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ÍNDICE

1.- CONDIÇÕES GERAIS 3


1.1.- Objectivo 3
1.2.- Descrição da instalação 3
1.2.1.- Descrição geral 3
1.2.2.- Potência total prevista para a instalação 3
1.2.3.- Ligação à rede do Distribuidor 3
1.2.4.- Sistema de protecção de pessoas 4
1.2.5.- Rede de terras e ligações à terra 4
1.3.- Classificação dos Locais 6

2.- DIMENSIONAMENTO 7
2.1.- Base de cálculo 7
2.1.1.- Secção das linhas 7
2.1.2.- Cálculo das protecções 10
2.1.3.- Cálculo de ligações à terra 13
2.2.- Resultados de cálculo 14
2.2.1.- Distribuição das fases 15
2.2.2.- Cálculos 17
2.2.3.- Símbolos utilizados 19

3.- ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS 20


3.1.- Canalizações e condutores 20
3.1.1.- Entradas 20
3.1.2.- Instalações interiores 20

4.- CONDIÇÕES TÉCNICAS DE MONTAGEM 20


4.1.- Quadros Eléctricos 20
4.1.1.- Construção 20
4.1.2.- Electrificação 20
4.1.3.- Aparelhagem 21
4.2.- Canalizações Eléctricas 21
4.2.1.- Condições gerais 22
4.2.2.- Canalizações constituídas por cabos rígidos assentes em abraçadeiras 22
4.2.3.- Canalizações constituídas por condutores isolados enfiados em tubos embebidos
em paredes e tectos 22
4.2.4.- Canalizações constituídas por cabos flexíveis 22
4.2.5.- Tubagem 22
4.2.6.- Caixas 23
4.3.- Iluminação Geral 24
4.3.1.- Armaduras de iluminação 24
4.4.- Caminhos de cabos 26
4.5.- Verificações finais e ensaios 26

5.- CONSIDERAÇÕES FINAIS 26


Memória descritiva
Requerente Data: 20/04/20

1.- CONDIÇÕES GERAIS

1.1.- Objectivo
O presente projecto refere-se às instalações eléctricas do Tipo C, a instalar no edifício que
________________ pretende construir sito em ___________, concelho de Bragança, que será alimentado
em baixa tensão, a partir da rede de distribuição do Distribuidor (EDP) e elaborado de acordo com as
Regras Técnicas das Instalações Eléctricas de Baixa Tensão RTIEBT.

Em conformidade, descrevem-se e justificam-se neste projecto as opções técnicas tomadas, e apresentam-


se os cálculos efectuados para o dimensionamento das soluções preconizadas.

1.2.- Descrição da instalação

1.2.1.- Descrição geral


As instalações foram concebidas de forma a permitir desempenhar com eficiência e em boas condições de
segurança os fins a que se destinam.

Convenientemente dimensionadas e subdivididas de forma a limitar os efeitos de eventuais perturbações e


a facilitar a pesquisa e reparação de avarias. Assim, as instalações eléctricas dividir-se-ão,
fundamentalmente, em instalações colectivas e instalações individuais de utilização.
Edifício:

Descrição geral
Planta Finalidade
R/C Habitação
Cobertura Cobertura

1.2.2.- Potência total prevista para a instalação


Tendo em conta os equipamentos e sistemas a instalar nos diversos locais, a potência prevista para o
edifício, é a indicada no quadro seguinte:

Potência total prevista para a instalação: Portinhola individual-1


P Unitária
Conceito Número
(kVA)
Habitação unifamiliar 20,7 1

1.2.3.- Ligação à rede do Distribuidor


O edifício em causa será abastecido de energia eléctrica em baixa tensão, 230/400V - 50 Hz, através de
um ramal do tipo subterrâneo.

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Tendo em vista a futura execução dos ramais e para evitar a danificação dos pavimentos, foi prevista a
colocação de um tubo PEAD 63, enterrado à profundidade de 0.7 m medidos a partir da geratriz superior
dos tubos, desde o quadro de entrada até ao exterior, conforme se indica nos desenhos respectivos.

A ligação será efectuada do armário de distribuição previsto no projecto.

1.2.4.- Sistema de protecção de pessoas

1.2.4.1.- Protecção contra contactos directos


Será assegurada pelo isolamento ou afastamento das partes activas, colocação de anteparos, etc. Os
demais, por ventura omissos, obedecerão em tudo à legislação e respectiva normalização em vigor.

1.2.4.2.- Protecção contra contactos indirectos


Será utilizado o sistema de ligação directa das massas à terra e emprego de aparelhos de protecção de
corte automático, sensíveis à corrente de defeito (interruptores diferenciais de média sensibilidade de 300
mA).

Instalar-se-á para o efeito, um eléctrodo de terra na zona de influência do quadro de colunas


correspondente, que será constituído por varetas de aço de 15 mm de diâmetro e 2,0 m de comprimento,
revestidas a cobre com uma espessura mínima de 0,07 mm, o qual será ligado à barra de terras existente
no referido quadro através de um cabo do tipo H1VV-RG 35 mm². Desta barra derivarão os condutores de
protecção que ligarão aos barramentos de terra dos quadros parciais.

Das barras de terra existentes nos respectivos quadros derivarão os condutores de protecção aos diversos
circuitos, de forma a garantir que todas as massas metálicas da instalação se encontrem em contacto com
a terra.

Os aparelhos de média sensibilidade protegerão as partes da instalação destinadas a alimentar aparelhos


de utilização, fixos ou móveis, que possuam massas susceptíveis de serem empunhadas.

Condutores de Protecção
A ligação directa das massas à terra será assegurada pela utilização de condutores de protecção nas
canalizações que serão da mesma natureza dos condutores activos em que se inserem e terão a cor
verde/amarelo.

As secções são as que se indicam no desenho respectivo em anexo.

Todos os condutores de protecção convergem para o quadro de colunas, onde serão ligados ao ligador
amovível de massa do qual derivará para o eléctrodo de terra em cabo H1VV-R de secção não inferior a 35
mm².

A jusante do ligador até ao eléctrodo de terra será utilizado cabo H1VV-R de 35 mm².

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1.2.5.- Rede de terras e ligações à terra


A rede de terras prevista neste projecto, refere-se à malha enterrada, a qual será executada ao nível das
fundações do edifício, a cerca de 1 metro de profundidade em relação à cota da Rés-do-chão,
circunscrevendo a periferia da área a construir.

A malha enterrada será executada a fita de aço galvanizado a quente com 30 x 3,5 mm.

A estrutura do edifício será interligada com a malha de terras enterrada.

Nas travessias em prumada entre a malha de terra enterrada à cota de -1,00 m e o quadro de terras, o
condutor geral de protecção será protegido por tubo isolante de diâmetro apropriado.

Será a partir do quadro de terras que se realizarão posteriormente as ligações às massas metálicas das
diversas instalações de utilização, pelo que esta rede de terras ficará designada como "Terra Geral de
Protecção" das instalações de Utilização.

1.2.5.1.- Eléctrodo de Terra


Será constituído por varetas de aço de 15 mm de diâmetro e 2,0 m de comprimento, revestidos a cobre
com uma espessura mínima de 0,07 mm.

Serão enterrados verticalmente no solo, fora de locais de passagem, à profundidade de pelo menos 0,8 m
da sua parte superior em relação ao solo.

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1.3.- Classificação dos Locais

Referência Classe
Local Factor Cod. Classe da influência
(RTIEBT) Equip
A-Ambientes:
Temperatura ambiente AA5 Temperado 512.2 522.1
Temperatura
Condições climáticas AB5
controlada
Altitude AC1
Presença da água AD1 Baixa
Presença de corpos sólidos AE1 Desprezável
Subst. corrosivas ou poluentes AF1 Desprezável
Impactos AG1 Desprezável 512.2 522.6
Vibrações AH1 Fracos
Outras acções mecânicas AJ Fracas
Presença de flora AK1 -
Presença de fauna AL1 Desprezável *(Edifício)
Influências electromagnéticas AM1 Desprezável *(Edifício) IP00 IK02
Radiações solares AN1 Desprezável *(Edifício)
Efeitos sísmicos AP1 Fracas *(Edifício)
Salas Descargas atmosféricas AQ1 Desprezável *(Edifício) 443
Movimentos do ar AR1 Desprezável *(Instalações)
Vento AS1 Fracos 512.2 522.13
B-Utilizações: Fraco
Competência das pessoas BA1 512.2
Resist eléct. corpo humano BB1 413.1
Contactos pessoas terras BC1 Comuns 512.2 512.16
Evacuação pessoas emergência BD1 Normal *(Edifícios)
Produtos tratados
BE1 Nulos 512.2 522.18
armazenados
C-Construção: Normal
Materiais de construção CA1 Normal *(Edifícios)
Estrutura dos edifícios CB1 Riscos desprezáveis *(Edifícios)
Segue a mesma classificação
Quartos atribuída a salas IP00 IK02
para os seguintes códigos.
Segue a mesma classificação
Corredores
atribuída a salas AB4 IP00 IK02
Hall da fracção
para os seguintes códigos.
Segue a mesma classificação AB4
Hall de entrada atribuída a salas AD2 IP01 IK07
para os seguintes códigos. AG2
Segue a mesma classificação
AB4
Cozinha atribuída a salas Normal IP01 IK07
AD2
para os seguintes códigos.
Segue a mesma classificação
AB4
Casas de banho atribuída a salas IP07 IK02
AD3
para os seguintes códigos.
Segue a mesma classificação
AG2
Varandas cobertas atribuída a salas IP51 IK02
AE4
para os seguintes códigos.
Segue a mesma classificação
AD2
Garagens atribuída a salas IP51 IK07
AE4
para os seguintes códigos.
Segue a mesma classificação AB4
Marquises
atribuída a salas AD2 IP01 IK07
Galerias e Similares
para os seguintes códigos. AG2
Segue a mesma classificação AB4
Escadas de acesso
atribuída a salas AD2 IP01 IK07
comum interiores
para os seguintes códigos. AG2

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Referência Classe
Local Factor Cod. Classe da influência
(RTIEBT) Equip
Segue a mesma classificação
Arrumos comuns atribuída a salas AB4 IP00 IK02
para os seguintes códigos.
AB4
Salas de maquinaria e AD3
IP53 IK07
técnicas AE4
AG2

2.- DIMENSIONAMENTO

2.1.- Base de cálculo

2.1.1.- Secção das linhas


A determinação regulamentar da secção de um cabo consiste em calcular a secção mínima normalizada
que satisfaz simultaneamente as três condições seguintes:

- Critério da intensidade máxima admissível ou de aquecimento.


A temperatura do condutor do cabo, funcionando a plena carga e em regime permanente, não deve
superar em nenhum momento a temperatura máxima admissível atribuída dos materiais que se utilizam
para o isolamento do cabo. Esta temperatura especifica-se nas normas particulares dos cabos e é de
70ºC para cabos com isolamentos termoplásticos e de 90ºC para cabos com isolamentos termo-
estáveis.
- Critério da queda de tensão.
A circulação de corrente através dos condutores, ocasiona uma perda de potência transportada pelo
cabo, e uma queda de tensão ou diferença entre as tensões na origem e extremo da canalização. Esta
queda de tensão deve ser inferior aos limites marcados pelo regulamento em cada parte da instalação,
com o objectivo de garantir o funcionamento dos receptores alimentados pelo cabo.
- Critério da intensidade de curto-circuito.
A temperatura que pode alcançar o condutor do cabo como consequência de um curto-circuito ou sobre
intensidade de curta duração, não deve exceder a temperatura máxima admissível de curta duração
(para menos de 5 segundos) atribuída aos materiais utilizados para o isolamento do cabo. Esta
temperatura especifica-se nas normas particulares dos cabos e é de 160ºC para cabos com isolamentos
termoplásticos e de 250ºC para cabos com isolamentos termo-estáveis.

2.1.1.1.- Secção por intensidade máxima admissível ou aquecimento


De acordo com o RTIEBT 433 verifica-se a seguinte condição:

No cálculo das instalações será verificado que as correntes máximas das linhas são inferiores às admitidas,
tendo em conta os factores de correcção segundo o tipo de instalação e as suas condições particulares.

1. IB  Iz
2. Intensidade de cálculo em serviço monofásico

Pc
IB 
2. U f  cos 
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3. Intensidade de cálculo em serviço trifásico

Pc
IB 
3. 3  U l  cos 
Em que:

IB Intensidade de cálculo do circuito


Iz Corrente admissível na canalização, em A.
Pc Potência de cálculo, em W
Uf Tensão simples em V
Ul Tensão composta em V
cos Factor de potência.

2.1.1.2.- Secção por queda de tensão


De acordo com o RTIEBT 525, quadro 52O verificam-se as seguintes condições:

Nas instalações colectivas, a queda de tensão não supera os seguintes valores:


- Coluna montante: 1.0%
- Entradas: 0.5%
Em circuitos interiores da instalação, a queda de tensão não supera os seguintes valores:
- Circuitos de iluminação: 3.0%
- Circuitos de força motriz: 5.0%
As fórmulas utilizadas são as seguintes:
Para receptores monofásicos a queda de tensão é calculada por:

U  2  L  I B  ( R cos   Xsen )
U  3  L  I B  ( R cos   Xsen )

Em que:

L Comprimento do cabo, em m
X A reactância não é considerada até um valor de secção do cabo de 120 mm2. A partir desta secção
considera-se um valor para a reactância de 0.08 /km
R A resistência do cabo, em /m:

1
R 
S
Em que:

rho Resistividade do material, em ·mm²/m


S Secção, em mm2

As condições reais de serviço não são as normais de cálculo, portanto verifica-se a queda de tensão à
temperatura prevista de serviço do condutor:
2
I 
T  T0  Tmax  T0    B 
 Iz 
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Em que:

T Temperatura real estimada no condutor, em ºC


T0 Temperatura ambiente do condutor (30ºC para cabos ao ar e 20ºC para cabos enterrados)
Tmax Temperatura máxima admissível do condutor segundo tipo de isolamento (90ºC para condutores com
isolamentos termo-estáveis e de 70ºC para condutores com isolamentos termoplásticos)

Então a resistividade e a temperatura prevista de serviço do condutor será:

T   20  1   T  20 
Sendo para o cobre

  0.00393º C 1
1 mm 2
 20ºC  
56 m

e para o alumínio

  0.00403º C 1
1 mm 2
 20ºC  
35 m

2.1.1.3.- Secção por intensidade de curto-circuito


As intensidades de curto-circuito máximas e mínimas, calculam-se tanto na origem "Iccc" como no final
"Iccp", de cada uma das linhas que compõem a instalação elétrica considerando que a máxima intensidade
de curto-circuito se estabelece para um curto-circuito entre fases, e a mínima intensidade de curto-circuito
para um curto-circuito fase-neutro.
Entre Fases:

Ul
I cc 
3  Zt
Fase e Neutro:

Uf
I cc 
2  Zt
Em que:

Ul Tensão composta, em V
Uf Tensão simples, em V
Zt Impedância total no ponto de curto-circuito, em m
Icc Intensidade de curto-circuito, em kA

A impedância total no ponto de curto-circuito obtém-se a partir da resistência total e da reactância total
dos elementos da rede até ao ponto de curto-circuito:

Z t  Rt2  X t2
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Em que:

Rt = Rcc,T + R1 + R2 + ... +
Resistência total no ponto de curto-circuito
Rn
Xt = Xcc,T+ X1 + X2 + ... + Xn Reactância total no ponto de curto-circuito

A impedância total dependerá dos dados de partida seleccionados. O programa oferece a possibilidade de
partir desde um transformador indicando a potência do mesmo em kVA e comprimento da linha de ligação
ou indicando directamente a intensidade de curto-circuito em kA na portinhola.
No caso de partir de um transformador é calculada a resistência e reactância do transformador aplicando as
seguintes fórmulas:

 RCC ,T U l2
Rcc ,T 
Sn
 XCC ,T U l2
X cc ,T 
Sn
Em que:

Rcc,T Resistência total no ponto de curto-circuito


Xcc,T Reactância total no ponto de curto-circuito
ERcc,T Tensão resistiva de curto-circuito do transformador
EXcc,T Tensão reactiva de curto-circuito do transformador
Sn Potência aparente do transformador, em kVA

No caso de introduzir a intensidade de curto-circuito na portinhola, o programa estimará a resistência e


reactância da linha de ligação que produz a intensidade de curto-circuito indicada.

2.1.2.- Cálculo das protecções

2.1.2.1.- Fusíveis
Os fusíveis protegem os condutores contra sobrecargas e curto-circuitos.
Para a protecção contra sobrecargas, de acordo com o RTIEBT 433, verifica-se a seguinte
formulação:

IB  In  IZ
I 2  1.45  I Z
Em que:

IB Corrente de serviço do circuito, em A.


In Corrente estipulada do dispositivo de protecção, em A
Iz Corrente admissível na canalização, em A.
I2 Corrente convencional de funcionamento, em A.

A protecção contra curto-circuito verifica-se ao cumprir as condições seguintes:


- O poder de corte do fusível "Icu" é maior que a máxima intensidade de curto-circuito.
- Qualquer intensidade de curto-circuito que possa produzir-se desaparece num tempo inferior ao
que provocaria que o condutor alcançasse a sua temperatura limite (160ºC para cabos com
isolamentos termoplásticos e de 250ºC para cabos com isolamentos termo-estáveis).

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I cc ,5 s  I f
I cc  I f
Em que:

Icc,5s Intensidade de curto-circuito no cabo durante o tempo máximo de 5 segundos em A


Icc Intensidade de curto-circuito na linha que protege o fusível, em A
If Intensidade de fusão do fusível em 5 segundos, em A

k S
I cc 
t

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Em que:

S secção do condutor, em mm²


t tempo de duração do curto-circuito, em s
k constante que depende do material e isolamento do condutor
Icc Intensidade de curto-circuito na linha que protege o fusível, em A
If Intensidade de fusão do fusível em 5 segundos, em A

PVC XLPE
C
115 143
u
Al 76 94

O comprimento máximo do cabo protegido por um fusível frente a curto-circuito calcula-se da


seguinte forma:
Uf
Lmax 
R  Rn    X f  X n 
2 2
If  f

Em que:

Rf Resistência do condutor de fase, em /km


Rn Resistência do condutor de neutro, em /km
Xf Reactância do condutor de fase, em /km
Xn Reactância do condutor de neutro, em /km.

2.1.2.2.- Disjuntores
Da mesma forma que os fusíveis, os disjuntores protegem frente a sobrecargas e curto-circuito.
Para a protecção contra sobrecargas, de acordo com o RTIEBT 433, verifica-se a seguinte
formulação:

IB  In  IZ
I 2  1.45  I Z
Em que:

IB Corrente de serviço do circuito, em A.


I2 Intensidade de funcionamento da protecção. Neste caso igual a 1.45 vezes a intensidade nominal do
interruptor automático, em A

A protecção contra curto-circuito verifica-se ao cumprir as condições seguintes:


O poder de corte do interruptor automático "I cu" seja maior que a máxima intensidade de curto-circuito que
pode produzir-se no início do circuito.
A intensidade de curto-circuito mínima no final do circuito seja superior à intensidade de regulação de
disparo electromagnético "Imag" do interruptor automático segundo o tipo de curva.

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Imag
curva: B 5 x In
curva: C 10 x In
curva:
20 x In
D

O tempo de actuação do interruptor automático seja inferior ao que provocaria danos no condutor por
alcançar no mesmo a temperatura máxima admissível segundo o seu tipo de isolamento. Para isso
comparam-se os valores de energia específica que passa (I 2*t) durante a duração do curto-circuito,
expressos em A2*s, que permite passar o interruptor e a que admite o condutor.
Para esta última verificação calcula-se o tempo máximo no qual deveria actuar a protecção se se
produzisse o curto-circuito, tanto para a intensidade de curto-circuito máxima na origem da linha como
para a intensidade de curto-circuito mínima no final da linha, segundo a expressão seguinte:

k 2S 2
t 2
I cc
Os disjuntores cortam num tempo inferior a 0.1s, pelo que se o tempo anteriormente calculado for superior
a este, o disparo do disjuntor ficaria garantido para qualquer intensidade de curto-circuito. Caso contrário
deverá verificar-se a curva i2t do disjuntor, de maneira que o valor da energia específica que passa do
disjuntor seja inferior à energia específica que passa admissível pelo cabo.

I 2
 tint erruptor  I 2
 t cable
I 2
 t cable  k 2
S 2

2.1.3.- Cálculo de ligações à terra

2.1.3.1.- Sistema de ligação à terra


De acordo com RTIEBT 413.1.4.2 verifica-se a seguinte condição:

RA  I a  50
Em que:

RA Soma das resistências do eléctrodo de terra e dos condutores de protecção das massas, em 
Ia Corrente que garante o funcionamento automático do dispositivo de protecção, em A. Assim, o valor
das resistências de terra e qualquer massa de defeito não poderá exceder os 83

2.1.3.2.- Interruptores diferenciais


Os interruptores diferenciais protegem contra contactos directos e indirectos.
A protecção contra contactos directos e indirectos verifica-se ao cumprir as condições
seguintes:
Actuam correctamente para o valor da intensidade de defeito calculada, de maneira que a sensibilidade "S"
atribuida ao diferencial cumpre:

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U seg
S
RT
Em que:

Useg Tensão de segurança. A tensão de segurança é de 24V para os locais húmidos e habitações e 50V
para o resto
RT Resistência de ligação à terra. Este valor é inferior a 15  para edifícios com pára-raios e de 37 
para edifícios sem pára-raios
Deverá desligar num tempo compatível com o que exigem as curvas de segurança.

Por outro lado, a sensibilidade do interruptor diferencial permite a circulação da intensidade de fugas da
instalação devida às capacidades parasitas dos cabos. Assim, a intensidade de não disparo do diferencial
tem um valor superior à intensidade de fugas no ponto de instalação. A norma indica como intensidade
mínima de não disparo a metade da sensibilidade.

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2.2.- Resultados de cálculo

2.2.1.- Distribuição das fases


A distribuição das fases será feita de modo a equilibrar o mais possível a carga.

No decorrer da instalação, poder-se-á ensaiar a montagem e fazer a permuta de algumas fases de modo a
tornar o equilíbrio de cargas o melhor possível.

Portinhola individual-1
Potência Eléctrica [VA]
Planta Esquema Pcalc [VA]
R S T
0 Portinhola individual-1 - 20700.0 - -
0 (Quadro de entrada) 20700.0 20700.0 - -

(Quadro de Entrada)
Potência Eléctrica [VA]
Nº do circuito Tipo de circuito Compartimento
R S T
C6 (iluminação) C6 (iluminação) - 400.0 - -
C6(3) (iluminação) C6(3) (iluminação) - 400.0 - -
C6(5) (iluminação) C6(5) (iluminação) - 400.0 - -
C6(7) (iluminação) C6(7) (iluminação) - 400.0 - -
C6(9) (iluminação) C6(9) (iluminação) - 800.0 - -
C14(4) (receptores, int. horário) C14 (receptores, int. horário) - 20.0 - -
C7(4) (ar condicionado) – F2 C7(4) (ar condicionado) – F2 - 3450.0 - -
C7(7) (tomadas) C7(7) (tomadas) - 3450.0 - -
C7(8) (tomadas) C7(8) (tomadas) - 3450.0 - -
C7(10) (ar condicionado) – F1 C7(4) (ar condicionado) – F2 - 3450.0 - -
C7(11) (tomadas) C7(11) (tomadas) - 3450.0 - -
C9 (ar condicionado) – D C9 (ar condicionado) – D - 5750.0 - -
C9(2) (ar condicionado) – C C9(2) (ar condicionado) – C - 5750.0 - -
C9(3) (ar condicionado) – E C9(3) (ar condicionado) – E - 5750.0 - -
C9(4) (ar condicionado) – B C9(4) (ar condicionado) - B - 5750.0 - -
C11 (estore eléctrico) C11 (estore eléctrico) - 200.0 - -
C11(2) (estore eléctrico) C11(2) (estore eléctrico) - 200.0 - -
C14 (ATI) C14 (ATI) - 3680.0 - -
C6(2) (iluminação) C6(2) (iluminação) - 400.0 - -
C6(4) (iluminação) C6(4) (iluminação) - 800.0 - -
C6(6) (iluminação) C6(6) (iluminação) - 600.0 - -
C6(8) (iluminação) C6(8) (iluminação) - 400.0 - -
C2 (tomadas) C2 (tomadas) - 3450.0 - -
C7 (tomadas) C7 (tomadas) - 3450.0 - -
C7(3) (tomadas) C7(3) (tomadas) - 3450.0 - -
C7(5) (tomadas) C7(5) (tomadas) - 3450.0 - -
C7(6) (tomadas) C7(6) (tomadas) - 3450.0 - -
C7(9) (tomadas) C7(9) (tomadas) - 3450.0 - -
C14(2) (SADI) C14(2) (SADI) - 3450.0 - -

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Memória descritiva
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(Quadro de Entrada)
Potência Eléctrica [VA]
Nº do circuito Tipo de circuito Compartimento
R S T
C14(3) (CDI) C14(3) (CDI) - 3450.0 - -
C4.2 (máquina de lavar loiça) C4.2 (máquina de lavar loiça) - 3450.0 - -
C9(5) (ar condicionado) - A C9(5) (ar condicionado) - 5750.0 - -
C1 (iluminação) C1 (iluminação) - 400.0 - -
C7(2) (tomadas) C7(2) (tomadas) - 3450.0 - -
C15 (iluminação exterior) C15 (iluminação exterior) - 20.0 - -
C16 (quadro de emergência) C16 (quadro de emergência) - 20.0 - -

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2.2.2.- Cálculos

Portinhola
Determinação da portinhola
IB=60A  P100

P100  entrada subterrânea LSVAV 4x16  fusíveis tipo tipo 22x58

IB=60A
IZ=68A I2=101A

IB ≤ IN ≤ IZ  60 ≤ 63 ≤ 68
I2 ≤ 1,45IZ  80 ≤ 98,6

Fusível 22x58 IN=63A

Entrada
ST=13,8kVA
KS =1
SD = ST x KS = 13,8x1 =13,8 kVA
IB = SD /U =13800/ 230 =60 A

IZ > IB (condição de aquecimento)


IZ > IB  68 > 60
IB = 60 A IZ = 68 A  s = 16 mm2

H07V-R 3G16
Fases: Cinzento, preto, castanho
Neutro: Tipo H07V-R 1x16 mm2 – Azul claro
Proteção: Tipo H07V-R 1x16 mm2 – Verde/Amarelo
H07V-R 3G16  VD40, mas usamos VD63

IB=60 A, IZ= 68 A
IB ≤ IN ≤ IZ  60 ≤ 63 ≤ 68  fusível IN=63A

QE
SD=13,8kVA

Proteção contra sobreintensidades - Disjuntor magnetotérmico

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In=63A I2=101A

IB ≤ IN ≤ IZ  60 ≤ 63 ≤ 68
I2 ≤ 1,45IZ  80 ≤ 98,6

Barramento
In=63A  12x2 (Imax=110ª)

Os resultados obtidos resumem-se na seguinte tabela:

Chegada Portinhola PQE QE


PEAD63 Tipo Fusíveis In VD63 In Barr.
LSVAV 4x16 P100 22x58 63A H07V-R 3G16 63A 12x2

Instalações interiores
Habitação
Na entrada desta instalação será colocado o quadro eléctrico, que contará com os seguintes dispositivos de
protecção:
Interruptor geral automático de corte omnipolar, que permita o seu accionamento manual e que esteja
dotado de elementos de protecção contra sobrecarga e curto-circuito.
Interruptor diferencial geral, destinado à protecção contra contactos indirectos de todos os circuitos, ou
vários interruptores diferenciais para a protecção contra contactos indirectos de cada um dos circuitos ou
grupos de circuitos em função do tipo ou carácter da instalação.
Interruptor automático de corte omnipolar, destinado à protecção contra sobrecargas e curto-circuitos de
cada um dos circuitos interiores.
A composição do quadro e dos circuitos interiores será a indicada no quadro respetivo.

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Legenda
q.d.t queda de tensão (%)
q.d.tac queda de tensão acumulada (%)
IB intensidade de cálculo do circuito (A)
Iz corrente admissível na canalização (A)
Fcagrup factor de correcção por agrupamento
percentagem de redução da intensidade
Rinc admissível por condutor em zona de risco de
incêndio ou explosão (%)
intensidade máxima admissível corrigida do
I'z
condutor nas condições de instalação (A)
intensidade de funcionamento da protecção
I2
(A)
Icu poder de corte da protecção (kA)
intensidade de curto-circuito na origem da
Iccc
linha (kA)
intensidade de curto-circuito no final da linha
Iccp
(kA)
comprimento máximo de linha protegida pelo
Lmax
fusível a curto-circuito (A)
Pcalc potência de cálculo (kVA)
tempo que o condutor suporta a intensidade
ticcc
de curto-circuito na origem da linha (s)
tempo que o condutor suporta a intensidade
ticcp
de curto-circuito no final da linha (s)
tempo de fusão do fusível para a intensidade
tficcp
de curto-circuito (s)

2.2.3.- Símbologia
Seguidamente apresentam-se os símbologia utilizada nas peças desenhadas do presente projeto:

Serviço monofásico Motor de persiana


Interruptor para motor de
Tomada de utilização geral, estanque
persiana
Tomada de máquina de lavar
Tomada de utilização geral
loiça
Caixa de aparelhagem para cabos em
Tomada de ar condicionado
par de cobre
Comutador de escada Interruptor duplo
Posição da tomada de iluminação Interruptor
Caixa de aparelhagem para cabo
Luminária de emergência
coaxial
Sensor de proximidade Zona de Acesso Privilegiado
Portinhola Quadro individual

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Armário de telecomunicações
Tomada de utilização geral quádrupla
individual
Tomada de utilização geral dupla Tomada de iluminação na parede
Iluminação exterior

3.- ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

3.1.- Canalizações e condutores

3.1.1.- Entradas
(Quadro de Entrada)
Cabo unipolar H07V-U, não propagador da chama, com condutor unifilar de cobre classe 1 de 6 mm² de
secção, com isolamento de PVC, sendo a sua tensão atribuída de 450/750 V.

3.1.2.- Instalações interiores


(Quadro de Entrada)
Componentes para a rede eléctrica de distribuição interior de habitação: mecanismos (tecla ou tampa e
aro: branco; embelezador: branco) e monobloco de superfície (IP 55); caixas de encastrar com parafusos
de fixação.

4.- CONDIÇÕES TÉCNICAS DE MONTAGEM

4.1.- Quadros Eléctricos

4.1.1.- Construção
Os quadros eléctricos serão do tipo capsulado para montagem embebida, em material isolante auto-
extinguível. Serão da classe II de isolamento, equipados com painel e porta exterior opaca assentando num
aro com junta vedante de forma a garantir um grau de protecção não inferior a IP20.

4.1.2.- Electrificação
Os barramentos serão constituídos por barras de cobre electrolítico pintadas nas cores convencionais,
apoiadas em isoladores, e serão devidamente dimensionadas localizadas e fixadas de modo a conseguirem-
se boas condições de segurança e funcionamento, tendo-se em atenção os esforços electrodinâmicos em
caso de curto-circuito, o aquecimento moderado quando os barramentos forem percorridos pelas
respectivas correntes nominais e o bom isolamento entre as fases e entre estas e a massa.
No dimensionamento dos barramentos dever-se-á ter em atenção a totalidade das cargas já previstas com
simultaneidade 1 e uma margem extra de 60 % para futuras ampliações. As barras gerais correspondentes
aos condutores activos deverão ser da mesma secção. Deverá ter os seguintes barramentos: fase, neutro e
terra.

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A secção dos barramentos deverá ser calculada para uma densidade de corrente não superior a 2 A/mm²
referente à intensidade nominal dos respectivos aparelhos de corte geral.
Os quadros deverão ser dotados de ligador de massa para os condutores de protecção, o qual está ligado
ao circuito de terra de protecção da instalação.
As ligações entre os barramentos e a aparelhagem e entre esta e os terminais de saída, serão executadas
com condutores do tipo FV com secções apropriadas e nas cores regulamentares. Os condutores deverão
ficar dispostos de maneira arrumada e em linhas bem definidas.
Nos quadros com circuitos auxiliares para comando e sinalização, estes serão sempre colocados em calhas,
e deverão ser referenciados por números que os identifiquem, e a sua secção não deverá ser inferior a 1.5
mm².
Nas extremidades dos condutores flexíveis, deverão obrigatoriamente ser cravados terminais do tipo
ponteira, de forma a garantir-se um contacto eficiente entre os condutores e os respectivos bornes de
ligação.
Todas as saídas deverão ser identificadas com uma etiqueta em trafolite preta com letras gravadas a
branco, com uma designação que corresponda ao número do circuito a que se destinam.
Todos os aparelhos deverão ser facilmente retiráveis sem que seja desnecessário desmontar peças ou
ligações além das correspondentes ao aparelho a retirar.
Todas as peças sob tensão deverão ficar protegidas contra contactos acidentais nas condições normais de
utilização e de manobra, pelo que os quadros possuirão um painel em chapa de aço amovível, fixado por
parafusos à respectiva estrutura com rasgos para acesso aos comandos dos aparelhos.
As réguas de bornes serão sempre instaladas no topo superior dos quadros, e acompanhadas de um
barramento de terra com secção igual à metade da secção da fase. As réguas de bornes serão dotadas de
separadores por função e tensão.

4.1.3.- Aparelhagem
Toda a aparelhagem a ser utilizada na execução dos quadros deverá ser de boa qualidade, de marcas
conceituadas no mercado, e deverá obedecer ao especificado na norma CEI 439.1.
Os interruptores terão o calibre e o número de pólos indicados nos esquemas unifilares, e serão em regra
do tipo basculante com pastilhas de acetite e contactos de prata. Serão de corte brusco e deverão poder
cortar com segurança a respectiva corrente nominal. Os manípulos de comando terão indicação bem visível
das posições de "ligado" e "desligado".
Os seccionadores porta fusíveis serão de corte em carga, com capacidade de corte de 1.25 I n sob cos  =
0.8 mínimo.
Terão construção robusta e contactos providos de mola em aço que garanta o perfeito contacto eléctrico.
Quando abertos deverão os contactos sob tensão estar providos da necessária protecção contra contactos
indirectos;
Os disjuntores serão equipados com relés de acção térmica e electromagnética em todas as fases, terão o
número de pólos indicados nos respectivos esquemas unifilares, e poder de corte não inferior ao indicado.
Os disjuntores para calibres até 63 A inclusivé, serão modulares para montagem em calha DIN de 35 mm,
e para calibres superiores a 63 A serão utilizados disjuntores dotados de disparadores com gama de
actuação regulável de 0.7 a 1 In. Todos os disjuntores terão possibilidade de receber um bloco de contactos
auxiliares para sinalização;
Os aparelhos diferenciais serão interruptores ou disjuntores para as intensidades e sensibilidades indicadas
nos esquemas unifilares dos quadros eléctricos;
Os sinalizadores de tensão serão dotados de transformador para 230/6 V, com fixação ao painel, e terão
vidro para protecção da lâmpada;

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4.2.- Canalizações Eléctricas

4.2.1.- Condições gerais

O traçado das canalizações deverá seguir o mais aproximadamente possível as indicações das peças
desenhadas do projecto.
Qualquer que seja o tipo de instalação, as canalizações deverão ser montadas com afastamento adequado
de modo a conseguir-se uma dissipação do calor, especialmente nas canalizações de potência sujeitas a
apreciáveis variações de temperatura.
Quer o número, quer a secção dos condutores componentes dos cabos, encontram-se assinalados nas
peças desenhadas que fazem parte do projecto, não sendo permitida qualquer diminuição dos valores
indicados.
Quaisquer emendas nos condutores deverão ser efectuadas no interior das caixas de derivação, sendo
essas emendas e as ligações, efectuadas nas respectivas placas de bornes.
Em todas as extremidades de condutores, o isolamento deverá ser adequadamente removido sem ferir os
condutores. Os terminais para os cabos de potência deverão ser de dimensão adequada.
Deverão ser instalados em todos os casos bucins ou abraçadeiras de cabos, de forma a evitar que qualquer
esforço seja suportado pelos condutores ou terminais.

4.2.2.- Canalizações constituídas por cabos rígidos assentes em abraçadeiras

Os cabos a utilizar não deverão ter características inferiores às do código 305 100.

4.2.3.- Canalizações constituídas por condutores isolados enfiados em tubos embebidos em


paredes e tectos

Serão utilizados condutores isolados, com o código 301 100, protegidos por tubos isolantes com
características não inferiores às do código 5 101 100.

4.2.4.- Canalizações constituídas por cabos flexíveis

Os cabos a utilizar não deverão ter características inferiores às do código 211 100.

4.2.5.- Tubagem

Os tubos a utilizar não deverão ter características inferiores às do código 5 101 100;
As ligações entre tubos para montagem nos roços em paredes e tectos, ou à vista, assentes em
abraçadeiras, serão executados com uniões apropriadas do mesmo material dos tubos, e fixados por
colagem;
Não serão permitidos traçados em diagonal nas paredes e tectos devendo as baixadas para os aparelhos de
comando e ligação, descer nas prumadas respectivas;
As ligações às caixas serão feitas com batentes plásticos;

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Na execução das curvas serão utilizadas obrigatoriamente bichas metálicas, não sendo admissível qualquer
diminuição da sua secção útil;
Em toda a sua montagem deverá o Instalador ter em conta os melhores princípios de montagem
observando sempre as disposições regulamentares;

4.2.6.- Caixas

4.2.6.1.- Caixas de Derivação

As caixas de derivação serão de material termoplástico de boa qualidade, prensado possuindo paredes com
uma espessura mínima de 2 mm. Serão quadradas ou rectangulares com as dimensões mínimas de 80 x
80 mm até 4 entradas e 120 x 100 mm para mais de 4 entradas, possuindo tampa em baquelite de aperto
por quatro parafusos cadmiados, e junta estanque;
As entradas de cabos serão feitas por meio de bucins, e as ligações dos respectivos condutores serão
executadas em placa de bornes de dimensão adequada à secção dos mesmos, com aperto mecânico por
parafuso, e base em cerâmica.
Em cada borne será ligado um máximo de quatro condutores. Todas as placas de bornes serão fixadas ao
fundo das caixas por intermédio de parafusos de latão. De forma alguma será permitida a utilização de
TORIX ou equipamento similar;
As caixas de derivação para montagem saliente serão fixas aos elementos estruturais (paredes e tectos)
pelo menos com dois parafusos;
As caixas de derivação para montagem nas esteiras de cabos, serão fixas directamente a uma base em
chapa, sendo esta aparafusada à aba da esteira de cabos por parafusos sextavados com arreigada
quadrada;
As caixas de derivação para montagem embebida deverão ser instaladas de modo a que as respectivas
tampas fiquem à face das paredes ou divisórias. Sempre que duas ou mais caixas de derivação tenham que
ser instaladas lado a lado, deverão ser do mesmo tipo ou, de preferência, ser substituídas por uma caixa
única provida dos indispensáveis separadores;

4.2.6.2.- Caixas de Passagem

As caixas de passagem serão de material termoplástico de boa qualidade, prensado, possuindo paredes
com uma espessura mínima de 2 mm.
Serão quadradas ou rectangulares com as dimensões mínimas de 80 x 80 mm até 4 entradas e 120 x 100
mm para mais de 4 entradas, possuindo tampa em baquelite de aperto por quatro parafusos cadmiados, e
junta estanque;
As caixas de derivação para montagem saliente serão fixas aos elementos estruturais (paredes e tectos)
pelo menos com dois parafusos;

4.2.6.3.- Caixas de Aplique

Nos locais destinados à instalação de aparelhos de iluminação, serão obrigatoriamente montadas caixas de
aplique em material termoplástico de boa qualidade, prensado, possuindo paredes com uma espessura
mínima de 2 mm;

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As Caixas de aplique deverão ser instaladas de modo que as respectivas tampas fiquem à face das paredes
divisórias.

4.2.6.4.- Aparelhagem

A aparelhagem de comando e ligação (interruptores, comutadores, botões de pressão e tomadas de


corrente) para montagem em caixa de aparelhagem embebida, terá mecanismos equipados com garras
laterais para fixação, com abertura e fecho por parafuso sem-fim;

Os quadros teclas e os espelhos da aparelhagem serão obrigatoriamente em material plástico isolante


auto-extinguível. Não serão admitidas aparelhagens com quadros ou espelhos metálicos, mesmo que estes
sejam anodizados.

A aparelhagem de comando da iluminação (interruptores, comutadores de lustre e botões de pressão)


deverá obedecer às seguintes características:

 Intensidade nominal de 10 A sob 230 V/50 Hz;


 Comando por alavanca do tipo basculante;
 Ruptura brusca com contactos de elevada duração.

Não será permitida a montagem de placas de bornes em caixas de aparelhagem destinadas a alojar
mecanismos de comando da iluminação para substituição das caixas de derivação previstas no Projecto.

4.2.6.5.- Gestão e controlo da iluminação

O sistema de gestão iluminação valoriza a iluminação natural, deteção de presença e a flexibilidade da


instalação, resultando em poupanças energéticas, maior conforto, aumento da segurança e optimização
dos custos na manutenção.

4.3.- Iluminação Geral


GENERALIDADES

Iluminação
No presente projeto foram tidas ainda em atenção as disposições técnicas e regulamentares em vigor.
A distribuição do número de pontos de luz e o tipo de luminárias obedeceu ao critério de obter um
ambiente coerente com a linguagem da arquitetura

4.3.1.- Armaduras de iluminação

As armaduras de iluminação previstas, são as assinaladas nas peças desenhadas.

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As ligações dos condutores no interior das armaduras serão executadas em placas de terminais com aperto
por parafusos de latão niquelado ou cadmiado.

Os acessórios das armaduras, nomeadamente drivers, balastros, condensadores, arrancadores e suportes,


deverão ser de boa qualidade e durabilidade, de consumo reduzido e com características adequadas às
condições de funcionamento das respectivas armaduras;

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4.4.- Caminhos de cabos

As esteiras de cabos a estabelecer serão constituídos por bandejas apoiadas em suportes, constituídas em
varão de aço, zincado ou passivado a amarelo;

Nas mudanças de direcção, nas uniões entre bandejas e nas passagens de cabos entre esteiras situadas
em planos diferentes, deverão ser utilizados acessórios apropriados, de construção standards;

Todas as ligações entre esteiras serão feitas por parafusos de aço galvanizado;

A fixação dos cabos às bandejas será feita por abraçadeiras plásticas de fita e serrilha.

4.5.- Verificações finais e ensaios

Terminada a execução das instalações deverão realizar-se os ensaios obrigatórios previstos,


nomeadamente:
 Rigidez dieléctrica;
 Resistência de isolamento;
 Protecção contra contactos indirectos;
 Medição da resistência de terra.

Verificar-se-á também a montagem e funcionamento da aparelhagem e equipamentos.

5.- CONSIDERAÇÕES FINAIS

O traçado das canalizações foi elaborado de acordo com os elementos de arquitectura e construção civil
projectado.

Toda a instalação obedecerá às Regras Técnicas das Instalações Eléctricas de Baixa Tensão (RTIEBT), e ao
presente projecto.

Todos os materiais a empregar, deverão obedecer às directivas BTNP, CENELEC e CEI, e serem munidos
dos respectivos certificados de conformidade. Devem cumprir rigorosamente as especificações definidas
neste projecto e as eventualmente omissas. Não poderão ter qualidades inferiores às especificadas na
legislação e normalização em vigor.

Durante a instalação observar-se-ão rigorosamente as regras da arte.

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Memória descritiva
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Bragança, 20 de dezembro de 2023

O Engenheiro Eletrotécnico,

______________________________________________
projetista – Céd. Prof. N.º _______ Ordem dos Engenheiros)

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