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Engenharia
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Engenharia PROJETOS ELÉTRICOS RESIDENCIAIS
Sumário
1 – Introdução ao AutoCAD
1.1 – O que é o AutoCAD
1.2 – Configurações básicas
1.3 – Criando e editando layers ou camadas
1.4 – Arquivo template
1.5 – Comandos de desenho
1.6 – Comandos de edição
1.7 – Comandos de visualização
1.8 – Apresentação do projeto base
1.9 – Prática para confecção ou edição de plantas
1.10 – Configuração de layers, folhas e plotagem
Revisão
AUTORES: Ianna Cavalcante e Edenio Galvão
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3. Proteções
3.1 - Disjuntores
3.1.1 - Introdução
3.1.2 - Dimensionamento da proteção contra sobrecarga
3.1.3 - Dimensionamento da proteção contra curto-circuito
3.2 - DR
3.3 – DPS
3.3.1 Classes de DPSs
3.3.2 Corrente máxima de descarga (Imáx)
3.3.3. Corrente nominal de descarga (In)
3.3.4. Tensão máxima contínua (Uc)
3.3.5. Nível de tensão de proteção [Up
4. Padrão de entrada
4.1 – Entrada de serviço
4.2 - Medição
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Capítulo 1
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1. AutoCAD
• TELA INICIAL
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• RIBON
• CONFIGURAÇÕES
• Display
Pode-se alterar a cor do tema para claro ou escuro e a cor de fundo do programa
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• Open and Save
Nessa aba podemos modificar o tempo de salvamento automático e em que versão nosso
AutoCAD irá salvar o arquivo
• User Preferences
Alteramos a nossa unidade de medida para metros
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• LAYERS
Camadas de um desenho, independentes entre si, que agrupam os elementos
do desenho criados pelo usuário. São responsáveis por atribuir algumas características que
posteriormente irão refletir na configuração de impressão. Além disso, é também uma
forma de atribuir características em massa a um conjunto de elementos semelhantes.
De modo geral, costuma-se utilizar layers diferentes para cada conjunto de
elementos distintos do desenho, previamente à sua utilização efetiva.
• Atalho: LA
• ALGUNS COMANDOS
LINE _________________________________________________ L
RECTANGLE __________________________________________ REC
CIRCLE _______________________________________________ C
ARC __________________________________________________ A
XLINE e RAY __________________________________________ XL – RAY
SPLINE _______________________________________________ SPL
MOVE ________________________________________________ M
TRIN _________________________________________________ TR
COPY _________________________________________________CO
ROTATE ______________________________________________ RO
MIRROR ______________________________________________ MI
JOIN __________________________________________________ J
OFFSET _______________________________________________ O
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• PLANTA BAIXA
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Capítulo 2
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2. Projeto elétrico
A seguir será listado o passo a passo para a execução de um projeto elétrico baseado na norma
NBR 5410 de instalações elétricas em baixa tensão.
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2.1.1. Simbologia
Na grande maioria dos casos é utilizada a simbologia estabelecida pela NBR
5444:1989, que embora cancelada ainda é tomada como referência, ficando a critério de cada
projetista qual deve ser adotada.
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3) Com área superior a 6 m2, deverá ser prevista uma carga mínima de 100 VA para
os primeiros 6 m2, acrescida de 60 VA para cada aumento de 4 m² inteiros.
A norma não prevê cargas de iluminação em áreas externas, ficando a cargo do projetista a
decisão sobre que potência será usada.
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Exemplo:
TOTAL - - 560
𝑃(𝑊) = 𝑃(𝑉𝐴) ⋅ 𝐹𝑃
Caso seja considerado o pior caso, onde uma lâmpada incandescente seria instalada, considera-
se o fator de potência igual a 1, pois este tipo de lâmpada é puramente resistiva.
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Nos cômodos ou dependências da instalação, se a área for inferior a 6 m2, pelo menos
um ponto de tomada;
• Se a área for maior que 6 m2, pelo menos um ponto de tomada para cada 5 m, ou fração de
perímetro, espaçados tão uniformemente quanto possível;
• Em banheiros, pelo menos um ponto de tomada junto ao lavatório;
• Em cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos, no
mínimo um ponto de tomada para cada 3,5 m, ou fração de perímetro, sendo que, acima
da bancada da pia devem ser previstas no mínimo duas tomadas, no mesmo ponto ou em
pontos distintos;
• Em subsolos, garagens, sótãos, halls de escadarias e em varandas, salas de manutenção ou
localização de equipamentos, tais como casas de máquinas, salas de bombas, barriletes e
locais análogos, deve ser previsto no mínimo um ponto de tomada.
• No caso de varandas, quando não for possível a instalação de ponto de tomada no próprio
local, este deverá ser instalado próximo ao seu acesso.
• Nas unidades residenciais e nas acomodações de hotéis, motéis e similares, aos pontos de
tomada de uso geral devem ser atribuídas as seguintes potências:
• Em banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais
análogos, no mínimo 600 VA por ponto de tomada, até três pontos, e 100 VA por ponto, para
os excedentes, considerando cada um desses ambientes separadamente;
• Nos demais cômodos ou dependências, no mínimo 100 VA por ponto de tomada.
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• São tomadas destinadas à ligação de um único equipamento, fixo no local onde se encontra a
tomada.
• Deve ser prevista uma TUE para cada equipamento que individualmente consuma uma
corrente igual ou superior a 10 A.
Exemplo
Ar condicionado 9000
TOTAL 15600
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Após os cálculos das cargas de iluminação, TUGs e TUEs, deve-se somar as três potências para
se obter a carga instalada, ou seja, a capacidade máxima de potência que a unidade consumidora
pode absorver da rede elétrica
Exemplo
Iluminação 560
TUGs 3920
TUEs 15600
TOTAL 20080
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De acordo com a norma técnica NT-001 da Coelce (Enel), o tipo de consumidor é definido pela
carga instalada. Outras concessionárias podem optar por definir o tipo de consumidor de acordo
com a demanda prevista.
Acima de 75kW de Carga instalada, o consumidor deve ser alimentado com média tensão
(13,8kV)
Demanda de projeto – É o valor médio de potência que é previsto que a unidade venha a
consumir, levando em conta que nem todas as cargas estarão funcionando ao mesmo tempo. É
útil para que não haja sobredimensionamento da instalação, reduzindo custo com condutores,
eletrodutos e dispositivos de proteção.
𝐷
𝐹𝑑 = ⇒ 𝐷 = 𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡 ⋅ 𝐹𝑑
𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡
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Cálculo da Demanda
𝐷 = 𝑃1 ⋅ 𝑔1 + 𝑃2 ⋅ 𝑔2
Onde,
P1 – Potência de iluminação e TUGs, em Watts.
P2 – Potência de TUEs , em Watts.
g1 – Fator de demanda de iluminação e TUGs.
g2 – Fator de demanda de TUEs.
O fatores de demanda das TUGs , TUEs e iluminação são tabelados conforme é mostrado a
seguir:
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Exemplo:
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A instalação deve ser dividida em tantos circuitos quantos necessários, devendo cada circuito ser
concebido de forma a poder ser seccionado sem risco de realimentação inadvertida através de
outro circuito.
É considerado como circuito o conjunto de pontos de consumo, alimentados pelos mesmos
condutores e ligados ao mesmo dispositivo de proteção (disjuntor).
A divisão da instalação em circuitos deve ser de modo a atender, entre outras, às seguintes
exigências:
a) segurança — por exemplo, evitando que a falha em um circuito prive de alimentação toda
uma área;
b) conservação de energia — por exemplo, possibilitando que cargas de iluminação e/ou de
climatização sejam acionadas na justa medida das necessidades;
c) funcionais — por exemplo, viabilizando a criação de diferentes ambientes, como os
necessários em
auditórios, salas de reuniões, espaços de demonstração, recintos de lazer, etc.;
d) de produção — por exemplo, minimizando as paralisações resultantes de uma ocorrência;
e) de manutenção — por exemplo, facilitando ou possibilitando ações de inspeção e de reparo.
Por norma, são impostas algumas restrições para a divisão de circuitos em unidades residenciais,
hotéis, motéis ou similares:
• circuitos independentes devem ser previstos para os aparelhos com corrente nominal superior
a 10 A (como aquecedores de água, fogões e fornos elétricos, máquinas de lavar, aparelhos de
aquecimento ou para aparelhos de ar condicionado etc.);
• circuitos de iluminação devem ser separados dos circuitos de tomadas;
• em unidades pequenas residenciais, hotéis, motéis ou similares, são permitidos pontos de
iluminação e tomadas em um mesmo circuito;
• Deve-se evitar que os pontos de iluminação sejam alimentados, em sua totalidade, por um só
circuito.
• Recomenda-se que cozinhas, copas e áreas de serviço, que devam constituir um ou mais
circuitos independentes;
• circuitos de iluminação instalados em áreas com piso “molhado” ou instalados em algumas
instalações industriais também deverão ter um condutor de proteção PE.
• A potência máxima de um circuito deve ser de 2200VA para tensões de 220V ou 1270VA,
para tensões de 127V.
• Circuitos com 2 ou 3 fases devem ter sua carga distribuída uniformemente entre as fases.
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Divide-se a potência total de TUGs por 2200 VA (para tensões de 220V) ou 1270 VA (para
tensões de 127V)
Exemplo:
Potência instalada de TUGs = 4900 VA
4900
𝑛= = 2,227 ⇒ 3 circuitos de TUGs
2200
Assim, deve-se dividir as TUGs em 3 circuitos diferentes
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10300
𝑃𝑓 = = 3433,33 VA / fase
3
• As potências distribuídas entre as fases não precisam ser exatamente iguais à média calculada
por fase, mas devem estar o mais próximo possível deste valor para que as correntes na
maior parte do tempo sejam aproximadamente iguais, garantindo o equilíbrio do sistema
trifásico.
• Recomenda-se distribuir inicialmente os circuitos de TUEs entre as fases o mais equilibrado
possível, em seguida os de TUGs e finalmente os de iluminação
• Deve-se tomar cuidado para a potência de cada fase não desviar muito do valor médio
calculado anteriormente, de forma a evitar que a corrente da fase mais carregada ultrapasse o
valor de corrente do disjuntor geral.
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Localização
• Em locais de fácil acesso, de tal forma que possibilite a maior funcionalidade possível da
instalação e ainda ser providos de identificação do lado externo, legível e não facilmente
removível.
• Proximidade geométrica das cargas, possibilitando uma simetria entre as cargas da instalação.
• Próximos ao centro de carga da instalação, que é o ponto ou região onde se verifica a maior
concentração de potência.
• Em locais seguros, não permitindo o acesso de terceiros. Não devem ser submetidos a
vibrações ou choques mecânicos.
• Não devem ser instalados em locais que possam ficar fechados com chave, ou de difícil
acesso, como quartos, sótãos, porões e banheiros.
• Não devem ser instalados próximos a pontos de gás ou umidade.
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Sequência correta
da representação:
neutro, fase e
1 a terra
2.5
Na parte inferior
é indicada a
bitola dos
condutores
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Definições
• Fio - Condutor sólido, maciço, provido de isolação, usado diretamente como condutor de
corrente. Também conhecido como condutor rígido e fabricado em diâmetro de até 16mm2.
Não recomentado para instalações residenciais por ser pouco flexível.
• Cabo - É um conjunto de vários fios reunidos para formar um condutor elétrico. O conjunto é
torcido em forma helicoidal formando o encordoamento. Podem ser compactados ou não
compactados.
FONTE: INDUSCABOS
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FONTE: IPCE
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• Circuitos monofásicos
𝑃
𝐼=
𝑉
Onde,
P = Potencia nominal do circuito
V = Tensão no circuito
• Circuitos trifásicos
𝑃
𝐼=
3 ⋅ 𝑉𝐿 ⋅ 𝜂 ⋅ cos 𝜑
Onde,
P = Potência nominal das cargas no circuito, em W ou VA
V = Tensão de linha no circuito.
η = Rendimento.
cosφ = Fator de potência
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𝐼
𝐼′ =
𝐹𝐶𝑇⋅𝐹𝐶𝐴
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6.2.7.1 Em qualquer ponto de utilização da instalação, a queda de tensão verificada não deve ser
superior aos seguintes valores, dados em relação ao valor da tensão nominal da instalação:
a) 7%, calculados a partir dos terminais secundários do transformador MT/BT, no caso de
transformador de propriedade da(s) unidade(s) consumidora(s);
b) 7%, calculados a partir dos terminais secundários do transformador MT/BT da empresa
distribuidora de eletricidade, quando o ponto de entrega for aí localizado;
c) 5%, calculados a partir do ponto de entrega, nos demais casos de ponto de entrega com
fornecimento em tensão secundária de distribuição;
d) 7%, calculados a partir dos terminais de saída do gerador, no caso de grupo gerador próprio.
6.2.7.2 Em nenhum caso a queda de tensão nos circuitos terminais pode ser superior a 4%.
Em resumo temos:
Ponto de Quadro de
Medição Cargas
entrega distribuição
C M QD CARGA
1% 2% 2%
5%
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2. 𝜌. 𝐿 . 𝐼
𝑆=
𝑉𝑓𝑛 . ∆𝑉(%)
Onde,
𝜌 = resistividade do cobre (1/57);
L = distancia (m);
I = corrente de projeto (A);
V = tensão nominal (V);
∆V = queda de tensão admitida (%);
Exemplo:
Potencia da carga: 9000W
Comprimento do trecho: 12m
Tensão: 220V
Queda de tensão admitida: 3%
9000
𝐼= = 41𝐴
220
1
2. . 12.41
𝑆= 57 = 2,62𝑚𝑚2
220. (0,03)
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2.4. Condutos
Os condutos tem a função de abrigar os condutores elétricos e protege-los de ações :
ações mecânicas, térmicas, elétricas e corrosões. Eles protegem o ambiente conta incêndios que
podem resultar do superaquecimentos dos condutores ou de arcos voltaicos.
Em casos de condutos metálicos, o revestimento aterrado evita perigos de choque e proporciona
um percurso pra terra, funcionando como condutor de proteção em algumas condições
específicas.
Quanto ao
material
Metálicos: Aço carbono
galvanizado ou esmaltado,
alumínio, etc.
Rígidos
Quanto à
flexibilidade
Flexíveis
Soldados
Forma de
conexão
Rosqueáveis
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2.4. Condutos
2.4.1 - Classificação dos eletrodutos
Os eletrodutos citados anteriormente são os mais comumente usados em
instalações residenciais, no entanto, há uma grande variedade de configurações de eletrodutos
com outras aplicações.
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2.4. Condutos
2.4.1 - Classificação dos eletrodutos
6.2.10.2 Admite-se que os condutos fechados contenham condutores de mais de um circuito nos
seguintes casos:
a) quando as quatro condições seguintes forem simultaneamente atendidas:
- os circuitos pertencerem à mesma instalação, isto é, se originarem do mesmo dispositivo geral
de manobra e proteção;
- as seções nominais dos condutores de fase estiverem contidas dentro de um intervalo de
- três valores normalizados sucessivos;
- todos os condutores tiverem à mesma temperatura máxima para serviço contínuo; e
- todos os condutores forem isolados para a mais alta tensão nominal presente; ou
b) no caso dos circuitos de força, de comando e/ou sinalização de um mesmo equipamento.
6.2.11.1.1 É vedado o uso, como eletroduto, de produtos que não sejam expressamente
apresentados e comercializados como tal.
NOTA Esta proibição inclui, por exemplo, produtos caracterizados por seus fabricantes como
“mangueiras”.
6.2.11.1.2 Nas instalações elétricas abrangidas por esta Norma só são admitidos eletrodutos não
propagantes de chama.
6.2.11.1.3 Só são admitidos em instalação embutida os eletrodutos que suportem os esforços de
deformação característicos da técnica construtiva utilizada.
6.2.11.1.4 Em qualquer situação, os eletrodutos devem suportar as solicitações mecânicas,
químicas, elétricas e térmicas a que forem submetidos nas condições da instalação.
6.2.11.1.5 Nos eletrodutos só devem ser instalados condutores isolados, cabos unipolares ou
cabos multipolares.
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2.4. Condutos
2.4.2 – Taxa máxima de ocupação
6.2.11.1.6 As dimensões internas dos eletrodutos e de suas conexões devem permitir que, após
montagem
da linha, os condutores possam ser instalados e retirados com facilidade. Para tanto:
a) a taxa de ocupação do eletroduto, dada pelo quociente entre a soma das áreas das seções
transversais
dos condutores previstos, calculadas com base no diâmetro externo, e a área útil da seção
transversal
do eletroduto, não deve ser superior a:
- 53% no caso de um condutor;
- 31% no caso de dois condutores;
- 40% no caso de três ou mais condutores;
b) os trechos contínuos de tubulação, sem interposição de caixas ou equipamentos, não devem
exceder 15 m de comprimento para linhas internas às edificações e 30 m para as linhas em áreas
externas às edificações, se os trechos forem retilíneos. Se os trechos incluírem curvas, o limite
de 15 m e o de 30 m devem ser reduzidos em 3 m para cada curva de 90°.
FONTE: FOXLUX
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2.4. Condutos
2.4.3 – Dimensionamento
Primeiramente deve-se determinar a área total ocupada pelos condutores e o
diâmetro externo do eletroduto (mm ou polegadas), aplicando-se uma tabela fornecida pelo
fabricante dos condutores. Caso os condutores sejam de mesma seção, a tabela seguir pode ser
usada como referência.
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2.4. Condutos
2.4.3 – Dimensionamento
Em casos de condutores de seções diferentes, de modo geral, podem ser usadas as tabelas a
seguir como referencia para o dimensionamento.
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2.4. Condutos
2.4.3 – Dimensionamento
Exemplo:
1 2 3
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2.4. Condutos
2.4.3 – Dimensionamento
Quando não for possível evitar a passagem da linha por locais que impeçam,
por algum motivo, a colocação de caixa intermediária, o comprimento do trecho contínuo pode
ser aumentado, desde que seja utilizado um eletroduto de
tamanho nominal imediatamente superior para cada 6 m, ou fração, de aumento da distância
máxima calculada segundo os critérios da alínea b). Assim, um aumento, por exemplo, de 9 m
implica um eletroduto com tamanho dois degraus acima do inicialmente definido, com base na
taxa de ocupação máxima indicada na alínea a).
𝐿𝑀Á𝑋 = 15 − 3𝑁
𝐿𝑅𝐸𝐴𝐿 − 𝐿𝑀Á𝑋
𝑁𝐴 =
6
Onde,
LMÁX = Comprimento máximo entre duas caixas;
N = Número de curvas de 90° existentes no trecho (de zero a três);
LREAL = Comprimento real do trecho;
A = Aumentos de bitolas nominais do eletroduto
Exemplo:
3 # 25 mm2 (25 mm2) T 16mm2;
3 # 50 mm2 (25 mm2) T 25mm2 ;
3 # 35 mm2 T 16mm2 ;
5m 2m
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2.4. Condutos
2.4.3 – Dimensionamento
Número de curvas: 3
Comprimento total: 10m
𝐴 𝑇𝑂𝑇𝐴𝐿 = 3. 10,7 + 3. 13,8 + 3. 18,1
𝐴 𝑇𝑂𝑇𝐴𝐿 = 127,8𝑚𝑚²
𝐿𝑀Á𝑋 = 15 − 3. 3 = 6𝑚
Número de aumentos
𝐿𝑅𝐸𝐴𝐿 − 𝐿𝑀Á𝑋
𝑁𝐴 =
6
10 − 6
𝑁𝐴 = = 0,67
6
Ou seja, deve ser feito um aumento na seção do eletroduto, no caso, de 3/4“ para 1”
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Capítulo 3
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3. Proteções
Em uma instalação elétrica, os equipamentos de proteção têm de ser capazes de
conduzir, estabelecer e interromper correntes em condições normais e anormais de
funcionamento. Os dispositivos de proteções podem ser classificados como:
Corrente Nominal: É aquela que o dispositivo é capaz de conduzir em regime contínuo, sem
que a elevação da temperatura de suas diferentes partes exceda os valores especificados por
norma.
Sobrecorrentes: São correntes que excedem o valor nominal, podendo ser originadas por
solicitação do circuito acima de suas características de projeto (sobrecarga) ou por falta
elétrica (curto-circuito).
Correntes de sobrecarga: Correntes moderadamente superiores às correntes nominais, devido
a equipamentos que trabalham com potências acima dos valores projetados pelo fabricante,
causando um aquecimento elevado que prejudica o equipamento e a instalação após algum
tempo.
Correntes de curto-circuito: Correntes bastante elevadas que aquecem os condutores em um
curtíssimo intervalo de tempo, provenientes de defeitos graves (falha de isolação para a terra,
para o neutro ou entre fases distintas). Normalmente 1000% maiores que a corrente nominal
do circuito podendo chegar a 10000%.
Corrente de ruptura, capacidade de ruptura ou de interrupção: É o valor de corrente que o
dispositivo de proteção é capaz de interromper, sob uma tensão dada em condições
estabelecidas pela norma. Significa o maior valor de corrente de curto circuito que o
dispositivo é capaz de interromper sem soldar os contatos ou explodir. Normalmente dado em
kA.
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3. Proteções
Seletividade
É a coordenação dos dispositivos de proteção, para
que um defeito proveniente de qualquer ponto da rede,
seja eliminado pela proteção localizada
imediatamente a montante ao defeito, e só por ela.
Para todos os valores de defeito, desde uma
sobrecarga até um curto-circuito instantâneo (franco),
a coordenação é totalmente seletiva se D2 abrir e D1
permanecer fechado. Se a condição anterior não for
respeitada, a seletividade será parcial ou nula.
Curvas tempo x corrente
É um gráfico fornecido pelo fabricante que correlaciona o tempo que um dispositivo leva
até atuar com a intensidade da sobrecorrente que o atravessa. Quanto maior a intensidade
da corrente, mais rápido o dispositivo deve atuar.
Valores de ajuste das proteções de curto circuito :
B - o valor de ajuste da proteção de curto circuito fica entre 3 e 5 x In ( corrente nominal do
disjuntor) Ex: para circuitos de distribuição de tomadas , iluminação e alimentadores cujas
cargas sejam de características resistivas ou de pequena potencia indutivas ( ex.-
ventiladores pequenos). Circuitos onde o comprimento dos condutores sejam grandes ,
onde a impedância dos condutores atenuam o valor da corrente de curto circuito , o que
exige um valor de atuação baixo , entre 3 a 5 x In
C- o valor de ajuste da proteção de curto circuito fica entre 5 e 10 x In. Ex: para circuitos
de distribuição de tomadas , iluminação e alimentadores cujas cargas podem ser de
potencias indutivas pequenas e medias de uso domestico ( ex. - exaustor )
D- o valor de ajuste da proteção de curto circuito fica entre 10 e 14 x In. Ex: Para circuitos
de distribuição com alimentadores de cargas indutivas de media potencia ( ex. - ar
condicionado).
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3. Proteções
3.1 - Disjuntores
𝑎)𝐼𝑝 ≤ 𝐼𝑛 ≤ 𝐼𝑧
𝑏)𝐼2 ≤ 1,45 ⋅ 𝐼𝑧
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6200
𝐼𝑃 = = 28,18𝐴
220
Condutor de 4mm²
Máxima corrente suportada pelo condutor: 32A
𝐼𝑝 ≤ 𝐼𝑛 ≤ 𝐼𝑧 ⇒ 28,18 ≤ 𝐼𝑛 ≤ 32 ⇒ 𝐼𝑛 = 32A
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𝐼𝑅 ≥ 𝐼𝐶𝑆
𝑡 ≥ 𝑇𝐷𝐷
𝐾2 ⋅𝑆 2
𝑡= 2
𝐼𝐶𝑆
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2000
𝐼𝐶𝑆 Τ𝐼𝑛 = = 80
25
𝐾 2 ⋅ 𝑆 2 1152 ⋅ 42
𝑡= 2 = = 0,053s
𝐼𝐶𝑆 20002
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3. Proteções
3.2 - DRs
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3.2 – DRs
Tipos
Tipo AC - Detecta correntes residuais alternadas e são normalmente utilizados em
instalações elétricas residenciais, comerciais e prediais, como também em instalações
elétricas industriais de características similares.
Tipo A - Detecta correntes residuais alternadas e contínuas pulsantes; este tipo de
dispositivo é aplicável em circuitos que contenham recursos eletrônicos que alterem a
forma de onda senoidal.
Tipo B - Detecta correntes residuais alternadas, contínuas pulsantes e contínuas puras.
Este tipo de dispositivo é aplicável em circuitos de corrente alternada com frequências
de 50/60 Hz, normalmente trifásicos que possuam em sua forma de onda partes
senoidais, meia-onda, ou ainda formas de ondas de corrente contínua, geradas por
cargas como: equipamentos eletromédicos, entre outros. Seus valores de disparo são
definidos em até 2 kHz.
Aplicações
Interruptor DR - Serve para desarmar em caso de corrente de fuga não oferece
proteção contra sobrecarga e curto circuito.
Disjuntor DR - Indicado para casos que existe limitação de espaço ele protege contra
sobrecarga, curto circuito e fuga de corrente.
Módulo DR - É um dispositivo destinado a ser associado a um disjuntor
termomagnético, adicionando a este a proteção diferencial residual, ou seja, esta
associação permite a atuação do disjuntor quando ocorrer uma sobrecarga, curto
circuito ou corrente de fuga à terra. É recomendado para instalações onde a corrente
de curto circuito for elevada.
Sensibilidade (IΔn).
Proteção básica: 30mA. Contato direto com partes energizadas pode ocasionar fuga
de corrente através do corpo humano para a terra.
Proteção supletiva:100mA a 300mA. No caso de uma falta interna em algum
equipamento ou falha na isolação, peças de metal podem se tornar vivas
(energizadas).
Proteção contra incêndio: 500mA. Corrente para a terra com este valor pode gerar
arcos/faíscas e provocar incêndios.
Escolha da corrente nominal do Dispositivo DR (In).
Corrente nominal
A corrente nominal do DR deve sempre ser IGUAL ou ainda MAIOR que a corrente
nominal do disjuntor, imediatamente a montante dele (antes do Dispositivo DR).
Isso é importante para que o Dispositivo DR seja protegido contra curtos-circuitos,
visto que o Dispositivo DR não faz a proteção contra sobrecorrentes de qualquer tipo.
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3. Proteções
3.3 - DPS
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3.3 – DPS
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3.3 – DPS
Na carcaça do DPS existem uma serie de informações importantes que devem ser
consideradas na hora da escolha do dispositivo adequado.
Corrente máxima de
descarga
Nível de tensão de
Corrente nominal de proteção
descarga.
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3.3 – DPS
3.3.1 Classes de DPSs
Os DPSs são classificados quanto ao tipo de teste ao qual foram submetidso em
termos de corrente de descarga.
Classe I:
Pertencem os DPSs testados pelo fabricante com um gerador de forma de onda de
10/350 μs.
Esta forma de onda é usada para simular o primeiro impacto direto de um raio e
define o desempenho do DPS em termos de corrente de impulso Iimp.
Os DPSs de Classe I são obrigatórios em edifícios equipados com pára-raios.
São instalados no QGBT de uma edificação, no ponto de ligação com a rede elétrica.
Classe II:
São testados com um gerador de forma de onda 8/20 μs (típica dos surtos de tensão
induzidos) para definir o desempenho em termos de corrente nominal e corrente
máxima, respectivamente In e Imax.
Tem menor capacidade de escoamento, porém menor nível de proteção, o que é
adequado para muitos equipamentos.
São instalados em quadros de distribuição.
Classe III:
pertencem a esta classe, os dispositivos que desempenham um papel de terminação;
A maior parte da energia é retirada pelos DPS instalados em um ponto anterior.
Os DPSs de Tipo 3 são os mais rápidos, e eliminam os surtos de tensão residuais.
São instalados próximos aos aparelhos eletroeletrônicos finais.
Seção nominal
O condutor das ligações DPS–PE, no caso de DPS instalados no ponto de entrada da
linha elétrica na edificação ou em suas proximidades, deve ter seção de no mínimo 4
mm2 em cobre ou equivalente.
Quando esse DPS for destinado à proteção contra sobretensões provocadas por
descargas atmosféricas diretas sobre a edificação ou em suas proximidades (SPDA), a
seção nominal do condutor das ligações DPS–PE deve ser de no mínimo 16 mm² em
cobre ou equivalente.
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3.3 – DPS
3.3.2 Corrente máxima de descarga (Imáx)
É o valor de pico da corrente máxima com forma de onda de 8/20 μs que o DPS pode
descarregar pelo menos uma vez sem quebrar.
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Capítulo 4
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4.2 – Medição
A energia fornecida a cada consumidor deve ser medida em um só ponto, não sendo
permitida medição única a mais de um consumidor. O medidor e demais
equipamentos de medição devem ser fornecidos e instalados pela Enel Distribuição
Ceará, às suas expensas, exceto quando previsto o contrário em legislação específica.
Nas áreas de corrosão muito severa devem ser utilizadas caixas de medição em
policarbonato ou em liga de alumínio com a tampa em policarbonato transparente.
Nas instalações fora da área de corrosão muito severa podem ser utilizadas caixas de
medição conforme item acima ou caixas metálicas com tampa em policarbonato
transparente.
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Referencial teórico
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