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ENG 362 I - 2020

ÍNDICE


1. Introdução – Fontes de energia 2
2. Redes de distribuição de energia elétrica 2
3. Fornecimento de energia elétrica (normas Cemig- ND 5.2 – versão de dezembro de 8
2017 – publicada em 18/02/2019)
4. Método de distribuição de cargas – NBR 5410/2015 9
5. Circuitos 10
6. Quadro de Distribuição de Circuitos ou de Cargas (QDC) 11
7. Dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito dos condutores 13
7.1 Disjuntor termomagnético 14
7.2 Proteção individual de pessoas, equipamentos ou patrimônio – DR’s 18
7.3 Dispositivo de proteção contra surto de tensão – DPS 22
8. Previsão de cargas com lançamento da iluminação e tomadas de uso geral e 23
específico
8.1 Ligando lâmpadas – Circuito de Iluminação 23
8.1.2 Diagrama 26
8.1.3 Simbologia 26
CONDUTOR DE PROTEÇÃO – FIO TERRA 28
8.2 Ligando Tomadas 32
8.2.1 Tomadas de Uso Geral (TUG) 33
8.2.2 Tomadas de Uso Específico (TUE) 34
8.2.3 Ligando Chuveiro 37
9. Fiação / condutores 37
10. Métodos para dimensionamento do condutor fase 41
10.1 Capacidade de corrente do condutor – 1. Método 42
10.2 Queda de tensão – 2. Método 43
10.3 Cálculo da seção do condutor fase sem uso de tabela 44
11 Eletroduto 48
11.1 Recomendações para a representação da tubulação 52
12 Previsão de carga 53
13 Critérios para a elaboração de projetos 54
14 Etapas e partes componentes da elaboração de projeto elétrico 54
15 Entrega do Projeto Final – Conteúdo 55
16 Exemplo de execução de projeto residencial – ETAPAS 57
17 Cálculo de demanda – conforme norma da Cemig 60
18 Tabelas Cemig – ND 5.1 65
19 Check List – Baixa Tensão 69
20 Instruções da Cemig para aprovação do projeto elétrico 71
21 Manual do consumidor n.11 - Materiais e equipamentos aprovados para 76
padrões de entrada - Cemig
22 Folha Modelo Cemig 78
23 Itens a serem verificados para a Certificação da Obra 79
24 Formulário Cemig para solicitação de análise de rede 80
25 Exemplo de erros 81

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ENG 362 – PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E DE COMUNICAÇÃO
CADERNO DIDÁTICO COMPLEMENTAR
DEA – DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA
IFSULDE MINAS – DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA
1. INTRODUÇÃO – FONTES DE ENERGIA
Energia é a capacidade de produzir trabalho e ela pode se apresentar sob várias
formas:
 Energia Térmica;
 Energia Mecânica;
 Energia Elétrica;
 Energia Química;
 Energia Atômica; etc.
Uma das mais importantes características da energia elétrica é a possibilidade de
sua transformação de uma forma para outra.

2. REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

Figura 1 – RDP (Rede de Distribuição Primária) alta ou média tensão – 6.600V, 13.800V,
34.500V etc.

Figura 2 – RDS (Rede de Distribuição Secundaria) baixa tensão  1.000 V – 127V/220V,


220V/380V (NBR 5410).

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Obs: * = Local de passagem de veículos pesados


- A-B = Ramal de ligação
- B-C = Ramal de entrada
- A-C = Entrada de serviço
- C-D = Ramal interno

Figura 3a – Componentes e alturas mínimas do ramal de ligação ao solo – ND 5.1.

Figura 3b – Esquema simplificado da entrada de serviço – NBR 5410.

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Figura 3c – Esquema detalhado do ponto de derivação até a carga de uma residência em


corte.

 Ramal de ligação ou serviço – Conjunto de condutores, acessórios e equipamentos


instalados pela concessionária entre o ponto de derivação (A) da rede secundária e o
Ponto de Entrega (PE).

O ramal de ligação pode entrar por qualquer lado da edificação desde que não corte
terreno de terceiros e que seja de fácil acesso para as equipes de construção,
manutenção e operação da Cemig

RAMAL AÉREO
a) O comprimento máximo do ramal de ligação em área URBANA é de 30 m –
medidos a partir da base do poste até A divisa da propriedade do consumidor com
a via pública (ponto de entrega)
b) não cortem terrenos de terceiros, exceto no seguinte atendimento: quando o
transformador é instalado dentro de uma propriedade rural e é utilizado para a
ligação do padrão dessa propriedade e da propriedade adjacente desde que sejam
atendidos, simultaneamente, os seguintes critérios:
 o ramal de ligação aéreo passe somente sobre a cerca que divide as duas
propriedades;
 o ramal de ligação aéreo tenha comprimento máximo de 30 metros;

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 a distância cabo solo seja conforme as distâncias mínimas, medidas na
vertical.
c) não passem sobre áreas construídas;
d) devem ficar fora do alcance de janelas, sacadas, telhados, terraços, muros,
escadas, saídas de incêndio ou locais análogos;
e) devem ficar a uma distância horizontal igual ou superior a 1,20 metros de janelas;
f) devem ficar a uma distância vertical igual ou superior a 3,50 metros acima do piso
de sacadas, terraços ou varandas;
g) devem ficar a uma distância vertical igual ou superior a 0,50 metro abaixo do piso
de sacadas, terraços, varandas ou telhados (beiral); e
h) devem ter afastamento mínimo de 0,50 m de fios e cabos de telefonia.

Dois irmãos tomam choque em fio de alta tensão em BH – 08/03/2009 - Duas crianças sofreram queimaduras graves ao
sofrerem um choque elétrico no bairro Grajaú, na Região Oeste de Belo Horizonte. O casal de irmãos teria encostado uma
barra de metal na fiação que leva energia à casa, no início da tarde desta segunda-feira. Segundo informações de
familiares, as crianças estavam em cima da laje da casa de um tio, quando tiveram contato com a rede elétrica. Parte do
teto no local da explosão veio abaixo. As roupas no varal também queimaram. João Antônio da Silva, dono da casa e tio
das crianças está inconsolável. De acordo com o Corpo de Bombeiros, Diogo da Silva Nascimento, de 10 anos, teve
queimaduras de primeiro grau no braço direito e foi socorrido por populares. A irmã dele, Nicolly da Silva Nascimento, de
oito anos, teve 100% do corpo queimado e corre risco de vida. Ela foi socorrida pela unidade de resgate dos bombeiros
para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. Os bombeiros informaram que os pais das crianças também receberam
cuidados médicos no hospital porque ficaram abalados. A Cemig fez a perícia no local e restabeleceu a energia na casa.
Mais de 50 moradores que ficaram sem luz

a) Medidas mínimas na vertical entre o ponto de maior flecha e o solo da RDS até o
PE:
– 3,5 m quando o medidor estiver do mesmo lado do poste, portanto atravessando
vias de públicas de pedestres e entradas de garagem de automóveis;
– 5,5 m atravessando vias públicas com trânsito de veículos e entradas de garagem
de veículos pesados;
– 6,0 m atravessando rodovias e ferrovias; e
– 7,0 m atravessando rodovias federais.
b) Os cabos de ligação são do tipo MULTIPLEX – condutor(es) de alumínio isolado(s)
para a fase e torcido(s) em torno de um condutor de alumínio NU que tem a função
de neutro e sustentação dos demais.
– Ligação a 2 fios – Duplex, com isolação do condutor fase em PE-70oC para
0,6/1kV e condutor neutro alumínio simples
– Ligação a 3 fios – Triplex, com isolação e tipo de neutro idênticos ao Duplex
– Ligação a 4 fios – Quadruplex, com isolação do condutor fase em XLPE-90oC para
0,6/1kV e condutor neutro de alumínio-liga
– Para fixação do cabo Multiplex deve ser utilizado um dos sistemas de ancoragem:
I. parafuso olhal, para instalação em poste ou pontalete; II. armação secundária
de um ou dois estribos, de aço, zincada por imersão a quente, com isolador tipo
roldana para instalações em poste, pontalete ou parede; e III. chumbador-olhal,
para instalação em parede.

 Ponto de Entrega (PE) – Ponto até onde a concessionária se obriga a fornecer energia
elétrica com investimentos próprios e responsabiliza-se pela execução dos serviços,
pela operação e pela manutenção. É o limite de responsabilidade técnica, jurídica e
financeira entre concessionária e consumidor. Corresponde à conexão do ramal de
entrada do consumidor ao sistema elétrico da concessionária.
 Ramal de entrada – Conjunto de condutores, acessórios e equipamentos instalados
pelo consumidor entre o Ponto de Entrega até a medição, inclusive.

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– O condutor não pode ter emenda, tem que ser de cobre e isolamento de PVC
(Cloreto de Polivinila), 70 C/750 V.

Padrão = Pontalete ou Poste + Medidor + Ramal de Entrada

Figura 4 – Detalhe da parte superior de um Pontalete ou Poste indicando o PE.

ND 5.1 - O padrão de entrada deve ser construído no limite da propriedade da


edificação com o passeio público e com a leitura para a via pública conforme um dos
modelos constantes do Capítulo 7 da ND-5.1. Opcionalmente, para as unidades
consumidoras abaixo o padrão de entrada pode ser instalado no interior dessas unidades
admitindo-se um afastamento máximo de 6 metros do limite da propriedade da edificação
com o passeio público:
a) Unidade consumidora tipo F;
b) Unidade consumidora localizada em condomínio fechado onde, de forma
escrita, é proibida a instalação de qualquer barreira física na divisa da
propriedade particular com o passeio público;
c) Unidade consumidora comercial;
d) Unidade consumidora localizada em área de edificações tombadas como
patrimônio histórico;
e) Deve ser previsto um portão de acesso a, no máximo, 5 (cinco) metros da
caixa de medição. Desta forma, a distância máxima a ser percorrida dentro da
propriedade do consumidor para acesso a essa caixa de medição deve ser de
5 (cinco) metros a partir do passeio público; e
f) Não é permitida a instalação do padrão de entrada em área de recuo que
representa uma extensão do passeio público, exceto se a prefeitura local
permitir que o padrão de entrada seja construído nesta área, ou em
pavimento superior ao nível da rua.

Unidade de Consumo – Instalação elétrica pertencente a um único consumidor,


recebendo energia elétrica em um só ponto, com sua respectiva medição. O medidor ou
a medição deve:
– ser de fácil acesso;
– estar do lado de fora (cachorros etc.);
– ter um único medidor por casa;
– estar na faixada frontal da casa; e
– ter altura (piso) = 1,50m  0,10m.

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Condutor de ATERRAMENTO ≠ de cond. TERRA


Figura 5 – Detalhe esquemático da caixa medidora para fornecimento monofásico e foto
de montagem de uma caixa medidora trifásica.

Componentes
a) Chave Geral (Disjuntor) – limita a quantidade da corrente que depende da carga
instalada.
b) Medidor – 2 terminais amperimétricos ligados em série (medir a corrente) e dois
voltimétricos em paralelo (medir a tensão).
E = P.t para P = V. I (cos Ɵ = 1)
E = V.I.t (kWh)
em que V = tensão, I = Corrente e t = tempo
c) Condutor Neutro (proteção e neutro) – é aterrado para dar segurança à instalação
– cria um caminho para terra de qualquer corrente de fuga indesejada.
d) Condutor de PROTEÇÃO ou Terra - É o condutor que desviará a corrente de fuga
para a terra que surge quando acontecem falhas de funcionamento nos
equipamentos elétricos energizando a carcaça metálica desses equipamentos,
evitando acidentes.
e) Condutor de ATERRAMENTO - é o condutor que interliga o neutro ao(s)
eletrodo(s) de aterramento (haste de aterramento ou malha de aterramento),
através do conector de aterramento da caixa de medição e/ou proteção.
f) A caixa de passagem abaixo ou acima do relógio medidor é o ponto inicial do
projeto considerando a NBR 5410.

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g) A caixa de medição deve ser aterrada pelo condutor apropriado de aterramento.
Quando este for cabo, utilizar terminal para aterramento conforme Desenho 70
(ND-5.2); o condutor de aterramento deve ficar exposto para inspeção quando do
pedido de ligação.

3. FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA (Normas Cemig- ND-5.2 – Versão de


dezembro de 2017 – publicada em 18/02/2019)

Limite de fornecimento – é estabelecido por cada concessionária, em função da


potência instalada ou potência demandada e o tipo de carga ou de fornecimento.
Consumidor individual (Edificação urbana, residencial, comercial e industrial) –
recebe fornecimento de energia elétrica em tensão secundária de distribuição com
potência instalada (PI) ou carga instalada.
Abrange as unidades consumidoras urbanas ou rurais atendidas por redes
secundárias trifásicas (127V/220V ou bifásicas 127V/254V),

Consumidor Tipo A PI  10 kW - Fornecimento monofásico:


 dois fios: fase-neutro;
 tensão: 127 V; e
 da qual não constem:
a) motores monofás. com potência nominal superior a 2 cv; e
b) máquina de solda a transformador com potência nominal
superior a 2 kVA.
Consumidor Tipo B que não se enquadram no fornecimento tipo A, com carga
instalada até 15kW
PI  15 kW - Fornecimento bifásico:
 três fios: dois condutores fases e um neutro;
 tensão: 220/127 V; e
 da qual não constem:
a) os aparelhos vetados ao fornecimento tipo A, se alimentados
com 127 V;
b) motores monofásicos com potência nominal superior a 5 cv,
alimentados em 220 V ou 254V; e
c) máquina de solda a transformador, com potência nominal
superior a 9 kVA, alimentada em 220 V ou 254V.
Consumidor Tipo C 15,1 kW  PI  75 kW - Fornecimento trifásico:
 quatro fios: três condutores fases e um neutro;
 tensão: 220/127 V; e
 da qual não constem:
a) os aparelhos vetados ao fornecimento tipo A, se alimentados
com 127 V;
b) motores monofásicos com potência nominal superior a 5 cv,
alimentados em 220 V;
c) motores de indução trifásico com potência nominal superior a
15 cv;
Obs: Na ligação de motores de indução trifásicos com potência
nominal superior a 5cv, devem ser utilizados dispositivos
auxiliares de partida, conforme indicado pela ND 5.1.

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d) máquina de solda tipo motor-gerador, com potência nominal
superior a 30kVA;
e) máquina de solda a transformador, com potência nominal
superior a 15kVA, alimentada em 220V - 2 fases ou 220V - 3
fases em ligação V-v invertida; e
f) máquina de solda a transformador, com potência nominal
superior a 30kVA e com retificação em ponte trifásica,
alimentada em 220V-3 fases.

Consumidor Tipo F PI > 75kW - Fornecimento trifásico


 quatro fios: três condutores fases e um neutro;
 tensão: 220/127 V; e
 Os tipos de aparelhos vetados a este fornecimento
correspondem aos mesmos relacionados para o fornecimento
tipo C.

As unidades consumidoras não enquadradas nos tipos de fornecimento classificados a


seguir devem ser objeto de estudo específico pela Cemig, visando o dimensionamento de
todos os componentes da entrada de serviço.

4. MÉTODO DE DISTRIBUIÇÃO DE CARGAS

A NBR-5410/2015 possui regras destinadas a garantir a segurança das pessoas, dos


animais e dos bens contra surtos elétricos e garantir o funcionamento correto das
instalações. Aplica-se essa norma, principalmente, às instalações elétricas de edificações,
qualquer que seja seu uso (residencial, comercial, público, industrial, de serviços,
agropecuário, hortigranjeiro etc.), incluindo as pré-fabricadas. Mas, é importante
esclarecer e exemplificar a sua aplicação.

NBR-5410 - onde se aplica


 Áreas descobertas externas a edificações;
 Locais de acampamento, marinha e instalações análogas;
 Instalações temporárias como canteiros de obras, feiras etc.;
 Circuitos elétricos alimentados sobtensão nominal igual ou inferior a 1000 V
em corrente alternada (CA), frequência inferior a 400 Hz, ou a 1500 V em corrente
contínua (CC) (modificação vinda da norma NR-10, que estabelece o que é baixa
tensão);
 Circuitos elétricos, que não os internos aos equipamentos, funcionando sob uma
tensão superior a 1 000 V e alimentados através de uma instalação de tensão
igual ou inferior a 1 000 V em corrente alternada (por exemplo, circuitos de
lâmpadas a descarga, precipitadores eletrostáticos etc.)
 Fiações e redes elétricas que não estejam cobertas pelas normas relativas aos
equipamentos de utilização;
 Linhas elétricas fixas de sinal com exceção dos circuitos internos dos
equipamentos;
 Instalações novas e já existentes, sobre reforma;
 Estabelecimentos assistenciais de saúde: unidades móveis ou transportáveis; e
 Instalações fotovoltaicas;
 Grupos geradores de baixa tensão; e
 Compartimentos condutivos.

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NBR-5410 - onde NÃO se aplica
Alguns dos pontos citados pertencem a normas próprias e específicas à instalação,
mesmo estando dentro das instalações de baixa tensão, por isso a NBR-5410 não se
aplica aos mesmos.
 Equipamentos de tração elétrica, incluindo os veículos usados em ferrovias e os
equipamentos de sinalização;
 Equipamentos elétricos de automóveis, exceto unidades móveis ou transportáveis
e reboques;
 Instalações elétricas de embarcações e de plataformas marítimas, sejam fixas ou
móveis;
 Instalações elétricas de aeronaves;
 Instalações de iluminação pública que integram as áreas públicas (Norma para
média tensão – concessionária de energia);
 Instalações em minas e pedreiras (Falta esclarecer as áreas isentas);
 Produtos de redução de radiointerferência, exceto se eles puderem comprometer
a segurança das instalações;
 Cercas elétricas (ver norma NBR IEC 60335-2-76);
 Proteção contra descargas atmosféricas em edificações (ver norma NBR 5419);
NOTA: Os fenômenos atmosféricos são tratados pela NBR 5410, mas apenas no
que se refere às consequências para a instalação elétrica (por exemplo, seleção
do DPS, dispositivo de proteção contra surtos).
 Certas partes das instalações de elevadores; e
 Equipamentos elétricos de máquinas.

A NBR 5410 não é prevista para ser aplicável:


 A redes de distribuição de energia; e
 A instalações de geração e de transmissão.

A aplicação da NBR-5410 não dispensa o seguimento de outras normas aplicadas em


situações ou lugares específicos e os regulamentos que a instalação deve seguir.
Por norma, o método de distribuição radial é o indicado. Esse distribui de forma
eqüidistante todas as cargas. Para tal fim usa-se um ou mais Quadros de Distribuição de
Circuitos.
- Quadro de Distribuição (QD), Quadro de Distribuição de Circuitos (QDC), Quadro de
Distribuição de Luz (QDL) e Quadro de Distribuição Geral (QDG) - ponto de onde se
ramifica a alimentação.

5. CIRCUITOS

Definição – Conjunto de cargas alimentadas pelo mesmo fio e protegidas pelo mesmo
sistema de proteção.
- Todo circuito tem quer ter seu próprio neutro;
- Circuito de iluminação deve ser separado do de tomada. Como exceção, em locais
de habitação, que pontos de tomada, exceto os pontos de tomadas de cozinha,
copas, copas-cozinhas, área de serviço, lavanderias e locais análogos, e pontos de
iluminação podem ser alimentados por circuito comum, desde que as seguintes
condições sejam simultaneamente atendidas:
- 1. A corrente deste circuito comum não deve ser superior a 16A;
- 2. Os pontos de iluminação não sejam alimentados, em sua totalidade, por um só
circuito, caso esse circuito seja comum (iluminação e tomadas); e.
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- 3. Os pontos de tomadas, já excluídos os citados acima, não sejam alimentados,
em sua totalidade, por um só circuito, caso esse circuito seja comum
(iluminação e tomadas).
- Circuito de tomadas – um único circuito pode ter várias tomadas de uso geral;
- Cargas específicas - todo ponto de utilização previsto para alimentar, de
modo exclusivo ou virtualmente dedicado, equipamento com corrente
nominal acima de 10 A deve constituir um circuito independente
- Circuito terminal – do QDC aos pontos de tomada, de iluminação, de equipamentos
etc;
- Circuito de distribuição – do quadro de barramento (ou medidor) ao quadro terminal;
- Circuito de distribuição principal – da chave geral ao quadro de distribuição;
- Circuito de Iluminação = I; e
- Circuito de Tomada = T.

6. QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE CIRCUITOS OU DE CARGAS (QDC)


 Quanto a localização do QDC
– Eqüidistante das cargas;
– Fácil acesso;
– Não obstruído (atrás de quadros);
– Local visível e seguro;
– Não instalar em áreas molhadas (áreas da edificação cuja condição de uso e
exposição pode resultar na formação de lâmina d’água pelo uso normal a que o
ambiente se destina, por exemplo, banheiro com chuveiro, área de serviço e áreas
descobertas) ou úmidas;
– Longe de qualquer fonte de GÁS;
– Se possível, fora da área social (estética); e
– Próximo ao centro de cargas (baricentro).

 Quanto a capacidade de espaço


Deve ter espaço para DR e DPS e uma capacidade de reserva (espaço) que permita
ampliações futuras, isto compatível com a quantidade e tipo de circuitos
efetivamente previstos inicialmente.
Quantidade de circuitos Espaço mínimo destinado a reserva
efetivamente disponível (em número de circuitos e tipos – monof., bif. ou trifásicos)
N
Até 6 2
7 a 12 3
13 a 30 4
N > 30 0,15 N (15%)
As instalações onde não há equipe permanente de operação, composta por pessoal
qualificado, devem ser entregues com seguintes elementos:
a) esquema dos quadros de distribuição com indicação de circuitos e respectivas
finalidades;
b) potências máximas de cada circuito;
c) potências máximas deixadas nos circuitos reservas quando necessário; e
d) recomendação explicita para que não sejam trocados, por tipos com características
diferentes, a proteção do QDC. A advertência da Figura 6 é obrigatória nos QDC’s
destinados a instalações residências e análogas. Esta deve ser fixada antes da
entrega da instalação ao usuário e não deve ser de fácil remoção.

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Figura 6 – Advertência a ser fixada nos quadros de distribuição segundo a


Norma NBR5410/2005 item 6.5.4.10.

Figura 7 – Identificações (do quadro e dos circuitos) e advertência a serem fixadas no


quadro de distribuição e sistema de bloqueio à circuitos para a manutenção.
Tabela 1 – Quadros de distribuição fabricados de PVC anti-chama (ref. Tigre)
Quantidade de disjuntores
Padrão NEMA Padrão DIN (minidisjuntores)
3 4
6 8
12 16
18 24
27 36

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7. DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO CONTRA SOBRECARGA E CURTO-CIRCUITO
DOS CONDUTORES
A proteção nos circuitos se faz para os condutores vivos por um ou mais
dispositivos. A proteção dos condutores não garante necessariamente a proteção dos
equipamentos ligados a esses condutores. Utiliza-se para a proteção dos circuitos o
disjuntor, que é definido como um dispositivo de manobra (mecânico) e de proteção capaz
de estabelecer, conduzir e interromper correntes em condições normais do circuito e
interromper automaticamente correntes em condições anormais como as de curto-circuito
e de sobrecarga.

7.1 DISJUNTOR TERMOMAGNÉTICO

Protegem os condutores contra curto-circuito (correntes elevadas de curta duração) e


sobrecarga (excesso de corrente de pequenas intensidades e longa duração). São ligados
somente aos condutores fase dos circuitos. Sua operação é definida pelo binômio tempo x
corrente. Funcionam com 10.000 operações mecânicas (Liga/Desliga) exigidas por
Norma.
Disjuntor Unipolar ou Monopolar – interrompe somente uma fase
Disjuntor Bipolar – interrompe duas fases
Disjuntor Tripolar – interrompe três fases

 “Termo” (bi metal) – lâmina bi metálica que se aquece e abre o circuito na sobrecarga.
 “Magnético” (bobina) - correntes elevadas criam um campo magnético na bobina que
atrai o núcleo e desarma o disjuntor contra curto-circuito.

Ligado Desligado

Figura 8 – Esquema interno dos disjuntores termomagnéticos quando ligados e


desligados.

Os disjuntores encontrados no mercado são comercializados pela corrente, tipo


construtivo – minidisjuntores ou não e curvas de disparo magnético, Figuras 9, 10, 11, 12
e 13 .

IEC – International Electrotechnical Commission. NEMA – National Electrical Manufacturers


A convenção desta norma aconteceu para ser Association. Maior associação comercial nos
americana. Outros países membros foram Estados Unidos que representa os interesses dos
incluídos: Alemanha, França, Inglaterra, Japão fabricantes da indústria elétrica
e Holanda.

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Minidisjuntores – acoplados em trilhos DIN Disjuntores em caixa moldada


– Padrão Europeu
6, 10, 16, 20, 25, 32, 40, 50, 63, 70A etc. 10, 15, 20, 25, 30, 35, 40, 45, 50, 60, 70,
90, 100, 120, 125, 150, 175, 200, 225,
250A etc.

Figura 9 – Disjuntores – normas que os regem e correntes de atuação

No mercado atualmente existem dois tipos de disjuntores para baixa tensão.


Esses dois modelos de disjuntores apresentam características próprias de atuação e
construção, diferenças estas devido aos testes que são submetidos e em função do rigor
de cada norma. Os disjuntores pretos têm sua caixa moldada em baquelite (resina
sintética, quimicamente estável e resistente ao calor), já os disjuntores brancos são
revestidos de poliéster ou ureia formaldeído. Tradicionalmente, os disjuntores pretos são
os mais utilizados em instalações no Brasil, no entanto, como são baseados em normas
americanas, estes não estão tão adaptados aos circuitos das instalações quanto os
disjuntores brancos que são baseados em normas IEC, o mesmo padrão usado para as
normas brasileiras, isso se considerando uma bitola de condutor especifico. Os
disjuntores brancos possuem capacidade de interrupção de curto-circuito maior que os
pretos por exemplo para um disjuntor GE padrão NEMA de 25 A possui uma capacidade
de interrupção de 3 kA já um disjuntor padrão IEC da mesma marca possui capacidade de
interrupção de 4,5 kA. Os disjuntores em baixa tensão são ditos termomagnéticos pois
possuem dois tipos de disparadores associados: os disparadores térmicos que protegem
contra correntes de sobrecarga e os disparadores eletromagnéticos que protegem contra
correntes de curto-circuito. Também nesses dispositivos os dois disjuntores diferem: o
disjuntor preto possui o disparador magnético vinculado à parte construtiva, e tem o limiar
de atuação não muito sensível. A atuação no dispositivo de destrava do mecanismo de
disparo do disjuntor, depende da grandeza da corrente de curto-circuito. Sua proteção é
realizada por apenas um elemento bimetal, sendo que o disparador eletromagnético não é
bobinado. Já o disjuntor branco cujo disparo magnético é independente, isto é, o limiar de
atuação magnética é dado por um múltiplo de corrente nominal seja qual for o valor dessa
corrente, possuem dois elementos de proteção: um contra curto circuito (bobina) e outro
de sobrecarga (bimetal), independentes, sendo estes mecanismos de alta precisão se
comparados com o disjuntor preto. Desse modo pode-se verificar que o disjuntor branco
possui uma resposta mais rápida frente a correntes de curto que o disjuntor preto. Outros
aspectos podem ser diferenciados entre os dois disjuntores os pretos possuem bornes
com parafuso olhal o que pode possibilitar a soltura do cabo, enquanto os brancos
possuem terminal abraçadeira com ranhuras evitando a desconexão do cabo. O disjuntor
padrão IEC possui câmara de extinção dotada de aletas múltiplas e o disjuntor NEMA
possui apenas como elemento de extinção do arco uma chapa dobrada. Os disjuntores
brancos possuem contatos revestidos de prata possuindo elevada resistência térmica e
elétrica. Os disjuntores pretos têm material sintetizado.

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ENG 362 I - 2020
Para os minidisjuntores, qual a diferença entre as curvas B, C e D?

As curvas B, C e D são definidas para o disparo magnético do disjuntor. Cada


curva determina a corrente que o disjuntor reconhece como um curto-circuito, tendo como
referência a corrente nominal (In) do disjuntor.

Figura 10 – Minidisjuntor em detalhes.

_____________________________________________________________________ 15
ENG 362 I - 2020

Pela Norma ABNT NBR IEC 60898:

Curva B, disparo magnético entre 3 e 5


vezes o valor de In

Aplicações:

- para proteção de circuitos que alimentam


cargas com características
predominantemente resistivas, como
lâmpadas incandescentes, chuveiros,
torneiras e aquecedores elétricos, além
dos circuitos de tomadas de uso geral.

Figura 11 – Curva de disparo tipo B.

Pela Norma ABNT NBR IEC 60898:

Curva C, disparo magnético entre 5 e 10


vezes o valor de In

Aplicações:

- para proteção de circuitos que alimentam


cargas de natureza indutiva que
apresentam picos de corrente no
momento da ligação, como micro-ondas,
ar condicionado, motores para bombas,
além de circuitos com cargas de
características semelhantes a estas.

Figura 12 – Curva de disparo tipo C.

_____________________________________________________________________ 16
ENG 362 I - 2020

Pela Norma ABNT NBR IEC 60898:

Curva D, disparo magnético entre 10 e 20


vezes o valor de In

Aplicações:

- para proteção de circuitos que alimentam


cargas altamente indutivas que
apresentam elevados picos de correntes
no momento da ligação, como grandes
motores, transformadores, além de
circuitos com cargas de características
semelhantes a estas.

Figura 13 – Curva de disparo tipo D.

No dimensionamento usa-se as equações 1 e 2.


IDISJUNTOR  1,25 I CIRCUITO - Aspecto Construtivo (1)
ICIRCUITO  IDISJUNTOR  ICONDUTOR - NBR 5410 (2)

Norma NBR 5410 - Em toda mudança da seção do condutor tem


de haver proteção

PROTEÇÃO INDIVIDUAL DAS UNIDADES CONSUMIDORAS – CEMIG ND-5.2

Os disjuntores termomagnéticos dos padrões de entrada devem atender às


seguintes condições:
a) Corresponder a um dos tipos aprovados pela Cemig e relacionados no
respectivo "Manual do consumidor n° 11 (exceto o disjuntor a ser instalado nas
caixas de automação, quando aplicável);
b) Nos fornecimentos tipo A é obrigatória a utilização de disjuntores monopolares;
c) Nos fornecimentos tipo B é obrigatória a utilização de disjuntores bipolares;
d) Nos fornecimentos tipo C e F é obrigatória a utilização de disjuntores tripolares;
e) Ter capacidade de interrupção mínima em curto-circuito, de 5kA em 127V
(monopolares, bipolares e tripolares até 100A) e 10kA em 220V (bipolares e
tripolares acima de 120A).

_____________________________________________________________________ 17
ENG 362 I - 2020
7.2 PROTEÇÃO INDIVIDUAL DE PESSOAS, EQUIPAMENTOS OU PATRIMÔNIO

7.2.1. DISJUNTOR DIFERENCIAL RESIDUAL (DDR)

É um dispositivo constituído de um disjuntor termomagnético acoplado a um outro


dispositivo: o diferencial residual que protege as pessoas contra choques elétricos. Os
DR’s comparam as correntes na fase e no neutro, e a menor diferença encontrada entre
estes faz o dispositivo atuar e desligar o circuito. Os tipos de disjuntores diferenciais
residuais mais comuns, de alta sensibilidade, existentes no mercado são os bipolares e
tetrapolares.

De acordo com NBR 5410, desde 1997, os dispositivos diferenciais residuais


devem ser aplicados nos seguintes tipos de circuitos:

 Circuitos que alimentam pontos situados em locais contendo chuveiro;


 Circuitos que alimentam tomadas de corrente situadas em áreas externas à
edificação;
 Circuitos que alimentam tomadas de corrente situadas em áreas internas mas
possam alimentar equipamentos situados em área externa; e
 Circuitos que alimentam tomadas de corrente de cozinha, copas-cozinhas,
lavanderias, áreas de serviços, garagens e, em geral, todo local interno molhado
em uso normal ou sujeito a lavagem.

Obs: os dispositivos de proteção devem ser dispostos e identificados de forma que seja
fácil reconhecer os respectivos circuitos protegidos (NBR 5410 - 2015).
Esses são divididos em 3 grupos como indica a Tabela 2a. A Tabela 2b indica os
valores de mercado das correntes nominais de atuação e correntes nominais dos DDR’s
Tabela 2a – Sensibilidade dos dispositivos diferenciais residuais
Sensibilidade Nível de corrente Função

Proteger pessoas contra a fuga de corrente elétrica através


Contra contato direto 0 – 30mA
do corpo humano para terra.

Proteger pessoas e equipamentos no caso de uma falta


Contra contato
100 – 300mA interna em algum equipamento ou falha na isolação. Peças
indireto
de metal podem tornar-se "vivas" (energizadas).

Proteger patrimônio contra correntes para terra de valor


Contra incêndio 500mA elevado que podem gerar arcos/faíscas e provocar
incêndios.

Tabela 2b – Correntes nominais de atuação e correntes nominais dos DR’s


I (Atuação) In (A)
25
40
63
30 mA, 100 mA, 300 mA e 500 mA 80
100
125

_____________________________________________________________________ 18
ENG 362 I - 2020
O limiar de passagem da corrente elétrica no corpo humano, em frequências de
50 e 60 Hz, mais usuais, depende de vários parâmetros: área do corpo que está em
contato, a pele molhada ou seca, a temperatura do corpo, as condições psicológicas do
indivíduo (calmo ou estressado). Este limiar, chamado de “limiar de largar” em mulheres
está entre 6 e 14 mA (média de 10 mA) e homens, entre 9 e 23 mA (média de 16 mA). Em
geral, correntes de 5 mA provocam choques.

Os DR’s de corrente nominal de 30 mA de sensibilidade de atuação podem


disparar a partir de correntes de fuga à terra maiores ou iguais a 15 mA. Este valor pode
ser atingido facilmente de acordo com a natureza das várias cargas ligadas a um único
DR. O Uso de DR’s para um determinado grupo de cargas pode melhorar a continuidade
de operações sem constantes desarmes.

Tomada e interruptor DR – 6 a 30 mA

Figura 14 – Disjuntor diferencial residual bipolar e tetrapolar.

Este dispositivo conjuga as duas funções:

Figura 15 – Disjuntor diferencial residual bipolar.

_____________________________________________________________________ 19
ENG 362 I - 2020
Os disjuntores DR devem ser ligados aos condutores fase e neutro dos circuitos, sendo
que o neutro não pode ser aterrado após o disjuntor.
A proteção de todos os circuitos terminais pode ser feita com disjuntores
termomagnéticos.

Figura 16 – Esquema de QDC sem o fio terra na entrada e com proteção geral utilizando
o disjuntor DR.

Figura 17 – Disjuntor diferencial residual na proteção geral do QDC.

_____________________________________________________________________ 20
ENG 362 I - 2020
7.2.2. INTERRUPTOR DIFERENCIAL RESIDUAL (IDR)

É um dispositivo composto de um interruptor e acoplado a outro dispositivo


diferencial residual, portanto tem como função ligar e desligar o circuito manualmente e
proteger pessoas contra choques elétricos ou o patrimônio contra incêndios a contra faltas
à terra.

Os interruptores DR necessitam de outros dispositivos após sua colocação no


QDC que protejam o circuito terminal contra sobrecarga e curto-circuito (disjuntores
termomagnéticos, fusível etc.). Este não substitui um disjuntor, pois ele não protege
contra sobrecargas e curtos-circuitos e sim pessoas contra choques elétricos e o
patrimônio contra incêndios. Também são encontrados no mercado os IDR bipolares e
tetrapolares nos valores nominais de corrente de 25A, 40A, 63A, 80A e 100A para os
valores de sensibilidade de 30mA, 100mA, 300mA e 500mA

Figura 18 – Interruptor diferencial residual.

7.3. DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO CONTRA SURTO DE TENSÃO- DPS


_____________________________________________________________________ 21
ENG 362 I - 2020

O DPS (Dispositivo de Proteção contra Surtos de Tensão) é um tipo de disjuntor


que atua quando uma tensão que percorre os alimentadores é alta (muito acima da
nominal), descarregando-a para a terra de forma direta. Possui função equivalente a do
para-raios. As descargas atmosféricas produzidas pela existência de fortes raios durante
uma tempestade, requer o uso de proteção contra queima de equipamentos devido a
essas intempéries. Esse dispositivo é capaz de atuar quando um raio segue outro
caminho através do qual não é reconhecido pelo para-raios (desvio de descarga elétrica
produzida) e chega ao interior das residências, podendo provocar a perda de alguns
eletrodomésticos.
A leitura da parte 4 da norma ABNT NBR 5419:2015 demonstra que a instalação
dos DPSs não é obrigatória, mas poderá ser a melhor opção para proteção da instalação
contra os efeitos de uma descarga atmosférica direta ou indireta. A instalação de apenas
um DPS dificilmente protegerá toda instalação elétrica, de energia e sinal, mas, em
algumas situações, poderá ser a solução para a proteção de apenas parte dela.

APLICAÇÃO DO DPS

Classe I - Indica-se a aplicação imediatamente próxima a entrada das edificações, no


local em que o condutor adentra a edificação. Com vínculo direto à BEP (Barra de
Equipotencialízação Principal). Protege toda a instalação contra os efeitos de uma
descarga atmosférica direta na edificação, na rede de distribuição da concessionária ou
no aterramento da instalação.

Classe II - Indica-se a aplicação junto aos quadros de distribuição, sejam eles principais
ou secundários e, neste caso, devem ser vinculados ao BEP, BEL (Barra de
Equípotencialização Local) ou PE (Condutor de Proteção) mais próximo. São colocados
nos quadros de distribuição para proteger os circuitos que se originam deste quadro
contra as sobretensões residuais do DPS Classe l ou sobretensões induzidas na
instalação causadas por descargas atmosféricas remotas.

Critérios de dimensionamento do DPS

_____________________________________________________________________ 22
ENG 362 I - 2020
1. Tensão de nominal máxima da rede

Tensão NOMINAL da rede Tensão de escolha do DPS


127V 175V
220V 275V
380V 460V
Obs: Alguns fabricantes disponibilizam outras tensões específicas para outros sistemas
de alimentação

2. Corrente máxima de descarga – corrente máxima de desvio para a terra.

Quanto maior a corrente de surto do DPS, melhor será o desvio para a terra, mas
mais caro será o DPS. Valores comerciais: 8kA, 10kA, 15kA, 20kA, 25kA, 30 kA, 40kA,
45kA, 50 kA, 60kA...

Exemplo:

Cálculo do DPS classe II que é utilizado em painéis ou QDC de edificações de uso


coletivo ou residenciais
– Caso 1 – instalação em área urbana populosa com vários prédios de
diferentes tamanhos e para-raios instalados: salas comerciais, lojas e
apartamentos – 8kA a 20kA
– Caso 2 – instalação em periferia onde se tem homogeneidade de altura das
edificações: prédios menores, conjuntos mais residências etc. – 40kA ou
superior
– Caso 3 – instalações rurais - fazendas ou sítios – acima de 65kA

(Guia da Shneider – Guia de seleção de DPS – aplicativo de celular)

8. PREVISÃO DE CARGAS COM LANÇAMENTO DA ILUMINAÇÃO E TOMADAS DE


USO GERAL E ESPECÍFICO

Norma NBR 5410 – Condições mínimas que devem ser adotadas para quantificação,
localização e determinação das potências dos pontos de iluminação e tomadas em
edificações.

8.1 LIGANDO LÂMPADAS – CIRCUITO DE ILUMINAÇÃO

NBR 5410 – As cargas de iluminação são determinadas pela aplicação da NBR 5413;
Carga mínima de um projeto
 Para aparelhos fixos de iluminação à descarga, a potência nominal a ser
considerada deverá incluir a potência das lâmpadas, as perdas e o fator de potência
dos equipamentos auxiliares.
 Em cada cômodo ou dependência de unidades residenciais, hotéis, motéis e
similares deve ser previsto no mínimo um ponto de luz no teto de 100 VA,
comandado por interruptor de parede
 Em hotéis, motéis e similares pode-se substituir o ponto de luz no teto por tomada de
corrente de 100 VA, comandada por interruptor de parede;
 Alternativa para unidades residências:

_____________________________________________________________________ 23
ENG 362 I - 2020
a) cômodo ou dependências com área igual ou inferior a 6 m2 = um ponto de
luz com potência mínima de 100 VA; e
b) cômodo ou dependências com área maior que 6 m2 = um ponto de luz
de 100 VA para os primeiros 6 m2, acrescidos de 60 VA de potência para
cada aumento de 4 m2 inteiros.

 Admite-se que o ponto de luz fixo no teto seja substituído na parede em espaços sob
escada, depósitos, despensas, lavabos e varandas, desde que de pequenas
dimensões e onde a colocação do ponto no teto seja de difícil execução ou não
conveniente.
 Os valores de potência dos pontos de iluminação são destinados ao
dimensionamento dos circuitos, e não necessariamente à potência das lâmpadas.

Figura 19 – Caixa de ferro esmaltado octogonal 4”x4” com orelhas estampadas,


knockout de ¾” e ½” e fundo com tampo móvel.

O lançamento do ponto de luz é de extrema importância. Veja Figura 20.

Cômodo sem armário embutido Cômodo com armário embutido

Figura 20 – Traçado na laje para marcação do ponto de luz.

Visto de frente Visto de trás

_____________________________________________________________________ 24
ENG 362 I - 2020

Figura 21 – Representação de um interruptor simples de embutir com placa.

Dimensões A (mm) B (mm) C (mm) F (mm) Massa (kg)


2 “x 4” 102 58 46 83,5 0,054

Figura 22 – Caixa de passagem 2”x4” de PVC e suas medidas.

Dimensões A (mm) C (mm) F (mm) Massa (kg)


4 “x 4” 102 46,5 83,5 0,078

Figura 23 – Caixa de passagem 4”x4” de PVC e suas medidas.

8.1.2 DIAGRAMA

_____________________________________________________________________ 25
ENG 362 I - 2020

Diagrama é desenho esquemático com informações do projeto sobre o quadro de


distribuição, eletrodutos, condutores, proteção etc.

a) Diagrama multifilar – quando se tem várias linhas DIFERENTES


representando cada condutor do circuito. É a representação integral das
conexões elétricas do projeto no quadro de distribuição; e
b) Diagrama unifilar – quando se tem uma única linha que representa os
eletrodutos e sobre esta a SIMBOLOGIA dos condutores correspondentes.

8.1.3 SIMBOLOGIA

Símbolos e convenções
Condutor fase no Alimenta interruptores e tomadas
eletroduto
Condutor neutro no Alimenta receptáculo de lâmpadas e tomadas
eletroduto
Condutor de retorno Liga o interruptor ao receptáculo da lâmpada
simples e duplo no
eletroduto
Condutor de proteção
Coloca os equipamentos no potencial de terra
(terra) no eletroduto
Suporta 10A/250V. Instalado em caixa de
passagem 2”x4” do mesmo lado da fechadura
Interruptor com a mesma distância do batente (cerca de 0,10
a, w3,w4 m) e do piso acabado (cerca de 1,10 m) (a = uma
seção simples, w3= three-way e w4= four-way)
Botão de campainha Suporta 2A/250V. Instalado em caixa de
passagem 2”x4” do mesmo lado da fechadura
Campainha ou cigarra com a mesma distância do batente (cerca de 0,10
m) e do piso acabado (cerca de 1,10 m).
Ponto de luz no teto P = potência do ponto, C = número do circuito e c
= comando (interruptor)

Ponto de luz na parede Arandela – C= circuito e c= comando


Adotar P= 60W
a Ponto de luz fluorescente no teto. Indicar o no de lâmpadas, o comando do
ponto de iluminação (a) e, ao centro, o número do circuito. Na legenda do
4x20w projeto indicar o tipo de reator e o fator de potência acima de 0,92.
Eletroduto embutido no teto ou parede

Eletroduto embutido no piso

Quadro de Distribuição embutido (QD)


Caixa para medidor
Disjuntor monofilar a seco com indicação da corrente máxima (10A)

Eletroduto que sobe

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ENG 362 I - 2020
Eletroduto que desce
Eletroduto que sobe e desce (que passa)

Faça as ligações das lâmpadas a seguir e não se esqueça desta


importante observação.

Obs: O fio neutro nunca pode ser interrompido – em condições normais

Figura 24a – Ligando a iluminação (esquemas e diagrama multifilar).

_____________________________________________________________________ 27
ENG 362 I - 2020
NORMA NBR 5410 - CONDUTOR DE PROTEÇÃO – O FIO TERRA AGORA É LEI

Sancionada, em 26 de julho 2006, a Lei Nº 11.337 é um grande passo para a melhoria da


segurança do setor elétrico nacional. O principal avanço desta nova legislação é a
obrigatoriedade do uso de um terceiro fio condutor nas instalações elétricas em prédios e
residências no Brasil, e o principal beneficiário é a sociedade, que terá uma habitação
mais segura do ponto de vista elétrico.
O regulamento exige ainda que os sistemas de aterramento e as instalações
elétricas sejam compatíveis com a utilização deste condutor-terra de proteção, em todas
as edificações construídas após o início da vigência da nova lei. Todas estas exigências
seguem os padrões da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Art. 1º As edificações cuja construção se inicie a partir da vigência desta Lei deverão
obrigatoriamente possuir sistema de aterramento e instalações elétricas compatíveis com a utilização do
condutor-terra de proteção, bem como tomadas com o terceiro contato correspondente.
A medida diminui os riscos de acidentes com a eletricidade, uma ótima notícia, uma
vez que os problemas com a fiação elétrica são a segunda maior causa de incêndios no
País, segundo o Corpo de Bombeiros. Segundo dados da corporação, somente no Estado
de São Paulo a média é de 40 mil casos de incêndios registrados por ano. Desse número,
cerca de 48% estão ligados a acidentes elétricos, com a ocorrência de desarmes de
disjuntores ou queima de fusíveis.

Tabela 3 – Seção mínima do condutor de proteção ou terra


Seção dos condutores de fase S Seção mínima do condutor de proteção
(mm2) correspondente
S ≤ 16 S
16 < S ≤ 35 16
S > 35 S/2

a) Um condutor de proteção pode ser comum a dois ou mais circuitos, desde que esteja
instalado no mesmo eletroduto que os respectivos condutores de fase e sua seção
seja dimensionada conforme Tabela 3, com base na maior seção de condutor de fase
desses circuitos.
b) A seção de qualquer condutor de proteção que não faça parte do mesmo cabo ou não
esteja contido no mesmo eletroduto que os condutores de fase não deve ser inferior a:
b1) #2,5. em cobre/#16. em alumínio, se for provida proteção contra danos mecânicos;
e
b2) #4,0. em cobre/#16. em alumínio, se não for provida proteção contra danos
mecânicos.

_____________________________________________________________________ 28
ENG 362 I - 2020

Figura 24b – Ligando a iluminação (diagrama unifilar). Área do cômodo igual a 13,90m2.

Procedimentos para execução:


1. Identificar os circuitos;
2. Identificar o esquema apresentado (Início, Meio e Fim);
3. Identificar os condutores sempre nessa sequência e tons; e
4. Identificar os circuitos nos eletrodutos nessa ordem:
Primeiramente os circuitos de Iluminação, depois os circuitos de Tomadas de Uso
Geral (TUG) e depois os Circuitos de Uso Específicos (TUE), sendo que para os
circuitos pares apresentar primeiro os circuitos de menor POTÊNCIA.

TODO ESQUEMA UNIFILAR (OU PROJETO) TEM QUE TER INÍCIO, MEIO E FIM

Figura 25a– Ligando duas lâmpadas em 127V – diagrama multifilar.

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ENG 362 I - 2020

Figura 25b– Ligando duas lâmpadas em 127V (diagrama unifilar). Área de 25m2.

Interruptor bipolar
Figura 26a– Ligando duas lâmpadas em 220V – diagrama multifilar.

Figura 26b– Ligando duas lâmpadas em 220V – diagrama unifilar

8.1.4 INTERRUPTORES
São pontos de comando de 10 A–250 V.
Tipos:
 Simples – 1 interruptor simples (de uma seção)
– 2 interruptores simples (de duas seções)
– 3 interruptores simples (de três seções)
– 1 interruptor simples + 1 tomada
– 1 interruptor simples + 1 interruptor paralelo

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ENG 362 I - 2020
– 2 interruptores simples + 1 interruptor paralelo
 Three-way ou paralelo – comando de uma lâmpada ou grupo de lâmpadas por
dois pontos diferentes.
– 1 interruptor paralelo
– 2 interruptores paralelos
– 3 interruptores paralelos
– 1 interruptor paralelo + 1 tomada
– 2 interruptores paralelos + 1 tomada
Ex.: Lance de escadas, salas onde o interruptor está próximo à entrada e o outro no
corredor, em quartos onde o interruptor está próximo à porta e o outro na cabeceira da
cama.

Figura 27 – Ligação de interruptores three-way.

Figura 28 – Aplicação da ligação three-way em escadas.

_____________________________________________________________________ 31
ENG 362 I - 2020

 Four-way ou intermediário – comandar uma lâmpada ou um grupo de


lâmpadas por três ou mais pontos diferentes.
– 1 interruptor intermediário
Obs: só pode ser instalado entre dois interruptores three-way (intermediário)
Ex: escadas com vários lances, salões, corredores etc.

Figura 29 – ligação de um interruptor four-way.

8.2 LIGANDO TOMADAS

Ponto de utilização em que a conexão do equipamento ou equipamentos a serem


alimentados é feita através de tomada de corrente, geralmente, em caixa de passagem
2”x 4” galvanizada ou PVC com orelhas estampadas e com knockout de ¾“ e ½“.
Símbolos e convenções
300 W Tomada 10A/250V instalada em cx de passagem 2” x 4” na parede a 0,30m do piso
acabado com potência e circuito especificado. Potência e número do circuito
-3-
indicados ao lado. (Potência (P)= 300 W; e -3- = Número do circuito)
Ex: Tomada de uso comum, torneira elétrica, máquina de lavar louça, lavar roupa etc.
300W Tomada 10A/250V instalada em cx de passagem 2” x 4” na parede a 1,10m do piso
acabado com potência e circuito especificado. Potência e número do circuito
- 2-
indicados ao lado. (Potência (P)= 300 W; e -2- = Número do circuito).
Ex: Tomada de uso comum, de lavatório de banheiro, para secador de cabelo etc.
600 W Tomada 10A/250V instalada em cx de passagem 2” x 4” na parede a 2,20m do piso
acabado com potência e circuito especificado. Potência e número do circuito
-5-
indicados ao lado. (Potência (P)= 600 W; e -5- = Número do circuito).

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ENG 362 I - 2020
Ex: Chuveiro, aquecedor de passagem, exaustor, ventilador etc.
Tomada 10A/250V na mesma prumada do interruptor.

Tomada 10A/250V na mesma caixa do interruptor.

8.2.1 TOMADA DE USO GERAL (TUG) - Norma NBR 5410


- Usada para ligar aparelhos diversos da casa com potência definida;
- Pode não ser específica para algum aparelho;
- Espalhada por toda a casa;
- Considerada ponto ativo;
- Os pontos de tomadas destinados a alimentar mais de um equipamento
devem ser previstos com a quantidade adequada de tomadas; e
- Valores mínimos de potência para:
-
a) Instalações Residências
- Em banheiros, cozinhas, copas-cozinhas, área de serviço:
600 VA por tomada, até 3 tomadas, e 100 VA para as demais. Quando o
total de tomadas no conjunto desses ambientes for superior a seis pontos,
admite-se que o critério de atribuição de potências seja de no mínimo 600
VA por ponto de tomada, até dois pontos, e 100 VA por ponto para os
excedentes, sempre considerando cada um dos ambientes separadamente.
- Demais cômodos ou dependências: 100 VA por tomada

b) Instalações comerciais
- 200 VA por tomada; e
- Pavimento térreo de edifícios residenciais ou pavimentos específicos
(sobrelojas) muitas vezes são utilizados para atividades comerciais. A NBR
5410 não especifica critérios para previsão de cargas em instalações
comerciais e industriais. Levar em conta a utilização do ambiente e as
necessidades do cliente.
_____________________________________________________________________ 33
ENG 362 I - 2020

10.1.1 Número mínimo de pontos de tomadas de uso geral (TUG)


 Cômodo ou dependência com área igual ou inferior a 2,25m2  um ponto de
tomada; admiti-se que esse ponto seja posicionado externamente ao cômodo
ou dependência, em até 0,80m no máximo de sua porta de acesso.
 Cômodo ou dependência com área igual ou inferior a 6 m2  pelo menos um
ponto de tomada.
 Cômodo ou dependência com área maior que 6 m2  pelo menos uma
tomada a cada 5 m de perímetro ou fração uniformemente distribuída.
PERÍMETRO
N  de tomadas  (3)
5
 Banheiro: uma tomada junto ao lavatório. Nenhum interruptor ou tomada deve
ser instalado a menos de 0,60m da porta aberta de uma cabine de banho,
independente da área do banheiro.
 Cozinha, copa, copa-cozinha, área de serviço, lavanderias e locais análogos
 uma tomada a cada 3,5 m de perímetro ou fração, sendo que acima da
bancada da pia devem ser previstas no mínimo duas tomadas de corrente, no
mesmo ponto ou em pontos distintos. Os pontos de tomadas, desses locais,
devem ser atendidos por circuitos exclusivamente destinados à alimentação
dos mesmos.
PERÍMETRO
N  de tomadas  (4)
3,5
 Escada, corredor, varanda, sótãos e garagem  mínimo de uma tomada
- Exceção para varanda: Admite-se que o ponto de tomada não seja instalado
na própria varanda, mas próximo ao seu acesso, quando a varanda, por
razões construtivas, não comportar o ponto de tomada, quando sua área for
inferior a 2m2 ou, ainda, quando sua profundidade (da parede ao parapeito) for
inferior a 0,80m.
- Local de piso lavável – deve-se evitar colocar tomada baixa
 Em halls de serviço, salas de manutenção e salas de equipamentos, tais como
casas de máquinas, salas de bombas, barriletes e locais análogos, deve ser
previsto no mínimo um ponto de tomada de potência mínima de 1000VA.
 Em áreas comerciais e de escritórios, pode-se adotar o seguinte critério:

_____________________________________________________________________ 34
ENG 362 I - 2020
- Escritórios comerciais ou análogos com área < 40m2 – 1 tomada para cada
3m ou fração de perímetro; ou 1 tomada para cada 4m 2 ou fração de área
(adotar o que resultar no maior número);
- Escritórios comerciais ou análogos com área > 40m2 – 10 tomadas para os
primeiros 40m2 e 1 tomada para cada 10m2, ou fração, da área restante; e
- Em lojas – 1 tomada para cada 30m2 ou fração de área, não computadas as
tomadas destinadas a vitrines e à demonstração de aparelhos.

8.2.3 TOMADA DE USO ESPECÍFICO (TUE)

- Alimentam aparelhos fixos ou estacionários, que, embora removidos, trabalham


sempre num determinado local;
- Cargas que individualmente consomem mais de 10 A; e
- Valores de potência -
a) Adota-se a potência nominal dos aparelhos
b) Devem ser instaladas no máximo a 1,5 m do local previsto para o
equipamento.
Ex: Ar condicionado, chuveiro etc.
- A conexão do chuveiro elétrico ao ponto de utilização de energia deve ser direta,
sem uso de tomada de corrente.

Figura 30 – Sentido horário de referência TNF (Terra ► Neutro ► Fase).

_____________________________________________________________________ 35
ENG 362 I - 2020

Figura 31 – Padronização de tomadas que entrou em vigor em 2010. A norma prevê que
tomadas de 20A aceitem também plugues de 10A, mas o contrário não.

Figura 32a – Ligação de tomada de três pinos. Figura 32b – Tomada na mesma pru-
mada do interruptor.

Observação do projeto:

1. Tomadas não cotadas terão


a potência de 100W

Figura 33 – Ligação da iluminação e de 4 tomadas de forma unifilar.

_____________________________________________________________________ 36
ENG 362 I - 2020

Figura 34 – Ligação de tomada + interruptor three-way + interruptor four-way.

8.2.3 LIGANDO CHUVEIRO – TUE

Figura 35 – Ligação de chuveiro bifásico desde o Quadro de Distribuição de Circuitos.

Figura 36 – Ligação da iluminação, da tomada e do chuveiro bifásico de forma unifilar.

Todo circuito terminal deve ser protegido contra sobrecorrentes por dispositivo
que assegure o seccionamento simultâneo de todos os condutores de fase.
_____________________________________________________________________ 37
ENG 362 I - 2020
NOTA: Isso significa que o dispositivo de proteção deve ser multipolar, quando o
circuito for constituído de mais de uma fase. Dispositivos unipolares montados lado a
lado, apenas com suas alavancas de manobra acopladas, não são considerados
dispositivos multipolares.

9. CONDUTORES / FIAÇÃO

Condutores de energia elétrica dos pontos de comando aos de utilização. Adota-


se a série métrica (mm2) – NBR 5410. Todo condutor deve ser provido, no mínimo, de
isolação, a não ser quando o uso de condutores nus ou providos de apenas cobertura for
expressamente permitido.

FIO (750V) CABO (750V)


Para condutos fechados

Condutor de um fio de cobre nu, Condutor de vários fios de cobre


têmpera mole, forma: redonda nu, têmpera mole, forma: redonda
com isolação externa quanto à com isolação externa Quanto à
não-propagação e auto-extinção não-propagação e auto-extinção do
do fogo fogo

CABO UNIPOLAR (0,6V/1KV) CABO MULTIPOLAR (0,6V/1KV)


Para condutos abertos ou fechados

Simbologia da seção - #1,5 mm2 ou #1,5..


Para uma mesma seção de cabo, quanto maior o número de fios, maior será sua
flexibilidade. As categorias de cabos mais conhecidas são três. Exemplo para a seção de
10mm2:
Classe 1 – fio sólido – um único fio
Classe 2 – cabo rígido – 7 fios

_____________________________________________________________________ 38
ENG 362 I - 2020
Classe 5 – cabo flexível – mínimo de 72 fios
Em instalações domiciliares só é admito condutores de cobre (cobre eletrolítico)
com, no mínimo, isolante de PVC (Cloreto de Polivinila) com temperatura máxima de
70oC, para serviço contínuo; de 100oC, para limite de sobrecarga; e de 160oC, até
300mm2, para limite de curto-circuito. O isolante deve ter capacidade para 750V e ser
não-propagante de chama e baixa emissão de fumaça e gases tóxicos.
A ABNT NBR 7288: Cabos de Potência com Isolação Extrudada de Cloreto de
Polivinila (PVC) para Tensões de 1 a 20KV – Especificação, diz que a temperatura de
sobrecarga é admitida, no máximo, durante 100 horas consecutivas ou 500 horas durante
a vida útil do cabo. A temperatura de curto-circuito, por sua vez, só é permitida por, no
máximo, 5 segundos. Caso estes valores sejam ultrapassados, o cabo deverá ser
substituído. Existe também no mercado os cabos com isolação em EPR (Borracha Etileno
Propileno).
De acordo com NBR 5410, os cabos unipolares ou multipolares, dotados também de
cobertura, podem ser empregados em todas as maneiras de instalar previstas, sejam em
condutos fechados ou condutos abertos (linhas aéreas, bandejas (sem tampa), escadas
para cabos, leitos etc.). Já, os cabos isolados, somente são admitidos quando instalados
em condutos fechados (eletrodutos, eletrocalhas (com tampa), canaletas etc.)
Condutores comerciais - #1,5.; # 2,5.; #4,0.; #6,0.; #10,0.; #16,0. #25,0.; etc.
- Condutores não podem ter emendas dentro de eletrodutos
- Devem seguir o percurso mais reto e mais curto possível para a reduzir a
impedância

Cores indicadas segundo a Norma NBR 5410


- Condutor fase = qualquer cor (preto, branco, vermelho etc.) desde observadas as
restrições para o neutro e condutor de proteção.
- Condutor neutro = azul claro
- Condutor de proteção (terra) = verde-amarelo ou verde
S = área útil

Figura 37a – Fio rígido em corte. SR = área real


As parte vivas devem ser isoladas COM FITAS ISOLANTES ou com conectores de
torção, Figura 37b.

_____________________________________________________________________ 39
ENG 362 I - 2020

Figura 37b – Isolação básica utilizando conectores de torção.

Tabela 4 – Área (mm2) e capacidade de condução de corrente (ampères) para alguns


condutores isolados e instalados segundo as maneiras da Tabela 5 e a
temperatura ambiente de 30oC

Condutor (mm2)
Pirastic Ecoflam e Pirastic Queda de tensão
Ecoplus unitária Acondicionamento
750 V BWF Antiflam V/A.km (cos  =0,8)
BWF – não propagante de chama
S SR Corrente (A) Sistema Sistema Rolo Carretel
(área (área 2 fios 3 fios 4... monofás. e trifásico (m) (m)
útil) real) * carreg carreg bifásico
1,5 6,2/7,1 17,5 15,5 23,3 20,2 100 1200
2,5 9,1/10,7 24,0 21,0 14,3 12,4 100 800
4,0 11,9/13,8 32,0 28,0 8,96 7,79 100 600
6,0 15,2/18,1 41,0 36,0 6,03 5,25 100 **
10,0 24,6/27,3 57,0 50,0 3,63 3,17 100 **
16,0 33,2/37,4 76,0 68,0 2,32 2,03 100 **
25,0 56,7 101,0 89,0 1,51 1,33 100 **
35,0 71,0 125 111 1,12 0,98 100 **
50,0 95,0 151 134 0,85 0,76 - 500
70,0 133 192 171 0,62 0,55 - 500
95,0 177 232 207 0,48 0,43 - 500
* = fio/cabo
** = Acondicionamento também em bobina. Sob consulta

Tabela 5 - Esquema indicativos de maneiras de instalar e tipos de condutores


recomendados
Maneira Esquema Cabos Pirelli de baixa tensão
_____________________________________________________________________ 40
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mais comuns
Pirastic Antiflam
Pirastic-Flex Antiflam
Eletrodutos em instalação
Sintenax Antiflam
aparente
Pirastic Ecoflam
Pirastic Ecoplus
Pirastic Antiflam
Pirastic-Flex Antiflam
Eletroduto embutido em
Sintenax Antiflam
teto, parede ou piso
Pirastic Ecoflam
Pirastic Ecoplus
Eletroduto em canaleta
(aberta, ventilada ou
fechada)
Pirastic Antiflam
Pirastic-Flex Antiflam
Calha fechada
Pirastic Ecoflam
Pirastic Ecoplus

Moldura, rodapé ou alizar

Ex: o condutor de #1,5 mm2, a 30 oC, dentro de eletroduto embutido em parede, suporta
quando acompanhado de outro condutor, até 17,5 A.

10. MÉTODOS PARA DIMENSIONAMENTO DO CONDUTOR FASE


Três são os critérios técnicos mínimos para o dimensionamento correto do
condutor em casa circuito:
1. seção mínima para cada tipo de circuito – iluminação e tomada, conforme
Tabela 6;
2. capacidade de condução de corrente do condutor; e
3. queda de tensão permitida no trecho.

Tabela 6 – Seção mínima para condutores ditadas por razões mecânicas


Condutores e cabos isolados
Condutor FASE
Utilização
(mm2 – material)
Circuitos de iluminação 1,5 – cobre

_____________________________________________________________________ 41
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Circuitos de tomadas de corrente (força) 2,5 – cobre
Circuitos de sinalização e circuitos de controle 0,5 – cobre
Condutores nus
Condutor
Utilização
(mm2 – material)
Circuitos de tomadas de corrente (força) 10 – cobre
16 – alumínio
Circuitos de sinalização e circuitos de controle 4,0 – cobre

Para determinar a seção transversal ou bitola de um condutor, em função das


condições de trabalho, uma série de fatores devem ser levados em consideração nesse
dimensionamento: esforços mecânicos, condições do ambiente, temperatura máxima
indicada para isolamento, condições de dissipação de calor, condições de curto-circuito,
tipo de circuito, queda de tensão etc.
Dois métodos de grande simplicidade para uma grande faixa de aplicações são
apresentados.

10.1 1o MÉTODO - CAPACIDADE DE CORRENTE DO CONDUTOR - Define o


condutor mínimo do circuito a ser utilizado
É a corrente máxima admissível no condutor em função de uma temperatura de
utilização (30oC). Define o condutor mínimo do circuito.
Cálculo da corrente nominal em que V é a tensão entre fases.
a) Circuitos monofásicos (fase e neutro)
Pn
I (5)
v cos 
em que v é a tensão entre fase e neutro.
b) Circuitos Bifásicos
Pn
I (6)
V cos 
em que V é a tensão entre fases (220V).
c) Circuitos trifásicos
Pn
I (7)
3 V cos 
Tabela 7 – Com mais de 3 condutores carregados dentro do mesmo eletroduto
No de condutores 4 6 8 10 12 16 20
K 0,80 0,69 0,62 0,58 0,55 0,51 0,48

_____________________________________________________________________ 42
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Aplicação:
1o Exemplo:

No de condutores
No de condutores VIVOS
No de condutores CARREGADOS

Figura 38 – Ligação entre dois pontos de luz no teto.

a) 6 condutores carregados de #1,5 mm2


(6) (#1,5.)  0,69. 17,5 = 12,07 A
b) 6 condutores de seções diferentes
(4) (#1,5.)  0,69. 17,5 = 12,07 A
(2) (#2,5.)  0,69. 24,0 = 16,56 A

Tabela 8 – Com variação de temperatura ambiente


Temperatura 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60
K 1,22 1,17 1,12 1,06 1,00 0,94 0,87 0,79 0,71 0,61 0,55
Referência da temperatura = 30 oC
2o Exemplo
a) 2 condutores de 1,5 mm2 a 40 oC
(2) (#1,5.)  0,87 . 17,5 = 15,53 A
b) 6 condutores de 1,5 mm2 a 40 oC
(6) (#1,5.)  0,69. 0,87. 17,5 = 10,50 A

10.2 2o MÉTODO - QUEDA DE TENSÃO

É a máxima queda de tensão admissível ao longo da linha de alimentação


a) em alta tensão  7%
b) em baixa tensão  5%, sendo 4% a máxima queda nos circuitos terminais

Esse método define se valor do condutor mínimo, encontrado no 1º Método


permanece, permanece ou se existe a necessidade de aumentar a seção do
condutor no circuito devido à queda de tensão (distância).

_____________________________________________________________________ 43
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Figura 39 – Índices de queda de tensão em rede de baixa tensão.

Figura 40 – Índices de queda de tensão em rede de alta tensão.

10.3. CÁLCULO DA SEÇÃO DO CONDUTOR FASE SEM USO DE TABELA


Somente para cálculos de cargas com um único trecho.
l
R (Equação da resistência) (8)
S
R I V (Lei de Ohm) (9)

2 l I
S (10)
u
l = distancia (m);
I = corrente (A);
u = máxima queda de tensão permitida (V);
S = área do condutor (mm2); e
 = resistividade do material ( mm2/ m).
. cobre = 1/56  mm2/ m
. alumínio = 1/32  mm2/ m

_____________________________________________________________________ 44
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Ex. 1: Uma carga de lâmpadas fluorescentes (Figura 41) com P=9.200 W ligadas em 220
V tem cos = 0,85. Qual o condutor ideal para essa instalação a 30 m num circuito
terminal (cargas instaladas após o QDC). Usar condutor de cobre. Faça o diagrama
unifilar da ligação na Figura 41.

Figura 41 – Esquema de ligação do QDC até o conjunto de iluminação.

a) Critério da seção mínima


Circuito de iluminação – seção mínima de 1,5 mm2

b) 1o Método – Cálculo da corrente máxima – Define o menor condutor


admissível para este circuito
Pe 9200
I    49,2 A usando a Tabela 4 para 2 condutores
V cos  220 0,85
carregados  #10 mm2

c1) 2o Método – pela queda de tensão mínima (sem tabela – 4% de queda de


tensão máxima) – confirma o condutor encontrado no 1o método ou indica a
necessidade de aumentar a seção.
2 l I
S
u
u = 220 . 0,04 = 8,8V
S = 5,99 mm2  usar condutor # 10 mm2

c2) Cálculo da seção do condutor pelo 2o Método com o uso de tabela e utilizando
4% de queda de tensão máxima.
 Tabela 4 (Pirelli)
- Para a seção de #10. Encontra-se na Tabela 4 uma queda de tensão unitária
de 3,63 V/A km; logo:
- ΔVTRECHO = 3,63 x 49,2 x 0,030 = 5,36 V < 8,8 V (4% de 220V)
Portanto, adotar #10..

_____________________________________________________________________ 45
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Ex. 2: Dimensionar os condutores do circuito da Figura 42. A instalação será em
eletroduto de PVC embutido em alvenaria. Todas as tomadas serão ligadas em 127V.
Faça o diagrama unifilar da ligação na Figura. Considere o Fator de Potência igual a 0,80.
Utilizar 2% de queda de tensão.

Figura 42 – Esquema de ligação do QDC até às tomadas.

a) Critério da seção mínima


Circuito de tomadas – seção mínima de 2,5 mm2

b) 1o Método – Cálculo da corrente máxima (A) – define o condutor mínimo

IP = 2000/ 127.0,80 = 19,7 A - adotar condutor de #2,5 mm2 – condutor mínimo

c) 2o Método – Queda de tensão de trecho a trecho já em percentagem usando a


equação 11.
ΔVTRECHO (%) = (IP . ΔVUNIT. . d . 100) / Vn (11)
em que
IP = corrente do projeto, A;
ΔVUNIT. = Queda de tensão unitária, V / A.km;
d = distância, km; e
Vn = tensão nominal, V.

Tabela 9 – Cálculo da queda de tensão trecho a trecho em percentagem considerando o


condutor de #2,5mm2 calculado pelo 1º Método
Trecho P IP d Seção do condutor ΔVUNIT. ΔVTRECHO ΔVACUM.
(W) (A) (km) (mm2) (V/A. km) (%) (%)
0–A 2000 19,7 0,008 2,5 14,3 1,77 1,77
A–B 1400 13,8 0,003 2,5 14,3 0,47 2,24>2%

Pelo 2o Método verificou-se que o condutor de #2,5. tem queda de tensão superior
a 2%. Calcula-se novamente para o condutor imediatamente superior - #4,0.

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ENG 362 I - 2020
Tabela 10 – Cálculo da queda de tensão trecho a trecho em percentagem considerando o
condutor de #4.0mm2
Trecho P IP d Seção do condutor ΔVUNIT. ΔVTRECHO ΔVACUM.
(W) (A) (km) (mm2) (V/A. km) (%) (%)
0–A 2000 19,7 0,008 4,0 8,96 1,11 1,11
A–B 1400 13,8 0,003 4,0 8,96 0,29 1,40
B–C 800 7,9 0,004 4,0 8,96 0,22 1,62
C–D 200 2,0 0,003 4,0 8,96 0,04 1,66
D–E 100 1,0 0,002 4,0 8,96 0,01 1,67<2%

Portanto, adotar o condutor de #4,0. Para o circuito, pois a queda de tensão foi < 2%.

NORMA NBR 5410 - CONDUTOR NEUTRO

a) Tem a mesma seção do condutor fase em circuito monofásicos a 2 e 3 condutores e


bifásicos a 3 condutores, qualquer que seja a seção;
b) Tem a mesma seção, em circuitos trifásicos, quando as seções dos condutores fases
for inferior ou igual a #25., em cobre ou alumínio. Pode ser inferior as seções dos
condutores de fase, sem ser inferior aos valores indicados na Tabela 11, se o circuito
for presumivelmente equilibrado, em serviço normal; e.
c) Não pode ser comum a mais de um circuito.

Tabela11 – Seção reduzida do condutor neutro


Seção dos condutores de fase Seção reduzida do condutor neutro
(mm2) (mm2)
S ≤ 25 S
35 25
50 25
70 35
95 50
120 70
150 70
185 95
240 120
300 150
400 185
Obs: Correções devem ser efetuadas para condutores agrupados no mesmo eletroduto e
quando expostos a diferentes temperaturas, conforme Tabela 4 e 5.

11. ELETRODUTO

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Elemento de linha fechada, de seção circular ou não, destinado a conter
condutores elétricos e caracterizado por seu diâmetro nominal ou externo (em mm).
Menor eletroduto aceitável = 20 mm. Medidas encontradas no mercado – Tabela 13.

Dimensionamento:
1. 40% é a máxima ocupação do eletroduto em relação à área da seção no caso de
três ou mais condutores ou cabos

2. A máxima porcentagem de área útil do eletroduto ocupada pelos condutores é de


53% no caso de um condutor, 31% no caso de dois condutores.
3. Só devem ser instalados condutores isolados, admitindo-se condutor nu em
eletroduto isolante exclusivo para aterramento.
4. Não haja trechos contínuos de tubulação maiores que 15m para as linhas internas
às edificações e 30m para as linhas externas. Nos trechos com curvas deve-se,
para cada curva (n) de 90o, reduzir este comprimento em 3 m. As curvas devem
ser limitadas a três de 90o, ou o equivalente a 270o, não sendo permitidas curvas
com deflexão menor que 90o. A distância máxima (Dmax) de trecho contínuo é
calculada pela equação 12.
Dmax = 15 – 3n (12)
em que n é o número de curvas limitado no máximo a três.

Exemplo:

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ENG 362 I - 2020

5. Quando a tubulação passar por uma área inacessível, onde não possam ser
instaladas caixas, a distância máxima entre duas caixas pode ser aumentada,
sendo que para cada 6 m, ou fração, de aumento dessa distância se utilize
eletroduto imediatamente superior.
6. Só podem ocupar o mesmo eletroduto os condutores:
a) de circuitos diferentes originados do mesmo quadro de distribuição;
b) com a mesma classe de isolamento; e
c) fases com seções num mesmo intervalo de três valores normalizados.
Ex: condutores de #1,5.; # 2,5. e # 4,0. no mesmo eletroduto– correto
condutores de #1,5.; # 4,0. e # 6,0. no mesmo eletroduto – errado
7. Medidas comerciais expressas em polegadas (diâmetro interno) e expressas em
milímetros (diâmetro externo)
Classificação dos diversos tipos de eletrodutos
a) Eletrodutos rígidos
 Metálicos
– Leves
– Pesados
 Plásticos (PVC)
b) Eletrodutos flexíveis
 Metálicos (conduite)
 Plásticos (PVC) - Eletrodutos Corrugados
c) Eletrodutos especiais
 Galerias, canaletas, dutos de fibro-cimento, dutos de barro vidrado, dutos de ferro
galvanizado etc.

Perfilados – bandejas (sem tampa) ou eletrocalhas (com tampa) de


reduzidas dimensões, geralmente de 80 a 100 mm de largura. (É permitido
instalar condutores isolados nesses perfilados desde que o perfilado
esteja situado a, pelo menos, 2,5 metros do nível do solo.)

Bandeja Leito (Escada para Eletrocalha Canaleta


cabos)
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ENG 362 I - 2020

 DICA – Na troca da mangueira de ¾” por eletroduto rígido ou flexível deve-se


indicar o de 25mm.

Tabela 12 – Número de condutores isolados com PVC, em eletroduto de PVC, para


condutores de mesmo diâmetro – este EXEMPLO não usa os dados da
Tabela 13
Seção nominal Número de condutores no eletroduto
(mm2)
2 3 4 5 6 7 8 9 10
Diâmetro nominal (externo) do eletroduto (mm)
1,5 16 16 16 16 16 16 20 20 20
2,5 16 16 16 20 20 20 20 25 25
4,0 16 16 20 20 20 25 25 25 25
6,0 16 20 20 25 25 25 25 32 32
10,0 20 20 25 25 32 32 32 40 40
16,0 20 25 25 32 32 40 40 40 40
25,0 25 32 32 40 40 40 50 50 50

Tabela 13 – Bitolas para diferentes tipos de eletrodutos e seus diâmetros


Bitola Comercial Aço Carbono PVC rígido PVC flexível
Mangueira (TIGRE)
Diâmetro Dint Dnominal Dint Dnominal Dint Dnominal Dint
referencial (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm)
½” 12,7 20 15 20 16,4 20 15,4

¾” 19,0 25 21 25 21,3 25 19,0


1” 25,4 31 27 32 27,5 32 24,0
_____________________________________________________________________ 50
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1 ¼” 31,7 41 35 40 36,1 40 31,0
1 ½” 38,1 47 41 50 41,4 - -
2” 50,8 59 53 60 52,8 63 50,0
Obs:
 A mangueira de ½“ tem 12,7 mm de diâmetro interno e o eletroduto de 20 mm tem 16,4mm de
diâmetro interno.
 O Dnominal, em polegadas, se refere ao diâmetro interno e o Dnominal, em milímetros, se refere ao
diâmetro externo.

 DICA – Não há necessidade da correção por agrupamento de condutores se a


soma da seção transversal dos condutores é inferior a 33%. Conferir Tabela 14.

Norma B (mm) Di (mm) E (mm) L (m) Massa (kg/m)


Bitola
½” 20 mm 13,2 16,4 2,2 3,0 0,201

Figura 43 – Exemplo de condutor de ½ “ e suas medidas.

Tabela 14 – Número de condutores isolados com PVC, em eletroduto rígido de PVC,


para diferentes diâmetros de condutores

Tamanho nominal Área total Ocupação máxima 33% da área


Diâmetro externo (mm2) 40% área
(mm) (mm2) (mm2)
20 211,2 84,5 70,0
25 356,3 142,5 117,60
32 593,9 237,6 196,0
40 1.023,5 409,4 337,7
50 1.346,1 538,4 444,2

Exemplo usando 33% da área do eletroduto de PVC para 7 condutores

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(4) (# 1,5)  4 . 7,1 = 28,40 mm2


(3) (# 2,5)  3 . 10,7 = 32,10 mm2
(S)Total = 60,50 mm2

Solução 1. SUPERDIMENSIONAR - usar eletroduto de PVC de 20mm, conforme


Tabela 12.
Solução 2. UTILIZANDO 33% - usar eletroduto de PVC RIGIDO de 20mm, conforme
Tabela 14.
Solução 3. Cálculo do diâmetro mínimo (FORMA DE MELHOR ANÁLISE para vários
tipos de eletrodutos encontrados no comércio)
S = 0,33 x Área interna do eletroduto
d2
S 0,33 , então:
4
12,12 S
d  (13)

12,12x 60,50
d  15,28mm
3,14
- usar eletroduto de 20mm PVC RÍGIDO ou FLEXÍVEL ou MANGUEIRA
COMERCIAL DE PVCD DE ¾”, conforme Tabela 13.

11.1 RECOMENDAÇÕES PARA A REPRESENTAÇÃO DA TUBULAÇÃO

a) O traçado dos eletrodutos deve ser o caminho mais curto e retilíneo, evitando o
cruzamento de tubulações nas lajes (levar em conta detalhes do projeto estrutural
(plantas de forma, hidro-sanitário etc.);
b) Evitar que caixas embutidas no teto (octogonais 4”x4”x2” de fundo móvel,
octogonais 3”x3”x2” de fundo fixo) estejam interligadas a mais de 6 eletrodutos, e
que as caixas retangulares (2”x4”x2 e ”4”x4”x2”) embutidas nas paredes se
conectem com mais de 4 eletrodutos por causa da ocupação com emendas;
c) Evitar que em cada trecho de eletroduto passe quantidade elevada de circuitos
(limitar ao máximo de cinco), visando minimizar a bitola de eletrodutos
(conseqüências estruturais);

_____________________________________________________________________ 52
ENG 362 I - 2020
d) Nas saídas dos quadros de cargas prever quantidade apropriada de saídas de
eletrodutos em função do número de circuitos existentes no projeto;
e) Avaliar a possibilidade de utilizar tubulação embutida no piso para o atendimento
de circuitos de tomadas baixas e médias;
f) Os diâmetros nominais das tubulações deverão ser indicados;
g) As curvas feitas diretamente nos eletrodutos não devem reduzir efetivamente seu
diâmetro interno;
h) Eletrodutos embutidos em concreto armado devem ser colocados de forma a
evitar sua deformação durante a concretagem; e
i) Em juntas de dilatação, os eletrodutos rígidos devem ser seccionados, devendo
ser mantidas as características necessárias à sua utilização; em eletrodutos
metálicos a continuidade elétrica deve ser sempre mantida.

12. PREVISÃO DE CARGA

Potência instalada (kW ou kVA) – é a soma das potências nominais dos


equipamentos, registradas nos mesmos, ou a potência atribuída ao ponto de tomada de
energia.

Tabela 15 - Potências médias de aparelhos eletrodomésticos e de aquecimento


Potência Potência
Aparelho Aparelho
(W/cv) (W/cv)
Aquec. De água até 100l 1.500 Exaustor doméstico 300
Aquec. De água 100 – 150l 2.500 Ebulidor 1000
Aquec. De água 200 – 400l 4.000 Ferro de passar roupa 500 a 1.650
Aquec. De água – passagem 4.000 a 8.000 Fogão elétrico 4.000 a 12.000
Aspirador de pó 250 a 1.000 Forno de microondas 700 a 1500
Batedeira de bolo 70 a 300 Geladeira doméstica 150 a 400
Cafeteira 600 a 1.200 Lavadora de pratos 1.200 a 2.000
127V - 4.400 Lavadora de roupas 500 a 1.000
Chuveiro
220V - 6.000 Microcomp/Impressora 500 a 750
Ar condic. – 2.500 kcal/h 127V - 1.400 Secadora de roupa 3.500 a 6.000
– 10.000 BTU/h
Ar condic. – 3.000 kca 127V - 1.600 Secador de cabelo 500 a 1500
(portátil)
l/h
– 12.000 BTU/h
Ar condic. – 4.500 kcal/h 220V - 2.600 Televisor 70 a 300
– 18.000 BTU/h
Ar condic. – 5.250 kcal/h 220V - 2.800 Torneira elétrica 2.500 a 3.700
– 21.000 BTU/h
_____________________________________________________________________ 53
ENG 362 I - 2020
Ar condic. – 7.500 kcal/h 220V – 3.600 Torradeira 500 a 1.200
– 30.000 BTU/h
Congelador (freezer) 300 a 500 Ventilador portátil 60 a 100
Elevadores trifásicos 7,5 cv Bombas para sistema 5,0 cv
de combate a incêndio
e cx dágua
Bombas de recalque d’água 3,0 a 5,0 cv Bombas de drenagem 1,0 cv
de águas pluviais
Portão eletrônico de garagem 0,5 cv Chapinha 25 a 175

Demanda (kW ou kVA) = soma de todos os pontos de tomada de energia ativos em


determinado instante

13. CRITÉRIOS PARA A ELABORAÇÃO DE PROJETOS

 Acessibilidade;
 Flexibilidade (para pequenas alterações) e reserva de carga (para
acréscimos de cargas futuras); e
 Confiabilidade (obedecer a normas técnicas para seu perfeito funcionamento
e segurança).

14. ETAPAS E PARTES COMPONENTES DA ELABORAÇAO DE UM PROJETO


a) Informações preliminares
 planta de situação
 planta de forma
 projeto arquitetônico
 projetos complementares
 informações obtidas do proprietário
 NORMAS DA CONCESSIONARIA LOCAL DE ENERGIA
b) Memorial descritivo – descrição sucinta do projeto, justificando, quando
necessário, as soluções adotadas
c) Detalhes de montagem, quando necessários
d) Memorial de cálculo
- cálculo da previsão – determinar tipo de consumidor e verificar
conformidade com as normas
- cálculo da demanda
- dimensionamento dos condutores
- dimensionamento dos eletrodutos
- dimensionamento das proteções
- dimensionamento dos quadros de cargas
- Orçamento
e) Plantas
- planta de situação mostrando detalhes do ramal de serviço – poste
da concessionária, caixas, localização do medidor etc
- planta dos pavimentos com as ligações gerais
- quadro de cargas na planta
f) Esquemas verticais (prumadas)
_____________________________________________________________________ 54
ENG 362 I - 2020
- antena coletiva
- porteiro eletrônico
- alarme
- iluminação de emergências
- segurança
- caixas de passagem dos pavimentos e das prumadas
g) Diagramas unifilares
- quadros de distribuição de cargas
- quadro de medidores
h) Detalhes
- entrada de serviço com a localização do ponto de entrega
- medidor
- caixa seccionadora
- centros de medição
- pára-raios
- caixas de passagem
- aterramento
- cálculo da demanda
- outros
i) Convenções – simbologia
j) Especificações dos componentes (descrição, características e normas que devem
atender), observações e parâmetros de projeto (queda de tensão, fatores de
demanda, temperatura ambiente etc.)
k) Lista de materiais com orçamento
l) ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) - registro do projeto junto ao CREA
(Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) que descreve o
objetivo do projeto que estará sob a responsabilidade do técnico e ART de
execução do projeto
m) Análise e aprovação da concessionária local (possíveis revisões). Leitura do
CHECK-LIST.

15. ENTREGA DO PROJETO FINAL - CONTEÚDO

 MEMORIAL DE CÁLCULO (Será entregue somente no final – não precisa levar


para a 3ª etapa)
- cálculo da previsão – determinar tipo de consumidor e verificar
conformidade com as normas
- cálculo da demanda
- escolher dois circuitos, um de tomada e um de iluminação e mostrar todos
os cálculos de:
- dimensionamento dos condutores
- dimensionamento das proteções
- dimensionamento dos eletrodutos
- dimensionamento dos quadros de cargas
- lista de materiais completa com orçamento

 IMPRESSAO DO PROJETO EM 2 FOLHAS A1 ou A0) – Um impressão é para


apresentar o projeto na Concessionária local (CEMIG) para aprovação e a outra
para deixar na OBRA para execução

Plantas
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ENG 362 I - 2020
- CEMIG - planta de situação mostrando detalhes do ramal de
serviço – poste da concessionária, caixas, localização do medidor
etc.
olhar Check List Cemig
- planta dos pavimentos (típico, garagem etc) com as ligações gerais
Esquemas verticais (prumadas)
- CEMIG - caixas de passagem dos pavimentos e das prumadas
Diagramas unifilares
- de todos os quadros de distribuição de cargas
- CEMIG - do ramal de ligação e de entrada com as devidas
observações de cores do CONDUTORES
Detalhes
- quadro de cargas completo (no mínimo dois para o Condomínio)
- CEMIG – quadro de balanceamento de toda a edificação com
comparação entre as fases – a diferença tem que ser < 15%
- CEMIG – resumo da demanda em forma de tabela
caracterizando o tipo de consumidor com definição dos cabos,
proteções, eletroduto etc
- CEMIG - desenho da caixa seccionadora, se houver
- CEMIG - desenho do poste, pontalete ou olhal – se for aéreo
- CEMIG - desenho do aterramento (no projeto e detalhe de ligação)
- outros
Convenções – simbologia Especificações dos componentes (descrição,
características e normas que devem atender), observações e parâmetros de projeto
(queda de tensão, fatores de demanda, temperatura ambiente etc.)

_____________________________________________________________________ 56
ENG 362 I - 2020
16. EXEMPLO DE EXECUÇÃO DE PROJETO RESIDENCIAL - ETAPAS

1. Levantamento das características do projeto


2. Marcação dos pontos de luz
3. Marcação de tomadas de uso geral (TUG) e interruptores
4. Marcação de cargas especiais – tomadas de uso específico (TUE)
5. Previsão de cargas (Quadro 1) – não é colocada na folha de apresentação do projeto.
A impressão deve ser em folha A4 para constituir o Memorial de Cálculos.
6. Localização do quadro de distribuição - 1ª ETAPA

7. Divisão dos circuitos (Quadro 2) – Este vai para a folha de apresentação do projeto. Na folha do
projeto onde tem um QDC tem que ter o Quadro de Carga acompanhando.
8. Dimensionamento dos condutores
9. Dimensionamento da proteção
10. Balanceamento das cargas
11. Lançamento dos eletrodutos (Partindo do QDC até os pontos de iluminação de teto, depois para
as tomadas etc.)
12. Lançamento dos condutores (Partindo do QDC até os pontos de iluminação, depois para as
tomadas etc. – DEVE SER NO TOM CINZA E NA MESMA PENA QUE O ELETRODUTO)
- 2ª ETAPA
13. Dimensionamento dos eletrodutos (do mais carregado ao diâmetro básico)
14. Cálculo de demanda (Resumo no projeto, mas os cálculos irão para o Memorial)
15. Dimensionamento da entrada (Tabelas das Concessionárias)
16. Esquema unifilar – QDC’s e Padrão de Entrada
17. Detalhamento do projeto
18. Medição, especificação e orçamento do material - 3ª ETAPA

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ENG 362 I - 2020

Pena da Planta baixa – 0,10 - cor cinza no 255


Pena do projeto elétrico – 0,30 - cor preta

Quadro 1 – Previsão das cargas por CONSUMIDOR (para o Memorial)


Dependência Dimensões Iluminação T.U.G. T.U.E.
Área Perim. No de Pot. Unit. Pot. Total No de Pot. Unit. Pot. Total Aparelho Potência
(m2) (m) pontos (W-VA) (W-VA) pontos (W-VA) (W-VA) (W-VA)
Sala 12,0 14,8
Quarto casal 6,0 9,8
Quarto solteiro 6,0 9,8
Banheiro 4,4 8,5

Cozinha 7,7 11,2

Totais - -
Potência Total Consumidor TIPO ____/ Atendido a __ fios / ___fases e 1 neutro/ tensão______________

Quadro 2 - Quadro de cargas por QDC (para a folha de impressão do projeto)


No do Ilumin. Tomadas FP Potência Tens. Cor. Fiação Disj. Balanc. das
circuito (W) (W)
Fases (W)
/finalid.
- 40 60 100 100 200 300 600 (W-VA) (V) (A) (mm2) (A) A B C
1-
2-
3-
4-
5-
Total

_____________________________________________________________________ 58
ENG 362 I - 2020

EXEMPLO de ligação de diagrama unifilar de QDC com DPS e DDR/IDR

MÉTODO PRÁTICO – A ser adotado no projeto para distancias de até 10m do QDC
dentro de residências ou apartamentos.

Circuito Potência (+10%) Condutor Disjuntor (proteção)


Iluminação 1.200 W 1,5 mm2 16 A
2
Tomadas 1.800 W 2,5 mm 20 A

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ENG 362 I - 2020
RESUMO GERAL
RAMAL DE LIGAÇÃO
Fornecimento Aéreo Tab. 1A - Item 5
Cabo Multiplex AL/XLPE Q – 70
RAMAL DE ENTRADA Tab. 1A – Item 5
Demanda Total D = 48,97 kVA
D1 = kVA (onde a = f= )
Dcond. = 14,92 kVA
Condutor ≠ 70 mm2
Disjuntor Tripolar 3 x 150 A
Eletroduto Ø 60 mm - PVC
Condutor de Proteção da Caixa ≠ 35 mm2
Eletrodoto de Aterramento 2
Condutor de Aterramento ≠ 10 mm2
PRUMADA
Condutor ≠ 50 mm2
Disjuntor Tripolar 3 x 120 A
Eletroduto Ø 50 mm - PVC
Condutor de Proteção da Caixa ≠ 25 mm2
CONDOMÍNIO D = 14,92 kVA
Tipo de Consumidor B2 (Tab. 4)
Condutor ≠ 25 mm2
Disjuntor Tripolar 3 x 70 A
Eletroduto Ø 32 mm - PVC
Condutor de Proteção da Caixa ≠ 16 mm2
APTOS D = 12,56 kVA
Tipo de Consumidor B2 (Tab. 4)
Condutor ≠ 16 mm2
Disjuntor Tripolar 3 x 50 A
Eletroduto Ø 32 mm - PVC
Condutor de Proteção da Caixa ≠ 25 mm2

17. Cálculo da demanda – conforme norma da CEMIG – ND 5.1 – Fornecimento


de Energia Elétrica em Tensão Secundária – Rede de Distribuição Aérea

Carga instalada – é soma da potência (kW) de todos os aparelhos de iluminação,


aquecimento, eletrodomésticos, refrigeração, motores, máquina de solda etc em uma
edificação.
Obs:
1. Consumidores com carga instalada inferior a 15kW (monofásicos e bifásicos) a
demanda é igual a potência instalada;
2. Consumidores com carga instalada superior a 15kW devem dimensionar a entrada de
serviço pela demanda provável da edificação;
3. Os aparelhos previstos para futura instalação podem ser computados visando
dimensionar a entrada de serviço;
4. Não é necessário considerar a potência dos aparelhos de reserva; e
5. Consumidores rurais – A Cemig define o tipo de fornecimento considerando a
declaração da carga instalada pelo consumidor.

Cálculo da demanda
D  a  b  c  d  e  f (kVA) (14)
_____________________________________________________________________ 60
ENG 362 I - 2020
em que
a = demanda referente a iluminação e tomadas não especificadas pelo item b, dada pela
Tabela 19.
b = demanda relativa aos aparelhos eletrodomésticos e de aquecimento. Os fatores de
demanda, dados pelas Tabelas, devem ser aplicados, separadamente, à carga
instalada dos seguintes grupos de aparelhos:
- b1 = chuveiros, torneiras e cafeteiras elétricas;
- b2 = aquecedores de água por acumulação e por passagem;
- b3 = fornos, fogões e aparelhos do tipo “GRILL”;
- b4 = máquinas de lavar e secar roupas, máquinas de lavar louças e ferro
elétrico; e
- b5 = demais aparelhos (TV, conjunto de som, ventilador, geladeira, freezer,
torradeira, liquidificador, batedeira, exaustor, ebulidor etc.).
c = demanda dos aparelhos condicionadores de ar, determinada por
- 100%, para os primeiros 5 aparelhos; e
- 86%, para os demais.
d = demanda dos motores elétricos (Tabela própria com índices de rendimento e fator de
potência na N.D. 5.2 - CEMIG).
e = demanda de máquinas de solda e transformadores, determinada por:
- 100% da potência do maior aparelho;
- 70% da potência do segundo maior aparelho;
- 40% da potência do terceiro maior aparelho; e
- 30% da potência dos demais aparelhos.
f = demanda dos aparelhos de Raios-X, determinada por:
- 100% da potência do maior aparelho; e
- 10% da potência dos demais aparelhos.

Tabela 19 - Fatores de demanda para iluminação e tomadas – edificações residenciais


Carga instalada (CI) kW Fator de demanda (f)
CI  1 0,86
1  CI  2 0,81
2  CI  3 0,76
3  CI  4 0,72
4  CI  5 0,68
5  CI  6 0,64
6  CI  7 0,60
7  CI  8 0,57
8  CI  9 0,54
9  CI  10 0,52
CI  10 0,45
Tabela 20 – Fatores de demanda de fornos e fogões elétricos
No de aparelhos Fator de demanda %

_____________________________________________________________________ 61
ENG 362 I - 2020
Potência até 3,5 kW Potência superior a 3,5 kW
1 80 80
2 75 65
3 70 55
4 66 50
5 62 45
6 59 40
7 56 43
8 53 36
9 51 35
10 49 34

Tabela 21 – Fatores de demanda de aparelhos eletrodomésticos, de refrigeração e de


aquecimento
N de aparelhos Fator de demanda (%) No de aparelhos
o Fator de demanda (%)
1 100 16 43
2 92 17 42
3 84 18 41
4 76 19 40
5 70 20 40
6 65 21 39
7 60 22 39
8 57 23 39
9 54 24 38
10 52 25 38
11 49 26 a 30 37
12 48 31 a 40 36
13 46 41 a 50 35
14 45 51 a 60 34
15 44 61 ou mais 33
Obs: 1. Aplicar os fatores de demanda à carga instalada por grupo de aparelhos separadamente; e
2. Considerar fator de potência igual a 0,85.

Exemplo de cálculo para uma Residência


Tabela 22 - Determinação da carga instalada – CI
_____________________________________________________________________ 62
ENG 362 I - 2020
Qt. Descrição Potência (W) Potência (W)
Unitária Total
01 Aquecedor água p/ acumulação de 200L 2.500 2.500
01 Aspirador de pó 350 350
01 Cafeteira 600 600
02 Chuveiro 4.400 8.800
01 Condicionador de ar (8500 BTU/h) 1.300 1.300
01 Conjunto de som 100 100
01 Exaustor 300 300
01 Ferro de passar roupas 1.000 1.000
16 Tomadas de uso geral 100 1.600
01 Freezer vertical 300 300
01 Geladeira 250 250
04 Lâmpada fluorescente 40 *40.1,25.4 =200
15 Lâmpada incandescente 60 900
05 Lâmpada incandescente 100 500
01 Máquina de lavar louças 1.500 1.500
01 Máquina de lavar roupas 1.000 1.000
01 Máquina de secar roupas 3.500 3.500
01 Microcomputador/impressora 500 500
01 Torneira Elétrica 2.500 2.500
01 Micro-ondas 1.000 1.000
01 Portão eletrônico 150 150
01 Secador de cabelo 700 700
01 TV 29” de tubo/TV 32" LCD 300/170 300
02 Ventilador 75 150
TOTAL 30.000
* Potência da lâmpada x índice prático para reator eletromagnético x número de
lâmpadas

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ENG 362 I - 2020
Tabela 23 - Soma das cargas gerais em seus grupos
Grupo N. Descrição dos fatores Subtotal (W) F. de
Aparelhos Potência
a - Iluminação + tomadas de uso geral 3.200 1
b1 4 Chuveiro, torneira e cafeteira elétrica 11.900 1
b2 1 Aquecedor de água por acumulação 2.500 1
b4 4 Máquina de lavar roupas, máquina de 7.000 1
secar roupas, lava louças e ferro elétrico
b5 11 Demais aparelhos 4.100 1
c 1 Condicionador de ar 1.300 0,85
TOTAL 30.000

Cálculo da demanda (D)


D=a+b+c
a = f (Tabela 19) x a (Tabela 23)
a = 0,72 x 3.200 = 2,304 kVA
b = b1 + b2 + b4 + b5 – Tabela 21
- b1 = 0,76 x 11.900 = 9,044 kVA
- b2 = 1,00 x 2.500 = 2,500 kVA
- b4 = 0,76 x 7.000 = 5,320 kVA
- b5 =0,49 x 4.100 = 2,009 kVA
b = b1 + b2 + b4 + b5 = 18,873 kVA
c = 1.00 x 1.300/085 = 1,529 kVA

D = a + b + c = 2,304 + 18,873 + 1,529 = 22,706 KVA

Tabela 24 – Resultado após cálculo da demanda conforme Tabela 26


Demanda Tipo de consumidor Proteção geral Condutor de cobre Eletroduto PVC
Antes
30,0 kVA
Depois
22,7 kVA

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18. TABELAS CEMIG – ND 5.1

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Tabela 26- Dimensionamento dos ramais de ligação e da medição para unidades consumidoras urbanas e rurais atendidas por redes
secundárias trifásicas (127/220V) a 4 fios – ND 5.1.

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PÁGINA 7-10 – ND - 5.2

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ENG 362 I - 2020

Tabela 27 – Fatores de demanda para iluminação e tomadas para unidades consumidoras NÃO
RESIDENCIAIS

Para aprovação do projeto elétrico na concessionária Cemig é necessário:

 Atender a todos os critérios do Check-List.

19. CHECK-LIST - BAIXA TENSÃO


NÚCLEO TÉCNICO JUIZ DE FORA – DL/JF - CONSELHEIRO LAFAIETE

Antes de enviar seu projeto para aprovação, confira os seguintes itens:


1. Dimensionamento dos condutores está correto?
Obs: disponível no site www.cemig.com.br.
2. Todos os niples do quadro de medição estão cotados?
Utilize sempre niples de 50 mm nos agrupamentos com caixas CM-1 e CM-2 que
correspondem à máxima furação dessas caixas. Não é necessário indicar os eletrodutos no
diagrama unifilar, evitando assim, possíveis erros no projeto.
3. O eletroduto de aterramento está correto?

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ENG 362 I - 2020
Sugestão: utilize, sempre que possível, o furo específico da caixa CM-8 ou CM-16 para o
aterramento, que é de 27mm. Consequentemente o eletroduto será de 25mm.
4. A furação das caixas está compatível com a posição correta dos eletrodutos?
5. A altura das caixas em relação ao piso está correta?
Obs: Para agrupamentos com dois níveis de caixas a altura será de 1,6 + ou - 0,1m e para os
agrupamentos de apenas um nível de caixas a altura será de 1,5 + ou – 0,1 m.
6. O condutor de proteção foi indicado em todos os trechos do diagrama unifilar? Inclusive no
ramal interno da unidade consumidora?
Obs: utilize as tabelas 2A, 2B e 8 para definir esses condutores de proteção.
7. No projeto consta a nota de identificação das fases conforme ND 5.2.
Obs: essa nota deverá vir próxima ao diagrama unifilar do padrão entrada da energia.
8. A identificação das unidades consumidoras está coerente entre o diagrama unifilar e o quadro
de medição?
9. A planta de situação e localização está completa?
Obs: O desenho deve mostrar em escala ou cotas:
 o passeio;
 o lote e a edificação dentro do lote;
 as ruas adjacentes;
 os postes e a rede da Cemig; (ND 5.2 – Pontalete ≠ Poste - Pontalete - Suporte instalado na
edificação do consumidor com a finalidade de fixar e elevar a altura de fixação do ramal de
ligação. Poste Particular - Poste situado na propriedade do consumidor, com a finalidade de
fixar o ramal de ligação. Este não é o poste que se destaca na planta de situação e sim o da
CEMIG que está na calçada).
 a localização exata da medição dentro da edificação ou do terreno; e
 se ramal subterrâneo, a posição dos tampões de inspeção.
10. Se o ramal de ligação for subterrâneo, foi apresentado seus detalhes construtivos?
(eletrodutos, cabos, caixas de inspeção etc.)
Obs: esses detalhes devem apresentar a realidade do local e não uma cópia dos desenhos das
ND’s.
11. Foi apresentado o detalhe construtivo do aterramento
12. Foi apresentado o detalhe construtivo da mureta? (se for o caso)
13. Foi apresentado a especificação dos barramentos para caixas tipo CM-10 e CM-12? (se for o
caso) (ND 5.2).
14. Foi apresentado o equilíbrio de fases no diagrama unifilar?
15. Se o encabeçamento for em poste de aço, o mesmo está especificado?
16. Nos casos de ramais de ligação aéreo, o ramal de ligação não está passando por cima de
terrenos de terceiros e respeitando as distâncias de segurança conforme ND 5.2, página 3-1,
item 1.2, letra d?
17. Nos casos de ramais de ligação aéreo com encabeçamento na parede da edificação, é
mostrado detalhadamente a fachada e o ponto exato do pingadouro com seus detalhes
construtivos (ver exemplos na ND 5.2)
18. Todas as unidades consumidoras possuem livre acesso à medição?
Obs: caso contrário, o atendimento deverá ser híbrido conforme anexos B1 e B2 da ND 5.2.
19. Junto ao projeto está sendo enviados a cópia da ART autenticada e o termo de
responsabilidade?
Obs: a ART deve estar legível, não sendo aceito cópias através de fax.
20. O projeto contém as assinaturas de próprio punho do responsável técnico e do proprietário?
21. O projeto contém o CPF do proprietário e um telefone para contato?
22. O projeto apresenta um espaço para o selo de aprovação? (ver modelo na ND 5.3, anexo B).
23. Se o projeto foi elaborado em formato A4, todas as folhas possuem um rodapé com os dados
do projetista e da obra? Inclusive com a numeração das páginas?
24. Foi apresentado a localização das cavas de aterramento?

_____________________________________________________________________ 70
ENG 362 I - 2020
NÚCLEO TÉCNICO JUIZ DE FORA – DL/JF - CONSELHEIRO LAFAIETE

20. INTRUÇÕES DA CEMIG PARA APROVAÇÃO DO PROJETO ELÉTRICO

 CONSULTA PRÉVIA Antes de construir ou adquirir os materiais para a execução do seu


padrão de entrada, o consumidor deve procurar uma Agência de Atendimento da Cemig
visando obter, inicialmente, informações orientativas a respeito das condições de
fornecimento de energia à sua unidade consumidora. Estas orientações abrangem as
primeiras providências a serem tomadas pelos projetistas quanto a:
a) verificação da posição e tipo de rede de distribuição existente no local, próximo ao imóvel;
b) definição do tipo de atendimento;
c) apresentação de projeto elétrico da edificação de uso coletivo ou agrupamento com
demanda superior a 228kVA; e
d) numeração.

 PEDIDO DE LIGAÇÃO E PROJETO ELÉTRICO - REQUISITOS GERAIS Após realizados os


esclarecimentos preliminares aos consumidores sobre as condições gerais do fornecimento
de energia, a Cemig deve solicitar-lhes a formalização do pedido de ligação. A Cemig
somente efetuará as ligações de obras, definitivas e provisórias, após a vistoria e aprovação
dos respectivos padrões de entrada que devem atender as prescrições técnicas contidas
nesta norma. A Cemig se reserva o direito de vistoriar as instalações elétricas internas da
unidade consumidora e não efetuar a ligação caso as prescrições das NBR 5410 e 5419 não
tenham sido seguidas em seus aspectos técnicos e de segurança.

 REQUISITOS MÍNIMOS PARA ANÁLISE DO PROJETO ELÉTRICO

Para serem analisados pela Cemig, os projetos elétricos das entradas de serviço das
unidades consumidoras (entregues à Cemig junto com o pedido de ligação de obras) com demanda
superior a 228kVA devem ser apresentados:
a) em qualquer formato ABNT conforme a NBR 5984,
em três vias (cópias heliográficas, xerox ou
emitidas por impressoras), das quais uma será
devolvida, devidamente analisada, ao interessado.
b) Para serem analisados pela Cemig os projetos
elétricos devem ser apresentados juntamente com o
recolhimento da(s) Anotação(ções) de
Responsabilidade Técnica (ART) ao CREA-MG,
que cubra(m) a Responsabilidade Técnica sobre o
projeto.
 Enviar carta do CREA que comprova que o
profissional está habilitado a assinar o
projeto, caso não seja engenheiro eletricista
(Eng. Agrícola, Eng. Agrícola e Ambiental,
Eng. Civil, Eng. de Automação etc.); e
 Iniciar a obra antes de 12 meses de
aprovação do projeto na Concessionária
c) Os documentos do projeto devem possuir folha de
rosto (para formato A4) ou um espaço (para os
demais formatos) de acordo com o ANEXO C
(Figura) devidamente preenchidos com os dados solicitados.
_____________________________________________________________________ 71
ENG 362 I - 2020
d) O proprietário e o(s) responsável(veis) técnico(s) devem assinar nas cópias, não sendo aceitas
cópias de originais previamente assinados. Quando uma pessoa física estiver assinando por
uma pessoa jurídica, ela deve estar identificada no projeto elétrico pelo seu nome e pelo seu
CPF (Cadastro de Pessoa Física).

 Os PROJETOS DEVEM CONTER, no mínimo, as seguintes informações relativas ao imóvel


e às suas instalações elétricas.

DADOS DO IMÓVEL NO PROJETO ELÉTRICO


a) Nome, telefone e CPF/CNPJ do proprietário
b) Finalidade (residencial/comercial)
c) Localização (endereço, planta de situação da edificação e do lote em relação ao quarteirão e
às ruas adjacentes com distâncias da edificação até a rede de baixa e/ou média tensão da
Cemig, em escala ou cotas), no caso de unidades consumidoras urbanas, ou planta de
situação com indicação do padrão de entrada, amarrada topograficamente a pontos notáveis
como rodovias, ferrovias, etc., no caso de unidades consumidoras situadas fora de áreas
urbanas. Sempre que a construção for do mesmo lado da rede, o projeto elétrico deve conter a
informação das distâncias entre a rede da Cemig (baixa e média tensão) e a edificação. Fazer
o desenho longitudinal demonstrando marquises, terraços, janelas, avanços da edificação
sobre o passeio público, etc., o que for o caso, com suas respectivas distâncias à rede da
Cemig (ou apresentar cópia do projeto arquitetônico, desde que o mesmo contenha estas
informações)
d) Número de unidades consumidoras da edificação (por tipo e total)
e) Área útil dos apartamentos residenciais
f) Número predial da edificação

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS CONSTANTES DO PROJETO ELÉTRICO – ND-5.2


a) Resumo da carga instalada, indicando a quantidade e potência dos aquecedores, ar
condicionado, chuveiros, motores, iluminação (especificando tipo e fator de potência dos
reatores) e tomadas por unidade consumidora e respectiva demanda em kVA
b) Demanda dos apartamentos, expressa em kVA (em função da área útil caso seja utilizado o
critério do Capítulo 5)
c) Relação de carga instalada do condomínio (elevadores, bombas d’água, iluminação –
especificando tipo de fator de potência dos reatores, tomadas, etc.) bem como a sua demanda
em kVA
d) Diagrama unifilar da instalação, desde o ponto de entrega até a saída das medições, com as
respectivas seções dos condutores e eletrodutos, proteção do ramal de entrada, alimentadores
e ramais de derivação, considerando o equilíbrio de fases dos circuitos
e) Desenho e planta de localização do(s) centro(s) de medição, observadas as prescrições do
item 2, Capítulo 3, página 3-5 e item 1.3, Capítulo 4, página 4-1
f) Diagrama unifilar detalhado da geração própria, do sistema de emergência e/ou do sistema de
combate e prevenção a incêndio e o detalhamento das suas características de funcionamento
g) Desenho do(s) QDG(s), caixas de proteção, derivação, medição, poste de aço, ancoragem do
ramal de ligação e haste de aterramento
h) Memórias dos cálculos efetuados da demanda provável em kVA e kW (considerando, no
mínimo, fator de potência 0,92); esse cálculo, de responsabilidade exclusiva do engenheiro RT
(responsável técnico) pelo projeto, deve contemplar todas as cargas e seu regime mais severo
de funcionamento contínuo.

 O preenchimento do termo de RESPONSABILIDADE TÉCNICA DO PROJETO DAS


INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
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ENG 362 I - 2020

Eu, (Nome),(Qualificação profissional), (Registro no CREA e estado), responsável técnico pelo


projeto elétrico relativo à edificação situada no(a) (Rua, Av, etc.), (número), em
(Cidade), declaro conhecer o disposto na Lei Federal nº 5.194/66, de 24/12/66, na Lei nº 9.610/98,
de 19/02/98, e nas Resoluções, Instruções Normativas e Atos do CONFEA e do CREA-MG,
responsabilizando-me, única e exclusivamente, administrativa ou judicialmente, em caso de arguição
de violação dos direitos autorais. (Cidade), de de . (Assinatura)

 NO PROJETO ELÉTRICO DEVEM CONSTAR, NO MÍNIMO, AS SEGUINTES NOTAS

1) A Cemig fica autorizada a reproduzir cópias desse projeto para uso interno, se necessário,
bem como fazer arquivamento pelo processo que lhe for conveniente
2) As informações/detalhes não contidos neste projeto estão de acordo com a norma Cemig ND-
5.2
3) A carga declarada no projeto estará disponível para conferência no ato da ligação

 SISTEMA DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO

1) As normas municipais que regulamentam as exigências para as instalações de prevenção e


combate a incêndios em edificações de uso coletivo, estabelecem que os conjuntos
motobombas de recalque devem ser alimentados por circuitos elétricos independentes, de
forma a permitir o desligamento de todas as instalações elétricas, do condomínio e demais
unidades consumidoras, sem prejuízo do funcionamento dos conjuntos motobombas.
2) Visando atender estas exigências, a Cemig estabelece as seguintes prescrições para a
ligação das cargas do condomínio das edificações que contenham sistema hidráulico de
combate a incêndio com bomba de recalque (sprinklers e hidrantes internos dotados de
mangueira e esguicho):
a) após a medição do condomínio, deve(m) ser instalado(s) QDC(s) separando os circuitos
de iluminação, elevadores e força, dos circuitos dos conjuntos motobombas;
b) no(s) QDC(s) do condomínio devem ser colocadas plaquetas indicativas com instruções
para desligamento das devidas proteções, em caso de emergência/incêndio. Quando tiver
projeto elétrico, o conteúdo dos dizeres contidos nas plaquetas também deve ser mostrado
nesse projeto;
c) A ligação da medição de condomínio deve ser conforme o item 2.1.4, página 4-9. 10.3 Em
projetos cuja proteção geral seja constituída por vários disjuntores, a carga do condomínio
pode ficar ligada exclusivamente a um ou mais disjuntores independentes da proteção
geral do restante da edificação, desde que haja concordância da Cemig (ver Desenho 43);
e
d) A Cemig pode exigir que o cliente ou responsável técnico apresente declaração do Corpo
de Bombeiros informando que, para aquele edifício, o sistema de prevenção e combate a
incêndio é obrigatório pela postura municipal.

 CENTRO(S) DE MEDIÇÃO

- Localização do(s) centro(s) de medição geral


Não é permitida a instalação do centro de medição em locais sem iluminação, sem condições de
segurança e de difícil acesso, tais como:
a) escadas e rampas;
b) interiores de vitrines;
c) áreas entre prateleiras;
d) pavimentos superiores;
e) locais sujeitos a gases corrosivos, inundações e trepidações excessivas;
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ENG 362 I - 2020
f) proximidades de máquinas, bombas, reservatórios, fogões e caldeiras; e
g) banheiros, cozinhas, salas e dormitórios.

- Sem proteção geral

O centro de medição com até 3 (três) caixas sem proteção geral deve ser construído na divisa da
propriedade com o passeio público e com a janela para leitura do medidor voltada para o passeio
público. Deve ser previsto um portão de acesso a, no máximo, 5 (cinco) metros desse centro de
medição. Desta forma, a distância máxima a ser percorrida dentro da propriedade do consumidor
para acesso a esse centro de medição deve ser de até 5 (cinco) metros a partir do passeio público.

- Com proteção geral e com condomínio oficialmente constituído em cartório como pessoa jurídica
para edificação de uso coletivo com apenas um bloco/prédio e medições instaladas a mais de 15
(quinze) metros da divisa da propriedade do cliente com o passeio público

 Até 36 (trinta e seis) medições, as medições devem ser localizadas no andar térreo ou
subsolo e serem providas da infraestrutura para possibilitar a futura instalação de automação
das medições conforme descrito nos desenhos do Capítulo 7 e no item 1.4, página 4-6.
 Acima de 36 (trinta e seis) medições, as medições podem ser instaladas por andar, desde
que seja provida infraestrutura para possibilitar a futura instalação de automação da medição
conforme descrito nos desenhos do Capítulo 7 e no item 1.4, página 4-6. Nesse caso cada
andar deve ter a sua proteção geral.
 Acima de 36 (trinta e seis) medições, é admitido que as medições sejam localizadas no
andar térreo ou subsolo de cada prédio/bloco e com infraestrutura para possibilitar a futura
instalação de automação da medição conforme descrito nos desenhos do Capítulo 7 e no
item 1.4, página 4-6.
 A no máximo, 15 (quinze) metros da divisa da propriedade do cliente com o passeio público
devem ser previstos: a) a proteção geral; b) a medição de condomínio; c) a medição
totalizadora de todo o prédio; d) a(s) caixa(s) CA1 para automação das medições.
 O prédio/bloco deve ser energizado a partir dos barramentos localizados na caixa com o
disjuntor de proteção geral.
 Na caixa de proteção geral do prédio/bloco, localizada no andar térreo ou subsolo, não deve
ser instalada a proteção de prumada e vice-versa, exceto se a caixa para proteção geral for
CM-12.
 No andar térreo ou subsolo deve ser prevista a proteção geral do prédio/bloco e, se for o
caso, as proteções do alimentador prumada. Essas proteções devem ser instaladas junto da
caixa de medição do condomínio e junto das medições das unidades consumidoras nos
casos onde essas medições serão instaladas no andar térreo ou subsolo.

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21. MANUAL DO CONSUMIDOR N.11 - MATERIAIS E EQUIPAMENTOS APROVADOS PARA


PADRÕES DE ENTRADA - CEMIG

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Tabela 28 - Modelo Cemig - Folha a ser preenchida e entregue a Cemig para


ligação da edificação – Relação das cargas para especificação do
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padrão de entrada – meio rural ou casa popular
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23. ITENS A SEREM CERTIFICADOS PARA A CERTIFICAÇÃO DA OBRA

A Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel)


elaborou um documento com base no capítulo 7 da Norma de instalações Elétricas de Baixa Tensão
(NBR 5410), com o objetivo de auxiliar os profissionais nos procedimentos em uma verificação nas
instalações elétricas antes da entrega da obra.
Itens a serem verificados:
1. Verifique se há um projeto da instalação elétrica ou reforma de acordo com o que foi instalado;
2. As caixas de ligação devem estar sempre tampadas;
3. Os produtos e dispositivos de proteção (disjuntores, fios e cabos, reatores e lâmpadas fluorescentes,
interruptores e tomadas) devem possuir o selo do Inmetro;
4. As emendas dos fios e cabos não podem estar dentro de eletrodutos. Devem estar sempre dentro das
caixas de passagens, e bem isoladas;
5. As tomadas precisam ser do tipo com contato de aterramento, ou seja, dois pólos e terra, conforme
exigido pela NBR 14136;
6. O fio terra deve estar instalado em todas as tomadas e nos pontos de iluminação e deve ser com
isolamento nas cores verde e amarelo, ou simplesmente verde.
7. A iluminação não deve ser ligada juntamente com as tomadas num mesmo circuito, somente em
casos especiais;
8. Os circuitos de iluminação devem ser instalados com fio de seção maior ou igual a 1,5 mm²;
9. Os circuitos de tomadas de uso geral devem ser instalados com fio de seção maior ou igual a 2,5 mm²;
10. É preciso ter pelo menos um Dispositivo Diferencial Residual (DR) de 30mA instalado no quadro de
distribuição. Contudo, o ideal é ter mais que um por quadro;
11. Verifique se algum condutor foi usado como condutor de proteção (fio terra) e, nesse caso, elimine-o;
12. Os eletrodutos devem possuir folga de aproximadamente 50% em seu interior;
13. O quadro de distribuição deve possuir proteção para que os usuários não tenham acesso às partes
vivas;
14. O quadro de distribuição não deve ser de material combustível como madeira, por exemplo, e deve ser
identificado na parte externa;
15. O quadro deve estar localizado longe de áreas molhadas (box), fonte de gás e tem de estar
desobstruído para fácil acesso;
16. Os dispositivos de proteção (disjuntores, fusíveis, DRs) devem possuir identificação para que o
usuário identifique a que circuito cada proteção pertence;
17. A cor do fio neutro deve ser sempre azul-claro;
18. Teste o DR acionando o botão de teste. Este deve interromper a passagem da corrente elétrica e pode
ser rearmado sem problemas;
19. Verifique a continuidade do condutor de proteção (fio terra), medindo com um Ohmímetro desde a
conexão com a tomada até a conexão com o eletrodo de aterramento;
20. Verifique se o eletrodo de aterramento existe (se não está danificado, corroído ou interrompido) e se
está conectado ao fio terra. Verifique também se esta conexão está firme;
21. Verifique se não há fios soltos (fora de eletrodutos, bandejas etc.) no piso, nas paredes, no teto,
mesmo que sobre forro ou revestimentos; e
22. Após essas providências, verifique o funcionamento operacional da instalação, como tomadas e
lâmpadas e interruptores funcionando corretamente, e se não há algum componente visualmente
danificado.

_____________________________________________________________________ 78
ENG 362 I - 2020
24. FORMULÁRIO CEMIG PARA SOLICITAÇÃO DE ANÁLISE DE REDE – LIGAÇÃO NOVA /
AUMENTO DE CARGA
EDIFICAÇÃO DE USO COLETIVO COM DISJUNTOR GERAL E ATENDIMENTO HÍBRIDO
Possui Disjuntor geral? ( ) Sim ( ) Não É atendimento Híbrido? ( ) Sim ( ) Não Se Híbrido, informe a demanda total em kVA:______
Instalação de Disjuntor Geral para LIGAÇÃO NOVA Instalação/Alteração de Disjuntor Geral para AUMENTO DE CARGA
ALTERAR disjuntor geral:
INSTALAR disjuntor geral:
De: Bipolar Tripolar
Bipolar Tripolar Bipolar Tripolar
Disjuntor geral atual: ___________A
Disjuntor geral de: __A Disjuntor geral de: ________A Quantidade de Disj. Geral: _____
Para: Bipolar Tripolar
Quantidade de Disj. Geral: _______ Quantidade de Disj. Geral: _____ Disjuntor geral novo: ___________A
Quantidade de Disj. Geral: _______
Disjuntor do pavimento/bloco : A – Idem aos pav./blocos:

Disjuntor da prumada : A – Idem às prumadas: _____________________________________________________________

Inclua no quadro abaixo o resumo da carga do agrupamento, em kW por unidade:


Iluminação Chuveiro kW por Nº de
Atividade Tomada (kW) kW Total
(kW) (kW) Unidade Unidades

Residencial

Condomínio
TOTAL kW >>>>>>>>>
TOTAL kVA >>>>>>>

Informe aqui o número da ART (Anotação Responsável Técnico) de Projeto:

Haverá cargas especiais? Sim Não - *


Atenção, para as cargas vedadas conforme o tipo de fornecimento solicitado. Ver página 2 - 4 da norma C emig ND-5.2 disponível
no portal Cemig – Atendimento – Normas técnicas

Se SIM, informe abaixo a característica da carga e em qual unidade consumidora ficará ligada:
Equipamento N º de fases Potência Unidade consumidora
Motor

Máquina de solda

Autoclave

Liste aqui outras cargas especiais, como por exemplo, Ar Condicionado, se houver:______________________
__________________________________________________________________________________________
Preencha os campos abaixo com as informações do proprietário/responsável pela instalação:
*Endereço: Nº da Instalação:
*Bairro: *Cidade: Viçosa Data:
*Nome do Proprietário:
________________________________
*Telefone: ( )
*
*RG (ou outro documento oficial com
foto): Email:

Assinatura: ________________________________________________________________
Endereço completo para correspondência:
* Campos obrigatórios
_____________________________________________________________________ 79
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FORMULÁRIO PARA SOLICITAÇÃO DE ANÁLISE DE REDE – LIGAÇÃO NOVA / AUMENTO DE CARGA

ORIENTAÇÕES IMPORTANTES :
Os dados acima deverão ser preenchidos para Análise de Rede e verificação da disponibilidade de carga quando o agrupamento
possuir disjuntor geral e uma das situações a seguir:
a – acima de 3 caixas de medição;
b – com uma unidade consumidora bifásica acima de 60A;
c – uma unidade consumidora trifásica acima de 60A ou duas unidades consumidoras trifásicas independente do disjuntor.

Deverá construir o padrão e solicitar a vistoria, somente após a liberação da carga pela Cemig.

Preencha, individualmente, os campos abaixo referentes às unidades consumidoras que serão


ligadas: 1 – Informe o tipo de disjuntor que será instalado (monopolar, bipolar ou tripolar);
2 – Informe o ramo de atividade (residencial, comercial, industrial ou rural);
3 – Informe o nome do cliente, CNPJ/CPF/Identidade e telefone de cada unidade consumidora, se a solicitação for para Ligação Nova;
4 – Informe o disjuntor atual e pretendido na identificação da caixa correspondente, se a solicitação for para aumento de carga/mudança de local.
Ex: Disjuntor: de 1x40 p/ 3x60A (troca de monopolar de 40A p/ tripolar de 60A) ou de 3x60 p/ 3x60A (tripolar de 60A p/ tripolar de 60A–mudança
s/ alteração). Preencher somente as caixas em que haverá alteração (aumento de carga, acréscimo de cx p/ lig. nova e corte para conserto).
5 – Se a solicitação for para atendimento híbrido (mesmo lote/prédio/construção com números diferent es e entradas individuais das
edificações), é obrigatório indicar os números de cada unidade consumidora. Ca so sejam ruas diferentes, é obrigatório o preenchimento de um
formulário para cada rua.

EDIFICAÇÃO DE USO COLETIVO E COM DISJUNTOR GERAL


As unidades consumidoras serão ligadas no mesmo nome ?
Sim – Desnecessário preencher os dados referente ao nome.
Não – Preencher os dados abaixo individualmente.

Disjuntor: A Disjuntor: A Disjuntor: A


Monopolar Bipolar Tripolar Monopolar Bipolar Tripolar Monopolar Bipolar Tripolar
Número predial: Número predial: Número predial:
Identificação da caixa: __________ Identificação da caixa: __________ Identificação da caixa: __________
(Ex. Cond, Lj1, Casa 1, Apto 101, etc) (Ex. Cond, Lj1, Casa 1, Apto 101, etc) (Ex. Cond, Lj1, Casa 1, Apto 101, etc)
Ramo de atividade: _______________ Ramo de atividade: _______________ Ramo de atividade: _______________

*Nome:__________________________ *Nome:__________________________ *Nome:__________________________


*CNPJ/CPF:_______________________ *CNPJ/CPF:_______________________ *CNPJ/CPF:_______________________
*RG / doc. Oficial com foto:___________ *RG / doc. Oficial com foto:___________ *RG / doc. Oficial com foto:___________
*Telefone:________________________ *Telefone:________________________ *Telefone:________________________
Email:___________________________ Email:___________________________ Email:___________________________

Para Aumento de Carga/ Mudança de local Para Aumento de Carga/ Mudança de local Para Aumento de Carga/ Mudança de local
Número da instalação: ________________ Número da instalação: ________________ Número da instalação: ________________
Disjuntor: De: ________A – Para: ________A Disjuntor: De: ________A – Para: ________A Disjuntor: De: ________A – Para: ________A
( ) Necessário corte para conserto ( ) Necessário corte para conserto ( ) Necessário corte para conserto

Disjuntor: A Disjuntor: A Disjuntor: A


Monopolar Bipolar Tripolar Monopolar Bipolar Tripolar Monopolar Bipolar Tripolar
Número predial: Número predial: Número predial:
Identificação da caixa: __________ Identificação da caixa: __________ Identificação da caixa: __________
(Ex. Cond, Lj1, Casa 1, Apto 101, etc) (Ex. Cond, Lj1, Casa 1, Apto 101, etc) (Ex. Cond, Lj1, Casa 1, Apto 101, etc)
Ramo de atividade: _______________ Ramo de atividade: _______________ Ramo de atividade: _______________

*Nome:__________________________ *Nome:__________________________ *Nome:__________________________


*CNPJ/CPF:_______________________ *CNPJ/CPF:_______________________ *CNPJ/CPF:_______________________
*RG / doc. Oficial com foto:___________ *RG / doc. Oficial com foto:___________ *RG / doc. Oficial com foto:___________
*Telefone:________________________ *Telefone:________________________ *Telefone:________________________
Email:___________________________ Email:___________________________ Email:___________________________

Para Aumento de Carga/ Mudança de local Para Aumento de Carga/ Mudança de local Para Aumento de Carga/ Mudança de local
Número da instalação: ________________ Número da instalação: ________________ Número da instalação: ________________
Disjuntor: De: ________A – Para: ________A Disjuntor: De: ________A – Para: ________A Disjuntor: De: ________A – Para: ________A
( ) Necessário corte para conserto ( ) Necessário corte para conserto ( ) Necessário corte para conserto

_____________________________________________________________________ 80
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25. EXEMPLO DE ERROS – FAÇA O PROJETO E COMPARE COM A RESULTADO DA PAGINA 82

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_____________________________________________________________________ 82

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