângulo o: e m relação
R R
reativa. Sendo o conjugado de u m fasor, u m outro fasor dc mesrno módulo que o primitivo e
a V . Se a corrente I estiver atrasada dc u m ângulo 8 e m relação a V , o f a s o r B I estará
R R R R R
c o m a fase de sinal oposto, a potência complexa na barra receptora dc u m quadripólo será
"adiantado de J3 — Ü em relação a V . A tensão V , a partir da equação (6.4) será a soma de
R R s
AV R cBI . R
RR
V l
= Ifyl ' 1^1 COStíy; + Í\V \ • \t \
R R wnO R
de potências ativas e reativas, devemos multiplicar todas as grandezas da fig. 7.2 peln corrente. ÍÜR (7.2)
Estando interessadas e m potências n o terminal receptor d o quadripólo, escolheremos V jB
R
c o m o fator de multiplicação. Essa relação tem dimensões dc corrente e o produto da tensão onde o asterisco indica o conjugado do fasor (no caso, o conjugado d o fasor corrente). O
BIR p o r V jB
R é Vi R Rt a potência aparente (volt-ampères) no terminal receptor do quadripólo. ângulo 0 R é igual à fase da tensão menos a fase da corrente e, portanto, é o ângulo da impedância
Examinemos agora o novo diagrama, que resulta da multiplicação de todas os fasores da complexa na barra receptora. Portanto, Õ è positivo quando a corrente está atrasada e m relação
R
fig. 7.2 por V jB. R Sendo V R o fasor de referência, sua fase será 0 a
e o fasor V jB
R estará à tensão e negativo quando a corrente está adiantada. O sinal de Q o b t i d a pela equação (7.2)
defasado de -fl, em relação à referência, sendo está de acordo c o m essa convenção. Se usarmos o conjugado da tensão m u l t i p l i c a d o pela
corrente, a potência reativa terá sinal oposto. Obviamente, o desenvolvimento aqui feito é
M - ü k l / f f _ üklnfl geral c os índices usados na equação (7.2) não restringem a disenv^ão da potência complexa,
\D\/0 ~ \B\ \B\ bem c o m o o sinal da potência reativa.
122 E L E M E N T O S D E A N A L I S E D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA [Cap. 7
Cap. 7 ] Diagramas de círculo 123
Neste livro usaremos sinal positivo para indicar os V A r s e m atraso consumidos por u m a
carga indutiva. A única alteração a ser feita no diagrama de potências da fig. 7.3 é a troca dos C o m o as equações (7.3) b e m c o m o os diagramas de potência foram obtidos a partir das
pontos que estão acima d o eixo horizontal pelos que estão abaixo, mediante a rotação de toda constantes de u m quadripólo, as- tensões estão em volts, e m relação ao neutro, p o r fase e as
a figura e m torno do eixo h o r i z o n t a l ; disso resulta a fig. 7.4. Nessa figura, as distâncias estão coordenadas estão e m watts e V A r s por fase, se o circuito representado pelo quadripólo for
assinaladas apenas em módulo, visto Ique não têm a mesma relação angular c o m o eixo h o r i z o n t a l trifãsico. Se as tensões entre Unhas e neutro forem substituídas por tensões de linha, cada
de referências, do que as correspondentes d a fig. 7.3. É evidente que os diagramas fasoriais de c o m p r i m e n t o no diagrama deverá ser m u l t i p l i c a d o p o r 3 , u m a vez que o p r o d u t o de suas
tensões é o que define cada comprimento e a tensão de linha de u m circuito trifásico equilibrado
tensão e corrente não são afetados pela convenção adotada para o sinal da potência reativa.
è y/T vezes a tensão de fase; nesse caso, usando-se tensões de linha nas equações (7.3), os
Passemos agora à determinação de alguns pontos do diagrama da fig. 7.4 para diversas
watts c V A r s do diagrama serão valores trifásicos totais. E m geral, nos sistemas de potência,
cargas, c o m valores fixos de | V \ e | V |. E m primeiro lugar, notamos que o ponto n não depende
s R
as tensões são dadas e m k V , valores de linha, c as potências, valores trifásicos totais, e m k W ,
d a corrente ÍR e não mudará enquanto | V \ permanecer constante. N o t a m o s ainda que a distância
R
k V A r s e k V A o u e m M W , M V A r s e M V A . Quando as tensões forem dadas e m k V , valores de
do ponto ÍI ao ponto k é constante para valores fixos de | V \ e | V |. Portanto, c o m a a distância
Unha, as equações (7.3) tornam-se
s R
situam-se na circunferência determinada pelos valores dados das tensões. S c f o r fixado u m valor Coordenadas d o centro do círculo d a barra receptora:
diferente para \V \, maníendo-se o de IJ^I,
S a posição de n não se altera, porém, u m a nova
circunferência de raio nk é obtida. H o r i z o n t a l = -j^j • |^| 2
cos (0 - a) MW (7.4)
VArs
V e r t i c a l = - Mj - \V \
R
2
sen (fl - a ) MVArs
Wll .1
\
potências, o ângulo fi é medido entre a linha |r^| /|5| e a l i n h a que liga .os pontos n zk.
2
A Unha |F^| /|fll é chamada então linha de referência. A linha de referência e os ângulos de
2
lk/
gerador, conforme será visto mais tarde. O ângulo de potência também t e m grande importância
no estudo d a estabilidade dos sistemas de potência.
W V fcVAr
Ftg. 7.4 Diagrama de potências para a barra receptora, resultante d a rotação d o diagrama d a fig. 7.3 c m torno
do eixo horizontal, c o m o objetivo de trocar entre si as posições dos pontos situados acima e abaixo da
horizontal. A potência reativa consumida p o r u m a carga indutiva é marcada acima d o eixo das abscissas.
O ponto n pode ser locado medindo-se \A\ - \ V .\ /\B\ a partir da origem, formando no
R
2
Horizontal = - • II^I 3
cos (fl - a) watts (7.3) IÜII | tal !
W
W.2\ tal
V constanto
R
Vertical IV R \
2
s e n (fl - a) VArs
ifll
Eig. 7 . 3 Círculos de potência na barra receptora para vários valores de ll'_yl c l l - ^ l constante.
124 E L E M E N T O S D E A N Á L I S E D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA Cap.7) Diagramas de círculo 12
F i g . 7.6 Diagramas de círculo de potência para a barra receptora para várias valores d c lí"ol'e u m valor constante
d e \V \.
S -- -
7.3 Diagrama de C i r c u l o das Potências para • Barra Geradora. O diagrama de círculo
das potências para a barra geradora t e m p o r coordenadas as potências ativa e reativa na barra
geradora de u m quadripólo, sendo obtido da mesma maneira que o referente ã barra receptora.
Inicialmente, traça-se o diagrama fasorial das tensões, de acordo c o m a equação (6.8), como
mostra a fig. 7.7 onde 1^ é o fasor dc referência. O fasor DV S está adiantado de u m ângulo A
e m relação a " Y ] s se a corrente I s estiver atrasada e m relação a 1^ de u m ângulo 8 , S o fasor
Bís estará adiantado de u m ângulo P-Q s e m relação ao fasor dc referência. A tensão V R no
terminal receptor é igual, segundo a equação (6.8), a DV S menos BI .
S
u m valor constante de e diversos valores de j í ^ j resulta u m a família de circunferências Vertical = + M . . s e n (fl - A) VArs
concêntricas. Para 1V j constante e diversos valores de j
R as circunferências não são concêntricas,
porém os centros de todas situam-se sobre uma rela que forma um ângulo fl - A c o m a h o r i z o n t a l . onde \ V \z
R \ V \ sao tensões em volts, em relação ao neutro c as coordenadas do d i u r n a estãD
S
L u diagrama, tiramos em watts e V A r s por fase! Quando as tensões forem dadas em quihvolts entre lm/m, virá
126 E L E M E N T O S D E A N Á L I S E D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA Cap. 7] Diagramas de círculo
PS = - cos (S + á ) + s l
cos (fl - A) (7,^
W \-\Vpl
s \D\ . \V \
S
2
A potência máxima dada pela equação (7*10) não tera sentido prático se a carga f o r m a q u i a
síncrona. O ângulo 0, se houver alguma resistência no circuito, será menor do que 9 0 "
nessas condições, 5 deverá ser maior do que fl a fim de que possa ocorrer a potência nubàtwi
dada pela equação (7.10). T a l condição daria a 5 u m valor superior a D l i m i t e de estabilidade
em regime permanente, para a barra receptora, que ocorre quando fi = 3.
C o m o B é a impedância e m série do circuito 11 equivalente do quadripólo e, para u m *
linha de transmissão, é principalmente uma reatância indutiva, u m a diminuição dessa reatãn»*!*
aumentará a potência máxima que pode ser recebida pela linha. U m método usado para redtif^
a reatância indutiva de u m a linha de transmissão é a colocação de capacitores em série. V-\\\
aumento na tensão na barra geradora p u na receptora, também aumenta o valor da potevu'^
máxima e, e m conseqüência, o limite de estabilidade em regime permanente. O importante
prublema da estabilidade dos sistemas de potência será discutido no C a p . 15.
Fig. 7.8 Diagrama dc círculo da potência da barra Fig. 7.9 Diagrama dc círculo d a potência da barra
geradora, resultante da multiplicação dos fasores geradora resultante da rotação do diagrama da
da fig. 7.7 p o r - Vg/B. A potência reativa consu- fig. 7.8 c m t o r n o d o eixo h o r i z o n t a l , a f i m de
7.5 Diagrama Universal de Círculo de Potência. Os diagramas de círculo descritt"
mida por uma carga indutiva c representada abaixo trocar entre si os pontos acima c abaixo daquele
do eixo das abscissas. eixo. A potência reativa consumida p o r uma carga
apresentam várias limitações, das quais a mais importante é que, embora possa ser construída
indutiva é representada acima do eixo das abscissas. uma série de circunferências concêntricas referentes à barra receptora, para diversas tensões i v
barra geradora, o gráfico resultante só será válido para uma tensão na barra receptora, aquela
para a qual foi construído. Se tiverem que ser estudadas várias tensões na barra receptoi.1.
devemos construir u m novo gráfico da barra receptora, u m para cada uma das novas tensiVs
7.4 Potência Transmitida por uma L i n h a de Transmissão. Existe um limite para a nessa barra, o u então para cada tensão na barra geradora. Se for adotada essa última soluçiH\
potência que pode ser transmitida por u m circuito, numa dada tensão, c o m o pode ser visto as circunferências resultantes não serão concêntricas e a linha que define o ângulo 5 sou'
pela fig. 7.4. A carga pode aumentar até que o ponto k esteja na intersecção da circunferência construída a partir de diferentes centros, uma para cada circunferência. Se forem construída
com a horizontal que passa por n. Essa posição dc k representa a carga máxima que pode ser no mesmo gráfico as circunferências da barra geradora e da barra receptora, tomadas cotm*
recebida, c o m as tensões nas barras geradora e receptora, para as quais foi traçado o diagrama. coordenadas as potências ativa e reativa na barra respectiva, o gráfico deverá limitar-se a u m i '
Efetivamente, essa potência que é chamada de limite de estabilidade em regime permanente, tensão da barra receptora ou a uma tensão da barra geradora e uma série de circunferência
sc a carga for máquina síncrona, poderá ser recebida somente se a carga aumentar grad-,"iv.:ntente. não serão concêntricas. Essas limitações do diagrama poderão ser superadas mediante uiu;>
Da fig. 7.4, para um ângulo dc potência 5, a potência recebida será modificação no sistema de coordenadas.
128 E L E M E N T O S D E A N Á L I S E D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA [Oip. 7 Cap. l\ ü i ^ n m a s de círculo 129
referência, ou como base dos volt-ampères, igual a \Vf j\B\, onde \B\ c a constante generalizada
Se escolhermos u m valor maior para \ V | e-construirmos circunferências para os mesmos valores
R
geral, \V\ ê a tensão nominal de fase ou de linha do sistema, dependendo das coordenadas do
concêntricas c o m o mesmo raio que as da fig. 7.10 e a mesma origem 0 . R A s novas circunferências
diagrama a ser modificado, serem quantidades p o r fase ou trifásicas. Os valores que resultam
devem ser traçadas c o m u m novo centro, ;/', determinado pelas equações (7.12) para o novo
da divisão por \ V] /\B\ são adimensionais. A s s i m , como ocorreu c o m as constantes generalizadas
valor dc \VR\- O centro n' acha-sc sobre a mesma reta passando por 0 ,
2
0,
R no prolongamento da reta nO . R A distância do centro n à origem é a raiz quadrada da
Coordenadas da centro do c i r c u l o da barra .receptora:
soma dos quadrados das coordenadas h o r i z o n t a l e vertical dadas na equação (7.12), isto é
1^
Horizontal = - \A\ cos (fl - a) p.u. (7.11) Distância dc n a 0 R = \A[ - \V Ç' R p.u. (7.14)
Potência
Vertical = - \A\ sen (tf - o:) p.u. reativa p . u .
A s grandezas \V \/\l^\ e ji^í/|t-1 são relações entre uma tensão real e a base escolhida,
R
Potência
Raio do c i r c u l o da barra receptora = \V \ • II^I S p.u.
Vertical = - \A\ • \V \ R
7
sen (fl - a) p.u.
O método dc G o o d r i c h substitui as famílias de circunferências traçadas em u m sistema O método pode ser estendido a u m número qualquer de valores da tensão.na barra receptora;
de coordenadas, por uma família de circunferências, sendo a locação da origem do sistema de as medidas da potência são feitas de diferentes origens para cada valor de l í ^ l . Pode ser usado
coordenadas retangulares determinada pela tensão na barra receptora, para as grandezas relativas papel c o m coordenadas polares o u também traçar circunferências em qualquer sistema disponível
a essa barra, c pela tensão na barra geradora para as grandezas relativas a essa outra barra. de coordenadas retangulares. Apenas o primeiro quadrante é utilizado. A linha de referência c
traçada a partir do centro c o m u m « , formando u m ângulo fl c o m a h o r i z o n t a l , da mesma maneira
que nos diagramas comuns. A linha nO , R na qual situam-se as origens, é desenhada formando
Veja " A Universal Power Circle D i a g r a m " p o r II. D . G o o d r i c h , Trans. A I E E v o l . 7 0 , pgs. 2 0 4 2 - 2 0 4 9 , 1 9 5 1 . um ângulo fl - a c o m a h o r i z o n t a l , como nos outros diagramas. A fig. 7.11 representa as
O artigo contém muitas informações sobre diagramas dc círculo com exemplas ilustrativos. Também são circunferências traçadas para determinados valores p o r unidade de lí^l - As origenspodem
discutidos os lugares geométricos circulares que representam o funcionamento do sistema, c o m certas restrições, i-ituar-so subrc a linha de origens para os distintos valores de \V \. N a figura, pode-se ver uma
R
v são medidos a partir d a linha de referência. A potência ativa é lida à direita de 0 R e a potência quadrante. A linha de referência para a barra geradora ti construída formando u m ângulo de
reativa.positiva na parte superior a 0 . R O ponto P R corresponde a uma carga indutiva, sendo 5 180° -(3 c o m o eixo horizontal. P o r sua vez, a linha das origens f o r m a c o m esse eixo u m ângulo
%
; o angulo de potência. A potência ativa é determinada pela componente horizontal da linha de 1 8 0 ° - 0 3 - A ) . A origem O , correspondente a u m valor de \V \ está localizada uma linha
s S
U n h a do referência
L i n h a do origens
L i n h a d a roferôneto
-'ode ser entendida comparando as figs. 7.8 e 7.9. Situando o centra das circunferências n o
carga o u nos terminais do primário de u m transformador que alimenta a carga. Se essa carga
ííonto n da fig. 7.8 em vez de situá-lo no p o n t o n da fig; 7.9, a porção útil do diagrama permanece
varia em módulo enquanto seu fator de potência permanece invariável, traça-se pela origem
^ primeiro quadrante e m relação a n. Devemos lembrar que a fig. 7.9 resultou da fig. 7.8,
uma linha de carga formando c o m o eixo horizontal u m ângulo igual à fase da carga. A
jie forma que podíamos representar acima a potência reativa de u m a carga indutiva. Nessas_
componente horizontal da linha compreendida entre O s e a intersecção da linha de carga c o m
jndições, ao decidirmos que essa potência deve ser marcada abaixa, estamos retornando à
qualquer das circunferências é a potência ativa por unidade na carga para o valor àc\V \- s \V\R
O u t r o problema resolvido rapidamente pelo diagrama de círculo é a determinação da de Dnde tiramos fl - a = 77,2°. A fig. 7.13 mostra as circunferências traçadas c o m raios | V \ • \ V \ s R
quantidade de potência reativa que deve ser fornecida pelos capacitores síncronos a uma carga iguais a 0,8; 0,9; 1,0; 1,1 e 1,2. A Ünha dc referência e a linha das origens são traçadas a
a f i m de, aumentar seu fator de potência, diminuir a regulação de tensão, o u manter constante partir de n, formando, respectivamente 78,6° e 77,2 c o m a horizontal. D
a tensãD na barra receptora para uma dada tensão na barra geradora. Por exemplo, a origem 1. Os valores por unidade, c o m base 220 k V , são
0R na fig. 7.11 pode ser determinada-.para* a tensão na barra receptora que deve manter-se 700
constante n u m dado valor. Se quisermos que a linlia funcione c o m fator de potência de 100%
' ! [ /
* l =
l2rJ = Q
' 9 1
P- " u
para a carga correspondente ao ponto P toda a potência reativa da carga, representada pela
Rl
outra maneira de considerar as condições na carga é pensar numa combinação carga-capacitor, (220 X I O ) 3 2
= 6 6 x 1 Q f i W A = 2 5 6 M V A
c o m o capaçitor recebendo uma potência reativa negativa, i g u a l . e m valor à potência reativa 182,5
positiva da carga. A carga combinada recebe apenas potência ativa. O mesmo capaçitor síncrono
A potência na carga é
que" fornece k V A r s positivos o u recebe k V A r s negativos poderá funcionar como u m a indutáncia,
P5
recebendo k V A r s positivos o u fornecendo k V A r s negativos, bastando para isso reduzir-se sua
2Í6 = 0
' 4 7 0
P- - u
exdlação. U m problema semelhante é encontrar a carga que deve ser adicionada, n u m dado
fator de potência, a u m a carga existente, sem ser necessário aumentar a tensão na. barra geradora Sendo 1,0 o fator de potência, situaremos a carga a 0,470, p o r unidade, â direita àà O,Rl
alám de u m limite especificado para manter a tensão na barra receptora acima de u m determinado n o ponto P{ mostrado na fig. 7.13. Esse ponto está a 0,96 p . u . de n. Daí
valor mínimo.
0,96
O ângulo de potência nos permite determinar as potências ativa e reativa na barra geradora,
i r
* l =
r j f r = 1
' 0 5 5 p
- - u
Exemplo 7.1
A s constantes generalizadas obtidas da solução do exemplo 6.1 são 0 0,1 0,2 0,3 0.4 0,5 0.6 0,7 0,B 0,9 1,0 1,1 1,2
Escala p . u .
A = D = 0,895/1,4° Fig. 7.13 Diagrama universal"dc círculo para os exemplos 7.1 e 7.2. Tensão "ase = 220 k V potência base
B = ií>2,5/7_S£ ohms = 220 /182,5T= 266 M V A .
1
134 ELEMENTOS DE ANÁLISE D E SISTEMAS DE POTÊNCIA [Cap.7 Cap. 7] Diagramas dc círculo 135
Ejtempfo 7.2
Use o. diagrama universal para verificar a potência relativa à barra receptora achada n o
exemplo 5.2, para uma carga de 125 M W a 2 0 0 k V , sendo de 1 0 0 % o fator de potência na
° U
W[ S = 1,022 X 2 2 0 = 225 k V barra receptora da ünha.
=
IÃ\ =
w = 1 , 1 4 3 p
- - u
para a barra geradora e a linha das origens estão desenhadas na fig. 7 . 1 3 . Elas situam-se no
A regulação será segundo quedrante, pois fazem c o m a horizontal os ângulos de 180° - 78,6° =, 101,4° e
1,143 - 0,977 180° - ( 7 8 , 6 a
- 1,4°) = 1 0 2 , 8 a
respectivamente. Sendo \V \ = 1,055 S
= 17,0%
0,977 Distância de n a O s = 0,895(1,055) 3
= 0,995 p . u .
O p o n t o da carga na barra geradora, P > tem que estar sobre a circunferência de raio 0,96 p . u . ,
s
W'WR\ = 2 3
(
6
2 2
X
0 ) ^ 1 5
= 1,05 p . u . Pot. ativa na barra geradora = 0,525 X 266 = 140 M W
| | = 0 , 3 0 1 p.u.
PROBLEMAS
e a linha de carga para fator de potência 9 0 % no ponto c. 7.1 Construir um diagrama de potências relativo à barra receptora, análogo ü fig. 7 . 4 , para a linha
do Prob. 5.11. Localize os pontos correspondentes à carga do Prob. 5.11 e os centros das circunferências
A distância de a a c representa a potência reativa consumida pela carga; a distância de a
para vários valores de \V$\ se | I ^ Í = 220 kV. Construa a circunferência -que passa pelo ponto de carga.
a b representa a potência reativa fornecida pela linha c o m as tensões especificadas e para a
A partir do seu raio, determine \V^\ e compare «se. valor com os calculados no Prob. 5.11.
carga de 80 M W . O resto da segmento ac (isto é, o segmenta bc) representa ã potência reativa
7.2 Use o diagrama construído para o Prob. 7.1 a fim de determinar a tensão do barra geradora para
que deve ser fornecida pelo capaçitor síncrono. A s medidas no diagrama para as potências
vários valores dc potência reativa fornecido por capacitores síncronos com a carga estabelecida, na barra
reativas nos dão: receptora. Inclua valores de k V A r fornecidos, a fim de obter-se, nessa barra, fator dc potência unitário e
Necessária à carga 0 , 9 cm avanço. Suponha que a tensão na barra geradora seja ajustada paru que a tensão na carga mantenha-se
a"c -. 0.145 p . u . , ou 38.fi M V A r no valor de 2 2 0 k V .
136 E L E M E N T O S D E A N Ã L i S E D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA
7.3 Foi traçado o diagrama dc círculo dc potências rcíativo à barra receptora, para uma tensão
constante nessa barra. Para uma certa carga, a tensão na barra receptora á de 115 k V . 0 raio da circunferência U S O
da barra receptora para \V \ = 115 kV é 127 mm. A abscissa e a ordenada das ciicunferêncfas da barra
S
receptora são, respectivamente, -6,35 c 114,3 mm. Determine a regulação de tensão na carga.
7.4 Considere que nos terminais da linha, cujo diagrama universal ê o da fig. 7.13, existam geradores
REPRESENTAÇÃO
que alimentam cargas locais. A tensão em ambos os terminais é de 220 kV. A carga na barra geradora e dc
10.000 1:W com fator de potência 80% cm atraso. A linlia fornece 50.000 kW à barra receptora, onde a
73 Construa o diagrama universal paia o Prob. S . l l c verifique o valor da tensão du barra geradora
achado no Prob. 7.1, para ama carga dc 40.000 kW, a 220 L V c com /ator de potência 90% em atraso.
Escolha como base a tensão dc 220 k V c use uma escala em que 127 mm = 1,0 p.u.. Se a tensão na barra
recepton cair para 210 k V c a carga passar para 60.000 kW com fator de potência 909c um atraso, determine
os novos valores da tensão c potência na barra geradora.
7.6 Construa o idiagrama universal para a linha descrita no Prob. 5.14 c', a partir dele, determine a
tensão, a potência c o [ator dc potência na barra geradora, para uma carga de 75.000 kW, a 220 k V c com
fator dc potência unitário, na barra receptora. Compare os resultados com as respoãtas do Prob. 5.15. S.1 O Diagrama UnifUar. U m sistema trifásica equilibrado pode sempre ser resolvido
por meio de u m circuito monofásico composto p o r u m a das três linhas e pelo n e u t r o ; nessas
condições, raramente é preciso representar no esquema do circuito mais do que uma fase e-o
neutro. Freqüentemente, o diagrama é mais s i m p l i f i c a d o , suprimindo-se o neutro e. indicando as
partes componentes por símbolos padronizados, ao invés de fazê-lo pelos respectivos circuitos
equivalentes. A o diagrama resultante dessa simplificação chamamos de diagrama unifriar; ele
indica, por uma única linlia e símbolos apropriados, u m a linha de transmissão c o m os dispositivos
-a ela associados.
O objetivo de u m diagrama unifilar é fornecer de maneira concisa DS dados mais significativos
e importantes de u m sistema de potência. A importância das distintas características de u m
sistema varia segundo, o problema que se considere e a quantidade dc informação contida no
diagrama depende do objetivo desejado. P o r e x e m p l o , a localização dos disjuntores e dos relês
não é importante quando se faz u m estudo de carga; para esse estudo, não há necessidade de
representar tais dispositivos no diagrama. P o r outro lado, a determinação da estabilidade de u m
sistema sob condições transitórias resultantes de u m a falta, depende da velocidade c o m que
operam os relês c disjuntores, a f i m de isolar a parte atingida do resto do sistema; portanto,
informações sobre tais dispositivos são, nesse caso, de grande importância. Ãs vezes, os diagramas
unifiláres contem informações sabre os transformadores de corrente e de potencial ligados aos
rele*s do sistema o u destinados a medições. P o r t a n t o , a informação contida n u m diagrama unifilar
varia de acordo c o m o problema a estudar e segundo os métodos de trabalho da companhia para
qual ele é feito.
'Para uma lista completa de símbolos normalizados veja "Graphical Symbols for Eléctrical Diagrama",
Y 32.2-1954, "American Standards Association, New York.
137
Representação dos sistemas de potência 139
138 E L E M E N T O S D E A N Á L I S E D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA
DgEção trifásica e m V v .
Fusível IPTr— estrela, c o m neutro j
nao aterrado
Ligação trifásica e m
*<HHW- -HV|°®1
e. carga B
Transforjnador de estrela, c o m neutro
corrente. aterrado. carga A -
Transformador de potencial — í o u
~ib~ Gerador n? 1 - 20.000 k V A ; 6,6 k V ; X" = 0,655 ohnw
Gerador n? 2 - 10.000 k V A ; 6,6 k V ; X" = 1,31 ohms
Gerador n9 3 - 30.000 k V A ; 3,0T k V ; X" = 0,1452 ohms
Amperímetro e voltfmetro —(A)— —(v)—
!"( c T - Transformadores cm banco trifásico, cada imi deles com 10.000 k V A ; 3,81-38,1 k V ; X= 14,52 ohms,
2
série c o m valores apropriados de resistência e reatância representa cada gerador. Sc desejarmos transformador real. A s correntes em ambos os lados do transformador serão idênticas, se f o r
estudar as cargas, as que estão e m atraso, A e B , deverão ser representadas pela associação série desprezada a corrente de magnetização. N o s transformadores reais, as correntes nos lados da
de uma resistência e de uma reatância indutiva. O diagrama de impedãncias não i n c l u i as impe- alta e da baixa tensão só serão iguais, desprezada a corrente de magnetização, se o número dc
dãncias limitadoras mostradas no diagrama unifdar entre os neutros dos geradores e a terra, isso espiras for o mesmo e m ambos os lados. N u m c i r c u i t o onde os transformadores estejam repre-
.porque em condições de equilíbrio não existe circulação de corrente p o r aquelas impedãncias; sentados por seus circuitos equivalentes, as impedãncias adequadas são as do c i r c u i t o real,
$ terra e o neutro estão no mesmo potencial. Sendo a corrente de magnetização de u m transfor- referidas ao lado do transformador para o q u a l o circuito equivalente f o i construído.
mador usualmente insignificante se comparada c o m a.corrente de plena carga, a admitãncia e m
paralelo não é colocada no circuito equivalente do transformador.
j 14,52 n jJTfin } 14,52 n
—Traíra" —
1
Barra neutro
F i g . 8.4 Diagrama de reatância o b t i d o a partir d o diagrama d a fig. 8 3 , omitindo-se todas as cargas, resistências e
admitâncias em paralelo. A s reatâncias são dadas c m ohms, sendo referidas aos lados d a alta tensão dos
transformadores. Os valores entre parênteses são reatãncías p o r unidade, c o m base 3 0 . 0 0 0 fcVA-66 k V .
F Í E . 8.3 Diagrama dc impedãncias relativo co diagrama unifílar da fig. 8 . 2 .
C o m o f o i dito, a resistência pode ser omitida nos cálculos de faltas. Isso, é claro, introduz N a fig. 8.4 as impedãncias são dadas e m o h m s , estando referidas ao lado da alta tensão.
u m certo erro, porém os resultados serão satisfatórios desde que a reatância i n d u t i v a do sistema Considerada a Unha de transmissão, que está na parte de alta tensão d o c i r c u i t o , não haverá
seja m u i t o maior que sua resistência. A resistência e a reatância indutiva não são somadas direta- necessidade de fazer nenhuma correção n o valor da reatância colocada n o c i r c u i t o para representar
mente e a impedância não será m u i t o diferente da reatância indutiva se a resistência for pequena. essa Unha. N o diagrama unifílar está especificado o valor da reatância de dispersão dos transforma-
Cargas que não envolvem máquinas girantes têm pequena influência na corrente t o t a l da linha dores e m termos de alta tensão, não havendo necessidade de se fazer n e n h u m a correção n o valor
durante a ocorrência de u m a falta, sendo freqüentemente omitidas. Cargas constituídas por usado no circuito equivalente.
motores síncronos, no entanto, são sempre incluídas no cálculo de faltas uma vez que as F E M s
4. ?°^~------^^
t
1 u e
a impedância do secundário,d.e.um transformador
nelas geradas contribuem para a corrente de' curto-circuito. N o diagrama, os motores de indução p£de_se^Jrârjjsfe.n^ jjejo q u a d r a d o j l a relação
devem ser representados quando SE deseja calcular a corrente imediatamente após a ocorrência e
JÍ.rA,5L númerp?.,dç^j?sph^do. enrolamento primário e d o secundário. Òs geradores mostrados
;
de uma falta; essa representação é feita p o r uma F E M e m série c o m uma reatância indutiva. na fig. S.2 estão situados nos lados da baixa tensão dos transformadores e suas reatãncías devem
Esses motores podem ser ignorados no cálculo da corrente uns poucos ciclos após a ocorrência da ser referidas ao circuito de alta tensão para o qual é desenhado o diagrama da fig. 8.4. Os geradores
falta porque a contribuição de corrente feita pelo motor de indução cessa logo após o curto-cir- 1 e 2 estão ligados ao circuito de alta tensão através de transformadores Y - Y c o m relação de
cuito do motor. espiras 10 : 1. Portanto, e m termos de alta tensão, as reatãncías dos geradores I e 2 serão
Se decidirmos simplificar os cálculos de correntes de curto-circuito, o m i t i n d o as cargas IO 3
X 0,655 = 65,5 ohms e I O X 1,31 = 131,0 ohms.
2
estáticas, todas as resistências, a corrente de magnetização de cada transformador e a capacitáncia , Para o gerador 3 , ligado à linha dc transmissão por u m transformador â - Y , o procedimento
da linha de transmissão, o diagrama de impedãncias reduz-se a u m diagrama de reatãncías, como \ não é tão óbvio. Podemos substituir o transformador dado por u m o u t r o Y - Y que dê a mesma
mostrado na fig. 8.4. O diagrama símpü" ficado das reatãncías é útil para o cálculo analítico de 3 transformação para a tensão de Unha. T e n d o o transformador A - Y uma relação 1 0 : 1 entre os
faltas, porem, para cálculos mais precisos deve ser usado u m analisador de redes, que leva e m * enrolamentos dc alta e baixa tensão, a relação entre as tensões de linlia será 17,32 : 1. P o r t a n t o ,
consideração a resistência do c i r c u i t o , b e m c o m o a capacitãneia' e m paralelo da l i n h a de J para o transformador Y - Y equivalente a relação será também 17,32 : 1. C o n s i d e r a n d o o circuito
transmissão. equivalente do gerador 3 a partir do c i r c u i t o de alta tensão, através do transformador Y - V , vemos
Os diagramas de impedãncias e de reatãncías aqui mostrados são por vezes chamados de que suas reatãncias devem ser referidas ao c i r c u i t o dc alta tensão, multiplicando-as pelo quadrado
diagramas de seqüência positiva, uma vez que representam impedãncias para as correntes i da relação de transformação das tensões de fase. A relação entre as tensões de linha é a mesma
equilibradas n u m sistema trifásica simétrico. Essa designação ficará mais clara quando for que entre as tensões de fase. Nessas condições, o fator de multiplicação será o quadrado da relação
estudado o Cap. 13. entre as tensões de linha e não o quadrado da relação de espiras das bobinas individuais do
Quando u m transformador for representado por seu circuito equivalente, não há transfor- transformador A - Y . A reatância do gerador 3 , erri termos dc alta tensão, í 1 7 , 3 2 X 0 , 1 4 5 2 = a
mação de tensão correspondente .. transformação entre os lados da alta e da baixa tensão do • = 43,56 ohms.
142 E L E M E N T O S D E ANÁLISE D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA [Cap. 8 Cap.8] Representação dos sistemas de potência 143
A s F E M s internas dos geradores são representadas no circuito de alta tensão m u l t i p l i c a n - e a tensão de fase por u n i d a d e . M u i t o e m b o i a u m a tensão de l i n h a possa ser escolhida c o m o base,
ao-as pela relação entre as tensões de l i n h a no lado da alta e d a baixa, independentemente d a l i - a tensão a ser usada no c i r c u i t o monofásico equivalente é ainda a tensão entre fase e neutro
gação do transformador. A tensão entre fase e neutro base è igual à tensão de l i n h a base dividida p o r v T . S e n d o essa
relação igual à relação entre as tensões de l i n h a e de fase n u m sistema trifásico e q u i l i b r a d o , o
valor por unidade de u m a tensão entre l i n h a e n e u t r o , c o m tensão base também entre l i n h a e
8.3 Grandezas P o r Unidade. Tensões, correntes, potências aparentes e impedãncias de
neutro, é igual ao valor p o r unidade da tensão de l i n l i a no mesmo p o n t o , c o m tensão base de
u m circuito muitas vezes são expressas e m percentagem o u e m valores p o r unidade, e m relação
l i n h a , se o sistema estiver e q u i l i b r a d o . A n a l o g a m e n t e , os k V A trifásicos são o t r i p l o dos k V A p o r
a u m valor base o u de referencia escolhido"para cada grandeza. P o r e x e m p l o , se a base de tensão
fase e a potência aparente trifásica base e m k V A será o t r i p l o da potência aparente base, por fase,
for 120 k V , tensões de 108,120 e-126 k V se transformam em 0 , 9 0 , 1,00 e 1,05 por unidade o u
e m k V A . P o r t a n t o , o valor p o r unidade d a potência aparente trifásica, n a base de potência
9 0 , 100 e 105%, respectivamente. O valor por unidade de qualquer grandeza é definido c o m o a
aparente trifásica e m k V A 3 é idêntico ao v a l o r d a potência e m k V A p o r unidade, numa- potência
relação entre o valor da grandeza e a base, expressa e m fração d e c i m a l ; o valor e m percentagem
aparente base p o r fase, e m k V A . P o r e x e m p l o , se a potência aparente base f o r 3 0 . 0 0 0 k V A e a
será 100 vezes o valor por unidade. O uso, tanto dos valores por unidade c o m o das percentagens
tensão de l i n l i a base 1 2 0 k V os valores base p o r fase serão 30.000/3 = 10.000 k V A e 1 2 0 / V T =
prtJporciona cálculos b e m mais* simples do que valores reais e m ampères, ohms e volts. O método
6 9 , 2 k V . Então, para u m a tensão de l i n h a de 108 k V , a tensão de fase.será 1 0 8 / V T = 62,3 k V e a.
por unidade tem uma vantagem sobre o percentual porque o p r o d u t o de suas grandezas expressas
tensão p o r unidade será 108/120 = 62,3/69,3 = 0 , 9 0 . U m a potência trifásica t o t a l de 18.000 k W é
e m valores por unidade fornece também u m valor p o r unidade, ao passo que o p r o d u t o e m
equivalente a 18.000/3 = 6.000 k W t p a r fase e a potência p o r unidade será 18.000/30.000 =
percentagem deve ser d i v i d i d o p o r 100 a f i m de que o resultado seja e m percentagem.
6.000/10.000 ~ 0,6. E m t u d o que f o i d i t o anteriormente, podemos s u b r l t u i r k W e k V A p o r
Tensão, corrente, potência aparente e impedância são grandezas que se relacionam de t a l M W e M V A , A menos que se especifique o contrário, u m a dada tensão base e m u m sistema
forma que a escolha de valores de base para quaisquer duas delas d e t e m u n a os valores de base p a i a trifásico será sempre u m a tensão de l i n h a e u m a dada potência aparente base será sempre a t o t a l
as outras duas. Se especificarmos as bases para corrente e tensão, poderemos determinar as bases txifásica.
para impedância e potência aparente. A impedância base é a que apresentará u m a queda de
A impedância base e a corrente base p o d e m ser obtidas diretamente dos valores base de
tensão entre seiís terminais igual à tensão base, quando a corrente que p o r ela circula f o r a corrente
tensão ( k V ) e potência aparente ( k V A ) . Se considerarmos os k V A base c o m o potência t o t a l
base. A potência aparente ( k V A ) base c m sistemas monòfásicos é o p r o d u t o d a tensão base,
trifásica e os k V base c o m o tensão de l i n h a , virá
e m k V , pela corrente base e m .ampères. Usualmente as bases escolhidas são a potência aparente
e m k V A e a tensão e m k V . Para sistemas monòfásicos o u trifásicos onde o termo corrente se- referir
n . , . potência aparente base . e m k V A
à corrente de Unha, o termo tensão referir-se-á à tensão entre ünha e neutro e o termo potência Corrente base e m ampères = - £ — = £ (8.8)
aparente à potência aparente por fase e teremos as seguintes expressões relacionando as diversas v 3 X tensão base e m k V
grandezas:
e, d a equação (8.3)
„ , , . potência aparente 1
base e m k V A , , 0 x
r r
impedância base e m ohms trifásicos, onde as bases são especificadas e m k V A p o r fase e k V entre l i n h a c neutro. À equação
(8.8) detennina a corrente base para sistemas trifásicos onde as bases são especificadas em k V A
Como os circuitos trifásicos são resolvidos como uma linha simples c o m retorno pelo n e u t r a , total para as três fases e e m k V entre linhas.
as bases para as grandezas no diagrama dc impedãncias são k V A por fase e k V entre l i n h a e neutro. P o r vezes a impedância p o r unidade de u m componente de sistema é expressa numa base
E m gera], são fornecidos os k V A o u M V A trifásicos totais c os k V entre linhas. Graças a esse costu- diferente da escolhida para a parte do sistema n a q u a l o componente se situa. U m a vez que t o d
me pode sc*. riginar uma confusão sobre a relação existente entre a tensão de linha por unidade as impedãncias de qualquer parte de um.sistema devem ser expressas na mesma base, para efeitu
144 E L E M E N T O S D E A N Á L I S E D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA [Cap. 3 Cap. s) Representação dos sistemas dc potência 1-Í5
tabelas são baseados em valores médias para dispositivos de tipo e tamanho similares. Sendo os
de cálculo, é necessário ter-se ura meio de converter impedãncias por unidade de u m a base a outra.
Substituindo a equação (8.3) o u (8.10) n a equação (8.7), obtemos motores e m geral especificados e m termos de H P e tensão, os k V A só poderão ser determinados
se conhecermos o rendimento e o fator de potência. Se. não dispusermos desses dois dados,
Impedância por unidade de u m elemento de circuito ~ podemos utilizar as seguintes relações, deduzidas de valores médios para cada t i p o particular de
motor: .
_ (impedância real e m ohms) X (potência aparente base e m k V A ) „ i r .
~ ~ (tensão base e m k V ) X 1.000 a C }
M o t o r de indução: k V A = HP
M o t o r síncrono:
o que mostra que a impedância p o r unidade é diretamente proporcionai à potência aparente basa c o m fator de potência 1,00
e inversamente proporcional ao quadrado da tensão base. Nessas condições, para passarmos de
uma impedância por unidade numa dada base para u m a impedância p o r unidade numa nova base, kVA = 0,85 X H P
aplica-se a seguinte equação ^ — ^ " ' "" ""--•..-„.,
c o m fator de potência 0,8
i«^nova
f" „ -- 7,,
P-U.n
idado nP-U.
„ (- -— —
tBmSa
Vb a 5 e C m k V d a d a
yX f P O t
^ e
—— " V v
m k V A
P n ^
(8.13) kVA=l,10XHP
\_ \ tensão base e m k V , ^ / ^ p o t . ap. e m k V A j a r b J •
Os valores õhmicos da resistência e da reatância de dispersão de u m transformador dependem
Se decidirmos converter os valores e m ohms. das reatancias do diagrama da fig. 8.4 e m do lado e m que são medidas, se do lado da alta o u da baixa tensão. Se estiverem expressos e m
valores p o r unidade, podemos escolher c o m o base 3 0 M V A e 66 k V . Daí, a impedância base valores por unidade, a potência aparente f k V A ) base será a n o m i n a l do transformador; tensão
seria, da equação (8.11) base é a tensão nominal do enrolamento de baixa tensão, se os valores õhmicos f o r e m referidos
ao lado da b a i x a , o u a tensão n o m i n a l do enrolamento de alta tensão, se aqueles valores estiverem
""'*" '' 66 2
^ referidos ao lado, da alta- A impedância p o r unidade será, e m ambos os casos, a mesma, c o m o
- Impedância base = = 145,2 ohms \
mostramos a seguir. Seja
Dividindo as diversas reatãncías do diagrama por 145,2 ohms, obtemos os diversos valores das ZJJJ ~ impedância referida ao lado da alta tensão do transformador
reatãncías p o r unidade, indicadas na fig. 8.4.entre parênteses, abaixo do valor Õhmico correspon-
ZLT = impedância referida ao lado da b a i x a tensão do transformador
dente.
ky^ - baixa tensão n o m i n a l do transformador
A s tatuilas A . 6 L- A . 7 dão alguns valores representativos. Para outros valores veja "Eléctrical Transmissíon Z LT em p . u . = Zuf em p.u. (8.17)
and D i s t r i b u t i o n Referente B o o k " por " C e n t r a ! S t a t i o n Engincers o f lhe Westinghouse Electric C o r p " . ,
4? Edição, East 1'ittsliurgh. 1950. " A - C Network A n a l y z e r M a n u a l " , publicação da General E l e c t r i c C o m p a n y ,
Escolhendo-se adequadamente as diferentes bases para os circuitos interligados através de
GET 1285a, Schencelady. N.Y., 1952. " S t a n d a r d Hand boofc for Eléctrical E n a j n e c r s " . p o r A . E . K n o w l l o n ,
M a c G r a w - H i l l Hoolc C o m p a n y , Inc., 1957. uni transformador, os cálculos por unidade ficarão fáceis. N o caso de u m sistema monufásico, as
— • ~- -•- -irrrtin-i*tg«™«»*»^nnv^ - - •* ^ft 'i r
l! i a
M6 E L E M E N T O S D E A N Á L I S E D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA [Cap. 8
C a p s] Representação d o s sistemas de potência ! ' > 147
tensões bases dos circuitos ligados por transformador devem ter mesma relação que a relação de f
espiras d o transformador. C o m essa escolha de tensões bases c c o m a mesma potência aparente 138 X 1 000
base ( k V A ) , o valor por unidade de u m a impedância será o mesmo, quer seja ela expressa e m
termos da base escolhida para o lado do transformador e m que se situa, quer seja expressa e m Impedância base do circuito B : ^ = 1.900 o h m s
termos da base referente ao outro-.lado*do transformador.
Impedância da carga referida ao circuito B : 3 0 0 - ^ 2 ^ r 1.200 o h m s
E x e m p l o 8.1
A s três partes dc u m sistema monofásico são designadas p o r A , B e C e estão interligadas Impedância da carga referida a A : 3 0 0 X 2 2
X Q,l 2
- 12 ohms
por meio de transformadores, c o m o mostra a fig. 8.5. A s características dos transformadores
são: Impedância e m p . u . da carga referida a A : 12/19 = 0,63 p . u .
;o,63+yo
1-10 2-1
aooíi
F i g . 8.6 Diagrama de impedãncias do e x e m p l o B . l . A s impedãncias
são dadas e m p . u .
A-B B-C
Tensão base para o circuito A : 0,1 X 138 = 13,8 k V Tensão de entrada = tensão na carga, c o m a carga removida
Pelas vantagens citadas, o princípio seguido nesse exemplo para a escolha da base para as
Por ter sido a escolha da base nas diversas partes do sistema determinada pelas relações dc
diversas partes do sistema é o mesmo para os cálculos e m p a r unidade o u e m percentagem. A base
. espiras dos transformadores, a impedância em p.u. da carga referida a qualquer parte do sistema
deverá ser a mesma e m todas as partes do' sistema, sendo que a escolha da ba-*"* t m k V c m uma
será a mesma, como podemos verificar
parte, determina a escolha da base e m k V para as demais, tendo e m vista as relações de espiras
148 Cap.8] Representação dos sistemas d c potência 14°
E L E M E N T O S D E A N Á L I S E D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA
dos transformadores. Seguindo esse princípio, é possível combinar em um diagrama de impedãn- Exemplo 8.2
cias as impedãncias por unidade detenninadas nas diferentes partes do sistema. Um gerador trifásico de 30.000 kVA, 13,8 kV, possui uma reatância subtransitória de 15%.
Se o princípio for apiicado a um circuito trifásico, as tensões bases nos dois lados do Ele alimenta dois motores através de uma linha de transmissão com dois transformadores nas
transformador devem guardar entre si uma relação igual à das tensões nominais de linha em ambos extremidades, como mostra o diagrama unifílar da fig. 8.7. Os valores nominais dos motores são
os lados. Portanto, as tensões bases deverão ter a mesma relação que as tensões nominais entre 20.000 e 10.000 kVA, ambos de 12,5 kV com 20% de reatância subtransitória. Os transformadores
linha e neutro em ambos os lados do transformador e a mesma relação de espiras de um trifásicos são ambos de 35.000 kVA, 13,2A-115YkV com reatância de dispersão de 10%.
transformador Y-Y. Por exemplo, uma base de 66 kV e 30.000 kVA na linha da fig. 8.2 exigirá A reatância em série da linha de transmissão é 80 ohms. Faça o diagrama de reatãncías com todos
uma base de 6,6 kv para o circuito que contém os geradores I e 2 e uma base de 3,81 kV e os valores em p.u. Escolha os valores nominais do gerador como base no circuito do próprio
30^000 kV A para o circuito que contém o gerador 3. A reatância em p.u. do gerador 3 será, pela gerador.
equação (8.12)
0,1452 X 30.000 n _ A
(3.81) X 1.000 3 = 0 ) 3 0
^
A reatância transferida para o circuito de alta tensão é 43,56 ohms e o seu valor por unidade na
base de 66 kV será
F i g . B.7 Diagrama unifílar d o e x e m p l o 8.2.
43,56 X 30.000 n „ rt
(66) X 1.000
a =
°' ° 3 P
" -
U
Solução;
De maneira análoga, o leitor poderá verificar que as reatãncías por unidade dos geradores 1 e 2 são, Uma base de 30.000 kVA e 13,8 kVno circuito do gerador requer uma base de 30.000 kVA
respectivamente, 0,45 e 0,90, sejam calculados com a base de 6,6 kV em seu próprio circuito ou em todos os outros, sendo as seguintes as tensões de base:
referidos ao lado da alta tensão e calculados com a base de 66 kV. Nessas condições, da mesma
maneira que nos sistemas monòfásicos, o princípio para a escolha da base nas diferentes partes Na linha de transmissão: 13,8 X ^ - 120 kV
do sistema trifásico nos permite combinar num diagrama as impedãncias por unidade calculadas t^>-
nas diversas partes, independentemente dê estarem os transformadores ligados em Y - Y ou em 13 0
A-Y.' Logicamente, o princípio também vale se os transformadores estiverem ligados em A-A, No circuito dos motores: 120 X - ~ = 13,8 kV
uma vez que a transformação de tensões é a mesma que a realizada por transformadores Y - Y com
os mesmos valores nominais de tensões dc linha. As reatãncías dos transformadores têm que se. convertidas de uma base de 35.000 kVA, 13,2 kV
para uma base de 30.000 kVA, 13,8 kV, como segue
Se a resistência e a reatância de dispersão de um transformador num circuito trifásico forem
dadas em p.u., o valor por unidade a ser usado no diagrama dc impedãncias é o mesmo, seja qual
30 000 / 13 2 V
for a ligação trifásica (Y-Y, A-A ou A-Y). Por exemplo, um transformador trifásico de valores
nominais 10.000 kVA, 138Y-I3,8AkV pode ter uma reatância dc dispersão de 10%. Para uma Reatância do transformador = 0,1 X g'Q~QQ ("jj^g" ) = 0,0784 p.u.
3
base de 13SkV c 10.000 kVA no circuito de alta tensão, ã reatância por unidade será 0,1.
A impedância base da linlia de transmissão é
138 X 1 000 2
120 X 1.000
2
espiras. é (138/vT)/13,8 = 5,77. A reatância medida nos bornes dc um enrolamento de baixa = 480 ohms
30.000
tensão é 190,4(l/5,77) = 5,72 ohms. A reatância para o neutro, isto é, a reatância do circuito Y
2
equivalente, é 5,72/3. A base nesse lado do transformador é 13,8 kV e a reatância por unidade so
e a reatância da linha ~rrr^ - 0,167 p.u.
será então X -• • 1°T; °, = 0,1, valor igual ao especificado.
J 13,8" X I.U00
Sc o lado da baixa tensão for ligado em Y, os novos valores nominais serão 10.000 kVA e Reatância do motor i = 0,2 X 20000 ("ífs") 3 = 0 , 2 4 6 p
*'
u
138-23,9 kV. A base para o lado da baixa tensão será então 23,9 kV e a reatância por unidade
A fig. 8.8 mostra o diagrama de reatãncías pedido. Resolvendo ás equações (8.18) simultaneamente, virá
Z t = }A.(Z í
P + Zst - Z)
ps
A s impedãncias das três bobinas são ligadas em estrela para representar o circuito equiva--
lente monofásico do transformador de três enrolamentos c o m a corrente de magnetização"
desprezada, como mostra a f i g . 8.9. O p o n t o c o m u m é fictício e não tem relação c o m o neutro'
apropriados, representativos das purtes d o sistema ligadas às bobinas primária, secundária e terciária.
de ensaios. E m qualquer caso, no entanto, todas as impedãncias por unidade n o diagrama de
impedãncias devem ser expressas na mesma base e m k V A .
C o m o-^nsaio de curto-circuito três impedãncias podem ser medidas: do sistema. Os pontos p, s e / são ligados as .partes do sistema que estão unidas às bobinas
prirriária, secundária e terciária do transformador. C o m o os valores õhmico*; das impedãncias
Zp; = impedância de dispersão medida n o primário c o m o secundário curto-dreuítado e o terciá- devem ser referidos à mesma tensão, a conversão para impedância p o r unidade exige a mesma
. rio aberto. potência aparente ( k V A ) base para os três circuitos e também tensões base nos três circuitos que
ZpS = impedância de dispersão medida no primário c o m o terciário curto-circuitado c o estejam n a mesma relação que as tensões de Ünha nominais dos três circuitas do transformador.
secundário aberto.
= impedância de dispersão medida n a secundário c o m o terciário curto-circuitada e o Exemplo 8.3
primário aberto.
Os valores nominais trifásicos de u m transformador c o m três enrolamentos são:
Se as très impedãncias medidas e m o h m s forem referidas à tensão de uma das bobinas, a teoria
Primário: Ligado e m Y; 66 kV; 10 MYA
dos transformadores mostra que as impedãncias de cada bobina isolada, referidas ao mesmo
enrolamento estão relacionadas c o m as impedãncias medidas c o m o segue: Secundário: Ligado e m Y; 13,2 kV; 7,5 MVA
Zrf = Z + Z
- Z = 7%, numa base 10 MVA, 66 kV
s t
ps
primário, se Z , ps Z pl c Z^ forem as impedãncias medidas referidas ao circuito primário. Za = 6%, numa base de 7,5 MVA. 13,2 kV.
152 E L E M E N T O S D E ANÁLISE D E SISTEMAS D E POTÊNCIA
Cap. a] Representação tios .sistemas de potência 153
' Determine as impedãncias por unidade do circuito equivalente ligado em estrela, para uma base de A fig. 8.10 é o diagrama de impedãncias pedido.
l O j V l V A , 66 k V no circuito primário.
Solução:
Com uma base de ! 0 ' M V A , 66 k V rio circuito primário, as bases apropriadas para as impedãn-
cias por unidade do circuito equivalente são 10 M V A , 66 k V para as grandezas do circuito primário,
10 M V A , 13,2 k V para as grandezas do circuito secundário c 10 M V A , 2,3 k V para as do circuito
terciário. X ps eZ pt foram medidas no circuito primário e já' estío expressas na base apropriada
para o circuito equivdente. Não é necessário mudar a tensão base para Z^. A mudança de base
( k V A ) necessária para Z a ê feita assim:
Z tf = 6% X -^j = S%
8,6 A s Vantagens dos Cálculos p o r unidade. Efetuar os cálculos dos sistemas elétricos
em valores por unidade representa u m a enorme simplificação de trabalho. U m a apreciação real
Os valores por unidade em relação à base especificada são do valor do método só é conseguida através da experiência. A seguir, apresentamos resumidamente
algumas vantagens dos cálculos p o r unidade.
Z p = ¥• (/0.07 + /0.09 - / U 0 8 ) •= y0,04 p . u . 1. Os fabricantes usualmente especificam a impedância de parte de u m dispositivo e m percen-
tagem ou valor por unidade, tendo c o m o base os valores n o m i n a i s .
Z s = \i f/0,07 + /0,08 - /0,09) = ; 0 , 0 3 p . u .
2. A s impedãncias p o r unidade de máquinas de u m mesmo tipo e c o m valores nominais variá-
Z = íi (/0,09 + /0,08 - /0,07) = /0,05 p . u .
t
veis dentro de uma faixa ampla, e m geral variam dentro de u m a faixa estreita, m u i t o
embora os valores õhmicos variem materialmente para diferentes valores n o m i n a i s . P o r essa
razão, quando não se conhece a impedância, é geralmente possível selecioná-la a partir de
valores médios tabulados, que proporcionam u m valor razoavelmente c o r r e t o . A experiência
E x e m p l o 8.4 c o m valores p o r unidade nos familiariza c o m os valores adequados das impedãncias p o r
Uma fonte de tenrão constante (barra infinita) alimenta u m a carga puramente resistiva de unidade para diferentes tipos de dispositivos.
-5MW, 2,3 k V e u m motor síncrono de 7,5 M V A , 13,2 k V , c o m uma reatância subtransitória
3. Quando é especificada a impedância e m ohms e m u m c i r c u i t o equivalente, cada impedância
de A ' " = 2 0 % . A fonte è ligada ao primário d o transformador dc três enrolamentos descrito no
deve ser referida ao mesmo c i r c u i t o , multiplicando-a pelo quadrado da relação entre as
exemplo 8.3. 0 motor e a carga resisüva estão ligados no secundário e no terciário do transforma-
tensões nominais dos dois lados do transformador que liga o c i r c u i t o de referência c o m o
d o r . Faça o diagrama de impedãncias do sistema e determine as impedãncias por unidade para que contem a impedância. U m a vez expressa na base apropriada, a impedância p o r unidade
uma base de 66 k V , 10 M V A no primário. é a mesma referida a ambos os lauos do transformador.
4. A maneira pela qual os transformadores são ligadas nos circuitos trifásicos não afeta as
Solução:
impedãncias por unidade do circuito equivalente, m u i t o embora determine a relação entre
A fonte dc tensão constante pode ser representada por um gerador sem impedância interna.
as tensões base nos dois lados do transformador.
A resistência da carga é 1,0 p . u . numa base de 5 M V A , 2,3 k V no terciário. Para uma base
de 10 M V A , 2,3 k V a resistência será
%8.7 Analisador de Redes C . C . O : analisadores de rede p r o p o r c i o n a m u m método de
representação dos sistemas de transmissão, por meio da interconexão d o s circuitos equivalentes
das partes componentes do sistema. Todas as tensões, correntes e impedãncias são convertidas a
fi = l , 0 X y = 2,0 p . u .
valores proporcionais a seus valores reais. E m u m analisador alimentado p o r u m a fonte C . C ,
muitas unidades de resistência variável podem ser interligadas entre si p o r cabos flexíveis e pinos
semelhantes aos encontrados em quadros telefônicos operados manualmente. 1
Apenas as
Mudando a reatância do m o t o r para u m a base de 10.000 k V A , 13,2 k V , virá
reatãncías indutivas do diagrama de impedãncias em estudo p o d e m ser representadas e cada
reatância è representada por u m resistor. Os geradores e motores são substituídos por uma fonte de uma instalação industrial. Obviamente, é preciso-dispor-se de dados a partir dos quais possamos
C . C . ligada ao circuito através de resistDres que representam a reatância interna de cada máquina. obter as reatãncías das linhas, dos transformadores, dos motores e dos geradores. Se o sistema local
N u m sistema de corrente alternada, a corrente que circula depende do módulo e da fase das estiver ligado a u m sistema de potência externa, como mostra a fig. 8.11, esse último deve ser
tensões internas dos motores e geradores. N u m analisador C.C. não há ajuste das tensões representado no analisador C.C. p o r uma ligação à alimentação contínua através de u m a resistência
individuais dos motores e geradores, b e m como nada correspondente à diferença de fases das determinada pela corrente no sistema, caso ocorresse u m curto-circuito n o ponto de interligação.
tensões, porém, foram desenvolvidos métodos que permitem a utilização desses analísadores para
Do teorema de Thévenin deduz-se que o sistema de potência externo pode ser corretamente
estudos de carga.
representado p o r uma tensão e m série c o m uma impedância. O teorema estabelece que u m
Quando ainda não se dispunha dos modernos computadores digitais, a maioria dos estudos circuito linear terminado e m dois pontos c e i e contendo um número qualquer de F E M pode ser
de carga eram feitos nos analísadores de C . A . , porém os analísadores C . C . eram muito usados no substitu/do por uma única F E M em série c o m u m a impedância, ligadas entre aqueles dois pontos;
estudo das correntes de faltas,- provocadas por curto-círcuítos em vários pontos do sistema. a F E M é igual à tensão do circuito aberto medida entre a e b; a impedância e* igual à impedância
Esses estudos podem ser feitos facilmente mesmo em computadores de porte médio, como do circuito medida entre a e b c o m as F E M s curto-circuitadas. Se as F E M s forem constantes, a
veremos no Cap. 12. Os analísadores de rede C . C . c o n t i n u a m , no entanto, a ser úteis e iremos impedância será igual à tensão de circuito aberto entre, D e b dividida pela corrente-que circula
estudá-los como uma ilustração da correlação entre os diagramas unifiláres, os diagramas de entre os pontos quando existe u m curto-circuito. As.companhias de energia elétrica fornecem
reatãncias e os valores p o r unidade. tabelas contendo as correntes de curto-circuito I que podem ocorrer e m pontos de ligação dos
sc
Algumas companhias construíram analísadores de rede c o m resistores permanentemente • seus sistemas. Usualmente, as tabelas fornecem os M V A de curto-circuito, sendo
ligados, representando seus próprios sistemas e as interconexões c o m os sistemas vizinhos.'
A maioria dos ^quadros são compostos de resistores ligados de tal maneira que cada u m termina = — g ? = > M V A de curto-circuito = yfí X ( k V nominal) X /„. X I O " 3
(8.20)
em dois condutores que podem unir-se . aos de outras unidades em u m quadro de interconexões.
N u m quadro típico, uma resistência de 4 0 ohms é 100% de impedância e uma fonte de tensão é
Desprezando-se a resistência e a capacitãneia e m paralelo o circuito equivalente monofásico de
u m retificador de selênio que proporciona 4 0 volts para 100% de tensão. A tensão e corrente e m
Thévenin que representa o sistema consta de uma F E M igual à tensão nominal de linha dividida
cada resistor são lidas em instrumentos no painel de controle, pressionando-se os botões
por em série c o m uma reatância indutiva de
correspondentes.
Também existem analísadores portáteis, construídos e m caixas do tamanho de uma maleta v ( k V n o m i n a l / V 3 ) X 1:000 . r _ o
grande. São alimentados p o r baterias contidas na caixa juntamente c o m u m amperímetro e u m Xth = ~r~^ o n j n s
(8.21)
'se
voltímetxo. U r a dispositivo de encaixes proporciona a interügação dos resistores e a ligação dos
medidores. Muito embora sejam baratos, compactos e facilmente transportáveis, os analísadores Tirando I x da equação (8.20) e substituindo na equação (8.21) virá
portáteis não são tão precisos ou convenientes como os analísadores permanentes c o m resistências
calibradas. „ ( k V mominal) 2
. r o
Fig. 8.11 Diagrama unifílar dc u m típico sistema de potência industrial. impedância por unidade, a corrente base será de ! mA Todas as FEMs internas das máquinas do
n
156 E L E M E N T O S D E A N Á L I S E D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA [Cap. 8 Representação dos sistemas de potência 157
Barra ,-t
p o 5 h i v a
500n -
-VA—
300X1
B
Barra
negativa
linha normalizadas, constituídas por resistência e reatância indutiva. Alguns analísadores têm
8.9 Computadores Digitais. Os grandes computadores digitais p o d e m resolver todos os
capacitores na unidade de linha para representar a capacitáncia e m paralelo, bastando u m ajuste
problemas que os analísadores C A . resolvem. O c o m p u t a d o r , sendo u m a máquina que realiza
de. capacitãneia cm ambos os extremos da linha para que ela.possa representar o circuito 17 nominal
operações aritméticas, é diferente de u m analisador de redes C A . , que reproduz o sistema e m
de uma linha de transmissão. E m outros, devem ser ligados capacitores em ambos as extremos
miniatura. Os diagramas unifílar e de impedãncias c o m valores expressos e m p . u . b e m c o m o todos
de u m a unidade dc linha para obtér-se aquela representação;
os demais dados necessários ao analisador, são também necessários para a preparação dos dados
A s unidades que representam as cargas têm seus voltímetros individuais e são'ligadas p o r
de entrada do computador. O programa escrito para u m problema particular é a entrada adicional
meio de auto transformadores c m alguns analísadores, o que possibilita a manutenção de u m a
para o computador que determina as operações que serão efetuadas c o m os dados anteriormente
tensão constante na unidade, independente da. tensão do sistema- Essa disposição das unidades
fornecidos.
de carga é útil para o ajuste de cargas para valores necessários, quando não se dispõe de controle
Antes que possamos compreender a maneira dc operar do c o m p u t a d o r para resolver os
automático. Existem outras unidades que representam capacitores síncronos, atüotransformadores
problemas enumerados e m nosso estudo dos analísadores C A . , examinaremos no Cap. 9 as
e reatãncías mútuas.
equações gerais das redes e suas soluções. 0 b o m entendimento dessas equações facilitará o estudo
N o painel principal de instrumentos e de controle existem interruptores c o m botões que
das soluções do computador. O Cap. 1 0 é dedicado à discussão dos estudos de f l u x o de carga e a
permitem a ligação de qualquer unidade do circuito às barras principais dos instrumentos^
maior parte desse c a p i t u l o se ocupa dos métodos usados pelos computadores na solução desses
Normalmente, existem amperímetros, voltímetros e wa_ttímetros'vertmetros e m que são lidos o
problemas. Estaremos e m condições de discutir e comparar as vantagens dos analísadores e dos
módulo e a fase bem c o m o as componentes, real e imaginária de corrente, tensão e potência.
computadores e de apreciar a versatilidade dos grandes computadores digitais, cujo grande
Muitas analísadores modernos são equipados c o m urna. mesa registradora possuindo a desenvolvimento indica que brevemente poucos analísadores serão fabricados. N o entanto, os
superfície de registro de plástico, c o m u m grande número de pontos translúcidos. Sobre essa analísadores atualmente e m operação ainda serão úteis p o r muitos anos.
superfície, está o diagrama unifílar. U m pequeno bulbo de lâmpada correspondente a cada
unidade medida está colocado de baixo de cada ponto na situação correspondente à parte do
circuito representada pela unidade. Quando, se fazem leituras para uma dada unidade, o ponto de
l u z indica sobre o papel o panto do diagrama para o qual os dàdos devem ser registrados. Dispõe-se
de u m número suficiente de pontos para os bulbos, de modo que,o bulbo que estiver ligado e m
qualquer unidade pode ser posto e m praticamente qualquer posição sob o diagrama.
Tabela para o Prob. 8.3 Faça o diagrama dc impedãncias c o m todas as reatãncías dadas em p . u . c usando letras para indicar os
pontos correspondentes aos d o diagrama unífitur. Escolha u m a base d c 3 0 . 0 0 0 k V A , 6,9 k V n o cireuitu do
1 -2 3 4 5 G 7 S 0 gerador 1.
Y-Y A 0,0 - 71 1.
Y-A Y 3,81
Y-A A 3,81
A-Y Y 0,6
('a.6. 'Faça o .diagrama de impedãncias para o sistema de potências mostrado n a fig. 8.15. Dê as
8.4 U m gerador trifásico de 15.000 fcVA, 8,5 k V tem uma reatância subtransitória dc 2 0 % . E i e c ligado impedãncias c m p . u . . Despreze a resistência e use a base de 5 0 . 0 0 0 k V A , 138 k V na Ünha dc 4 0 ohms. A s
alravés-de u m transformador A - Y a uma linha de transmissão de alta tensão, c o m u m a reatância total era características dos geradores, motores e transformadores são:
série de 7 0 ohms. N o extremo da linha correspondente à carga existe um transformador abatxador Y - Y . A m b o s
is bancos de transformadores são compostos p o r transformadores monòfásicos; cada u m deles t e m valores Gerador 1: 20.000 k V A ; 13,2 k V j X" = 1 5 %
nominais dc 6.667 k V A , 10 - 10D k V , c o m reatância dc 10%. A carga, representada p o r u m a impedância, Gerador 2 : 20.000 k V A ; 13,2 k V ; X" = 1 5 %
consome 10,000 k V A a 12,5 k V , c o m fator de potência dc 8 0 % c m atraso. Esquematize o diagrama de M o t o r síncrono 3 : 3 0 . 0 0 0 fcVA; 6,9 k V ; X" = 20%
impedãncias de seqüência , positiva, c o m todas as impedãncias e m p . u . . E s c o l h a uma base de 10.000 k V A , Transformadores trifásicos Y - Y : 20.000 k V A ; 1 3 . 8 Y - 1 3 8 Y k V ; X = 10%
12£ k V no c i r c u i t a de carga. Determine a tensão nos terminais do gerador. Transformadores trifásicos Y - A : 15.000 k V A ; 6 . 9 A - 1 3 8 Y k V ; X = 10%
T o d o s os transformadores são usados para elevar as tensões dos geradores aos valores das linhas de transmissão.
8.8. Calcule a regulação de tensão na barra C d a fig. 8.15 para a.i duas condições d o P r o b . 8.7. Considere
que a tensão nas barras A c B são mantidas constantes se a carga de 24.000 k W Ó removida quando as dois
geradores são ligados c que a tensão na barra B é constante quando á carga dc 12.000 kW f o r removida quando
apenas o gerador 2 está ligado.
Capítulo
8.10 N u m certo dstemn de potência a base é 110 k V , 250 M V A . O sistema é representado n u m
analisador d c redes tendo u m a base de 5 0 V e 1.000 ohms. Se na unidade que representa a linha de transmissão
ürcular u m a corrente de 4 0 m A , qual será a corrente na linha para as condições simuladas n a analisador?
EQUAÇÕES DE CIRCUITOS
é 3.000 ohms. Se u m miliamperímetro ligado em série c o m uma das unidades dc resistência d o analisador
fornece u m a leitura de 10 m A , determine a corrente de curto-circuito n o ramo correspondente do sistema.
B.12 Esquematizc o diagrama e marque os valores de todas as resistências a serem ligadas n u m analisador
C C para estudar • sistema d o P r o b . 8.6. O analisador tem u m a tensão 1 0 0 % de 5 0 volts e u m a impedância E SUA SOLUÇÃO
1 0 0 % de 10.000 ohms. Qual a tensão a ser aplicada entre as barras positiva e negativa se tiver que ser estudada
.uma falta quando a linha trabalhar a 132 k V ?
' t l m estudo m u i t o interessante das equações dos circuitos pode ser encontrado e m "Eléctrical Enginering
S c i e n c e " , cap. 9 " N e t w o r k T o p o l o g y and N e t w o r k E q u a t i o n s " , p o r P. R. G e m c n t e W. C . J o h n s o n , c d .
M c G r a w - H i l l B o o k C o m p a n y , Inc., N e w Y o r k , 1960.
163
164 ELEMENTOS DE ANÁLISE DE SISTEMAS DE POTÊNCIA (Cap. 9 Cop.9] Equações de circuitos e sua solução 165 u
o
O conhecimento da tensão em um nó comum a mais de dois elementos (isto é, quando
duas correntes se unem para formar uma terceira), é normalmente uma parte conveniente da
onde 2 Z é a soma das três impedãncias ligadas e m A .
A
Se tivermos mais que três impedãncias terminando e m u m nô, ele poderá ser eliminado o
solução, razão pela qual deve ser evitada a eliminação desse nó. Nos casos em que não f o r
importante a tensão n u m certo nó, ele pode ser eliminado a f i m de reduzir o número de equações
Lplicando-sc as equações gerais de conversão estrela-malhas. A fig. 9.2 mostra cinco impedãncias
ligadas em estrela, convergindo no nó o e o circuito equivalente de malhas. Nesse, existe u m a
Q
necessárias à solução. A tensão no nó eliminado bem como as correntes que circulam nos impedância ligada entre cada par de terminais d a circuito original. A impedância ligada entre O
elementos que terminam n o nó podem ser determinadas p o r meio de cálculos adicionais baseados
na informação obtida na solução c o m o nó eliminado. Se no sistema for preciso realizar muitos
ò
estudos dc estabilidade, a eliminação de nós reduz a quantidade dc cálculos, uma vez que tais õ
estudos raramente exigem informações sobre as tensões, nas barras.
-O
Q
J
J
Õ
Fig. 9.2 Circuitos equivalentes estrela-malhas.
g
Hg. 9.1 Circuitos equivalentes Y - A .
o
a
y cada u m deles pode ser determinada pela eliminação de todos os nós do c i r c u i t o , exceto aqueles
_ z*
ta
a
z *+ £zLz
b
b b bc c +Z c A r t
em que estão ligadas as F E M s . Nas malhas resultantes, cada F E M é ligada diretamente às outras
7" = ZcAi 2-*y- (9.3) por meio de uma única impedância. A corrente que circula em cada impedância ê igual à diferença
z b
Y
de potencial entre seus dois terminais dividida pelo valor da impedância.
onde o t e r m o ] > ] ^ - é a soma das inversos das três impedãncias ligadas em Y . Essas equações
-;_i
são úteis na determinação das impedãncias ligadas c m A equivalentes a uma dada ligação e m Y . Exemplo 9.1
Se quisermos converter impedãncias ligadas em A numa ligação em Y , as equações apro- Quatro barras de alta tensão designadas p o r a, b, c e d são ligadas, c o m a mostra o
priadas são
diagrama unifílar dafig.9.3. Os geradores estão ligados às barras a e c c a l i m e n t a m u m m o t o r r
D
y _ ZobZgS ZgbZgj síncrono ligado à barra d. Para efeito de análise todas as máquinas e m qualquer barra são
* =
z ab +Z bc + Za = ~ ^ z 7 < - )-
9 4
consideradas c o m o sendo simples, representada p o r uma F E M em série c o m urna reatância. V
_ z z ab bc ^ z z ah bc
N a fig. 9.4 é mostrado o diagrama de reatãncías, còm as reatâncias dadas em p . u . . Os nós
estão representados por pontos designados p o r letras, exceto aqueles localizados entre reatâncias
o
em série. Simplifique b circuito e l i m i n a n d o ' t o d o s os nós, exceto o neutro e e, / e g onde "J
7 zz bc m zz
bc m estão ligadas as F E M s das máquinas. N o t e que os nós conservados, salvo o n e u t r a , não possuem
C =
Z AB + Z bc + 7^ = ~wr M existência física no sistema.
166 E L E M E N T O S D E A N A L I S E D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA
Cap. 9] Equações d c circuitos e sua solução
167
HH5
(>
F i g . 9.3 Diagrama unifílar d o exemplo 9.1
jP,3 . jO,3
i 'cotio ' • i
-
TRUKO 1
ippOPi—-ri 1 qpQp i
_ -0,15 . _ n
/ 0 , 1 8 7 5 X 7'0,1875
^ 7l,5 +/0.1S75 + / 0 i 8 7 5
1 " / U
'° i y f l
-0.15 .
A fig. 9.Sd resulta da combinação das impedãncias e m série da fig. 9.5c. A malha procurada,
n c
Exemplo 9.2
cálculos feitos à mão, a redução do circuito é ainda preferível à solução de equações rimultâneas.
Se as F E M s internas nas estações A, 3 e C do exemplo 9.1 forem, em p.u., E A = 1,5/0_ ,
J
O tempo requerido para u m a solução analítica levou ao desenvolvimento dos analísadores de
EQ = 1,5/15° e E C = 1,5/-36,9° determine a potência de saída, em p.u., e m A e B, bem rede. Atualmente, a existência dos computadores fez c o m que as equações .dos circuitos
como a entrada e m C. . adquirissem grande importância para os engenheiros de sistema de potência, u m a vez que
essas equações são as bases da programação dos computadores n a solução de -muitos tipos de
Solução: problemas.
considerar apenas aqueles nós formados pela junção, de mais de dois elementos; são chamados
E -EB R 1,5/15° - 1,5/-3Ó,9 D
. de nos principais. Então, se considerarmos todos os elementos em série entre os nós principais
- = Z f ~^/3,02 =
°' 4 2 6
^ / 0
'° 8 3 P
" -
U como sendo ramos simples, verificamos que na fig. 9.4 existem 5 nós e 8 ramos. Conhecidas
E - E l 5/-36,9° - 1,5/0° as diversas F E M s , para determinar a tensão e a corrente c m cada ramo serão necessárias 16
C A t
N o motor C:
!
s = k l
~ seI
= °- 6 8 9
- A H i = 0,710/-13,9° p.u.
Saída dc A:
Saída de B:
Entrada na carga:
K g . 9.6 G r a f o dD circuito da fig. 9.4 F i g . 9.7 G r a f o da fig. 9.6 rearraujando, conside-
rando apenas os nós p r i n c i p a i s .
1,5 X 0,710 cos (36,9° - 13,9°) = 0,985 p . u .
A potência total trifásica em cada estação é o produto dos valores em p.u. obtido pelo k V A
base trifásico.
U m a árvore dc u m grafo é aquela parte composta de ramos em número suficiente para
O trabalho necessário à redução do circuito complexo de u m sistema de potência típico interligar todos os nós sem formar nenhum caminho fechada. Os ramos restantes são chamados
a u m número de impedãncias mínimo foi mostrado nos exemplos anteriores. Quando existem e/os. A fig. 9.B mostra algumas das possíveis árvores de nosso grafo. Qüando u m elo é adicionado
mais nós e são necessárias equações gerais de conversão estrela-malhas, o trabalho aumenta a u m a árvore, u m caminho fechado denominada laço é formado. Pode-se formar u m conjunto
consideravelmente. Se as impedãncias não puderem ser consideradas como reatâncias puras, o definido de laços d e t e r f i m n d o o caminho fccliado formado pela colocação dc enda elo, u m
usu, úe números complexos aumenta e compHca-enormemente o trabalho. N o entanto, para de cada vez, na árvore.
170 ELEMENTOS D E ANÁLISE D E SISTEMAS D E POTÊNCIA ÍCap.9 Cap. 9] Equações dc circuitos c sua solução 171
v -3 , jO.3
n
N a fig. 9.9 os ramos de uma árvore de nosso grafa são indicados por linhas grossas e
os elos p o r linhas finas.TOs ramos da árvore são os de números 1, 2, 4 e 7 e os elos 3 , 5,
6 e 8. Quando o elo 3 é colocado no grafo, o laço resultante É composto por todos os ramos
externos e o caminho fechado é indicado e identificado pelo número 3 colocado dentro de
u m círculo. Os laços formados pela adição de cada u m dos outros elos são identificados pelos
números 5 , 6 e 8 colocados dentro de círculos. N a figura é mostrado o sentido arbitrário de Fig. 9.10 Circuito para o exemplo 9.3. O circuito é igual ao da fig. 9.4, porém estão indicados os laços
percurso de cada caminho fechado. Esse sentido ê considerado positivo para a corrente no elo. definidos na fig. 9.9 e estão «moinadas as reatâncias em série. Os valores mostrados são imoedancias cm p.u.
Se imaginarmos a corrente em cada elo circulando independentemente n o caminho fechado,
a corrente em cada ramo de árvore será determinada pela superposição dessas correntes,
chamadas de "correntes de laço". A s flechas indicam A fig. 9.10 é a mesma que a fig. 9.4 exceto que as reatâncias e m série foram somadas e
o sentido considerada positivo para cada corrente de indicados os percursos para as correntes de malha. A s correntes possuem números de acordo
laço. À superposição dessas correntes determina cada c o m o número do elo inserido na árvore da fig. 9.8o para obter o laço correspondente. Logica-
corrente de ramo, uma vez que não poderá circular mente, poderiam ser formadas outras correntes de malha pela escolha de u m a outra árvore.
corrente n u m ramo se todas as correntes nos elos A aplicação da 2? lei de K i r c h h o f f para o percurso / fornece 4
corrente de mallia. Nos circuitos simples é conveniente escolher uma árvore tal que todos os F 3 = Z iíi3 + Z I
32 2 + Z 3 3 / 3 + Z34/4 ( 9
' 1 0 )
elos definam correntes de malha, já que essas são facilmente identificáveis. O número de malhas
E = Z /[ + Z h +
243/3 +
£MA
é igual ao número de elos e portanto igual ao de equações de laço independentes. Os laços
4 41 42
formados pelos elos da árvore da fig. 9.8a definem as correntes de malha de nosso circuito. Os primeiros termos das equações são as elevações da F E M ao longo dos respectivos laços.
Os circuitos mais complexas podem não ser planos, ou pode ser difícil a identificação das A s impedãncias Z , Z , Z
n 22 e Z^ são chamadas de impedãncias próprias dos laços e são
i2
malhas. E m tais casos é recomendável utilizar o método geral dos elos para a formação das iguais, respectivamente, à soma das impedãncias nos laços 1, 2, 3 e 4. A s outras impedãncias
172 E L E M E N T O S D E ANÁLISE D E S I S T E M A S D E P O T Ê N C I A [Cap.9 Equações de circuitos c sua solução 173
são chamadas de impedãncias mútuas dos laços, sendo comuns aos laços indicados pelos índices. 9.4 Equivalência de Fontes. E m alguns problemas de análise de circuitos, a substituição
Cada impedância mútua é ou a impedância real comum aos dois laços c o m os quais se identifica de uma fonte d c F E M constante c o m u m a impedância em série por u m a fonte de corrente
ou o valor negativo da impedância real, conforme sejam iguais o u opostos os sentidos positivos constante c o m uma impedância em paralelo é de grande ajuda. A s duas partes d a fig. 9.11
das correntes dos dois laços na impedância considerada. * A s s i m , nD circuito dáfig.9.10, representam os dois circuitos. A m b a s as fontes c o m suas respectivas impedãncias estão ligadas
Z l4 = -j'Q,3 e Z 3 3 = +/0.3. - a u m b i p ó b cuja impedância de entrada é Z . A carga pode ser considerada, p o r enquanto,
L
z A ordem dos índices nas impedãncias mútuas é a de efeito-causa, isto é, o primeiro índice como u m circuito passivo; isto é, qualquer fonte de F E M interna na carga é considerada u m
refere-se ao laço onde ocorre a queda de tensão e o segundo ao laço onde há a elevação de curto-circuito e qualquer fonte de corrente, u m circuito aberto.
tensão. A manutenção dessa ordem de índices contribui para a simetria das equações mas, poi
OUtfO lâdô, á supérfluo porque (com elementos bilaterais) a corrente n o laço 1 produzirá a
mesma queda de tensão no laço 2 que a que seria produzida n o laço 1 pela corrente no laço 2 .
Portanto Z í2 =Z 2i e o mesmo raciocínio aplica-se às outras impedãncias mútuas. Essas impe-
dãncias podem ocorrer entre partes dc u m circuito acopladas somente p o r meio de campos
magnéticos.
U m a expresião geral para a soma algébrica das F E M s ao longo de u m laço k de u m circuito
•com N laços independentes é
(a) (6)
£k=é,ZknIn (9.11)
A vantagem d a forma normalizada das equações de laçD é que as mesmas equações se aplicam
a qualquer circuito. Para a formulação numérica das equações devem ser seguidos os seguintes Fig. 9.11 C i r c u i t o s mostrando a equivalência dc fontes.
passos: determinação do número de equações de laço independentes, identificação dos laços e,
finalmente, determinação das impedãncias nas equações e das F E M s nos laços.
Para o circuito c o m u m a fonte de F E M constante Eg e impedância e m série Z^, a tensão
E x e m p l o 9.3 na carga é
Determinar as F E M s dos laços e todas as impedãncias, na forma normalizada das equações
V
L =%-llZg (9.12).
de laço para o circuito da fig. 9.10 se (como no exemplo 9.2) as forças eletromotrizes individuais
em p . u . forem E A = 1,5/OJ , E g = 1,5/15° e E c = i,5/-36,9° onde IL é a corrente na carga. Para o circuito que contém uma fonte de corrente constante
l
Sí c o m uma impedância Z e m paralelo, a tensão na carga será
p
Solução: Ei = E 2 = 0
y L = c/r - m
E 3 = E c - Lg = l,5/-36,9° - 1,5/15^ = - 0 , 2 5 - /1.29 p . u .
= I Z -I Z
s p L p (9.13)
• F„ = E A - E= c I,5/0°_ - l,5/-36,9° = Q,3 + /'0,9 p . u .
A s duas fontes e suas impedãncias associadas serão equivalentes se a tensão V for a mesma nos L
E m p.u. as impedãncias são dois circuitos. Logicamente, valores iguais de V significam correntes I iguais para cargas
L L
Z 22 = /0,3 + /0,1 + /0,3 = /0,7 A comparação das equações (9.12) e (9.13) mostra que V será idêntico e m ambos os L
circuitos e portanto pode-se c o n c l u i r que uma fonte de tensão c o m uma impedância c m série
Z33 = /l ,0 + /0,3 + /0,95 = /2,25
pode ser substituída p o r uma fonte de corrente c o m uma-impedância em paralelo, desde que
Z44 = /l.l + /0,3 + /1,0 = /2,4 se cumpram as duas condições seguintes
Z I 2 =Z J t =/0,l Zz3 = Z M = ;0,3
Eg = I;Z p (9.14)
Z a =z 3l = 0 ZA
2
= Z „ = 0
Zg * Z p (9.15)
Z H =Z 4 I = -/0,3 = Zn = /o.i
Essas relações mostram que uma fonte de corrente constante c o m uma Impedância e m paralelo
• A solução simultânea das quatro equações de laço, após a substituição dos valores anteriores,
pode ser substituída, por uma fonte de F E M constante c o m uma impedância em série se a F E M
fornecerá as quatro correntes de laço a partir i a s quais podem ser determinadas todas as correntes
for igual ao produto da corrente constante pela i m p e d â n c i a m paralelo e se a jmpedãncia
de ramo.
em série for igual em paralelo. Reciprocamente, uma fonte de F E M constante c o m uma
174 E L E M E N T O S H E A N A L I S E D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA Equações de circuitos e sua solução 175
impedância e m série pode ser substituída p o r uma fonte de corrente constante c o m uma Utilizaremos índices simples na designação das barras em relação aò neutro, tomado c o m o
impedância em paralelo, se as duas impedãncias forem iguais e se a corrente constante for igual nó de referência. Aplicando-se a W das correntes de K i r c h h o f f ao nó 1, igualando a corrente
ao valor da F E M dividido pela impedância em série. que entra no nó, proveniente da fonte, c o m a que sai, teremos
V i m o s as condições de. equivalência de fontes ligadas a circuitos passivos. Pelo princípio
da superposição podemos mostrar que tais condições também são aplicáveis no caso de a saída ' /, = V^Yf + Y ) + ( T , ' - V )Y
g 2 a + (V, - V,)Y C (9.16)
ser u m circuito ativo, isto ê, contendo fontes de tensão e corrente. Para determinar a contribuição
e, .para o nó 2
da alimentação no caso de circuito ativo, o princípio da-superposição exige curto-circuitar as
fontes de F E M no circuito de saída e substituir as fontes de corrente p o r circuitos abertos, 0 = (V 2 - ^)r f l + (V 2 - V )Y 3 b + (V 2 - V,)Y e (9.17)
mantendo as impedãncias intatas. Nessas condições, a saída passa a ser u m circuito passivo,
n o q u e concerne à componente d a ' c o r r e n t e das fontes intercambiadas. Para determinar as Kearranjando essas equações, teremos
componentes da corrente devidas às fontes do circuito de carga, a . F E M da fonte é curto-circuitada
n u m caso e a fonte de corrente é aberta no outro. Portanto, apenas Zg, o u seu equivalente Z ,
-
p • A . = ' V (Yf
x + Y+ g Y+ a Y) - VY c 2 a - VY 4 c (9.18)
é ligado na entrada da carga a fim de determinar o efeito das fontes no circuito de carga,
0 = -V Y x a + V (Y 2 a + Y b + y ) - VY e 3 b - V<Y e (9.19)
independentemente da fonte de alimentação. Portanto, aplicando o princípio da superposição,
as componentes relativas às fontes do circuito de carga são independentes do tipo de alimentação,
Equações análogas podem ser escritas para os nós 3 e 4 , e as quatro equações p o d e m ser resolvidas
desde que a impedância em série c o m a fonte de F E M seja igual à impedância em paralelo
simultaneamente para as tensões V V, V e V . A partir dessas tensões, todas as correntes
cora a fonte de corrente. A s s i m , aplicam-se as mesmas condições de equivalência quer b circuito it 2 3 4
seja passivo como ativo. de ramo podem ser determinadas. Desse m o d o , o número necessário de equações nodais é u m
a menos d o que o de nós do circuito. U m a equação escrita para o q u i n t o nó não forneceria
nenhuma informação adicional: E m outras palavras, o número de equações nodais independentes
é u m a menos que o de nós.
Não escreveremos as outras equações porque já vimos como. formulá-las em notação
normalizada. E m ambas as equações, (9.18) e (9.19), evidencia-se que a corrente que entra
no circuito proveniente das fontes de corrente ligadas a -um nó é igual à soma de vários produtos.
E m qualquer nó, u m dos produtos é a tensão d o nó vezes a soma de todas as admitâncias que
terminam no nó; esse p r o d u t o corresponde à corrente que sai d o nó quando as tensões.em
'O Í K T 1
'
todos os outros nós são iguais a zero. Os demais produtos são iguais, c o m sinal negativo, ao
produto da tensão em outro nó pela admitãncia ligada diretamente entre ele e o nó para o
qual a equação é formulada. P o r exemplo, n o nó 1 u m produto é -V Y , 2 a sendo -V 2 o valor
negativo da tensão no nó que está ligado a 1 através de Y ; esse p r o d u t o corresponde à corrente a
que sai de 1 quando a tensão c m todos os nós é zero, exceto no nó 2. A s s i m , pelo princípio
da superposição a corrente total que sai do nó é a soma de todos esses produtos tensão-vezes-
F i g . 9.12 C i r c u i t a da fig. 9.4 c o m a adição de capacitores c c o m as fontes dc corrente substituindo as fontes
dc tensão. O s valores indicados são admitâncias p u r unidade.
-adnütãncia.
A forma normalizada para as quatro equações nodais é
/, = Y^Vy + Y V l2 2 + r- K l 3 3 + Y V,XA
9.5 Equações Nodais. A formulação sistemática de equações determinadas nos nós de h = Y V 21 t + Y V22 2 + Y V 23 Z + Y V, U
substituídas por geradores de corrente c o m impedãncias em paralelo. A s letras foram substituídas dos nós e cada uma delas é igual à soma de todas as admitâncias que terminam no nó identificado
por números na designação dos nós e os símbolos das admitâncias foram referidos a cada ramo. pelos índices repetidos. A s outras admitâncias são chamadas de admitâncias mútuas dos nós,
Esses valores são os inversos dos valores das impedãncias dados na fig. 9.4 para os ..icsmos ramos. sendo cada uma igual à soma, c o m sinal negativo, de todas as admitâncias ligadas diretamente
176 E L E M E N T O S D E A N A L I S E D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA Cap. 9 ] Equações de circuitos a sua solução 177
entre os nós identificados pelos dois índices. Para o circuito da fig.9.12 a admitãncia mútua
A E
1,5/0°
>'n ã igual a - K . ' f f /, = ^ ~ = — = l,36/-90° = 0 - / J , 3 6 p . u .
^ae /1,1
É preciso ter cuidado ao comparar as equações de laço e de nó. O inverso das impedãncias
próprias e mútuas nos laços não são as admitâncias próprias e mútuas. Eu 1,5/15°
A colocação de capacitores entre as barras de alta tensão e o neutro do circuito em estudo *> =
zrr l õ W = ' ' 5 8 /
^ = °'
41
- / ]
' 5 2
-"
p u
-
afeta os valores das admitâncias próprias. São necessárias apenas quatro equações nodais. A s E r l,5/-36,9°
correntes de ramo são determinadas facilmente a partir das tensões nodais. Se • circuito c o m U = = ., n = 1,5/-126,9" = - 0 , 9 - ; I , 2 p . u .
o
t-ed Z- ! 1 0
'—
capacitores fosse resolvido pelas equações de laço, seriam necessárias mais três equações, 5e,
no entanto, os capacitores estivessem colocados nos lados da baixa tensão dos transformadores
do circuito original, apareceriam mais três nós, aqueles que haviam sido eliminados previamente
A s admitâncias c m paralelo c o m as fontes de corrente são
pela combinação das impedãncias em série. Então, o número de equações nodais independentes
seria igual ao número de equações de laça independentes.
A expressão geral para a corrente de fonte que entra no nó k de u m circuito contendo /
" 7'U /i,o
k
~ /0.95
A ' nós independentes (isto é, N barras além do neutro) c - -/0,91 p . u . = -/1,0 p . u . = -/'1.05 p . u .
4 = S *nVn Y
(9-21) A s .admitâncias próprias em p . u . sao
n=l
YN = -yü.91 - /3,33 - 7'3,33 + /0.05 = -/7,52
U m a equação desse tipo deve ser escrita para cada uma das A barras em que a tensão do circuito
r
Y = -/I0.0 - / 3 , 3 3 - / 3 , 3 3 = -/16.66
é desconhecida. Fixando-se a tensão em qualquer um dos nós, para esse nó a equação não será
22
escrita. Por exemplo, se em duas das barras de alta tensão do UOSSD exemplo forem fixadas as ^33 = - / l ,05 - / 3 , 3 3 -7'3,33 + /0.05 = -y7,66
tensões (módulo e fase), apenas duas equações seriam necessárias. A s equações nodais seriam
YQA - - / l ,0 - / 3 , 3 3 -7"3,33 - /10,0' + /0,05 = - / l 7,61
escritas para as outras duas barras, cujas tensões são desconhecidas. Uma fonte de F E M conhecida
e uma impedância em série não necessitam serem substituídas pela fonte de corrente equivalente
desde que u m dos terminais da fonte dada esteja ligado ao nó de referência, já que o nó que e as admitâncias mútuas em p . u . são
separa a F E M e a impedância em série tem tensão conhecida. Isso será visto claramente no
exemplo 9.S. = ^21 = +/3,33 1-23 = 1^32 = +/3,33
y» = Y„ = 0 Y, 2 = Y N '-- +710,0
Exemplo 9.4
A s equações nodais são
Escreva as equações nodais necessárias para dctenninar as tensões nas barras da fig. 9.12.
Os capacitores do circuito são tais que - / l ,36 = ~í7,52V t +p,33Vi + 0 + /3,33V A
Considere que, sob todos os demais aspectos, o circuito é equivalente ao das figs. 9.4 e 9.10
- 0 , 9 - / 1 , 2 = J3,23V l + /10,0K 2 + /3,33!' 3 -/17,üiK 4
e que os dados são os mesmos que nos exemplos precedentes nesse capítulo.
Solução:
A fig. 9.13 é a mesma que a fig. 9.10 exceto que os nós estão designados por números
N . do T . : Muitas vezes na admitâncias próprias e mútuas são designadas em mples por "Driving-1'oint e os valores p o r unidade são admitâncias ao invés de impedãncias. A s forças eletromotrizes
Admittanccí" e "Transter A d i n i t l a n c e s " , respectivamente, atem das designações normais dc "Sclf"" e " M u t u a l A> B ?-'&'r
E E
P- - c
'Suais, respectivamente, a 1,5/0^ , 1,5/15° e l,5/-36,9°. Os dados
m u s ã 0
Admitlances". são os mesmos dos exemplos anteriores exceto que os capacitores" aeitcionadns ás barras do
178 E L E M E N T O S D E A N A L I S E D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA [Cap. 9 Cap. 9 ] Equações dc c i r c u i t o s e sua solução 179
A admitãncia em relação ao neutro afeta apenas as admitâncias próprias, u m a vez que a barra
do neutro é o nó de referência.
9.6 Matrizes. Já estudamos a forma normalizada das equações de laço e de nó. O uso
sistemático dos índices resultou numa simetria que torna as equações de fácil memorização.
A simplicidade da notação torna-se evidente quando consideramos, os símbolos de impedância
o u . admitãncia dispostos separadamente dos outros símbolos das equações. P o r exemplo, se
separarmos as admitâncias das equações nodais de u m circuito c o m quatro nós independentes
e as colocarmos e m linhas e colunas, segundo a ordem e m que aparecem nas equações, obtemos
Y H
Y M Y* Yi3 Y»
I V Yn Y» Y44
exemplo 9.4' são omitidos. Escreva as equações nodais dos circuitos sem substituir as fontes
de corrente. . • Essa disposição chama-se matriz. Cada admitãncia é u m elemento da matriz. Os elementos de
uma matriz procedentes de u m sistema de equações podem ser números, operadores au funções,
Solução: não sendo necessário que todos tenham as mesmas dimensões. A s matrizes são identificadas
colocando-se seus elementos entre colchetes.
Os nós em que as tensões se mantêm constantes são os de número 5, 6 e 7. Neles, as
Se quisermos deixar de escrever todos os elementos da matriz de admitâncias cada vez
tensões em p . u . são
que tivermos que nos referir a ela, podemos escolher ò símbolo Y para representá-la, igualando-o
V = 1,5/0° V = 1,5/15° V-} = 1,5/-36,9 B à disposição dos elementos. D e maneira análoga, as correntes e tensões das equações nodais
s 6
Nó 1 I = — V = (9.22)
0 = -j7JS7V t +j3,33V 2 + 0 + /3,33K + /0,9I(1,5 +/0)
4 '
.Nó 2
A s matrizes podem ter u m número qualquer de linhas e colunas. U m a matriz de m linhas e
0 = /3,33V, -/16,66C + /3,33K +/IO,0K3 3 4
n colunas é uma matriz m X n . A s admitâncias que temos considerado formam uma matriz
Nó 3 4 X 4 e as correntes e tensão formam, ambas, matrizes 4 X 1 .
Se m = n, como na disposição 4 X 4 dc admitâncias que consideramos, dizemos que
0 = 0+ ;"3,331 - /7,7I V + /3,33K + /l,05(1,45 + /0.39)
/
I 3 4
a matriz é quadrada, sendo m a sua ordem. A diagonal principal de uma matriz quadrada é
Nó 4 formada pelos elementos dispostos diagonalmente desde o canto superior esquerdo ate u canto
0 s/3,33 +/10,0^j + /3,33P -/17,66c,, + /1,0(1,2 -/0,9)
3
inferior direito. N u m a matriz de admitâncias nodais os elementos da diagonal principal são as
admitâncias próprias dos nós. U m a matriz quadrada 5e assemelha a um determinante; porém,
Não são escritas as equações para os nós 5, 6 e 7, cujas tensões são conhecidas. Notamos, no matriz e determinante são conceitos matemáticos distintos. A o contrário do determinante, a
entanto, que esses valores aparecem nos produtos Y V , Y^Vt, e r * K nas equações dos
K S 4 7 7 matriz não possui u m valor.e não precisa ser quadrada.
nós I, 3 e 4, respectivamente. Efetuando as multiplicações indicadas, envolvendo tensões A manipulação das matrizes é regida por operações conhecidas c o m a . as regras da álgebra
conhecidas, e passando as resultados para os primeiros membros de cada uma das quatro matricial. Tais regras proporcionam u m método ordenado para a resolução de equações. A s
, equações, obtemos, respectivamente, os valores 0 - /1,36; 0; 0,41 - y"1,52 e -0,9 - y'1,2. A s regras e a metodologia da álgebra matricial são especialmente adequadas para a programação
equações são idênticas às do exemplo 9.4, exceto para as admitâncias próprias que diferem em computadores digitais. A notação compacta e a sistemática.das operações são vantagens
somente pelas admitâncias dos capacitores em paralelo que aparecem no exemplo 9.4 e não substanciais da álgebra matricial, porém ela não proporciona necessariamente a simplificação
existem no exemplo 9 . 5 ^ Nessas condições, a conversão das fontes de tensão em fontes dc dos cálculos na resolução de u m problema. A grande importância dos computadores digitais
corrente, c desnecessária u 'tão reduz n número de equações necessárias à solução desse circuito. na análise de sistemas de potência faz c o m que o conhecimento das operações básicas c o m
180 E L E M E N T O S D E A N Á L I S E D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA [Cap. 9 Cap. 9 ] Equações d c circuitos c sua solução 1S1
matrizes seja essencial para o. engenheiro dc sistemas de potência; a álgebra matricial é a base 9.3 Produto de Matrizes. A s regras para multiplicar duas matrizes p o d e m ser ilustradas
das explicações encontradas na literatura especializada no assunto. 1 examinando-se a notação matricial dc u m sistema de equação. P o r exemplo, as equações nodais
Quando uma matriz for designada por u m símbolo como A , seus elementos são geralmente para u m circuito c o m três nós independentes são
identificados por símbolos tais como £7 , a H l2 ea 3 1 . Os índices mostram a posição do elemento
na matriz; o primeiro índice indica a linha e o segundo a coluna. A s linhas são numeradas /. = YxiVi + Y V 12 2 + Y V L3 3
A Ya Y ^
aua transposta Á será uma matriz 3 X 2 . Simbolicamente se
t
l3
I = h Y= y« Y 22 Y 23 V= v 2
_ Í~«II «ia h Yn ^3
(9.23)
A
[c c j
2 1 3 3
a a
Y V, +Y y
u 2l
21 22 2 + r y
33 3
A, = ai 2 a 22 (9-24)
Y*r*'+ Y V 32 2 + Y*V 3
«13 «23
se a equação (9.27) f o r a expressão matricial correta para as equações ( 9 , 2 6 ) .
Se a matriz quadrada e sua transposta forem idênticas, diz-se que a matriz ê simétrica em relação
A regra para a multiplicação que iremos aplicar, pelo menos para as matrizes especiais
à diagonal principal. A matriz das admitâncias nadais próprias e mútuas, por exemplo, é simétrica
já vistas, será evidente. O primeiro elemento da matriz coluna resultante é a soma de cada u m
em relação à diagonal principal, isso porque a ordem dos índices das admitâncias mútuas é
dos elementos da primeira linha de Y , multiplicados pelo elemento correspondente da matriz
indiferente, a u seja, Y l2 =Y 2l e assim sucessivamente.
coluna V ; isto é, o primeiro elemento d a matriz resultante é igual ao p r i m e i r o da primeira linha
de Y vezes o elemento da primeira linha da matriz coluna V , mais o segundo elemento da
9.7 Soma de Matrizes. A ' soma de duas matrizes m X n A tf B resulta numa outra
primeira linha de Y vezes o ' elemento da segunda, linha de V , mais o terceiro elemento da
matriz m X n, C, cujos elementos são a soma dos elementos correspondentes de A e B . A s s i m
primeira linha de Y vezes o elemento da terceira linha de V . 0 elemento na segunda linlia da
por exemplo
matriz coluna resultante é a soma dos elementos da segunda linha de Y multiplicados pelos
elementos correspondentes de V . O elemento da terceira linha da matriz resultante é encontrada
«II « I I + «it + «in +
b l2
(9.25) de maneira análoga, sendo o processo repetido até que a matriz coluna resultante tenha ú
a[ a i
2 2
b 22
«n + b 2l a 22 +b 22
mesma número dc elementos que o número de linhas de Y .
o u , com números E m geral, o produto de u m a matriz m X n p o r outra n X 'p c u m a matriz m X p. A s
I 2 6 8~ " 1+ 62+8" 7 10" regras de multiplicação são ilustradas pela produto dc u m a matriz A , 3 X 2 , por o u t r a , B ,
3 4 4 2 3 + 4 4 + 2 7 6 2 X 2 , como se segue
A multiplicação de uma matriz por um número k significa que cada elemento da matriz «it a\i fluiu + ab l2 2l ab
u l2 + ab
a 22
b u b l2
deve ser multiplicado por k. 0 processo é equivalente á soma de k matrizes idênticas. « I I «31 (9.28)
bu b 22
Nossa análise das operaçõc* com matrizes cobre apenas o mínimo necessário ao entendimento da aplicação
A primeira coluna da matriz produto é o produto da primeira matriz pela primeira coluna da
da notitciíu matricial a alguns dos problemas dc sistemas de potência desenvolvidos no texto. A maioria dus
livros modernos de riteuitos elétricos iniz umu introdução à álgebra matricial. Para um desenvolvimento mais segunda matriz. A segunda coluna será o p r o d u l o da primeira matriz pela segunda coluna da
completo sobre u assunto recomendam?.;. " T l i e o r y of M.itriees" por S. Perlis, Addison - Weslcy Publisliine. segunda matriz. O processa é repetido até que se obtenha tantas colunas da matriz produto
Compiiíiy. Uc;idirut, Massa., 1952. quanlas sejam as da segunda matriz. Essas regras são aplicáveis apenas quando o número de
182 ELEMENTOS.DE ANÁLISE DE SISTEMAS DE POTÊNCIA Cap.9j Equações do circuitos u sua solução 183
colunas da primeira matriz for igual ao número de linhas da segunda. A matriz B , 2 X 2 ' 1 0 0"
acima tem o número de linhas igual ao número de'colunas da matriz A , 3 X 2 ; dizemos
h 0 1 0
que B é compatível c o m A . Por outro lado, A não è compatível c o m B e o produto B A não
c, nesse caso, definido. k 0 0 -1
Se duas matrizes quadradas A - e B forem de mesma ordem, B será compatível c o m A e A 1 -1 0
h
será compatível c o m B . N o entanto, geralmente'o produto A B é diferente de B A . Diz-se que
k 0 1 -1
o produto de duas matrizes é, em geral, não comutativo. Vejamos a seguir uma ilustração numérica
desse fato h 1 0 -1
6 + 8 8+4" *14 12'
18 + 16 2 4 + 8_ _34 3 2
.
9.9 Inverso de uma M a t r i z . A álgebra matricial não define a divisão de matrizes, porém
"6 + 24 12 + 32~ "30 44^
mas o objetivo dessa operação na resolução de equações é conseguido pela obtenção e manipulação
4 + 6 8 + 8 10 16 do inverso de uma matriz. Para definir a matriz inversa devemos inicialmente definir a matriz
unidade.
A o exprimir o produto de duas matrizes p o r A B , dizemos que a matriz A é pré-multipiicada
de B , o u que B é post-multiplicada de A . M a t r i z unidade V é u m a matriz quadrada em que todos os elementos da diagonal
principal são iguais L i e todos os demais iguais a zero. A matriz unidade de terceira ordem é
" 1 0 0'
j
Exemplo 9.6 U = 0 I 0 (9.29)
[ 0 0 1
A fig. 9. i 4 é o diagrama de reatâncias de u m sistema simples. A s correntes dè laço são
indicadas c o m índices numéricos e as de ramo c o m índices literais; Determine a matriz (chamada C o m o pode ser facilmente verificado, o produto obtido pela pré o u post-multiplicação de uma
matriz de transformação) pela qual a matriz das correntes de laço deve ser pré-multíplicada matriz quadrada pela matriz unidade de mesma ordem, é igual â matriz quadrada original, isto é
para se obter a matriz das correntes de ramo.
UA = A U = A (9.30)
AA' 1
= A"'A = U (9.31)
Por exemplo,
J
0,20 - -00, ,1122 ] 6^
0,10 0,04 -5 10
0,20 -0,12] [ 2 6] I 0
sendo
0,10 0,04j[-5 10 J 0 I
6 0,20 -0,12 1 0
9.14 Diagrama tle reatâncias d o exemplo 9.6. -5 10 0,10 0,04 o 1
Assim, a solução das equações nodais para determinar V , quando I for conhecido, pode ser 1 10 -6 0,20 -0,12
então
conseguida pela prc-multiplicação de ambos os membros da equação matricial por Y " . 1
50 5 2 0,10 0,04
As equações (9.26) são as equações nodais de um circuito contendo três nós independentes.
como já verificamos ao estudar a equação (9.31).
Resolvendo essas equações pelo método dos determinantes obtemos
Solução:
A-, ±21 r A equação matricial é
onde o denominador À de cada coeficiente é o determinante 0 - fl ,36 ~ "-/7,57 7"3;33 0 7*3,33 "
0 + /O /3,33 -/16.66 /3,33 710,0 Vi
^11 Yyx Y n 0,41 - y l , 5 2 0 7*3,33 -77,71 73,33 v3
Comparando as equações ( 9 J 5 ) .e (9-36) vê-se que, para uma matriz Y de terceira ordem Efetuando a multiplicação de matrizes indicada, virá
A , A A 1,385 -/0.174
u 2 I a i
An A 2 3 A 3 3
1,384 -/0,115 V3
1,370 -/0.211
. *.
V
onde A c os elementos da matriz são definidos acima. Esse desenvolvimento é para uma matriz
de terceira ordem, e vale também para matrizes de ordem superior. A ordem dos índices que As tensões nodais serão
identificam os coíatores deve ser observada cuida dosa me titc. Estão n a ' o r d e m coluna-linha, que
'j = 1,385 - /0,174 = 1,39/ p.u.
é d inverso da ordem dos índices da matriz a ser invertida. As condições necessárias para que
uma matriz possua um inverso são que ela seja quadrada e que A ^ 0. '2 = 1,370 - / ' 0 , l 32 = 1,39/ p.u.
'3 - 1,384 - / 0 , 1 15 = 1,38/
Exempla 9.7
4 = 1,370 - /0,2 1 = 1,39/
Determine o inverso da matriz
Esses cálculos podem ser verificadas parcialmente pelos exemplos 9.1 e 9.2. As barras
2
A = de números 1, 2, 3 e 4 neste exemplo são identificadas por a, b, c e d nos exemplos 9.1 e
-5
9.2. Se as tensões calculadas estiverem corretas, a potência que entra nos nós 1 e 3 deve ser
igual à que sai do nó 4, como vimos no exemplo 9.2, onde as correntes que entravam no circuito
Srlttçün: nas barras 1 e 3 e saíam pela barra 4, valiam em p.u. 0,188/-32,8°, 0 , 5 3 6 / - 7 , 4 e 0,710/-I3,9° D
Potência que entra no circuito pelo nó 3 Particionando a matriz conforme indica (.9.42), teremos
1.38 X 0,536 cos ( 7 , 6 ° - 7,4°) = 0,745 p.u.
Potência que sai do circuito pelo nó 4 B = (9.43)
1.39 X 0,710 cos (,13,9 - 8,8 ) = 0,983 p.u. o a
sendo as submatrizes
Esses valores estão dé acordo c o m os do exemplo 9.2. U m a vez determinadas as tensões nodais,
o cálculo das correntes de ramo é simples e direto. An
H =
A solução do circuito pelas equações de laço ou nodais era desnecessária, considerando
o que Foi feito nas exemplos 9.1 e 9.2. U m a vez determinada a corrente que entra no circuito
O produto então será
a partir das fontes de tensão, as tensões nodais e as correntes de ramo podem ser determinadas
nD exemplo 9.2. A formulação sistemática das equações de circuito e sua solução p o r operações '.H
C = AB = (9.44)
c o m matrizes em u m computador digital de grande parte é u m procedimento essencial para J
essa classe de problemas, principalmente quando se tratar de u m a rede extensa. U m a outra
alternativa seria o analisador de redes C . A . , posto que o trabalho manual de cálculos é impraticável. Considerando as submatrizes c o m o elemento simples, leremos
A inversão de" uma matriz de números reais é cansativa mesmo para u m a 4 X 4 , no. entanto,
_ F D H + EJ
u m computador de porte médio realizará essa operação em segundos. C
[FH + GJ
(9.45)
[Ô2,j
A =
D E
(9.41) = «3lÔ U + «32Ô21 + (9.49)
F G
A s matrizes para serem multiplicadas devem ser originalmente compatíveis. C a d a linha de
sendo us submatrizes
partição vertical entre as colunas r e r + 1 do primeiro fator exige uma linha de partição
horizontal entre as linhas r e r + 1 do segundo fator. A s linhas de partição horizontais podem
«IJ
D = P 1
" 0 , 2
1 E = ser desenhadas entre quaisquer linhas do primeiro fator e as verticais entre quaisquer colunas
«23
[«21 «21 J do segundo, o u também suprimidas em qualquer deles o u nos dois, N o final da Secção Seguinte
Para analisar a multiplicação de matrizes c m termos de submatrizes, vamos considerar que 9.11 Eliminação de Nós pela Álgebra Matricial. N o s exemplos 9.1 c 9.2 foram efetuadas
A deve ser post-multipl içado por uma outra matriz B a fim de se obter o produto C, sendo reduções de circuito a f i m de eliminar nós. Apenas os nós em que não há entrada o u saída
de corrente podem ser eliminados. Veremos agora como esses nós podem ser eliminados
6n operando-se com as matrizes das equações nodais normalizadas.
B = Ô2I (9.42) A equação noda! normalizada, em notação matricial, pode ser expressa por
I = YV (9.50)
Cap.üJ Equações d i ! circuitos c sua solução 189
1B8 E L E M E N T O S D E A N Á L I S E D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA
onde i e V são matrizes coluna e Y é uma matriz quadrada simétrica. A s matrizes coluna devem
ser dispostas dc tal maneira que os elementos associados aos nós a serem eliminados estejam
nas linhas inferiores das matrizes. Os elementos da matriz quadrada das admitâncias são situados
F i g . 9.15 C i r c u i t o d o exemplo 9 . 9 . Os valo-
de maneira correspondente. Às matrizes coluna são particionadas de modo que os elementos res mostrados são admitâncias em p.u.. O cir-
associados aos nós a serem eliminados estejam separados dos outros elementos. A matriz cuito è idêntico ao da fig. 9.5b.
admitãncia é partícionada de maneira que apenas os elementos identificados c o m os nós a
serem eliminados fiquem separados dos demais por linhas horizontais e verticais. Efetuando-se
a partição de acordo com essas rôgtas, a equação (9.50) toma-se
Solução: •
L" A matriz dc admitâncias, partícionada para a eliminação dos nós indicados, é
" V
(9.51)
u M
K L
Y =
M
onde Ijr é a submatriz composta pelas correntes que entram nos nós a serem eliminados e
-;0,?i 0 0 J'0,91 0 'i -o
Vy é a submatriz composta pelas tensões nesses nós. Obviamente, todos os elementos de 1%
0 -/I.05 0 0 / l ,05 • 0
são iguais a zero, do contrário os nós não poderiam ser eliminados. A s admitâncias próprias
e mútuas que formam K são as identificadas c o m os nós que permanecem; A matriz M é 0 0 -/1,0 0 0 ' . /i,o
composta pelas admitâncias próprias e mútuas correspondentes aos nós a serem eliminados. • y'0,9i 0 0 -76,91 /0,667 /5,33
L e sua transposta L j são constituídas apenas pelas admitâncias mútuas comuns a u m nó a 0 ;1,05 0 ;0,667 -/7,05 /"5,33
ser mantido e a u m nó a ser eliminado. :
o 0 ;i,o " /5,33 P,33 -/11,66
Efetuando a multiplicação indicada e m (9.51) obtemos
É necessário inverter a submatriz situada na parte inferior direita. O determinante dessa submatriz
l A = KV, + LV Y (9.52) é A =/I28,5 e o cofator A u é - 5 3 , 8 . Nessas condições, o elemento da parte superior esquerda
da submatriz invertida é -53,8//128,5 =/0,419. Os outros elementos de M " 1
são determinados
C L
X.= L
' V
A + M
X (9-53) de maneira análoga, obtendo-se
Sendo todos os elementos de I y iguais a zero, subtraindo L f V . j de ambos os membros da /0.4I9 /0.282 70,321
equação (9.53) e multiplicando ambos os membros p o r M " 1
obtemos M" /0.282 70,406 70,315
A321 70,315 /0,37ó
- M - ' ^ = V x (9.54) Então
"Exemplo 9.9
A matriz admitãncia do circuito reduzido é
A fig. 9.15 é a mesma que a 9.5Ò exceto que agora os nós foram numerados sendo as
admitâncias (ao invés das impedãncias) marcadas no circuito. A numeração foi feita dc tal -/0,9I 0 0
maneira que os nós a serem eliminados têm os números mais altos. Portanto, a numeração o -71,05 o L M " L,
1
não corresponde à dos outros exemplos. Determine • circuito equivalente eliminado os nós 4,
5 e 6 c compare c o m o da fig. 9.5e. o o -71,0
190 E L E M E N T O S DE ANÁLISE DE SISTEMAS DE POTÊNCIA [Cap. 9 Equações de circuitos c sua solução 191
-/0.562 /O.270 y'0,292 9.4 Determine as admitâncias próprias e mútuas relativas às equações nodais necessárias à solução
;0,27Q -/0.602 /0.331 da fig. 9.16. Escreva as equações nodais necessárias u obtenção das tensões nbdais desconhecidas.
/0.292 /0.33] ^-/0,Ó23 9.5 Determine os produtos matriciais indicados
Examinando a m a t r i z de admitâncias podemos observar que cada u m dos elementos d a ^ [22-3[í] [í.i][íí]
diagonal (admitâncias próprias) é a ' s o m a , c o m sinal negativo, dos elementos que não estão n a
9.6 Determine os inversos das matrizes dadas a seguir
diagonal d a mesma l i n h a . Portanto, não pode haver admitâncias ligadas entre quaisquer das
. N
barras e a terra (que é o nó de referência). A s impedãncias ligadas diretamente entre os nós
do c i r c u i t o resultante são o inverso, c o m sinal negativo, das admitâncias mútuas. P o r t a n t o , as
impedãncias entre os nós são
rj 5-3 -
9.7 Escreva as equações de laço do Prob. 9.3 em forma matricial e determine, por inversão, as
correntes dc laço. Determine a potência dc saída das fontes E e E^. a
~ = A 7 0 p.u. .3.8 Faça n conversão das fontes E e a com as respectivas impedãncias em série, em fontes dc
corrente equivalentes e escreva as equações nodais normalizadas. Chame os nós b c c de 1 e 2, respectivamente.
. -1 Compare os equações resultantes com as da Prob. 9.4. Determine, por inversão de matrizes, as tensões nodais.
2 1 3 = = /3,42 p . u .
y'0,292 93 A partir das tensões nodais achadas no Prob. 9.8, determine a potência de saída dc cada fonte
-1 dc corrente daquele problema, e compare os resultados com as potências encontradas nos Prob. 9.2 e 9.7.
2 I 3 = = /3,02 p . u .
70,331 9.10 Escreva as equações'nodais normalizadas para o circuito da fig. 9.17. Elimine V como incógnita
4
determinando seu valor pela equação do nó 4 c substituindo nas outras equações. Analogamente, elimine
sendo que os índices identificam os nós ligados. O s valores c o n c o r d a m exatamente c o m os Vj c escreva as duas equações restantes sob forma matricial.
que foram achados n o e x e m p l o 9.1 e mostrados n a fig. 9.5e. A s correntes encontradas n o
e x e m p l o 9 . 2 p o d e m agora ser verificadas a partir da matriz de admitâncias e das tensões dadas., -J10
O exemplo i l u s t r a a sistemática do método adequado para computadores digitais. :
P R O B L E M A S
9.1 Reduzir, por transformações Y - A , o circuito dc reatâncias da fig. 9.16 a uma ligação A entre
_^7 J
-,- fifi- 5.17 Circuito para os Prob. 9.10 e 9.11. Os valores mostrados
os nós a, d e o.
' '"' ' são correntes e admitâncias em p.u..
9.11 Elimine os nós 3 e 4 do circuito da fig. 9.17 pelo método descrito na Sec. 9.11. Compare a
matriz resultante com a equação matricial do Prob. 9.10. Desenhe o circuito descrito pela matriz.
9.2 Determine a potência dc taída das fontes E a e Ed do circuito da fie- 9.16. Fig. 9.i8 Circuito para o Prob. 9.12. Os valores dados sao admi-
9.3 Determine as impedãncias próprias c mútuas das equações dc laço do circuita da fig. 9.16. A o tâncias cm p.u..
estabelecer as equações, faça com que os elos sejam os ramos que contem E c Erf além do ramo que liga
a
os nós 4 c r , Considere todas as correntes de laço no sentido horário. Numere os laços 1, 2 e 3, da esquerda 9.12 Elimine os nós 3, 4 e 5 do circuito da fig. 9.18 pelo método descrito na Sec. 9.11 e desenhe
para a direita. o circuito descrito pela matriz resultante.
Cap. 10 j Estudos de fluxo dc carga 193
Capítulo O programa faz c o m que o computador forme as admitâncias nodais próprias e mútuas necessárias
aos cálculos e ajuste qualquer relação de transformação, diferente da n o m i n a l , resultante dos.
diferentes " t a p s " do transformador.
A s condições de funcionamento devem ser sempre escolhidas para cada estudo. E m todas
A s variações no funcionamento do sistema para diferentes estudos exigem reajustes no O valor obtido a partir da equação (10.1) é substituído e m u m a fórmula para se obter as
analisador. A fim de reduzir o tempo consumido no reajuste; os estudos a serem feitos devem potências ativa e reativa correspondentes à corrente calculada c ao valor estimado d a tensão na
estar dispostos numa seqüência que minimize as variações no sistema, quando da passagem de u m barra. Se a barra for u m a e m que o valor da tensão esteja programado, a potência reativa não será
estudo para outro. Podem ser introduzidos refinamentos, tais como manter automaticamente calculada. Então, a potência ativa o u reativa calculada o u o valor inicialmente atribuído à tensão
fixa u m a potência ativa, e constante o u o módulo da tensão ou a potência reativa, quando outros são comparados c o m os valores programados. 0 valor correto da tensão na barra é determinado
ajustes são feitos. São utilizados para isso servomotores e circuitos de reaiimentação. Esses considerando-se que todas as outras tensões permaneçam constantes. A correção calculada depende
processos e outros mencionados n o Cap. 8 contribuem para simplificar e acelerar o trabalho de das diferenças entre os valores programados e calculados na barra fazendo c o m que estes se
^ ajuste d o analisador de redes. a p r o x i m e m daqueles, sempre satisfazendo a todas as equações. O valor corrigido para a tensão
na barra 2 é utilizado n a repetição d o mesmo processo na barra 3 . U m a ve2 corrigida a tensão
1 1 0 . 4 Estudos de Carga n u m Computador Digital. A complexidade que apresenta a na barra 3 , efetuam-se os cálculos relativos à barra 4 . Se, c o m o supusemos ao escrever a equação
J obtenção de uma solução formal do problema de fluxo de cargas n u m sistema de potência advém " (10.1), essa for a última barra, o cálculo se repete na barra 2 e sucessivamente e m t o d o o sistema
^ das diferenças no tipD de dados especificados para as diferentes barras do sistema. Na barra oscilan- até que todas as correções de tensões sejam menores que u m valor pré-determinado. Calcula-se
^ , ; te são especificados módulo e fase da tensão. Nas barras dos geradores são, em geral, dadas-a depois o fluxo na linha b e m c o m o a potência^ reativa que entra no circuito, nas barras onde esse
; • potência ativa fornecida e o módulo d a tensão. A s cargas geralmente são descritas em termos de valor não é dado. Todos os valores de fluxo de potência e módulo e fase da.tensão são impressos.
potência ativa e reativa. A i n d a que hão seja difícil a formulação d o número suficiente de £ possível u m a convergência para u m a solução errônea, caso as tensões iniciais sejam m u i t o
gr. equações, não é prático obter u m a solução direta. A s soluções digitais dos problemas de fluxo de diferentes dos valores corretos. Isso é evitado se os valores iniciais dê tensão forem razoáveis e não
^ carga seguem u m processo que vai atribuindo valores estimados às tensões desconhecidas e diferirem demasiadamente c o m relação à fase. Qualquer solução indesejável é percebida facilmente
* calculando u m a das tensões de barra a p a r t i r dos valores estimados nas outras e das potências pela inspeção dos resultados, u m a vez que, normalmente, as tensões não apresentam u m a
ativa e reativa especificadas. Dessa maneira, obtém-se u m valor corrigido para u m a barra, e que é defasagem maior do que 9 0 ° .
usado para realizar outros cálculos análogos e obter u m a tensão corrigida n a próxima barra, Q programa que estudaremos c o m mais detalhe calcula o valor correto d a tensão na barra,
j. A s s i m são percorridas todas as tensões d o sistema até que todas estejam corrigidas, repetindo-se a partir das potências ativa e reativa,_quando esses dois. valores forem dados, e a partir dos valores
depois o processo até que as correções e m cada barra sejam menores que u m valor mínimo atribuídos inicialmente às tensões (oú a partir dos valores encontrados na iteração anterior) e m
K especificado. O funcionamento d o computador corrigindo continuamente os valores das tensões lugar de comparar as potências ativa e reativa calculadas c o m os valores programados. A dedução 1
« e m cada barra até q u e não sejam necessárias novas correções, é parecido c o m o método de das equações fundamentais começa pela formulação das equações nodais do c i r c u i t o . Deduziremos
) aproximação das condições programadas e m u m analisador C . A . , por ajustes sucessivos em cada inicialmente as equações para u m sistema c o m quatro barras e posteriormente escreveremos as
equações gerais. Sendo a barra oscilante designada pelo número 1, os cálculos começarão c o m a
gerador e e m cada carga, alteraadamente.
barra 2. A equação nodal para a corrente que entra no circuito pela barra 2 é a (10.1). SeP sQ 2 2
j . A s soluções digitais dos estudos de carga foram obtidas a partir da formulação das equações
forem as potências ativa e reativa previstas que entram n o sistema pela barra 2, teremos
p\ de c i r c u i t o , tanto as de laço c o m o as de nós. A o que parece, as equações nodais proporcionam
L melhores programas. Mais adiante, estudaremos u m programa muito conhecido e consideraremos
\ d e
P° *
i s c o
detalhes, u m outro programa, ambos baseados e m equações nodais.
m m a í o r e s
j^ 1
h = J «V + Y x 22 V + Y
2 23 V + Y
3 24 V* (10.1) £ y j ^ = Y V, 2l + Y V 22 2 + Y V
13 i + Y-ia. Va, , (10.3)
onde /, é a corrente entrando na barra e as admitâncias são as próprias e mútuas nos nós.
O S á b atribuídos valores às tensões para se determinar as correntes. Inicialmente, a todas âs tensões O valor de V% será
^ p p d e ser atribuído o valor 1 , 0 / 0 ! P-u., exceto para a tensão da barra oscilante, que é fixa. Se a
\ essa tensão for atribuído também o valor 1,0/JP , pelo menos para uma das outras tensões Pi ' ÍÜ2 (10.4)
~(Y V7t l + Y V+
23 3 YnV )
A
deverá ser atribuído u m valor diferente, para que o valor obtido para a corrente seja diferente *22
dc zero,-no caso e m que não haja, na barra 2, admitãncia em relação ao neutro.
O v e j a " D i g i t a l S o l u t i o n o f Power-flow P r o b l e m s " p o r J.B.. Ward e II.W. Hale, Trans. A I E E . ~\-I 75 nurle III ' V e j a " A u t o m a t i c Calculation a í L o a d F t o w s " p o r A . F . G l i m n c G.W. Slagg, Trans. A I E E , v o l . 76, parle III,
^ _ o g s . 3 9 8 - 4 0 4 , 1956. pgs. B 1 7 - 8 2 8 , 1957.
196 ELEMENTOS DE ANÁLISE DE SISTEMAS DE POTÊNCIA [Cap. 10
Cap. I0j Estudos de fluxo de carga 197
A equação (10.4) dá um valor corrigida para V baseado nos valores programados P e Q quando
2 2 2
os valores estimados inicialmente são substituídos no segundo membro da expressão das tensões. Linlia R X p Q V
Barra Observações
O valor V calculado e o valor
2 estimado não coincidirão. Substituindo o conjugado do valor borra a barra p.U. p.u.- p.u. p.u. p.u.
calculado de V p o r V na equação (10.4) para calcular outro valor de V , teríamos uma concor-
2 2 2
Barra
dância c o m uma precisão razoável após várias iterações e esse seria o valor corrigido dc V c o m 2
1-2 0,10 .0,40 1 .... .... 1,02/01
oscilante
as tensões estimadas e sem considerar a potência nas outras barras. Este valor não seria, no
2 Darra da carga
entanto, a solução para V c o m as condições especificadas de carga, porque as tensões em que
2 1-4 0,15 0,60 -0,6 -0,3 1,00/0° (indutiva)
se baseia o cálculo de V são valores estimados nas outras barras, não sendo conhecidas as tensões
2
Tensão com mó-
TêaiS Recomenda-se em cada barra dois cálculos sucessivos de V (a segundo igual ao primeiro,
2 1-5 0,©S 0,20 3 1,0 1,04/0° dulo constante
exceto pela correção de Vf) antes de passar à seguinte.
Barra da carga
2-3 0,05 0,20 4 -0,4 -0,1 1,00/0° (indutiva)
Achando-se a tensão corrigida em cada barra, esse valor é usado no cálculo da tensão na
barra seguinte. O processo é repetido sucessivamente e m todas as barras (exceto na oscilante) Barra da carga
2-4 0,10 0,40 5 -0,6 -0,2 1,00/0° (indutiva)
para completar a primeira iteração. Depois volta-se a executar todo o processo várias vezes
até que a correção da tensão em cada barra seja menor que o índice de precisão pré-determinado. 3-5 0,05 0,20
Para u m total de N barras e tensão calculada numa certa barra k, sendo dados P}ç e Qk, será
(10.5) Solução;
A f i m de nos aproximarmos da precisão de u m computador digital, os cálculos abaixo f o r a m
feitos c o m u m a calculadora de mesa.
onde ÍI é diferente dc fc Os valores das tensões no segundo membro da equação são us melhores
As admitâncias próprias e mútuas de linha para a barra 2 são
valores prévios nas barras correspondentes; isto é, cada tensão é a calculada pela última iteração
(ou a tensão estimada, se na barra e m questão não houver sido feita nenhuma iteração).
G B
Como a equação (10.5) aplica-se apenas ãs barras onde são especificadas as potências ativa Linha •
p.u. p.u.
e reativa, é necessário u m passo adicional nas barras onde o módulo d a tensão deva permanecer
constante. Antes de estudar esse passo adicionai veremos u m exemplo dos cálculos e m uma barra 0.588235 -2,352941
1-2
onde estão previstos os valores das potências ativa e reativa. Y 21 = - 0 , 5 8 8 2 3 5 + /2.352941 p . u .
1-4 . 0,392157 - 1 , 5 6 8 6 2 7 ~~ "
9
Exemplo 10.1 Y 22 = 2,352941 - ; 9 4 1 1 7 6 4 p . u .
3
O
estimados inicialmente. N a barra oscilante, o módulo
e a fase de tensão permanecem constantes; o módulo
+ 1,04 (-1,176471 + /4,705882) + ( - 0 , 5 8 8 2 3 5 +/2,352941)] j
da Jcnsão deve permanecer constante na barra 3.
0
jBlue Considere que o processo iterativo começa na barra 2
= ~ f - 0 , 6 -1-/0,3 + 2,411764 - / 9 , 6 4 7 0 5 8 )
e determine o valor dc V para a primeira iteração
2
J22
pelo processo anteriormente descrito. 1,811764 - i9,347058
Fig.' 10.1 Diagrama unifilar para o exemplo 10.1.
198 E L E M E N T O S D E ANÁLISE D E SISTEMAS D E POTÊNCIA ÍCap. 10 Cap. 10 J Estudos dc fluxo de carga 199
Antes de deixar a barra 2 para efetuar cálculos semelhantes na barra seguinte, recalculamos Exemplo 10.2
V2 c o m o valor corrigido de Vj, da seguinte maneira
Determinar a tensão.da primeira iteração n a barra 3 do exemplo 10.1, calculada c o m a-
tensão estimada inicialmente para a barra 2 , e substituída pelo valor achado no e x e m p l e 10.1,
sem aplicar os fatores de aceleração.
V
* - ^ ( 0 , 9 8 0 0 0 0 ^ 0 5 2 5 0 0 + 2.4H-764 - A 6 4 7 0 5 8 )
Solução
- 0 , 5 9 4 1 4 1 + /0.337951 + 2,411764 - / 9 , 6 4 7 0 5 3 A s admitâncias próprias e mútuas para a barra 3 são
2,352941 - 7 9 , 4 1 1 7 6 4
= 0,976351 -/O.O50965 p . u . Y
3l
= 0 + /O
Yn = - 1 , 1 7 6 4 7 1 + /4.705882 p.u
A experiência c o m os métodos iterativos de solução dc problemas de fluxo de carga nos
mostra ser necessário u m número excessivo de iterações antes que as. correções de tensão estejam = 2,352941 - / 9 ' , 4 1 1 7 6 4 p.u.
dentro d a precisão desejada, se a tensão corrigida e m u m a carga substitui simplesmente o = 0 + /Ò
melhor valor anterior à medida que avançam os cálculos de barra a barra. O número de iterações
Y 3S = - 1 , 1 7 6 4 7 1 + 74,705882 p.u
necessárias é reduzido consideravelmente se a correção na tensão de cada barra f o r multiplicada
p o r u m a constante que aumente o valor, daquela correção, para levar o valor da tensão mais
próximo do valor a que está convergindo. Os fatores de multiplicação que melhoram a conver- Substituindo na equação (10.8) virá
gência são chamados fatores de aceleração. A diferença entre o novo valor calculado da tensão e o
melhor valor anterior da tensão na barra é multiplicada pelo fator apropriado, a f i m de obter uma Q k = - I m {[1,04 (2,352941 - 79,410764) +
melhor correção a ser adicionada ao valor anterior. O fator de aceleração para a componente real
+ (0,976351 ~ / 0 , 0 5 0 9 6 5 ) ( - 1 , 1 7 6 4 7 1 + 74,705882) + '
da correção pode ser diferente do fator da componente imaginária. Para u m sistema qualquer
existem valores ótimos para os fatores de aceleração e uma escolha m a l feita desses fatores pode + (-.1,176471 + /4,705882)] 1,04}
ocasionar uma convergência mais lenta, o u mesmo tornar impossível tal convergência. Normal-
= 0,444913 p . u .
mente, o fator 1,6 é uma boa escolha tanto para a componente real c o m o para a imaginária.
E m cada sistema podem ser feitos estudos para determinar a melhor escolha. 1
Pi- ~ IOt- N
3 3
• * - /0.050965) + (-1,176471 + 74,705882)] L
Esse valor de V 2 deve agora ser corrigido para ficar de acordo c o m o módulo especificado.
onde ; i é diferente de k e o símbolo I m significa "parte imaginária d c " , O módulo de V 3 que acabamos de calcular é 1,057250 e o valor complexo corrigido de V dc 3
A potência reativa é calculada pela equação (10.8) para os melhores valores prévios módulo 1,04 é
das tensões nas barras e esse valor de Qk.é substituído em (10.5) para achar o novo K^. As
componentes do novo Vfc são então multiplicadas pela relação entre o módulo constante de V^ e o 1 04
V
3 = l Q 5'^ (1,054984 + /0.059979) = 1,038319 + 70,059032 p . u .
g 2
módulo de determinado pela equação (10.5). O resultado ê a tensão complexa corrigda do
valor especificado.
Nos textos especializados são descritos outros métodos de resolução digital de problemas
' Vuja " D i g i t a l Solutions for Largo Power N e t w o r k s " por R J . C r o w n c W . F . Tinney, Trans. A I E E , v o l . 7 6 , desse tipo'completamente "diferentes dos que discutimos. Freqüentemente são aperfeiçoados os
parte III, pgs. 3 4 7 - 3 5 1 , 1957. programas já existení-s'. U m exemplo de u m desses aperfeiçoamentos é a incorporação da
200 E L E M E N T O S D E A N Á L I S E D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA [Cap- IU C a p . 101
seleção automática de " t a p s " para controle da tensão e para controle automático do intercâmbio
de energia entre áreas. 1
cada linha é dada em M W c M V A r s , tabulanda<-se também a potência total gerada, a carga tatal e
. necessárias para o estudo nos meses seguintes. Entre as análises pode-se perder m u i t o .tempo
as perdas totais na linha. Ü estudo c m pauta é identificado pelo nome, impresso na parte superior
na interpretação dos resultados e na tomada de decisões de engenharia correspondentes à
direita — 1964 Summer Peak-1.
determinação das condições que devem ser estudadas a seguir. Se o analisador f o r lento perde-se
Os resultados impressos incluem outras informações adicionais que nâo f o r a m reproduzidas m u i t o tempo. A o contrário, n u m computador paga-se apenas pêlo tempo real de cálculo. Além
na f i g . 10.2 Os dadüs de entrada são impressos, porém não são repetidos nas sucessivas operações disso, u m a vez resolvido o caso base as modificações podem ser feitas facilmènte. O cálculo e s
da máquina, exceto na. relação de modificações. Os " t a p s " iniciais dos transformadores são impressão dos resultados leva apenas poucos minutos. Pode-se fazer alguma e c o n o m i a realizando
tabulados c o m os limites de tolerância das tensões nas barras; os " t a p s " finais também são u m certo numero de estudos ao mesmo tempo, especialmente se as modificações forem dispostas
tabulados. À informação impressa inclui os fatores de aceleração, os índices de precisão, o tempo de maneira que cada uma delas represente u m a variação mínima e m relação à anterior. N o entanto,
total de operação da máquina e o desajuste entre os M W e os M V A r e m cada barra. O desajuste quando se tratar de u m estudo de grande importância, os dados podem ser transmitidos facilmente
de M W e m qualquer barra é a diferença entre a potência ativa que entra e a que sai; o desajuste de ao centro de computação, obtendo-se rapidamente os resultados.
M V A r é detenrünado de maneira análoga. O desajuste é uma indicação da precisão dos resultados.
N o nosso problema não existem desajustes nas barras 1 , 3 è â ; o maior desajuste indicado pelo Os dados para o caso base de u m sistema podem ser arquivados e m cartões perfurados o u
computador f o i de 0,017 M W n a barra 4. O exame da fig. 10.2 nos revela u m desajuste de 0,02 em fitas, de maneira que se t o r n e m acessíveis a qualquer momento para serem levados à máquina.
nessa barra; a diferença é devida ao arredondamento dos valores. Somando-se os desajustes de N u m computador, pode-se obter soluções c o m qualquer precisão que se necessite para u m
todas as barras foram obtidos os valores - 0 , 0 0 5 M W e 0,006 M V A r . determinado problema, Podem ser obtidas informações complementares, tais c o m a as perdas totais
por transmissão, p o r simples ampliações do programa original. Essas vantagens são importantes,
A velocidade do computador torna-se evidente pelo fato de que a solução desse problema porém a utilização de computadores para pmgramas dé distribuição dé energia é justificada pela
exigiu menos de 1 m i n u t o . O exemplo 10.1 mostra como o cálculo é c o m p l e x o , considerando análise econômica dos custos para a realização dos estudos.
apenas u m a barra e uma iteração. O programa faz c o m que sejam impressos os dados adequados
Outra vantagem a favor dos computadores digitais é o tamanho dos sistemas que p o d e m ser
para indicar o progresso e m direção à convergência após cada 10 iterações. N a solução de nosso
analisados pela máquina pois nos analísadores de redes não se dispõem' de fontes, linhas e outros
problema, não apareceram tais,'indicações, o que mostra que a convergência f o i alcançada c o m
componentes e m número suficiente para resolver problemas extensos. N o s computadores dè
menos de 10 iterações.
grande porte existem programas ( c o m todos os aperfeiçoamentos tais c o m o variação automática
de " t 3 p s " , controle automático do intercâmbio e controle da potência reativa dentro de limites
10,6 Comparação entre o Computador Digital e o Analisador de Redes C . A . , Os estudos determinados) que podem resolver problemas de fluxo de potência para sistemas m u i t o grandes.
de fluxo de carga são apenas u m dos tipos de problema que podem ser resolvidos c o m o
analisador de redes C A . o u c o m o computador digital. O analisador de redes C . A . f o i u m a
ferramenta extremamente útil para o engenheira de sistemas de potência desde que f o i instalado
o primeiro, e m 1929. A importância desse dispositivo é corifirmada pelo fato de que uns 3 0 o u 5 0
P R O B L E M A S
analísadores que funcionavam nos Estados Unidos e m 1959 haviam sido instalados desde 1 9 5 0 ,
período e m que se difundiram .amplamente os computadores digitais e seu uso na solução de 10.1 Aplique os dados do exemplo 1 0 . 1 para calcular Vj para o sistema da fig. 1 0 . 1 na primeira iteração,
problemas de sistemas de potência. A principal vantagem dos analísadores sobre os computadores Ee • programa começar os cálculos na barja 3 ao invés de na 2.
é que eles proporcionam uma representação física do sistema, c o m suas cargas e suas fontes, 10.2 Aplique os dados do exemplo\Q.l para calcular V para o sistema da fig. 10.1 na primeira iteração,
4
auxiliando o engenheiro na visualização do sistema real e m estudo. As leituras obtidas nos instru- se o programa começar os calcules na borra 4 ao invés de na 2.
mentos do analisador, registradas manualmente no diagrama do sistema, são para a.maior parte 10.3 Estenda os cálculos dos exemplos 10.1 e 10.2 para determinar a tensão V* com Vi? na equação
dos engenheiros, muito mais descritivas que os dados tabulados fornecidos por u m computador. 0 0 , 5 ) igual a 1,0LS°. P-U.. Recalcule em seguida V com P4 corrigido, como dc costume, antes de passar
4
Atualmente, muitos programas digitais fazem c o m que os dados sejam impressos c o m caracteres n barra seguinte. Utilize o valor P3 determinado no exemplo 10.2 e não considere os fatores dc aceleração.
alfabéticos para a designação das barras, o que facilita a interpretação. A impressão dos dados 10.4 Aplica-se ao valor Kj.calculado no exemplo 1 0 . 1 , um fator dc aceleração 1,6, tanto para a
pela máquina é unia grande vantagem a favor do computador, uma vez que evita o erro humano componente real da tensão, como para a imaginária; que valor de Vi substituirá o valor estimado, para o
cálculo de V3I
na leitura dos dados c na sua passagem para o diagrama. O computador assegura também o
registro completo, tanto das condições de entrada c o m o da informação obtida na resolução do
problema.
Uma das maiores vantagens do computador sobre o analisador de redes é o que poderíamos
chamar de disponibilidade para casos isolados. Isso significa que o acesso ao computador é possível
é até mesmo econômico quando se tem que estudar apenas umas poucas variações, até mesmo
üma, do caso base. Sc uma companhia não dispõe de u m analisador próprio e aluga u m por
i e m p o determinado, ele deve ser reservado por antecipação, em geral, de u m período superior a
uma semana. O ajuste inicial pode levar u m dia e ^evem ser consideradas todas as condições
Cap. l l j F u n c i o n a m e n t o econômico dos sistemas d c potência 205
Capítulo características diferentes. O método a ser desenvolvido é também aplicável à programação econômi-
ca de fornecimento de u m a usina para u m a determinada carga do sistema, sem levar e m conta
as perdas p o r transmissão. V a m o s desenvolver u m me"todo de e x p r i m i r as perdas de transmissão e m
função dos fornecimentos das diversas usinas. Determinaremos depois c o m o deve ser programada
a geração de cada u m a das usinas do sistema para conseguir-se u m custo mínimo para a energia
/
/
1,000
3
s
1
/
" o 800
Tt
' 11.1 Introdução. U m engenheiro sempre se preocupa c o m o custo dos produtos e dos
S 600
serviços. Para que u m sistema de potência proporcione lucro sobre o capital investido, é m u i t o
/
E
.importante' u m a operação adequada. A s tarifas fixadas pelos órgãos competentes exercem u m a 8
grande pressão sobre as companhias concessionárias de energia elétrica, que devem tratar de obter a
b 400
o máximo rendimento n o seu funcionamento, melhorando-ò continuamente a f i m de manter u m a ••
• E
/
relação razoável entre o que paga o consumidor por quilowatt-hora e o que custa a ela este forne- E
cimento, frente aos custos sempre crescentes dos combustíveis, mão-de-obra, materiais e manuten- tu
200
ção.
Os engenheiros conseguiram êxito notável no trabalho de aumentar, o rendimento de
caldeiras, turbinas e geradores. Pode-se dizer que foi conseguida u m a melhora contínua, de tal
"0 20 40 60 ao 100
maneira que, quando se adiciona a uma central térmica uma nova unidade, esta trabalhe c o m maior Saída d e potência, M W
rendimento do que qualquer das antigas. Durante a operação de u m sistema para uma dada
condição de carga, deve-se detetrriinar a contribuição de cada usina e, dentro de cada usina', F i g . 11.1 Curva de entrada e saída para u m grupo gerador, repre-
sentando o c o n s u m a de combustível em função d a potência de saída.
a contribuição de cada unidade, de tal maneira que seja mirümo o custo da energia. fornecida.
0 objetivo deste capítulo é mostrar de que forma a engenharia resolveu esse problema. 1
U m método primitivo para minimizar o custo consistia em fornecer energia para pequenas
11.2 Distribuição de Carga Entre as Unidades de uma Mesma Usina. Para determinar a
cargas a partir da usina de melhor rendimento. A o aumentar a carga, a energia seria fornecida par
distribuição econômica dc carga entre as vári:.s unidades da usina, consistindo de turbina, gerador e
essa usina até alcançar o seu ponto de rendimento ótimo. Então, para u m aumento maior na carga,
caldeira, deve-se conhecer o consumo de combustível, e m B t u por hora (ou Kcal/h), e m função
começaria a alimentar o sistema a segunda asina de melhor rendimento; a terceira não começaria
a operar até que o máximo rendimento da segunda usina fosse alcançado. Mesmo desprezando as da potência de saída em M W . A fig. 11.1 mostra uma curva típica entrada-saída; a inclinação da
perdas na transmissão, esse método falhava na redução do custo ao mínimo. curva é a taxa de variação da quantidade de combustível, expressa c m B t u p o r quilowatt-hora. O
custo do combustível e m centavos de dólar (cents) por milhão de B t u pode ser usado para conver-
Estudaremos inicialmente a distribuição mais econômica de fornecimento de energia de u m a
ter as unidades díTcurva entrada-saída e m dólar p o r h o r a (entrada) e inegawatts (saída); a inclina-
usina, entre os seus geradores ou unidades. C o m o u m sistema se amplia freqüentemente adiclo-
ção da curva é a variação unitária do custo incrementai do combustível, e m dólares p o r me-
nando-se novas unidades às usinas existentes, as várias unidades de uma usina, e m geral, possuem
gawatt-hora. Fazendo
F n = entrada da unidade n, c m dólares por h o r a .
' P a r a uma análise mais detalhada c mais completa veja " E c o n o m i c O p c r a l i u n o f Power S y s t e m s " p o r L . K . Pn = saída da unidade n, e m M W
K i r c h m a y e r , c d . J o h n Wiley and Sons, N . Y . 1958. A operação econômica de sistemas interligados é tratada pelo
mesmo- autor c m " E c o n o m i c Controt o f Intcrconnected S y s t e m s " , J o h n Wilcy and Sons, N . Y . 1959. Grande
o custo incrementai do combustível em dólares por mcgawatt-hora será dF jdP . n n
parte d o conteúdo destes livros pode ser visto e m artigos publicados pelo autor, muitos dos quais são
encontrados nas " T r a n s a c t i o n s " d o A I E E . O custo incrementai do combustível dc uma unidade geradora para u m a dada saída de
potência é o limite da relação entre o incremento n o custo da entrada de combustível em dólares
204 por h o r a e o correspondente incremento de potência de saída em megawaíts.'" ';L;do este incre-
206 ELEMENTOS DE ANÁLISE D E SISTEMAS DE POTÊNCIA [Cap. II Cap.li] Funcionamento econômico dos sistemas de potência 207
mento de potência tende a zero. Aproximadamente o custo incrementai pode ser obtido determi- ate que o custo incrementai seja igual nas duas unidades. O mesmo raciocínio p o d e ser es-
nando o aumento de custo de combustível n u m intervalo de tempo fixado durante o qual a potên- tendido a uma usina c o m mais de duas unidades. Portanto, o critério para a divisão econô-
cia de saída sofra u m pequeno aumento. N a prática, o custo incrementai é determinado medindo-se mica de carga entre as unidades é o de que elas devem funcionar c o m o mesmo custo i n -
a mclinação da curva entrada-saída e multiplicando pelo custo p o r B t u ( a u K c a l ) nas unidades crementai de combustível. Se a geração de u m a usina tiver que ser àtimentada^o custo incrementai
adequadas. C o m o os milésimos de dólar p a r quilowatt-hora são iguais aos dólares p o r megawatt-ho- c o m que cada unidade opera deverá aumentar, permanecendo porém o mêsmo para todas as
rà e sendo o quilowatt uma quantidade m u i t o pequena de potência e m comparação c o m a saída unidades.
normal de uma unidade de u m a usina térmica, o custo incrementai de combustível pode ser O critério que desenvolvemos intuitivamente pode ser determinado matematicamente. Seja
considerado como o custo do combustível e m milésimos de dólar por hora necessário para produ- u m a usina c o m K unidades; teremos
z i r u m aumento de u m quilowatt na potência de saída. K
F =F
T l + F2 + ... + F K = 2 F
« ( 1 U
>
n=l
3.50
Custo incrernental
PR =FI + Pa + . - . *Pg = 2 ^ Cl 1.2)
n=l
real
3.25 onde Fj* é o custo total d o combustível e PR é a potência total nas'barras da usina, transferida ao
sistema. Os custos individuais de combustível das unidades são F , F ,.... FR , c o m saídas corres- x 2
ixtmação
•SS
3.00 / inear pondentes P , P ,...
x 2 , Pf[. Nosso objetivo é obter u m Ff mínimo para u m dado PR .
O custo t o t a l F-p é função de P lt P,2 ... , PJC- Considerando PR constante, i n t r o d u z i m o s
a relação
Sõ
u ->
2.75
S
/
n=l
3 E
u 9, Essa equação permite obter o valor mínimo de Fj-, o que ê feito pelo método dos multiplicadores
Z50
de Lagrange. Esse método requer a introdução de uma nova expressão 5 , tal que
1
K
2.25 s = F T - M ^ r p i n - p R ) (ii.4)
20 40 60 80 1QQ
Saldo da Potência, M W 71=1
Fig. 11.2 Custo incrementai do combustível em função da potên- e o mínimo Ff ocorre quando 3S/3P = 0 para todos os valores de n. A s unidades do m u l t i p l i -
n
cia de saída para • a unidade" cuja curva entrada-saída é mostrada na cador A são dólares p o r megawatt-hora, quando o custo do combustível f o r dado e m dólares p o r
fig. 11.1. hora e a saída e m M W .
Para o custo mínimo do combustível, quando três unidades n u m a usina alimentam u m a car-
ga PR n o banamento da usina, obtemos da equação (11.4)
A fig. 11.2 mostra o custo incrementai do combustível em função da potência de saída.
Essa curva é obtida medindo-se a inclinação da curva entrada-saída da fig. 11.1 e aplicando ura cus-
to de combustível de 25 centavos de dólar p o r B t u . A fig. 11-2 mostra que o custo incrementai
§1 = ^ - 1 = 0 01.5)
do combustível, n u m intervalo razoavelmente amplo, varia quase linearmente c o m a potência de
saída. N a prática, a curva é aproximada p o r u m a ou mais retas. N a figura, a linha tracejada é, p o r onde a derivação parcial que estamos considerando indica apenas o efeito da variação de P , x não
exemplo, uma boa representação da curva entre 20 e 6 0 M W . sendo afetadas as unidades 2 e 3 . C o m o a variação de Pi só pode afetar F
u
incrementai de combustível e m uma delas seja maior d o que na outra. Suponhamos agora que
parte da carga seja transferida da unidade de maior custo incrementai para a outra. A redução
de carga na primeira resultará numa redução de custo maior do que o aumento de custo 'Veja "Hígher Matliematics for Engineers and Physiclsts" por I. S. e E. S. Sokolnikoff 2? ed„ pgs. 163 - 167,
pela adição da mesma carga à unidade c o m menor custo incrementai. A transferência de carga cd. McGraw-Hill, 1941, ou "Matliematical Mcthods for Scientits and Engineers", L. P. Smith, pgs. 39 - 42,
de uma unidad- á outra pode continuar c o m uma redução no custo total de combustível ed. Prenticc HaU, 1953.
208 ELEMENTOS D E ANÁLISE D E SISTEMAS D E POTÊNCIA [Cap. 11 Cap.ll] Funcionamento econômico dos sistemas de potência 209
0 , 0 1 2 ^ + 1,6=2,2
dP 2 " dP
c , para K unidades ^ = õ ^ f 2 = 5 0 M W
Até que dF /dp2_ se tome igual a U S 2,2 p o r M W h , o custo incrementai de combustível da usina
2
dFn
= X (11,9) será igual a dF /dp2,
2 uma vez que a carga da unidade 1 permanece constante e igual a 2 0 M W .
dP„
A s demais condições de funcionamento são deterrninadas considerando-se diversos valores de
X e calculando a potência de saída de cada unidade e a total d a usina. Os resultados são mostra-
onde n = 1, 2 , 3 , — , K. Portanto, para que a entrada e m dólares p o r h o r a seja mínima, é neces- dos na tabela 11.1.
sário que todas as unidades operem cora o mesmo custo incrementai A. Assim, provamos mate-
Usina Unidade 1 Unidade 2 Usina
maticamente as conclusões a que havíamos chegado intuitivamente. Necessitáramos de u m desen-
X. Pu
volvimento matemático quando considerarmos o efeito das perdas de transmissão nã distribuição U$/MWb MW MW MW
de carga entre as diversas usinas, pára conseguir u m custo mínimo de combustível referente a u m a
carga especificada do sistema. 1,96 20,0 30,0 50,0
Quando o custo incrementai do combustível das unidades for aproximadamente linear e m 2,20 20,0 50,0 70,0
relação â potência de saída, na região de funcionamento considerada, as equações que representam 2,40 40,0 66,7 106,7
o custo incrementai como função linear da potência de saída simpUfícarão os cálculos. Pode-se 2,60 60,0 83,3 143,3
preparar uma programação indicando as cargas de cada unidade de u m a usina, supondo diversos 2,80 80,0 100,0 180,0
valores para A , obtendo as potências de saídas correspondentes de cada unidade e somando-as 3,00 100,0 116,7 216,7
para determinar a carga da usina para cada valor de X . A curva de X e m função da carga de usi- 3,10 110,0 125,0 235,0
na estabelece q valor de X e m que cada unidade deve funcionar para uma dada carga total da usina. 3,25 125,0 125,0 250,0
Se, para cada unidade, forem especificadas as cargas máxima e mínima, algumas delas não
poderão funcionar c o m o mesmo custo incrementai de combustível que as outras e ainda perma-
Tabela 11.1 Potências de saída de cada unidade e potência total para diversos valores dc X , para o exempla 11.1.
necer dentro dos limites especificados de cargas m u i t o leves e m u i t o pesadas.
3.40
Exemplo 11.1
Para duas unidades de uma usina, os custos incrementais de combustível c m dólares p o r 3.00
M W h , são dados pelas seguintes equações:
mg
I »
= 0,010/». + 2,0
- 3 2.60
dP, O .
I I
dFt' ' 2.20
~ ^ = 0,012/' + 1,6
2
Considere que ambas operam durante todo o tempo, que a carga total varia de 50 a 250 M W e í.eo 50 100 150 200 250
que as cargas máximas e mínimas de cada unidade sejam 125 e 20 M W , respectivamente. Determine Salda da usina, MW
o custo incrementai de combustível bem como a distribuição de carga 'inrc as unidades para que
Fig. 11.3 Custo incrementai de combustível em função da potência de saída da usina com a caiga tolal
que se tenha d custo mínimo pnra varias cargas totais. distribuída entre as unidades, de acordo com o exemplo t t . l .
210 ELEMENTOS D E ANÁLISE D E SISTEMAS D E TOTÈNCIA [Cap. 11 Cap. l i ] Funcionamento econômico dos sistemas dc potência 211
A fig, LI ,3 mostra X era função da potência dé saída d a usina. Notamos que, para X = 3,10 a Analogamente, para a unidade 2
unidade 2 está funcionando e m seu limite superior e que cargas adicionais serão alimentadas pela 90
unidade 1. Analogamente, n o limite inferior da unidade 1, c o m X = 2,20, vemos que para u m a no- (0,012^ + l,6)dP 2 = 1 0 , 0 0 6 ^ + l,6P 2 = - Ü S 27,4/h
-va redução "da carga total somente a unidade 2 será aliviada.
Se quisermos conhecer a distribuição de carga entre as unidades de u m a usina para u m a O sinal negativo indica u m a diminuição n o custo, c o m o era esperado para diminuição da potência
potência de safda de 200 M W , lemos na curva da fig. ,113 e encontramos X = U S 2,91 p o r M W h . de saída. O aumento líquido do custo, devido ao afastamento da distribuição econômica é
A s potências de saída individuais das unidades são determinadas substituindo aquele valor de X nas U S 28,5 - U S 2 5 , 0 = U S 3,50 por h o r a . A economia parece pequena, mas considerando operação
equações dadas. Assim contínua nessas condições durante u m ano, teremos u m a economia de U S 3 0 . 6 6 0 .
Os efeitos conseguidos pela distribuição econômica da carga justificam a existência de
0 , 0 1 0 ^ ! + 2,0 = 2,91 e /», = 91 M W dispositivos para controlar automaticamente a carga de cada unidade. Mais adiante, consideraremos
0 , 0 I 2 P + 1,6 = 2,91 e P = 109 M W o controle automático, depois de estudar a coordenação das perdas p o r transmissão c o m a distri-
P +P = 200 MW
3 2
l 2
buição econômica de carga entre usinas.
A s potências de saída de cada unidade podem também ser lidas na fig. 11.4, onde temos as cargas
econômicas das unidades e m função da potência de saída total.
11.3 Perdas na Transmissão e m Função da Produção da Usina, N a determinação da dis-
A economia conseguida p o r meio da distribuição econômica de carga pode ser determinada tribuição econômica de carga entre usinas temos tíe considerar as perdas nas linhas de transmissão.
pela integração da expressão d o custo incrementai de combustível e comparando os aumentos o E m b o r a o custo incrementai de combustível na barra de u m a usina possa ser inferior ao de u m a
diminuições de custo das unidades, quando a carga é desviada de sua distribuição mais econômica. outra usina para u m a dada distribuição de cargas entre
usinas, a usina cujo custo incrementai seja o mais Usina 1 Usina 2
K
A s perdas na transmissão a partir da usina c o m m e n o r
© ® , ©
custo incrementai podem ser tão grandes que, razões
u . •83 loo econômicas indicam a necessidade de d i m i n u i r a carga
k
as
X
dessa usina, aumentando a da usina de maior custo
o o 75
incrementai. Para coordenar as perdas p o r transmissão
11
Loa d
50 c o m o problema da distribuição econômica de cargas,
é preciso que a perda total de energia p o r transmissão
1
k ;
Fig. 11.5 Sistema simples constituído por
25
seja expressa e m função das cargas das usinas. - duas usinas geradoras ligadas a uma carga.
Exemplo 11.2
Se considerarmos que h e i 2 estão e m fase
Determinar a economia de combustível, em dólares p o r hora, na distribuição econômica de
uma carga total de 180 MW, distribuída entre as duas unidades da usina descrita n o e x e m p l o 11.1, l / l + / I = l / i l +I/ I
2 2 (11.11)
quando comparada c o m a distribuição e m partes iguais da mesma carga.
e, simplificando
Solução
P =3l/,l (/? +-f?c)
2 +
3 X 2\IA\I \R + 3\l \ {R 2
+R ) (11.12)
O exemplo II.1 mostra que a unidade 1 deve fornecer 8 0 M W e a unidade 2 , 100 M W . Se L f l 2 C 2 b C
Para uma análise simples das fórmulas das perdas, por um procedimento semelhante ao nosso, consulte " A Pri-
* (O.OIO/ , + 2,0)d/
3 ,
= \o,QQSP 2
+ 2,QPi I 90
= US 28,5/h
/ u " ' t n L o v , E o r m u h ' " p n i D . C . Harker, Trans. A I E E , vol. 7 7 , parle 111, pgs. 1434 — 1 4 3 6 , 1958.
l
ao l |w
cLtMtNiUS D E A N A L I S E D E SISTEMAS D E POTÊNCIA ÍCap. 11 CajLllJ Funcionamento econômico d03 sistemas dc potência 213
O
O
o
Se Pi e P 2 forem as potências trifásicas de saída das usinas 1 e 2, c o m fatores de potência Normalmente as correntes de carga e as tensões nas barras são obtidas a partir dos estudos
pfi e Ph e V\ e V forem as tensões nos barramentos das usinas de carga. Neste problema essas tensões p o d e m ser tiradas dos dados fornecidos, assim
ó
z
A s potências são obtidas, c m geral, do estudo de cargas para a condição de operação para
serem utilizadas para o cálculo dos coeficientes de perdas. Neste problema P t e P 2 devem ser
1
i^t^f,) 2 1 2
ir fiK i(pf Xpf )
K s t 3 lK i (pf ) a
a
a
a
calculados, assim
= f ? 5 n +2fii 35i +P
,
2 3
2
B 3 3 (11.14)
P , = R e [ ( I . O + / 0 ) ( l , 0 4 + /0,!6)] = 1,04 p . u .
iK.Pfjpf,) 1
U m a vez que todas as correntes têm fase zero, o fator de potência e m cada nó-fonte é o
cosceno da fase da tensão n o nó, e a módulo da tensão vezes o fator de/potência é igual à parte real
daexpressão complexa da tensão. Daí
5 l 2 =
w T n í k M ) ( 1 1
' 1 5 )
0,04 + 0,02 _ _ „ _
•\v \ ( r f
2
2
v 2
(1,04? = Q
.° 5
P- -
5 3 U
i r a = 0 , 0 1 8 8
^
Se as tensões da equação (11.15) forem de linha e m k V , c o m ás resistências em ohms, as unidades
dos coeficientes B serão 1/MW. Então na equação (11.14), c o m as potências trifásicasPj e P 2 em 0,03 + 0,02
Bjs
M W Pi também será dado em M W . Logicamente, os cálculos poderão ser feitos em p . u . . (1,024)= = °^ 7 5
P- -U
Para o sistema para o qual foram deduzidos e considerando-se I x e J . c m fase, esses coefi-
3
cientes dão a perda exata p o r meio da equação ( i l . 1 4 ) somente para o3 valores particulares de
P i e P , resultantes das tensões e dós fatores de potência usados nas equaçôes(11.15). V a r i a n d o
2 E x e m p l a .11.4
Pi e P , os coeficientes B permanecerão constantes apenas se as tensões nas barras das usinas
=
Calcule a perda por transmissão para o e x e m p l o 1 1 3 pela fórmula, da equação (11.14) e
mantiverem o m o d u l o constante e se-os fatores de potência das usinas também permanecerem
verifique o resultado.
constantes. Felizmente, o uso de valores constantes para os coeficientes das fórmulas de perdas na
equação (11.14) proporciona resultados suficientemente precisos quando esses coeficientes forem
Solução:
calculados para condições médias de funcionamento, desde que não ocorram variações excessivas
de carga entre as usinas ou na carga total. N a prática, os sistemas de grande porte são carregados
economicamente p o r meio de cálculos baseados e m u m conjunto de coeficientes de perdas PL = (1,Q4) X 0,0553 + 2 X 1,04 X 0,8192 X 0,0188 + (0.3192) X 0,0475 =
2 2
suficientemente exatos durante a variação diária de carga. Caso ocorram variações grandes no = 0,06 + 0,032 + 0,032 = 0,124 p . u .
sistema, será necessário calcular novos conjuntos de coeficientes.
Somando as perdas e m cada secção, calculadas p o r J R 2
, obtemos
fórmulas de perdas. A s impedãncias de linha são 0,04 + /0,16 p.u., 0,03 + /0,12 p . u . e 0,02 + /0,08 Era de sc esperar a exata concordância entre os dois métodos, u m a vez que os coeficientes de
p.u. para as secções a. b e c, respectivamente. perdaf fciam determinados para a condição na qual se calculou a perda. O erro i n t r o d u z i d o ao
214 E L E M E N T O S DE ANÁLISE D E SISTEMAS D E POTÊNCIA. [Ciip. 11 Cap.ll} Funcionamento econômico dos sistemas dc potência 215
utilizar os mesmas coeficientes de perdas para duas outras condições de funcionamento pode ser A fig. 11.6 mostra duas usinas geradoras ligadas a u m sistema de transmissão c o m u m número
vista examinando os resultados mostrados na tabela U . 2 . 1
qualquer de cargas. U m a linha trifásica interna ao sistema é designada p o r ramo k. N a fig. 11.6a,
Todos as quantidades ostõo am p.u.
apenas a fonte 1 está alimentando o sistema, poréiri todas as cargas estão ligadas. A corrente total
PL de carga, l é fornecida pela fonte 1 e a corrente na linha k é . Seja
h h Pi P pelo
• P-x Coef. de Perdas
x
Pa
L
por Condições
Tabela 11.2 Comparação, das perdas por transmissão calculadas com os coeficientes de perda e com Í*R
para os dados do exemplo 1 U e com diversas condições de funcionamento.
Pelo princípio da superposição, c o m ambas as fontes ligadas, como mostra a fig. 11.6c, a corrente
na linha k será
hipotética. * O estudo completo dos coeficientes de perdas foge ao objetivo desse livro, porém
1
de corrente A ^ j e JVjt 2 podem ser facilmente determinados quando o sistema é posto n u m
podemos desenvolver equações bastante simples baseadas e m diversas suposições para sistemas c o m analisador de redes C A . Sedispusèrmqs de u m computador digital de grande porte para o cálculo :
u m número qualquer de cargas e fontes. V a m o s desenvolver equações para u m sistema consistindo dos coeficientes de perdas, os fatores de distribuição de corrente não são, em geral, determinados,
de duas usinas geradoras e de u m número qualquer de cargas. Essas equações poderão ser esten- sendo seguido u m o u t r o cairúnho, c o m o indicam algumas das referências anteriormente citadas.
didas facilmente para atender a u m sistema c o m u m número qualquer de fontes. A solução c o m auxílio de computador pode ser feita sem necessidade de algumas das hipóteses
usadas para simplificar nosso trabalho e conseguirmos u m melhor entendimento.
Duas hipóteses simpUficadoras adotadas são: a relação X/R é a mesma para todos os ramos e
todas as correntes têm a mesma. fase. C o m essas hipóteses, bs fatores de distribuição de corrente
serão reais, ao invés de complexos. N o entanto, quando o circuito é alimentado p o r mais de u m a
fonte, as várias correntes de ramo não estarão necessariamente em fase, mesmo que os fatores de
distribuição de corrente sejam reais. Se fizermos
Fig. 11.6 Diagrama esquemático mostrando duas usinas geradoras, ligadas atrave's do um circuito arbitrário a
um número qualquer de cargas. £ indicado um dos ramos do circuito.
I, = l / i l cos oj + / l / i l sen o ,
e
/ 2 = l / l cos a + / Í A I sen a
2 2 z
em um sistema de potência dc grande porte e as perdas calculadas por um conjunto de coeficientes para grandes
variações de carga entre duas usinas.
(11,18) ( c o r n a i , cN k2 real).
""Veja "Tensoriai Analysis of Intcgratcd Power Systems" por G . Kron, Parle I. "The Six Basic Rcfercncc Ütl 1
= (N Ui 1 cos a i +N zU \cos a f + (N
kl k 2 2 kl |/, | s e n o, + N - U, I sen a f
K 2 2 (11.19)
Frames, "Trans. A I E E , vol. 70, parte II, pags. 1239-1248. 1951. Para um breve histórico da desenvolvimento
dos métodos de cálculo dos coeficientes dc perdas, com algumas referências bibliográficas dc interesse, Veja
" A New Mcthod of Making Transmissíon Loss Formulas Direclly from Digital Power Flòw Siudics" por E . E , e, desenvolvendo e simplificando
George, Irans. A I E E , vol. 78 parte III, pags. 1567-1573, 1959. Para conhecer um método de minimízação de
perdas que evite o uso dos coeficientes dc formulas de perdas, veja " A New Approacli to loss Minimlzation in l/ l f r
2
= A&IAI^ + A&I/.I 2
+.2A t A fc |/ ll/ lcos(rj -o )
r
1
f
1 1 2 i 2 (11.20)
Electric Power Systems", por J . F . Calvert e T . W. Sze, trans. A I E E vol. 76 porte III pags. 1439-1446, 1957
e "Some Applications of a New Approach to Loss Minirnization in Eléctrical Utílity Systems" por T. W. Sze,
J. F . Calverl e J . R. Garnett, trans. AIEE, parte III, vol. 77, pgs. 1577-1585, 1958. Para conhecer um método substituindo agora
aperfeiçoado de ca'lculo dos coeficientes de perdas por rompul adores digitais, comultc "Direcl Calculution of
Transmisíion Loss Formula - I" por L. K. fCirchmsyer. H. II. Knnp, Cf. W. Sia^a e J . F . Hohcnstcm, tran ;. 1
e fazendo = resistência d o ramo k, obtemos para as perdas lotais de transmissão • onde para u m total de s fontes
P:
P-, Bu B\ 2 B n .. •B
LS
B 2l
B 22 B 23
P = B =
B N Br. ••
Além das hipóteses feitas n a dedução da. expressão geral dos coeficientes de perdas dada pela
ô n d e 2 ^ indica u m a soma que i n c l u i todos os ramos. A s perdas de potência são geralmente
k equação (11.25), outras serão necessárias se considerarmos os coeficientes constantes, já que a
carga t o t a l e a distribuição de carga entfe as fontes variam. A s hipóteses adicionais são:
expressas pela equação
1. Todas as correntes de cargas mantém u m a relação constante.com a corrente total.
onde e ] > j indicam somatórias independentes que intervém em todas as fontes. Por exemplo,
m n E x e m p l o 11.5
para três fontes, teremos A fig. 11.7 mostra u m sistema c o m duas fontes, designadas p o r usinas 1 e 2 , e ligadas
aos nós 1 e 2 respectivamente. E x i s t e m duas cargas e u m circuito c o m c i n c o ramos. A barra de
Pi = PJB + PÍB + 2P,P B + 2P P B + 2P P B
22 3I 2 L2 2 3 23 X 3 N
referência cuja tensão é 1 ,Q / 0° p . u . é indicada n o diagrama c as correntes e impedãncias
dos ramos são
Para os coeficientes dc perdas u m a expressão geral c
h == 0,8 -7*0,1 p . u .
Z = 0,02+/'0,08 p . u .
c
Solução: ' fí _ (-0,4 X 0,6 X 0,08 + 0,4 X 0,4 X 0,03 + 0,6 X 0,6 X 0,03)(0,980)
1 2
1 , 0 6 X 0,93 X 0,998 X 0,92 ~ =
A s correntes das cargas 1 e 2 são, respectivamente, 0,4 e 0,6 d a corrente total. Portanto, os
= -0,0039 p.u.
fatores de distribuição corrente são
B n = °'gQ 7 7
= 0,1345 X I O " 2
MW 1
-Barra de referência
V=I^ rumt ®
fl =^p
p e
M = o,1120 X Í O ^ M W 1
Carga 1
11.5 Distribuição d s carga entre Usinas. O método desenvolvido para e x p r i m i r as perdas
de transmissão e m termos das potências de saída das usinas, faz c o m que possamos levar e m c o n -
Fig. 11.7 Sistema cem duas usinas geradoras e duas cargas.
tagiais perdas ao fazer a programação d a potência de saída de cada usina, visando a máxima
economia e m u m dado sistema. O tratamento matemático d o p r o b l e m a ê análogo ao d a programa-
ção de unidades e m u m a usina, c o m a exceção de que, agora, incluiremos as perdas p o r transmissão.
Sendo as fontes de corrente especificadas, as tensões nas barras respectivas devem ser
N a equação
calculadas. N a prática, seria feito u m estudo de cargas para determinar os fatores de potência nas
barras, assim como as tensões e as fases. A s fases das correntes podem ser calculados a partir das K
F = F + F + . . . + F =_^2 Fn (11-27)
fases das tensões nas barras e dos fatores de potência nas barras. A s tensões nas barras das usinas T 1 2 K
' n=l
são
FT è agora o custo t o t a l de todo o combustível para o sistema inteiro e é igual à soma dos
Vi = 1,0 + (1,2 - y O , 4 X O , 0 2 + /0.08) custos referentes às usinas individuais F F , •.., Fg. A potência total que entra n o c i r c u i t o
L S 2
£ os fatores de potência nas usinas são onde P R é a potência total recebida pelas cargas d o sistema e / £ a perda p o r transmissão dada e m
função dos coeficientes das fórmulas dc perdas e da potência fornecida p o r carJü USÍIlü.
pf, = cos (4,78° + 18,43°) = 0,920 Pelo método dos multiplicadores de Lagrange introduzimos a expressão SF , tal que
pf ='cos (7,13°- 3,10°) = 0,998
2 K
í ^ T - M S ^ ^ f i 1
* ) (H.30)
Os coeficientes dc perdas são n=l
B
" = r j ^ F T r J ^ =
°' 0 5 6 0
P- "U
220 E L E M E N T O S D E ANÁLISE D E SISTEMAS D E POTÊNCIA [Cap. 11 Cap. l l ] Funcionamento econômico dos sistemas de potência 221
e p a r a o custo total mínimo que deve ser gerada p o r cada usina e a potência recebida peta carga- quando o X d o sistema
é 2,50 dólares p o r megawatt-hora. Considere que o custo incrementai d o combustível pode
ser calculado aproximadamente pelas seguintes equações.
V
P o r vezes a equação (J1J32) é rearranjada tomando-se
i^r-= 0 . 0 0 3 A + 1,7 U S / M W h
dPi
dF n I
= X (1133)
= O.OOâPa + 1,9 U S / M W h
ou Solução:
L =X (11.34)
n
A equação (11.32) para a usina 1 torna-se
e, para a usina 2
1
0,006í> + 2\B^P
2 Z + 2\B Pia = X - 1,9
9 ^
C o m o a carga está situada na usina 2, a variação de P 2 não pode afetar .Pr,. D a í
O multiplicador X é dado e m dólares p o r megawatt-hora quando o custo d o combustível é em
dólares p o r h o r a e a potência é dada em megawatts. O resultado é análogo ao obtido n a programa- B22 = 0 e B n 0
ção de carga nas unidades da central. O custo mínimo de combustível é o b t i d o quando o custo
Quando = 100 M W , P L = 10 M W , então
Incrementai de cada usina multiplicado pelo fator L n è o mesmo para todas as usinas do sistema.
A perda p o r trarosmissão P± é dada pela equação (11.24). P a r a X usinas atierivada e m relação 10 = ( 1 0 0 ) 5 2
n
ã P „ fornece B u = 0,001 M W * 1
0 , 0 0 3 ^ , + 0 . 0 0 5 P , = 0,8
A s equações simultâneas obtidas escrevendo a equação (11.32) p a i a cada usina d o sistema Pt = 100 M W
p o d e m ser resolvidas atribuindo u m valor para X . Então, para tal valor 6 determinada a carga 0,00ÕP = 0,6 3
econômica de cada usina. Resolvendo as equações para diversos valores de X , encontramos dados P,=aO0MW
suficientes para representar a energia gerada p o r cada usina em relação à total. Calculando-se a
perda p o r transmissão para cada X, as potências de saída de cada usina poderão ser postas e m fun- Portanto, para esse valor de X o fornecimento econômico de carga exige u m a divisão p o r igual
ção da carga total recebida. Transferindo-se energia através de linhas de interconexão a oütros da carga entre as duas usinas. A perda p o r transmissão é '
sistemas ou recebendo-a de usinas hidráulicas, a distribuição da carga restante entre as usinas
térmicas é afetada pelas variações das perdas p o r transmissão originadas pelo fluxo através desses
pontos adicionais de entrada n o sistema. Não são introduzidas novas variáveis, porem são necessá- P L = 0,001 X 1 0 0 = 10 M W 2
rios outros coeficientes de perdas. P o r exemplo, u m sistema c o m cinco usinas térmicas, três h i -
droelétricas e sete interconexões requereria u m a matriz 15 X 15 para os coeficientes de perdas, c a carga é
porém as únicas incógnitas a serem determinadas para qualquer X dado seriam as c i n c o entradas
do sistema relativas às cinco centrais térmicas. P
R = Pi+P 2 -P L = 100 + 100 - 10 = 190 M W
Solução: são d o c o m p u t a d o r é determinar a geração de cada usina e enviar sinais a cada u m a delas para que
Desprezando as perdas p o r transmissão, as custos incrementais'das duas usinas são iguala- operem de acordo c o m a potência de saída desejada. A diferença entre a potência de saída real e
das, dando a desejada de u m a usina chama-se energia requerida.
O diagrama de blocos da fig. 11.8 ilustra o funcionamento do computador. A energia reque-
0 , 0 0 3 ^ + I,7 = 0,Ò06P + 1,9 2
rida do sistema e a soma das energias requeridas das usinas são enviadas a u m servomotor indicado
pelo b l o c o 1 e pelo símbolo X no diagrama. Se cada u m a das usinas está fornecendo a potência de
A potência fornecida à carga é , • saída necessária para u m a carga econômica e o intercâmbio nas linhas de interconexão tem o valor
programado, tanto a energia requerida do sistema c o m o a soma das energias requeridas das usinas
P + / -0,001/>,
{
J
2
3
= 190 são iguais a zero. O sistema funciona c o m o X necessário cujo valor vem indicado p o r u m medidor
n o computador. Se f o r produzido u m aumento de carga no sistema, a carga adicional entrara
Resolvendo essas duas equações para P e P obtemos para a potência gerada pelas duas usinas,
t 7 através das linhas de interconexão. A energia requerida positiva resultante do sistema é detetada
sem levar em conta as perdas por transmissão, os seguintes valores pelo computador que pode ser ajustado para qualquer determinado valor do intercâmbio. Qualquer
desequilíbrio entre a energia requerida do sistema e a soma das energias requeridas das usinas faz
Px = 167 M W e P
2 = 51 MW funcionar o servomotor. Quando u m a energia requerida positiva do sistema ocorre e a soma das
energias requeridas das usinas é zero, u m sinal é enviado ao servomotor, o qual avança, indicando
A carga na usina 1 é aumentada de 100 para 167 M W . O aumento n o custo do combiistível é para o sistema u m valor maior de X .
1 4 0 , 7 5 - 115,30 = US 25,45/h
Energia Computação dD \é.
requerida fator de
O problema de coordenar as perdas por transmissão dentro do programa de geração pode ser do sistema penalidade
melhor enicndido resolvendo o p r o b . 11.8 e comparando o resultado c o m o problema dado por Potência gerada
1 Fatores d pena-
Kirchmayer e Stagg.t desejada de cada
lidade da linha
usina controlada
11.6 Fornecimento Automático de Carga. E m muitos sistemas, a potência de saída de Computação da
cada usina e a de cada unidade c m cada usina é controlada automaticamente por um computador potência rjeiada
desejada
que controla também todas as potências dc saída das usinas e as cargas de interconexão. O com-
putador analógico a ser visto depende dê u m programa estabelecido para o intercâmbio de energia Potência gerada desejada
(modificada quando o controle de freqüência é necessário) entre o sistema controlado e os vi- de cada usina controlada
zinhos. O computador compara a intercâmbio real de energia c o m o programado. Qualquer di-
Computação da ^
ferença encontrada chama-se energia requerida do sistema e pode ser positiva ou negativa. A mís-
energia requerida
Soma das energias da usina
requeridas da usina
t Um estudo de um sistema dc J32 kV Fornecendo carga entre 1.225 e 1.400 MW, mostra que se pode obter Potência real gerada
uma economia anual de 150.000 dólares, incluindo o efeito das perdas por transmissão, c atribuindo cargas à
oilo usinas térmicas. A economia média é da ordem de 17 dólares por hora. Veja "Evaluation of Methods of
Co-ordinaling Incrementai Filei Costs and Incrementai Transmissíon Losses por L. K.. Kirchmayer e G . W. Stagg, Fig, 11.8 Diagrama dc blocos mostrando o funcionamento do computador pura o fornecimento automático
Trans. AIEE. vol. 71, parle III pags. 513-521, 1952. de carga. ' . _.. ^
224 E L E M E N T O S D E A N Á L I S E D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA |Cnp. 11 Cap. ll] F u n c i o n a m e n t o econômico dos sistemas dc potência 225
. C o m o indica o bloco 3 , a energia gerada desejada de cada usina é comparada c o m a realmente 11.7 Calcule os coeficientes das fórmulas de perdas e m p . u . e e m inversa de mcgawatt para uma base
produzida, oara determinar a energia requerida da usina. A o servomotor é enviado u m sinal dc 50 MVA, d o sistema d o e x c m p l Q .11.5, se as correntes dc ramo forem
proporcional ã soma das energias requeridas das usinas o qual continua avançando até que a soma
I a = 1,6 - / 0 , 4 p.U. Id = 1,0 - / 0 . 2 5 p . u . .
das energias requeridas das usinas seja iguai à d o sistema. A posição do servomotor corresponde
\ Ib = 0,6-JD.15 p.u. / = 1,2 - / 0 , 3 p . u .
c
ao A desejado para o sistema. A o aumentar as potências de saída das usinas, diminuem as energias
Ic = 0,6 -/'0.15. p . u .
requeridas do sistema c das usinas, e quando ambas.se anularem, o sistema funcionará c o m D
11.8 Calcule os valores necessários e desenhe os curvas indicadas, para o sistema dos exemplas 11.6 e
novo X desejado.
11.7. S u p o r os custos de combustível, s e m carga, de 75 c 150 dólares p o r hora, respectivamente, para as centrais
A o determinar a energia por usina, o computador,efetua as CQneçÕeü para as perdas por 1 c 2. Desenhe as curvas de
transmissão que existirão quando a potência de saída for a correta alimentando as potências de (l (a) Potência gerada p o r u m a usina e m função d a potência fornecida à carga, para u m fornecimento econômico
saída desejadas das usinas controladas, computando os fatores L conforme seja a informação da n
considerando as perdas dc transmissão
(b) Idem, sem considerar as referidas perdas
energia fornecida pelas usinas c o m as potências de saída fixadas e pelas linhas de interconexão,
(c) C u s t o t o t a l de combustível e m dólares p o r hora, c m função d a potência fornecida nos casos (a) e (b)
c o m o indica o bloco 4. A s indicações do fator de penalidade estão alimentadas no circuito que
calcula a geração desejada. Tanto os limites superiores como os inferiores de operação para
qualquer usina podem estar estabelecidos no computador e as usinas podem ser tiradas do controle
econômico fazendo-as trabalhar c o m fornecimento fixo de energia. Os valores dos coeficientes
de perdas utilizados pelo computador ao determinar os fatores de penalidade podem ser intro-
" duzidos no computador, ajustando-se u m potenciômetro para cada coeficiente n a matriz de perdas.
E m cada usina existem circuitos de-computação que enviam sinais para as unidades apropriadas,
-de forma que todas as unidades de uma usina operem c o m o mesmo custo incrementai de com-
bustível.
PROBLEMAS
11.1 Para uma curta unidade geradora de u m a usina, o consumo de combustível em milhões de B t u p o r
hora pode ser expresso em função da potência de saída P e m megawatfs peia equação.
0 , 0 0 0 I P + 0 , 0 2 ^ + 8 , 8 P + 100
3 2
~ ^ - = ( ) , Q W , + 2,2; ^ = 0 , 0 1 2 ^ + 1 . 6
onde é dado em dólares por liora c í c m megawalts. Se ambas as unidades funcionam todo o tempo e as
cargas máximas e mínimas de cada uma forem 125 e 2 0 M W , c s q u c m a t i i c X e r n dólares p o r megawatt-hora, c m
função da polência de saída da usina em megawalts para o custo mais baixo dc combustível, quando a
carga lotai variar de -10 a 250 M W .
17.3 Determine a economia c m dólares por hora na distribuição econômica de carga entre as unidades
do Prob. 11.2, cumpurando com a divisão em partes iguais para uma saída total de 150 M W .
11.4 Calcule a perda de potência n o sistema d o exemplo 11.3 pelos coeficientes de perda do exemplo
e p o r / / i , p u r a / , = 1 . 5 / l f p . u . c / = 1 . 2 / t f p.u. . S u p o n h a P - l , 0 / 0 l p . u . .
2
3 3
Capítulo í
j
periódico e decresce exponencialmente c o m u m a constante de tempo L/R, sendo chamado de
componente Ç.C. da corrente. O termo senoidal é considerado o valor de regime permanente da
• corrente n u m c i r c u i t o RL para u m a dada tensão aplicada. Se o valor da c o m p o n e n t e de regime
EM MÁQUINAS SÍNCRONAS
| C C não existe se o c i r c u i t o f o r fechado n u m ponto da curva de tensão c o m o a - 8 = 0 o u
! a - J h = 7T. A fig. 12.1 mostra a variação da corrente c o m o tempo, de acordo c o m a equação (12.2),
\ quando a - 8 = 0. Se a chave f o r fechada n u m p o n t o da curva de tensão e m que a - 0 - ±TT/2,
\ a componente C . C . terá seu máximo valor i n i c i a l , que é igual ao valor máximo da componente
| senoJdaL A f i g . 12.2 mostra a tensão e m função do tempo quando a - 8 = - TT/2. A componente
12.1 Introdução. Quando ocorre u m a falta n u m circuito de potência, a corrente que J C C p o d e ter qualquer valor desde zero até \V \j \Z\, dependendo d o valor instantâneo da
m
circula- é determinada pelas forças eletromotrizes internas das máquinas do circuito, p o r suas | tensão quando o c i r c u i t o é fechado e do fator de potência do c i r c u i t o . N o instante e m q u e é
impedãncias e pelas impedãncias do circuito situadas entre as máquinas e a falta. A corrente que TKi_aphcada a tensão, as componentes C . C . e de regime permanente têm sempre o mesmo valor,
circula n u m a máquina síncrona imediateúnente após a ocorrência de u m a falta, a q u e circula ;
p* porem sinais opostos, a f i m de que seja zero o valor da corrente naquele instante.
alguns poucos ciclos após, e a que persiste, o u de.regime permanente, diferem consideravelmente,
por causa d o efeito da corrente de armadura no fluxo que gera a tensão n a máquina. A corrente
varia de maneira relativamente lenta desde seu valor inicial até o valor e m regime permanente.
Neste capítulo, analisaremos o cálculo da corrente de falta e m diferentes períodos e explicaremos
as variações de reatância c de tensões internas dc u m a máquina síncrona c o m a variação da
corrente desde seu valor inicial, quando d a ocorrência da falta, até seii valor de regime.
.12.2 Transitórios em Circuitas H L Serie. A escolha de u m disjuntor para u m c i r c u i t o r Fig. 1 2 . 2 Corrente em função do tempo num Fig. 12.1 Correntè' ém função do tempo num
de potência depende não só d a corrente que ele deverá conduzir e m condições normais de funcio- ~--"circuito RL para a - 3 = - 9 0 ° , onde 8 = tan" 1 circuito RL para a - 6 = 0, onde 0 = tan" (oiL/R)'.
1
: ( 6 3 L / R J . A tensão c igual a | V \ sen (GJ/ + a) A tensão c igual a | Vfn | sen (ojf + a) aplicada
namento, c o m o também d a máxima corrente que esse disjuntor deve suportar momentaneamente
m
i = [ s e n ( u f + a - 0) - e "R L
sen (o- - 6)} (12.2) componente C C . N u m a máquina síncrona o f l u x o no entreferro é m u i t o m a i o r no instante e m
que se dá o curto-circuito do que alguns ciclos após. A redução de f l u x o é .causada pela força
' rnagnetomotriz da corrente na armadura, fenômeno chamado de reação da armadura. O f l u x o
onde I Z l é V/? "+ (uLf*
2
e Q é igual a tan" 1
(wL/R). - resultante no entreferro é devido à F M M combinada do enrolamento C C . e d a corrente de arma-
O primeiro termo da equação (12.2) varia senoidalmente c o m o t e m p o ; o segundo não c dura. À redução do f l u x o leva algum tempo. C o m a diminuição do f l u x o n o entreferro a corrente
de armadura também diminui, uma vez a tensão gerada pelo fluxo d o entreferro determina a
226
corrente. Essa é a causa do decréscimo cradual de corrente mostrado na '. a." 1 2 . 3 .
!
Cap. 12] Faltas trifásicas simétricas cm máquinas síncronas 229 |
228 E L E M E N T O S D E A N Á L I S E D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA [Cap. 12
0 ponto e m que a envoítória da corrente intercepta o eixo zero, desprezando o rápido decréscimo
dos primeiros ciclos, pode ser determinado mais precisamente representando-se e m papel
semilogarítmico o excesso da envoítória sobre o valor permanente representado p o r oa, como
está mostrado na fig. 12.4. A porção linear dessa curva é prolongada até encontrar o eixo referente
ao tempo zero- e adiciona-se a intersecção ao valor instantâneo da corrente transitória que corres-
ponde a ob na fig. 12.3.
O ^ y a l o r eficaz da corrente determinado pela
intersecção da envoítória da corrente c o m a ordenada
t = 0 é chamado de corrente subtransitória
. E n i/olto •ia d 3 correntE da
N a fig. 12.3, essa corrente vale 0,707. vezes a orde- F i fl. 12 .3 m anos o va or
nada o c A corrente subtransítória é muitas vezes
chamada de corrente eficaz simétrica inicial, deno-
<-
\
d reg me c erme ne/it e.
F i g . 12.3 Corrente c m função do icinpô para um alternador de 3 0 l:W, 20B V , ciiito-circuitado funcionando e m
vazio. A componente u n i d i i c c i o n a l transitória d a corrente f o i eliminada ao redesenhar o oscilograma.
minação mais apropriada porque contém a idéia de v
desprezar a componente C C . e tomar o valor eficaz
da componente alternada da corrente imediatamente
\
após a ocorrência da falta. A reatância subtransítória X
12.3 Correntes de Curto-circuito e Reatâncias de Máquinas Síncronas. Podemos de- 1
S
finir, com auxílio da fig. 12.3, certos termos importantes no cálculo das correntes de curto-circuito do eixo direto X"a para um alternador funcionando N
num sistema de potência. As reatãncías que definiremos são chamadas reatâncias do eixo direto, em vazio antes da ocorrência de u m a falta trifásica \
denominação familiar para os que já estudaram a teoria geral das máquinas*. A reatância d o eixo em seus terminais é \E lJM"\, g
direto é usada no cálculo das quedas de tensão causadas pela componente da corrente de armadura A s correntes e reatâncias discutidas anterior-
que está c m quadratura (defasagem de 90°) c o m a tensão gerada e m vazio. Sendo a resistência mente são definidas pelas equações que se seguem, _ N
num circuito onde ocorre uma falta, pequena e m relação à reatância indutiva, a corrente durante aplicáveis a u m alternador funcionando em vazio
a falta está sempre em atraso, c o m um ângulo grande e então torna-se necessário usar a chamada antes da ocorrência de uma falta trifásica PIH seus
reatância do eixo direto. Na análise que se segue deve ser lembrado que a corrente mostrada no terminais; . .
oscilograma da fig! 12.3 é a que circula n u m alternador em vazio no instante da ocorrência da
i/l _ oa lEJ Tempo
falta. .
Na fig. 12.3 a distância oa é o valor máximo da corrente de curto-circuito permanente. V T =
~ t 0 2
- 3 )
Fig. 12.4 Excesso da envoítória da corrente
Esse valor, multiplicado por 0,707 é o valor eficaz l / l da corrente de curto-circuito c m regime da Fig. 12.3 sobre a corrente máxima perma-
permanente. A tensão em vazio do alternador \E 1 dividida pela corrente dc regime l / l , é a chama- nente, representada em papel semilogarítmico.
' V f ^
íi
=
da reatância síncrona do alternador, o u a reatância síncrona do eixo direto Xd, uma vez que o
\E r
A - 6 9 Y k V , c o m u m a reatância d e 1 0 % . A n t e s d a o c o r r ê n - "Tv— A
c i a d a f a l t a , a tensão n o l a d o d a a l t a d o t r a n s f o r m a d o r é / \ _
G
JrE5?I a
corrente divide-se e n t r e ' o s dois geradores d e m a n e i r a i n v e r s a m e n t e p r o p o r c i o n a l às
de 6 6 k V . O t r a n s f o r m a d o r está s e m c a r g a e n ã o e x i s t e S-^ .respectivas impedãncias,
c o r r e n t e c i r c u l a n d o entre os geradores. D e t e r m i n e a cor- - N o . gerador 1:
r e n t e subtransítória e m c a d a g e r a d o r quando ocorre u m
c u r t o - c i r c u i t o trifásico n o l a d o d a a l t a tensão d o t r a n s f o r - D i a s n m a u n i n i a r d
°
mador.
:
/" = -/7,735 X = - / l ,823 p.u.
^zNo-gerador 2:
Solução:
^ - : 0 ^ 5 X ^ . W 7 5 „ ^determinar fl
""ente e m ampères, os v a l o r e s p o r u n i d a d e são m u l t i p l i c a d o s p e l a c o r r e n t e
base d o c i r c u i t o , c o m o segue,
NcTgerador 1:
||= 0,957 p.u.
W\= 1,823 X 7 5
- ° Q
=
D
5.720 A
Gerador 2: V3 X 13,8
N o gerador 2 :
= 0,912 X • J S
; Q Q
° . = 2.860 A
N/T.X 13,8
e podem ssr previstos para vários tipos de máquinas. A tabela A.ó fornece valores típicos de A o fazer cálculos para máquinas síncronas e m regime permanente, elas devem ser conside-
reatâncias dc máquinas, necessários aos cálculos dc. faltas c aos estudas de estabilidade. E m geral, radas como tendo uma tensão interna igual à gerada e m vazio E e uma reatância interna chamada
s
as reatâncias subtransítórias dos geradores e motores são usadas na determinação da corrente reatância síncrona. De maneira análoga, a máquina pode ser considerada como tendo uma tensão
inicia! que circula na ocorrência de um curto-circuito. Para a determinação da capacidade_de interna chamada tensão atrás da reatância subtransítória E", que gera a corrente subtransítória
interrupção de disjuntores, exceto para 'aqueles que abrem instantaneamente, utilizam-se_as através da reatância subtransítória, quando há uma variação súbita de carga o u u m curto-circuito.
reatâncias subtransítórias para geradores e a reatância transitória para motores síncronos. E m A corrente transitória pode ser interpretada c o m o sendo conduzida através da reatância transitória
estudos de estabilidade, onde o problema é determinar se-uma falta irá originar a perda de sincro- pela tensão atras da reatância transitória E'. As equações (12.3) a (12.5) i n d i c a m que as tensões
nismo da máquina c o m a resto do sistema, sc a falta for rçniovida apÓS UIH cerlQ intervalp__dc Eg, E" e E' sãü todas iguais quando n í o há carga na máquina antes da ocorrência do curto-circuito,
tempo, aplicam-se as reatãncías transitórias. uma vez que as equações mostram que E s determina a corrente para cada çondição. Este não é.o
caso se a máquina estiver c o m carga quando ocorre a falta; nessas condições, os valores dc E' e E"
são determinados observando-se que a equação (12.6) dá o valor de / " e que, p o r definição para o
circuito da fig. 12.7o,
12.4 Tensões Internas de Máquinas em Carga sob Condições Transitórias. T o d o o estudo
precedente corresponde a um alternador sem corrente no momento' da ocorrência de uma falta
trifásica entre seus terminais. Consideremos agora u m alternador que está c o m carga quando ocorre r - E
" (12.7)
a falta. A fig. 12.7a é o circuito equivalente de um alternador c o m uma carga trifásica equilibrada. Zext + jxy
A impedância externa ê mostrada entre os terminais do alternador e o ponto P onde ocorre a falta.
U m a falta trifásica ê simulada fechando-se a chave S. Antes do fechamento, a corrente que circula
Eliminando / " das equações (12.6) e (12.7) e notando que I L = VflZ ,
L obtemos
é //„, a tensão na falta é I ' / e a tensão nos terminais do alternador ê V . s
i i Analogamente,
(ò) Circuito equivalente
{a) C i r c u i t a original de Thévenin na falta
E' = rt+HLXd (12.10)
Fig. 1 1 7 Circuitos equivalentes dc u m alternador alimentando u m a carga trifásica equilibrada. A ocorrência de
uma falta trifásica c m /' c simulada pelo fechamento da chave S,
As equações (12.9) c (12.10) sãü úteis para o cálculo de E" e E' quando são conhecidas a tensão
nos terminais do alternador c a corrente de carga, antes da ocorrência da falta.
O circuito pode ser resolvido pelo teorema de Thévenin, que é aplicável a circuitos lineares Os. motores síncronos têm reatâncias do mesmo tipo que os alternadorcs. Quando um m o t o r
e bilaterais. Quando são usados valores constantes para as reatâncias das máquinas síncronas, é curto-circuitado, não mais recebe energia elétrica da linha de alimentação, porém seu campo
supõe-se que haja linearidade. Quando o teorema ê aplicado ao circuito da fig. 12.7o, o circuito permanece energizado e a inércia do rotor e da carga mantêm sua rotação; por u m período
equivalente que se obtém é constituído por um único gerador e uma única impedância, que indefinido. A tensão interna de u m m o t o r síncrono faz c o m que ele contribua c o m corrente para
termina no ponto dc aplicação da falta. O novo gerador possui uma tensão interna igual a V/, o sistema, atuando então como alternador. Comparando com as expressões correspondentes do
que é a tensão no ponto de aplicação da falta antes de sua ocorrência. A impedãncia-é aquela alternador, vê-se que as tensões atrás da reatância subtransítória c atrás da reatância transitória
medida no ponto da aplicação da falta olhanda-se "para trás" o circuito c o m todas as tensões para u m motor síncrono devem ser dadas pelas seguintes equações
geradas curto-círcuiladas. Se for desejada a corrente inicial, devem ser usadas as reatâncias
subtransitórias. A fig. 12.7Ò é o equivalente de Thévenin do circuito original. A impedância Z//,
é igual a {Z cxS + fX3)Zil(Zi +Z cxx + jX'J). A o ocorrer um curto-circuito trifásico no ponto P, E»*y, -}I Xd
L , O2.1i)
simulado pelo fechamento dc S, a corrente subtransítória na falta é E'=V -H X'
t L d —-- (12.12)
2> = VfiZ,. +Zcx/ + jXd) Sistemas contendo alternadorcs c motores em carga podem ser resolvidos tanto pelo teorema
.-U2.6)
de Thévenin como pelo uso das tensões E' e E". como ilustram os exemplos seguintes.
234 E L E M E N T O S D E A N Á L I S E D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA [Cap. 12 Cap. 12] Faltas trifásicas simétricas e m máquinas síncronas 235
Exemplo 12.3
;0,3 X /0,2
Fig. 12.8 C i r c u i t o s equivalentes para a exemplo 12.2. Z ü t
~ /0,3+/0,2 = A I
- P- -
u
Vf = 0,97/0^ p . u .
H V f =
12,8
13,2
= 0,97/<£p.u.
„,
If =
0,97 + t0
/ 0 f l 2 = -/"8.08 p . u .
30.000
X Corrente base - = 1.312 A A corrente acima, encontrada pela aplicação do teorema de Thévenin, é a que sai do circuito
VT X 13,2.
X na falta, ao reduzir-se a tensão a zero nesse ponto. Se esta corrente, causada pela falta, se divide
20.000
)
TL = = í.l28/36,9° A Ç .t §_os„cÍrcuitos paralelos dos geradores de modo inversamente proporcional às respectivas
n r
4
Contribuição do gerador = 3,23 X 3 0 = 96,9 M V A
O teorema da superposição explica a razão da-adição da corrente antes da falta c o m a calculada
Contribuição do motor = 4 , 8 5 , X 3 0 = 145,5 M V A
pelo teorema de Tliévenin. A fig. 12.9c mostra u m gerador c o m u m a tensão Vf, ligada à falta e
N a falta-' = 8,08 X 3 0 = 242,4 M V A
igual à tensão na falta antes de sua ocorrência. Esse gerador não tem efeito sobre a corrente que
circula antes da ocorrência da falta, e o circuito corresponde ao da fig. 12.8a. Colocando e m série
A corrente total da falta é a mesma, considerando-se o u não a carga, diferindo porém a con-
1
£'g\ ^ Vf no circuito, tem-se a corrente que circula antes da falta. Somando os dois valores de
corrente e m cada ramo, temos a corrente no ramo depois da falta. A aplicação do princípio visto A soma aritmética das contribuições do motor e do gerador não iguala os M V A da falta ao
considerar a corrente de carga, u m a vez que as correntes não estão em fase.
no presente exemplo fornece
77~/~Antés do uso dos computadores na solução dos problemas de sistemas de potência, todos os
/O 2
Corrente de falta da gerador = -/8.Q8 X 4 ~ = -/3,23 p . u . estudos de falta e m grandes-sistemas eram feitos nos analísadores de rede C . C , que só p o d e m
A essas correntes deve ser somada a corrente anterior à falta, para se obter as correntes
subtransítórias totais nas máquinas
-~ 7.12,5 . Cálculo, Digital das Faltas Trifásicas.- A utilização dc u m computador digital de
I' ' = 0,69 + /0,52 - / 3 , 2 3 = 0,69 - / 2 , 7 1
s p.u. grande porte ( I B M 704) para os estudos de falta de u m sistema de 4 5 barras, 6 0 linhas e 12 máqui-
I£ = - 0 , 6 9 - /0.52 - j'4,85 = - 0,69 - /5,37 p.u. nas permitiu uma economia considerável sobre o uso dc u m analisador C . C . para o mesmo e s t u d o . 1
ocorrer, posto que este será o. caso desde que não circulem correntes e m nenhuma parte da rede Após obter esta matriz especial de curto-circuitOj somente são necessárias operações aritméticas
antes da falta. simples para que se tenha a desejada informação de safda.
Desprezando a corrente de carga no exemplo 12.3, teremos
' V e j a " D i g i t a l Calculation of Thrce - Phasc Siiort Circuits by M a t r i x M e t h o d " p o r H . E . D r o w n , C E . Person,
Corrente dc falta do gerador = 3,23 X 1.312 = 4.240 A L K . KjrchrrtByei.e G/W. Stagfi, Trans. A I E E , v o l . 97, parte 111, pgs. 1 2 7 7 - 1 2 8 2 , 1960.
Corrente de falta do motor = 4,85 X 1.312 = 6.360 A A l e m do trabalho citado na nota anterior de rodapé, veja " D i g i i a l Calculation o f N e t w o r k t m p e d a n c e s " por
Corrente na falta = 8,08 X 1.312 = 10.600 A G h m n , R. Habcrmann J r . , J . M . Hendersmi c L K . K.irchntayer, Trans. A I E E , v o l . 74, Parte I I I , pes.
1285-1296, 1955, K b
o u , em M V A
238 ELEMENTOS DE ANÁLISE D E SISTEMAS DE POTÊNCIA ÍCap. 12 Faltas trifásicas simétricas em máquinas síncronas 239
no primeiro nó, baseado nas tensões conhecidas e supostas nos outros nós. Este valor corrigida
v«,n
LIKl.WIll AT IUE C -é usado e m todos os cálculos subseqüentes para cada uma das outras'barras. O computador repete
iin.n 1*0-1
u hE m FIULT —
os cálculos até que a correção em cada barra seja menor de que u m certo índice pré-de terminado.
. I * i r * V W . I S ~ « ÍU1
L 1 H ert* AT EUl 1
WTT77I 1
6
iiiiiii nra 111.1 12.6. Escolha de Disjuntores. A corrente subtransítória é a corrente eficaz simétrica
• 1T11 VCílí
L M I I 1T
1US1U
dnicial e não inclui a componente c o n t i n u a da corrente de falta transitória. O cálculo exato do
_valor eficaz da corrente de falta n u m sistema de potência é demasiadamente c o m p l i c a d o ; métodos
- aproximados são mais práticos e dão resultados suficientemente precisas. O método recomendado
"pelo " A I E E S W r T C H G E A R C Ò M M I T T E E " leva e m conta a componente C . C . pela aplicação de
1
Se .os disjuntores estiverem na barra do gerador e a potência trifásica for superior a 5 0 0 . 0 0 0 k V A A corrente base no circuito dc 6,9 k V é
antes da aplicação de qualquer fator dc multiplicação, os fatores dados anteriormente devem ser
acrescidos dc 0,1 cada. Os disjuntores a ar abaixo de 6 0 0 V são considerados de abertura instan- 25.000
tânea e suas correntes instantânea e de interrupção têm o mesma valor. = 2.090 A
VT X 6,9
//' = 8 X 2^090 = 16.720 A
E x e m p l o 12.4
2. Através do disjuntor A passa a contribuição do gerador e de três dos quatro motores.
U m gerador de 25.000 k V A , 13,8 k V , c o m A f l = 15% é ligado, p o i meio de um transforma¬ 0 gerador contribui c o m u m a corrente de
dor, a u m a barra que alimenta quatro motores idênticos, c o m o mostra a fig. 12.11. Cada motor
tém = 2 0 % c X'd = 3Q% numa base de 5.000 k V A , 6,9 k V . Os valores nominais do transfor- -/8,0 X £ | § = -/4,0 p.u.
mador trifásico são 25.000 k V A , 13,8-6,9 k V , c o m reatância de dispersão dc 10%. A tensão na
barra dos motores é 6,9 k V , quando ocorre a falta no p o n t o P. Para a falta especificada, determine Cada m o t o r c o n t r i b u i c o m 2 5 % da,' restante corrente de falta, o u -/T,0 p . u .
1. A corrente subtransítória n a falta. N o disjuntor A
2. A corrente subtransítória no disjuntor A.
3 . A corrente instantânea no disjuntor A. f = _/4,0 + 3 ( - ; l , 0 ) =. - f 7 , 0 p . u . = 7 X 2.090 = 14.630 A
4. A corrente, que deve ser interrompida pelo disjuntor A e m 5 ciclos.
3. A corrente instantânea do disjuntor A é 1,6 X 14.630 = 2 3 . 4 5 0 A ! '
4. Para calcular a corrente a ser i n t e r r o m p i d a , deve-se substituir a reatância subtransítória
de /1,0 pela reatância transitória de /1,5 n o c i r c u i t o d o m o t o r da f i g . 1 2 . 1 2 . Então
- o O — . /0.15 j'0,10 - « O
. 0,375 X 0,25
-CHDÍ Z
* 88
' 0,375 + 0,25 = m S
^
Ao ^
Gerador - o - O í
O gerador c o n t r i b u i c o m u m a corrente de: <¬
- Q r O
1 v 0.375' n
/0,15 0,625,
F i g . 12.11 Diagrama unifilar do e x e m p l a 12.4. F i g . 1 2 . 1 2 . Diaerama de reatância d o e x e m p l o 12.4.
Cada m o t o r c o n t r i b u i c o m u m a corrente de
Solução:
1. Para uma base de 25.000 k V A , 13,C k V no circuito do gerador a base para os motores
é 25:000 k V A , 6,9 k V . As reatâncias para cada m o t o r são
A corrente a, ser interrompida e
V fig. 12.12. é o diagrama de reatância c o m os valores das reatâncias subtransítórias assinalados. *Í3 X 13.800 X 6,9 = 165.000 k V A
Para u m a falta e m P
Para obter resultados pelo teorema de Thévenin, o que eqüivale a considerar cada F E M individual, 12.7. U m gerador de 6 2 5 k V A , 2,4 k V , c o m X = d 0,08 p . u .
a corrente anterior à falta nas diversas partes do sistema deve ser somada às componentes devidas é l i g a d o . a u m a barra através de u m d i s j u n t o r , c o m o mostra a A - "D - O w
à faltaj. Se a corrente anterior à falta nâo é somada a ela ao se aplicar o método de Thévenin, o fig. 1 2 . 1 3 . Liga'dDs através d c disjuntores à m e s m a barra estão - Q — Q
resultado é equivalente a se desprezar a corrente de carga n o cálculo das tensões internas das três motores síncronas de valores n o m i n a i s 2 5 0 H P , 2,4 k V , fator fi
de potência 1,0, rendimento 9 0 % , c o m X = 0,20 p . u . . O s m o t o r e s
máquinas e considerar cada u m a igual à'tensão 1^ anterior à falta no ponto e m que ela ocorre. d
PROBLEMAS ! > ' 12.8. U m gerador está e m série c o m u m t r a n s f o r m a d o r , a l i m e n t a n d o u m a borra à q u a l estão ligados
cinco motores síncronos. A reatância subtransítória d o gerador é 0,1 p . u . e as d o s m o t o r e s 1,0 p . u . cada,
n u m a base de 30 M V A , c o m tensão base de' 13,8 k V n o lado üo gerador a 6,9 k V no lado d o m o t o r . N a mesma
12.1. U m a tensão alternada de 6 0 H z . v a l o r eficaz de 1 0 0 V c aplicada a u m c i r c u i t o RL série, p i o
base, a reatância de dispersão d o transformador é 0,1 p.u„ D e t e r m i n e os valores n o m i n a i s instantâneas neces-
f e c h a m e n t o de u m a chave. A resistência e dc 10 o h m s e a indutáncia de 0,1 H .
sários a u m disjuntor na l i n h a de alimentação de u m d o s m o t o r e s , para u m a falta trifásico n u m a localização que
! (a) Determine o valor d a c o m p o n e n t e C C d a corrente, ao fechar n chave se, nesse instante, o v a l o r
exija o valor n o m i n a l máximo d o disjuntor, Não faça a suposição de q u e t o d a a corrente na falta passe pelo
. instantâneo d a tensão f o r de 5 0 V .
disjuntor. A tensão na barra é 6,9 k V antes d a ocorrência d a falta. Despreze a corrente d c carga c as reatâncias
(6) Q u a l o v a l o r instantâneo d a tensão que p r o d u z a componente C C d e valor májdrno ao f e c h a i a ,
dos atirnentadores.
chave?
(c) Q u a l o valor instantâneo da tensão que resulta na ausência de qualquer c o m p o n e n t e C C ao fechar a '(^IZ3? O c i r c u i t o mostrado na fig. 1 2 , 1 4 . está f o r n e c e n d o 6 0 . 0 0 0 k V A n a tensãD d e 12,5 k V c o m fa'tor de
chave? 1
' potência 0,8 e m atraso, a u m grande sistema m e t r o p o l i t a n o q u e p o d e ser representado p o r u m a barra i n f i n i t a .
(d) Se a chave f o r fechada q u a n d o o valor instantânea da tensão é zero, determine a corrente instantânea O gerador t e m valores nominais de '60.000 k V A , 12,7 k V , X'd" = 0 , 2 0 ' p . u . . C a d a t r a n s f o r m a d o r trifásico t e m
0 , 5 , l,S^e__5^5 CÍCIDS após. valores n o m i n a i s de 7 5 . 0 0 0 k V A ; 1 3 . 8 A - 6 9 Y IcV, X = BÇÓ. A reatância d a l i n h a de transmissão é de 10 o h m s .
OÓ#fi — 4éV
c o m tensão n o m i n a l quando ocorre u m curto-circuito trifásico entre o disjuntor e o transformador. Determine Barra
(a) a corrente, permanente de c u r t o - c i r c u i t o n o disjuntor, (b) a corrente i n i c i a l eficaz simétrica no disjuntor, infinita
J(c) a máxima componente C C possível de curto-circuito n o disjuntor, (o*) a corrente instantânea n o m i n a l
exigida para o disjuntor, (e) a corrente a ser i n t e r r o m p i d a pelo disjuntor, <J) a potência d e interrupção e m k V A . Gerador <JY^.
12.6. D o i s motores sfncrojtuü c o m reatâncias subtransítórias 0,80 e 0,25 p.u., respectivamente, na base
de 4 8 0 V , 2.000 k V A , são ligados a u m a barra. Essa barra é* ligada por uma l i n h a c o m reatância de 0,023 o h m s
a u m a barra de u m sistema de potência. Nesta última barra, os M V A de curto-circuito valem 9,6 para u m a
tensão de 4 8 0 V . Q u a n d o a tensão na barra do m o t o r f o r de 4 4 0 V , despreze a corrente dc carga e determine
a corrente i n i c i a l eficaz simétrica n u m a falta trifásica nesta barra. -
Cap. 13 Componentes simétricos 245
Capítulo
originais são tensões, elas podem ser designadas por V , V a b e V : Os três coniuntosjje, ÇQmppncjv
r
Vj,o
qualquer sistema polifásico desequilibrado, vamos restringir sua discussão aos sistemas trifásicos.
* " De acordo c o m o teorema de Fortescue, três fasores desequilibrados de u m sistema trifásico A síntese do conjunto dos três fasores desequilibrados, de acordo c o m as equações (13.1), (13.2)
e (13.3) é mostrada graficamente nas figs. 13.1 e 13.2. Os três conjuntos de fasores equilibrados.
podem ser substituídos por três sistemas equilibrados dc fasores. Os conjuntos equilibrados de
componentes são: que são os componentes simétricos dos três fasores
1. Componentes de seqüência positiva, consistindo dc três fasores iguais em módulo, defa- desequilibrados, estão mostrados na fig. 13.1. A sprna j
sados de 120° entre si e tendo a mesma seqüência dc fases que os fasores originais. grágça dos componentes e os fasores desequilibrados
2. Componentes dc seqüência negativa, consistindo dc três fasores iguais e m módulo, resultantes estão mostradqs„n.n _fjg. ,1^2..
t
defasados de 120°entre si e tendo a seqüência de fases oposta à dos fasores originais. A s muitas vantagens da análise dos sistemas de
3. Componentes de seqüência zero, consistindo de três fasores iguais e m módulo e c o m potências pelo método dos componentes simétricos
defasagem zero entre s i . tornar*-se-üo evidentes gradualmente, à medida e m
. E costume, ao resolver u m problema por componentes simétricos, designar as três fases do que vamos aplicando o método ao estudo das faltas
sistema por a, b, e c, dc tal maneira que a seqüência de fases das tensões e correntes no sistema assimétricas a sistemas simétricos. Éjujicjgrj^uiizer--
seja aba Portanto, a seqüência de fases dos componentes de seqüéncia_i?ositiya_dos fasores desequi- a^rni c[u^_o .m.étq£Ío .cansiste..em- determÍnar=o3tcom—
a i J
librados é abe e a seqüência de fases dos componentes dc seqüência jjegativa, gçj?. Se os fasores . Ba^isljU^ Então,
podem ser determinados os valores de corrente e
tensão nos vários pontos do sistema. O método é F i g 1 3 1 & componentes
S o m a d o s u
'Method of Symmctrica! Coordinatcs Applied To thc Solution of Polyphase Networks", por C L Fortescue,
Trans. AIEE. vol. 37, pgs. 1.027-1.140, 1918. sunples e c o n d u z a previsões bastante apuradas sobre da fig. 13.1, a fim de obter três fasores
o comportamento do sistema. desequilibrados,
244
246 ELEMENTOS DE ANÁLISE DE SISTEMAS DE POTÊNCIA [Cap. 13 Cap.13] Componentes simétricos
247
13.2 Operadores. £ conveniente, p o r causa das diferenças de fase-dos componentes Tabela 13.2 Funções do o p e r a d o r a
simétricos de tensões e correntes n u m sistema trifásico, dispor-sc de u m método simplificado
para indicar a rotação de u m fasor de 120°. O . resultado da multiplicação de dois números 1/120° = - 0 , 5 + /0.866
complexos é o produto de seus módulos e a soma de suas fases. Se o número complexo que
1/240° = - 0 , 5 - 7 0 , 8 6 6
exprime u m fasor for multiplicado por u m complexo de módulo unitário e fase 8, o complexo
resultante representa u m fasor igual ao original, deslocado de u m ângulo 8. 1/360° = 1. + /0
4 _
O número complexo de módulo unitário e fase 8 é um operador que gira de u m ângulo d no a 1/120° = - 0 , 5 + /0.866 =a
fasor sobre o qual atua. 1 +a 1/60° = 0,5 + ;'0,866 = - a 3
+ / = V T / 1 3 5 ° = V 2 j - 2 2 5 ° = - 1 +;T
3
\ / T / 4 5 = ^ / - 3 1 5 ° = 1+/1
a
será igual a 1(^8 u m operador que produz uma rotação de u m ângulo 8 negativo, sendo
8
^ t a n " (ç/p). Pnrtanto. pqdemos^fjrmar^ue dojs númemg r^r^ir-v™ de módulo u n i ^ i p j e r â ò
1
A letra a é comumente usada para designar o operador qüe causa uma rotação de 120° .no sentido Ç^aaor^^ue^produz^ e óposTos," se"foVém"nú^
ãnü-íiorário. Tal operador é u m número complexo de _mó^lg_unitário e fase 120°, definido coniuêados. "'' " ' ' "'" * " :
^17^20°!= l e / 2 W 3
= - 0 , 5 + /0.866 \
13,3 Componentes Simétricos de Fasores Assimétricos. Vimos (fig. 13.2) a síntese de
tres fasores assimétricos a partir de três conjuntos de fasores simétricos. Essa síntese foi feita de
Se o operador a for aplicado a u m fasor.duas vezes
-. d o c o m as equações (13.1), (13.'2) c (13.3). Vamos agora examinar essas mesmas equações a
a c o r
a 2
= 1 /240° = - 0 , 5 - /Ü.86Õ
"o- C o m referência à fig. 13.1, verificam-se as seguintes relações -
a 3
= 1/360° = 1/0° = 1
Vbx = * Vai v =cl aV al
A fig. 13.3 mostra os fasores que representam Fig. 13.3 Diagrama fasorial mostrando diver-
= aV Vai = a Vn (13.4)
diversas potências de a, N a tabela 13.2 são dadas a2 2
sas potências do operador a. N a tabela 13.2
diversas combinações do operador a. são dadas diversas combinações do o p e r a d o r a . V b0 = v aQ Vau
~,-.„,.. -
E L E M E N T O S D E A N A L I S E D E S I S T E M A S D E TOTÊNCIA [.Cap. 13 Cap. 13] Componentes simétricos 249
248
Repetindo a equação (.13.!) c substituindo as equações (13.2) e (13.3), vira A equação (13.12) mostra quenãp existem componentes de seqüência zero se a soma dos
fasores*Tesòqúif iSraHos for igual a zerp._Sendo a soma dos fasores tensão d e f i n h a . n u m sistema
V a = V at + V a2 + V a0
(13.5) tritásíco^mpVé^Tg^^a _Mro, os componentes de seqüência zero nunca estarão presentes nas
(13.6) tènsões^ê"linha, p^úajquer_que seja_o^deserjujh A soma dqs„três fasores tensão.de fase.nSo_
V = a'V *aV i +V
será necessariamente!_wro ji^portanto^ essas Jensões podem conter componentes de seqüência
b ai a aa
V c '= aV oX + a V& + V 1
M
(13.7) zejo.
As equações precedentes poderiam ter sido escritas para qualquer conjunto de fasores.
ou, na forma matricial ínierrelacionados e poderíamos tê-las escrito para correntes ao jnvés de tensões. Elas p o d e m ser
resolvidas analítica o u graficamente. Dada sua importância, convém escrever as equações para
>/ ' 1 •i r >oo correntes. São elas:
= .1 a a (13.S)
2
Vi a
V 1 a a 2
Va2 h =
1 Ib = alai + a I + I o
c
aI2
ai + al a2 +I aQ (13.16)
í /c =
Por conveniência façamos 2
a2 a (13.17)
A = 1 a a 2 (13.9)
Ílai = - (I +al r
a b aI) 2
c (13.19)
1
1 1 l Num sistema trifásico, a soma das correntes dc linha é igual à corrente / „ , no c a m i n h o de retorne
A" 1
- - 1 d A 2 (13.10) pelo neutro. Portanto,
l " 3
1 a a 2
7
é e prê-multiplicanda ambos os membros da equação (13.8) por A " , obtemos 1
Comparando as equações (13.18) e (13.21) otemos
r
"l 1 r pT*3^\ (13.22)
1 (13.11)
Vai 1 a D 2
3
O^^OJUK) há retorno pelo neutro n u m sistema trifásico, /„ é zero e então as correntes de linlia
1 tf a
fl não possuirão i m p o n e n t e s aê"'sTqüéncÍá'WoVÍJmá carga l i g a d a ' e m A não i e m fetòrnb. pelo
tònhrb"e^òj^ ^para, esse tipo dc carga não possuem componentes de,
o que nos mostra como decompor três fasores assimétricos em seus componentes simétricos. gqüJncm^MriD.
•í Èssas relações são de tal importância que as escreveremos separadamente na forma usual.
Exemplo 13.1
Um condutor de uma linha trifásica está aberto. A corrente que flui para u m a carga ligada
V = J ÍVa + V + V ) • (13.12)
acl b e
e m
^ P »a Ünha a é de 10 A . Tomando a corrente na linha a como referência e"supondo que seja
e
c
* a aberta, determine os componentes simétricos das correntes de l i n h a .
u n n
Soluçãb:
Vm = \ (V +a V a
2
b +aV ) c
(13.14)
A fig. 13.4 é a diagrama do circuito. As correntes de linha são
Zôo = y (iQ/5! +
iQ/i8Q° + o) - o
J =-10A8D* A
t tf
- | (10/^° + 10/180° + 1 2 0 ! : + 0)
X 2
= 5 - / 2 , 8 9 = 5,78/-30° A ^=0
/ , = 5,78/-150° A
ô fei = 5,78/90° A pela corrente que circula de X p a r a ^ j . A teoria dos transformadores mostra que a corrente deve
x
^ sair pelo temtínal X quando entrar p o r tf,, desprezada a corrente de magnetização. Sem tal
x
I = 5,78/150° A 'ei 55
5,78/-90° A
convenção, u m esquema como aquele da fig. 13.6 não indica se as correntes I e I estão em fase'
b2
s p
/to = 0 /<* = 0 ;ou defasadas de 180° entre si: C o m as designações normalizadas mostradas na fig. 13.6, sabemos
que as duas correntes estão e m fase; os terminais H e X , são, ao mesmo t e m p o , positivos e m
x
Observamos que os componentes I cl e Ia têm valores definidos,- m u i t o embora a linha c relação a H e X . Se o sentido da flecha referente&I for invertido, permanecendo o da flecha de
2 2 S
esteja aberta e portanto não conduz corrente. C o m o era de se esperar a soma dos componentes Ip, essas duas correntes estarão defasadas de 180°. Portanto, ás correntes primária e secundária
na linha c é zero. Logicamente, a soma dos componentes na linha a é 10/Q° A e na Ünha 6 estarão e m fase o u defasadas de 180°, dependendo dos sentidos considerados positivos. Analoga-
10/180° A . mente, as tensões primária e secundária poderão estar e m fase ou defasadas de 180°, dependendo
' qual o terminal considerado positivo na especificação da queda de tensão.
Os terminais dc alta tensão de u m transformador trifásico são designados por H\,H 2 eH 3 e fase, o que não é necessariamente verdade; porém, a defasagem entre eles não afeta os 9 0 Q
entre
os de baixa tensão por X , t X 2 e X.
3 Nos transformadores Y - Y o u A - A as designações são tais que VAX e
Vai o u entre VAI e V.ci
as tensões para neutro dos terminais H , H 1 2 e H 3 estão e m fase c o m as tensões para neutro dos A teoria dos transformadores mostra que I A e SQC estarão defasados de 180° se V a e Vsc
terminais X u X2 e X, 3 respectivamente. estiverem e m fase. Portanto, as relações de fases entre as correntes e m Y e A são as mostradas na
A fig. 13.7a é o diagrama de ligações de u m transformador Y - A . Os terminais da alta fig. 13.9.
tensão Hi, H 2 e fí 3 estão ligados às fases a, b e c. A disposição e a notação do diagrama estão
de acordo c o m a convenção que iremos seguir e m nossos cálculos. A s bobinas dispostas paralela-
mente são acopladas magneticámente por estarem enroladas sobre o mesmo núcleo. A bobina an
è a fase do lado ligado e m Y que está acoplado magneticámente c o m a bobina BC no lado ligada
c m A . Quando as fases de u m lado do transformador são designadas p o r letras maiúsculas, as do
o u t r o lado serão designadas por letras minúsculas. U m a vez determinadas arbitrariamente as
designações de u m dos lados, as fases do outro lado ficam definitivamente determinadas.
Para seguir a convenção que adotamos, a seqüência de fases deverá ser abe n u m lado e ABC no
outro, sendo a fase a no lado Y acoplada magneticámente c o m a fase BC no lado A . Analogamente, Componente: de seqüência Componentes do seqüência
a fase b está acoplada magneticámente c o m a fase CA, e a fase c c o m a fase AB. £ claro que as positiva negativa
letras maiúsculas podem ser usadas tanto para o lado Y c o m o para o lado A . Se Hi for o terminal
a o ' q u a l está ligada a ünha a, è costume ügar a fase b a H 2 e a c a H.
3
Fig. 13.9 - Fasores corrente num transformador trifásico com ligação Y - A .
Observamos que IA t está adiantado de 90° e m relação a f ei e que I^i está atrasado de 90°
-OH s X^O- em relação a I AZ * Resumindo as relações entre os componentes simétricos das tensões de fase e
-OH 2 X.O- das correntes de linha nos dois lados do transformador, podemos escrever
OH 3 X Q-
3 -OS 3 x o-3
VAI = +}V BI f/ti =+//fl'i
(13.23)
VA2 = -/V
(a) V está adiantado
ai (b ) V está adiantado de 309
AS
A2 lAi = -Uai
de 30° em relação a emralaçãoVj^ t
VBi onde as tensões e correntes são expressas em p.u.. A impedância do transformador é desprezada.
Fig. 13.fi - Designações para as linhas ligadas a um transfonoador trifásico. A s fases ligadas às bobinas poderiam ter sido designadas de tal maneira que VQQX e V AL
180°.
A fig. 13.8a mostra as ligações das fases do transformador de forma que a tensão de seqüên-
cia positiva em relação ao neutro V \ esteja adiantada de 30° e m relação à tensão dc seqüência
a
positiva e m relação ao neutro Vm. A n o r m a norte-americana para a designação das fases ligadas a
Exemplo 13.2
um transfomador Y - A , c o m o lado da alta tensão ligado e m Y é mostrada na fig. 13.86, resul-
tando em V ai adiantado de 30° e m relação a V^i. Seguiremos o esquema da fig. 13.8a, que Três resistores idênticos estão ligados em Y e apresentam como unidade trifásica valores
concorda c o m o diagrama de ligações e c o m o diagrama fasorial da fig. 13.7, por ser o mais conve- nominais de 2.300 V e 5 0 0 k V A . Eles estão ligados ao lado Y de u m transformador A - Y .
niente para os cálculos. As tensões na carga resistiva são
Observando os diagramas fasoriais da fig. 13.7 vemos que J ^ i , está adiantado de 90° c m
lelação a V AI e que VA está atrasado 90° c m relação a V .
2 A2 Os diagramas mostram V AL e V A2 em \V \
AB = 1.840 C l t s IV \
HC = 2.7íiO volls IV\ A = 2.300 vulls
E L E M E N T O S D E A N Á L I S E D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA [Cap. 13 Cop. 13]
254
Escolha como base 2.300 V c 500 k V A e determine as correntes e tensões de linlia em p.u. no
lado A do transformador.'Considere que o neutro da carga não esteja ligado ao neutro do
secundário do transformador.
Solução: ' .*
.Fig. 13.10 Componentes de seqüência positiva e negativa das tensões de linha e de fase de u m sistema trifásico.
' V - - r a s r - ' ° p- -
! u Determinamos V Bn como a soma de seus componentes. Assim
Considerando para V ca uma fase de 180° e usando a lei dos cossenos para encontrar as fases das Van = V am +V ain (13.27)
outras tensões de linha, obtemos
; As outras tensões em relação ao neutro são determinadas obtendo-se seus componentes a partir
V ab = 0,8/82,8° p.u. de V anl e V pelas equações (13.4). Se as tensões de fase forem dadas-em p.u. e m relação à
anl
V bc = 1,2/-41,4° p . u ; tensão dc fase tomada c o m o base e às tensões de linha também e m p.u., referidas à tensão base
de linha, o fator l/\/3* deverá ser o m i t i d a nas equações (13.25) e (13.26). Se ambas as tensões
Va, = 1,0/180° p . u .
forem referidas à mesma base o u estiverem em volts reais, as equações estarão corretas na forma
dada.
Os componentes simétricos das tensões de linha são
A ausência de neutro significa que os componentes de seqüência zero da corrente não
existem. Portanto, as tensões de fase na carga conterão apenas componentes de seqüência
Vabi = y (0,8/82,8° +1,2/120° - 41,4° + 1,0/240° + 180°)
positiva e negativa." A s tensões de fase são encontradas a partir das equações (13.25) e (13.26)
omitindo-se o fator \I\Í3 , uma vez que as tensões de linha são expressas em função da tensão
= y (0,1 + /"0.794 + 0,237 + j l ,177 + 0,5 +/"0,86õ) base de linha e' a tensão de fase é desejada em p . u . c m relação à tensão base de fase. Portanto
= 0,985/43,6°
• Vabi = y (0,8/82,8° + 1,2/240° - 41,4° + 1,0/120° + 180°)
V ain = 0,235/220,3° + 30°
= 0,235/250,3°
= y (1,0 + /0.794 - 1,138 -/TJ.383 + 0,5 - /0.866)
= ^Ci +
^Ci = - i ' 0 , 7 9 2 = 0,8/262,8° p . u , * 'lã
S = [K fl V b V]
c Ib Vb Ib (13.29)
^ = Y
A ~ B
V
= -°> 901 +
/°- 792
" '°
1 =
- '
1 9 0 1
* >'0 792
Ic Vc í Ic
= 2,06/157,3° p . u . (tensão base entre fase e neutro)
onde o conjugado de u m a matriz é entendido c o m o constituído p o r elementos que são os
= /157,3° = 1,19/157,3° p . u . (tensão base de linha) conjugados dos elementos correspondentes da m a t r i z original.
v3 . Para i n t r o d u z i r os componentes simétricos das tensões e correntes, usamos as equações
(13.8) e (13.9) para obter
V
BC = V
B - V C = 1.0 + 0,099 + j"0,792 = 1,099 + /0,792
'V- \
= -^TP- /35,8° = 0,783/35,8° p.u. (tensão base de linha) 'v ' aa laa
V3
onde v = Vax e I = Iai (13.31)
VCA = V - V = - 0 , 0 9 9 - / 0 J 9 2 + 0,901 - / 0 , 7 9 2 = 0 , 8 0 2 ~ / l , 5 8 4 v
C A
a2 lar
= 1,78/296,8° p . u . (tensão base entre fase e neutro)
V A regra de inversão da álgebra m a t r i c i a l estabelece que a transposta d o p r o d u t o de duas
2
= ^JJ- /243,2° = 1,027/243,2° p . u . (tensão base de linha) matrizes é igual do produto das transpostas das matrizes e m ordem inversa. A s s i m ,
v3
[AV}, = V , A , (13.32)
então
Sendo a impedância dc carga em cada fase uma resistência de 1,0/Cf p.u., I ai e V \ terão
A
S = V,A [AI]*= f V A,A*I*
r (13.33)
valores em p.u. idênticos nesse problema, o mesmo ocorrendo c o m / 3 e V . f l a2 Portanto,/^ e V A
*
Quando problemas envolvendo faltas assimétricas são resolvidos em analísadores de rede, os JI '
componentes de seqüência positiva e negativa são lidos separadamente e a defasagem é levada em Currcnt Method of Circui Analysis' por -K . L t Su, Elec . Eng , vol 77 947-950,
conta, se necessário, aplicando-se as equações (13.23) ou (13.24). Podem ser preparados programas outubro 1958.
para computadores digitais incorporando os efeitos da defasagem^ a referência cilada na pag. 180 ou outros trabalhos dc álgebra matricial.
258 E L E M E N T O S D E A N Á L I S E D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA [Cap. 13 Cap. 1 3 ] Componentes simétricos 259
(13.39)
+ ~ I a(Z a a +aZ 2
b + DZ ) C
(13.35)
Vaa'0 = } 4 i ( ^ r + a-Z b + o Z ) + J / „ (Z + aZ
c a b +a Z )2
c
T . -.i!:.JíT:i^r;,L."V-' - f l ^ ^ - ^ í
i
fc w - ^ f i "
Vaa'o =
lao^a
13.6 Impedãncias Assimétricas e m Série. Agora, nos ocuparemos^em. especial c o m
P.n.trèj^ata^fíb^rvéDÜis '^•^'^^•--••^.--T^-
-ÍPortanto, podemos concluir que os componentes simétricos de correntes desequilibradas que
jjjcirculam numa carga em Y equilibrada o u e m impedãncias e m série equilibradas, originam
^.^uaçjã^s^e^j^ z B
- W A V giomente quedas de tensão de igual seqüência, sempre que não exista acopíamento entre fases.
impedãncias em^s'erie^n2q^s^.iguais^ V a m o s obter
jjSc, no entanto, as impedãncias forem desiguais, as equações (13,39) mostram que a queda de
uma conclusão importante na análise p o r compo-
í.ansão de qualquer seqüência é o resultado das correntes das três seqüências.
nentes simétricos. A _ G g . J 3 . 4 1 niostr^^p^ar^asjimé- •AWvV
|t M u i t o embora a corrente e m qualquer condutor de u m a linha de transmissão trifásica
Ujc^de^um^síema jpm ^s impedMcias-ejiL.série
j i n d u z a u m a tensão nas outras fases, a maneira pela qual a reatância é calculada elimina conside-
r
acopíamento) entre as três impedãnciãs^aTquedãs Fig. 13.11 Parte de um sistema trifásico mos- t iguais. Portanto, as correntes componentes de qualquer seqüência p r o d u z e m na linha de trans-
de^íênsão,.na^ajte_do sistema mostradaserão dadas trando três impedãncias desiguais e m serie.
ia missão quedas de tensão de igual seqüência; isto c , correntes de seqüência positiva p r o d u z e m
pela equação matricial |- ap£nas -ajJeda5..de-ten5ão dc seqüência. rwsiUva...Analogamente, correntes,de. seqüência negativa.
i
T I pmduzem^. apenas quedas de tensão^dc . seqüência^ negativa, _e, correntes de seqüência zero,
Voa' ~Z a 0 0" Ia = produzemjapenas ^quedas.deJensão_ th: seqüência zero. A s equações (13.39).aplicam-se a cargas
0 Z 0' Vbb' K V desequilibradas porque os pontos a', b' e c ' podem'ser interligados para formar unVneutro.
VhV b Ib
(13.37) j fodenamos estudar as variações dessas equações para casos especiais c o m o , p o r exemplo, cargas
v > z
s
cc 0. 0 Ic
c
| monofásicas onde Z - Z = 0, porem restringiremos nossa análise a sistemas que são equilibrados
b c
para correnle de seqüência zero. Os nomes dessas impedãncias, para diferentes seqüências, são, c m
B ral, simplificados, resultando então impedância lie seqüência positiva,
e
impedância de seqüência
' -
:
+ ~ I (Z 00 a + aZ lt + a Z .)
2
L
negativa e impedância de seq''^ ia zero.
260 E L E M E N T O S D E ANÁLISE D E S I S T E M A S D E fOTÈNCIA Cap. 13] Componentes simétricos
261
A análise de uma falta assimétrica n u m sistema simétrico consiste e m determinar os compo- A corrente que circula na impedância Z entre o neutro e a terra é 3I . Pela fig. 1 3 . 1 3
n aD e
nentes simétricos das correntes desequilibradas que circulam. Uma vez que as correntes compo- vemos que a queda de tensão de seqüência zero de um ponto à terra é -3I Z -I Zu , onde ao n a0 Q
nentes de uma seqüência de fase produzem quedas dc tensão somente de mesma seqüência e são Zga è a impedância de seqüência zero por fase do gerador. O circuito de seqüência zero, que é o
independentes das correntes de outras seqüências, n u m sistema equilibrado, as correntes de monofásico pelo qual supõe-se passar apenas a corrente de seqüência zero de uma fase, deve
• qualquer seqüência podem ser consideradas como circulando em u m circuito independente, portanto, ter uma impedância de 3Z + Z , c o m o mostra a fig. 1 3 . 1 3 / A impedância total de
n g0
constituído apenas pelas impedãncias daquela seqüência. O circuito equivalente monofásico seqüência zero através da qual circula I é aQ
composto pelas impedãncias, visto pela corrente de uma qualquer seqüência é chamado de circuito
de seqüência. Esses circuitos incluem as F E M s . geradas de mesma seqüência. Circuitos de seqüên- Z
Q = 3Z n + Z (13.41)
cia COildUZindO COrrcntêS f ,
ai /í2 aí aa são interligados a fim de representar diversas condições de
faltas desequilibradas. Portanto, para calcular o efeito de uma falta pelo método dos componentes
simétricos, é necessário determinar as impedãncias de seqüência e combiná-las para formar os
circuitos de seqüência. Barra do referência
circulando apenas pelas impedãncias de sua própria seqüência, como indicam os índices Barra de referência
apropriados das impedãncias mostradas na figura. Os circuitos dc seqüência mostrados na
fig. 13.13 são os monòfásicos equivalentes dos circuitos trifásicos equilibrados, através do qual
.circulam os componentes simétricos das correntes desequilibradas. A F E M gerada no circuito
de seqüência positiva é a tensão nos terminais e m vazio em relação ao neutro, que também
é igual ás tensões atrás das reatâncias transitórias c subtransítórias e à tensão atrás da reatância /.o
síncrona, uma vez que o gerador está e m vazio. A reatância no circuito de seqüência positiva Ce) Sentidos para correntes (/) C i r c u i t o de seqüência
é a reatância transitória, subtransítória au síncrona, dependendo de serem as condições a estudar de seqüência zero
transitória, subtransítória ou de regime permanente. A barra de referencia para os circuitos de
F
f e T 3 13 Caminhos para a corrente de cada seqüência n u m gerador e os circuitas de seqüência correspondentes.
seqüência positiva e negativa é o neutro do gerador. N o que d i z respeito aos componentes de
seqüência positiva c negativa, o neutro do gerador está no potencial da terra, uma vez que circula
apenas a corrente de seqüência zero na impedância entre o neutro e a terra. A harra de referência
: Usualmente, os componentes da corrente c da tensão para a fase a são encontrados a partir
é a terra do uerarlnr.
- ^equações determinadas pelos circuitos de seqüência. A s equações para os c o m p r k n t c s da
262 ELEMENTOS DE ANÁLISE DE SISTEMAS DE POTÊNCIA [tap. 13 Cap. 13] Componentes simétricos 263
queda de tensão a partir dc u m ponto a, da fase a, para a barra de referência (ou para a terra), . reatância dc seqüência zero seja u m pouco maior do que no caso ideal, undc nau existe fiuxo no
são como pode ser deduzido da fig. 13.13. f entreferro devida ã corrente de seqüência zero.'
Na dedução das equações para a indutáncia e a capacitãneia dc linhas dc transmissão
Val = E a -I Z al x (13.42) transpostas, consideramos correntes trifásicas equilibradas e não especificamos a ordem da fases.
Portanto, as equações resultantes são válidas tanto para as correntes de seqüência positiva como
Vai = -laiZi ' (13.43)
; para as dc seqüência negativa. Quando numa linha de transmissão circula apenas corrente de
' V aa = -/ f l f l Z 0 (13.44) j seqüência zero, ela é idêntica em todas.as fases. 0 retorno de corrente é leito pela terra, por
: cabos aéreos aterrados o u por ambos. Por serem iguais, as correntes de seqüência zero em cada
onde E a c a tensão de seqüência positiva em vazio em relação.ao neutro, Z , e Z 2 são as impedãn- í condutor, o campo magnético devido a essas correntes é muito diferente dos correspondentes às
cias de seqüência positiva c negativa do gerador c Z 0 é definido pela equação (13.41). A s equações | correntes dc seqüência positiva c negativa. Essa diferença resulta do falo dc ser a reatância de
acima, que se aplicam a qualquer gerador c o m correntes desequilibradas,-são o ponto de partida | seqüência zero de uma linha de transmissão de 2 a 3,5 vezes maior que n reatância de seqüência
para a dedução das equações para- os .componentes da corrente para diferentes tipos de falta. j . positiva. Essa relação tende para o valor especificado mais alto para linhas dc circuito duplo e para
Elas são aplicáveis para o caso de gerador c o m carga, se E a vier dado pelo valor calculado para a ! linhas sem cabos para-raiosJ 3
tensão atrás da reatância subtransitória, transitória o u síncrona, para a carga existente antes da | N u m circuito trifásico podemos ter três transformadores monòfásicos o u u m único trifásico,
falta. 1 do tipo nuclear o u de couraça. .Quase todas as unidades modernas são trifásicas, por seu custo
[ inicial mais b a i x o , menor espaço necessário e maior rendimento. Muito embora as impedãncias
l em série de seqüência zero dc transformadores trifásicos possam diferir ligeiramente dos valores de
13.9 Impedãncias de Seqüência para Elementos de Circuito. A s impedãncias dc seqüência
• [ seqüência positiva e negativa, é costume considerar que as impedãncias'cm série de todas as
positiva e negativa de circuitos lineares, simétricos e estáticos são idênticas porque as impedãncias
| seqüências sejam iguais, independentemente do tipo de transformador. A tabela A . 7 mostra as
de tais circuitas são independentes da ordem das fases, desde que as tensões aplicadas sejam
| reatâncias e as impedãncias dos transformadores mais usados em sistemas dc potência. Para
equilibradas. A impedância de uma Unha de transmissão para correntes de seqüência zero difere
\ simplificar nossos cálculos, omitiremos a admitãncia em paralelo, correspondente à corrente de.'
da impedância para correntes de seqüência positiva e negativa.
1 excitação, independentemente do tipo de transformador trifásico, muito embora a corrente de
A s impedãncias de máquinas rotativas para correntes das três seqüências são, c m geral,
r excitação de seqüência zero seja maior para o tipo nuclear do que para a tipo couraçada ou para
diferentes para cada seqüência. A força magnetomotriz produzida pela corrente de armadura de
r o banco constituído por três unidades monofásicas..
seqüência negativa gira em sentido oposto ao do rotor, onde se localiza o enrolamento do campo
[ A impedância dc seqüência zero para cargas equilibradas ligadas e m V ou em A c igual às
C . C . A o contrário do fluxo produzido pela corrente de seqüência positiva, que é estacionário em
L". de seqüência positiva e negativa. Para essas cargas, o circuito de seqüência zero será analisado na
relação ao rotor, o produzido pela corrente de seqüência negativa varre rapidamente a face do
: Sec. 13.11.
rotor. As correntes induzidas nas bobinas de campo e de amortecimento pelo fluxo da armadura
rotativa evitam que o fiuxo penetre no rotor. Essa condição é análoga à rápida variação de
13.10 Circuitos de Seqüência Positiva e Negativa. O objetivo da obtenção dos valores
fiuxo imediatamente após a ocorrência de u m curto-circuito nos terminais da máquina. O caminho
2 das impedãncias de seqüência dc u m sistema de potência é o de permitir a construção dos
do fluxo é o mesmo que o encontrado na avaliação da reatância subtransitória. A o varrer toda
1 circuitos dc seqüência para o sistema completo. O circuito de uma dada seqüência mostra todos
a periferia do rotor, a força magnetomotriz referente à corrente de seqüência .negativa está
L- os caminhos para a circulação' da corrente daquela seqüência no sistema.
constantemente variando sua posição em relação aos eixos direto c em quadratura do rotor.
. N o Cap. 8 analisamos a construção de alguns circuitos de seqüência posiriva bastante
A reatância dc seqüência negativa é freqüentemente definida como a media das reatâncias
complexos. É simples a transição de u m circuita dc seqüência positiva para u m de seqüência
subtransítórias dos eixos diretos e em quadratura. Os valores apresentados na tabefa A.6 confirmam
negativa. Os geradores c motores síncronos trifásicos têm tensões internas somente de seqüência
essa afirmação.
• positiva, uma vez que são projetados para gerar apenas tensões equilibradas. Sendo as impedãncias
Quando circula na armadura de uma máquina trifásica apenas corrente de seqüência zero,
a correnle e a F M M de uma fase atingem o máximo no mesmo tempo que as correntes e F M M de
cada uma das outras fases. As bobinas esiáo distribuídas de tal maneira ao longo da periferia da O leitor que desejar estudar impedãncias de máquinas girunles devem consultar livros tais ciimo "Syncrunous
armadura que o ponto de máxima força magnetomotriz produzida por uma fase está deslocada . Machines" por C Concórdia, John Wiley and Sons, Inc, New York, 1951, "Symmctricul Compunenls" por
de 120° elétricos no espaço do ponto dc máximo de cada uma das outras. Sc a F M M produzida r Wagner e lí.D. Evans cap. V, pgs. 74-109. McGraw-Hill, Üook Company, Inc., New York, 1933;
pela corrente de unia fase tiver uma distribuição perfeitamente senoidal no espaço, uma r Eléctrical Transmissíon and Distribution Refcrcncc Book", pela Central Station Engineers of Wcstingliousc
Elcciric Corporation, 4? cd., cap. 6, pgs. 145-194, Easl Pitlsburg, Pa. 1950, DU ainda "Electric Macliinery",
representação da F M M ao longo da armadura, resultaria cm ires curvas senoidais cuja soma seria
; Por A.E. Filz cra)d c C Kingslcy, 2? ed., cap. 5 e 9, McGraw-Hill Book Company, Inc., New York, 1961.
C
igual a zero em qualquer ponto. Não seria produzido nenhum fluxo no entreferro e a única
reatância dc qualquer bobina de fase seria a devida à dispersáu nos extremos tia bobina. Numa Veja "Circuit Analysis of A - C Power Systems" por E, Clarlte vol. 1, pgs. 392-4(10, John Wiley and Sons, Inc.,
máquina real. a bobina não está distribuída de modo a produzir Torça magnetomotriz perfeita- : New York, 1943 ou "Symmctricul Components Applied to Electric Power Networks" pgs. 282-420 por G.O.
mente senoidal. O l l u x o r e v i ! um le da soma das F M M s é muito pequeno, porém faz c o m que a alabresc, The Ronald Press Comoanv. New York. 1959. Essa última obra estuda lamhéin a impedância dc cabos.
LCap. 13 Cap. n ] Componentes simétricos
264 ELEMENTOS DE ANÁLISE DE SISTEMAS DE POTÊNCIA 265
de seqüências positiva e negativa iguais e m u m sistema estático equilibrado, a conversão de u m j estará necessariamente c o m o mesmo potencial em todos os pontos e a barra de referência do
circuito de seqüência positiva para u m de seqüência negativa é feita mudando, se necessário, . circuito de seqüência zero não representa uma terra de potencial uniforme. 'A impedância da terra
apenas as impedãncias que representam as máquinas rotativas e omitindo as forças eletromotrizes; | e dos c i b o s pára-raios está incluída na impedância de seqüência zero da linha de transmissão e o
essa omissão é baseada na suposição de tensões geradas equilibradas e na da ausência de tensões j caminho de retorno no circuito de seqüência zero é u m condutor de impedância n u l a , que é a
barra de referência d o sistema. A impedância de terra está incluída na impedância de seqüência
de seqüência negativa induzidas por fontes externas. j
zero, razão .pela qual as tensões, medidas e m relação à barra de referência do c i r c u i t o de seqüência
Estando todos os pontos neutros de u m sistema trifásico simétrico n o mesmo potencial, t
zero, dão o valor correto e m relação à terra.
quando circulam correntes equilibradas todos os pontos neutros estarão no mesmo potencial j
tanto partt as correntes de seqüência positiva como para-as de'seqüência negativa. Portanto, o i Se u m circuito está ligado e m Y , sem ligação do neutro para a terra o u para outro ponto
neutro de u m sistem t trifásico simétrico é a referência lógica de potencial para especificar quedas j neutro, a soma das correntes que vão para o neutro, nas três fases, é igual a zero. Levando-se e m
de potencial de seqüência positiva e negativa e é a barra de referência para os circuitos de seqüência j conta que as correntes cuja soma é zero não possuem componentes de seqüência zero, a impedân-
posiüva e negativa. A impedância ligada entre o neutro de u m a máquina e a terra nao faz parte j cia para a corrente de seqüência zero será infinita além do ponto neutro, o que é indicado p o r u m
circuito aberto no circuito de seqüência zero, entre o neutro d o circuito ligado e m Y e a barra de
nem do circuito de seqüência positiva, n e m do de seqüência negativa, uma vez que p o r ela não j
referência, c o m o mostra a fig. 13.15o.
circularão nem as correntes de seqüência positiva, nem as de seqüência negativa. L
Se o neutro de u m circuito e m Y estiver aterrado através de uma impedância n u l a , coloca-se
Os circuitos de seqüência negativa, b e m como os de seqüência positiva d o Cap. 8 , podem £
uma ligação de impedância zero entre o neutro e a barra de referência, c o m o está mostrada n a
conter os circuitos equivalentes exatos das partes do sistema o u podem ser simplificados |
fig. 13.150.
omitindo a resistência e m série e a admitãncia e m paralelo. |
Se a impedância Z estiver colocada entre o neutro e a terra n u m circuito ligado e m Y , u m a
n
(•
impedância de valor 3Z deverá ser colocada entre o neutro e a barra de referência d o circuito de
n
seqüência zero, como indica a fig. 13.15c. C o m o f o i explicado na Sec. 13.8, a queda de tensão
E x e m p l o 13.3 f
; de seqüência zero provocada n o circuito de seqüência zerò p o r I circulando através de 3Z é a
aQ n
Barra de referência —j
yius
k
/0.O7B4 ' jD.167 "' J 0,0734
resistor ou por um reator é, em geral, ligada entre o neutro de u m gerador e a terra, a fim de limitar
a corrente de seqüência zero durante a ocorrência de uma falta. A impedância dc tal resistor ou
reator ê representada na circuito de seqüência zerd da maneira descrita.
U m circuito ligado,em A , por não dispor de caminho de retorno, oferece uma impedância
infinita às correntes de linha de seqüência zero. 0 circuito de seqüência zero está aberto no
circuito ligado em A . As correntes de seqüência zero podem circular no interior do triângulo,
uma vez que este representa u m circuito em série fechado para a circulação de correntes mono-
fásicas. Tais corrente! teriam, no entanto, que ser-produzidas no triângulo, por indução de uma
fonte exterior ou p o r tensões geradas de seqüência zero.
t Barra de referência
L
Wv J
Caso 1: Banco Y-Y, Um Neutro Aterrado. Se qualquer um dos neutros de um banco Y - Y não
estiver aterrado, não circulará a corrente de seqüência zero em nenhum dos enrolamentos; C » o V. Banco K - A , Y Aterrado. Se o neutro de u m banco Y - A estiver aterrado, as correntes
a ausência de caminho por um enrolamento impede a passagem de corrente pelo outro. Nessas seqüência zero terão u m caminho para a terra através do Y , porque correntes induzidas corres-
condições, existe para a corrente dc seqüência zero um circuito aberto entre as duas partes do pondentes poderão circular no A . A corrente de seqüência zero que circula no A , para equilibrar
sistema ligadas pelo transformador. ^ orrente de seqüência zero no Y , não pode circular nas linhas ligadas ao A. O circuito equivalente
C Q f e r e
«"'U7i caminho a partir da linha no lado Y , através resistência equivalente c da
[Cap. 13 Cap. 1 3 j Componentes simétricos 2G9
E L E M E N T O S D E A N Á L I S E D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA
2&a
Caso 5 : Banco A - A . C o m o u m circuito A não oferece retorno para corrente de seqüência zero,
não poderá haver circulação de tal corrente n u m banco A - A , muito embora ela possa circular nos
H enrolamentos.
1K) Y
Os circuitos de seqüência zero determinados para as diversas partes do sistema separada-
mente são facilmente combinados para formar o circuito completo de seqüência zero. A s figs.
13.18 e 13.19 mostram os diagramas unifiláres de dois pequenos sistemas de potência e seus
<IY circuitos equivalentes de seqüência zero, simplificados pela omissão das resistências e das admi-
Barro de referência tâncias em paralelo.
Exemplo 13.4
reatância dc dispersão, até a barra dc referência. Deverá existir u m circuito aberto entreia Unha
Solução:
ea barra de referência no lado A . Se a ligação do neutro a terra contiver uma t m p c d a n m J o N
circuito equivalente de seqüência 2ero deverá ter u m a impedância 3Z„ e m sene « » " « « « ™ A reatância de seqüência zero dos transformadores é igual à reatância de seqüência positiva.
equivalente e c o m a reatância de dispersão do transformador, para ligar a Itnha no lado Y a terra. Assim, para os transformadores teremos X = 0,0784 p.u.. 0
Motor 2 : X q m 0 i 05 X X
10.000
" O
" ' N . . J i_ * - 1 3 , S X 1.000
2
„ , r c
2,0
Reatância = ~ ~ = 0,315 p.u.
~ No circuito dc impedãncias
O circuito dc seqüência zero ê mostrado na fig. 13.20 13.6 A s tensões nos terminais de u m a carga equilibrada constitufda p o r três resistores de 10 ohms
ligados e m Y são V = 100/0°, V = 90/^40° c V = 95,5/125,2° volts. Determine a relação entre os
ab bc a
Barra de referência S u p o n h a que não existe ligação para o neutro na carga. Determine as correntes dc linha a partir dos componentes
simétricos das tensões de linha.
/DJÍS; 13.7 Determine a potência c o n s u m i d a nos três resis-
tores de 10 ohms d o Prob. 13.6 a partir dos componentes
;D.06ll 1/D.IH
simétricos das correntes c tensões. Verifique o resultado
P V obtido.
k
jQ.0784 70520 >0.D734
^I3;8,JTrés transformadores monòfásicos estão ligados
como mostra a fig. 13.21, afimde formarem u m banco
Fig. 13.20 C i r c u i t o de,seqüência zero para o exemplo 1 3 . 4 . Y - A . A s bobinas dc alta tensão estão ligadas e m Y c o m as
polaridades indicadas. A s bobinas acopladas magneticámente
estão desenhadas e m paralelo. Determine a colocação correta
das marcas de polaridade nas bobinas dc baixa tensão.
13,12 Conclusões. A s tensões e correntes desequilibradas p o d e m ser .decompostas e m Identifique os terminais numerados no lado da baixa tensão
Ca) c o m as letras/t. B e Ç do acordo c o m as Normas A m e r i -
seus componentes simétricos. Os problemas são resolvidos considerando-se separadamente cada
canas (fi) c o m as letras A', B' e C, de tal maneira que / ^ '
conjunto de componentes e superpondo os resultados. esteja defasado de 90° em relação a / . V e r i f i c a r se í ^ ' é
a
Nos circuitos equilibrados, sem acopíamento entre fases, as correntes de .uma seqüência de igual a j/ a o u -//„. F i g . 13.21 C i r c u i t o d o P r o b . 13.8
fases induzem quedas de tensão apenas daquela seqüência. A s impedãncias dos elementos de
circuito para correntes de diferentes seqüências nãò são necessariamente iguais. [13?VSuponha ^ 0
correntes especificadas ms Prob. 13.5 estejam circulando c m direção a u m a carga,
5
13.11 Desenhe o s circuitos de impedância dc seqüência negativa c de seqüência zero para o sistema de
potência d o Prob. S.5. Dê os valores de todas as reatâncias e m p . u . numa base de 3 0 . 0 0 0 IcVA, 6,9 k V no
circuito d o gerador 1. Assinale os circuitos de maneira correspondente ao diagrama unifilar. O s neutros dos
geradores 1 c 2 estão ligados à terra atreves de reatores limitadores de corrente c o m reatância d c 5%, cada
qual lendo c o m o base os valores d a máquina à qual estão ligados. C a d a gerador possui reatâncias de seqüências
PROBLEMAS
negativa e zero dc 1 5 % c 5%, rcspectivamenle, c o m base em seus próprios valores nominais, A reatância de
seqüência zero da linha dc transmissão é 2 5 0 ohms de B a C e 2 1 0 ohms de C a &
13.1 Calcule as leguintes expressões na Forma polar
13.1Z Desenhe o s rircuitus de seqüência negativa e de seqüência zero para o sistema de potência do
la) a - )2
• frab. B.6. Escolha uma nasc de 5 0 . 0 0 0 k V A , 13H k V na linha de lransmíssão'de 4 0 ohms e dê as reatâncias em
P'U.- A reatância dc seqüência negativa de cada • máquina síncrona é igual à respectiva reatância subtransitória.
ib) I - a - a2
A reatância de seqüência zero de cada máquina é de 8% com base nos próprios valores n o m i n a i s . Os neutros das
(c) 2a + 3 + 2a
2
máquinas estão ligados à terra através de reatores cujas reatâncias valem 5%, c o m base nos valores nominais das
id) ja respectivas máquinas. Suponha que as reatâncias dc seqüência zero das linhas de transmissão valem 3 0 0 % das
13.2 Determine analiticamcnlu a i tensões em lelação ao neutro, Y , V an bn eV cn num c i r c u i l n onde íejpcctivas reatâncias de seqüência positiva.
V anx = 50/0^, V an2 = 10/90^ e V„„ 0 = 10/180° volts.
114 Determine os componentes simétricos das três correntes l = 10/0°, //, = 10/250° c./ - = 1 tl/110
a L
ampères
13.5 A s correnlfs que circulam nas linhas que alimentam uma carga equilibrada ligada em A são ;
/a = 100/0° . //, - 141.4/225" e l = 100/90^ ampères. Determine a relação entre os componentes simétri-
c
cos d:is correntes ilc linha e de fase, isto é, enlre /„, « l b\ * entre l
a al e ! bi-Determine
a l
ab a partir dos c o m p o -
nentes MmiMncits ilns rnrrenles dc linha
Cap. 14] Faltas assimétricas 273
•íro
FALTAS ASSIMÉTRICAS A s s i m I a, I i
a a e £ 2 são iguais a I /3 a e
0 Z 0 0 o Iai
Vai Ea - 0 ' Z, o Iai " ( K 3 )
14.1 Introdução. A maioria das faltas que acorrem nos sistemas de potência são assi-
métricas e podem consistir de curtD-circuitos assimétricos, de faltas assimétricas através de
V2 0 0 0 0 z
2 4i
impedãncias o u de condutores abertos. A s faltas assimétricas ocorrem entre linhas, entre linha ^ _ -— j —w w w u M^-wnuug WJbgo-tit,, U IgUUUQUf UG UUtU
e terra, o u podem ser entre duas linhas e terra. O caminho da corrente de falta de linha a matrizes-coluna. Pré-multiplicando ambas as matrizes-coluna pela matriz-linha [1 1 1] obtemos
linlia o u de linha a terra pode o u não conter impedância. U m o u dois condutores abertos
,- V*a + Vai Va*- <iZo+Ea-laiZi-í Z2
+ st
Jt (14.4)
resultam em faltas assimétricas, seja pelo rompimento de u m o u de dois condutores, seja pela
ação de fusíveis o u outros dispositivos que podem não abrir as três fases simultaneamente. Sendo V„ = V a0 + V ai + V , a2 tiramos o valor de da equação ( 1 4 . 4 ) e obtemos
C o m o qualquer falta assimétrica provoca a circulação de correntes desequilibradas no
sistema, o método dos componentes simétricos é m u i t o útil numa análise que vise a determinação 4rt « - (14.5)
das correntes e das tensões em todas as partes do sistema após a ocorrência da falta. Inicialmente, z +z +z
x 2 0
analisaremos as faltas nos terminais de u m gerador em vazio. Depois, as faltas n u m sistema de A B equações ( 1 4 . 2 ) e ( 1 4 . 5 ) são equações especiais para u m a falta entre u m a l i n h a e
potência pela aplicação do teorema de Thévenin, o que nos permitirá determinar a corrente na terra. São usadas c o m a equação ( 1 4 . 1 ) e c o m as relações dos componentes simétricos n a
falta substituindo o sistema inteiro p o r u m único gerador e uma impedância em série. determinação das tensões e correntes na falta. Se os três circuitos de seqüência d o gerador
A s equações ( 1 3 . 4 2 ) , ( 1 3 . 4 3 ) e ( 1 3 . 4 4 ) , deduzidas na Sec. 13.8 são aplicáveis a u m estiverem ligados e m série, c o m o mostra a fíg. 14.2, vemos que as correntes e tensões resultantes
gerador, independentemente do tipo de falta e m seus tenninais. S o b forma m a t r i c i a l , essas satisfazem às equações anteriores, u m a vez que as três impedãncias de seqüência estão e m série
equações tornam-se
Vo 0 z 0 o Q -ífO
o
a
Via
- o
0 kl (14.1) E
Va2 j 0 o z 2
Para cada tipo de falta usaremos a equação (14.1) j u n t o c o m equações que descrevam as
condições na falta, para deduzir /„, em função dc E , Z ,Z a l 2 e Z .0
Tal
14.2 ' Falta entre uma L i n h a e Terra e m u m Gerador em V a z i o . O diagrama de circuito
para u m a falta entre uma linha e terra em u m gerador e m vazio, ligado e m Y c o m o neutro
aterrado através de uma reatância é mostrado na fíg. 14.1, onde a f a s e a é aquela e m que ocorre
a falta. A s relações a serem desenvolvidas para esse tipo de falta serão aplicáveis apenas quando M i r . *
a falta ocorrer na fase a, porém isso não causará dificuldades, uma vez que as fases recebem
uma designação arbitrária e qualquer uma pode ser a fase a. A s condições na falta são dadas
pelas seguintes equações
f5- 14.1 Diagrama de circuita para uma falta
I b = 0 7 = 0
C V a = 0 "•mie uma Unha c terra na fase a nos terminais Fig. 14.2 Ligação dos circuitos de seqüência dc
°*'um gerador cm vazio cujo nEUtro está aterrado um gerador em vazio para uma falta entre uma
272 " « v ê s de uma reatância. linha e terra na fase a nos terminais do gerador.
Cap. 14] Faltas assimétricas
274 E L E M E N T O S D E A N A L I S E D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA [Cap. 14 275
corri a tensão Eg. C o m os circuitos de seqüência assim ligados, a tensão em cada u m deles Vb = **V al +aV a2 + V a0
será o componente simétrico de V a naquela seqüência. A ligação dos circuitos de .seqüência 0,643 ( - 0 , 5 - / 0 , 3 6 6 ) - 0,50 ( - 0 , 5 + /0.866) - 0,143
mostrada na fig. 14.2 é u m m o d o conveniente de lembrar as equações para a solução da falta
- 0 , 3 2 2 - 7-0,550 + 0,25 - /0,433 - 0,143
entre uma linha e terra, pois todas as equações necessárias podem ser determinadas a partir
da ligação dos circuitos de seqüência. -0,215 -/0,989.p.u.
dejseuscomr^ que, par sua vez, são todos iguais a zero. O m e s m o rc5üUado_pode_ser - 0 , 3 2 2 +y'0,556 + 0,25 + /0,433 - 0,143
o b t i d o sem usar os componentes_simtítricos, uma vez que a inspeção do circuito mostra que -0,215.+/TJ.989 p . u .
não existe caminho para a corrente na falta, a menos que o neutro do gerador' esteja aterrado.
A s tensões entre linhas valem
y
ab = v - v = 0 b 0,215 +/*0,989 = 1,01/77,7" p . u .
E x s m p l o 14.1 Vbc* v -v =
b c 0 - / 1 , 9 7 8 = 1,978/270° p.u.
U m gerador de 20.000 k V A , 13,8 k V , tem sua reatãncL subtransitória n o eixo direto v = a V- c a = - 0 , 2 1 5 + /0.989 = 1,01/102,3° p.u
y
igual a 0,25 p.u.. A s reatâncias de seqüência negativa e zero valem, respectivamente, 0,35 e
U m a vez que a tensão gerada e m relação ao neutro, E , f o i tomada como 1,0 p . u . , as tensões a
0,10 p.u.. O neutro do gerador está solidamente aterrado. Determine a corrente subtransitória
entre linhas dadas anteriormente serão expressas "em p . u . d a tensão base e m relação ao neutro.
n o gerador e as tensões entre as linhas para condições subtransitórias, n o momento e m que
E m volts, as tensões após a falta serão
ocorre uma falta entre uma linha e terra nos terminaistdo gerador, quando ele estiver funcionando
13,8
e m vazio c o m a tensão nominaL Despreze a resistência. Vgb = 1,01 X /77.7 . = 8,05/77,7° k V
a
Solução: 13,8
V bc = 1,978 X /270° = 15,73/270° k V
N a base 20.000 k V A , 13,8 k V Eg = 1,0 p.u., uma vez que a tensão interna é igual à V f
tensão nos terminais c m vazio. Então, em p . u . teremos 13,8
V a = 1,01 X /102,3 - = 8,05/1023° k V
o
Eg 1,0 + /0
- - y l , 4 3 p.u.
*<" =
Z, + Z 2 +Z 0 /0,25 + /Q,35 + /0,10
Antes da falta as tensões de ünha estavam equilibradas e eram iguáis a 13,8 k V . P o r comparação
4 = 3 4 i = -/4.29 p . u . com üs tensões de linha após a falta, as tensões anteriores, c o m y = E c o m o referência, m a
A corrente subtransitória na linha a será Os diagramas fasoriais das lensõe. : antes e apôs a ocorrência da falta estão na fig. 14.3.
1
Vao = - W n = -Í-/1,43)(/Q,10) = - 0 , 1 4 3 p . u .
( a l Antes da falta ib) Depois da falta
A s tensões entre linha e terra são
V a = V
at + V a2 + •'„„ = Ü,u43 - 0,50 - 0.143 = 0 -
F
' S . 14,3 Diagramas fasoriais das tensões de linlia dn e x e m p l a 14.1 antes e depois da falia.
E L E M E N T O S D E A N A L I S E D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA ICap- 14 Cap. 141 Faltas assimétricas 277_
276
14.3 Falta entre duas Linhas em u m Gerador em V a z i o . 0 diagrama do circuito de A equação (14.1) c o m as modificações permitidas pelas equações de (14.6) a (14.9) toma-se
falta entre duas linhas e m u m gerador em vazio, ligado em Y , é mostrado nafig.14.4,
0 0 Z
a 0 0 " 0 "
Vai = E a - 0 Zi 0 4. (14.10)
V ai
0 0 0 -4.
0 = E - I \Zi
B a - í 'Zi
oi (14-11)
4t = (14.12)
z, +z.
F i g . 1 4 . 4 Diagramu-dc c i r c u i t o para u m a falta entro duas Unhas, entre as fases b e c nos terminais de u m
A s equações (14.6), (14.7), (14.8) e (14.12) "são equações especiais para u m a falta entre
gerador e m vazio cujo neutro está aterrado através de u m reator.
duas linhas. São usadas juntamente c o m a equação (14.1) e c o m as relações dos componentes
simétricos, a fim de determinar todas as tensões e
c o m a falta nas fases b e c. A s condições n a falta são expressas pelas seguintes equações
correntes na falta. A s equações especiais indicam a
maneira pela qual os circuitos de seqüência são
V= V 4 = 0 4 = -4
T
b c
(14.8) l
c ; 4a = ~4i_^J Exemplo 14.2
Havendo ligação entre o neutro do gerador e a terra, Z a será finito e daí Determine as correntes subtransítórias e as tensões entre duas linhas na falta, sob condições
(14.9) ^transitórias, quando ocorre uma falta nos terminais do gerador descrito no exemplo 14.1.
V = 0
Considere que o gerador esteja em vazio e funcionando c o m a tensão n o m i n a l nos seus terminais,
a0
Solução:
14.4 Falta entre Duas Linhas e Terra em u m Gerador em Vazio. - O diagrama d o circuito
l ,0 + /O para uma falta entre duas linhas e terra n u m gerador e m vazio, ligado e m Y , c o m o neutro
4i = = -y t ,667 p.u.
/0,25 + /0.3S aterrado, é mostrado na fig. 14.6. A s fases envolvidas na falta SID b e c. A s condições na
falta são expressas pelas seguintes equações
4,2 = - / i = y l ,667 p . u .
f l
Vb = 0 V = 0
c / = 0
fl
4o =
0 • ..
C o m V = 0 e V = 0, os componentes simétricos
b c -
4 = 4i + 4 2 + 4 o = -/1,667 +/1,Õ67 = 0
da tensão são dados p o r
h = a / 3
f l l + -+ 4 o
- / ! , 6 6 7 ( - 0 , 5 - / 0 . 8 6 6 ) + / l , 6 6 7 ( - 0 , 5 + y'0,866)
Vao 1 1 l ' v' a
1
' Vai 1 a a 2
0
/0.834 - 1,446 - / 0 , 8 3 4 - i-,446 = - 2 . 8 9 2 +/O p.u. 3
-I b = 2.892 + JQ p.u. . V a 2
. _ I a 2
a ò
Então V , aQ Vi e V
a a2 são iguais a 1^/3 e •
C o m o n o exemplo 14.1 a corrente base é 836 A . Então
Vai = V a2 = V o~ \ c (14.13)
Fig. 14.6 C i r c u i t o para u m a falta entre duas
4=0' Substituindo V V e V p o r E - 4 i ^ , na
ttU a2 aQ a linhas e terra nas fases h e c nos terminais
equação (14.1) e pré-multiplicando ambos os ment- de u m gerador e m vazio, cujo neutro está
I b = - 2 , 8 9 2 X 836 = 2.420/180°. A
aterrado, através de u m a reatância.
oras p o r Z " , sendo 1
-
0 1
z- = 0 Zi 0 0
V a = 0 (neutro do gerador aterrado)
a
T, 0
0 0 z 2
0
A s tensões entre linha e terra e entre linhas são
13,8
V = 1.752 X 13,95/0° k V (14.15)
ab
z 0 ~ Sal
z 0
+
z, ~ , a l +
z ~ 3
ial
z - z,
2
l; n * -1.752 X - ^ - = 13,95/isrr k V
(14.16)
280 E L E M E N T O S D E A N Á L I S E D E S I S T E M A S D E P O T Ê N C I A ÍCnp. 14
Faltas assimétricas
E (Z +Z )
a 2 a , Ea
1,0 _ 1,0
a l
Z , Z .+ Z Z
a X Ü + ZZ
2 Q " Z , + Z Z I(Z2 0 2 +Z) I1 • ;
=
Ki = Vai = V a0 = E - I Zj
a al = 1 - (-/3.05) (/0.25)
As equações (14.13) e (14.17) são as especiais para o caso de Falta entre duas linhas e
= 1,0 - 0,763 = 0,237 p . u .
terra. Elas são usadas juntamente c o m a equação (14.1) e c o m as relações dos componentes
simétricos, a f i m de determinar todas as tensões e correntes na falta. A equação (14.13) / _ Ki _ 0,237
indica que os circuitos dc seqüência devem ser ligados em paralelo, como mostra a fig. 14.7, I a l
~ " ^ 7035 = / 0
' 6 8
P" - U
uma vez que as tensões de seqüência positiva, negativa e zero são iguais n a falta. O exame
, _ V a0 0,237 ._
da fig, 14.7 mostra que as condições deduzidas anteriormente para a falta entre duas linhas
e terra são satisfeitas por essa ligação. O diagrama mostra que a corrente de seqüência positiva
Iai é determinada pela tensão E aplicada e m Z\ em série c o m a associação paralela de Z e
a 2
. 4 = 4i + I i + 4o = -/3,05 + /0.68 + /2,37 = 0
a
4 - a 4 i + alai 2
+ 4o
= (-0,5 - / 0 , 8 6 6 ) ( - / 3 , 0 5 ) + ( - 0 , 5 + y'0,866)(70,68) + y'2,37
= y l , 5 2 5 - 2,64 - ; " 0 , 3 4 - 0,589 + y2,37
t = - 3 , 2 2 9 +/3,555 = 4,-81/132,5° p . u .
4 = alai + a 4 2
3 +4 0 '
o mesmo que na falta entre duas linhas. A equação (14.17) para uma falta entre duas linhas e
Vab = V - V = 0,711 p . u .
terra aproxima-se da equação (14.12) para uma falta entre duas linhas à medida e m que Z 0
a b
ampères e volts
E x e m p l o 14.3 4 = 0
Determine as correntes subtransitórias e as tensões de linha na falta, sob condições 4 = 836 X 4,81/132,5° = 4.025/132,5° A
subtransítórias, quando ocorre u m a falta entre duas Unhas e terra nos terminais do gerador 4 = 836 X 4,81/47,5° = 4.025/47,5° A
descrito no exemplo 14.1. Considere que o gerador esteja e m vazio c funcionando na tensão
4 = 836 X 7,11/90° = 5.950/90° A
nominal, quando da ocorrência da falta. Despreze a resistência.
Soluçãu: V
ab = 0,711 X - ^ U 5,66/0° k V
V3 —L
Ea 1.0 +/O v bc = 0
" Z , + ZjZ !{ZQ 2 + Zoj " .ÍO.35 X/0,10
/ L
* /0.35--V /0.J0 • ' V m = -0,711 X 5,66/180° k V
V3
282 ELEMENTOS DE A N A L I S E DE SISTEMAS DE POTÊNCIA [Cap. 14 Cap. 14 ]
Faiías assimétricas
14.5 Faltas Assimétricas num Sistema de Potência. Na dedução das equações para os I à s referéncia
noç respectivos circuitos e dependem da localização da falta.
componentes simétricos de correntes c tensões n u m circuito gera! durante a falta, designaremos
por 4. Ib e I c as correntes que saem do sistema equilibrado original, na falta, das fases a,
Fig. 14.B Três condutores dc um sistema entre duas linhas através de uma impedância zero; 'MT Ic] Thúvenln equivalente do
trifásico. Os fios conduzindo as correntes I , então a corrente no fio a' será zero e I igual a lb) Circuito de seqüência circuito da seqüência positiva
a b
ao neutra, no ponto de aplicação da falta. A impedância Z , da circuito equivalente é a medida | As equações matriciais
. . n P componentes simétricos das tensões na falta, portanto devrm
a r a o s
entre o ponto P e a barra de referência do circuita de seqüência positiva, c o m todas as forças g i g u a i s â equação (14.1), exceto que V substitui E ; isto é ' f a
?
a tensão anterior â falta entre o pontD P e a barra de referência será zero nos circuitos dtf :
0 0 u Zi . /« .
l to.
seqüências negativa e zero. Portanto, não aparecem forças eletromotrizes nos circuitos equivalentes ^
de seqüência negativa c zeru. As impedãncias Z e Z , , são medidas entre o ponto e a bar>"j|
T h S n ^ T d C V S
* acordo c o m o teorema de
C a l C U , a r n S l m p e d á n c l a s d e
** ™
üén
14.6 Falta errtie U m a Linha e Terra n u m Sistema de Potência. Para u m a falta entre
A s equações (14.21) e (14.22) indicam que os circuitos de seqüência positiva e negativa devem
uma linha e terra, os fios hipotéticos nas três linhas estão ligados comD mostra a fig. 14.10. estar em paralelo no ponto da falta, a fim de simular u m a falta entre linlias.
N a falta existem as seguintes relações:
14.8 Falta entre Duas Linhas e Terra n u m Sistema de P o W i a . Para u m a falta entre
4 - 0 V
n = 0
duas hnhas e terra os fios são ligados c o m o mostra a fig. 14.12. N a falta existem as relações:"
Essas três equações são as mesmas que se aplicavam
Vb = V C =0.
no caso de uma falta entie linha c terra n u m único
gerador. Estas equações, juntamente c o m a equação 4 = 0
(14.18) e as relações dos componentes simétricos,
Comparando c o m a dedução feita na Sec. 14.4, obtemos
devem ter as mesmas soluções que as encontradas
para as equações análogas n a Seci 14.2, exceto que •V = V = V
al a2 a0
(14.23)
Vf substitui E . Nessas condições
B
e terra.
Vf A s equações (14.23) e (14.24). indicam que os três circuitos de seqüência devem ser
(14.20)
4i = Z, + Z + Z ligados e m paralelo n o ponto da falta, a fim de simular uma falta, entre duas Unhas e terra.
a t
A s equações (14.19) e (14.20) indicam que os três circuitos de seqüência devem ser ligados
em série através do ponto de falta, a fim de simular u m a falta entre u m a linha e terra. T Seq. M . Seq.(-J
Va3
z.
14.7 Falta entre Duas Linhas e m u m Sistema de Potência. Para u m a falta entre duas
linhas os fios hipotéticos nas três linhas na falta são ligados como mostra a fig. 14.11. N a Al—/.!
(fl) Falta trifásica
falta, são as seguintes as relações existentes.
(c) F a l t a entre duas Unhas
V = V 4 = 0 I = -4 S e q . (+].
P
b c B
Essas equações são idênticas na forma àquelas aplicáveis a u m a falta entre duas linhas e m
u m gerador isolado. A solução, como na Sec. 14.3, c o m a equação (14.18) substituindo a
Seq.f-}
(14.1) fornece 1L
V = V (14.21)
al a3
Vr Seq.10)
(14.22)
4. =
Z, +z 2
Ad) Falta enrre duas linhas e terra
Mi Í & H ? " Ligações dos circuitos de seqüência para simular vários tipos de falta. Os circuitos dc seqüência
^, ?™
!
5
circuito onde ocorre a falia. O circuito de seqüência positiva contém forças eletromotrizes que da fig. 14.146, exceto pela substituição da reatância pela resistência. Interligado o circuito
representam as tensões internas das máquinas. modificado c o m os de seqüência negativa e zero c o m resistências, medimos as correntes nos
Se as forças eletromotrizes n u m circuito de seqüência positiva, como o mostrado r a diversos ramos de todos os circuitos. A s correntes no circuito de seqüência positiva são devidas
fig. I4.14a, forem substituídas e por curto-circuitos, a impedância entre o ponto f e a barra apenas à corrente de falta, não incluindo o efeito da corrente de carga anterior a falta.
de referência será a impedância de seqüência positiva Z\, nas equações deduzidas para faltas O método matricial para o cálculo de curto-circuitos. simétricos e m u m computador
num sistema de potência e é a impedância série da Thévenin equivalente do circuito entre P digital, c o m o foi descrita na Sec. 12.5, pode ser estendido ao cálculo de curto-circuitos
e a barra de referência. Se a tensão Vf estiver ligada e m série c o m esse circuito modificado de assimétricos. U m a matriz especial de curto-circuito é calculada pelo c o m p u t a d o r para cada
seqüência positiva, o circuito resultante, mostrado na fig. 14.14b é o Thévenin equivalente do circuito de seqüência. F o i feito u m programa para faltas entre linlia e terra onde é desprezada 1
circuito de seqüência positiva original. Os circuitos mostrados na fig. 14.14 são equivalentes a corrente anterior à falta, e o circuito de seqüência negativa é considerado idêntico ao d '
apenas em seus efeitos para qualquer ligação externa feita entre P e a barra de referência do seqüência positiva.
circuito original. Podemos ver facilmente que nos ramos do circuito equivalente não circula
corrente na ausência da ligação externa, porém nos ramos do circuito equivalente de seqüência E x e m p l o 14.4
positiva originai circulará corrente, desde que exista qualquer diferença, em fase ou módulo,
U m gerador de 7.5Ò0kVA., 4,16 k V . , está alimentando u m grupo de motores síncronos
nas duas forças eletromotrizes do circuito. N a fig. 14.14a, a corrente que circula nos ramos,
idênticos, através de um banco de três transformadores monòfásicos dc 2.500 k V A . , 2 . 4 0 0 / 6 0 0 v o l t s .
na ausência de ligação externa, é á de carga anterior â falta.
A reatância de dispersão de cada transformador é 10%. A s bobinas de 6 0 0 V estão em A e ligadas
aos motores e as de 2.400 V estão em Y e ligadas ao gerador. O neutro do transformador está
Barra de referência . Barra de referência
solidamente aterrado. A s reatâncias do gerador são X" = 10%, X = 1 0 % e X = 5 % . A tensão 2 Q
X = 4% e cada u m deles está aterrado através de uma reatância de 1%. Cada u m alimenta u m a
Q
a u m motor maior cujos valores nominais são 6.000 H P e 600 V . A potência nominal de entrada A corrente base do circuito m o t o r é
do motor equivalente é igual a
7.500.000
= 7.220 A
6.000 X 0,746 s/Jx 600
= 5.000 k V A
0,895 . e a corrente real do m o t o r é
e as suas reatâncias dadas e m porcentagem são as mesmas, pois as reatâncias dos motores e m 746 X 5.000
= 4.810 A
separado têm como base os valores nominais de cada u m . A s reatâncias d a motor equivalente
0,88 X \Í3 X 600 X 0,85
na base escolhida são:
A corrente em p . u . que o m o t o r absorve da linha a antes da ocorrência da falta é
y f ^ P 0 . 6 6 7 / - 3 1 . 8 " = 0,566 - / 0 , 3 5 i p . u .
= 0,895 - / 0 , 1 7
A reatância no circuito de seqüência zero correspondente à reatância limitadora de corrente é
- 0 , 9 1 2 / - 1 0 , 8 " P-u.
A fig. 14.16 mostra as ligações dos circuitos de seqüência n u m analisador de redes. A s reatâncias E' ' =
g 1,0 + C/0,1 + /0,1)(0,566 -70,351)
são dadas em p . u . .
= 1,07 + /0.1132
= 1,075/6,03° p . u .
Seq. 1+)
Desprezando a corrente anterior à falta, Eg e E„ são feitos iguais a 1,0/0° ou o circuito
de seqüência positiva é substituído pelo circuito Thévenin equivalente mostrado na fíg. 14.17.
^ tssssj—i
1 —{LS&rjiER .Barro da referência
Seq.l-) J-yzss
iaiop 1/0.30
-jlM
s—Trair 1
V = 1,0 p . u .
•"Z = /0.15 p . u .
f
u
290
E L E M E N T O S D E A N Á L I S E Q E S . i T E M A S D E POTÊNCIA fCap. 14 Cap. 14] Faltas assimétricas 291
l
í _ i,0 1.0 J
Ci = aI
Ai = ( - 0 5 +/0,866)(1,S36) = -0,768 +/l,330
2i + Z 2 +Z 0 ~ /0,I2 +/0.12 +/TJ.I5 =
/0,39 ~ " - ' - 2 5 6
J
C2 = AZ/
A2 = (- -
0 5
" /0.866) (-1,536) = 0,768 +/J 3.30
ia - V = -y2,S6
íio = = -/2,56 h ~ h\ +
Ci
! =
0 + /2.660 p . u .
* # * T 5 ^ , ; 7
- -
5 0 0
= 0 0 0
1.040A
V? X 4.160
A corrente na falta é
Analogamente, o componente de / que sai do transformador é -/1.536 e o que sai do motor
a 3
-/(-/'],536) = - 1 , 5 3 6
A s correntes que calculamos são aquelas que circulariam quando da ocorrência de uma
',to = 0 (uma vez que não existem correntes de seqüência zero no lado do transformador falta estando o motor c m vazio. Essas correntes só valem para o caso em que 05 motores
correspondente ao gerador) não absorvem nenhuma corrente. N o entanto, o enunciado do problema especifica as condições
/ de carga na ocasião da falta e, nessas condições, a carga deve ser considerada. Para levar em
conta a carga devemos somar a corrente em p . u . do motor através da linha a antes da falta
aI
2
Al = (-0,5 -/0.8G6)(1,536) = -0,768 - /l,330 com o componente de J , al que circula do transformador para P e subtrair a mesma corrente
do componente de í , que vai do motor para P. O novo valor da corrente de seqüência positiva
^Az = ("0,5 +/0,866)(-l,536) = 0,768 -/1,33o
al
e para a corrente de seqüência positiva do m o t o r para a falta teremos estão mostradas na fig. 14.20.
72.660 71.536
3?
AI
Gerador
'41
'ia) Falta trifásica: (6) Falta entra u m a linha D terra
-73.072
-jZ£60
F i g . 14.18 Valores c m p.u. das correntes subtransítórias dc Unha e m todas as partes do sistema do exemplo 14.4,
desprezada a corrente anterior à falta.
IA ' I Z
•MU*/
f
Va = l Z a f -
V al .= I Z
al f = V -I Z
f al x
Fig. 14.19 Valores c m p.u. das correntes subtransítórias de linha em todas as partes do sistema do exemplo 14.4,
considerando a corrente anterior à falia. (14.25)
Z x + Z f
14.10 Faltas através de Impedãncias. Todas as faltas discutidas nas secções anteriores A'ligação do circuito de seqüência é mostrada n a fig. 14.21(7.
consistiam e m curto-circuitos diretos entre linhas o u entre u m a ou duas linhas e a terra. M u i t o Poderíamos fazer u m a dedução formal para a falta entre u m a linha e terra e para a falta
embora tais curto-circuitos resultem n o mais alto valor de corrente de falta e sejam, por entre duas linhas e terra, através de u m a impedância, como mostram-as figs. 14.206, e d, porém
conseguinte, os valores mais apropriados para a determinação dos efeitos de faltas previsíveis, chegaremos às ligações corretas do circuito de seqüência, p o r comparação c o m as faltas sem
a impedância .de falta raramente é nula. A maior parte das faltas são resultantes de arcos e m wipedância. Consideremos um gerador c o m todos os terminais e m aberto c c o m seu neutro
isoladores; a impedância entre a linha e a terra depende da resistência do, arco, da torre e até aterrado. Nesse gerador, u m a falta à terra em u m a o u duas linhas através de Zf, não é diferente,
da base da torre, caso não sejam usados cabos para aterramento. A s resistências da base da uo que diz. respeito ao valor da corrente de falta ao mesmo tipo de falta sem impedância,
torre constituem a maior parte da resistência entre a linha e a terra e dependem das condições porém c o m Zf colocada na ligação enrre o neutro do gerador e a terra. Para levar em conta
do solo. A resistência da terra seca é de 10 a 100 vezes a de u m SDIO pantanoso. O efeito uma impedância Zf no neutro do gerador, acrescentamos 3Zy ao circuito de seqüência zero.
da impedância na falta é determinado deduzindo-se equações análogas às correspondentes através 0 teorema de Thévenin nos permite aplicar o mesmo raciocínio a esses tipos de falta em u m
de impedância nula. As.J'gacõcs dos fios hipotéticos para faltas através de uma impedância sistema de potência. Dessa maneira as ligações do circuito de seqüência para u m a falta entre
[Cap. 14 Cap. 14] Faltas assimétricas 295
294 ELEMENTOS DE ANALISE DE SISTEMAS DE POTÊNCIA
ou 3V ax = V a + {a + a )V 2
b - a J Z.
2
b f (14.29)
Então 3{V
aX - V ) a2 = (a - a )I Z 2
b f = / V^V/ ( 1 4 J n
k\ =
ki =
4o
(14.26)
e I a v
' Z x +Zi+Z + a 3Z f
PROBLEMAS
e, para uma falta entre duas linhas e terra através de Zf
14.1 Um turbogerador de 60 Hz tem para valores nominais 10.000 k V A e 13.8 kV. Ele é ligado em
Y, solidamente aterrado e funciona com a tensão nominal c cm vazio. Ele está desligado do resto do sistema.
Vai = V
Suas reatâncias são X" = X = 0,15 e XQ = 0,05, p.u.. Determine a relação entre a corrente subtransitória
a2
2
f V
_ (14.27) de linna para uma falta entre linha e terra c a corrente subtransitória dc linha para uma falta trifíísica simétrica.
ki = Z + Z {Z + 3Z )í(Z + Z + 3Z )
{ 2 Q f 2 a f
14.2 Determine a relação entre a corrente subtransitória de linha para uma falta entre duas linhas
c a corrente subtransitória para uma falta trifásica simétrica no gerador do Prob, 1-í.l.
A fig; 14.20c mostra uma falta entre duas linhas através de uma impedância. N a falta,
14.3 Determine o valor em ohms da reatância indutiva a ser colocada na ligação do neutro do gerador
as condições são do Prob. 14.1, a fim de limitar a corrente subtransitória de linlia para uma falia entre linha e terra ao valor
da corrente para uma falta trifásica.
•I a = 0 I
b = -I z . V c = V b - l Zf
b
14.4 Com a reatância indutiva achada no Prob. 14.3 colucada no neutro do gerador do Prob. 14.1,
determine as relações entre as correntes subtransítórias de linha e a corrente subtransitória de linha para
4. k e k guardam entre si as mesmas relações que as correspondentes sem .impedância. Portanto
uma falta trifásico, nas seguintes condições: (ff) falta entre uma linha e ternt, [b) l';iltu tiurc duas iinhasj
ki = ~ki (c) falta entre duas linhas e terra.
•~. IAS Quul o valor em ohms da resistência na ligação do neutro do gerador do Prob. 14.1, que limitaria
Os componentes dc seqüência da tensão são dados por
a corrente subtransitória de tinha para uma falta entre uma linha e terra ao valor cor.i^pondcnte ao de uma
-1 - falta trifásica?
v a0
1 1 Va
. 1 4 . 6 Um gerador cujos valores nominais sãD 10.000 ItVA, 6 , 9 kV, tem as reatâncias A'" = X = 15!
f
I
2
(14.28)
Vi 1 a a 2
v b e X = 5%: Seu neutro está aterrado por meio de um reator dc 0,381 Dhms. Funciona com 6 . 9 IcV em vazio
Q
a
3 e esta desligado do sistema quando ocorre uma falta entre uma linha e terra ein MJUS terminai'». Determine-
Vi 1 a 2
a
a a corrente' subtransitória na fase em que ocorre a falta.
296 E L E M E N T O S D E A N Á L I S E D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA [Cnp. 14
está p a i a SLT ligado a u m sistema de potência. E l e possui, ligado ao seu neutro, u m reator de 0,7 ohms,
a fim de limitar a corrente. Antes de ser 'ligado ao sistema, sua tensão c ajustada para 13,2 k V quando
ocorre u m a falia entre duas linhas c terra .em seus terminais b e c. Determine o valor eficaz da corrente
inicial simétrica na terra e na linha b.
14.B U m gerador de 15.000 k V A , 6,9 kV,")ÍEado cm Y possui reatâncias dc seqüência positiva, negativa
e zero, de 2 5 , 25 e 8 % respectivamente. A fim de reduzir a corrente de curto-circuito, no caso de u m a falta . ESTABILIDADE
DE SISTEMAS DE POTÊNCIA
para n terra, u m a reatância indutiva de 6%, com base nos valores nominais d o gerador, é colocada entre o
neutro e a terra. U m a falta entre duas linhas ocorre nos'termtnaÍs d o gerador quando ele, funcionando c m
vazio, está desligado d o sistema. Determine o valor eficaz da corrente inicial simétrica na linha e no neutro
e as tensões"entrti linhas c entre linhas e neutro, nas seguintes situações: (a) se a falta não envolver o neutro,
(ü) se a falta estiver solidamente aterrada, no instante de sua ocorrência.
14.9 A s reatâncias de u m gerador cujos valores nominais são 10.000 k V A , 6,9 k V , sãD X" = X = 1 5 % 2
e Xo = 5?a. O seu neutro está aterrado p o r ' m e i o de u m reator dc 0,381 D h m . O gerador está ligado a u m
transformador A - Y cujos valores' nominais são 10.000 k V A , 6 , 9 A - 4 4 Y k V , c o m u m a leatãncia de 7,5%.
O neutro do transformador está solldamente aterrado. A tensão nos terminais do gerador é 6,9 k V quando
ocorre u m a falta entre uma linha e terra no lado da alta tensão d o ' t r a n s f o r m a d o r , q u e está em vazio.
Determine o valor eficaz da corrente inicial simétrica em todas as fases do gerador.
14.10 Calcule as correntes subtransítórias em todas as partes d o sistema d a exemplo 14.4, desprezando
a correnle anterior à falta, se esta for entie duas linhas n o todo d a b a i x a tensão d o transformador.
14.11 Repita a Prob. 14.10 para u m a falta entre duas Unhas e terra. ' ií
14.12 U m a falta entre duas Unhas e terra ocorre nas linhas ô e c no p o n t o P do circuito cujo diagrama
unifilar é mostrado na fig. 14.22. Determine a corrente subtransitória n a fase b da máquina 1. Despreze a
15.1 O Problema da Estabilidade. Quando os geradores C A . eram acionados por
corrente anterior à falta. Considere q u e a máquina 2 seja u n i motor"síncrono funcionando c o m a tensão
n o m i n a l . A m b a s as máquinas têm valores de 1.250 k V A , 6 0 0 V , c o m reatâncias X" = X = 1 0 5 e Xo = 4%.
2
máquinas a vapor u m dos maiores problemas de funcionamento era o das oscilações. A variação
Cada transformador trirásico tem para valores nominais de 1.250 k V A , 6 0 0 A - 4 . 1 6 0 Y V , com reatância periódica do conjugado aplicado ao gerador dava origem a variações periódicas n a velocidade.
de dispr—^o de 5%. A s reatâncias da linha de transmissão são X\ = X - 1 5 % e Xo = 5 0 % , numa base dc
2 Estas, resultantes na tensão e na freqüência, eram transmitidas aos motores ligados ao sistema.
1.250 k V A , 4,16 k V . A s oscilações nos motores, causadas pelas variações de tensão e freqüência, algumas vezes
causavam a perda completa do s i n c r o n i s m o , isso se a freqüência de oscilação n a t u r a l d o m o t o r
coincidisse c o m a freqüência da oscilação causada pelas máquinas que acionavam os geradores.
1 T
i T
* 2
De início, foram usados enrolamentos amortecedores, a f i m de rtiinimizar a oscilação p e l a ação
14.14 U m gerador alimenta u m m o t o r através de u m transformador Y - À . O gerador está ligado guando c o m velocidade constante é, logicamente, igual à potência de saída d o m o t o r mais as
do lado Y d o transformador. Unia falta ocorre entre os terminais do m o t o r e o transformador. Os.componcntcs lerdas. Se for aumentada a carga mecânica do motor, ele não poderá alimentar a nova carga
simétricos da correnle que circulam do m o t o r para n falta são J =-0,8 -/2,6p.u., l
o l =-/2,0p.u. c
a2 até que seja aumentada a potência recebida; p o r t a n t o , o m o t o r funcionará mais devagar. A
•4o = -/3.0 p.u.. Do transformador para a falta, temos I = 0,8 - ;D,4 p . u . , I
al = -/I.Op.u. c I
a2 = 0. a3
defasagem entre a tensão interna d o m o t o r e a tensão do sistema aumentará até q u e a potência
Considere, tanto para o motor como para o gerador X% = X . Descreva o.tipo d c falta. Determine (a) a corrente
2
fornecida ao m o t o r seja igual à polência mecânica de saída somada às perdas. E n q u a n t o a
anterior à falia, sc ela existe, na linha a, ( ô ) a corrente na falta, em p . u . c (c) a corrente c m cada Ta*e
do gerador em p . u . .
297
2 iSl
E L E M E N T O S D E A N Á L I S E D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA [Cap. 15 Cap. 15] Estabilidade de sistemas de porência
299
defasagem esti aumentando, o excesso de potência exigida pelo motor suiire a potência de
U m sistema de potência m u i t o simples é constituído p o r um gerador ou m o t o r ligado
entrada, é fornecido pela energia armazenada no campo girante. C o m a diminuição da velocidade
a u m a barra infinita. Quase tão simples é u m sistema que contém apenas duas máquinas síncronas.
do motor, a energia armazenada alimenta parte da carga. Se o motor oscilar e m t o m o do novo U m a vez que, .em geral, as máquinas localizadas e m qualquer p o n t o de u m sistema de potências
ponto de equilíbrio e, eventualmente, chegar ao repouso, a aplicação da carga não terá causado funcionam juntas, costuma-se e m estudos de estabilidade considerar todas as máquinas situadas
a perda de estabilidade. Se o aumento de carga for muito grande ou aplicado subitamente, o em u m ponto como u m a única máquina maior. Freqüentemente, máquinas que não estão
motor poderá perder estabilidade e, nesse caso, dizemos que foi. ultrapassado o limite de realmente ligadas à mesma barra, porém que não estão separadas p o r Unhas de alta reatância,
eswbiiidade. Se a reatância do transformador o u da linha de transmissão entre o motor e a podem ser concentradas e consideradas c o m o sendo uma única. A o estudar o comportamento
fonte de energia aumentar, a probabilidade de manter a estabilidade d i m i n u i , c o m o veremos. de u m a máquina ligada a u m sistema grande, este pode ser considerado c o m o possuindo tensão,
C o m o advento dos reguladores de tensão, tomou-se possível e prática a utilização de e freqüência constantes. T a l sistema é denominado barra mfinita. Portanto, u m sistema de várias
linhas de maior impedância e menor custo, porém o aumento da reatância trouxe para os máquinas pode, muitas vezes, ser reduzido ao sistema equivalente c o m duas máquinas. Os fatores
engenheiros de sistemas de potência. u m problema mais crítico de estabilidade. O rápido que afetam a estabilidade de u m sistema c o m duas máquinas o u a de u m a máquina ligada a
desenvolvimento dos sistemas'de potência após a 1? Grande Guerra foi interrompido apenas u m a barra infinita são os mesmos que,afetam u m sistema c o m várias máquinas. U m estudo,
temporariamente pela depressão dos anos 3 0 , e os sistemas de potência isolados cresceram, bem detalhado de problemas de estabilidade de sistemas c o m várias máquinas está fora do alcance
como a interligação entre eles. O intercâmbio de energia entre diferentes companhias e as linhas desse livro. Analisaremos rapidamente a determinação da estabilidade transitória de u m desses
dc transmissão longas, agora possíveis, constituem um tributo à capacidade dos engenlieiros e m sistemas c o m u m analisador de redes C A . e n u m computador digital. O entendimento da
resolver o problema da estabilidade, a despeito da alta reatância das linhas longas entre as análise p o r qualquer desses processos é facilitado c o m o estudo detalhado do problema de •
fontes tíe energia e as cargas. u m a máquina ligada a u m a barra infinita.. •
0 " A m e r i c a n Institute o f Eléctrical Engineers" define na publicação " A m e r i c a n Standard
Definitions o f Eléctrical T e r m s " a estabilidade e o limite de estabilidade, da seguinte maneira:
1
"Estabilidade, quando usado c o m referência a u m sistema de potência, é o atributo do 15.2 Estabilidade em Rerjima Permanente. E m condições de equilíbrio o c i r c u i t o
sistema, ou de parte do sistema, que lhe permite desenvolver em seus elementos forças restaura- equivalente de u m sistema de duas máquinas pode ser considerado como u m simples quadripólo.
doras iguais ou maiores que as forças perturbadoras, que permitem esUbelecer u m estado de A tensão nos terminais fonte para as condições de equilíbrio é a tensão atrás da reatância
equilíbrio entre os elementos '. 1 síncrona do gerador e a tensão no3 terminais receptor é a tensão atrás da reatância síncrona
' " L i m i t e de estabilidade é o máximo fluxo possível de energia que pode passar por u m
- do m o t o r . A s equações (7.7) e (7.9) foram deduzidas a partir do diagrama de círculo de u m
ponto particular do sistema, quando todo ele ou a parte a que se refere o limite de estabilidade quadripólo para a potência de entrada e de saída do c i r c u i t o . Essas aplicam-se ao sistema de
duas máquinas e dão a potência desenvolvida pelo gerador e pelo m o t o r desde que as tensões
está funcionando de maneira estável".
atrás das reatâncias síncronas das máquinas substituam V e V e as constantes generalizadas
S R
Os termos estabilidade <; limite de estabilidade são aplicáveis tanto ao regime permanente
do circuito incluam o circuito formado pelas impedãncias síncronas das máquinas, bem c o m o
quanto ao transitório. Limite de estabilidade em regime permanente refere-se ao máximo fluxo
o circuito que as interliga. A s equações tornam-se
de potência possível em um ponto particular, sem perda de estabilidade, quando a potência é
aumentada gradualmente. Limite de estabilidade transitória refere-se ao máximo fluxo de
Moton
polência possível em um ponto particular, sem perda de estabilidade, quando ocorre uma
perturbação súbita. Essa perturbação pode ser u m aumento súbito de carga, que poderia se dar
sem perda da estabilidade se Tosse aplicado gradualmente, porém que causa a perda em virtude
da rapidez da aplicação. Freqüentemente, a perturbação para a qual se deseja conhecer o limite
de estabilidade transitória é causado por uma falta o u pelo desligamento de u m a das várias Gerador:
linhas em paralelo, ou ainda pela combinação de uma falta -com seu subseqüente isolamento
por desligamento de parte do sistema. Por estar qualquer sistema sujeito a perturbações Pg = - m cos (fl + 5) + cos (fl - A) (15.2)
transitórias e porque o limite de estabilidade transitória é quase sempre meríor que o de regime
permanente, àquele será dada maior atenção na análise que se segue. E m alguns casos a estabilidade
de regime permanente ao invés da transitória poderá ser o fator limitativo em sistemas sobre- Analogamente, das equações (7.8) e (7.10), a potência máxima desenvolvida pelo m o t o r e pelo
gerador podem ser achadas pelas equações
carregados após o término do período transitório. Uma extensão da programa de computador
digital que determina as oscilações no período transitório pode ser usada para determinar a
estabilidade em regime permanente nesse momento.
fln.max = "T^j T£j c o s
(0 - ) a
O-) 3 3
1
Termos - ~"' -
r
" ' l U O J do " A m e r i c a n Standard Definitions of Eléctrical T e r m s " d o AIEE. 1^1 • l ^ n l ' \D\ • |E. (
Nas equações precedentes, se as tensões forem entre Sendo a resistência desprezível, não existem perdas J R 2
e toda a potência elétrica desenvolvida
linha e neutro obtém-se a potência p o r fase. Se as pelo gerador é recebida pelo motor.
tensões forem trifásicas de linha, a potência será a O fato de desprezar a resistência e a capacitãneia em paralelo resulta, para o m o t o r , n u m
total trifásica. C o m o f o i explicado na Sec. 7.4, se o valor do limite de estabilidade e m regime permanente maior do que o real, c o m o pode ser
circuito contiver qualquer resistência, a potência observado comparando-se as equações ( 1 5 . 3 ) ' e (15.6). A constante B na equação (15.3) é a
máxima de saída do gerador não poderá ser alcançada impedância em^série do circuito e, se a resistência for incluída, \B\ será ligeiramente j n a i o r
pois a máxima potência de entrada do motor será do que o termo 1*1 na equação (15.6). O ângulo fl,.que é o da impedância, é m e n o r que 90°
superada antes de ser atingida a máxima saída do se a resistência É considerada. Esses fatores tornam a potência calculada, considerando a resistência,
gerador. Os diagramas de círculo da potência desen- menor do que a calculada quando a resistência é desprezada, isto é, a omissão de R fornece u m
volvida pelo gerador e pelo m o t o r de u m sistema de resultado otimista. Quando a capacitãneia em paralelo é incluída, a linha de transmissão entre
os terminais gerador e receptor pode ser representada por u m circuito n o m i n a l o u equivalente
duas máquinas são mostradas, na fig. 15.1; os círculos
em II. Para u m circuito f l simétrico as equações (6.20) dão para as constantes generalizadas os
são desenhados para valores iguais de Eg e E m e
valores _
são análogos aos círculos d u gerador e do receptor
Kvare analisados n o Cap. 7. O p o n t o designado p o r /"m.max
capacitiva A=. 1+ — e B = Z
é a máxima potência, que pode ser desenvolvida pelo
Fig. 15.1 Diagramas ds círculo de potência motor. Se o ângulo fi for menor do que 0, qualquer
para o gerador c motor de um sistema de Quando Y é zero, a constante A vale- 1,0/0°, porém quando são consideradas as resistências
carga adicional colocada n o eixo causará o aumento
duas máquinas. e a capacitáncia e m paralelo \A\ é menor do que 1,0 e a é u m ângulo positivo m u i t o pequeno.
de fi. A carga poderá ser aumentada até que fi = 0,
A diminuição de \A{ e o aumento de a têm efeitos opostos na potência máxima. E m geral,
quando o motor estará desenvolvendo a máxima potência. Se a carga n o eixo exigir u m a potência
desprezar a capacitãneia em paralelo conduz a u m resultado pessimista para o limite de
maior do que a desenvolvida quando fi = p\ 5 continuará a aumentar, u m a vez que o m o t o r
estabilidade. N o s cálculos de estabilidade o mesmo critério deve ser usado, no que diz respeito
não poderá manter a velocidade síncrona se sua potência for menor do que a potência que
à inclusão da resistência e d a capacitáncia em paralelo nas análises, c o m o é feito em qualquer
sai para o eixo. O . excesso de potência necessário devera provir d a energia armazenada no
outro t i p o de cálculo. Freqüentemente, o grau de precisão obtido fazendo os cálculos mais
sistema rotativo, c o m a diminuição da velocidade. O aumento resultante de fi acima do valor
exatos não justifica as complicações adicionais que aparecem. N o caso de estabilidade transitória,
de £ faz c o m que a potência desenvolvida seja menor, e a velocidade do motor diminua ainda
a resistência é importante nas oscilações amortecidas e, desprezando-a, obtém-se u m resultado
mais, dando lugar a maiores valores de 6 e a potências ainda menores. O m o t o r perderá
pessimista.
completamente o sincronismo.
O método de aumentar os limites de estabilidade'de regime permanente de u m sistema
N a fig. 15.1 o .ponto designado p o r i ^ m a x ^ a
máxima potência teórica que pode ser é sugerido pela equação (15.6). U m aumento na excitação do gerador o u do m o t o r , o u mesmo
desenvolvida pelo gerador, porém ele não precisa ser considerado no sistema c o m duas máquinas, de ambos, aumenta a potência máxima que pode ser transferida entre as máquinas. Se as
u m a vez que o motor perde o sincronismo quando fi = fl e antes que o gerador esteja desenvolvendo tensões internas forem aumentadas sem aumentar a potência transferida, o ângulo de potência
sua potência máxima. A diferença entre as potências desenvolvidas pelo m o t o r e pelo gerador 6 diminuirá, como mostra a equação (15.5). Qualquer redução da reatância do c i r c u i t o aumenta
para qualquer ângulo fi é a potência perdida no circuito de ligação. o l i m i t e de estabilidade. Se a linha de transmissão c o n t r i b u i significativamente para a reatância
Se a resistência for desprezada, o diagrama de impe- total do sistema, u m aumento do limite de estabilidade pode ser obtido usando-se duas linhas
dãncias de seqüência positiva será o mostrado nafig.15.2, paralelas. A sua instalação aumentará também a segurança do sistema, u m a vez que u m a
onde X inclui as reatâncias síncronas do gerador c do m o t o r continuará a transportar energia quando ocorrer u m a falha na outra. Capacitores c m série vêm
em p . u . b e m como as reatâncias do circuito de ligação. sendo usados nas linhas para melhorar a regulação de tensão. Proporcionam o aumento do
Sendo desprezíveis a resistência e a reatância e m paralelo, limite de estabilidade pela diminuição da reatância da linha.
as constantes generalizadas do circuito serão:
Fig. 15.2 Diagrama de impedãncias de
15.3 Estabilidade Transitória — Recordação de Mecânica. A análise de qualquer sistema
seqüência positiva dc um sistema com A = 1/0° B = 1*1/90° C = 0 D = 1/0°
duos máquinas. de potência c o m o objetivo de determinar a estabilidade transitória envolve algumas propriedades
mecânicas das máquinas do sistema, u m a vez que após u m a perturbação qualquer as máquinas
Quando essas constantes forem substituídas nas equações (15.1) e (15.2) a potência transferida
devem ajustar os ângulos relativas de seus rotores, a fim de cumprir as condições , impostas de
entre as máquinas será |^j . j
transferência de potência. O problema é tão mecânico quanto elétrico e certos princípios
P = •sen fi (15.5)
mecânicos devem ser lembrados c o m clareza quando o problema for analisado. A tabela 15.1
Analogamente, das equações (15.3) e (15.4), a máxima potência transferida é dá as grandezas que aparecem nos problemas ligados c o m a mecânica do m o v i m e n t o linear
(ou translação). A s grandezas correspondentes para a rotação são também mostradas. A s relações
^max - . m
(15.6) para os sistemas rotacionais aplicam-se na solução de problemas de estabilidade transitória e
302 ELEMENTOS DE ANÁLISE D E SISTEMAS DE POTÊNCIA [Ca . 15 Cap. 15] Estabilidade dc sistemas dc potência
P
303
podem ser visualizadas por comparação c o m as relações .para os sistemas de translação,- mais Seja ^ _ energia armazenada em megajoules
conhecidas.
Potência nominal em megavolt-ampêre
Tabela 15,1 Comparação das Grandezas Usadas em Mecânica, para Rotação e Translação e G = Potência nominal c m megavolt ampère
Então GH = Energia armazenada e m megajoules
Translação Rotação.
Da equação (15.7)
Sím- Sím-
Grandeza Equação Unidade Si Grandeza Equação Unidade SI
bolo bolo Energia armazenada = - y / w 2
= AÍÚJ (15.8)
Força F F = nia Newton Cpnjugado T T-= Fr = Newton metro A grandezaií possui u m campo de valores relativamente pequeno para cada tipo'de máquina,
= Ia ou joulc/radiino independentemente de seus valores nominais de potência e velocidade. E r a 1 9 3 7 , o Subcomitê
de Interconexões e Fatores dc Estabilidade da A I E E ' apresentou u m a tabela de valores médios
Quantidade M' M' - mv Newton- Quantidade M M = Jüi Joule-segundo/ ãsH, reproduzida aqui na tabela 15.2 e nas figs. 15.3 e 15.4.
de movimento segundo de movimento radiano
angular <45
&».
c
K . E . = \lu jouics (15.7)
rc
2
EJ
*-
C
expressão análoga a \}2mv , que c a energia cinética dc translação. Sendo w dado em radianos
2
u 40 60 B0 10
20
por segundo, a equação (15.7) mostra que o m o m e n t o de inércia por ser expresso emjoule-segundo 1 M V A N o m l n n l rio aGrodo
ao quadrado por radiano, ao quadrado, de onde deduz-se que a unidade para a quantidade de 0 20 A0 60 .80 100
M V A N a m l n a l d a gerador
movimento angular é joule-segundo por radiano. A energia armazenada c m uma máquina elétrica Fig. 15.4 Constantes de inércia dc geradores hi-
é expressa de maneira mais conveniente em megajoules e os ângulos em graus. Nessas condições, Fig. 15.3 Constantes de inércia de um turbogéra- dráulicos do tipo vertical, incluindo uma tolerân-
a quantidade de movimento angular M resulta em megajoules-segundo por grau elétrico. Quando dor dc grande porte a vapor, incluindo a turbina. cia de 15% para a roda hidráulica. (A) 450 a
(A) 1,800 rpm, com condensação; fB) 3.600 rpm 514 rpm; (D) 200 a 400 rpm; (C) 138 a 180 rpm;
M é calculado a partir de Ju, c o m ui determinado pela velocidade síncrona da máquina, M
ram condensação; (C) 3.600 rpm sem condensa- (D) 80 a 120 rpm. (Dados publicados na revista
recebe o nome de constante de inércia. Esta prática de provocar confusão c o m u m a outra ção. Orados publicados na revista "Eléctrical En- "Eléctrical Engincering". vol. 56. pg. 268, fevereiro
grandeza, simbolizada p o r // é lambem chamada de constante de inércia. Esta é definida como gincering", vol. 56, pg. 268, fevereiro dc 1937). de 1937).
sendo a relação entre a energia armazenada na máquina na velocidade síncrona em magtrjoules
,e a potência nominal em megavolt-ampèrc. Assim, a relação enlre M e // é deduzida, ás seguinte AIEE - Subcommitee on Intcrconnection and Stability F a c i o r s , First Iteporl o f P o w e r System S t a b i i i t y ,
maneira: Publicado pela revista "Eléctrical Engineuring", v o l . 5 6 , pgs.. 2 6 1 - 2 8 2 , fev. lií.17.
304 E L E M E N T O S D E A N Á L I S E D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA [Cap. 15 Cap. 15] Estabilidade de sistemas d c potência 305
Tabela 15.2 Constante de Inércia de Máquinas Síncronas* e T é positivo, indicando aceleração, quando 7^ for m a i o r do que T . Quando a mesma equação
a e
_. Constanlc de inércia H for usada para m o t o r c o m ambos os conjugados negativos, indicando entrada de energia elétrica
l l p
° em M J / M V A e saída de energia mecânica, T será positivo, indicando aceleração quando T f o r maior do
a e
Turbogeradores Veja fig. 15.3 que T . Para a potência de aceleração teremos u m a equação semelhante, isto é,
s
Grandes 1,25 onde P é a potência no eixo e P a potência elétrica desenvolvida pelo gerador. Para u m m o t o r
s e
Pequenos 1,00 P é a diferença, c o m sinal negativo, entre a potência elétrica de entrada e as perdas elétricas
e
as perdas p o r rotação (atrito mecânico, ventilação c perdas no. núcleo, incluindo perdas F o u c a u l t
• Dados publicados p o r "Eléctrical E n g i n e e r i n g " , fevereiro de 1 9 3 7 , pag. 266 no enrolamento amortecedor) P será a soma, c o m sinal negativo, d a potência no eixo c o m
s
t Refrigerados c o m hidrogênio, 2 5 % a menos as perdas rotacionais do m o t o r e, para o gerador, P será a potência n o eixo menos as perdas
s
rotacionais.
Sendo a potência igual ao p r o d u t o do conjugado pela velocidade angular, teremos
Conhecendo-se o valor de WR 2
da máquina 1
incluindo a partida do gerador e a carga ligada
P = T ta = Ja£ü = Ma (15.15)
n o m o t o r , H pode ser detenrünado da seguinte maneira:
a B
D a equação (15.7) usando unidades inglesas, ohtemos A potência dc aceleração P será dada e m megawatt se M estiver em megajoule-segundo p o r
a
H . ™ / 32.2 L 60 J
em relação ao eixo de referência que gira c o m velocidade síncrona. Se fi f o r o deslocamento
angular a partir do eixo de referência rotativo, dado e m graus elétricos, e c j j f o r a velocidade
M V A nominal
síncrona em graus elétricas p o r segundo, teremos
a . 23i x i ^ « W (1 s. ) l2 8 = ut s + 5 (15.17)
M V A nomuial
Derivando em relação ao tempo, obtemos
Quando várias máquinas situadas n u m mesmo p o n t o forem consideradas como u m a única, esta de dB
terá u m valor nominal igual à soma dos valores nominais das diversas máquinas, consideradas
como em funcionamento simultâneo durante o período transitório. A constante de inércia M
Derivando novamente
da máquina equivalente será a soma das constantes da inércia das diversas máquinas.
I F - I F (15.19)
15.4 Equação de Oscilação. Se o conjugado causado p o r atrito mecânico, ventilação
e pelas perdas no núcleo for desprezado, qualquer diferença entre o conjugado mecânico e o Das equações (15.15), (15.16) e (15.19) obtemos
conjugado eletromagnético deve provocar aceleração o u desaceleração n a máquina. Sc T for s
desde que o limite de estabilidade transitória não seja ultrapassado. O princípio pelo q u a l é
depende d o ângulo entre cada uma e o eixo síncrono rotativa de referência.
determinada a estabilidade sob condições transitórias, sem recorrer à solução d a equação de
A quantidade de movimento angular M de u m a máquina não é constante u m a vez que
oscilação é chamado dc critério de igualdade de áreas para a estabilidade. Esse critério, e m b o r a
a velocidade angular varia, porém poderá ser considerada como t a l , desde que a velocidade da
não aplicável a u m sistema c o m muitas máquinas, auxilia o entendimento de c o m o certos
máquina não difira muito da velocidade síncrona, a menos que- seja ultrapassado o limite, de
fatores-influem na estabilidade transitória de qualquer sistema.
estabilidade. A constante de inércia (também designada p o r Aí) é realmente constante porque
A dedução do critério de igualdade de áreas é feito para u m a máquina e u m a barra m f i n i t a ,
é definida c o m o a quantidade de movimento angular na "clocidadc síncrona. N a solução da
podendo ser adaptado para u m sistema c o m duas máquinas. A equação de oscilação para a
equação, a potência mecânica P é considerada constante. Para u m gerador, essa hipótese é
s
Para u m m o t o r , a carga permanece constante u m a vez que a velocidade não varia apreciável-
mente, a menos que seja perdida a estabilidade. A potência elétrica P é dada pelas equações
e
*|í£"«-ft>£ . 05.24,
(15.1), (15.2) o u (15.5). A reatância transitória é usada para determinar as constantes generalizadas
0 primeiro membro da equação (15.24) pode ser reescrito obtendo-se 1
da circuito nas equações (15.1) e (15.2) e para detenrunar A ' para a equação (15.5), quando
a resistência é desprezada. A reatância transitória é o melhor valor que se pode usar porque
o rotor da máquina está constantemente mudando sua posição e m relação à força magnetomotriz
l ^ - É f ^ . C15 . )
25
M
0- ~ '~
d
p
sen õ (15.21)
o u , d a equação (15.6)
(15.22) onde Eu í o ângulo de potência quando a máquina está funcionando de m o d o síncrono antes
'w
M
= ** - ™**
p sen5
da ocorrência da perturbação, quando d5/dt = 0. O ângulo S deixará de variar e a máquina
Para u m sistema c o m muitas máquinas e, conseqüentemente, c o m várias equações de novamente funcionará c o m velocidade síncrona após a perturbação, quando d5/dt = 0 o u quando
oscilação, não tentaremos achar a solução formal da equação. Se o estudo for feito c o m u m
computador digital o u c o m u m analisador de redes c o m elementos auxiliares de cálculo, é 5 2
^ " f g )
dô = 0 (15.28)
necessário achar a solução ponto p o r ponto. Mesmo para a caso simples de uma máquiv.a e fi0
M
bem como um gráfico de fi.em função do tempo, chamado de curva de oscilação. Se essa curva na primeira vez que dòjdt fica igual a zero, porém o lato de que fi d e i x o u momentaneamente
indicar que o ângulo 6 começa a decrescer após atingir o valor máximo, considera-se, e m geral, de variar pode ser tomado como indicação de estabilidade, o que corresponde à interpretação
que o sistema não perde a estabilidade e que as oscilações de fi em torno d o p o n t o de equilíbrio de que a curva de oscilação indica estabilidade quando o ângulo 5 atinge o máximo e começa
dt dt
transitória, mostra que 5 oscila em torno do ponto de cquüíbrio c o m amplitude constante,
3UB ELEMENTOS DE ANÁLISE DE SISTEMAS DE POTÊNCIA [Cap. IS Cap. 15] Estabilidade de sistemas dc potência 309
ela é deduzida das equações (15.5) e (15.6), onde |£^| é a tensão da barra infinita, \E \ m A posição variável do m o t o r síncrono, oscilando em relação à barra i n f i n i t a pode ser
é a tensão atras da reatância transitória do m o t o r visualizada p o r u m a analogia. Considere u m pêndulo oscilando e m torno de u m ponto fixo
e X é determinado a partir da reatância transitória em u m a estrutura estacionaria, c o m o mostra a fig. 1 5 . 6 J . OS pontos a e c são os p o n t o s máximos
do m o t o r somada à reatância d o transformador e do m o v i m e n t o ascilatório em relação ao ponto de equilíbrio b, O amortecimento tenderá a
sen o 5 da linha, se existir, entre o m o t o r e a barra infinita. levar o pêndulo a u m a posição de repouso em b. Imagine u m disco girando n o sentido horário
A p r i n c i p i o , o m o t o r está funcionando c o m em t o r n o do mesmo eixo d o pêndulo, c o m o mostra a fig. I 5 . 6 i , e superponha o m o v i m e n t o
velocidade síncrona, c o m u m ângulo de potência 6o, do pêndulo ao m o v i m e n t o d o disco.
sendo a potência mecânica de saída P 0 igual à
potência elétrica de entrada P , correspondente a 5 .
e 0
fi.
Tabela 15.3 Condições Variáveis em um Motor Síncrono
Quando a carga mecânica é aumentada subitamente,
K 180°
Oscilando em Relação a uma Barra infinita Devido a um Súbito Aumento de Carga.
de m o d o que a potência de safda seja P , maior do s
0 s
ser armazenada no sistema através de u m aumento na energia cinética acompanhando u m mínimo aumentando aumentando mínimo
aumento n a velocidade. E n t r e os pontos b ec, c o m o aumento de 5, a velocidade está aumentando
até ser alcançado o sincronismo n o ponto c, onde o ângulo é fi . N o p o n t o c, P m e é ainda De b para c '. CJ < CJj Aumentando P >P
e s If < W . s Aceleração
crescente aumentando aumentando
maior do que f, e a velocidade continua a aumentar, porém 8 começa a diminuir tão logo a
velocidade do m o t o r exceda a velocidade síncrona. O máximo valor de 5 é 5 n o p o n t o c.
m
No ponto c QJ = GJj 5 = fi m Pe>/ S
If = ICj Aceleração
Com o decréscimo de 5 o p o n t o b é alcançado c o m a velocidade acima da velocidade síncrona, crescente máximo máximo aumentando
e 5 continua a decrescer até que seja alcançado o ponto a. O m o t o r está novamente funcionando
em velocidade síncrona e o ciclo se repete. De c para h tü > tOf Diminuindo P >P
e s If > Ifj Aceleração
crescente" diminuindo aumentando
O m o t o r oscila em torno do ângulo de equilíbrio fi, entre os valores 5 e S . Sc houver 0 m
amortecimento, a oscilação decresce e obtém-se u m funcionamento estável e m 5 . \ tabeia 15.3 Mo ponto b W > 0% 5 = fis P = P
e s If > ffj
S
\ áreas, relativo à estabilidade transitória, pode ser aplicado a outras perturbações que não as
causadas pelo súbito aumento da carga de u m motor. V a m o s analisar algumas das perturbações
f
f mais importantes.
7 \
F i g . 15.7 Potência elétrica de entrada de u m m o t o r
-ÍHO
F i g . 15.8 Potência elétrica de entrada dc u m m o t o r Berra infinito
em função do ângulo de potência, para u m aumento (a) Diagrama unifilar
em função do ângulo dc potência para o máximo
brusco de carga, tal que A 2 <-A\ aumento brusco de carga sem perda de estabilidade
ríWiTi
(15.29)
(15.30) F i g . 15.9 Diagrama unifilar e diagramas de impedância de seqüência positiva de u m gerador fornecendo potência
a uma barra infinita através de dais transformadores nos terminais opostos de duas linhas de transmissão
:
e m paralelo.
Ar - A- dS (15.31)
Quando u m gerador estiver fornecendo energia a u m a barra infinita através de duas linhas
de transmissão em paralelo, a abertura de u m a das linhas pode fazer c o m que o gerador perca
Ai -A 2 = J 5o
m
(P -P )dS
s e
(15.32) o sincronismo, mesmo quando a carga pode ser alimentada pela linlia remanescente em regime
permanente. O diagrama unifilar desse sistema é mostrado na fig. 15.9o; na fig. 15.90 é mostrado
o diagrama de impedãncias de seqüência positiva. Quando uma das linhas é aberta, o diagrama
A equação (15.28) é satisfeita e dS/dt = 0, quando A - A . O ângulo de potência máximo
x 2
de impedância de seqüência positiva transforma-se no da fig. 15.9c. A abertura da linha aumenta
5 está situado graficamente de m o d o a ter-se A igual aAj.Um estudo da tabela 1 5 3 mostra
m 2
a reatância entre o gerador c a barra; o aumenta de reatância significa que o ângulo de potência
que a energia perdida c o m a desaceleração do motor e c o m o aumenta de 6 até 6 , é recuperada
deverá aumentar também, a f i m de poder transferir pelo .sistema a mesma potência de antes
S
quando b é alcançado.
m
da abertura da linha. O gerador é,acelerado porque a potência de safda reduzida, resultante
A fig. 15.7 representa u m a carga bruscamente aplicada, maior do que a mostrada na
do aumento de reatância, 6 menor que a potência de entrada, sendo que a aceleração aumenta
na fig. 15.5. A área A acima de P , sob a curva P é menor do que A, e dS/di não è zero
2 s e
o. ângulo de potência. A s curvas da potência de saída, em função do ângulo de potência, são
para 5 = & . Portanto, 6 continua a aumentar após 5 = 5 . Novamente, P toma-se menor do
x X E
mostradas na fig. 15.10, para o circuito duplo c para o simples; P s é a potência mecânica de
que P , O ângulo fi continua a aumentar além de ôv e não existem forças restauradoras. O
s
entrada para o gerador. Quando u m a linha é aberta, a potência de saida d i m i n u i .do ponto
sistema só será estável se uma área A = A puder ser colocada acima de P . Isso constitui o
2 x s
determinado pela ordenada fi 0 e pela curva superior, para o p o n t o determinado pela mesma
critério da igualdade de áreas. A fig. 15.8 mostra o incremento máximo permitido para a potência
ordenada e pela curva inferior. O excesso entre a potência de entrada e a de saída causa a
bruscamente aplicada a u m m o t o r que inicialmente fornece uma potência P . U m a carga aplicada Q
aceleração que, por sua vez, resulta n u m aumento do ângulo de potência, _que oscila entre
bruscamente, maior do que a mostrada na figura, não permitirá que o ângulo de potência deixe
fio e fi em volta do valor de equilíbrio S , como é determinado p e i o critério da igualdade
de aumentar antes que a potência de entrada tome-se menor do que a potência necessária, m s
uma vez que a área acima de P será menor do que A . de áreas. Quando P s aumenta, poderá haver u m valor dc P s c o m o qual serão determinadas
s x
áreas >u,ns para .-1, e , ou seja, quando fi ^ estiver na intersecção de P com a curva inferior
r s
312 E L E M E N T O S D E A N Á L I S E D E S I S T E M A S D E 1'OTÊNCIA I..,: 15 Cap. 15 J Estabilidade de sistemas dc potência 313
do gerador para a barra, através da Ünha remanescente. A fig. 15.12 mostra a aplicação do ri^mas sen 6 é a potência transmitida durante a falta e r P 5 é a potência transmitida
2 müX
s e n
critério da igualdade de áreas. A curva superior mostra a variação da potência cm função do após ter sido isolada a falta p o r desligamento n o instante em que 5 = 5 . Os termos /•] e r C 2
ângulo de potência antes da ocorrência da falta. são relações, respectivamente, entre a potência máxima que pode ser transmitida durante e
Durante a falta, não há transferência de potência. após a falta e a potência máxima que pode ser transmitida antes da falia. Para o caso ilustrado
A o isolar a falta, para fi = 5 , a potência transmitida
C na fig. 15.14, fi é, evidentemente, o ângulo crítico de isolamento, uma vez que A
c torna-se 2
pelo circuito remanescente é indicada pela curva igual a Ai para o ângulo de potência correspondente à intersecção de P c o m r P sen 5 . s 2 mgx
inferior. O ângulo máximo de oscilação é fixado A potência transmitida durante a falta ajuda a reduzir o valor de / 1 , para qualquer ângulo (
pela condição de igualdade entre A e A . t G 2 considerado. Então, valores menores de ^ resultarão c m maiores perturbações d o sistema, já
isolamento da falta ocorrer mais tarde do que n o que a potência transmitida durante a falta será pequena.
caso ilustrado na fig. 15.12 (istoé, para um fi maior), c Ordenando as faltas por ordem crescente de gravidade
poderá ser impossível fazer a árcay4 , acima d e / j ,
3 (r P
t msxdecrescente) teremos
a foi to igual a Ai, e o sistema perderá a estabilidade.Portanto,
para qualquer valor de P haverá u m ângulo crítico de 1. Entre u m a linha e terra
s
F i g . 15.12 Critério da igualdade dc área apli- isolamento e, a menos que a falta seja isolada antes 2. Entre duas linhas p.
1
cado a uma falta trifásica isolada do sistema, 3 . Entre duas linhas e terra sen 5
que o ângulo de potência se t o m e igual'ao ângulo
pela abertura de uma das duas linhas c m para- 4. Trifásica • sen 6
crítico, a máquina perderá o sincronismo. Vemos,
lelo. Durante u falta, não há transmissão de
potência. pela fig. 15.12, que para valores maiores de P , será s
A falta entre u m a Unha e terra é a mais freqüente,
necessário isolar ou cortar a falta mais rapidamente, sendo a trifásica a mais rara. Para u m a maior •segu-
a fim de que o funcionamento se mantenha estável. rança, os sistemas devem ser projetados para a estabi-
Quando ocorre uma falta trifásica em u m ponto de u m a linha de circuito duplo que não lidade em regime transitório, com- faltas trifásicas
Fig. 15.14 Critério da igualdade de área a p l i -
esteja nas barras em paralelo o u nos terminais das linhas, existe u m a certa impedância entre., nas piores posições. Se isso for impraticável p o r cado ao isolamento de u m a falta c o m trans-
as barras e a falta. Portanto, será transmitida uma certa potência enquanto durar a falta. Qualquei razrês econômicas, a segurança pode ser ' .crificada, missão de potência durante a falta.
322
ELEMENTOS D E ANÁLISE DE SISTEMAS D E POTÊNCIA Cap. 15 1 Estabilidade ile sistemas de potência 323
[C:ap
0,30 1,22 -0,22 -1,98 3,70 circuito após a operação de interrupção. A potência de aceleração é a diferença entre a nova leitura
0,35 1,23 76,3
-0,23 -2,07 1,63 de P para cada máquina e o valor constante dc P , A variação da posição angular c m relação à
0,40 1,24 80,0 e s
-0,24 -2,16 -0,53
0,45 1,24 81,6 posição de sincronismo é então calculada para cada máquina no intervalo de tempo escolhido de
-0,24 -2,16 -2,69
0,50 1,23 81,1
-0,23 -2,07 -4,76 acordo c o m a equação (15.47). O cálculo pode ser feito à mão o u c o m o a u x i l i o de u m pequeno
78,4
0,5S computador digital. Os geradores que representam cada máquina no analisador são ajustados
1,20 -0,20 -1,80
0,60 -6,56 73,6 para concordar c o m as novas posições dos rotores. A potência P é lida novamente para cada
1,15 -0,15 -1,35 e
Tabela 15.6 Cálculo da Curva de Oscilação para Falia Isolada em / = ü,075 s. A potência de saída é lida no analisador para cada gerador, sendo os valores levados ao computador
que então calcula e imprime os novos ângulos respectivos. Quando o ângulo de cada gerador
t. s (Ar) estiver ajustado nos novos valores, um novo conjunto dc potências dc aceleração é lido e levado
Pa
2
A5„,
M graus ao computador. A não ser pelo fato de que os ângulos são calculados pelo computador, o
graus
processo p o r etapas é o mesmo, embora o computador ofereça a possibilidade de métodos
0- 1,0 0,00
0+ 35,2 mais elaborados para o cálculo de fi em cada etapa.
0,242 0,758
0 médio 0,379 35,2 Os computadores digitais podem substituir inteiramente os analísadores dc ícde C A . na
3,41 3,41
0,05 0,262 0,738 35,2
6,64 10,05 38,6 determinação das curvas de oscilação, de uma maneira de fácil entendimento quando comparado
0,10 0,94 0,06 0,54 10,59 48,7 com o caso anterior. U problema divide-sc cm duas partes: u m a é o cálculo da potência de
0,15 1,08 -0,08 aceleração de cada máquina; a outra c a obtenção da variação do ângulo de cada máquina em
-0,72 9,87
0,20 1,17 -0,17 59,3
-1,53 8,34 um pequeno intervalo de tempo. Comparando l' c i\, para cada máquina (seja P , determinado
0,25 1,22 -0,22 69,2 s L
-1,98 6,36 por u m computador digital ou lido mim analisador) ohtemos a potência dc aceleração de cada
0,30 1,24 -0,24 7H.2
0,35 -2,16 4,20
1,25 -0,25 84,5 máquina para o ângulo de potência no começo do intervalo. I'ata o cálculo úcP no computador,
-2,25 1.95 88,7
e
por outros métodos numéricos. 0 problema ainda exige uma solução por etapas, suiuio o o ângulo crítico. Portanto, o aumento de P max aumenta o tempo crítico e a probabilidade de
objetivo da programação o de obter a máxima precisão c o m o mínimo tempo de máquina. manter a estabilidade.
O método iterativo para o cálculo da potência de saída de cada máquina consome algum tempo, Reduzindo a reatância d a linha de transmissão obtemos o mesmo efeito que conseguida
a menos que os intervalos sejam pequenos. A s aproximações numéricas mais precisas da variação pelo aumento de Pmax- A compensação da reatância da l i n h a feita c o m capacitores em série ê
do ângulo de potência durante u m intervalo só se justificam se forem grandes os intervalos um m o d o econômico de aumentar a estabilidade de linhas c o m mais de 3 0 0 k m . U m procedimento
adotados. Os cálculos não iterativos. das potências de saída após a redução do circuito parecem comum para reduzir a reatância é aumentar o número de linhas e m paralelo entre dois pontos.
ser vantajosos quando são considerados intervalos grandes. 1
Nessas condições, parte da potência é transferida gela l i n h a restante mesmo durante u m a falta
U m a vantagem fundamental d o cálculo digital sobre o feito no analisador é que não é trifásica em u m a das linhas, a menos que a falta se p r o d u z a e m u m a das barras. E m outros
necessário a intervenção humana durante o cálculo. Outra vantagem é a velocidade. Num tipos de falta em u m a línhá, é transferida mais potência durante a falta se houver duas linhas
computador de grande portô, u m cálculo de estabilidade transitória n u m sistema c o m 16 em paralelo, d o que por u m a única Unha. C o m mais de duas linhas e m paralelo, a potência
geradores, 71 barras e 89 linhas, levou 16 minutos. O mesmo estudo levou 4 horas num- transferida durante a falta é ainda maior. A potência transferida é subtraída da potência de
analisador de redes. Outras vantagens do computador são a sua disponibilidade para u m estudo
2
entrada, a fim de se obter a potência de aceleração. Portanto, o aumento da potência transferida
isolado, a possibilidade de enviar os dados de entrada a u m centro de cálculo para serem durante a falta significa menor potência de aceleração para a máquina e, p o r conseguinte, maior
processados p o r pessoal não especializado e a supressão de erros humanos n o registro dos possibilidade de manter a estabilidade.
resultados. Obviamente, quanto mais rápido u m a falta for isolada do sistema, m e n o r será a perturbação
causada. Já f o i dito que existe u m tempo de isolamento crítico antes d o qual os disjuntores
15.9 Alguns Fatores que Afetam a Estabilidade em Regime Transitório. Além do tipo devem operar para manter a estabilidade. O uso de disjuntores de alta-velocidade nos sistema?,
de falta e sua localização, que e ^ o fora do controle, do projetista, existem outros fatores que de potência aumentou em m u i t o a estabilidade e p o r outro lado reduziu a necessidade de serem
afetam a estabilidade transitória e que podem ser alterados, a f i m de elevar o limite de estabilidade feitas outras modificações de projeto a f i m de assegurar o funcionamento estável do sistema.
transitória. O exame da equação (15.47) indica que u m aumento d a constante de inércia Aí da Entretanto, não deixa de ser importante, tanto para o projetista c o m o para os operadores,
máquina reduz o ângulo em torno d o qual ela oscila durante u m intervalo qualquer, o que compreender as razões que levam à perda de estabilidade, b e m c o m o o procedimento para
permite dispor de mais tempo para a ação dos disjuntores a fim de isolar a falta antes que a preveni-la.
máquina atinja o ângulo crítico. Nessas condições, u m aumento de M fomece u m meio de
aumentar a estabilidade que, porém, p o r motivos econômicos não tem sido m u i t o usada.
Os métodos mais utilizados são:
1. A u m e n t o da tensão d o sistema
2. Redução das reatâncias em série por meio de linhas paralelas
3 . Uso de disjuntores de alta velocidade, inclusive os d o tipo de refechamento
C o m o mostra a equação (15.6) P max é aumentado quando se eleva a tensão interna da
máquina o u a tensão da barra infinita à qual a máquina é ligada através de u m a reatância. PROBLEMAS
Para u m a dada potência no eixo, o ângulo de potência inicial 5 D diminui c o m o aumento dé
^max c o m o mostra a equação (15.42). O exame da fig. 15.14 mostra que todas as três curvas 15.1 Um circuito n nominal que representa uma linha de transmissão trifásica, apresenta as seguintes
de potência deslocam-se para cima c o m o aumento de P , max resultando n u m S menor, n u m
a constantes:
5 m maior e numa maior diferença entre 6 e 6 . Portanto, o aumenta da potência máxima
0 C A = D • 0,980/0,3°
permite à máquina oscilar c o m u m ângulo maior em torno da posição original, antes de atingir B = 81.5/76.0° ohms
C = 0,0005/90° mito
textos sobre análise numérica desenvolvem métodos dc solução dc equações diferenciais de segunda ordem. Determine o limite dc estubdidade cm regime permanente da linlia se | t ' j | c l l ^ l forem mantidos constantes
O método Rungc-Kuda é recomendado c também c apresentado um exemplo no artigo "TJic. Solution oí em 110 kV. Qual será esse limite se a admitãncia em paralelo for considerada nula? E se. além disso, for
Stability Problems Üy Means of Digital Computcrs" por D. L. Johnson c J.B.Waxd, trans. AIEE, vol. 75, desprezada a resistência cm série'!
parte III, pgs. 1321-1329-1956. Para a análise de programas veja "Transient Stability Studies, Part. III
Improved Computational Tedmiques" por L . J . R i n d t , R.W.Lone c R.T.Bycrly Trans AIEE vol 78 15.2 Um turbogerador dc quatro pólos, 20.000 k V A , 13,2 k V , 60 Hz, tem uma constante dc inércia
parte III, . lb/3-1677, 1959.
P £ S
H = 9,0 kW.s/kVA. Determine a energia cinética armazenada no rotor na velocidade síncrona. Determine a
.u-ctemção se a entrada, menos as perdas por rotação, for de 26.800 HP c a potência elétrica desenvolvida
Esse estudo c o programa usado são analisados em " A New Digital Transient Stability Program" por de 10.000 kW.
M. i . Dyrkacz c D. G. Lewis, Trans. AIEE. vol. 7B. parte III, pgs. 913-919, 1959. Um outro programa eom 15.3 Se a aceleração calculada para u çenidar do Prob. 15.2, for mantida constante por um período
«fa geradores e anahsado em " A Digital Transient Stabdity Program Inctuding thc Effucts of Regulaloi dc 15 ciclos, determine a variação do ângulo dc potência nesse penQdo. bem como os rpm ao final dos
Excitei and Governar Response" por M. S. byrkaez, C. C. Young e F. J . Maginniss, Trans. AIEE, vol. 79, 15 ciclos. Considere o gciador sincronizada eom um gran:ie sirterna e também que não exista conjugado
parte Ilt, pgs. 1245-1257, 1960.
de aceleração antes de Lomeçar a período de 15 ciclos.
326 E L E M E N T O S D E ANÁLISE D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA ÍCap. 15
15.4 O gerador dc Prob. 15.2 está fornecendo a polência nominal c o m u m faior de polência 0,8 em
atraso, quando uma falta reduz de 5 0 % a polência elétrica de safda. Determine o conjugado de aceleração
no instante da ocorrência da f a l i a . Despreze as perdas e considere que a potência mecânica fornecida é constante.
15.5 U m motor está recebendo de u m a barra infinita u m a polência de 2 5 % da que ele pode receber.
Se for dobrada a carga do m o t o r , calcule o máximo valor de 5 durante a oscilação dú motor cm torno de
sua nova posição de equilíbrio.
aparente nominal.
15.a U m gerador está fornecendo a potência nominal de 1,0 p.u. á unia barra infinita através de u m
circuito inteiramente reativo, quando- ocorre u m a falta que reduz a máxima potência de saída a 0,4 p . u . .
Antes da ocorrência da falta, a potência máxima que pode ser transmitida é 2,0 p . u . e, após • seu isolamento,
1,5 p . u . . Se o isolamento da falta ocorrer em 4,5 ciclos, esquemalizc a curva de oscilação desde i = 0 até
f = O.SOí, para intervalos de 0,05s. Considere H = 7,0 M J / M V A .
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330 E L E M E N T O S D E A N A L I S E D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA Apêndice A Apünilice A E L E M E N T O S D E A N Á L I S E D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA 331
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E L E M E N T O S D E A N Á L I S E D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA 333
332 E L E M E N T O S D E A N Á L I S E D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA Apêndice A
5epanç5o
1 2 3 4 5 6
Polegadas
PM 3 t
10 11 Xd X x
1
X
Xd Xd 2
a
-.0737 ..0532 -.0411 -.0326 . .0260 .,0206 (não - corrente tcnsã"o tensão corrente corrente
-.0160 .,0120 -.0085 .,0054 ..0026
0 ,0024 .0046 ,0066 nominal nominal nominal
,0085 ,0103 ,0120 .0136 .0152 .0166 .0180 .0193 saturado) nominal. nominal
.0206 .0218 ,0229 ,02-11 .0251 .0262 ,0272 ,0282 ,0291 .0300 ,0309 .0318
.0326 .0334 .0342 .0350 .0357 .0365 .0372 ,0379 .0385 ,0392 .0399 ,0405 Geradores dc dois 1,20 1.16 0,15 0,09
•1 ,0411 ,0417 .0423 ,0429 ,0435 .044! 0.03
.(UJ6 .0452 .0457 ,0462 .04 67 .0473 - 'd .
5 ,0473 ,0482 ,0487 ,0492 ,0497 ,0501 pólos para-turbinas 0,95 - 1 , 4 5 0,92 - 1,42 0,12-0,21 0,07-0,14
x
0,01 - 0,08
,05 06 ,0510 ,0515 ,0519 .0523 .0527
6 .0532 .0536 .0540 ,0544 ,0548 .0552 .0555 ,0559 .0563 . ,0567 ,0570 ,0574
7 .0577 ,0551 ,0584 ,0556 ,0591 ,0594 ,0598 ,0601 .0604 ,0608 .0611 .0614 Geradores dc quatro 1,20-* 1,16 0,23 0,14 0,08
S .0317 1,00 - 1 , 4 5 0,92 - 1 , 4 2 • =X'J .
9 pólos para turbinas 0,20 - 0,28 0,12-0,17 0,015-0,14
,0652
10 ,0683
li ,0711 Geradores c motores
1,25 0,70 0,30 0,20 0,20 0,18
i: .0737 de pólos salientes
13 ,076! 0,60-1,50 0,40-0,80 0,20-0,501 0,13-0.32+ 0,13~0,32í 0,03 - 0,23
(com amortecedores)
14 .07 S 3
15 ,0SÜ3
16 .0823 Geradores e motores
1,25 0,70 0.30 0,30 0,48 0,19
17 .0841 de pólos salientes
0,60 - l , 5 u 0,40 - 0,80 0 , 2 0 - 0 , 5 0 1 0 , 2 0 - 0,50 i 0,35 •- 0,65 0,03 - 0,24
16 .0855 (sem amortecedores)
19 ,0S74
30 .0889
Capacitores resfriados 1,85 1,15 0,40 0,27 0,26 0,12
21 ,0903
22 ,0917 a ar. 1,25-2,20 0,95-1,30 0,30-0,50 0,19-0,30 0,18-0,40 0,025 - 0.15
23 .0930
24 .0943 Capacitores resfriados 2,20 1.35 0,48 0,32 0,31 0,14
25 ,0955 1,50-2,65 1,10-1,55 0,36 - 0,60 0,23 - 0,36 0,22-0,48 0,030-0,18
a hidrogênio ( A 1/2 PSI)
26 .0967
27 ,0978
28 ,0989
29 ,0999 " R e p r o d u z i d a da "Eléctrical Transmissíon and Dístribution Refercnce B o o k " c o m permissão d a "Westinghouse
30 .1009
31 Electric C o r p o r a t i o n " .
.1019
32 .1028 f ^ o varia d c maneira tão crítica c o m o passo d o enrolamento da armadura que torna-se difícil dar u m
' 33
,1037 valor médio. A variação é de 0,1 a 0,7 d c X^.
34
.1046
35 O limite inferior é para enrolamentos com passo d c 2/3.
.1055
36
37 .1063 ^Unidades de alta velocidade lendem a ter baixa reatância c as de bai.\a velocidade, alia reatância.
38 ,1071
39 .1079
4ü .1037
41 .ll>H 1
1
42 .IJ0- ;
.1109 |
43 ; ,1111: :
44 j .1123 j
45 .U:9 ;
4£ .1136 1
47 ,1142
4B .1149
49 ,1155
Qassc dc (cnsão c m k V
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cs E eí E E E « E 5 E cá E £ g £ Ê
Valores Valores
da
Valores
da
Valores
da
Valores Valores Valores APÊNDICE B
da da da da
Impedância Impedância Impedância Impedância
A energia elétrica no Brasil
Impedância Impedância Impedância
Notas: (1) A c i m a de 500 k V A , os valores d a reatância e d a jmpcdãncia são praticamente iguais e apenas
são dados os valores normais de projeto.
(2) Para transformadores trifásicos, usar 1/3 da polência aparenle nominal ( k V A ) c entrar na tabela
c o m o valor d a tensão n o m i n a l de l i n h a .
338 E L E M E N T O S D E A N A L I S E D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA Apêndice B Apêndice D E L E M E N T O S D E A N Á L I S E D E S I S T E M A S D E POTÊNCIA 339
F o n t e : lianas - Brasil Industrial 1972 - vol. U Tabela B . 7 . Usinas Termelétricas Segundo Combustível Utilizado e Capacidade Instalada ( 1 9 7 0 ) .
N ? dc N 9 de Capacidade nsíulada
Tabela D.4. Evolução Decenal do Consumo de Energia Primária Segundo a Matéria-Prima (%)
Combustível Utilizado
usinas unidades kW %
Matériu-Prima 1940 1950 1960 1970 1980
Oleo Diesel 148 391 484.843 23.1
Carvão Mineral 9,3 6,3 3,4 3,8 3,3 Óleo Combustível 49 101 1.198.190 57,1
„. Gás Nalural
Petróleo
Lenha
-
14,3
52,8
-
35,2
29,3
0,2
43,2
21,6
0,2
50,6
13,2
0,2
57,0
6,0
Carvão M i n e r a !
Bagaço de Cana
5
8
13
15
20
19
239.452
18.545
31.050
11,4
0,9
1.5
Lenha
Bagaço de Cana 2,8 3,8 3,9 2,0 1,0 Outros . 19 61 125.198 6,0
Carvão Vegetal 3,6 3,1 2,0 0,8 0,5
Energia Hidrelétrica 17,2 22,3 25,7 29,4 32,0 Total 242 607 2.097.278 100,0
Tabela B . S . Maiores Usinas Geradoras (Polência Instalada Igual ou Superior a 100.000 k W ) . Tabela B . 9 . Acréscimo d a Capacidade Geradora Instalada (em MW) (Período 1971/74)
-O
<J
[
1970
Classificação
1974 1980
Nome da Usina T/H/N Estado
Empresa
Concessionária
_ Potência Instalada (MW) 1971
47,B
1972
46,0
1973
81,4
1974
3,0
1971/74
178,2
o
1970 1974 1980 Região Norte
U T E diesel Manaus 74 74
- 6 1 Ilha Solteira H MT/SP CESP 1 480 3.200 ; U T E Manaus 9,4 9,4
- - 3 Marimbondo H MG/SP FURNAS - - 1.400 U T E Manaus (nova) 18,0 18,0 36,0 u
- - 3 Água Vermelha fi - CESP - 1.400 U T E diesel S e l e m 10,2 10,2 20,4
-O
-1 -
2
S São Si mão H MG CEMIC
- - 1.320 U T E Taparia
10,0
50,0
10,0
50.0
20,0
6 Furnas H MG FURNAS 900 1.200 1.200 U H E Cuniá-UtiB
1 3 7 Jupía H MT CESP 900 1.100 1.100 "Pequenas Usinas 20,7 7,8 3,4 3,0 34,9
o
3 4 S Estreito H SP FURNAS 700 1.050 1.050
4 - 1 2 Paulo A f o n s o H BA CHESF 615 1.440 1.440 Região Nordeste 412,0 412,0 74,0
_
- - 8 Salto Osório H - ELETROSUL - 1.050 U H E Presidente Castello 54,0
-
5 7
-
15
11
Mascarenhas de M .
Capivara
H
-
MG
-
CPFL
-
477
-
477 477
600
" U H E Paulo A f o n s o III
U H E Pedras
412,0 412,0
20,0
'-O
6 8 16 Henry Borden (E) H SP LIGHT 474 474" 474
_
- - 10 S/D N _ - _ 800 Região .Centro-Ocsts - 26,2 60,0 80,7 177,5 344,4 • ri"/-
- - 13 A n g r a dos Reis N RJ FURNAS - _ 500
U H E Casca III 8,2 8,2
- - 13 S/D N
- - _ 500
!ÜHEÍ Cachoeira D o u r a d a III 50,0 80,0 160,0 290,0
-
7
-
10
17
19
Jaguara
Piralininga.
H
T
MG/SP
SP
CEMIG
LIGHT
-
410
-
410
472
410.
, U H E Mimoso 17,5 174
. Pequenas Usinas 18,0 10,0 0,7 28,7
-- - 20
20
Pro missão
Moxató
H
H
SP .
_
CESP
CHESF _
_
_
400
400
- _ Região Ceníro-Sul 660,0 1.080,5 587,0 1.028,5 3.356,0
" ü
-
0
12
13
20
24
V o l t a Grande
Henry Borden (I)
H
H
MG
SP
CEMIG
LIGHT 390
_
390
400
390 U H E Estreito 350,0 350,0
9 14 25 Três Marias H UffiTJupíá 200,0 200,0
MG CEMIG 3SS 388 388
10 15 26 Nilo Pecanha H RI LIGHT 330 330 330 U H E F u n i l d o Paraíba
200,0
-
_o
16 27 Porto Colômbia H SP/MG FURNAS 320 320 . U H E . Xavantcs 200,0
472,0
-
11
-
19
30
31
Passo F u n d o
Funil
H
H
RS
RJ
ELETROSUL
FURNAS
-
210
-
210
220
210
U H E Jaguara
U T E Santa C r u z II
236,0 236,0
400,0 400,0
12 11 20 Xavantcs H U H E Alecrim . 72,0 72,0
SP CESP 200 400 400
13 20 32 U T E Replan 22,5 224 - u
Ilha dos Pombos H RJ LIGHT 162 162 162
14 5 12 Santa C r u z U H E V o l t a Grande 200,0 200,0 400,0
T GB FURNAS 160 560 560
15 21 33 Fontes H RJ . U H E P o r t o Colômbia 160,0 160,0 320,0 o
LIGHT 154 154 154
16 23 34 Jacuf U H E Mascarenhas 77,0 384 115,5
H RS CEEERS 150 150 150
17 9 U H E Ilha Solteira 480,0 480,0
IB Cachoeira Dourada U GO CELG 136 426 426
o
U H E Fumas 150,0 150,0 300,0
18 17
24
28 Capivari-Cachoeira
- PR ELETROCAP 128 253 253
Pequenas Usinas 24,0 24,0
- 35 Candiota T RS SOTELCA - 132 132
19-
20 .
25
26
27
36
37
38
Passo Real
A . Souza L i m a
Barra Bonita
H
H
H
RS
SP
SP
CEEERS
CESP
CESP
_
124
122
125
124.
122
125
124
122
Região S u l
U H E F o z do Chopim
179,0 415,0 205,0 799,0 o
_ _ U H E Capivnri-Cachoeira 125,0
21
- 28 39 Mascarenhas _
_ 115 115
U H E Solelca
125,0
132,0
29 40 Ibitinga H SP CESP 114 114 114 66,0 66,0
22 20 32 Castcllo Branco H l'I COHEBE 108 162 162 U H E Passo F u n d o 220,0 220,0
U T E do Porto (Pelotas) 12,5
23
24
30
18
41
29
Salto Grande
Jorge Lacerda H
T
j MG
SC
CEMIG
SOTELCA
104
100
104
232
104
232 U H E Passo R e a l
124
63,0 63,0 126,0
U T E Candiota Q 66,0 66,0 132,0
U T E Figueira 10,0 10.0
Obs.: H - Hidrelétrica 164
U T E Guarícana 164
T - Térmica 25,0
Pequenas Usinas 25,0
N - Nuclear o
S/D - Sem Denominação
O
T o t a l Geral 1.325,0 2.013.S 1.028,1 1.209,0 5.575,6
Fontes: Eletrobrás
uanas - Brasil Industrial 1972 - v o l . II
F o n t e s : Eletrobrás
Banas - Brasil Industrial 1972 - v o l II
o
o
342 E L i i M E N T O S DK AMÃLtsp n r SISTEMAS D E VOTÊMCIA Apêndice I