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Onde e

Aula 01 – Documentos Digitais - Nota Fiscal Eletrônica - Manual de


Orientação do Contribuinte – NFe – Versão 6.0.

Sumário
1. INFORMAÇÕES ADICIONAIS ........................................................ 4
1.1. Caracteres Especiais ........................................................................................................... 4
1.2. Chave de Acesso ................................................................................................................. 6
1.2.1. Cálculo do Dígito Verificador ......................................................................................... 7
2. DANFE ......................................................................................... 9
3. CONTINGÊNCIA ......................................................................... 10
3.1. Procedimentos Pós-falha ................................................................................................. 14
4. AMBIENTE DE HOMOLOGAÇÃO E PRODUÇÃO ............................. 15
5. LAYOUT DA NF-E e TESTES DE AUDITORIA ................................ 15
5.1. Grupo B: Identificação da Nota Fiscal eletrônica ............................................................. 19
5.2. Grupo C: Identificação do Emitente Nota Fiscal eletrônica ............................................. 27
5.3. Grupo D: Identificação do Fisco Emitente da NF-e .......................................................... 31
5.4. Grupo E: Identificação do Destinatário da NF-e............................................................... 31
5.5. Grupo H: Detalhamento de Produtos e Serviços da NF-e ................................................ 33
5.6. Grupo I: Produtos e Serviços da NF-e .............................................................................. 34
5.7. Grupo M: Tributos Incidentes no Produto ou Serviço ..................................................... 42
5.8. Grupo N: ICMS Normal e ST ............................................................................................. 43
5.9. Grupo W: Total da NF-e.................................................................................................... 53
6. QUESTÕES COMENTADAS .......................................................... 54
7. LISTA DE EXERCÍCIOS ............................................................... 74
8. GABARITO ................................................................................. 82

Índice de Esquematizações
Esquema 1. Caracteres que Afetam o Parser do XML 5
Esquema 2. Caracteres e Sequência de Escape 5
Esquema 3. Cálculo do Dígito Verificador da NF-e 8
Esquema 4. Objetivos do DANFE 9
Esquema 5. Impressão do DANFE 10
Esquema 6. Modalidades de Emissão da NF-e 11
Esquema 7. Modalidade de Emissão - Normal 11
Esquema 8. Modalidade de Emissão - FS-DA 12

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Esquema 9. Modalidade de Emissão - EPEC 12
Esquema 10. Modalidade de Emissão - SVC 12
Esquema 11. Detalhes do SVC 13
Esquema 12. Resumo das Modalidades de Emissão da NF-e 14
Esquema 13. Procedimentos Pós-falha do Ambiente Normal 15
Esquema 14. Diagrama Simplificado dos Grupos de Informações da NF-e 16
Esquema 15. IPI não compõe BC do ICMS 26
Esquema 16. Formato do CNPJ 29
Esquema 17. CFOP 39
Esquema 18. Exemplos de CFOPs 40
Esquema 19. CST 43
Esquema 20. CST 00 44
Esquema 21. CST 10 44
Esquema 22. CST 20 44
Esquema 23. CST 30 44
Esquema 24. CST 40, 41, 50 e 51 44
Esquema 25. CST 70 45

Opa, pessoas!
Nesta aula avançaremos nos conhecimentos sobre a NF-e e os grupos de
informações que a compõem. Entraremos em alguns assuntos sobre Testes de
Auditoria, tema que perpassará também nossas próximas aulas, quando
estudarmos a Escrituração Fiscal Digital.
Bora lá, firme e forte!!
Abraços,
Leonardo Coelho

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1. INFORMAÇÕES ADICIONAIS

1.1. Caracteres Especiais

Falemos um pouco sobre a existência de caracteres especiais nos


arquivos XML. Não é assunto dos mais relevantes e acredito ser mais voltado
para o povo de TI, por isto vou abordar apenas o suprassumo disto.
Tá lembrado da ideia por trás dos arquivos XML, certo? Da estrutura
hierárquica e dos elementos e sub-elementos que são usados na sua formação,
especialmente no caso da NF-e, confere?
Então, os arquivos XML são utilizados para a interconexão de sistemas.
Sistemas diferentes conseguem utilizar os arquivos para compreender sua
estrutura e seus elementos. E, no caso da NF-e, diferentes sistemas do mercado
e das secretarias de fazenda conseguem compreender os dados ali constantes
para analisar as informações das operações dos contribuintes.
Portanto, veja só: temos um cenário no qual diferentes sistemas leem os
arquivos XML das NF-e e interpretam seus dados. Alguns sistemas de clientes
utilizam os dados das notas fiscais para organizar os estoques da empresa, por
exemplo. Outros analisam as informações para consolidar os impostos a
recolher mensalmente. Alguns sistemas do Fisco utilizam os dados da NF-e para
cruzar com informações do seu sistema de arrecadação. Outros para validar se
a escrita fiscal do contribuinte está adequada. Enfim, temos uma miríade de
possibilidades e tudo passa um primeiro e fundamental passo: ler e
compreender os dados existentes nos arquivos XML que tem uma estrutura bem
peculiar.
Para ler um arquivo de texto (o arquivo XML não deixa de ser um arquivo
de texto, porém, com uma estrutura específica do formato XML), é preciso fazer
o que chamarmos em TI de ‘parser’. Parsing é a análise sintática de uma
sequência de caractereres (texto) para compreender sua estrutura conforme
alguma gramática específica. Esta ‘gramática’ em nosso caso é o leiaute da NF-
e, que deve ser seguido para que o arquivo possa ser interpretado corretamente
pelos sistemas.
No entanto, para ler um arquivo XML, alguns cuidados devem ser tomados,
pois alguns caracteres no texto da NF-e podem confundir o parser, são eles:

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> (sinal de
maior)

' (sinal de < (sinal de


apóstrofe) menor)

& (e
" (aspas)
comercial)

Esquema 1. Caracteres que Afetam o Parser do XML

Note que alguns destes caracteres podem aparecer em alguns campos da


NF-e, como a Razão Social, endereços, descrição de produtos, etc. E seu uso
pode confundir o parser, dificultando ou mesmo impossibilitando a leitura do
arquivo da NF-e1.
E por força disto, existem alguns caracteres que substituem os caracteres
que vimos acima. Isto significa que em vez de escrever um dos caracteres acima
nos campos da NF-e, iremos utilizar os caracteres abaixo:

Caractere Sequência de Escape

•< • &lt;
•> • &gt;
•& • &amp;
•" • &quot;
•' • &#39;

Esquema 2. Caracteres e Sequência de Escape

Mas professor, isto não é muito específico? Eu preciso decorar isto para a
prova?!
Sinceramente, não acho que você precise decorar não, mas é interessante
ter ideia disto para não se confundir com uma questão de prova, pois pode
aparecer algo assim num exemplo de NF-e:
<emit>
<CNPJ>99999090910270</CNPJ>
<xNome>Advogados Beirada &amp; Filhos</xNome>
<xFant>NF-e</xFant>

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Veja na área do aluno, vou gravar um vídeo explicando o que pode acontecer nesta situação.

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Note no trecho acima que temos as informações da Razão Social do
emitente de uma NF-e chamado “Advogados Beirada & Filhos”. O e-comercial
foi substituído pela sequência de escape para não trazer problemas ao parser
XML.

1.2. Chave de Acesso

A Chave de Acesso é um conjunto de numérico de 44 caracteres que


identifica de forma única a NF-e. Isto significa que não existem duas NF-
e com a mesma chave de acesso. Ou seja, de posse da chave de acesso da
NF-e, você pode cruzar as informações dela com qualquer outra fonte de dados
para identificar possíveis ilícitos fiscais. O mais comum é cruzar os dados da NF-
e com o EFD para verificar como o contribuinte escriturou as informações da
NF-e.
A Chave de Acesso evolui o modelo de Chave Natural da NF-e, existente
quando utilizávamos os documentos em formato papel (modelos 1 ou 1A). A
Chave Natural é composta pelos campos UF, CNPJ do Emitente, Série, Número
da NF-e e Modelo do documento. Não é possível existirem duas notas fiscais em
papel com estes campos todos iguais.

Guarde isto aqui, muito embora vai fazer mais sentido


para você quando estudarmos EFD. A Chave Natural é bastante útil para o
cruzamento com a EFD em situações em que a chave de acesso não é
informação obrigatória a ser apresentada pelo contribuinte. E se não há chave,
como você vai cruzar os dados da NF-e com a EFD? Só utilizando a chave natural
mesmo2!
A chave de acesso é composta pelos seguintes campos existentes no
leiaute da NF-e:
 cUF - Código da UF do emitente do Documento Fiscal
 AAMM - Ano e Mês de emissão da NF-e
 CNPJ - CNPJ do emitente
 mod - Modelo do Documento Fiscal
 serie - Série do Documento Fiscal
 nNF - Número do Documento Fiscal
 tpEmis – Forma de Emissão da NF-e

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Veremos, na prática, que não é exatamente a Chave Natural que você irá utilizar, pois ainda há casos em
que o contribuinte não precisa informar a série, por exemplo. Daí você precisará fazer alguns ajustes.

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 cNF - Código Numérico que compõe a Chave de Acesso
 cDV - Dígito Verificador da Chave de Acesso
É o dígito verificador que irá garantir a integridade da chave de
acesso, protegendo-a contra digitações erradas.

Apenas para exemplificar e traçar um


paralelo, você já deve ter visto validadores de CPF na internet? Você vai lá,
preenche seu cadastro em algum site e, por algum erro, digita seu CPF errado.
Daí o site alerta a você, dizendo que é um CPF inválido. O que está sendo feito
ali é uma conta, verificando o dígito verificador do CPF e identificando que ele
está malformado. A verificação do dígito verificador não impede a fraude ou
informação de um CPF de outra pessoa, apenas valida que aquele CPF não
existe! A ideia é a mesma para o DV da Chave de Acesso, ok?
Note que os campos existentes na Chave de Acesso englobam todos os
campos previstos na Chave Natural da NF-e. O campo tpEmiss foi incorporado
à Chave de Acesso justamente para identificar de forma única as NF-e emitidas
em duplicidade em casos de contingência. Veremos o assunto mais adiante.
Vamos então verificar como é feita a continha para gerar o DV.

1.2.1. Cálculo do Dígito Verificador

Vamos falar um pouco de matemática aqui, mas é algo bem simples. A


ideia é proceder a uma conta do módulo 11. A ideia é simples, basta seguir os
passos a seguir:

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Somar os
Listar os Dividir C por
Listar os valores
pesos Multiplicar A 11 (C/11) e Subtrair 11
campos resultantes
atribuídos a por B (A*B = guardar o do resto da
conhecidos da
cada campo C) resto da divisão
da NF-e (A) multiplicação
da NF-e (B) divisão
(C)

Esquema 3. Cálculo do Dígito Verificador da NF-e

Ok, pode parecer mega confuso vendo só o esquema acima. Vamos dar
um exemplo para esclarecer as coisas.
Veja abaixo os 3 primeiros passos citados no esquema:

Note que a primeira linha é preenchida com os dados da NF-e, até o 43º
caractere (até porque o 44º é justo o DV que vamos calcular agora!).
Em seguida, colocamos os pesos, variando de 2 a 9, da direita para a
esquerda.
Então, calculamos os valores ponderados, multiplicando a primeira e a
segunda linha.
Finalmente, fazemos o somatório da terceira linha, resultando no valor
644.
No quinto passo, dividimos este somatório por 11, o que nos leva a 644/11
= 58, com resto 6.
E no último passo, fazemos 11-6 = 5, que é o DV desta nossa NF-e.
Repare que se no quinto passo o resto da divisão for zero ou um (0 ou 1),
o DV será 0.

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2. DANFE

Já falamos um pouco sobre o Documento Auxiliar da NF-e, mas vale uma


complementação. O MOC 6.0 traz uma série de detalhamentos sobre o DANFE
que, a meu ver, não contribuem tanto para a atividade de fiscalização e não
parece ser o foco do nosso edital.
Então, se você estiver muito enrolado com montes de matérias, eu
apostaria em ignorar esta parte, ok?
Mas professor, então por que você está gastando tempo com este
assunto!?! Pessoal, repito aqui: esta matéria é super nova e não temos histórico
de questões, então vai que o examinador inventa de cobrar justo este assunto
aqui? Eu não o faria, mas vai que... então vamos lá!
O MOC cita os objetivos do DANFE:

Acompanhar o trânsito de mercadorias

Colher a firma do destinatário/tomador para comprovação de entrega


das mercadorias ou prestação de serviços

Prover a necessidade de representações impressas adicionais previstas


expressamente na legislação

Auxiliar a escrituração da NF-e pelo destinatário não credenciado como


emissor de NF-e

Esquema 4. Objetivos do DANFE

Vamos explicar cada caso.


 O trânsito de mercadorias deve ser acompanhado do DANFE. Ele é
exigido pelo fisco em barreiras fiscais, por exemplo.
 O recibo de entrega pode (e deve) ser guardado pelo remetente e
pela transportadora para comprovar que a operação fisicamente
ocorreu. Você mesmo já deve ter assinado algo do tipo quando da
compra de algum eletrodoméstico pela internet, por exemplo.
 As diversas legislações tributárias exigem o DANFE em
determinadas situações, especialmente no trânsito de mercadorias.
 O destinatário não credenciado para operar com NF-e pode ser uma
transportadora, por exemplo, que apenas emite CT-e para suas
operações. O DANFE ajuda a contabilidade da empresa a acessar as

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informações relevantes da NF-e e lhes permite escriturar as
operações3.
Cabe ressaltar a questão da impressão do DANFE:

Impressão do
DANFE

Em qualquer Em uma única


tipo de papel via

salvo se há
Exceto papel
condições em
jornal
outro sentido

Esquema 5. Impressão do DANFE

O papel utilizado para impressão deve garantir o contraste necessário para


assegurar a leitura dos códigos de barras.
Os campos do DANFE representam os conteúdos das tags XML da NF-e,
quando conhecidos no momento da solicitação de autorização de uso. Não
podem ser impressas informações que não constem do arquivo da NF-e.
Até 50% verso do DANFE pode ser utilizado para continuação do quadro
‘Dados dos Produtos/Serviços’ e/ou do campo ‘Informações Complementares’.
O resto do verso não deve ter nada impresso.
O DANFE pode ser impresso em mais de uma folha

3. CONTINGÊNCIA

Imagine o cenário caótico: milhares e milhares de empresa dependendo


do sistema da Sefaz para emissão de NF-e e temos uma parada do sistema para
manutenção (quem nunca, né?!). E agora?! Como as empresas operam neste
cenário?
É natural que os contribuintes não podem ser penalizados por problemas
deste tipo. E a ideia da emissão de NF-e em contingência vem para suprir
situações como esta e outros problemas de acesso aos sistemas do Fisco.
Os sistemas de recepção das NF-e das UFs proveem acesso 24x7 aos
serviços, mas problemas podem ocorrer e sempre ocorrerão. Por isto temos

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Interessante notar que, neste caso, tal contribuinte também se obriga a guardar o arquivo (DANFE) pelo
prazo decadencial exigido normalmente para os documentos fiscais.

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alternativas para a emissão da NF-e. As modalidades de emissão de NF-e hoje
são as seguintes:

Normal

EPEC
Emissão FS-DA
da NF-e

SVC

Esquema 6. Modalidades de Emissão da NF-e

Vejamos um pouco sobre cada uma destas modalidades, como explicado


no MOC 6.0:

Normal

•procedimento padrão de emissão da NF-e com transmissão da NF-e para a


Secretaria de Fazenda da unidade federada onde o emissor está estabelecido
para obter a autorização de uso.
•O DANFE será impresso em papel comum após o recebimento da autorização de
uso da NF-e

Esquema 7. Modalidade de Emissão - Normal

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FS-DA

•Contingência com uso do Formulário de Segurança para impressão de


Documento Auxiliar do Documento Fiscal eletrônico
•É a alternativa mais simples para a situação em que exista algum impedimento
para obtenção da autorização de uso da NF-e, como um problema no acesso à
internet ou a indisponibilidade da SEFAZ de origem do emissor.
•Menor dependência de recursos de infraestrutura, hardware e software para
ser utilizado
•Neste caso, o emissor pode optar pela emissão da NF-e em contingência com a
impressão do DANFE em Formulário de Segurança.
•O envio das NF-e emitidas nesta situação para SEFAZ de origem será realizado
quando cessarem os problemas técnicos que impediam a sua transmissão.

Esquema 8. Modalidade de Emissão - FS-DA

EPEC

•Evento Prévio de Emissão em Contingência


•Alternativa de emissão de NF-e em contingência com o registro prévio do
resumo das NF-e emitidas.
•O registro prévio das NF-e permite a impressão do DANFE em papel comum.
•A validade do DANFE está condicionada à posterior transmissão da NF-e para a
SEFAZ de Origem

Esquema 9. Modalidade de Emissão - EPEC

SVC

•Sefaz Virtual de Contingência


•Alternativa de emissão de NF-e em contingência com transmissão da NF-e para
uma das Sefaz Virtuais de Contingência.
•Nesta modalidade de contingência o DANFE pode ser impresso em papel
comum e não existe necessidade de transmissão da NF-e para a SEFAZ de
origem quando cessarem os problemas técnicos que impediam a transmissão.
•A utilização da SVC depende de ativação da SEFAZ de origem, o que significa
dizer que a SVC só entra em operação quando a SEFAZ de origem estiver com
problemas técnicos que impossibilitam a recepção da NF-e
•Existem 2 ambientes alternativos de contingência:
•SVAN - Sefaz Virtual Ambiente Nacional
•SVRS - Sefaz Virtual do Rio Grande do Sul

Esquema 10. Modalidade de Emissão - SVC

Então, vejamos o que é importante você


saber a respeito destas modalidades:

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 Se os sistemas estão disponíveis, deve ser usada a modalidade
Normal
 Não existe precedência entre as modalidades de emissão em
contingência
 Emissor pode adotar qualquer uma delas ou esperar o sistema voltar
para emissão normal da NF-e
Vejamos alguns outros pontos específicos de cada modalidade:

SVC

• Ativação/desativação é baseada na interação humana de um representante da


SEFAZ de origem, acionando o ambiente de SVC
• Nota emitida pela SVC poderá ser cancelada pela SVC. Nota emitida no ambiente
normal será represada pela SVC para posterior cancelamento no ambiente normal
• Não é possível registrar eventos
• Não é possível inutilizar NF-e
• NF-e autorizadas pelo SVC são disponibilizadas no Ambiente Nacional da NF-e e
distribuídas para as Sefaz envolvidas na operação

Esquema 11. Detalhes do SVC

Agora, pense no seguinte. Imagine que a empresa está lá, feliz e contente,
emitindo um monte de NF-e na sua operação do dia a dia. E de repente o
sistema do Fisco para e não é mais possível emitir NF-e. Alguém responsável
do Fisco aciona o ambiente de contingência (SVC) e então a empresa pode
continuar sua operação normal.
Mas neste meio tempo, em que o sistema ficou inoperante, a empresa
solicitou a emissão de uma certa NF-e, mas não houve retorno de sua emissão.
A empresa não pode parar sua operação e precisa emitir esta NF-e e tenta mais
uma vez no ambiente de contingência. Alguns minutos depois, o ambiente
normal volta a operar e a empresa recebe a notificação de que a NF-e, antes
solicitada, foi autorizada. E agora? Foram emitidas duas NF-e com a mesma
Chave Natural (UF, CNPJ do Emitente, Série, Número da NF-e, Modelo da NF-
e).
Bom, este caso é previsto e a ideia então é que a NF-e que não acobertou
o trânsito físico de mercadoria nem foi enviada ao destinatário seja cancelada.
E ao olhar para a chave de acesso de ambas as NF-e, como vamos diferenciá-
las?

+*-+92

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Lembre-se que um dos campos que formam a Chave de Acesso é
‘justamente o campo tpEmiss da NF-e, que traz a informação de qual ambiente
foi usado para a emissão da NF-e. Neste caso, este campo irá nos informar
exatamente qual nota fiscal é qual, dentre as duas emitidas. Veremos os
detalhes deste campo adiante.
O MOC 6.0 traz um esquema super legal para sumarizar estas modalidades
de emissão da NF-e, veja a seguir:

Esquema 12. Resumo das Modalidades de Emissão da NF-e

3.1. Procedimentos Pós-falha

É bom deixar bem claro: a emissão de NF-e em contingência é


exceção. E quando a falha for suplantada, algumas medidas devem ser
tomadas, vejamos o que é mais importante.

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•Devem ser transmitidas as que foram emitidas em contingência FS-IA,
FS-DA e EPEC
Transmissão das •Emitidas por SVC não precisam ser transmitidas
NF-e emitidas em
contingência

•NF-e cuja solicitação de emissão foi feita antes de ocorrer a falha e não
houve retorno
•Pode haver NF-e com mesma Chave Natural emitidas no ambiente
normal e de contingência
NF-e Pendente de •Após o retorno do sistema, as NF-e pendentes devem ser canceladas
Retorno (se autorizadas) ou inutilizadas (se não foram autorizadas)

Esquema 13. Procedimentos Pós-falha do Ambiente Normal

4. AMBIENTE DE HOMOLOGAÇÃO E PRODUÇÃO

Para quem é da área de TI, falar em ambiente de homologação e produção


é algo comum. A ideia é que o ambiente de homologação seja um ambiente
para testes, acessado de forma mais livre e com menos preocupação com
segurança e disponibilidade dos serviços. É um ambiente intensamente utilizado
pelas equipes de TI das empresas para testarem seus sistemas e proverem
integração com novas soluções desenvolvidas.
Por sua vez, o ambiente de produção é o ambiente ‘pra valer’, onde toda
preocupação com segurança, disponibilidade e integridade prevalece. A NF-e
autorizada no ambiente de produção é considerada um documento fiscal válido.
Obviamente, tudo que é feito no ambiente de homologação não tem valor fiscal.
O acesso aos ambientes de homologação e produção é dado ao
contribuinte mediante autorização prévia da Sefaz de sua UF, mediante
processo de credenciamento.

5. LAYOUT DA NF-E e TESTES DE AUDITORIA

Vamos iniciar agora a parte principal do nosso estudo da NF-e, que é


justamente o layout (ou leiaute, aportuguesando o termo).
O leiaute traduz a estrutura da NF-e, com seus campos, regras de
validação e conteúdo permitido para configurar uma nota fiscal válida.
Vamos iniciar com o Diagrama Simplificado da NF-e, existente no MOC 6.0:

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Esquema 14. Diagrama Simplificado dos Grupos de Informações da NF-e

Ok, ok, talvez você olhe este esquema acima e dê uma viajada daquelas,
hein? Mas calma lá que tudo vai fazer sentido. Primeiro, vamos entender (ou
relembrar) que o arquivo XML tem uma estrutura hierárquica. Isto significa uma
estrutura de pais e filhos, uns embaixo de outros. Note no desenho acima que
os elementos pais são <infNFe> e <Signature>. <infNFe> engloba tudo que é
informação da NF-e. Já <Signature> traz a assinatura eletrônica do documento
fiscal. A imagem abaixo mostra o XML de uma Nota Fiscal, mas eu ‘escondi’ os
itens abaixo dos dois elemebtos citados para simplificar nossa visualização.

Agora vou expandir o elemento <Signature> para mostrar o que tem


abaixo dele, veja:

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Repare que a assinatura digital é um conjunto de caracteres um tanto,
digamos, ininteligíveis para nós, mas que os sistemas do Fisco utilizam para
validar se o certificado digital foi adequadamente utilizado para assinar o
documento.
Agora vou expandir o campo <infNFe> e veremos diversos elementos
abaixo dele, tantos que nem dá para ver a imagem de toda a NF-e, abaixo4:

4
Para ajudar a explicar isto melhor, vou gravar um vídeo que ficará disponível na área do aluno, lá no site,
confira!

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As informações da NF-e são organizadas nos chamados Grupos de
Informações. Isto é nada além de sub-elementos, abaixo do elemento <infNFe>
que vimos acima. E estes grupos são organizados de forma a concentrarem um
determinado conjunto de informações relacionadas, importante para o
detalhamento da operação representada pela NF-e. Veremos os que o edital
destaca a seguir.
Ao longo da explicação dos campos, irei destacar diversos pontos possíveis
de ser explorados em auditoria fiscal (os chamados Testes de Auditoria), ok?

Irei destacá-los com a bandeira de Bizu, esta aqui: . Fique


atento/a e tome nota disto, pois voltaremos ao assunto quanto estudarmos a
EFD e fizermos questões!

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5.1. Grupo B: Identificação da Nota Fiscal eletrônica

Vejamos a descrição dos campos existente no MOC 6.0:

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Eu sei pessoal: é coisa à beça!!! E olha que estamos apenas no primeiro
Grupo de Informações da NF-e e ainda temos pelo menos outros 7 para vermos.
E já adianto para você ficar esperto: a EFD é ainda mais extensa!
Mas não se desespere. Meu papel aqui é justamente guiar você nesta
jornada e separarmos o joio do trigo. A verdade é que eu mesmo como Auditor
Fiscal e trabalhando diretamente com isto todos os dias não decoro todos estes
elementos. E para sua prova, você vai precisar ter uma visão geral para
compreender os campos por seus nomes (a maioria é bem fácil de identificar)
e, obviamente, compreender sua finalidade e formato de preenchimento para
correlacionar com informações de outras fontes, como o EFD.
Então, vamos em frente, sem medo. Leia e releia o quadro acima e vou
em seguida destacar o que é importante entendermos deste grupo.
 ide - Informações de identificação da NF-e
Este é o elemento pai de todo este grupo. Abaixo dele teremos as
informações que veremos a seguir. Vale destacar para que você compreenda a
estrutura na hora de ler um arquivo XML, caso isto seja exigido em sua prova.
 cUF - Código da UF do emitente do Documento Fiscal
Poxa, professor, então ao abrir o arquivo da NF-e eu vou ver um número
em vez da sigla do Estado? Isto mesmo, pessoal. Existe uma tabela do IBGE
que designa números para cada Estado e Território Brasileiro. E a NF-e deve
seguir este padrão, ou seja, não vai estará lá a sigla do Estado. E na boa, não

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acredito que você deva decorar quem é quem nesta lista, mas se quiser decorar,
lá vai!
Região Norte
11-Rondônia/RO
12-Acre/AC
13-Amazonas/AM
14-Roraima/RR
15-Pará/PA
16-Amapá/AP
17-Tocantins/TO

Região Nordeste
21-Maranhão/MA
22-Piauí/PI
23-Ceará/CE
24-Rio Grande do Norte/RN
25-Paraíba/PB
26-Pernambuco/PE
27-Alagoas/AL
28-Sergipe/SE
29-Bahia/BA

Região Sudeste
31-Minas Gerais/MG
32-Espírito Santo/ES
33-Rio de Janeiro/RJ
35-São Paulo/SP

Região Sul
41-Paraná/PR
42-Santa Catarina/SC
43-Rio Grande do Sul/RS

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Região Centro-Oeste
50-Mato Grosso do Sul/MS
51-Mato Grosso/MT
52-Goiás/GO
53-Distrito Federal/DF
 cNF - Código Numérico que compõe a Chave de Acesso
Como a própria explicação do MOC diz, é um número aleatório que o
emitente da NF-e gera. Lembre-se que este código compõe a chave de acesso
da NF-e.
 natOp - Descrição da Natureza da Operação
Este é um campo relevante para a Auditoria Fiscal, embora não seja uma
informação a ser cruzada com outros registros de forma direta. Conforme a
natureza da operação, você consegue identificar do que se trata o negócio por
trás desta NF-e, se foi uma venda, uma simples remessa, uma transferência de
crédito, um envio em consignação, etc. Naturalmente, o CFOP e todas as demais
informações da NF-e devem estar coerentes com a natureza da operação.
 indPag - Indicador da forma de pagamento
Este campo indica a forma de pagamento realizada pelo recebedor dos
serviços/produtos. È uma boa informação se formos auditar a escrituração
contábil fiscal, por exemplo, mas não é foco no nosso curso.
 mod - Código do Modelo do Documento Fiscal
Todo documento fiscal possui um código que o identifica. As notas fiscais
em modelo tradicional (antigo, no papel) eram os modelos 1 e 1A. O leiaute da
NF-e abrange as NF-e propriamente ditas (modelo 55) e a NFC-e (modelo 65).
Nosso curso foca na NF-e, conforme o edital.
 serie - Série do Documento Fiscal
A série da NF-e é um número sequencial que define a numeração da nota.
Empresas muito grandes emitem milhares, às vezes milhões de notas fiscais
por mês. E controlar isto tudo dá uma dor de cabeça danada. Uma forma de
facilitar este controle é por meio da série, agrupando as notas por esta
numeração.
Nos primórdios da NF-e, era permitido apenas usar uma série por vez na
emissão de NF-e, o que não era muito útil no final das contas. A partir de 2009
(Ajuste SINIEF 08/09), passou a ser possível emitir notas fiscais simultâneas
com séries distintas.
Lembre-se que a numeração da NF-e é sequencial, iniciando em 1 e
seguindo até 999.999.999, para cada série. Ou seja, é possível que uma
empresa emita duas notas fiscais com numeração iguais? Sim! Desde que elas
tenham séries distintas.

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A mesma empresa pode emitir a nf-e de
número 100 com a série 1 e outra nf-e de número 100 com a série 999.

É possível emitir uma NF-e sem série, para


isto o campo é preenchido com zeros.
 nNF - Número do Documento Fiscal
O número do documento fiscal é um número sequencial, de 1 até
999.999.999 dentro de cada série. Repare na tabela acima que o tamanho
mínimo é de 1 caractere e máximo de 9 caracteres (1 até 999.999.999, como
citado)
 dhEmi - Data e hora de emissão do Documento Fiscal
Não requer grandes explicações. Vale salientar o formato em que a data é
apresentada no XML, que segue o padrão UTC, ou seja, vem no formato AAAA-
MM-DDThh:mm:ss. Traduzindo:
AAAA – ano com 4 dígitos
MM – mês com 2 dígitos
DD – dia com 2 dígitos
hh – hora com 2 dígitos
mm – minutos com 2 dígitos
ss – segundos com 2 dígitos
Por exemplo, poderia vir assim: 2008-05-06T07:23:20
 dSaiEnt – Data e hora de Saída ou da Entrada da Mercadoria/Produto
Repare que este mesmo campo indica a Saída ou Entrada da mercadoria,
dependendo de a NF-e ser uma nota fiscal e saída ou entrada. E repare que este
campo não necessariamente tem o mesmo valor do dhEmi, visto que a NF-e
pode ser emitida bem antes da saída efetiva do bem.

O campo dSaiEnt é preenchido pelo emissor da NF-e.


Isto significa que ele tem a visão de quem emite da NF-e. Para o recebedor da
mercadoria, esta data pode variar (e muito!). Há casos, por exemplo, de notas
fiscais emitidas em janeiro de 2017 e somente escrituradas pelo destinatário
em janeiro de 2018, ou seja, 1 ano depois! Há várias possíveis explicações para
o fato e em sua análise fiscal você poderá investigar esta divergência, mas até
que se prove o contrário, não há nenhum problema nisto, pois o destinatário
está escriturando (informando em seus livros fiscais) a data que o produto
entrou de fato em sua empresa.

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E o que isto implica para sua análise fiscal? Imagine que você está
cruzando dados de notas fiscais emitidas por um contribuinte no mês de janeiro
de 2017 com a escrita fiscal do destinatário destas notas também em 2017. E
você não encontra a nota fiscal!! Isto significa que o destinatário não escriturou
a nota fiscal? Não necessariamente, como vimos, pois ele pode ter escriturado
a entrada num período mais adiante, além do que você está investigando.
 tpNF - Tipo de Operação
Aqui é muito simples, para uma NF-e de saída, indicamos o valor 1. Se for
de entrada, indicamos com o valor 0.
Precisa decorar isto? Sinceramente, eu não decoro, pois a maioria dos
sistemas da Sefaz já ‘traduzem’ isto para nós, facilitando o entendimento. Mas
conhecendo as bancas, acho que o examinador pode querer bancar uma de
malvadão e lhe pedir este tipo de conhecimento. E este aqui é um campo
importante, portanto, decore, vai.

O tipo de operação da NF-e é importante para que você


identifique que operações pretende cruzar com a EFD. Por exemplo, notas de
entrada geram aumento do estoque de mercadorias e você pode querer
investigar o inventário de determinado produto, por exemplo. A entrada de um
ativo permanente pode gerar créditos de ICMS e isto pode se refletir no CIAP e
na apuração do ICMS. Por outro lado, notas de saída podem gerar débitos do
imposto e se refletir na apuração, além de reduzir o estoque de determinada
mercadoria. E se for uma nota fiscal de saída de ativo permanente que ainda
estava tendo suas parcelas creditadas, é preciso que as demais parcelas não
sejam creditadas pelo contribuinte. Viajou um pouco aqui? Eu sei, relaxa,
guarda este pedaço aqui e depois de estudar EFD, volte aqui e se certifique de
que compreendeu tudinho, blz? Se não entender, me grita lá no fórum que tem
algo errado e eu ajudo!
 idDest - Identificador de local de destino da operação
O idDest facilita a identificação do local de operação, afinal, ele diz de
forma direta se é uma operação interna, interestadual ou com o exterior. No
entanto, você pode verificar isto também confrontando a UF do destinatário e
do emitente (com a ressalva de que a UF se mostra como um código daquela
tabela do IBGE, certo!?)
 cMunFG - Código do Município de Ocorrência do Fato Gerador
Assim como os estados, os municípios possuem um código com uma
tabelinha feita pelo IBGE. Não vou transpor estes códigos para cá pois temos
milhares de municípios no Brasil ;)
No entanto, o legal de notar é que os municípios possuem códigos de 7
dígitos, sendo os 2 primeiros os dígitos do seu Estado. Assim, municípios de SC
sempre iniciam com os dígitos 42.

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 tpEmis – Tipo de Emissão da NF-e
Note os tipos de emissão possíveis e volte lá no que falamos sobre a
Contingência. É neste campo que será indicado se a NF-e foi emitida no
ambiente normal ou em alguma das possibilidades de contingência.
 finNFe – Finalidade de emissão da NF-e
Veja os tipos na tabela acima, vamos apenas complementar com a ideia
de seu uso.
Notas fiscais complementares são emitidas em alguns casos:
 Ajuste nas quantidades/preços/impostos por conta de
acordos/contratos
 Na exportação, para ajuste do câmbio com impacto no
valor/impostos da nota fiscal
 Para acertos de impostos, por erro de cálculo ou classificação fiscal
As notas fiscais de ajustes visam identificar as notas fiscais emitidas para
fins de ajustes na escrituração, como transferência de créditos, creditamento
de ativo permanente e outros casos definidos no RICMS. Note que elas não se
referem a operações com mercadorias/produtos de fato, são apenas acertos na
escrituração. Elas não representam circulação de mercadorias.
As notas fiscais de devolução servem para acobertar a devolução de
mercadorias/produtos.
 indFinal - Indica operação com Consumidor final
Este campo é bem importante para suas ações fiscais. Relembre a Lei
Kandir, Art 13, §2º: “Não integra a base de cálculo do imposto o montante do
Imposto sobre Produtos Industrializados, quando a operação, realizada entre
contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à
comercialização, configurar fato gerador de ambos os impostos”.
Então, de forma simplificada temos:

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Industrialização
indFinal = 0 ou
comercialização

Operação entre
IPI não compõe
Contribuintes do
BC do ICMS
ICMS

FG do IPI e do
ICMS

Esquema 15. IPI não compõe BC do ICMS

E por que isto é importante, pessoal?

Uma boa questão de sua prova pode apresentar os


dados da NF-e e pedir para que você calcule o ICMS envolvido na operação para
validar se o contribuinte informou de maneira correta. Caberá a você identificar
o valor informado no campo indFinal, se o destinatário é contribuinte do ICMS
e se a operação é Fato Gerador do IPI além do ICMS. Então, o IPI não entrará
no cálculo do ICMS, como dita a Lei Kandir.
Por fim, um detalhe de praticamente todos os campos deste grupo é o fato
de eles terem a ocorrência no formato 1-1 (observe na tabela, acima). Isto
significa que eles devem ocorrer ao menos uma vez e no máximo uma vez, ou
seja, devem ocorrer exatamente uma vez no arquivo, o que caracteriza campos
obrigatórios!
Abaixo um trecho de NF-e para identificar este grupo:

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5.2. Grupo C: Identificação do Emitente Nota Fiscal eletrônica

Engraçado que o edital destacou o grupo C, que trata do emitente, mas


não destacou o grupo E, que trata do destinatário da NF-e. Mas vamos estudar
ambos, pois, apesar de não estar de forma explícita no edital, há partes que
deixam entender que isto pode ser cobrado, ok? Bora seguir.
Abaixo vemos os campos deste grupo, destacados no MOC 6.0:

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E vamos lá destacar o que tem de mais importante neste grupo.
 emit - Informações do emitente da NF-e
Este é o elemento pai de todo este grupo. Abaixo dele teremos as
informações que veremos a seguir. Vale destacar para que você compreenda a
estrutura na hora de ler um arquivo XML, caso isto seja exigido em sua prova.
 CNPJ - CNPJ do emitente
O CNPJ é o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica. Toda atividade comercial
requer este cadastro e a maior parte do seu trabalho como Auditor Fiscal se
desdobrará com empresas cadastradas e com CNPJ ativo. O CNPJ é um
identificador único por estabelecimento e possui 14 caracteres.

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XX.XXX.XXX/YYYY-
ZZ

ZZ é o dígito
XX.XXX.XXX é a raiz YYYY é o sufixo
verificador

Identifica a
Identifica a
unidade da
empresa
empresa

0001 é a matriz da
empresa

Esquema 16. Formato do CNPJ

Note que o manual destaca que os zeros não significativos devem ser
informados. Isto significa que zeros à esquerda não devem ser ignorados e o
tamanho do CNPJ informado deve ser 14.
 xFant – Nome fantasia
Aqui vale apenas destacar a diferença entre Razão Social e Nome Fantasia,
coisa que você estuda lá pelo Direito Empresarial. A Razão Social é o nome de
registro da empresa, ou Nome Comercial, Denominação Social ou Firma
Empresarial, dado à pessoa jurídica e que consta em documentos legais,
contratos, escritura.
Já o Nome Fantasia é o chamado Nome de Fachada ou Marca Empresarial,
um nome mais popular da empresa, podendo ser igual ou diferente de sua Razão
Social. É o nome normalmente usado para divulgação da empresa, buscando
melhor adequação à sua estratégia e marketing.
O Registro do Nome Social é feito junto à Junta Comercial ou Cartório. Já
o registro do Nome Fantasia pode ser feito no órgão de marcas e patentes, o
INPI.
 IE - Inscrição Estadual do Emitente
Se você ainda não estudou Legislação Tributária Estadual, talvez não
esteja familiarizado com o termo. A IE é como um CNPJ, mas para cadastro do
contribuinte no Estado. A ideia é que apenas quem esteja obrigado a recolher o
ICMS faça este cadastro, mas a legislação de cada Estado atua de forma distinta
quando da obrigatoriedade de cadastro. Dê uma olhada com calma na aula de
legislação do seu curso, meu foco aqui não é entrar nesta seara.

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 IEST – IE do Substituto Tributário
É comum os Estados exigirem o cadastro como Substituto Tributário
quando as empresas efetuam operações recorrentes para lá e precisam recolher
o ICMS ST de forma regular. Neste caso, é preciso informar os dados na NF-e.
 CRT – Código de Regime Tributário
Este é um campo bem importante para fiscalizar empresas do Simples
Nacional. Você vai estudar isto com mais detalhes no seu curso de Direito
Tributário e Legislação Tributária, mas para o nosso escopo aqui, tenha em
mente o seguinte.
Se o código indicado for 1 (Simples Nacional - SN), o ICMS será recolhido
por meio do regime do SN. Quando o contribuinte extrapola as cotas
intermediárias do Simples Nacional, ele entra no caso de Excesso de Sublimite
de Receita Bruta e cai no caso do código 2 deste campo, passando a recolher o
ICMS pelo Regime Normal até o final do ano civil (se não ultrapassar de vez os
limites do SN neste meio tempo, o que o forçaria a sair de vez do SN). Já no
Regime Normal (código 3) o contribuinte recolhe os impostos de forma
separada, está excluída do SN.

E para que isto é importante, afinal? Ora, se a empresa


sai do SN, automaticamente se torna obrigada a informar a EFD, passando a ter
mais informações disponíveis para cruzamento de dados ao longo da Auditoria
Fiscal.
Abaixo um trecho do XML da NF-e para você visualizar este grupo:

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5.3. Grupo D: Identificação do Fisco Emitente da NF-e

Este grupo é voltado para a emissão de notas fiscais avulsas eletrônicas


(NFA-e). Normalmente, o Microempreendedor Individual (MEI) não é obrigado
a emitir notas fiscais na venda de produtos para pessoas físicas. Mas se isto é
direcionado a uma empresa, o MEI deve emitir nota fiscal (há exceção, pois o
comprador pode emitir uma nota fiscal de entrada). A NFA-e substituiu o
documento emitido manualmente para estes casos e pode ser utilizada em
operações internas ou interestaduais. Atende a necessidade do MEI e pessoas
físicas e jurídicas não contribuintes do ICMS que precisam emitir notas fiscais
em determinadas situações previstas no RICMS.
Estes campos são de uso exclusivo do Fisco para controle da emissão
destes documentos fiscais.

Note que este grupo é de uso exclusivo do Fisco. Se o contribuinte tentar


autorizar uma NF-e com quaisquer informações neste grupo, o sistema irá
rejeitar o documento fiscal.

5.4. Grupo E: Identificação do Destinatário da NF-e

Note que este grupo não está explicitamente destacado no edital como os
demais vieram para a Área A01. No entanto, tanto para a Área A01 quanto C03,
há outros dados no edital que nos levam a crer que estas informações sejam
relevantes, afinal, não é possível fazer cruzamentos adequados de NF-e com
EFD sem observarmos as informações do destinatário das notas fiscais.
Vejamos o quadro do MOC 6.0 e os itens mais importantes:

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 dest - Informações do destinatário da NF-e
Este é o elemento pai de todo este grupo. Abaixo dele teremos as
informações que veremos a seguir. Vale destacar para que você compreenda a
estrutura na hora de ler um arquivo XML, caso isto seja exigido em sua prova.
 indIEDest – Indicador da IE do Destinatário

Vimos nas informações da Nota Fiscal que podemos


identificar se o IPI faz parte ou não da base de cálculo do ICMS em função das
informações existentes no campo indFinal. Ocorre que um dos fatores para

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identificar este caso, explicitado na Lei Kandir, é se a operação é realizada entre
contribuintes do ICMS. E como saber isto acerca do destinatário? Na NF-e vem
explícito neste campo se ele é contribuinte do ICMS, bastando vir o valor ‘1’ no
campo indIEDest.
Note no exemplo abaixo que se trata de um destinatário Contribuinte do
ICMS (IEDest = 1):

5.5. Grupo H: Detalhamento de Produtos e Serviços da NF-e

Este é um grupo bem pequeno, pois ele é pai do grupo I, no qual


detalhamos mais amplamente os itens da NF-e. Repare que os itens podem ser
produtos ou serviços, por isto nos referimos a eles de forma genérica para
facilitar o entendimento.

 nItem – Número do Item

O número do item é uma informação bastante


importante para Testes de Auditoria. Uma NF-e pode conter inúmeros itens e
cada um deles recebe uma numeração, seguindo a ordem de 1 em diante. Este
dado é um identificador importante de cada item na nota fiscal e nos permite
cruzar as informações com a EFD do contribuinte, mais especificamente com o
registro C170 e o G140. Por exemplo, se queremos identificar se o contribuinte
se creditou de determinado item da NF-e, iremos cruzar as informações da NF-
e com o registro C170, usando como parte das informações para o cruzamento
o nItem da NF-e, que identifica cada um dos itens da nota fiscal. Veremos casos

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práticos disto, não se preocupe. Vou gravar alguns destes em vídeo, inclusive,
para facilitar o entendimento.
Veja como fica no XML:

5.6. Grupo I: Produtos e Serviços da NF-e

Como vimos no grupo H, a tag <prod> vem logo abaixo da tag <det> que
inicia as informações dos itens da NF-e. A tag de produtos tem a função de
detalhar os produtos e serviços que constam da NF-e, identificando seus
detalhes, como veremos agora.

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Vejamos os campos que merecem destaque:
 cProd – Código do produto ou serviço
O cProd é um código que o contribuinte utiliza para sua própria gestão,
identificando de forma única os produtos ou serviços ofertados. Empresas bem
estruturadas gerenciam isto de forma adequada, não repetindo códigos ou não
variando os códigos. No entanto, não espere isto na sua Auditoria Fiscal, pois
há empresas que simplesmente vendem o mesmo produto em duas notas fiscais
seguidas e utilizam códigos diferentes!

Há dois pontos a serem destacados a respeito deste


campo nos Testes de Auditoria da EFD e NF-e.
 O código do produto constante da NF-e tem a visão do emitente da
NF-e. O destinatário pode utilizar-se deste código na sua EFD, mas
não é obrigado e nem aconselhável. Veremos que os produtos e
serviços devem ser catalogados na EFD no Registro 0200 e recebem
um código também, este na visão do destinatário da NF-e. Não
adianta cruzar ambos os dados, pois não há garantia de serem
iguais, como destacado.
 Numa Auditoria Fiscal, focada num mesmo contribuinte, pode-se
utilizar o cProd para identificar as informações de suas notas fiscais
de saída e contrapor à sua escrita fiscal. O mais comum é que os
códigos sejam os mesmos e então é viável o cruzamento das
informações. Mas reforço, estamos falando de um mesmo
contribuinte, ao misturarmos contribuintes vale o alerta acima.
 NCM – Código NCM com 8 dígitos
O NCM é a Nomenclatura Comum ao Mercosul, baseada num código
internacinoal chamado SH (Sistema Hamonizado de Designação e Codificação

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de Mercadorias). A ideia do NCM é aproximar o comércio entre países, utilizando
uma categorização comum entre os produtos oferecidos no mercado
internacional.
O NCM é um número de 8 dígitos, portanto, existe uma variedade enorme
de possibilidades. Não cabe aqui decorarmos um ou outro NCM existente, mas
seu conceito e aplicabilidade.

2 primeiros •Capítulo
dígitos

4 primeiros •Posição
dígitos

6 primeiros •Subposição
dígitos

7º dígito •Item

8º dígito • Subitem

Os 6 primeiros dígitos são classificações do SH. Os 2 últimos são específicos


do Mercosul. Cabe à SRF (Secretaria da Receita Federal) a classificação fiscal de
mercadorias. E a partir de 2010 a inclusão do NCM dos produtos passou a ser
obrigatória nos documentos fiscais. Pesquisando no Google, você facilmente
encontra a tabela de códigos do NCM, abaixo um recorte dela para compreender
a ideia geral:

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Repare que temos classificações mais genéricas e com os últimos números
vamos especificando melhor os produtos.

Mas entendido isto, para que serve então o NCM para a


Auditoria Fiscal? Você vai notar que há várias formas de categorizarmos ou
identificarmos certos produtos para focar os testes de auditoria.
Podemos focar num determinado CFOP, no GTIN, no cProd, por exemplo.
E podemos focar no NCM para buscar determinados conjuntos de produtos. Por
exemplo, existem certos comportamentos inadequados de contribuintes que se
creditam na entrada de determinados produtos, considerando-os insumos de
sua produção. Mas há casos em que o Fisco entende que tais produtos se

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caracterizam como Uso e Consumo. Se você lembrar aí do seu estudo da Lei
Kandir, vai lembrar que o crédito de itens para uso e consumo continua
postergado, não podendo o contribuinte se creditar. Diante disto, uma Auditoria
Fiscal poderia iniciar ações para cruzar os dados das NF-e de entrada dos
contribuintes com a EFD, no intuito de verificar, para aquelas NF-e com entrada
de produtos de determinado NCM nesta condição, quais foram considerados
como válidos para creditamento. O Auditor Fiscal poderá então glosar estes
créditos e cobrar multa por crédito indevido.
Obviamente, todo este procedimento passa por uma análise do caso
concreto, dando azo ao contribuinte para explicar as razões de seu crédito para
justificar uma possível situação na qual o produto de fato se configure como
insumo para sua produção, caso em que o crédito será devido.
Portanto, nesta situação, a análise fiscal passa por alguns passos:
 Identificar as notas fiscais de entrada válidas (com status de
autorizada) com o NCM de foco
 Encontrar estas notas fiscais na escrituração fiscal digital do
contribuinte (cruzando a chave de acesso da NF-e com a chave de
acesso do Registro C100 da EFD, conforme veremos mais para
frente)
 Verificar se houve crédito do ICMS para esta NF-e selecionadas
(campo ICMS do Registro C100 informado com valor diferente de
zero)
 Com estes dados em mãos, avaliar o caso concreto e verificar se a
posição do Fisco é válida para autuar o contribuinte
Entendeu nada? Calma, é possível que você ainda não compreenda os
detalhes mesmo, pois precisamos ir além no conhecimento da EFD, o que
faremos mais adiante no curso. Mas guarde estes pontos destacados como Bizu
no seu material e volte neles para revisão, combinado? São importantes para
que compreenda os meandros dos Testes de Auditoria e ainda exploraremos
isto em aulas futuras, vídeos e questões.
 EX_TIPI
Aqui não vale dar muitos detalhes, mas vale uma explicação. Este campo
é para informar códigos de Exceções para o IPI. De acordo com a classificação
fiscal do produto (NCM), ele pode ter uma alíquota diferenciada do IPI. São
poucos os casos, mas existem.
 CFOP – Código Fiscal de Operações e Prestações
A Tabela CFOP teve origem no Convênio SINIEF S/N de 15.12.1970. É algo
bem antigo nas operações fiscais das empresas brasileiras.
A tabela CFOP traz códigos numéricos que representam a natureza da
circulação de uma mercadoria ou a prestação de serviço de transportes.

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Pelo seu significado, é algo assaz importante para a administração
tributária agregar dados, analisar tendências, identificar procedimentos
realizados pelo mercado e, claro: fiscalizar os contribuintes. Do ponto de vista
do contribuinte, o CFOP pode ser utilizado para a gestão de suas operações e
análise dos dados de suas entradas e saídas, além, é claro, de permitir executar
suas obrigações tributárias.
A tabela CFOP está organizada em grupos. E com base nos números
conseguimos identificar facilmente um determinado perfil de operação. Você
não precisa decorar todos os números desta tabela, é doideira isto, mas algumas
coisas é necessário saber.

CFOP

Organizado em Grupos

Entradas Saídas

1.000 2.000 3.000 5.000 6.000 7.000

Entradas ou Entradas ou Entradas ou Saídas ou Saídas ou Saídas ou


Aquisições de Aquisições de Aquisições de Prestações de Prestações de Prestações de
Serviços do Serviços de Serviços do Serviços para o Serviços para Serviços para o
Estado Outros Estados Exterior Estado Outros Estados Exterior

Entradas em Entradas em Saídas em Saídas em Saídas em


Entradas em
operações operações com o operações operações operações para o
operações interna
interestaduais exterior internas interestaduais exterior

Esquema 17. CFOP

Exemplificando, vale citar aqui alguns CFOPs:

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1.111
•Compra para industrialização de mercadoria recebida anteriormente em consignação industrial
•Classificam-se neste código as compras efetivas de mercadorias a serem utilizadas em processo de
industrialização, recebidas anteriormente a título de consignação industrial.
2.150
•Transferência para industrialização
•Classificam-se neste código as entradas de mercadorias recebidas em transferência de outro
estabelecimento da mesma empresa, para serem utilizadas em processo de industrialização.
3.352
•Aquisição de serviço de transporte por estabelecimento industrial
•Classificam-se neste código as aquisições de serviços de transporte utilizados por estabelecimento
industrial. Também serão classificadas neste código as aquisições de serviços de transporte utilizados
por estabelecimento industrial de cooperativa.

5.401
•Venda de produção do estabelecimento em operação com produto sujeito ao regime de substituição
tributária, na condição de contribuinte substituto
•Classificam-se neste código as vendas de produtos industrializados no estabelecimento em operações
com produtos sujeitos ao regime de substituição tributária, na condição de contribuinte substituto.
Também serão classificadas neste código as vendas de produtos industrializados por estabelecimento
industrial de cooperativa sujeitos ao regime de substituição tributária, na condição de contribuinte
substituto.

6.556
•Devolução de compra de material de uso ou consumo
•Classificam-se neste código as devoluções de mercadorias destinadas ao uso ou consumo do
estabelecimento, cuja entrada tenha sido classificada no código “2.556 - Compra de material para uso
ou consumo”.

7.651
•Venda de combustível ou lubrificante de produção do estabelecimento
•Classificam-se neste código as vendas de combustíveis ou lubrificantes industrializados no
estabelecimento destinados ao exterior.

Esquema 18. Exemplos de CFOPs

Note que citei apenas alguns poucos exemplos. A tabela é bastante extensa
e detalhada. E observando apenas estes exemplos, você pode notar que o CFOP
diz muito sobre a operação e a incidência do ICMS nela! Por isto é tão importante
entendermos seu uso e aplicações, pois por meio do CFOP podemos validar os
valores a serem recolhidos para o Estado e identificar se o contribuinte pagou
de forma correta, por exemplo.

O CFOP é amplamente utilizado em Auditorias Fiscais


com um foco específico. Imagine que você deseja analisar se a empresa está se

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utilizando de créditos indevidos na transferência de ativos. Em Legislação
Tributária, você deve ter aprendido que um ativo utilizado no processo de
industrialização tem seu crédito aproveitado em 48 parcelas, conforme o índice
de aproveitamento mensal. Veremos isto no detalhe quando estudarmos o CIAP
na EFD. Mas daí, no meio destes 48 meses, a empresa pode se desfazer deste
ativo por meio de uma transferência e (erroneamente ou maliciosamente)
continuar se creditando das parcelas restantes deste ativo.
Como você identifica isto? Simples, basta filtrar as notas fiscais com CFOP
5.552 e 6.552, por exemplo, que representam Transferência de bem do ativo
imobilizado e verificar se houve crédito no CIAP em data posterior à saída do
bem5.
Ou seja, o CFOP é uma boa opção para você isolar situações específicas no
processo de testes de auditoria, conforme a operação realizada.
 uCom, qCom, uTrib e qTrib – Unidade Comercial, Quantidade
Comercial, Unidade Tributável e Quantidade Tributável
Este é mais um detalhe meio sádico da complexidade que é o ICMS para
ser posto em prática. É comum que a legislação tributária eleja unidades de
produtos diferentes das unidades utilizadas pelas empresas para a
comercialização dos mesmos. Por conta disto, foram criados estes campos de
forma separada.
Imagine o cenário do mercado de cervejas. A empresa utiliza como padrão
comercializar packs com 12 garrafas de 600ml, totalizando 7,2l. Nos campos
uCom ela indica que são packs. No campo qCom ela indica que são 2 unidades
(2 packs), totalizando 24 garrafas ou 14,4L da bebida.
Já o Fisco pode trabalhar com a unidade tributária de garrafa, cobrando o
imposto sobre cada uma delas. Assim, deve ser informado o campo uTrib como
garrafa e o campo qTrib como 24, totalizando os mesmos 14,4L da bebida.
 vProd – Valor Total Bruto dos Produtos ou Serviços
O valor do produto deve ser o resultado da multiplicação dos campos uCom
por vUnCom (uCom x vUnCom). Estes valores equivalem também à
multiplicação de vUnTrib por qTrib (vUnTrib x qTrib). Se não for, a NF-e é
rejeitada pelo Sistema da NF-e.

O vProd é um campo importante para a Auditoria Fiscal.


É com base nele que você poderá fazer um levantamento do total de operações
com determinado CFOP, por exemplo. Ou analisar o valor total de operações de
saída de determinado NCM de um contribuinte. Estas informações podem dar
indícios para analisar o comportamento de contribuintes do Estado.

5
Note que para uma fiscalização completa do caso seria interessante também considerar outros CFOP que
caracterizam saída do ativo, como as devoluções de bens do ativo (5.553, 6.553, 7.553)

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5.7. Grupo M: Tributos Incidentes no Produto ou Serviço

Assim como o grupo H, o grupo M é apenas uma ‘introdução’ para um


grupo mais importante, que é o grupo N que vem logo abaixo. E de forma
similar, o grupo M é pai do grupo N, veja um exemplo numa NF-e:

Vejamos os campos existentes:

Note que o elemento vTotTrib tem ocorrência do tipo 0-1, ou seja, ele é
opcional, mas, se presente, pode ocorrer apenas uma vez neste grupo. Por isto
no exemplo de XML acima ele nem aparece!

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5.8. Grupo N: ICMS Normal e ST

Ok, ok, aqui agora o bicho pega e vamos seguir com cuidado, pois
invariavelmente ao menos uma questão de sua prova deve lidar com
informações deste grupo.
Primeiro, vamos entender a ideia do CST, o Código de Situação Tributária.
Este código possui 3 dígitos, conforme abaixo:

Tabela A – ORIGEM DA MERCADORIA Tabela B -Tributação pelo ICMS

•0 – Nacional, exceto as indicadas nos códigos 3, •00 – Tributada integralmente


4, 5 e 8 •10 – Tributada e com cobrança do ICMS por
•1 – Estrangeira -Importação direta, exceto a substituição tributária
indicada no código 6; •20 – Com redução de base de cálculo
•2 – Estrangeira -Adquirida no mercado interno, •30 – Isenta ou não tributada e com cobrança do
exceto a indicada no código 7; ICMS por substituição tributária
•3 – Nacional, mercadoria ou bem com Conteúdo •40 – Isenta
de Importação superior a 40% (quarenta por •41 – Não tributada
cento) e inferior ou igual a 70% (setenta por
•50 – Suspensão
cento)
•51 – Diferimento
•4 – Nacional, cuja produção tenha sido feita em
conformidade com os processos produtivos •60 – ICMS cobrado anteriormente por
básicos de que tratam o Decreto-Lei nº 288/67, e substituição tributária
as Leis nºs 8.248/91, 8.387/91, 10.176/01 e •70 – Com redução de base de cálculo e cobrança
11.484/07; do ICMS por substituição tributária
•5 – Nacional, mercadoria ou bem com Conteúdo •90 – Outras
de Importação inferior ou igual a 40% (quarenta
por cento);
•6 – Estrangeira -Importação direta, sem similar
nacional, constante em lista de Resolução
CAMEX e gás natural;
•7 – Estrangeira -Adquirida no mercado interno,
sem similar nacional, constante em lista de
Resolução CAMEX e gás natural.
•8 – Nacional, mercadoria ou bem com Conteúdo
de Importação superior a 70% (setenta por
cento)
•(Ajuste SINIEF 20/12 e 15/13, de acordo com
Res. SF 13/12 do SF, efeitos a partir de 1º/01/
2013 e 1º/08/13)

Esquema 19. CST

No esquema da NF-e, o CST foi dividido em 2 campos, chamado orig (para


a tabela da esquerda) e CST (para a tabela da direita). Para o CST, sugiro que
saiba o que é cada um desta tabela. Confesso que pode ser um exagero do
examinador e espero que ele não explore este tipo de coisa, mas vai que...

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Explicando rapidamente estes casos, vamos lá (isto é mais um tópico lá de
Legislação Tributária, mas não tem como deixarmos de resvalar no assunto
aqui, né?!):

CST = 00

• Tributado integralmente
• ICMS é calculado multiplicando a Base de Cálculo pela Alíquota
• Atentar para possíveis reduções de BC e alíquota

Esquema 20. CST 00

CST = 10

• O fornecedor é responsável pelo recolhimento do ICMS ST

Esquema 21. CST 10

CST = 20

• Redução de base de cálculo como incentivo do governo


• BC é deduzida do % estabelecido em lei
• ICMS é calculado multiplicando alíquota pela nova BC
• Existe a possibilidade de reduzir a alíquota também

Esquema 22. CST 20

CST = 30

• Situação de isenção/Não tributação do ICMS Próprio, mas obrigação para


recolhimento do ICMS ST pelo fornecedor
• Comumemente é o caso de empresas do SN em operações
interestaduais

Esquema 23. CST 30

CST = 40, 41, 50 e 51

• ICMS não é informado na NF-e


• não é preciso haver destaque do ICMS

Esquema 24. CST 40, 41, 50 e 51

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CST = 70

• Há redução da BC para cálculo do ICMS Próprio e do ST, ambos


recolhidos na operação

Esquema 25. CST 70

Um ponto importante a atentar: a alíquota aplicada numa nota fiscal é algo


relativo a cada item que a compõe. Isto significa que uma mesma nota fiscal
pode ter vários itens, cada um com uma alíquota de ICMS diferente.
Pessoal, não vou entrar nos detalhes de cada caso destes. Primeiro, por
esta não ser uma aula de Legislação Tributária. Segundo, pois não acredito que
o examinador entre neste detalhe, pois dará muita margem a recursos, dada a
complexidade e variações que estes cálculos podem ter. Portanto, vamos focar.
O motivo de eu ter citado o CST é que o grupo N pode ser apresentado de
diversas formas, conforme o CST indicado. Na prática, o que mudam são alguns
campos, que fazem sentido com um determinado CST. Vejamos cada caso.
Começamos pelo CST 00:

Note que os campos vBC, pICMS e vICMS são


importantíssimos para cruzamentos com EFD, para identificarmos se os valores
destacados nas Notas Fiscais estão coerentes com a escrita fiscal do
contribuinte.

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Vamos ver os campos para o caso do CST 10:

Repare que muitos dos campos se repetem, mas temos outros campos
neste caso, agora relacionados com a margem de valor agregado e o ICMS ST.
Vamos para o caso do CST 20:

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Sempre que há redução ou não pagamento do ICMS, o campo de
vICMSDeson será informado, indicando o ICMS que seria pago caso a operação
fosse paga de forma normal. Os demais campos são repetidos ou facilmente
compreendidos.
Vamos ao CST 30:

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E vejamos o CST 40, 41 e 50:

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Agora o CST 51:

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E então o CST 60:

Note que os valores do ICMS Retido anteriormente são obrigatórios neste


caso (ocorrência 1-1).
E vamos ao CST 70:

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E finalmente vamos ao CST 90:

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Mas professor, que embramação hein?! Isto aqui está tudo no MOC!! Sim,
é verdade, mas se eu não ponho no material sempre aparece um aluno
reclamando, kkkk. E no final das contas, é disto que você precisa mesmo,
entender os campos que existem neste grupo e seu significado. E quando virmos
mais casos de análises fiscais (os chamados Testes de Auditoria para nossa
parte da matéria), veremos o emprego destes campos e sua utilidade.
Mas reforço um ponto importante que você já deve ter notado: existem
informações que não acabam mais! E a EFD torna isto ainda mais intenso, como
veremos. Então sempre focarei em buscar lhe dar uma base para que
compreenda a relação entre estas informações e possa ‘se virar’ na hora da
prova caso o examinador invente moda, blz?
E claro, estude bem o Direito Tributário e Legislação Tributária, pois uma
questão desta matéria pode requerer bons conhecimentos delas duas.

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Vamos caminhando para o fim da teoria desta aula com o último grupo de
relevância tratado no edital.

5.9. Grupo W: Total da NF-e

Neste grupo veremos as informações de totalização dos valores da NF-e,


especialmente em relação aos impostos e valor total. Vejamos os campos
existentes:

Note que este é o valor total da NF-e, considerando todos os itens nela
presentes. Existe uma validação que é feita pelo Sistema da NF-e para verificar
se os dados informados são coerentes, caso contrário a NF-e é rejeitada. Veja
como é feito:
vNF =
(+) vProd (Somatório do valor de todos os produtos da NF-e);

(-) vDesc (Somatório do desconto de todos os produtos da NF-e);

(+) vST (Somatório do valor do ICMS com Substituição Tributária de todos os produtos da
NF-e);

(+) vFrete (Somatório do valor do Frete de todos os produtos da NF-e);

(+) vSeg (Somatório do valor do seguro de todos os produtos da NF-e);

(+) vOutro (Somatório do valor de outras despesas de todos os produtos da NF-e);

(+) vII (Somatório do valor do Imposto de Importação de todos os produtos da NF-e);

(+) vIPI (Somatório do valor do IPI de todos os produtos da NF-e);

(+) vServ (Somatório do valor do serviço de todos os itens da NF-e).

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6. QUESTÕES COMENTADAS

Questões Inéditas criadas pelo professor Leonardo Coelho.

1. (Exponencial – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Você está quase


acabando o plantão fiscal da sua inspetoria. Dia tranquilo, sem
grandes problemas apresentados pelos contribuintes e uma
demanda regular, que lhe permitiu executar o plantão fiscal e ainda
adiantar boa parte das pendências em suas ações fiscais.
Mas Murphy é implacável e faltando 5 minutos para o encerramento do
atendimento, um contribuinte telefone desesperado por não conseguir emitir
notas fiscais eletrônicas, impactando seriamente sua operação.
Apesar de não ser exatamente sua função, você se compromete a
investigar o caso, aplicando seus conhecimentos aprendidos nos cursos do
excelente professor Leonardo Coelho (:D).
O contribuinte alega que o sistema está rejeitando o envio do arquivo XML,
mas não apresenta explicações detalhadas. Ele lhe envia por e-mail a NF-e e
você analisa cada grupo de informações, separadamente, encontrando uma
falha no grupo C, transposto abaixo:

<emit>
<CNPJ>00822602000124</CNPJ>
<xNome>Craft &amp; Systems Ltda</xNome>
<xFant>Craft &amp; Systems >> Brasil</xFant>
<enderEmit>
<xLgr>Rua Solon</xLgr>
<nro>558</nro>
<xBairro>Bom Retiro</xBairro>
<cMun>3550308</cMun>
<xMun>Sao Paulo</xMun>
<UF>SP</UF>
<CEP>01127010</CEP>
<cPais>1058</cPais>
<xPais>BRASIL</xPais>
<fone>1123587604</fone>
</enderEmit>
<IE>11</IE>
<CRT>1</CRT>
</emit>

Qual foi a falha encontrada?


a) O campo UF deveria informar o código do Estado, conforme a tabela de
códigos do IBGE. A informação da sigla SP gera erro de interpretação do
arquivo.

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b) O CEP está sem separadores, o formato correto é 01.127-010
c) Há uso de caracteres indevidos, causando a má-formação do arquivo
XML no nome Fantasia da empresa.
d) O CNPJ informado deveria desconsiderar os zeros à esquerda
e) A IE informada possui tamanho abaixo do mínimo previsto para o campo
Resposta: C.
Pessoal, casos como este num plantão fiscal são raros, viu. No geral, o que
você irá fazer é repassar este problema para alguma área que cuide de TI dentro
da Sefaz ou até mesmo orientar o contribuinte a resolver o problema junto da
empresa que desenvolve o sistema que ele utiliza para envio da NF-e.
Mas como você será um Auditor Fiscal diferenciado e busca resolver os
problemas dos contribuintes sempre que possível, é importante saber isto aí,
vamos lá em cada alternativa:
A – Cuidado para não confundir isto aqui. O código da UF é o campo cUF,
mas ele está presente no Grupo B, de Identificação da NF-e. No grupo C temos
a Identificação do Emitente e o campo UF aceita exatamente a sigla do Estado,
como consta no XML mostrado.
B – Nenhum campo numérico considera separadores, a menos das casas
decimais de campos que representam valores. Isto vale para CEP, CNPJ, CPF,
códigos, etc: apenas os números são informados.
C – Note que este campo tem caracteres que não podem ser utilizados nos
elementos do XML, como vimos no Esquema 1, reproduzido abaixo:

> (sinal de
maior)

' (sinal de < (sinal de


apóstrofe) menor)

& (e
" (aspas)
comercial)

O uso destes caracteres denota má formação do arquivo e gera problemas


na sua leitura e interpretação, pois se confunde com os marcadores das TAGS
(<>). O &amp; está corretinho, mas o “>>” confunde o parser e torna o arquivo
mal formado.

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D – Pelo contrário, o tamanho do CNPJ é fixo com 14 caracteres e os zeros
não significativos sempre devem ser informados. Tome cuidado com isto, pois
é comum que as bases de dados da Sefaz desconsiderem estes zeros. Sabe o
que acontece? Você precisa inclui-los na marra para poder cruzar dados, em
algumas situações.
E – Esta aqui foi forte, espero que o examinador não seja tão ranzinza
assim para cobrar este tipo de conhecimento, mas vai que... O campo IE
representa a Inscrição Estadual do contribuinte. O normal é que tenha pelo
menos uns 6 a 8 caracteres, mas o leiaute aceita o tamanho de 2 a 14
caracteres, portanto, a informação no XML é considerada válida (embora possa
ser um dado incorreto, como uma IE inexistente, mas não estamos entrando
neste mérito).

2. (Exponencial – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Você recebe um


caso muito simples para análise fiscal e dentro do processo vem um
CD apresentado pelo contribuinte com todas as informações
necessárias.
Dentre estas informações se encontra um arquivo XML que representa uma
nota fiscal que você deve avaliar. Você carrega este arquivo num sistema para
leitura da NF-e, que alega que o dígito verificador da NF-e é inválido. Abaixo
segue a chave de acesso que você encontrou:
35150300822602000124550010009923461099234650
De pronto, você solicita as informações de todas as NF-e deste contribuinte
para a mesma data, tentando encontrar nos sistemas da Sefaz qual a chave
seria a correta, a fim de analisar o caso apresentado. Infelizmente, você não
consegue identificar esta NF-e.
Então, você recorre ao contato por telefone com o contribuinte e, para sua
surpresa, ele alega que a chave de acesso está correta sim e insiste em dizer
que se trata de um erro dos sistemas da Sefaz.
Inconformado, você apresenta qual seria o dígito verificador correto, junto
com as devidas contas e justificativas, para convencer o contribuinte da falha:
a) 6
b) 3
c) 9
d) 7
e) 2
Resposta: A.
Pessoal, vamos lembrar a forma de cálculo do dígito verificador da NF-e,
que é só o que precisamos tratar aqui. Reforço que este não é um conhecimento

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comum no dia a dia do Auditor Fiscal, mas o examinador pode ser chato e querer
cobrar isto na prova, então não custa enfatizar, até por ser bem simples.
Primeiro, vamos pegar toda a chave de acesso, mas sem o último dígito,
que é o dígito verificador. Na linha de baixo, vou colocar os pesos, que devem
ser dispostos da direita para a esquerda, variando de 2 a 9. Por fim, vamos
multiplicar cada dígito de uma linha com o seu correspondente na outra linha e
somar todos estes valores. Bora fazer este primeiro passo. Como estamos
lidando com 43 caracteres, vou separar em 4 blocos de 11 e 10 caracteres para
facilitar nossa vida, ok?
A - 35150300822 60200012455 00100099234 6109923465
Chave
de
Acesso
B - 43298765432 98765432987 65432987654 3298765432
Pesos
C – 12 + 15 + 2 + 54 + 0 + 14 + 0 + 0 + 4 + 0 + 18 + 2 + 0 + 72 +
Soma 45 + 0 + 21 + 0+0+0+3 0 + 0 + 72 + 63 63 + 12 + 15 + 16
(A*B) 0 + 0 + 32 + + 4 + 36 + 40 + 12 + 15 + 16 + 18 + 10 = 226
6 + 4 = 137 + 35 = 186 = 182

Portanto, nossa soma total dá 137 + 186 + 182 + 226 = 731.


Então, dividimos este valor por 11, que nos leva a um quociente de 66 e
resto de 5.
Por fim, calculamos o DV fazendo 11-5 (11 - resto da divisão anterior) =
6. E temos nosso DV = 6, letra A.

3. (Exponencial – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Você está


encarregado da área da Sefaz responsável por consultas do
contribuintes. Há uma quantidade enorme de contatos por e-mail,
telefone e processos de solicitação de esclarecimento de dúvidas
acerca de procedimentos e entendimentos da legislação tributária.
Sua missão nesta semana, no entanto, é esclarecer todas as dúvidas
relacionadas à emissão de NF-e em contingência e você está preparando uma
orientação sobre boas práticas para os contribuintes, para disponibilizar no sítio
da Fazenda Estadual, como forma de disseminar e facilitar o acesso ao
conhecimento.
E para isto você elabora uma tabela correlacionando os conceitos,
conforme a seguir:
Modalidades Características
A – Normal 1 – Requer o uso de Formulário de
Segurança para impressão do

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Documento Auxiliar do Documento
Fiscal eletrônico
B – FS-DA 2 – DANFE é válido se há posterior
transmissão para a Sefaz de Origem
C – EPEC 3 – Contribuinte consegue emitir a
NF-e normalmente, usando uma
Sefaz Virtual
D - SVC 4 – Modalidade que deve ser
preferencialmente usada
5 - Depende de ativação da Sefaz de
Origem

A correlação correta está descrita em:


a) 1-C, 2-B, 3-D, 4-A, 5-D
b) 1-B, 2-C, 3-D, 4-A, 5-D
c) 1-B, 2-C, 3-A, 4-B, 5-C
d) 1-B, 2-B, 3-C, 4-A, 5-D
e) 1-D, 2-C, 3-B, 4-A, 5-D
Resposta: B.
Pessoal, este conhecimento é simples, basta você rever o item
3.CONTINGÊNCIA de nosso material. Vou sumarizar aqui os pontos principais.
Você verá que só com isto é suficiente para resolver uma questão como esta:
 O processo de contingência é uma salvaguarda para as empresas
emitirem NF-e em caso de problemas com os sistemas do Fisco
 A regra é que devem ser emitidas notas usando a modalidade
normal do sistema. Todo o resto é exceção
 O SVC é a modalidade da Sefaz Virtual, na qual entra em operação
um ambiente alternativo para emissão da NF-e quando o sistema
principal está fora do ar
 Documentos emitidos pelo SVC não precisam ser transmitidos
posteriormente pois o sistema alternativo já faz a sincronização dos
dados. Todos os demais devem ser transmitidos quando o sistema
retorna, para que sejam documentos considerados válidos.
Com isto em mente, vamos às assertivas:
1 – Formulário de Segurança é a modalidade FS-DA (FS = Formulário de
Segurança!). 1-B.
2 – Todos os documentos emitidos em contingência FS-DA e EPEC devem
ser transmitidos posteriormente. Então temos 2-B ou 2-C

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3 – Sefaz Virtual é a SVC! 3-D
4 – A transmissão Normal deve ser a regra. 4-A
5 – A ativação da SVC requer interação humana. Uma pessoa da Sefaz de
origem (onde deu problema) deve ativar o uso da Sefaz Virtual para os
contribuintes do Estado. 5-D
Portanto, a única que se enquadra é a letra B!

4. (Exponencial – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Veja abaixo um


trecho da tabela do banco de dados em que se encontram os dados
do Registro C100 da EFD de um contribuinte sujeito a sua Ação
Fiscal:

No registro C100 constam todas as notas fiscais emitidas e recebidas pelo


contribuinte. A primeira linha mostrada acima são os campos deste registro
disponíveis na base de dados para consulta.
Ocorre que o contribuinte teve problemas em seu sistema e escriturou
diversas notas fiscais com erro na chave de acesso. Aparentemente, o
recolhimento de impostos foi feito de forma adequada e os totalizadores da
apuração no EFD equivalem ao valor levantado com base nas notas fiscais. No
entanto, você precisa validar se houve de fato a escrituração de todas as notas
fiscais.
Por exemplo, veja um trecho do XML da primeira nota fiscal da lista acima:
<nfeProc xmlns="http://www.portalfiscal.inf.br/nfe" versao="2.00">
<NFe>
<infNFe versao="2.00" Id="NFe33150311317347000189550010000212831000212836
">
<ide>
<cUF>42</cUF>
<cNF>00000515</cNF>
<natOp>DEVOLUCAO COMPRA ST</natOp>
<indPag>2</indPag>
<mod>55</mod>
<serie>1</serie>
<nNF>21283</nNF>
<dEmi>2015-03-02</dEmi>
<tpNF>1</tpNF>

Profs. Leonardo Coelho e Raphael Senra 59 de 82


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<cMunFG>3306305</cMunFG>
<tpImp>1</tpImp>
<tpEmis>1</tpEmis>
<cDV>6</cDV>
<tpAmb>1</tpAmb>
<finNFe>1</finNFe>
<procEmi>0</procEmi>
<verProc>2.0.35</verProc>
</ide>

Nesta situação, como você poderia proceder para cruzar as informações de


NF-e com as informações do registro C100 de forma a identificar se todas as
NF-e de saída foram de fato escrituradas? Considere que você tem as NF-e e o
Registro C100 em tabelas separadas.
A – cruzaria a chave de acesso da NF-e com a chave de acesso do registro
C100.
B – cruzaria as informações de chave de acesso e número da nota fiscal
com as informações equivalentes da EFD.
C – isolaria apenas as notas fiscais de entrada. E a partir delas, cruzaria o
número da NF-e na tabela da NF-e com o número da NF-e na tabela da EFD.
D – tomaria todas as notas fiscais do contribuinte e cruzaria a chave
formada pelo número da nota fiscal + série, da NF-e e da EFD.
E – isolaria as NF-e de saída na tabela da NF-e e da EFD e cruzaria ambas
considerando a chave formada pelo número da nota fiscal e a série.
Resposta: E.
Pessoal, questão mais capciosa, dando os primeiros passos para
compreendermos o processo de cruzamento de dados.
Num cenário ideal, você terá um sistema que irá lhe dar este tipo de
cruzamento já pronto. No entanto, ‘shit happens’ e foi o caso aqui: já que o
contribuinte teve problemas na escrituração da chave de acesso, as informações
não vão bater e os sistemas corporativos fatalmente vão indicar que este
contribuinte deixou de escriturar um monte de notas fiscais (afinal, a chave de
acesso é o diferenciador principal de cada documento fiscal eletrônico).
Veja o exemplo mostrado na questão. A chave de acesso existente no XML
da NF-e é totalmente diferente daquele registrado na sua EFD. Então não
podemos considerar esta informação para cruzar uma tabela com a outra, o que
nos leva logo a eliminar as letras A e B.
Atente para algo importante: quando falamos em cruzar dados, podemos
estar considerando diversos procedimentos, conforme o ambiente de TI
disponível:
I. Sistemas corporativos podem oferecer os cruzamentos já realizados,
com relatórios para análise final do Auditor Fiscal

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II. Você pode obter dados crus ou minimamente trabalhados em
formato Excel e proceder a cruzamentos e análises por sua conta
III. Os dados citados acima podem ser disponibilizados numa base de
dados e você efetuar estes cruzamentos utilizando-se de suas
ferramentas, inclusive na linguagem SQL
Note o seguinte:
 No caso I, seu trabalho é mínimo, mas sua capacidade de análise
também é limitada, afinal, algum sistema vai ‘mastigar’ a
informação para você e lhe dar um relatório para análise. Se houver
erro neste relatório ou você precisar ir além nas análises, você pode
não conseguir resolver o problema
 Nos casos II e III, você precisará compreender bem toda a estrutura
de dados dos registros da NF-e e da EFD para poder explorar as
informações disponíveis
 No caso II, você terá de dominar bem o Excel e ter uma máquina
com memória boa para lidar com grandes volumes de dados
 No caso III, você terá de dominar a linguagem SQL se quiser
explorar bem as informações disponíveis. Para este caso, pode
haver algum sistema para facilitar sua vida (ou não!).
Certo, então note que você tem acesso às tabelas e pode estar trabalhando
nos casos II ou III. Pro nosso caso, pouco importa, não entraremos aqui nos
detalhes do COMO fazer, mas sim no QUE fazer. Vejamos as demais
alternativas, portanto:
C – Não faz sentido isolar notas fiscais de entrada, já que o enunciado pede
para que você verifique justamente as NF-e de saída.
D – A letra D está quase certa, mas pode ter um problema. Se você pega
as notas fiscais de entrada E saída, temos um problema com a chave proposta.
Note que o enunciado fala de usarmos o número da NF-e e a série. Se
consideramos APENAS UM contribuinte de forma isolada, não haverá repetição
neste caso, visto que um contribuinte não consegue emitir 2 notas fiscais com
números e séries iguais6.
Mas então, note o problema: se tomarmos TODAS as NF-e do contribuinte,
estamos considerando o conjunto de NF-e de entrada e saída dele. As NF-e de
saída não são um problema, pois todas são emitidas por ele mesmo, então a
chave formada pelo número + série será única e atende nosso intuito. No
entanto, para as notas de entrada, pode haver muitas repetições, haja vista que

6
Isto pode até acontecer sim! Vimos que é o caso de NF-e emitidas no ambiente de contingência, mas uma
delas deverá ser cancelada ou inutilizada para que a outra seja considerada válida. Para este exercício, não
faz sentido elocubrarmos com este caso!

Profs. Leonardo Coelho e Raphael Senra 61 de 82


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diferentes contribuintes podem emitir notas com mesmos número e série. Ou
seja, cruzar apenas estas informações com a EFD pode gerar muitos erros!
E – como citado antes, para as notas fiscais de saída conseguimos
identificar de forma única cada nota fiscal, permitindo-nos cruzar as informações
da NF-e com a EFD e identificar todas as notas fiscais. Daí nos caberá verificar
se todas as NF-e de saída de fato constam na EFD. As que não estiverem,
possivelmente não foram escrituradas e merecem uma investigação mais
detalhada no corpo da Ação Fiscal, podendo resultado num Auto de Infração ao
contribuinte.
Ah, note que o erro de escrituração da chave de acesso por si só é base
para um Auto de Infração, mas é um erro formal e costuma ter valores menos
significativos.

5. (Exponencial – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Em seus Testes


de Auditoria, cruzando NF-e com EFD, você encontrou o seguinte
cenário. Os dados a seguir foram apresentados por um sistema
interno da SEFAZ-SC para o período de 01/01/2013 a 31/12/2017:
i. Existem 312 notas fiscais de saída escrituradas com diferença nos
dados de imposto
ii. Existem 2431 notas fiscais de entrada escrituradas com diferença
nos dados de imposto
iii. Existem 48 notas fiscais de saída não escrituradas
iv. Existem 1023 notas fiscais de entrada não escrituradas
Com base nestas informações você pode inferir que:
a) o contribuinte aproveitou-se de créditos indevidos
b) o contribuinte deixou de registrar mais de 1.000 notas fiscais de entrada
c) o contribuinte deixou de lançar débitos devidos
d) o contribuinte não poderá emitir uma certidão negativa de débitos
e) n.r.a
Resposta: E.
Por incrível que pareça, apenas com estas informações não é possível
inferir muita coisa. Novos testes de auditoria devem ser realizados para
podermos identificar os casos concretos que levaram a estas divergências. No
entanto, é comum que os sistemas corporativos gerem este alerta para que haja
uma investigação mais aprofundada dos casos. Vejamos as situações:
v. Existem 312 notas fiscais de saída escrituradas com diferença nos
dados de imposto

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Note que as diferenças de impostos podem ser para mais ou para menos.
É normal que o fisco apenas se preocupe quando estas diferenças sejam para
menos, mas como o enunciado deixou em aberto, teremos de investigar os
casos.
vi. Existem 2431 notas fiscais de entrada escrituradas com diferença
nos dados de imposto
Mesmo caso anterior. Além disto, é de se notar que se a empresa não se
creditar do imposto destacado na nota fiscal de entrada, ela lançará o valor
zerado em sua EFD, gerando uma divergência considerada legal, inclusive.
vii. Existem 48 notas fiscais de saída não escrituradas
Este aqui possivelmente será um caso importante a ser observado, pois
notas fiscais de saída costumam gerar débito de imposto e possíveis
divergências. No entanto, é preciso identificar cada caso concreto para
compreender a situação que levou a tal fato ocorrer. E antes que seja
investigado, não gera uma obrigação direta de pagamento de impostos, não
afetando a emissão de uma CND, por exemplo. Lembre-se que o ICMS é lançado
por homologação, ou seja, o Fisco a princípio cobra apenas o que o próprio
contribuinte informou, e se ele deixou de informar estas NF-e, ainda não foi
lançado o débito do imposto.
viii. Existem 1023 notas fiscais de entrada não escrituradas
Lembre-se que notas fiscais de entrada são escrituradas quando do
recebimento da mercadoria de fato, o que não necessariamente pode ocorrer
na mesma competência de sua emissão. Uma nota fiscal de 12/2017, por
exemplo, pode muito bem ter sido escriturada em 2018 e a análise citada não
considerou isto, visto interromper o processo no dia 31/12/17. Ou seja, mais
testes precisam ser realizados.
Portanto, nada se pode concluir de concreto, embora tenhamos muitos
caminhos a tomar em novos testes de auditoria e intimações ao contribuinte
para se explicar!

6. (Exponencial – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Na sua Auditoria


Fiscal, você pretende identificar se cada item existente nas NF-e do
contribuinte sob Ação Fiscal foi escriturado corretamente:
Para isto, considere:
i. As informações de itens da NF-e constam no Registro C170 da EFD,
conforme imagem abaixo:

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ii. A partir do registro C170, é possível recuperar as informações do
registro C100, onde constam informações gerais das NF-e, tal como
na imagem abaixo:

Você possui 2 tabelas com os registros de todas as NF-e, uma delas


contendo as informações gerais de cada nota fiscal e outra contendo os itens
destas notas fiscais e seus detalhamentos. A estrutura destas tabelas segue o
leiaute da NF-e.
Diante deste cenário, qual melhor procedimento para verificar se os dados
informados para cada item estão corretos, i.e., se a EFD corresponde
exatamente ao que foi informado na NF-e?
a) basta cruzar as informações de chave de acesso das NF-e e comparar
as colunas com as informações de impostos.
b) para cada NF-e, deve-se cruzar as informações de chave de acesso e
número do item, daí então comparar os dados de impostos
c) o melhor caminho será cruzar os dados por meio da chave formada pelo
CNPJ do Emitente + Número da Nota Fiscal + Número do Item.
d) o mais simples será cruzar os dados de itens da NF-e com o registro
C170, por meio do número do item.
e) basta cruzar a chave de acesso e a informação de cprod da NF-e com a
chave de acesso e o código do item na EFD.
Resposta: B.

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A verdade é que aqui não temos uma resposta 100% correta no mundo
prático, viu. A letra B é a melhor resposta ‘by the book’, mas na vida real pode
dar problema para algumas empresas. Vamos ver isto, explico abaixo.
Primeiro, entenda bem claramente o seguinte: normalmente as
informações gerais das NF-e estão organizadas numa tabela separada das
informações de itens. Esta é uma organização normal do banco de dados para
fazer a chamada ‘normalização’ da base, que prevê o uso mínimo possível de
campos e uma formatação que permita consultas rápidas.
E por que esta separação é necessária? Uma só NF-e pode possuir
inúmeros itens. E cada item tem uma série de dados, além dos dados da própria
NF-e. Se você olhar o leiaute da NF-e direitinho, notará que os itens ficam
restritos ao Grupo H. E todo o resto é informação comum a todos os itens.
Algo similar ocorre com a EFD. No nosso caso, estamos focando apenas
nos registros C100 e C170 que, como dito no enunciado, trazem as informações
de NF-e e seus itens, respectivamente. Vemos mais detalhes destes registros
na aula sobre EFD, mas o que temos aqui é suficiente para resolver a questão.
Então lembre-se: como identificamos de forma única uma NF-e? Pela chave
de acesso! E se você notar nas imagens, a chave de acesse se encontra no
registro C100. Portanto, se eu quisesse simplesmente cruzar as informações
comuns de uma NF-e com a EFD, bastaria cruzar a chave de acesso.
Mas a questão trouxe uma novidade, ela deseja que cruzemos informações
dos itens da NF-e. Para isto então, teremos de adentrar nos itens da NF-e e no
registro C170. Mas veja, como identificamos de forma única cada item da NF-
e?
A forma adequada é pelo número do item (campo nItem da NF-e). Cada
item da NF-e é numerado numa ordem crescente e esta ordem tem de ser
respeitada pelo contribuinte na hora de escriturar a NF-e. Portanto, se eu junto
chave de acesso + número do item, eu consigo identificar cada item de cada
nota fiscal. Isto nos leva à resposta: letra B.
Porém, na vida real isto nos traz um problema: existem contribuintes que
não respeitam esta numeração e informam de maneira aleatória na EFD,
gerando ‘descasamento’ entre as informações da NF-e e EFD, inviabilizando um
cruzamento deste tipo. Obviamente, cabe algum tipo de autuação, visto que o
contribuinte cometeu um erro de escrituração fiscal.
Vamos apenas comentar as demais alternativas para não passar em
branco:
A – apenas com a chave de acesso não conseguimos isolar cada item da
NF-e. Imagine que para isto funcionar, precisamos criar um ‘tabelão’ que é a
junção das informações da NF-e e dos itens (coisa que o banco de dados evitou
fazer e deixou ambas separadas). O que estamos fazendo aqui é o famoso LEFT
JOIN do SQL (dá uma conferida lá no seu curso da TI/Banco de Dados). Com
isto, para cada NF-e, teremos x linhas repetidas, cada qual com cada um dos x

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itens da NF-e, contendo as informações gerais da NF-e e a informação de cada
item.
Algo similar é feito para juntar as tabelas do C100 e C170. E a partir destes
2 tabelões, conseguimos de fato cruzar as informações de todos os itens, de
todas as notas.
C – Este caminho pode dar certo, pois conseguimos identificar de forma
razoável o item (ainda que falte a informação de Série da NF-e). No entanto,
este não é o melhor jeito.
D – Se cruzarmos apenas as informações de número do item, vamos
misturar notas fiscais diferentes e a informação final não fará sentido.
E – O código do produto poderia ser uma boa pedida para identificarmos
de forma única cada item da NF-e. No entanto, isto só vai funcionar para notas
fiscais de saída, em que o CProd da NF-e é o mesmo informado na EFD. Para
NF-e de entrada, as informações de CProd são referentes ao emissor da NF-e,
que pode usar um sistema de codificação totalmente diferente do que o
destinatário considera em sua escrituração, invalidando o cruzamento7.

7. (Exponencial – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Considere os


campos do leiaute da NF-e relativos aos produtos e serviços (Grupo
I).
Assinale a alternativa incorreta:
a) A descrição do produto está presente no campo cEAN.
b) O Código NCM serve para categorizar o produto.
c) O CFOP indica o tipo de operação realizada.
d) Os valores de qCom e qTrib podem ser diferentes.
e) O valor do produto pode ou não entrar no valor total da nota fiscal
Resposta: A.
Volte umas casas aí no estudo se errou esta questão. Vai lá no item 5.5.
Grupo H: Detalhamento de Produtos e Serviços da NF-e e revise os campos
deste grupo para não ter erro. O que tem lá é suficiente para seu aprendizado,
mas vou complementar aqui, ok?
A – A descrição do produto é o campo xProd. O cEAN é um identificador do
produto, onde se informar o GTIN.
B – O NCM é a Nomenclatura Comum ao Mercosul e é uma forma de
agrupamento de produtos similares. Ela chega a um nível de detalhamento bom,

7
Esta questão merece um complemento de explicação em vídeo para que fique mais claro para todos. Farei
isto e deixarei disponível na área do aluno!

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mas não identifica de forma única cada produto, trazendo uma espécie de
categorização de produtos.
C – O CFOP é o Código Fiscal de Operações e Prestações, uma codificação
que identifica o tipo ou natureza da circulação de uma mercadoria ou a
prestação de transportes. A definição na alternativa não é a melhor do mundo,
mas está aceitável.
D – qCom indica a quantidade de itens comercializáveis e qTrib a
quantidade de itens tributáveis. Estes valores podem ser diferente, pois muitas
vezes a quantidade medida na venda para o fisco é diferente daquela utilizada
pelo contribuinte. Exemplo: contribuinte pode considerar pacote e o fisco pode
considerar unidades de um item.
E – Esta é exatamente a informação presente no campo indTot.

8. (Exponencial – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Qual das


operações a seguir identifica uma saída interestadual para venda
fora do estabelecimento?
a) CFOP 1.201
b) CFOP 2.302
c) CFOP 3.503
d) CFOP 5.605
e) CFOP 6.904
Resposta: E.
Vejamos o que cada um dos CFOP representa:
iii. CFOP 1.201
Devolução de venda de produção do estabelecimento
Classificam-se neste código as devoluções de vendas de produtos
industrializados pelo estabelecimento, cujas saídas tenham sido classificadas
como “Venda de produção do estabelecimento”.
iv. CFOP 2.302
Aquisição de serviço de comunicação por estabelecimento
industrial
Classificam-se neste código as aquisições de serviços de comunicação
utilizados por estabelecimento industrial. Também serão classificadas neste
código as aquisições de serviços de comunicação utilizados por estabelecimento
industrial de cooperativa.
v. CFOP 3.503

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Devolução de mercadoria exportada que tenha sido recebida com
fim específico de exportação
Classificam-se neste código as devoluções de mercadorias exportadas por
“trading company”, empresa comercial exportadora ou outro estabelecimento
do remetente, recebidas com fim específico de exportação, cujas saídas tenham
sido classificadas no código “7.501 - Exportação de mercadorias recebidas com
fim específico de exportação”.
vi. CFOP 5.605
Transferência de saldo devedor de ICMS de outro estabelecimento
da mesma empresa.
Classificam-se neste código os lançamentos destinados ao registro da
transferência de saldo devedor de ICMS para outro estabelecimento da mesma
empresa, para efetivação da apuração centralizada do imposto.
vii. CFOP 6.904
Remessa para venda fora do estabelecimento
Classificam-se neste código as remessas de mercadorias para venda fora
do estabelecimento, inclusive por meio de veículos.

Mas Poxa, professor, eu vou precisar decorar tudo que é CFOP? São
infinitos!!!
Claro que não! A questão pede que você identifique uma operação
específica, mas tudo que você precisa se ater é ao fato de ser uma operação de
saída interestadual. E neste caso, o CFOP inicia com o número 6!!
Lembre-se de todos os casos no Esquema 17. CFOP, que reproduzo abaixo:

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CFOP

Organizado em Grupos

Entradas Saídas

1.000 2.000 3.000 5.000 6.000 7.000

Entradas ou Entradas ou Entradas ou Saídas ou Saídas ou Saídas ou


Aquisições de Aquisições de Aquisições de Prestações de Prestações de Prestações de
Serviços do Serviços de Serviços do Serviços para o Serviços para Serviços para o
Estado Outros Estados Exterior Estado Outros Estados Exterior

Entradas em Entradas em Entradas em Saídas em Saídas em Saídas em


operações operações operações com operações operações operações
interna interestaduais o exterior internas interestaduais para o exterior

9. (Exponencial – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Na sua ação


fiscal, você precisa verificar detidamente os casos de notas fiscais
emitidas com isenção de ICMS.
Neste caso, em quais CST você deve focar?
a) 00 e 10
b) 20 e 30
c) 30 e 40
d) 40 e 41
e) 50 e 60
Resposta: C.
Lembre-se dos códigos existentes para o CST, que vimos no Esquema 19.
CST (tabela da direita):

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Tabela A – ORIGEM DA MERCADORIA Tabela B -Tributação pelo ICMS

•0 – Nacional, exceto as indicadas nos códigos 3, 4, •00 – Tributada integralmente


5e8 •10 – Tributada e com cobrança do ICMS por
•1 – Estrangeira -Importação direta, exceto a substituição tributária
indicada no código 6; •20 – Com redução de base de cálculo
•2 – Estrangeira -Adquirida no mercado interno, •30 – Isenta ou não tributada e com cobrança do
exceto a indicada no código 7; ICMS por substituição tributária
•3 – Nacional, mercadoria ou bem com Conteúdo •40 – Isenta
de Importação superior a 40% (quarenta por •41 – Não tributada
cento) e inferior ou igual a 70% (setenta por cento)
•50 – Suspensão
•4 – Nacional, cuja produção tenha sido feita em
•51 – Diferimento
conformidade com os processos produtivos
básicos de que tratam o Decreto-Lei nº 288/67, e •60 – ICMS cobrado anteriormente por substituição
as Leis nºs 8.248/91, 8.387/91, 10.176/01 e tributária
11.484/07; •70 – Com redução de base de cálculo e cobrança
•5 – Nacional, mercadoria ou bem com Conteúdo do ICMS por substituição tributária
de Importação inferior ou igual a 40% (quarenta •90 – Outras
por cento);
•6 – Estrangeira -Importação direta, sem similar
nacional, constante em lista de Resolução CAMEX
e gás natural;
•7 – Estrangeira -Adquirida no mercado interno,
sem similar nacional, constante em lista de
Resolução CAMEX e gás natural.
•8 – Nacional, mercadoria ou bem com Conteúdo
de Importação superior a 70% (setenta por cento)
•(Ajuste SINIEF 20/12 e 15/13, de acordo com Res.
SF 13/12 do SF, efeitos a partir de 1º/01/ 2013 e
1º/08/13)

10. (Exponencial – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Buscando


otimizar o trabalho de sua repartição fiscal, você é encarregado de
identificar os maiores contribuintes sob a fiscalização de sua área,
para um determinado período de análise.
Para isto, é proposto que você analise os dados de NF-e existentes de todos
os contribuintes para identificar o seguinte:
i. Quem são os maiores contribuintes de ICMS da repartição
ii. Quais são os CFOP com maior operação entre os contribuintes da
repartição
iii. Quais são os NCM de maior saída em operações interestaduais
Considere que a base de dados disponível para você traz uma tabela com
os itens das NF-e, com as informações presentes no Grupo I da NF-e e outra
tabela com todas as demais informações (informações gerais das NF-e).

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Diante disto, identifique quais dados você deve utilizar para sua análise.
Considere a análise apenas sobre notas fiscais de saída.
a) i – totalizar os valores de vICMS do grupo W, agrupando por contribuinte
ii – totalizar os valores do campo CFOP, da tabela de itens
iii – totalizar os valores de NCM, da tabela de itens

b) i – totalizar os valores de vICMS do grupo W, agrupando por IE (grupo


C)
ii – totalizar os valores do campo vProd, da tabela de itens, agrupando por
CFOP
iii – totalizar os valores de NCM, da tabela de itens

c) i – totalizar os valores de vICMS do grupo W, agrupando por CNPJ (grupo


C)
ii – totalizar os valores do campo CFOP, da tabela de itens, agrupando por
vProd
iii – totalizar os valores de vProd, da tabela de itens, agrupando por NCM

d) i – totalizar os valores de vICMS do grupo W, agrupando por CFOP


ii – totalizar os valores do campo vProd, da tabela de itens, agrupando por
CFOP e por CNPJ (grupo C)
iii – totalizar os valores de vProd, NCM, da tabela de itens, agrupando por
NCM

e) i – totalizar os valores de vICMS do grupo W, agrupando por contribuinte


ii – totalizar os valores do campo vProd, da tabela de itens, agrupando por
CFOP
iii – totalizar os valores de vProd, NCM, da tabela de itens, agrupando por
NCM
Resposta: E.
A letra E é a mais completa entre as alternativas, mas ainda assim merece
uma complementação.
Veja o cenário. Estamos vendo operações de saída, portanto, notas fiscais
emitidas por contribuintes da repartição. Isto pressupõe que temos de aplicar
algum tipo de filtro para buscar apenas os contribuintes desta repartição. É bem
provável que isto envolva o cruzamento com alguma tabela de cadastro da Sefaz
que lhe permita filtrar estes contribuintes pelo seu CNPJ ou IE.

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Para calcularmos os maiores contribuintes de ICMS, o ideal seria buscar as
informações em algum sistema de arrecadação, que tenha os dados de
pagamentos dos contribuintes. Isto daria uma visão exata de quem de fato paga
mais impostos. No entanto, nosso foco são as NF-e, o que nos dá uma visão de
quem mais destaca ICMS, não necessariamente quem paga, certo? Mas tá
valendo, vamos jogar o jogo.
Na NF-e, o campo vICMS do grupo W nos dá a informação que queremos.
Mas precisamos agrupar por contribuinte, ou seja, somar todos os valores
aferidos para cada contribuinte. E como identificamos o contribuinte? Por conta
de seu CNPJ ou IE, constante no grupo C (emitente da NF-e, neste caso). Neste
ponto, eliminamos a letra D, apenas.
Para calcularmos o segundo somatório, precisamos adentrar nos itens das
NF-e, visto que só ali encontramos o CFOP. Isto é um ponto bem importante,
pois uma mesma NF-e pode ter vários CFOP, ou seja, iremos contar apenas
parte disto para cada somatório. Então, não podemos somar o vNF como
fizemos no primeiro caso, pois precisamos pegar agora o valor de cada item. E
esta informação temos no campo vProd, também no grupo I. E a ideia é que
tenhamos estes valores para todos os CNPJ, ou seja, não nos interessa aqui
saber os maiores CFOP de um determinado CNPJ, mas sim todos eles, vistos de
forma global. Então, iremos apenas somar os valores de vProd agrupando os
CFOP. Isto nos dará uma visão do somatório de todas as empresas por CFOP. E
considerando que lidamos apenas com notas fiscais de saída, estamos pegando
CFOP de operações de saída apenas (interna, interestadual e para o exterior).
Com isto, eliminamos a letra A e a letra C.
A última informação é similar ao CFOP e também pegamos pela tabela de
itens, pois o campo NCM está também no grupo I. E então precisamos somar o
valor de vProd agrupando por NCM, de forma a nos dar um total por NCM de
todas as operações de saída. O que nos leva então à letra E.
Se você já estudou banco de dados, lembre-se das consultas do tipo
sum/group by. O que estamos fazendo é consolidando dados de um campo
numérico de acordo com um determinado padrão, que entra no ‘group by’. Para
dar um exemplo mais prático e fácil de visualizar, imagine a tabela abaixo:

Peguei apenas um trecho de uma tabela de itens de um conjunto de NF-e


para ser simples. Neste trecho, temos 8 itens de diferentes NF-e, cada qual com

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seu NCM, CFOP e vProd. O que significa então este sum/group by? A ideia é
agrupar os NCM ou CFOP iguais e somar a coluna de vProd, para termos um
totalizador.
Algo como o que mostra a tabela abaixo, que consolida para este pequeno
exemplo os totais por NCM:

Fazendo isto para toda a base de notas fiscais, vai nos dar uma noção clara
de quais NCM e CFOP são mais aplicados nas operações dos contribuintes da
repartição.
Ah, uma coisa que não foi tratada: o ideal é que ainda filtremos apenas as
notas válidas! Ou seja, excluir todas as NF-e canceladas ou denegadas,
somando os valores de todas as demais.

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7. LISTA DE EXERCÍCIOS

1. (Exponencial – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Você está quase


acabando o plantão fiscal da sua inspetoria. Dia tranquilo, sem
grandes problemas apresentados pelos contribuintes e uma
demanda regular, que lhe permitiu executar o plantão fiscal e ainda
adiantar boa parte das pendências em suas ações fiscais.
Mas Murphy é implacável e faltando 5 minutos para o encerramento do
atendimento, um contribuinte telefone desesperado por não conseguir emitir
notas fiscais eletrônicas, impactando seriamente sua operação.
Apesar de não ser exatamente sua função, você se compromete a
investigar o caso, aplicando seus conhecimentos aprendidos nos cursos do
excelente professor Leonardo Coelho (:D).
O contribuinte alega que o sistema está rejeitando o envio do arquivo XML,
mas não apresenta explicações detalhadas. Ele lhe envia por e-mail a NF-e e
você analisa cada grupo de informações, separadamente, encontrando uma
falha no grupo C, transposto abaixo:

<emit>
<CNPJ>00822602000124</CNPJ>
<xNome>Craft &amp; Systems Ltda</xNome>
<xFant>Craft &amp; Systems >> Brasil</xFant>
<enderEmit>
<xLgr>Rua Solon</xLgr>
<nro>558</nro>
<xBairro>Bom Retiro</xBairro>
<cMun>3550308</cMun>
<xMun>Sao Paulo</xMun>
<UF>SP</UF>
<CEP>01127010</CEP>
<cPais>1058</cPais>
<xPais>BRASIL</xPais>
<fone>1123587604</fone>
</enderEmit>
<IE>11</IE>
<CRT>1</CRT>
</emit>

Qual foi a falha encontrada?


a) O campo UF deveria informar o código do Estado, conforme a tabela de
códigos do IBGE. A informação da sigla SP gera erro de interpretação do
arquivo.
b) O CEP está sem separadores, o formato correto é 01.127-010

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c) Há uso de caracteres indevidos, causando a má-formação do arquivo
XML no nome Fantasia da empresa.
d) O CNPJ informado deveria desconsiderar os zeros à esquerda
e) A IE informada possui tamanho abaixo do mínimo previsto para o campo

2. (Exponencial – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Você recebe um


caso muito simples para análise fiscal e dentro do processo vem um
CD apresentado pelo contribuinte com todas as informações
necessárias.
Dentre estas informações se encontra um arquivo XML que representa uma
nota fiscal que você deve avaliar. Você carrega este arquivo num sistema para
leitura da NF-e, que alega que o dígito verificador da NF-e é inválido. Abaixo
segue a chave de acesso que você encontrou:
35150300822602000124550010009923461099234650
De pronto, você solicita as informações de todas as NF-e deste contribuinte
para a mesma data, tentando encontrar nos sistemas da Sefaz qual a chave
seria a correta, a fim de analisar o caso apresentado. Infelizmente, você não
consegue identificar esta NF-e.
Então, você recorre ao contato por telefone com o contribuinte e, para sua
surpresa, ele alega que a chave de acesso está correta sim e insiste em dizer
que se trata de um erro dos sistemas da Sefaz.
Inconformado, você apresenta qual seria o dígito verificador correto, junto
com as devidas contas e justificativas, para convencer o contribuinte da falha:
a) 6
b) 3
c) 9
d) 7
e) 2

3. (Exponencial – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Você está


encarregado da área da Sefaz responsável por consultas do
contribuintes. Há uma quantidade enorme de contatos por e-mail,
telefone e processos de solicitação de esclarecimento de dúvidas
acerca de procedimentos e entendimentos da legislação tributária.
Sua missão nesta semana, no entanto, é esclarecer todas as dúvidas
relacionadas à emissão de NF-e em contingência e você está preparando uma
orientação sobre boas práticas para os contribuintes, para disponibilizar no sítio

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da Fazenda Estadual, como forma de disseminar e facilitar o acesso ao
conhecimento.
E para isto você elabora uma tabela correlacionando os conceitos,
conforme a seguir:
Modalidades Características
A – Normal 1 – Requer o uso de Formulário de
Segurança para impressão do
Documento Auxiliar do Documento
Fiscal eletrônico
B – FS-DA 2 – DANFE é válido se há posterior
transmissão para a Sefaz de Origem
C – EPEC 3 – Contribuinte consegue emitir a
NF-e normalmente, usando uma
Sefaz Virtual
D - SVC 4 – Modalidade que deve ser
preferencialmente usada
5 - Depende de ativação da Sefaz de
Origem

A correlação correta está descrita em:


a) 1-C, 2-B, 3-D, 4-A, 5-D
b) 1-B, 2-C, 3-D, 4-A, 5-D
c) 1-B, 2-C, 3-A, 4-B, 5-C
d) 1-B, 2-B, 3-C, 4-A, 5-D
e) 1-D, 2-C, 3-B, 4-A, 5-D

4. (Exponencial – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Veja abaixo um


trecho da tabela do banco de dados em que se encontram os dados
do Registro C100 da EFD de um contribuinte sujeito a sua Ação
Fiscal:

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No registro C100 constam todas as notas fiscais emitidas e recebidas pelo
contribuinte. A primeira linha mostrada acima são os campos deste registro
disponíveis na base de dados para consulta.
Ocorre que o contribuinte teve problemas em seu sistema e escriturou
diversas notas fiscais com erro na chave de acesso. Aparentemente, o
recolhimento de impostos foi feito de forma adequada e os totalizadores da
apuração no EFD equivalem ao valor levantado com base nas notas fiscais. No
entanto, você precisa validar se houve de fato a escrituração de todas as notas
fiscais.
Por exemplo, veja um trecho do XML da primeira nota fiscal da lista acima:
<nfeProc xmlns="http://www.portalfiscal.inf.br/nfe" versao="2.00">
<NFe>
<infNFe versao="2.00" Id="NFe33150311317347000189550010000212831000212836
">
<ide>
<cUF>42</cUF>
<cNF>00000515</cNF>
<natOp>DEVOLUCAO COMPRA ST</natOp>
<indPag>2</indPag>
<mod>55</mod>
<serie>1</serie>
<nNF>21283</nNF>
<dEmi>2015-03-02</dEmi>
<tpNF>1</tpNF>
<cMunFG>3306305</cMunFG>
<tpImp>1</tpImp>
<tpEmis>1</tpEmis>
<cDV>6</cDV>
<tpAmb>1</tpAmb>
<finNFe>1</finNFe>
<procEmi>0</procEmi>
<verProc>2.0.35</verProc>
</ide>

Nesta situação, como você poderia proceder para cruzar as informações de


NF-e com as informações do registro C100 de forma a identificar se todas as
NF-e de saída foram de fato escrituradas? Considere que você tem as NF-e e o
Registro C100 em tabelas separadas.
A – cruzaria a chave de acesso da NF-e com a chave de acesso do registro
C100.
B – cruzaria as informações de chave de acesso e número da nota fiscal
com as informações equivalentes da EFD.
C – isolaria apenas as notas fiscais de entrada. E a partir delas, cruzaria o
número da NF-e na tabela da NF-e com o número da NF-e na tabela da EFD.
D – tomaria todas as notas fiscais do contribuinte e cruzaria a chave
formada pelo número da nota fiscal + série, da NF-e e da EFD.
E – isolaria as NF-e de saída na tabela da NF-e e da EFD e cruzaria ambas
considerando a chave formada pelo número da nota fiscal e a série.

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5. (Exponencial – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Em seus Testes
de Auditoria, cruzando NF-e com EFD, você encontrou o seguinte
cenário. Os dados a seguir foram apresentados por um sistema
interno da SEFAZ-SC para o período de 01/01/2013 a 31/12/2017:
viii. Existem 312 notas fiscais de saída escrituradas com diferença nos
dados de imposto
ix. Existem 2431 notas fiscais de entrada escrituradas com diferença
nos dados de imposto
x. Existem 48 notas fiscais de saída não escrituradas
xi. Existem 1023 notas fiscais de entrada não escrituradas
Com base nestas informações você pode inferir que:
a) o contribuinte aproveitou-se de créditos indevidos
b) o contribuinte deixou de registrar mais de 1.000 notas fiscais de entrada
c) o contribuinte deixou de lançar débitos devidos
d) o contribuinte não poderá emitir uma certidão negativa de débitos
e) n.r.a

6. (Exponencial – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Na sua Auditoria


Fiscal, você pretende identificar se cada item existente nas NF-e do
contribuinte sob Ação Fiscal foi escriturado corretamente:
Para isto, considere:
xii. As informações de itens da NF-e constam no Registro C170 da EFD,
conforme imagem abaixo:

A partir do registro C170, é possível recuperar as informações do registro


C100, onde constam informações gerais das NF-e, tal como na imagem abaixo:

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Você possui 2 tabelas com os registros de todas as NF-e, uma delas
contendo as informações gerais de cada nota fiscal e outra contendo os itens
destas notas fiscais e seus detalhamentos. A estrutura destas tabelas segue o
leiaute da NF-e.
Diante deste cenário, qual melhor procedimento para verificar se os dados
informados para cada item estão corretos, i.e., se a EFD corresponde
exatamente ao que foi informado na NF-e?
a) basta cruzar as informações de chave de acesso das NF-e e comparar
as colunas com as informações de impostos.
b) para cada NF-e, deve-se cruzar as informações de chave de acesso e
número do item, daí então comparar os dados de impostos
c) o melhor caminho será cruzar os dados por meio da chave formada pelo
CNPJ do Emitente + Número da Nota Fiscal + Número do Item.
d) o mais simples será cruzar os dados de itens da NF-e com o registro
C170, por meio do número do item.
e) basta cruzar a chave de acesso e a informação de cprod da NF-e com a
chave de acesso e o código do item na EFD.

7. (Exponencial – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Considere os


campos do leiaute da NF-e relativos aos produtos e serviços (Grupo
I).
Assinale a alternativa incorreta:
a) A descrição do produto está presente no campo cEAN.
b) O Código NCM serve para categorizar o produto.
c) O CFOP indica o tipo de operação realizada.
d) Os valores de qCom e qTrib podem ser diferentes.
e) O valor do produto pode ou não entrar no valor total da nota fiscal

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8. (Exponencial – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Qual das
operações a seguir identifica uma saída interestadual para venda
fora do estabelecimento?
a) CFOP 1.201
b) CFOP 2.302
c) CFOP 3.503
d) CFOP 5.605
e) CFOP 6.904

9. (Exponencial – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Na sua ação


fiscal, você precisa verificar detidamente os casos de notas fiscais
emitidas com isenção de ICMS.
Neste caso, em quais CST você deve focar?
a) 00 e 10
b) 20 e 30
c) 30 e 40
d) 40 e 41
e) 50 e 60

10. (Exponencial – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Buscando


otimizar o trabalho de sua repartição fiscal, você é encarregado de
identificar os maiores contribuintes sob a fiscalização de sua área,
para um determinado período de análise.
Para isto, é proposto que você analise os dados de NF-e existentes de todos
os contribuintes para identificar o seguinte:
iv. Quem são os maiores contribuintes de ICMS da repartição
v. Quais são os CFOP com maior operação entre os contribuintes da
repartição
vi. Quais são os NCM de maior saída em operações interestaduais
Considere que a base de dados disponível para você traz uma tabela com
os itens das NF-e, com as informações presentes no Grupo I da NF-e e outra
tabela com todas as demais informações (informações gerais das NF-e).
Diante disto, identifique quais dados você deve utilizar para sua análise.
Considere a análise apenas sobre notas fiscais de saída.
a) i – totalizar os valores de vICMS do grupo W, agrupando por contribuinte
ii – totalizar os valores do campo CFOP, da tabela de itens

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iii – totalizar os valores de NCM, da tabela de itens

b) i – totalizar os valores de vICMS do grupo W, agrupando por IE (grupo


C)
ii – totalizar os valores do campo vProd, da tabela de itens, agrupando por
CFOP
iii – totalizar os valores de NCM, da tabela de itens

c) i – totalizar os valores de vICMS do grupo W, agrupando por CNPJ (grupo


C)
ii – totalizar os valores do campo CFOP, da tabela de itens, agrupando por
vProd
iii – totalizar os valores de vProd, da tabela de itens, agrupando por NCM

d) i – totalizar os valores de vICMS do grupo W, agrupando por CFOP


ii – totalizar os valores do campo vProd, da tabela de itens, agrupando por
CFOP e por CNPJ (grupo C)
iii – totalizar os valores de vProd, NCM, da tabela de itens, agrupando por
NCM

e) i – totalizar os valores de vICMS do grupo W, agrupando por contribuinte


ii – totalizar os valores do campo vProd, da tabela de itens, agrupando por
CFOP
iii – totalizar os valores de vProd, NCM, da tabela de itens, agrupando por
NCM

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8. GABARITO

01 C
02 A
03 B
04 E
05 E
06 B
07 A
08 E
09 C
10 E

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