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MATEMÁTICA

FINANCEIRA
Juros Compostos

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Juros Compostos

Sumário
Thiago Cardoso

Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Juros Compostos.............................................................................................................................. 4
1. Taxas de Juros............................................................................................................................... 4
1.1. Taxa de Juros Nominal e Efetiva............................................................................................. 9
1.2. Taxas de Juros Equivalentes.. ................................................................................................12
1.3. Taxa de Juros Real e Aparente.. .............................................................................................19
2. Comparação entre Juros Simples e Compostos. . ................................................................ 30
2.1. Cindibilidade do Prazo.. .......................................................................................................... 35
3. Tópicos Adicionais sobre Juros Compostos......................................................................... 37
3.1. Logaritmos. . .............................................................................................................................. 37
3.2. Capitalização Contínua......................................................................................................... 39
3.3. Convenção Linear...................................................................................................................42
Resumo.............................................................................................................................................46
Mapas Mentais...............................................................................................................................48
Questões Comentadas em Aula...................................................................................................51
Questões de Concurso.................................................................................................................. 59
Gabarito............................................................................................................................................111
Apêndice.......................................................................................................................................... 112

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Juros Compostos
Thiago Cardoso

Apresentação
Olá, amigo(a), tudo bem? Seja bem-vindo(a) a mais uma aula do curso de Matemática Fi-
nanceira. Está animado(a)?
Nesta aula, falaremos sobre os Juros Compostos. Segundo Einstein: “os juros compostos
são a oitava maravilha do mundo.”
Esse tipo de aplicação pode ser realmente maravilhoso para você, quando você é um inves-
tidor e está ganhando dinheiro com ela. Porém, pode morar nos seus pesadelos quando você
tem uma dívida.
Além disso, a maior parte das aplicações seguem a lógica de juros compostos, por isso,
esse assunto é uma base fundamental para qualquer prova.
Como veremos, é um assunto que as bancas gostam bastante de cobrar, portanto precisa-
mos ficar de olho nele para acertar todas as questões.
Como de costume, preparei uma lista de questões resolvidas para você onde inclui um bom
número de questões de alto nível para que você esteja preparado(a) para um certame extrema-
mente rigoroso.
E, agora, vamos juntos explorar esse pedaço da matéria?

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Juros Compostos
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JUROS COMPOSTOS
1. Taxas de Juros
No regime de juros compostos, todo o saldo da aplicação é capitalizado – tanto o prin-
cipal como os juros. Esse enunciado também pode aparecer em questões teóricas da se-
guinte forma:

 Obs.: no regime de juros compostos, há capitalização de juros.

Os juros compostos derivam do crescimento natural de populações. Por exemplo, conside-


re um empréstimo de R$1000 capitalizado mensalmente a uma taxa de juros de 10% ao mês.
Como você emprestou R$1000 para alguém te pagar daqui a um mês juros de 10%, isso
totalizaria R$1100.
Nesse mês, você teria duas opções: receber de volta os R$1100 ou refazer o empréstimo.
No segundo caso, é natural que você queira receber juros sobre todo o capital de R$1100 e
receber juros de 10% sobre R$1100 (R$110).
Caso contrário, se você fosse receber juros apenas sobre o capital inicial de R$1000, você
emprestaria somente R$1000.

Figura 1: Regime de Capitalização Composta

Observe que, a cada período de capitalização, todo o montante acumulado é capitalizado


– não somente o principal, mas também os juros anteriormente recebidos.
Seja Mio montante acumulado no mês i após o início de um investimento em juros compos-
tos. Pode-se escrever que esse montante é igual ao montante anterior mais os juros recebidos.

Por sua vez, os juros recebidos são calculados pela fórmula geral da capitalização, porém,
incidindo sobre todo o montante acumulado previamente.

Quando a taxa de juros e a capitalização estão na mesma unidade de tempo, podemos


dizer que o período de capitalização é igual a 1.

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Essa condição que acabamos de explicar é de extrema importância, pois ela será mais
explorada na seção em que fazemos uma comparação entre juros simples e compostos, e é
muito frequente em provas de concursos públicos.
Para entender o que queremos dizer com isso, volte à Figura 1. Nela, tratamos um emprés-
timo com uma taxa de juros de 10% ao mês com capitalização mensal.

Essa equação é uma típica progressão geométrica, que possui as seguintes características:

Nessa equação, M0 é o primeiro termo, ou seja, o capital acumulado no mês 0 que corres-
ponde justamente ao capital inicial. Já a razão dessa progressão é o termo (1+i). Sendo assim,
pode-se escrever o termo geral, isto é, o capital acumulado em um mês qualquer, como:

 Obs.: caso você se lembre da expressão do termo geral de uma progressão, você deve se
lembrar da seguinte expressão:

Nessa expressão, tem-se o (n-1) no expoente, porque a progressão começa no termo a1.
No nosso problema de juros compostos, começamos no mês 0, por isso, o primeiro termo é a0.
É uma sutil diferença.
De qualquer maneira, você pode simplesmente memorizar a expressão deduzida para o
montante acumulado numa operação de juros compostos. Vamos repeti-la:

Em questões de juros compostos, é relativamente comum ser pedido para calcular os juros
recebidos na aplicação. É possível deduzir uma expressão para eles:

Note, porém, que tal expressão não é muito elegante nem fácil de memorizar. Por isso, a
minha recomendação é que você sempre calcule o montante final e obtenha os juros como a
diferença entre o montante final e o capital inicial investido.

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001. (FCC/METRÔ-SP/ANALISTA DESENVOLVIMENTO GESTÃO JÚNIOR/ADMINISTRA-


ÇÃO DE EMPRESAS/2014) Joaquim pretende comprar um carro no valor de R$12.500,00 e
fará um depósito bancário. Sabendo-se que a taxa de juros do Banco A é de 6% ao ano, e que
ele deverá resgatar o total do valor do carro, ao final de 12 meses, o valor principal a ser depo-
sitado por Joaquim deve ser de:
a) R$12.083,33.
b) R$10.000,00.
c) R$11.792,45.
d) R$7.500,00.
e) R$3.472,22.

Joaquim pretende acumular um montante de R$12.500 ao final dos 12 meses (ou 1 ano). Por-
tanto, o capital que ele deve investir é dado pela expressão dos juros compostos:

Letra c.

002. (CESPE/STM/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE/2011) A diferença entre a re-


muneração de capital - devido a empréstimo, investimento etc. - nos regimes de juros simples e
compostos dá-se pelo fato de que, no caso de juros compostos, o cálculo da remuneração por
determinado período é feito sobre o capital inicial acrescido dos rendimentos nos períodos an-
teriores, e, no caso de juros simples, a remuneração é calculada apenas sobre o capital inicial.

É exatamente isso! No regime de juros simples, a capitalização incide apenas sobre o capital
inicial. Não ocorre a capitalização dos juros.
Certo.

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003. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR-FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/2016) Pedro aplicou R$


10.000 em uma instituição financeira pelo prazo de 3 meses consecutivos. A taxa de juros
compostos dessa aplicação no primeiro mês foi de 5%; no segundo mês, de 10%; e no terceiro,
de 8%. Nessa situação, Pedro, ao final do terceiro mês, recebeu de juros mais de R$ 2.400.

Uma boa questão para começarmos a treinar a expressão dos juros compostos. No primeiro
mês, Pedro recebe juros de 5% sobre o seu capital inicial investido.

O montante acumulado no primeiro mês, portanto, será de:

No mês seguinte, Pedro recebe juros de 10% sobre o montante previamente acumulado no mês 1.

O montante acumulado no segundo mês, portanto, será de:

No mês seguinte, Pedro recebe juros de 8% sobre o montante previamente acumulado no mês 2.

Apenas por curiosidade, o montante acumulado no terceiro mês será de:

Os juros recebidos podem ser calculados de duas formas diferentes:

Por fim, podemos representar graficamente a situação:

Certo.

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004. (CESPE/SEFAZ-RS/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/2019) Uma dívida de R$


5.000 foi liquidada pelo valor de R$ 11.250, pagos de uma única vez, dois anos após ter sido
contraída. Nesse caso, no regime de juros compostos, a taxa anual de juros empregada nesse
negócio foi de:
a) 5%.
b) 12,5%.
c) 25%.
d) 50%.
e) 62,5%.

Pelo enunciado, temos que:

Vamos substituir esses dados na equação dos juros compostos:

Podemos extrair a raiz quadrada:

Letra d.

005. (FCC/FUNAPE/ANALISTA DE GESTÃO PREVIDENCIÁRIA/2017) A quantia de


R$41.212,04 é o montante de aplicação de R$40.000,00, durante 3 meses, a uma taxa mensal de:
a) 1,0%.
b) 0,9%.
c) 0,8%.
d) 0,7%.
e) 1,1%.

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Acho chatas essas questões em que o(a) aluno(a) deve supor se o enunciado fala de juros
simples ou compostos. Em linhas gerais, posso dizer que os juros compostos são operações
mais comuns no mercado, portanto prefira juros compostos. Dessa forma, vamos aplicar a
equação dos juros compostos:

Não se preocupe. Você não vai precisar tirar nenhuma raiz cúbica na hora da prova. Basta tes-
tar as taxas de juros fornecidas pelo enunciado.

Por sorte, conseguimos o valor procurado logo na letra “a”.


Letra a.

1.1. Taxa de Juros Nominal e Efetiva


Na seção anterior, vimos uma condição muito importante para que a expressão do montan-
te acumulado em juros compostos seja válida: a taxa de juros deve estar na mesma unidade
de tempo da capitalização.
Quando a taxa de juros está num período diferente da capitalização, ela é denominada taxa
de juros nominal. São exemplos:
• 12% ao ano (capitalizada mensalmente);
• 24% ao ano (capitalizada semestralmente);
• 1% ao mês (capitalizada trimestralmente).

A taxa de juros nominal não deve ser utilizada para efetuar contas.

Quando um problema fornece uma taxa de juros nominal, ela deve ser convertida em uma
taxa efetiva para que as contas possam ser efetuadas.
Essa conversão é muito simples e muito cobrada em concursos. Lembre-se de que a taxa
de juros nominal é sempre proporcional à taxa de juros efetiva, ainda que a operação seja de
juros compostos.

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Figura 2: Taxa de Juros Nominal e Efetiva

006. (FGV/IBGE/ANALISTA DE RECURSOS MATERIAIS E LOGÍSTICA/2016) Um investimen-


to tem taxa nominal de 18% ao ano, capitalizados mensalmente no sistema de juros compos-
tos. Para calcular o montante no final de 2 meses, o capital inicial deve ser multiplicado por:
a) 1+0,15².
b) (1+0,15)².
c) 1+0,015².
d) (1+0,015)².
e) 1 + 2.0,015.

A taxa de 18% ao ano é capitalizada mensalmente, portanto trata-se de uma taxa nominal.
Sendo assim, devemos convertê-la em taxa efetiva. Dessa forma, temos:

Agora, basta aplicar a expressão dos juros compostos:

Dessa maneira, o termo (1,015)² deve multiplicar o capital inicial.


Letra d.

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007. (CESPE/TCE-PR/2016) Um investidor possui as propostas A e B de investimentos, com


prazo de resgate de um ano, e ambas exigem um aporte inicial de R$ 10.000. Com relação ao
investimento A, está previsto o rendimento de 14,4% de juros anuais (nominal), capitalizados
mensalmente. No que se refere ao investimento B, está previsto o rendimento de 15% de juros
ao ano (nominal), capitalizados bimestralmente. Nessas condições, a proposta B é mais atra-
tiva que a proposta A.

Essa questão solicita a comparação entre duas taxas de juros nominais com capitalizações di-
ferentes. Uma forma de resolver o problema é converter ambas as taxas em efetivas bimestrais.
Para a taxa A, em primeiro lugar, calcularemos a taxa efetiva mensal pela proporcionalidade:

A conversão de taxa efetiva mensal em efetiva bimestral é feita pelo procedimento das taxas
equivalentes:

Para a taxa B, a taxa efetiva bimestral é dada diretamente pela proporcionalidade com a
taxa nominal:

Dessa forma, o banco B oferece uma taxa melhor que o banco A.


Certo.

008. (ESAF/ISS-RN/2008) Duas pessoas fizeram uma aplicação financeira. A pessoa “A” apli-
cou R$ 100.000,00, à taxa efetiva de juros de 0,5% a. m. e a pessoa “B” aplicou R$ 50.000,00, à
taxa nominal de 6% a. a. Em ambos os casos as capitalizações são mensais e os juros serão
pagos junto com o principal. Ao final de 1 (um) ano podemos afirmar que:
a) O juro recebido pela pessoa “A” é maior do que o juro recebido pela pessoa “B”.
b) Não há proporcionalidade entre juros de “A” e “B”.
c) A taxa efetiva de juros de “A” é maior do que a taxa efetiva de “B”.
d) A taxa nominal de “B” é maior do que a taxa nominal de “A”.
e) Os montantes finais são iguais.

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Nessa questão, lembre-se de que a taxa de juros nominal é sempre proporcional à taxa efetiva.
Dessa forma, para encontrar a taxa de juros mensal que é proporcional à taxa nominal de 6%
ao ano, devemos dividir por 12, já que 1 ano tem 12 meses.

Perceba, portanto, que a taxa nominal de 6% ao ano capitalizada mensalmente é proporcional


à taxa efetiva de 0,5% ao mês capitalizada mensalmente. Portanto, as duas taxas efetivas das
aplicações de A e B são iguais. Logo, as afirmações “c” e “d” estão erradas.
Porém, como o capital investido por A é o dobro do capital investido por B, concluímos que A
receberá o dobro dos juros. Portanto, A recebe mais juros que B.
Existe, sim, uma proporcionalidade entre os juros recebidos, pois os juros são diretamente pro-
porcionais aos capitais investidos. Afirmação “b” está errada.
Letra a.

1.2. Taxas de Juros Equivalentes


Duas taxas de juros são equivalentes quando produzem, no regime de juros compostos, o
mesmo montante final quando aplicadas pelo mesmo capital e o mesmo tempo.
Para encontrar duas taxas equivalentes, devemos nos lembrar da expressão dos juros
compostos.
Por exemplo, a taxa de juros de 12% ao ano é equivalente a que taxa de juros mensal? Basta
montar o esquema:

Agora, devemos nos lembrar de que 1 ano é equivalente a 12 meses. Portanto, escrevemos
esses coeficientes na equação:

Então, procedemos às contas:

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Não se preocupe, você não precisará fazer esse tipo de potência - sem calculadora na hora
da prova. Em geral, as questões pedem potências menores, fornecem a potência ou deixam a
resposta com esse termo a ser calculado – veremos algumas questões assim.
De qualquer forma, com o auxílio de uma calculadora, é fácil calcular a taxa mensal equi-
valente a 12% ao ano.

Olha só que interessante. A taxa de juros de 12% ao ano é equivalente a 0,95% ao mês,
porém é proporcional a 1% ao mês.
Vejamos, agora, mais alguns exemplos. Qual taxa de juros trimestral é equivalente a
1% ao mês?

Os números que apareceram nos expoentes refletem que 1 trimestre é igual a 3 meses.
Portanto, o lado da taxa mensal deve ser elevado ao cubo. Dessa forma, tem-se:

Agora, podemos extrair a taxa trimestral equivalente:

Também é possível fazer a conversão de uma unidade de tempo maior para uma menor.
Por exemplo, qual a taxa mensal que é equivalente a 21% ao bimestre?

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Por fim, resta-nos dizer que as bancas adoram confundir os conceitos de taxas de juros
proporcionais e equivalentes. Portanto, você deve ficar atento.

E, agora, vamos ver como esse assunto aparece em provas.

009. (FCC/TRE-PR/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE/2017) A Cia. Escocesa, não


tendo recursos para pagar um empréstimo de R$ 150.000,00 na data do vencimento, fez um
acordo com a instituição financeira credora para pagá-la 90 dias após a data do vencimento.
Sabendo que a taxa de juros compostos cobrada pela instituição financeira foi 3% ao mês, o
valor pago pela empresa, desprezando-se os centavos, foi, em reais,
a) 163.909,00.
b) 163.500,00.
c) 154.500,00.
d) 159.135,00.
e) 159.000,00.

90 dias é o equivalente a 3 meses. Assim, basta aplicar a expressão do montante final em juros
compostos:

Letra a.

010. (CESPE/TCE-PE/AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS/2017) A taxa de 24% ao ano é pro-


porcional à taxa de 2% ao mês.

A questão falou em taxas proporcionais, desse modo, devemos utilizar o conceito de juros
simples. Sendo assim, a taxa mensal que é proporcional a 24% ao ano é dada por:

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Portanto, a afirmativa está correta.


Certo.

011. (FCC/TRF-3ª REGIÃO/2016) Uma instituição financeira divulga que a taxa de juros no-
minal para seus tomadores de empréstimos é de 24% ao ano com capitalização mensal. Isto
significa que a taxa efetiva bimestral correspondente é de:
a)

b)

c)

d)

e)

A taxa efetiva bimestral, na verdade, pode ser entendida como a taxa bimestral equivalente à
efetiva mensal. Dessa maneira, devemos fazer o procedimento.

Façamos, portanto, a primeira etapa. Encontraremos a taxa efetiva mensal por meio da propor-
cionalidade entre a taxa nominal e a taxa efetiva:

Agora, utilizando o conceito de taxas equivalentes, calcularemos a chamada taxa efetiva


bimestral:

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Letra d.

012. (FGV/SEFAZ-RJ/ANALISTA DE CONTROLE INTERNO/2011) A taxa de juros anual equi-


valente à taxa de juros de 30% ao ano, capitalizados semestralmente, é:
a) 31,75%.
b) 15,00%.
c) 30,00%.
d) 32,25%.
e) 60,00%.

Devemos seguir o mesmo esquema da questão anterior.

Primeiramente, transformaremos a taxa nominal em efetiva, no caso, semestral, usando o con-


ceito de taxas proporcionais:

Agora, para calcularmos a taxa efetiva anual, usamos o conceito de taxas equivalentes:

Letra d.

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013. (FGV/SEFIN-RO/AUDITOR-FISCAL/2018) A taxa efetiva trimestral, que é equivalente a


uma taxa nominal de 120% ao ano, capitalizados mensalmente, é uma taxa de:
a) 21,78%.
b) 30,00%.
c) 33,10%.
d) 46,41%.
e) 50,00%.

Percebeu que é um problema recorrente? Devemos seguir o mesmo esquema da ques-


tão anterior.

Primeiramente, transformaremos a taxa nominal em efetiva, no caso, mensal, usando o con-


ceito de taxas proporcionais:

Agora, para calcular a taxa efetiva trimestral, devemos utilizar o conceito de taxas equivalentes:

Letra c.

014. (CESPE/BRB/ESCRITURÁRIO/2011) Se o capital de R$ 5.000,00 for aplicado por 3 anos,


à taxa de juros compostos de 12% ao ano com capitalização trimestral, o juro auferido por essa
aplicação, em reais, ao final do período, será igual a 5.000 × (1,0412 - 1).

A taxa de 12% ao ano é nominal. Portanto, devemos convertê-la em efetiva trimestral. Para
isso, precisamos lembrar que 1 ano é equivalente a 4 trimestres.

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Dessa maneira, podemos aplicar a expressão dos juros compostos:

Agora, podemos calcular os juros auferidos na aplicação:

Errado.

015. (FCC/MPE-AM/AGENTE TÉCNICO/ECONOMIA/2013) Uma pessoa tem R$ 20.000,00 e


deseja aplicá-lo a juros compostos por 2 meses. Está em dúvida se deve aplicar todo o capital
à taxa de 4% ao mês ou se deve aplicar metade à taxa de 3% ao mês e a outra metade à taxa de
5% ao mês. Se M1 e M2 são, respectivamente, os montantes que seriam obtidos pela primeira
e pela segunda opção, é verdade que:
a) M1 = M2.
b) M1 – M2 = R$4,00.
c) M2 – M1 = R$2,00.
d) M1 > R$22.000,00.
e) M2 < R$21.500,00.

Vamos calcular o montante de cada operação. Na primeira, a pessoa investe todo o seu capital
a uma taxa de 4% ao mês:

Para a segunda operação, a pessoa divide o capital inicial em dois, portanto:

Assim, concluímos que:

Letra c.

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1.3. Taxa de Juros Real e Aparente


Considere que você tenha investido R$10.000 nas ações da CVC entre julho de 2016 e julho
de 2017. Nessa época, as ações valiam R$23,53. Em um ano, as ações da companhia atingi-
ram R$34,53.

Figura 3: Comportamento das Ações da CVC

Dessa maneira, você teria obtido um ganho de 46,75% aproximadamente. Isso significa
que você teria um montante bruto de R$14.675. Muito bom, não é?
Porém, existem dois detalhes a considerar:
• Se você quisesse sacar esse dinheiro hoje, você não poderia sacar tudo. Você teria que
pagar imposto de renda sobre os seus rendimentos. No caso de ações, uma alíquota é
de 15% – pelo menos, para a prova de Matemática Financeira, você não precisa saber
disso, ok?

Esse imposto pode ser calculado por:

O valor que você efetivamente pode sacar é conhecido como montante líquido – na realida-
de – ou ainda como montante aparente – nas questões de prova. Esse montante seria:

• Sendo assim, você pode sacar um montante líquido de aproximadamente R$14 mil. Po-
rém, vivemos num mundo de inflação. O poder de compra desses R$14 mil hoje é menor
do que era há um ano, quando você começou o seu investimento.

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Se a inflação acumulada no período citado foi de 10%, é necessário descontar a inflação. O


desconto a ser aplicado é o desconto racional composto, que será estudado propriamente na
aula de Descontos. Por enquanto, basta você conhecer a expressão.

A taxa real é calculada por um desconto racional.


Muitos alunos tentam subtrair a inflação da taxa aparente – e, provavelmente, a questão de
prova terá uma alternativa errada esperando por essa conta.

No caso do exemplo que vimos anteriormente, podemos calcular:

Além disso, poderíamos calcular o montante real – grandeza muito explorada no mercado
financeiro e, por isso, pode aparecer numa prova futuramente –, que corresponde ao montante
aparente descontado da inflação.

De qualquer maneira, a única expressão que você precisa saber é a relação entre a taxa
real, a taxa aparente e a taxa de inflação.

É útil saber ainda que essa relação também vale entre os montantes real e aparente.
Não vale a pena decorar todas as expressões que vimos aqui nesta seção. É muito melhor
você aprender a lógica da inflação e da taxa real do que decorar um monte de expressões.

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Caso você já tenha estudado o assunto de Descontos, é bom lembrar que:

Vamos treinar bastante sobre essa expressão antes de nos aprofundarmos no tema
de inflação?

016. (CESPE/SEFAZ-AC/2009) Se, para uma aplicação de um ano, um fundo de investimentos


oferecer a taxa de remuneração de 12,35%, e a taxa de inflação nesse período for de 5%, então
a taxa real de ganho desse fundo no período será igual a:
a) 1,07%.
b) 7%.
c) 7,35%.
d) 17,35%.

Questão muito direta. Basta aplicar a fórmula do desconto racional para a taxa de juros real:

Letra b.

017. (FCC/ICMS-PI/2015) Um investidor aplicou um capital de R$10.000,00 e resgatou o total


de R$ 13.600,00 ao fim de 1 semestre. Se, nesse período, a taxa real de juros foi de 32%, então,
dos valores seguintes, o que mais se aproxima da taxa de inflação do período é:
a) 3%.
b) 2,5%.
c) 4,5%.
d) 4%.
e) 3,5%.
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Podemos calcular a taxa aparente pelo montante fornecido no enunciado:

Agora, usemos a relação clássica entre a taxa real e a aparente:

Letra a.

018. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR-FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/2016) Um investidor do


mercado imobiliário comprou um terreno por R$ 40.000 e, após dois anos, vendeu-o por R$
62.400. A taxa de inflação acumulada durante esses dois anos foi de 20%. Nessa situação, a
rentabilidade real desse investimento foi superior a 32% no biênio.

Como não houve imposto de renda, o montante aparente é de R$62.400. A taxa de ganho apa-
rente é calculada pela valorização entre o montante aparente e o capital inicialmente investido.

Agora, basta utilizar a expressão que aprendemos para o cálculo de taxa de juros real:

Portanto, a rentabilidade real do investimento é inferior a 32%.


Errado.

019. (FCC/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE/2017) Um investidor aplicou R$


10.000,00 em títulos que remuneram à taxa de juros compostos de 10% ao ano e o prazo para

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resgate da aplicação foi de 2 anos. Sabendo-se que a inflação no prazo total da aplicação foi
15%, a taxa real de remuneração obtida pelo investidor no prazo total da aplicação foi:
a) 5,00%.
b) 6,00%.
c) 5,22%.
d) 5,00% (negativo).
e) 4,55%.

Em primeiro lugar, calcularemos o rendimento aparente obtido pelo investidor, que correspon-
de a uma taxa de 10% ao ano por 2 anos:

Agora, basta usar a definição de juros reais para calcular o juro real obtido:

Infelizmente, o enunciado não forneceu uma conta simples de fazer. Realmente, você teria que
dividir 1,21 por 1,15. Bom, agora podemos obter a taxa de juros reais:

Letra c.

020. (CESPE/TCU/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/2015) Situação Hipotética:


Um investidor pretende adquirir um dos imóveis da empresa FastBrick por R$ 75.000,00 à vista
e vendê-lo, após quatro anos, por R$ 120.000,00. Assertiva: Nesse caso, se a inflação acumu-
lada no período for de 20%, a rentabilidade real do investidor, no período de quatro anos, será
superior a 35%.

No período de quatro anos, o montante aparente obtido pelo investidor é de R$120.000, assim
sendo, podemos calcular a taxa de juros aparente:

Como a inflação acumulada foi fornecida para o mesmo período de 4 anos, podemos aplicar a
expressão conhecida para a taxa de juros real:
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Errado.

1.3.1. Inflação e Poder de Compra

Você já parou para se perguntar sobre o que é o dinheiro?


O dinheiro emerge do mercado. O mercado é o processo de trocas voluntárias entre
indivíduos.
Tigres têm um jeito muito idiota de viver. Suponha que o tigre A viva num território com
ampla disponibilidade de caça, enquanto o tigre B vive num território com ampla disponibilida-
de de água.
O que aconteceria se o tigre A cruzasse a fronteira dos territórios em busca da água que o
tigre B tem em excesso?
Provavelmente, os dois lutariam até morrer ou até que um deles abandonasse o território
disputado.
Por outro lado, dois seres humanos teriam atitudes diferentes. Provavelmente, o ser huma-
no A caçaria em excesso, assim como o ser humano B coletaria água em excesso. Então, eles
se encontrariam na fronteira e trocariam seus recursos.
Assim, tanto o ser humano A como o ser humano B teriam água e caça disponíveis de ma-
neira completamente pacífica. E é exatamente assim que funciona um mercado.
O processo de trocas diretas de um bem por outro, como ilustrado na situação representa-
da anteriormente, é denominado escambo. Numa economia mais complexa, torna-se impossí-
vel fazer trocas diretas.
Imagine que você precise de cuidados médicos. Como você poderia pagar por es-
ses cuidados?
Você poderia levar 1 kg de filé-mignon ao consultório e oferecer como pagamento. Porém,
e se o médico não gostar ou não tiver interesse naquele pedaço de carne?
É para isso que serve o dinheiro. O dinheiro é um meio de troca entre bens, permitindo tro-
cas indiretas.
O dinheiro é um bem facilmente comerciável, ou seja, é aceito por um grande número de
pessoas. Elas aceitam o dinheiro simplesmente porque sabem que podem trocá-lo por outros
bens no futuro.
No Império Romano, utilizava-se o sal como dinheiro. Isso tornou-se uma convenção na-
quela civilização.

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Porém, o sal se tornava um grande problema: toda vez que alguma expedição voltava carre-
gada, pois provocava uma grande flutuação na quantidade de dinheiro disponível na economia.
Por isso, uma característica importantíssima do dinheiro é que ele deve ser um bem es-
casso. Um bem escasso é aquele que não pode ser produzido pelo ser humano e que é muito
difícil de ser falsificado, já que é facilmente reconhecível.

Com o tempo, o ouro e a prata foram escolhidos pelo mercado como bens para o dinheiro,
justamente por reunir essas características que detalhamos no infográfico.
O ouro e a prata não podem ser produzidos pelo ser humano – a natureza criou uma quan-
tidade fixa e o máximo que o ser humano pode fazer é extrair.
O dinheiro que utilizamos hoje em dia nasceu como certificados de ouro e prata.
O conceito mais importante sobre dinheiro que precisamos para entender a inflação
é o de que:

“Dinheiro não é riqueza”

Isso mesmo que você leu. Não importa quanto dinheiro você tenha, ele, por si só, não re-
presenta riqueza.
Pense, por exemplo, num grande imperador, como Napoleão. Ele tinha exércitos, podia ad-
quirir todos os grandes luxos da época. Se você fosse Napoleão, você poderia, certamente,
adquirir um apartamento gigantesco na Champs Elysées, uma casa de praia nas melhores e
mais caras praias da região e morar em um palácio.
Porém, Napoleão não tinha acesso a bens como: frutas o ano inteiro, ar-condicionado – no
caso de Napoleão, certamente, ele adoraria ter à sua disposição os sistemas de calefação que
existem hoje para aquecimento –, medicamentos de toda espécie. Ele não podia ouvir rádio,
que só foi inventado em 1920, nem ver televisão 1935, muito menos tinha internet à sua dispo-
sição para baixar as músicas que quisesse.
A riqueza deve ser medida pela disponibilidade de bens e serviços. Um cidadão de classe
média de hoje em dia tem acesso a muito mais riqueza do que Napoleão em sua época.

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E, por isso, temos o importante conceito de poder de compra do dinheiro. Por exemplo, na
tabela a seguir, tratamos o poder de compra de R$300.

Poder de Compra de
Bem Preço
R$300

Arroz R$4/kg 75 kg

Feijão R$5/kg 60 kg

Leite R$3/L 100 L

Dólar R$3/1US$ US$100


Tabela 1: Poder de Compra de R$300

Observe que o poder de compra é inversamente proporcional ao preço dos bens.

021. (CESPE/ANAC/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2008) Se, em determinado mês, um tra-


balhador não sofrer reajuste salarial e os preços subirem 25%, então o poder de compra desse
trabalhador será reduzido em 20% no referido mês.

O poder de compra do salário de um trabalhador é inversamente proporcional. Seja P o preço


inicial dos bens, os preços aumentaram 25%, portanto o preço final será:

As setas estão no sentido contrário, porque as grandezas são inversamente proporcionais.


Montando a proporção no sentido das setas:

Lembre-se da nossa dica sobre resolver contas com 25 no denominador. Basta multiplicar por 4.

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Portanto, de fato, o poder de compra diminuiu em 20%. Note que esse é também um ponto
importante sobre porcentagem: aumentar 25% não é a mesma coisa de reduzir 25%.
Certo.

022. (CESPE/TCE-PB/AUDITOR DAS CONTAS PÚBLICAS/2018) Em novembro de 2016,


João comprou 10 kg de uma mercadoria e, um ano depois, ele comprou 11 kg dessa mesma
mercadoria, mas pagou 21% a mais que em 2016. Se a inflação do período tiver sido a única
responsável pelo aumento de preço da mercadoria, então a inflação desse período foi de:
a) 12,1%.
b) 18,9%.
c) 7,9%.
d) 10,0%.
e) 11,0%.

A inflação diz respeito à variação do preço da mercadoria. Suponha que João tenha gastado
uma quantia Q em 2016 para comprar 10 kg da mercadoria. Desse modo, o preço da mercado-
ria em 2016 é de:

Já em 2017, João comprou 11 kg da mesma mercadoria, porém, gastando 21% a mais, ou


seja, 1,21Q:

Queremos saber o aumento percentual de preço, que corresponde à inflação, portanto bas-
ta dividir:

Desse modo, o aumento de preço foi de 0,10 ou 10%.


Letra d.

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O que aconteceria se a Fada do Dente visitasse todas as casas brasileiras e multiplicasse


por dois todo o dinheiro disponível nas contas bancárias de todas as pessoas? Será que todos
nós ficaríamos mais ricos?
Certamente não. Dinheiro não é riqueza. A riqueza é medida pela disponibilidade de bens
e serviços.
A Fada não aumentou a quantidade de bens e serviços disponíveis na economia. Então, o
que aconteceria é que, quando as pessoas fossem tentar gastar o dinheiro extra que recebe-
ram, os preços dos bens teriam subido.
O único efeito que a Fada causou foi aumentar a quantidade de dinheiro na economia, o
que é conhecido como inflação monetária. Se existe mais dinheiro, ele vale menos.
Portanto, a inflação não é o aumento generalizado dos preços, mas sim o aumento na
quantidade de dinheiro na economia. O aumento generalizado dos preços dos bens é apenas
uma consequência.
No Brasil, o Banco Central é o único órgão autorizado a emitir moeda.
Quando o Banco Central emite moeda, acontece algo diferente da Fada: o que acontece é
que o governo simplesmente imprime mais dinheiro para si.
Há um aumento na quantidade de dinheiro na economia, mas esse aumento é desigual,
pois o governo recebeu todo o dinheiro novo.
No entanto, é importante destacar que o que conhecemos popularmente como inflação,
na verdade, é o IPCA – índice de preços ao consumidor amplo. O IPCA é uma medida de como
os preços aumentaram. Desse modo, o IPCA não é uma medida da inflação propriamente dita,
mas apenas um de seus sintomas.
A despeito disso, o índice de preços reflete o poder de compra do dinheiro e, por isso, é uma
métrica muito útil para a avaliação de investimentos.
Um dos efeitos mais danosos da inflação, segundo o economista Friedrich von Hayek, Prê-
mio Nobel de Economia em 1974, é que ela torna muito mais difícil o cálculo econômico, por-
tanto os agentes terão mais dificuldade em tomar decisões racionais.
Para ilustrar essa afirmação, tomemos como exemplo uma situação que apresentei aos
clientes da minha consultoria de investimentos em julho de 2017.

023. (INÉDITA/2021) O Tesouro Selic é um título público pós-fixado que paga juros de acordo
com a Taxa Selic. Em julho de 2016, a Taxa Selic era de 14,25% ao ano e a inflação era de 10%
ao ano. Já em julho de 2017, a Taxa Selic era de 9% ao ano e a inflação era de 5% ao ano.
Sobre os rendimentos no Tesouro, incide alíquota de Imposto de Renda de 17,5% para aplica-
ções de 1 ano.
Nessa situação, considerando o prazo de 1 ano, é correto afirmar que era mais vantajoso inves-
tir nesse título em 2016 do que em 2017.

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 Obs.: use calculadora, porque os dados são reais e não receberam nenhum tratamento para
facilitar as contas.

Calculemos os ganhos líquidos em ambos os anos:

Agora, calculemos os ganhos reais considerando a inflação. Para 2016:

Para o ano de 2017:

Portanto, o ganho real no ano de 2017, com o Tesouro Selic, foi superior ao ganho real do mes-
mo investimento em 2016.
Errado.

A despeito do que vimos na questão anterior, se você lesse qualquer jornal de investimen-
tos na época, muitos analistas de investimentos estavam apontando para a morte da renda
fixa em 2017.
Eles estavam simplesmente olhando para a taxa de juros nominal que caiu de 14,25% para
9% naquela época. Bastante compreensível a confusão, não é?
Agora, imagine um cenário em que você não tenha nem mesmo a previsão de quanto será
a inflação nos próximos anos? É muito difícil dizer qual retorno você deve esperar para um in-
vestimento, não é verdade?
A Figura 4 mostra o comportamento da taxa de inflação no Brasil de 2007 a 2017. Perceba
como a inflação brasileira é instável. Esse cenário afasta muitos investidores.

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Figura 4: Taxa de Inflação no Brasil

2. Comparação entre Juros Simples e Compostos


Um tema frequentemente abordado pelas bancas é a relação entre juros simples e
compostos.
Para isso, tomemos uma aplicação de R$10 mil que rende 12% ao ano calculados a juros
simples e compostos com o auxílio de uma planilha de Excel.

Tempo
Juros Simples Juros Compostos Observação
(anos)

0 R$ - R$ - Ambos nulos

0,1 R$ 120,00 R$ 113,97 JS > JC

0,2 R$ 240,00 R$ 229,25 JS > JC

0,3 R$ 360,00 R$ 345,83 JS > JC

0,4 R$ 480,00 R$ 463,75 JS > JC

0,5 R$ 600,00 R$ 583,01 JS > JC

0,6 R$ 720,00 R$ 703,62 JS > JC

0,7 R$ 840,00 R$ 825,62 JS > JC

0,8 R$ 960,00 R$ 949,00 JS > JC

0,9 R$ 1.080,00 R$ 1.073,79 JS > JC

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Tempo
Juros Simples Juros Compostos Observação
(anos)

1 R$ 1.200,00 R$ 1.200,00 JS = JC

1,1 R$ 1.320,00 R$ 1.327,65 JC > JS

1,2 R$ 1.440,00 R$ 1.456,76 JC > JS

1,3 R$ 1.560,00 R$ 1.587,33 JC > JS

1,4 R$ 1.680,00 R$ 1.719,40 JC > JS

1,5 R$ 1.800,00 R$ 1.852,97 JC > JS

1,6 R$ 1.920,00 R$ 1.988,06 JC > JS

1,7 R$ 2.040,00 R$ 2.124,69 JC > JS

1,8 R$ 2.160,00 R$ 2.262,88 JC > JS

1,9 R$ 2.280,00 R$ 2.402,64 JC > JS

2 R$ 2.400,00 R$ 2.544,00 JC > JS

Tabela 2: Efeito dos Juros Simples e Compostos num Período de 2 anos

A conclusão da Tabela 2 é muito importante para provas de concursos. É natural esperar


que os juros compostos superem os juros simples ao longo do tempo. Porém, perceba que os
juros simples rendem mais que os juros compostos quando o período de tempo é inferior a 1.
Essa conclusão também pode ser visualizada na Figura 5 e na Figura 6.

Figura 5: Efeito dos Juros Simples e Compostos num Prazo de 2 anos


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Figura 6: Proporção entre Juros Simples e Compostos no Prazo de 2 Anos

Agora, vamos esquematizar essa conclusão para que você não esqueça mais.

O tempo deve ser medido na mesma unidade da taxa de juros. Assim, se a taxa é anual, para t
< 1 ano, os juros simples rendem mais que os juros compostos.

Naturalmente, os bancos tomam vantagem dessa propriedade. Por exemplo, como as taxas
de juros dos bancos são mensais, caso você fique devendo no cheque especial por um período
de tempo inferior a um mês (situação bem corriqueira), você será cobrado por juros simples.

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Outro ponto a se comentar é que os juros compostos realmente rendem mais que os juros
simples quando o tempo cresce e que essa diferença fica sensivelmente maior à medida que
o tempo passa.

Figura 7: Efeito dos Juros Simples e Compostos para o Prazo de 10 Anos

A Figura 7 mostra que, quanto maior o efeito do tempo sobre a aplicação financeira, maior
será a diferença de rendimento entre juros simples e compostos.

024. (CESPE/TJ-CE/2014) Considere que dois capitais de mesmo valor C tenham sido aplica-
dos, um no regime de juros simples e outro no regime de juros compostos, às mesmas taxas
de juros anuais e no mesmo prazo, o que gerou, respectivamente, os montantes M e N. Nessa
situação, é correto afirmar que:
a) M > N, para prazo inferior a um ano.
b) N > M, para prazo inferior a um ano.
c) M = N, visto que são calculados com a mesma taxa de juros e com o mesmo prazo.
d) M > N, qualquer que seja o prazo da operação.
e) N > M, qualquer que seja o prazo da operação.

Como a taxa de juros é anual, temos que os juros simples rendem mais que os compostos para
um prazo inferior a um ano.

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Letra a.

025. (CESPE/TCE-PE/AUDITOR DAS CONTAS PÚBLICAS/2017) Considere que dois capitais,


cada um de R$10.000, tenham sido aplicados à taxa de juros de 44% ao mês – 30 dias –, por
um período de 15 dias, sendo um a juros simples e outro a juros compostos. Nessa situação,
o montante auferido com a capitalização no regime de juros compostos será superior ao mon-
tante auferido com a capitalização no regime de juros simples.

Como a taxa de juros é ao mês, o período de 15 dias corresponde a t = 1/2, portanto é inferior
a uma unidade de tempo. Sendo assim, o regime de juros simples rende mais.
Errado.

026. (FGV/ISS-NITERÓI/CONTADOR/2015) Um empréstimo por dois meses utilizando o regi-


me de juros compostos de 10% ao mês equivale a um empréstimo utilizando o regime de juros
simples, pelo mesmo período, de:
a) 9,0% ao mês.
b) 9,5% ao mês.
c) 10,0% ao mês.
d) 10,5% ao mês.
e) 11,0% ao mês.

Calculemos o montante da operação pela expressão dos juros compostos:

Agora, queremos saber qual taxa de juros simples produziria o mesmo montante no mesmo
intervalo de tempo de 2 meses.

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Um comentário importante a se fazer é que realmente deveríamos esperar que a taxa de juros
simples fosse maior. Como o período de tempo é superior a 1 ano, temos que, numa mesma
taxa, os juros compostos seriam superiores aos juros simples.
Como queremos que sejam iguais, precisamos de uma taxa de juros simples maior.
Letra d.

027. (FGV/ISS-NITERÓI/FISCAL DE TRIBUTOS/2015) Um empréstimo de dois anos utilizan-


do o regime de juros simples de 150% ao ano equivale a um empréstimo utilizando o regime de
juros compostos, pelo mesmo período, de:
a) 100% ao ano.
b) 125% ao ano.
c) 150% ao ano.
d) 175% ao ano.
e) 200% ao ano.

Agora se trata do problema inverso. Calculemos, primeiramente, o montante acumulado no


regime de juros simples:

Em seguida, calculemos qual taxa de juros compostos produziria o mesmo montante no mes-
mo período de 2 anos:

Letra a.

2.1. Cindibilidade do Prazo


No capítulo de juros simples, vimos que o prazo da aplicação não pode ser cindido. Lá,
vimos o caso de uma aplicação de R$500,00 aplicada à taxa de 4% ao ano por 4 anos em duas
situações: na primeira, o capital seria mantido ininterruptamente na aplicação; na segunda, o
capital seria retirado após dois anos e reaplicado.
É interessante notar que, caso os R$500,00 tivessem sido aplicados diretamente à taxa de
4% ao ano por 4 anos, o montante final produzido seria diferente.

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Dessa maneira, é diferente aplicar um capital de R$500,00 por uma taxa de juros simples
contínua por 4 anos de aplicar o mesmo capital à mesma taxa de juros simples, porém quebra-
da em dois períodos de 2 anos.
Por isso, diz-se que, no caso de juros simples, não é possível cindir o prazo da aplicação.
Por outro lado, caso a operação fosse de juros compostos, teríamos a seguinte situação:
se calculássemos em partes, exatamente como tratado nessa situação, teríamos:

No entanto, caso o prazo da aplicação não fosse cindido, ou seja, se a aplicação permane-
cesse por 4 anos, teríamos:

Sendo assim, no caso de juros compostos, é indiferente se a aplicação é mantida ou que-


brada, desde que o prazo global seja o mesmo. Por isso, é possível afirmar que o regime de
juros compostos possui a propriedade de cindibilidade do prazo.

A cindibilidade do prazo é uma propriedade importante da operação de juros compostos.


Graças a ela, os juros compostos se tornam uma maneira muito natural de fazer investimentos.
Se você tivesse um capital de R$500 investidos a juros simples, naturalmente, você gosta-
ria de sacá-lo todo ano e reinvestir o montante global para obter um rendimento maior.
Porém, se o capital estiver investido a juros compostos, não há necessidade de mexer na
sua aplicação, pois todo o seu montante acumulado está rendendo a juros.
A falta de cindibilidade do prazo nas operações de juros simples tornou essa operação
praticamente morta no mercado financeiro. As poucas aplicações derivam apenas da proprie-
dade de que os juros simples rendem mais que os juros compostos para tempo inferior a
uma unidade.

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3. Tópicos Adicionais sobre Juros Compostos


Nesta seção, eu resolvi incluir alguns assuntos que sempre causam confusão entre os alu-
nos quando aparecem em provas.
Gostaria de adiantar que não são assuntos muito frequentes, porém, para chegar ao topo
da montanha e estar bem preparado para uma prova de alto nível de dificuldade, você precisa
estar atento a eles.

3.1. Logaritmos
Talvez você odiasse esse assunto quando você estava no Ensino Médio. Porém, fique tran-
quilo(a), não é nada do outro mundo.
O logaritmo é a operação inversa da potenciação. Em outras palavras:

O logaritmo é composto pelos termos:


• logaritmando ou antilogaritmo (b): é o número cujo logaritmo se deseja calcular;
• base (a): é a base da potência.

A expressão que acabamos de ver mostra que o logaritmo de “b” na base “a” é o número ao
qual se deve elevar a base “a” para se obter “b”.

Vejamos um exemplo para você entender melhor.

Em outras palavras, 3 é o logaritmo de 8 na base, porque 2 elevado a 3 é igual a 8. O loga-


ritmo é muito útil para simplificar algumas contas envolvendo juros compostos.
A base mais comum para o cálculo de logaritmos é a base 10. Por isso, quando a base
estiver omitida, considere que ela é 10. Por exemplo:

Para ajudar nas nossas contas, precisaremos lançar mão de algumas propriedades.

3.1.1. Propriedades do Logaritmo

Os logaritmos são muito interessantes, porque são capazes de transformar operações


mais complicadas em operações mais simples.

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Por exemplo, os logaritmos transformam produto em soma.


Logaritmo do Produto:
Exemplo:
log2(4.8) = log2(4) + log2 (8)
Vamos calcular ambos os lados da equação:
log2(4.8) = log2(32) = 5
Note que 25 = 32, por isso, log2(32) = 5. O lado direito da equação também pode ser resolvido:
log2(4) + log2 (8) = 2 + 3 = 5
Portanto, chegamos à conclusão de que o logaritmo do produto é igual à soma dos
logaritmos.
Logaritmo da Potência:
Exemplo:
log2(43) = 3log2(4)
Vamos calcular ambos os lados da equação:
log2(43) = log2(64) = 6
Note que 26 = 32 , por isso, log2(64) = 6. O lado direito da equação também pode ser resolvido:
3log2(4) = 3.2 = 6
Portanto, chegamos à conclusão de que o logaritmo da potência pode ser resolvido sim-
plesmente trazendo o expoente para frente do logaritmo.

028. (CESPE/BRB/ESCRITURÁRIO/2010) Um funcionário demitido recebeu o seu FGTS e in-


vestiu parte dele em uma instituição financeira que remunera os investimentos captados com
juros compostos capitalizados mensalmente.
A partir dessa situação, julgue os itens que se seguem, considerando 0,301 e 0,477 como valo-
res aproximados de log 2 e log 3, respectivamente.
Se a taxa de juros desse investimento for de 2,4% ao mês, então, após 18 meses, o saldo total
do investimento será inferior a 150% do capital investido.

Devemos aplicar a expressão do montante para juros compostos:

Agora, precisamos perceber que 1024 é uma potência de 2:

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Usando o logaritmo fornecido para 2:

Agora, vamos comparar a expressão encontrada com 150% de C:

Sendo assim:

Errado.

3.2. Capitalização Contínua


Em operações interbancárias, é relativamente comum que se fale no conceito de capitali-
zação contínua.
Nesse caso, os juros são capitalizados a todo o instante. Trata-se da situação que mais
rende juros para o investidor.
Pode-se demonstrar – a demonstração requer cálculo integral e está fora do escopo des-
te curso – que o montante final quando se tem uma taxa nominal e capitalização contínua
é dado por:

O número é conhecido como número de Euler ou a base da exponencial natural. Esse é um


número irracional, cujo valor aproximado você não precisa saber:

Um importante conceito sobre a exponencial natural é o logaritmo natural ou neperino.


Esse é o logaritmo, cuja base é o próprio número de Euler. Por isso, é uma ferramenta muito
importante para as questões de capitalização contínua.

Se você estiver bem afiado com o conceito de logaritmo, esse assunto não te causará ne-
nhum problema. Vejamos alguns exemplos:

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É possível, ainda, deduzir as expressões para o tempo ou para o cálculo da taxa de juros
numa capitalização contínua. Porém, eu não recomendo que você decore tantas fórmulas – a
chance de se confundir com qualquer uma delas é imensa.
O melhor a se fazer é treinar e aprender a manipular muito bem a única expressão que você
precisa saber sobre capitalização contínua. Vamos repeti-la:

029. (CESPE/TJ-SE/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE/2014) Considerando que um


empresário tenha tomado empréstimo no valor de R$ 30.000,00 para custear reformas em seu
estabelecimento comercial, julgue os itens que se seguem a respeito de taxa de juros efetiva.
Considerando-se 1,08 como valor aproximado para e0,08, é correto afirmar que, se toda a quan-
tia tomada como empréstimo tivesse sido investida à taxa de 8% ao ano, em um regime de
capitalização contínua, pelo período de 2 anos, então, ao final do período, o montante teria sido
inferior a R$ 32.500,00.

Nessa questão, temos uma taxa nominal com capitalização contínua. Portanto, devemos apli-
car a expressão dos juros contínuos:

São dados:
C = 30.000
i = 8% a.a. = 0,08
n = 2 anos
Logo:

Errado.

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030. (FCC/SEFAZ-SP/2009) Considere que o logaritmo neperiano de 1,8 é igual a 0,6. Aplican-
do um capital de R$ 25.000,00 a uma taxa de 4% ao mês, com capitalização contínua, verifi-
ca-se que o montante, no momento do resgate, é igual a R$ 45.000,00. O período de aplicação
é igual a:
a) 12 meses.
b) 15 meses.
c) 18 meses.
d) 21 meses.
e) 24 meses.

A grande dificuldade das questões que envolvem capitalização contínua é, simplesmente, lem-
brar a fórmula e, em alguns casos, trabalhar com os logaritmos. Fora isso, elas dificilmente
destoarão do padrão.

Nessa questão, a taxa e o tempo estão na mesma unidade. Portanto, podemos aplicar tranqui-
lamente a expressão:

Queria aproveitar para passar uma dica muito boa nas divisões por potências de 5. Sempre que
um número terminar em 5, multiplique por 2. Se ele terminar em 25, multiplique por 4.

Letra b.

031. (FCC/SEFAZ-PI/2015) Um capital de R$ 15.000,00 é aplicado, durante 2 anos, à taxa de


5% ao semestre com capitalização contínua. Dos valores abaixo, o mais próximo do valor dos
juros desta aplicação é:
Dados: ln(1,051271) = 0,05;
ln(1,105171) = 0,10;

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ln(1,161834) = 0,15
ln(1,221403) = 0,20;
em que ln é o logarítmoneperiano, tal que ln(e) = 1:
a) R$3.076,00.
b) R$3.155 ,00.
c) R$3.321,00.
d) R$3.487,00.
e) R$3.653,00.

Essa questão foi um tanto capciosa. Mais uma vez temos que aplicar diretamente a expressão
válida para juros contínuos:

Nessa questão, a taxa é semestral, mas o tempo está em anos. Portanto, devemos converter
2 anos em 4 semestres.

Olhando nos dados fornecidos, temos que:

Dessa forma, podemos calcular o montante obtido:

Como a questão pediu os juros, devemos nos lembrar de que:

Curiosamente, a questão deu muitas casas decimais no enunciado, mas colocou o número
arredondado entre as alternativas.
Letra c.

3.3. Convenção Linear


Como já vimos, os juros simples rendem mais que os juros compostos quando o intervalo
de tempo é menor que a unidade.
Por isso, os bancos gostam de utilizar a famosa convenção linear. Nessa convenção, é
feita uma aproximação dos juros compostos por juros simples na parte fracionária do tempo.
Por exemplo, se a sua aplicação for feita a uma taxa anual por 2 anos e 6 meses, a conven-
ção linear calculará o montante final da seguinte maneira:

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• na parte inteira do tempo (2 anos), será calculado o montante por meio de juros com-
postos;
• na parte fracionária do tempo (6 meses), será calculado o montante por meio de juros
simples, mas sobre todo o montante acumulado até o final da parte inteira.

Na convenção linear, utiliza-se a expressão de juros simples, porém os juros recebidos ante-
riormente são capitalizados.

E, agora, vamos treinar com algumas questões?

032. (FGV/ISS-NITERÓI/CONTADOR/2015) Os juros sobre uma dívida são cobrados utilizan-


do a convenção linear. A dívida será paga após um ano e meio, e a taxa de juros compostos
anunciada pela instituição financeira é de 20% ao ano.
A porcentagem de juros cobrados em relação ao principal é:
a) 20%.
b) 21%.
c) 30%.
d) 31%.
e) 32%.

Em primeiro lugar, dividiremos o tempo em parte inteira e fracionária. Como a taxa de juros é
anual, a parte inteira será de 1 ano e a parte fracionária será de meio ano.
Calculemos o capital acumulado (C1) após um ano de aplicação a juros compostos:

Na parte fracionária do tempo, consideraremos o capital inicial como 1,20C, que foi o montante
obtido na parte anterior da conta:

Agora, extrairemos os juros totais recebidos na operação de 1 ano e meio:

Letra e.

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033. (FCC/SEFAZ-PB/AUDITOR-FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS/2006) Um capital no va-


lor de R$ 20.000,00 foi investido a uma taxa de juros compostos de 10% ao ano, durante 2 anos
e 3 meses. O montante no final do período, adotando a convenção linear, foi igual a:
a) R$22.755,00.
b) R$ 23.780,00.
c) R$ 24.805,00.
d) R$ 24.932,05.
e) R$ 25.500,00.

Em primeiro lugar, dividiremos o tempo em parte inteira e fracionária. Como a taxa de juros é
anual, a parte inteira será de 2 anos e a parte fracionária será de 3 meses (ou ¼ de ano).
Calculemos o capital acumulado (C1) após dois anos de aplicação a juros compostos:

Na parte fracionária do tempo, consideraremos o capital inicial como 24200, que foi o montan-
te obtido na parte anterior da conta:

Para fazer essa conta, convém abrir os parênteses:

Letra c.

Comentando um pouco mais sobre a questão anterior, podemos calcular – com o auxílio
de uma calculadora – o montante que seria obtido caso considerássemos juros compostos
por toda a operação. Essa é a chamada convenção exponencial:

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Observe que, como já deveríamos esperar, o montante total acumulado pela convenção
exponencial é menor que o montante total acumulado pela convenção linear.
Além disso, podemos calcular a diferença obtida.
Os juros recebidos na parte fracionária (3 meses) pela convenção linear e exponencial são,
respectivamente:

Sendo assim, a adoção da convenção linear provoca um aumento de aproximadamente


3,8% nos juros recebidos pelo banco – e isso no período de apenas 3 meses.

Você pode achar pouco, mas ganhar 3,8% sobre o capital de outra pessoa sem fazer ab-
solutamente nenhum esforço é um excelente negócio. Por essas e por outras, a Matemática
Financeira é fundamental para melhorar sua relação com o dinheiro.

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RESUMO
Em uma operação a juros compostos, os juros também são capitalizados.
O montante cresce exponencialmente:

Os juros podem ser obtidos como a diferença entre o montante e o capital inicial:

Taxa de Juros Equivalentes: diz-se que duas taxas de juros são equivalentes se produzem,
no regime de juros compostos, o mesmo montante final quando aplicadas pelo mesmo capital
e o mesmo tempo.
Existe uma expressão para taxas equivalentes:

A mesma expressão pode ser utilizada para encontrar a taxa equivalente em outras unida-
des de tempo (semestre, trimestre...) seguindo o mesmo raciocínio. Exemplo:

Deve-se tomar cuidado com os termos “proporcional” e “equivalente”. Enquanto o primeiro


remete a juros simples, o segundo é usado em juros compostos.

Taxa de Juros Real e Aparente: a taxa real de juros leva em consideração os descontos
como a inflação e o imposto de renda. A maneira correta para o cálculo da taxa de juros apa-
rente é através da fórmula:

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Comparação entre Juros Simples e Juros Compostos: em qual regime o montante final é
maior? Juros simples ou compostos? A resposta é: depende do tempo de capitalização, con-
forme mostrado no esquema a seguir:

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA


001. (FCC/METRÔ-SP/ANALISTA DESENVOLVIMENTO GESTÃO JÚNIOR/ADMINISTRA-
ÇÃO DE EMPRESAS/2014) Joaquim pretende comprar um carro no valor de R$12.500,00 e
fará um depósito bancário. Sabendo-se que a taxa de juros do Banco A é de 6% ao ano, e que
ele deverá resgatar o total do valor do carro, ao final de 12 meses, o valor principal a ser depo-
sitado por Joaquim deve ser de:
a) R$12.083,33.
b) R$10.000,00.
c) R$11.792,45.
d) R$7.500,00.
e) R$3.472,22.

002. (CESPE/STM/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE/2011) A diferença entre a re-


muneração de capital - devido a empréstimo, investimento etc. - nos regimes de juros simples e
compostos dá-se pelo fato de que, no caso de juros compostos, o cálculo da remuneração por
determinado período é feito sobre o capital inicial acrescido dos rendimentos nos períodos an-
teriores, e, no caso de juros simples, a remuneração é calculada apenas sobre o capital inicial.

003. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR-FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/2016) Pedro aplicou R$


10.000 em uma instituição financeira pelo prazo de 3 meses consecutivos. A taxa de juros
compostos dessa aplicação no primeiro mês foi de 5%; no segundo mês, de 10%; e no terceiro,
de 8%. Nessa situação, Pedro, ao final do terceiro mês, recebeu de juros mais de R$ 2.400.

004. (CESPE/SEFAZ-RS/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/2019) Uma dívida de R$


5.000 foi liquidada pelo valor de R$ 11.250, pagos de uma única vez, dois anos após ter sido
contraída. Nesse caso, no regime de juros compostos, a taxa anual de juros empregada nesse
negócio foi de:
a) 5%.
b) 12,5%.
c) 25%.
d) 50%.
e) 62,5%.

005. (FCC/FUNAPE/ANALISTA DE GESTÃO PREVIDENCIÁRIA/2017) A quantia de


R$41.212,04 é o montante de aplicação de R$40.000,00, durante 3 meses, a uma taxa mensal de:
a) 1,0%.
b) 0,9%.
c) 0,8%.

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d) 0,7%.
e) 1,1%.

006. (FGV/IBGE/ANALISTA DE RECURSOS MATERIAIS E LOGÍSTICA/2016) Um investimen-


to tem taxa nominal de 18% ao ano, capitalizados mensalmente no sistema de juros compos-
tos. Para calcular o montante no final de 2 meses, o capital inicial deve ser multiplicado por:
a) 1+0,15².
b) (1+0,15)².
c) 1+0,015².
d) (1+0,015)².
e) 1 + 2.0,015.

007. (CESPE/TCE-PR/2016) Um investidor possui as propostas A e B de investimentos, com


prazo de resgate de um ano, e ambas exigem um aporte inicial de R$ 10.000. Com relação ao
investimento A, está previsto o rendimento de 14,4% de juros anuais (nominal), capitalizados
mensalmente. No que se refere ao investimento B, está previsto o rendimento de 15% de juros
ao ano (nominal), capitalizados bimestralmente. Nessas condições, a proposta B é mais atra-
tiva que a proposta A.

008. (ESAF/ISS-RN/2008) Duas pessoas fizeram uma aplicação financeira. A pessoa “A” apli-
cou R$ 100.000,00, à taxa efetiva de juros de 0,5% a. m. e a pessoa “B” aplicou R$ 50.000,00, à
taxa nominal de 6% a. a. Em ambos os casos as capitalizações são mensais e os juros serão
pagos junto com o principal. Ao final de 1 (um) ano podemos afirmar que:
a) O juro recebido pela pessoa “A” é maior do que o juro recebido pela pessoa “B”.
b) Não há proporcionalidade entre juros de “A” e “B”.
c) A taxa efetiva de juros de “A” é maior do que a taxa efetiva de “B”.
d) A taxa nominal de “B” é maior do que a taxa nominal de “A”.
e) Os montantes finais são iguais.

009. (FCC/TRE-PR/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE/2017) A Cia. Escocesa, não


tendo recursos para pagar um empréstimo de R$ 150.000,00 na data do vencimento, fez um
acordo com a instituição financeira credora para pagá-la 90 dias após a data do vencimento.
Sabendo que a taxa de juros compostos cobrada pela instituição financeira foi 3% ao mês, o
valor pago pela empresa, desprezando-se os centavos, foi, em reais,
a) 163.909,00.
b) 163.500,00.
c) 154.500,00.
d) 159.135,00.
e) 159.000,00.

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010. (CESPE/TCE-PE/AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS/2017) A taxa de 24% ao ano é pro-


porcional à taxa de 2% ao mês.

011. (FCC/TRF-3ª REGIÃO/2016) Uma instituição financeira divulga que a taxa de juros no-
minal para seus tomadores de empréstimos é de 24% ao ano com capitalização mensal. Isto
significa que a taxa efetiva bimestral correspondente é de:
a)

b)

c)

d)

e)

012. (FGV/SEFAZ-RJ/ANALISTA DE CONTROLE INTERNO/2011) A taxa de juros anual equi-


valente à taxa de juros de 30% ao ano, capitalizados semestralmente, é:
a) 31,75%.
b) 15,00%.
c) 30,00%.
d) 32,25%.
e) 60,00%.

013. (FGV/SEFIN-RO/AUDITOR-FISCAL/2018) A taxa efetiva trimestral, que é equivalente a


uma taxa nominal de 120% ao ano, capitalizados mensalmente, é uma taxa de:
a) 21,78%.
b) 30,00%.
c) 33,10%.
d) 46,41%.
e) 50,00%.

014. (CESPE/BRB/ESCRITURÁRIO/2011) Se o capital de R$ 5.000,00 for aplicado por 3 anos,


à taxa de juros compostos de 12% ao ano com capitalização trimestral, o juro auferido por essa
aplicação, em reais, ao final do período, será igual a 5.000 × (1,0412 - 1).

015. (FCC/MPE-AM/AGENTE TÉCNICO/ECONOMIA/2013) Uma pessoa tem R$ 20.000,00 e


deseja aplicá-lo a juros compostos por 2 meses. Está em dúvida se deve aplicar todo o capital
à taxa de 4% ao mês ou se deve aplicar metade à taxa de 3% ao mês e a outra metade à taxa de
5% ao mês. Se M1 e M2 são, respectivamente, os montantes que seriam obtidos pela primeira
e pela segunda opção, é verdade que:
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a) M1 = M2.
b) M1 – M2 = R$4,00.
c) M2 – M1 = R$2,00.
d) M1 > R$22.000,00.
e) M2 < R$21.500,00.

016. (CESPE/SEFAZ-AC/2009) Se, para uma aplicação de um ano, um fundo de investimentos


oferecer a taxa de remuneração de 12,35%, e a taxa de inflação nesse período for de 5%, então
a taxa real de ganho desse fundo no período será igual a:
a) 1,07%.
b) 7%.
c) 7,35%.
d) 17,35%.

017. (FCC/ICMS-PI/2015) Um investidor aplicou um capital de R$10.000,00 e resgatou o total


de R$ 13.600,00 ao fim de 1 semestre. Se, nesse período, a taxa real de juros foi de 32%, então,
dos valores seguintes, o que mais se aproxima da taxa de inflação do período é:
a) 3%.
b) 2,5%.
c) 4,5%.
d) 4%.
e) 3,5%.

018. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR-FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/2016) Um investidor do


mercado imobiliário comprou um terreno por R$ 40.000 e, após dois anos, vendeu-o por R$
62.400. A taxa de inflação acumulada durante esses dois anos foi de 20%. Nessa situação, a
rentabilidade real desse investimento foi superior a 32% no biênio.

019. (FCC/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE/2017) Um investidor aplicou R$


10.000,00 em títulos que remuneram à taxa de juros compostos de 10% ao ano e o prazo para
resgate da aplicação foi de 2 anos. Sabendo-se que a inflação no prazo total da aplicação foi
15%, a taxa real de remuneração obtida pelo investidor no prazo total da aplicação foi:
a) 5,00%.
b) 6,00%.
c) 5,22%.
d) 5,00% (negativo).
e) 4,55%.

020. (CESPE/TCU/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/2015) Situação Hipotética:


Um investidor pretende adquirir um dos imóveis da empresa FastBrick por R$ 75.000,00 à vista

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e vendê-lo, após quatro anos, por R$ 120.000,00. Assertiva: Nesse caso, se a inflação acumu-
lada no período for de 20%, a rentabilidade real do investidor, no período de quatro anos, será
superior a 35%.

021. (CESPE/ANAC/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2008) Se, em determinado mês, um tra-


balhador não sofrer reajuste salarial e os preços subirem 25%, então o poder de compra desse
trabalhador será reduzido em 20% no referido mês.

022. (CESPE/TCE-PB/AUDITOR DAS CONTAS PÚBLICAS/2018) Em novembro de 2016,


João comprou 10 kg de uma mercadoria e, um ano depois, ele comprou 11 kg dessa mesma
mercadoria, mas pagou 21% a mais que em 2016. Se a inflação do período tiver sido a única
responsável pelo aumento de preço da mercadoria, então a inflação desse período foi de:
a) 12,1%.
b) 18,9%.
c) 7,9%.
d) 10,0%.
e) 11,0%.

023. (INÉDITA/2021) O Tesouro Selic é um título público pós-fixado que paga juros de acordo
com a Taxa Selic. Em julho de 2016, a Taxa Selic era de 14,25% ao ano e a inflação era de 10%
ao ano. Já em julho de 2017, a Taxa Selic era de 9% ao ano e a inflação era de 5% ao ano.
Sobre os rendimentos no Tesouro, incide alíquota de Imposto de Renda de 17,5% para aplica-
ções de 1 ano.
Nessa situação, considerando o prazo de 1 ano, é correto afirmar que era mais vantajoso inves-
tir nesse título em 2016 do que em 2017.

 Obs.: use calculadora, porque os dados são reais e não receberam nenhum tratamento para
facilitar as contas.

024. (CESPE/TJ-CE/2014) Considere que dois capitais de mesmo valor C tenham sido aplica-
dos, um no regime de juros simples e outro no regime de juros compostos, às mesmas taxas
de juros anuais e no mesmo prazo, o que gerou, respectivamente, os montantes M e N. Nessa
situação, é correto afirmar que:
a) M > N, para prazo inferior a um ano.
b) N > M, para prazo inferior a um ano.
c) M = N, visto que são calculados com a mesma taxa de juros e com o mesmo prazo.
d) M > N, qualquer que seja o prazo da operação.
e) N > M, qualquer que seja o prazo da operação.

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025. (CESPE/TCE-PE/AUDITOR DAS CONTAS PÚBLICAS/2017) Considere que dois capitais,


cada um de R$10.000, tenham sido aplicados à taxa de juros de 44% ao mês – 30 dias –, por
um período de 15 dias, sendo um a juros simples e outro a juros compostos. Nessa situação,
o montante auferido com a capitalização no regime de juros compostos será superior ao mon-
tante auferido com a capitalização no regime de juros simples.

026. (FGV/ISS-NITERÓI/CONTADOR/2015) Um empréstimo por dois meses utilizando o regi-


me de juros compostos de 10% ao mês equivale a um empréstimo utilizando o regime de juros
simples, pelo mesmo período, de:
a) 9,0% ao mês.
b) 9,5% ao mês.
c) 10,0% ao mês.
d) 10,5% ao mês.
e) 11,0% ao mês.

027. (FGV/ISS-NITERÓI/FISCAL DE TRIBUTOS/2015) Um empréstimo de dois anos utilizan-


do o regime de juros simples de 150% ao ano equivale a um empréstimo utilizando o regime de
juros compostos, pelo mesmo período, de:
a) 100% ao ano.
b) 125% ao ano.
c) 150% ao ano.
d) 175% ao ano.
e) 200% ao ano.

028. (CESPE/BRB/ESCRITURÁRIO/2010) Um funcionário demitido recebeu o seu FGTS e in-


vestiu parte dele em uma instituição financeira que remunera os investimentos captados com
juros compostos capitalizados mensalmente.
A partir dessa situação, julgue os itens que se seguem, considerando 0,301 e 0,477 como valo-
res aproximados de log 2 e log 3, respectivamente.
Se a taxa de juros desse investimento for de 2,4% ao mês, então, após 18 meses, o saldo total
do investimento será inferior a 150% do capital investido.

029. (CESPE/TJ-SE/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE/2014) Considerando que um


empresário tenha tomado empréstimo no valor de R$ 30.000,00 para custear reformas em seu
estabelecimento comercial, julgue os itens que se seguem a respeito de taxa de juros efetiva.
Considerando-se 1,08 como valor aproximado para e0,08, é correto afirmar que, se toda a quan-
tia tomada como empréstimo tivesse sido investida à taxa de 8% ao ano, em um regime de
capitalização contínua, pelo período de 2 anos, então, ao final do período, o montante teria sido
inferior a R$ 32.500,00.

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030. (FCC/SEFAZ-SP/2009) Considere que o logaritmo neperiano de 1,8 é igual a 0,6. Aplican-
do um capital de R$ 25.000,00 a uma taxa de 4% ao mês, com capitalização contínua, verifi-
ca-se que o montante, no momento do resgate, é igual a R$ 45.000,00. O período de aplicação
é igual a:
a) 12 meses.
b) 15 meses.
c) 18 meses.
d) 21 meses.
e) 24 meses.

031. (FCC/SEFAZ-PI/2015) Um capital de R$ 15.000,00 é aplicado, durante 2 anos, à taxa de


5% ao semestre com capitalização contínua. Dos valores abaixo, o mais próximo do valor dos
juros desta aplicação é:
Dados: ln(1,051271) = 0,05;
ln(1,105171) = 0,10;
ln(1,161834) = 0,15
ln(1,221403) = 0,20;
Em que ln é o logarítmoneperiano, tal que ln(e) = 1:
a) R$3.076,00.
b) R$3.155 ,00.
c) R$3.321,00.
d) R$3.487,00.
e) R$3.653,00.

032. (FGV/ISS-NITERÓI/CONTADOR/2015) Os juros sobre uma dívida são cobrados utilizan-


do a convenção linear. A dívida será paga após um ano e meio, e a taxa de juros compostos
anunciada pela instituição financeira é de 20% ao ano.
A porcentagem de juros cobrados em relação ao principal é:
a) 20%.
b) 21%.
c) 30%.
d) 31%.
e) 32%.

033. (FCC/SEFAZ-PB/AUDITOR-FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS/2006) Um capital no va-


lor de R$ 20.000,00 foi investido a uma taxa de juros compostos de 10% ao ano, durante 2 anos
e 3 meses. O montante no final do período, adotando a convenção linear, foi igual a:
a) R$22.755,00.
b) R$ 23.780,00.

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c) R$ 24.805,00.
d) R$ 24.932,05.
e) R$ 25.500,00.

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QUESTÕES DE CONCURSO
034. (CESPE/FUNPRESP-JUD/ANALISTA DE INVESTIMENTOS/2016) Para uma operação
com prazo de um ano, com taxa de juros anual e mesmo capital investido, os sistemas de juros
simples e de juros compostos produzem o mesmo montante.

Não se esqueça da comparação entre juros simples e compostos.

Dessa forma, para o período de um ano com taxa de juros anual, tem-se t=1, portanto o rendi-
mento é o mesmo.
Certo.

035. (FCC/SEGEP-MA/ANALISTA EXECUTIVO/CONTADOR/2018) Uma empresa obteve um


empréstimo para ser integralmente liquidado em uma única parcela no final do prazo de 2 me-
ses. Se a taxa de juros compostos prefixada negociada foi 4% ao mês e a inflação no prazo do
empréstimo foi 1,5%, a taxa real de juros paga pela empresa no período foi, em %,
a) 9,50.
b) 6,50.
c) 6,66.
d) 9,66.
e) 6,56.

Sendo o empréstimo dado por “x”, temos os seguintes parâmetros para juros compostos:

A fórmula a seguir corresponde ao montante acerca dos juros compostos:

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Substituindo os valores fornecidos no enunciado, temos:

Assim, utilizando a fórmula de juros a seguir, encontramos seu valor, substituindo os parâme-
tros encontrados:

Portanto, a taxa aparente vale 0,0816∙100=8,16% e a inflação vale 1,5%.


Com esses valores, é possível encontrar a taxa real pela fórmula:

Onde iA representa a taxa aparente, iR a taxa real e ii a taxa equivalente à inflação do período.
Substituindo valores, temos:

A taxa real de juros paga pela empresa foi de 6,56%.


Letra e.

036. (FCC/AL-AP/AUXILIAR LEGISLATIVO/AUXILIAR OPERACIONAL/2020) Ana aplicou R$


1.000,00 em um investimento que rendeu 8% no primeiro mês e 6% no segundo mês. Bete apli-
cou R$ 1.000,00 em um investimento que, após os dois primeiros meses, rendeu 14%. Compa-
rando os ganhos de Ana e de Bete, é correto afirmar que, após os dois primeiros meses,
a) Bete ganhou R$ 4,80 a mais do que Ana.
b) Ana ganhou R$ 4,80 a mais do que Bete.
c) Ana e Bete tiveram ganhos iguais.
d) Ana ganhou R$ 34,00 a mais do que Bete.
e) Bete ganhou R$ 34,00 a mais do que Ana.

Primeiro, devemos encontrar o valor ganho por Ana. Isso é possível mediante as seguin-
tes etapas:

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• 1º mês: Ana aplicou R$ 1.000,00 em um investimento que rende 6% ao mês.


Para calcular o rendimento, podemos utilizar a fórmula para montante, que é igual para juros
simples e compostos quando t = 1.

Substituindo valores para o primeiro mês, teremos:

• 2º mês: o valor calculado anteriormente (juros compostos) rendeu 8% durante um mês.


Substituindo valores, temos:

Agora, devemos encontrar o valor ganho por Bete, que investiu R$ 1.000,00 e obteve 14% (du-
rante todo o período – 1 bimestre) de ganho em 2 meses.
Para isso, podemos utilizar a fórmula para o montante, dada por:

Substituindo valores:

Comparando os valores obtidos por Ana e Bete após o período de 2 meses, temos que a dife-
rença entre eles é:

Desse modo, Ana recebeu R$ 4,80 a mais que Bete.


Letra b.

037. (FCC/TJ-PE/ANALISTA JUDICIÁRIO/2016) Uma taxa de juros nominal de 21% ao tri-


mestre, com juros capitalizados mensalmente, apresenta uma taxa de juros efetiva, trimestral
de, aproximadamente:
a) 21,7%.
b) 22,5%.
c) 24,8%.
d) 32,4%.
e) 33,7%.

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Para a conversão de taxa de juros nominal em efetiva, usaremos o mesmo esquema que já
vimos na questão 17.

Como a capitalização é mensal, calculemos a taxa efetiva mensal primeiramente:

Agora, usando o conceito de taxas equivalentes, calcularemos a taxa efetiva trimestral:

Letra b.

038. (FGV/ISS-NITERÓI/FISCAL DE TRIBUTOS/2015) Uma aplicação de R$ 10.000,00, após


dois meses, resultou em um montante de R$ 14.210,00. Considerando a incidência de imposto
sobre o rendimento de 30% e a taxa mensal de inflação de 10%, a taxa de juros real durante o
período de aplicação foi:
a) 7,0%.
b) 7,5%.
c) 8,0%.
d) 8,5%.
e) 9,0%.

Em primeiro lugar, devemos calcular o imposto pago na operação:

Portanto, o montante líquido será:

Para calcular a taxa de juros real, devemos considerar a inflação no período. Como a inflação
foi de 10% ao ano e o período foi de dois meses, primeiramente, devemos calcular a inflação
acumulada pela expressão dos juros compostos – ou taxas equivalentes:

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De posse da inflação, podemos calcular o montante e a taxa de juros real referentes à operação:

Letra a.

039. (CESPE/PGE-PE/ANALISTA ADMINISTRATIVO DE PROCURADORIA/2019) Julgue o


item seguinte, relativos a juros, taxas de juros e rendas uniformes e variáveis.
Situação hipotética: Raul fez duas aplicações semestrais e consecutivas de R$ 50.000 cada
uma, que renderam juros à taxa de 10% ao semestre. Raul resgatou o saldo total ao final do
terceiro semestre. Assertiva: Nessa situação, Raul resgatou menos de R$ 120.000.

O enunciado nos informa a ocorrência de duas aplicações semestrais e consecutivas, isso


significa R$ 50.000,00 em n=0 semestre, e outra aplicação de R$ 50.000,00 em n=1 semestre.
Sobre a primeira aplicação:

Por meio da fórmula de montante para juros compostos e substituindo valores, temos:

Sobre a segunda aplicação, ela foi realiza em t = 2, porque foi realizada um semestre após a
primeira. Assim, podemos escrever:

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Substituindo os valores encontrados na fórmula do montante para juros compostos, temos:

Para encontrar o montante equivalente às duas operações, faz-se a seguinte soma:

Portanto, o saldo final resgatado é superior a R$ 120.000,00.


Errado.

040. (CESPE/SEFAZ-RS/TÉCNICO TRIBUTÁRIO/2018) Se, nas operações de empréstimo


bancário, um banco cobra, no regime de juros compostos, juros nominais de 36% ao ano, ca-
pitalizados trimestralmente, então a taxa efetiva semestral cobrada por esse banco é igual a:
a) 15,98%.
b) 16,62%.
c) 18%.
d) 18,81%.
e) 19,40%.

Devemos utilizar o fluxo tradicional. Para converter uma taxa nominal em efetiva, devemos
utilizar o conceito de taxas proporcionais. Por outro lado, para converter uma taxa efetiva tri-
mestral em efetiva semestral, devemos utilizar o conceito de taxas de juros equivalentes.

A taxa efetiva anual é dada pela razão entre a taxa nominal anual e o número de períodos de
capitalização. Isto é:

Do enunciado, sabemos que os juros nominais valem 36%. Isto é:

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Além disso, também temos a informação de que os títulos são capitalizados trimestralmente,
isto é, a cada 3 meses. Em um ano os títulos são capitalizados:

Utilizando a fórmula (I) deduzida anteriormente e substituindo os valores para taxa nominal
anual e número de períodos de capitalização, temos:

O exercício nos pede a taxa efetiva semestral, que ocorre 2x em um ano. Substituindo esse
valor (2) na fórmula (II) para a taxa efetiva anual, temos:

Deste modo, a taxa semestral efetiva é dada por 18,81%.


Letra d.

041. (CETREDE/PREFEITURA DE FRECHEIRINHA-CE/AGENTE ADMINISTRATIVO/2021)


Os índices semestrais de inflação de certo ano foram de 7,2% e 8,5%, respectivamente. Então
o índice de inflação deste ano foi de:
a) 16,312%.
b) 15,7%.
c) 1,3%.
d) 16%.
e) 10,7%.

O cálculo dos juros compostos envolve a ideia de que juros são aplicados também sobre juros.

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Primeiro semestre:

Segundo semestre:

Representando:

Para determinar a inflação total no período, basta verificar o percentual de aumento:

Portanto, o índice de inflação total no ano foi de 16,312%.


Letra a.

042. (FCC/TJ-MA/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TÉCNICO EM CONTABILIDADE/2019) Em


31/03/2019, João realizou uma aplicação financeira no valor de R$ 100.000,00, que seria re-
munerada com taxa de juros compostos de 3% ao mês. Sabendo que não foi realizado nenhum
resgate e que o rendimento é calculado considerando meses de 30 dias, o valor atualizado da
aplicação financeira em 30/06/2019, em reais, era de:

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a) 112.000,00.
b) 109.272,70.
c) 109.000,00.
d) 106.090,00.
e) 106.000,00.

Para resolver o problema, deve-se encontrar o tempo de aplicação a juros compostos. O esque-
ma a seguir demonstra os meses decorridos.

Considera-se cada um dos meses com duração de 30 dias. A partir desse suposto, há 3 meses
corridos de aplicação. Assim, temos:

João aplicou R$ 100.000,00 na instituição financeira, isso significa:

Além disso, segundo o enunciado, a taxa é de 3% a.m.

A fórmula do montante para juros compostos é dada por:

Substituindo valores fornecidos no enunciado, teremos:

A potência (1,03)³ pode ser calculada por partes. Podemos, inicialmente, calcular a potência
(1,03)² = 1,0609 e, depois, multiplicá-la por (1,03) novamente chegando a (1,03)³ = 1,09272.

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Letra b.

043. (IDCAP/PREFEITURA DE SANTA LEOPOLDINA-ES/NUTRICIONISTA/2021) Marcos fez


uma aplicação de R$ 7.900,00 a juros compostos de 2% a.m. durante 3 meses. Depois deste
período juntou mais R$ 2.200,00 ao montante obtido e aplicou novamente, porém a juros sim-
ples de 3% a.m. durante 6 meses. Qual o valor do montante obtido ao final das duas aplica-
ções? (Use apenas duas casas decimais no resultado de cada operação).
a) R$ 12.000,00.
b) R$ 10.000,00.
c) R$ 10.574,00.
d) R$ 12.477,32.
e) R$ 19.003,32.

Para resolver, é preciso utilizar a fórmula de juros compostos.

Para a primeira aplicação, temos:

Então:

Para a nova aplicação com juros simples, o capital investido será formado pelo montante ob-
tido mais R$2.200,00.

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Para calcular o novo montante ao final das duas operações, precisamos saber os juros obtidos
com a aplicação a juros simples.

Temos que:

Então:

Então, o montante final obtido é de:

Letra d.

044. (IDCAP/PREFEITURA DE SANTA LEOPOLDINA-ES/NUTRICIONISTA/2021) Marcos fez


uma aplicação de R$ 7.900,00 a juros compostos de 2% a.m. durante 3 meses. Depois deste

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período juntou mais R$ 2.200,00 ao montante obtido e aplicou novamente, porém a juros sim-
ples de 3% a.m. durante 6 meses. Qual o valor do montante obtido ao final das duas aplica-
ções? (Use apenas duas casas decimais no resultado de cada operação).
a) R$ 12.000,00.
b) R$ 10.000,00.
c) R$ 10.574,00.
d) R$ 12.477,32.
e) R$ 19.003,32.

Para resolver, é preciso utilizar a fórmula de juros compostos.

Para a primeira aplicação, temos:

Então:

Para a nova aplicação com juros simples, o capital investido será formado pelo montante ob-
tido mais R$2.200,00.

Para calcular o novo montante ao final das duas operações, precisamos saber os juros obtidos
com a aplicação a juros simples.

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Temos que:

Então:

Então, o montante final obtido é de:

Letra d.

Em determinada loja, uma bicicleta é vendida por R$ 1.720 à vista ou em duas vezes, com uma
entrada de R$ 920 e uma parcela de R$ 920 com vencimento para o mês seguinte. Caso queira
antecipar o crédito correspondente ao valor da parcela, o lojista paga para a financeira uma
taxa de antecipação correspondente a 5% do valor da parcela.

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Juros Compostos
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045. (CESPE/SEFAZ-DF/2020) Na compra a prazo, o custo efetivo da operação de financia-


mento pago pelo cliente será inferior a 14% ao mês.

O valor total a prazo é dado pela soma da entrada mais a parcela, ambas de R$ 920,00:

O valor financiado (C) é dado pela diferença do valor à vista e da entrada:

Os juros são calculados por meio da diferença do valor à vista e o valor a prazo:

O tempo total foi de um mês, o que significa:

Substituindo valores na fórmula de juros, tem-se que:

Isolando a taxa a partir dessa equação, chegamos em:

Esse valor de taxa é superior à taxa proposta pelo enunciado de 14%. Portanto, a afirmação
está errada.

Errado.

046. (CESPE/SEFAZ-DF/2020) No caso de uma venda a prazo em que o lojista optasse pela
antecipação do crédito correspondente à parcela que só seria paga no mês seguinte, o valor
total que ele receberia (entrada mais antecipação) seria superior a R$ 1.790.

Conforme o enunciado, para a antecipação da parcela com vencimento para o mês seguinte, o
lojista deve pagar à financeira uma taxa de 5% do valor dessa parcela.
Para a venda a prazo, há uma entrada de R$ 920,00 mais uma parcela de R$920,00.

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O lojista, portanto, receberia a entrada mais 95% (0,95) do valor da parcela (pois deve pagar 5%
desta para a financeira). Isso significa:

O lojista receberia R$ 1.794,00 caso optasse pela antecipação da parcela em uma venda a
prazo. Esse valor é maior que R$ 1.790,00.
Certo.

047. (CESPE/IFF/PROFESSOR DE MATEMÁTICA/2018) Um indivíduo possui R$10.000,00 e


tem também uma dívida nesse mesmo valor. O valor da dívida é corrigido à taxa de juros com-
postos de 10% ao mês. O indivíduo resolve não pagar a dívida e investir o dinheiro que possui
em uma aplicação que rende juros compostos líquidos de 20% ao mês. Dessa forma, se o final
do segundo mês de aplicação, o indivíduo pagar a dívida, ainda lhe sobrará uma quantia de:
a) R$ 2.000,00.
b) R$ 2.100,00.
c) R$ 2.300,00.
d) R$ 3.600,00.
e) R$ 3.924,00.

Como o indivíduo possui R$ 10.000,00 para investir a uma taxa de 20% ao mês (a juros com-
postos) por um período de 2 meses, podemos utilizar a fórmula dos juros compostos:

Substituindo valores fornecidos pelo enunciado:

Além disso, o mesmo indivíduo possui R$ 10.000,00 em dívidas, corrigidos a uma taxa de 10%
ao mês, a juros compostos, no mesmo período de 2 meses. Desse modo, substituindo valores:

Assim, o valor que o indivíduo terá em mãos após o pagamento da dívida, dado pela diferença
entre M1 e M2, será de:

Letra c.

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048. (FCC/SABESP/ESTAGIÁRIO ENSINO MÉDIO/2017) Dois amigos investiram R$ 1.000,00


por 1 ano. André escolheu uma aplicação que pagava juros simples de 1% ao mês. Bruno apli-
cou em um fundo que pagava juros compostos de 1% ao mês. Ao final do período de aplicação,
a) o montante de Bruno será menor que o montante de André.
b) o montante de André será de R$ 1.111,00.
c) o montante de André será de R$ 1.120,00.
d) os montantes de André e Bruno serão iguais.
e) o montante de Bruno será menor que R$ 150,00.

As fórmulas de juros simples são dadas por:

Foram fornecidos os seguintes valores no enunciado:

André atingiu os seguintes juros e montante:

Esse valor condiz com a alternativa: o montante de André será de R$ 1.120,00.


Letra c.

049. (CESPE/SEFAZ-RS/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/2019) A tabela a seguir


mostra as taxas de rendimentos de um fundo de previdência privada em cada um dos primei-
ros 4 meses do ano de 201X.

Nessa situação, no regime de juros compostos, a taxa de rendimentos acumulada nesse perí-
odo é expressa por:
a) [(2,11 + 1,7 - 0,5 + 1,6)- 1] × 100%.

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b) [(1,0211 × 1,017 × 0,995 × 1,016) - 1] × 100%.


c) [(2,11 × 1,17 × 0,995 ×1,6) - 1] × 100%.
d) (1,0211 + 1,017 - 1,005 + 1,016)%.
e) (2,11 + 1,7 + 0,5 + 1,6)%.

Vamos fazer o exercício parte a parte com base nas taxas dadas pela tabela no enunciado.
Levamos em consideração a fórmula de montante para juros compostos, dada por:

Em janeiro, esse fundo rendeu:

Em fevereiro, esse fundo rendeu:

Em março, esse fundo rendeu:

Em abril, esse fundo rendeu:

A taxa, em porcentagem, é dada pelo valor que multiplica o capital subtraído de 1 unidade,
multiplicado por 100, então:

Como a ordem dos fatores não altera o produto:

Letra b.

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050. (FCC/SEGEP-MA/ANALISTA PREVIDENCIÁRIO/2018) Uma empresa obteve um em-


préstimo no passado à taxa de juros compostos de 3% ao mês e ainda resta uma parcela para
sua liquidação. O valor da parcela é R$ 40.000,00 e vencerá em 90 dias. A empresa pretende
alterar a forma de pagamento, mantendo a mesma taxa de juros, e propõe à instituição finan-
ceira a liquidação da seguinte forma:
− Uma parcela de R$ 15.000,00 na data de hoje.
− Uma parcela complementar daqui a 60 dias.
O valor da parcela complementar deve ser, em reais,
a) 21.605,67.
b) 25.000,00.
c) 26.522,50.
d) 22.921,45.
e) 22.348,17.

Como haveria uma única parcela para daqui a 90 dias, que é igual a 3 meses, no valor de R$
40.000,00 (montante já incluso taxas), deve-se transformá-la para o valor presente. Segundo
o enunciado, a taxa de juros envolvida é de 3% ao mês (ou 0,03). Então, podemos escrever a
fórmula dos juros compostos, como se segue:

Isolando o valor de C, tem-se:

Esse é o valor que seria pago caso optasse por adiantar os R$ 40.000,00.
Porém, optou-se por uma entrada no valor de R$ 15.000,00. Esse valor deve ser subtraído do
capital encontrado anteriormente para encontrar o novo financiado:

Para calcular o montante, valor a ser pago nos próximos 60 dias (2 meses), podemos utilizar
a fórmula:

Substituindo valores, temos:

Portanto, a parcela complementar deverá ser no valor de R$ 22.921,45.


Letra d.

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051. (CESPE/PREFEITURA DE SÃO CRISTÓVÃO-SE/PROFESSOR DE MATEMÁTICA/2019)


Há cinco anos, João, Paulo e Miguel se associaram para montar uma lanchonete. João entrou
com R$ 80.000; Paulo, com R$ 120.000; e Miguel, com R$ 200.000. A lanchonete foi vendida,
hoje, por R$ 3.200.000 e essa quantia foi dividida entre os três de forma diretamente proporcio-
nal aos valores que cada um investiu.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir.
Se, há 5 anos, em vez de participar da sociedade, Miguel tivesse investido o seu dinheiro à taxa
de juros compostos de 50% pagos anualmente, então, considerando-se 7,6 como valor apro-
ximado para 1,55, é correto afirmar que, hoje, o montante desse investimento seria maior que
aquele que ele recebeu com a venda da lanchonete.

Primeiro, devemos saber o valor recebido por Miguel com a venda da lanchonete.
Sendo J1, P1 e M1 as variáveis referentes aos valores recebidos com a venda da lanchonete por
João, Paulo e Miguel, respectivamente, temos a seguinte proporção direta formada por seus
respectivos investimentos:

Por intermédio das propriedades de razão e proporção, tem-se:

Assim, para saber o valor recebido por Miguel, basta utilizar a igualdade:

Isolando o valor de M1, temos:

Tratando sobre a opção de investir o dinheiro inicial em uma aplicação a juros compostos com
taxa de 50%, em um período de 5 anos, tem-se:

Em que:

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Substituindo valores:

Sendo 1,55 =7,6, tem-se:

Então, concluímos que:

Portanto, Miguel receberia menos dinheiro, caso tivesse optado por fazer o investimento a ju-
ros compostos, do que recebeu com a venda da lanchonete.
Errado.

052. (FCC/SABESP/ESTAGIÁRIO DE ENSINO MÉDIO/2019) Dois amigos aplicaram a mes-


ma quantia, respectivamente, nos regimes de juros simples e compostos, ambos com taxa de
10% ao ano. Depois de 2 anos, os dois amigos possuíam, juntos, uma quantia maior, em rela-
ção à soma de suas quantias iniciais, em:
a) 20,5%.
b) 21,0%.
c) 40,5%.
d) 41,0%.
e) 42,5%.

Para facilitar, vamos chamar os dois amigos de A e B. O amigo A investiu x reais em uma
aplicação a juros simples cuja taxa é de 10% a.a, por dois anos. O amigo B investiu a mesma
quantia, numa mesma taxa, em um mesmo período de tempo, porém em juros compostos.
O capital de A é dado por:

Outros parâmetros são a taxa de juros e o tempo, que foram fornecidos no enunciado:

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As fórmulas de juros simples são as seguintes:

Substituindo os valores fornecidos no enunciado, teremos:

O segundo amigo investiu o mesmo capital na mesma taxa e pelo mesmo período de tempo,
porém, utilizou juros compostos. Dessa forma, para calcular o montante por ele recebido, de-
vemos recorrer à expressão:

Substituindo valores, tem-se:

Somando os montantes e capitais dos amigos A e B, temos:

Para saber quão maior os montantes são em relação aos capitais, deve-se compará-los com o
auxílio de uma razão, como se segue:

Assim, a soma dos montantes dos amigos é igual a 1,205x a soma de seus capitais.
Sendo 100% (1) o valor total desses capitais, 1,205 se torna:

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Comparando esses valores, tem-se que suas diferenças valem:

Letra a.

053. (FCC/TCE-PR/ANALISTA DE CONTROLE/2011) Um capital no valor de R$ 18.000,00 é


aplicado durante 8 meses a juros simples, com uma taxa de 18% ao ano. No final do período,
o montante é resgatado e aplicado a juros compostos, durante um ano, a uma taxa de 5% ao
semestre. A soma dos juros das duas aplicações é igual a:
a) R$ 4.012,30.
b) R$ 4.026,40.
c) R$ 4.176,00.
d) R$ 4.226,40.
e) R$ 5.417,10.

Na primeira aplicação, o capital de R$18.000,00 é aplicado a uma taxa de 18% ao ano por 8
meses. Como o prazo foi fornecido em meses, devemos converter a taxa anual em mensal:

Agora, podemos calcular o montante ao final dessa aplicação:

Os juros recebidos nessa aplicação são calculados por:

Para a segunda aplicação, o montante de R$20.160 foi aplicado a juros compostos de 5% ao


semestre por 1 ano. O montante final pode ser calculado pela expressão dos juros compostos:

Portanto, os juros recebidos nessa segunda aplicação são calculados por:

Assim sendo, o total de juros recebidos nas duas aplicações é:

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Letra d.

054. (FCC/PREFEITURA DE MANAUS-AM/TÉCNICO FAZENDÁRIO/2019) Rodrigues rece-


beu uma quantia em dinheiro em uma determinada data. A metade dessa quantia ele aplicou
sob o regime de capitalização simples, a uma taxa de 9,6% ao ano, durante 6 meses. A outra
metade ele aplicou sob o regime de capitalização composta, a uma taxa de 2% ao trimestre,
durante 1 semestre. Se o montante correspondente à aplicação sob regime de capitalização
simples apresentou um valor igual a R$ 13.100,00, então, a soma dos valores dos juros das
duas aplicações foi de:
a) R$ 1.000,00.
b) R$ 990,00.
c) R$ 1.105,00.
d) R$ 1.200,00.
e) R$ 1.120,00.

Considerando o valor recebido inicialmente por Rodrigues como x, tem-se as seguintes aplica-
ções a juros simples e compostos, respectivamente:
As fórmulas de juros simples são dadas por:

Segundo o enunciado, temos:

Substituindo os valores na equação, temos:

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Sabe-se que esse montante é correspondente ao valor:

Assim, podemos calcular o valor de x:

Substituindo valores, temos:

Para a aplicação a juros compostos, tem-se as seguintes fórmulas:

De acordo com o enunciado, temos:

Substituindo os valores fornecidos no enunciado, temos:

A soma dos juros obtidos nas duas operações é:

Letra c.

055. (FCC/PREFEITURA DE MANAUS-AM/AUDITOR-FISCAL DE TRIBUTOS MUNICI-


PAIS/2019) Sérgio recebeu um adiantamento e negociou que a devolução seria paga em duas
parcelas iguais de R$ 1.210,00, a primeira, um mês após o recebimento do adiantamento, e
a segunda, um mês depois do pagamento da primeira parcela. Sabendo que foram cobrados
juros compostos de 10% ao mês, o valor que Sérgio recebeu pelo adiantamento foi de:

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a) R$ 2.420,00.
b) R$ 2.010,00.
c) R$ 2.100,00.
d) R$ 2.200,00.
e) R$ 2.210,00.

A primeira etapa possui montante igual a R$ 1.210,00, período de 1 mês e taxa de 10% (0,1) ao
mês a juros compostos. Nossa única variável é o capital C1.
Utilizando a fórmula de juros compostos, podemos construir a seguinte equação:

Isolando C1, ficamos com:

A segunda etapa possui montante igual a R$ 1.210,00, período de 2 meses e taxa de 10% (0,1)
ao mês a juros compostos. Pode-se encontrar a variável C2 por meio da fórmula:

Isolando C2, temos:

O adiantamento recebido pode ser obtido somando os capitais C1 e C2:

Letra c.

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056. (FCC/SEGEP-MA/ANALISTA PREVIDENCIÁRIO/2018) Uma empresa obteve um em-


préstimo do exterior para ser integralmente liquidado em uma única parcela, no final do prazo
de 12 meses. A operação foi contratada com taxa de juros simples de 0,5% ao mês, acresci-
da da variação cambial. Se a variação cambial no período do empréstimo foi 8% e a inflação
medida no mesmo prazo foi 10%, a taxa real de juros paga pela empresa no período, em %
ao ano, foi:
a) 14,00.
b) 4,07
c) 4,00.
d) 24,00
e) 3,64.

Vamos dar nomes às variáveis envolvidas:


it: taxa de juros totais da operação;
is: taxa de juros simples da operação;
ivc: variação cambial = 8% (0,08) em 12 meses.
Temos a seguinte fórmula para taxa aparente:

Devemos calcular a taxa de juros simples da operação no período de 12 meses. Para opera-
ções com juros simples, pode-se utilizar a proporção direta, como se segue:

Seguindo os sentidos das setas, a seguinte equação é formada:

Substituindo os valores dados e calculados na fórmula, temos:

Porém, há inflação nesse período de 12 meses, portanto it é uma taxa aparente de juros. Para
o cálculo dos juros reais, deve-se desconsiderar o valor da inflação. Sejam:
IR: taxa real de juros no período de 12 meses;
Ii: inflação no período (12 meses).

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Tem-se a seguinte fórmula para calcular taxa real:

Segundo o enunciado, a inflação no período foi de 10%. Então, podemos substituir os valores
encontrados até o momento.
Fazendo as contas, temos:

Letra b.

057. (AV MOREIRA/PREFEITURA DE NOSSA SENHORA DE NAZARÉ-PI/ASSISTENTE SO-


CIAL) Um certo capital C aplicado a juros compostos de 5% a.m. rendem, durante 10 meses,
um montante de R$ 16.288,95. Se aplicássemos este mesmo capital a juros simples de 6%
a.m., no mesmo período de tempo, teríamos juros de:
a) R$ 5.400,00.
b) R$ 5.550,00.
c) R$ 5.700,00.
d) R$ 5.850,00.
e) R$ 6.000,00.

Como o problema é de juros compostos, precisamos da seguinte fórmula.

Primeiramente, devemos calcular o capital aplicado na operação com juros compostos. Temos:

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Então:

Em seguida, para a outra operação com juros simples, precisamos da seguinte fórmula:

Temos:

Então, o cupom de juros na nova operação é:

Letra e.

058. (FCC/TRF-3ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTADORIA/2016) Dois capitais são


aplicados sob o regime de capitalização composta a uma taxa de 10% ao ano. O primeiro ca-
pital foi aplicado durante 2 anos e o segundo durante 3 anos, apresentando um total de juros
no valor de R$ 1.680,00 e R$ 1.986,00, respectivamente. A porcentagem que o segundo capital
representa do primeiro é, em %, igual a:
a) 80.
b) 75.
c) 60.

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d) 100.
e) 90.
Dados: 1,102 = 1,210 e 1,103 = 1,331

Consideremos o primeiro capital e a sua aplicação por 2 anos rendendo R$1.680,00 de juros
– isto é, o montante será o capital acrescido de R$1.680 e pode ser calculado pela expressão
dos juros compostos. Pode-se escrever que:

Então, escrevamos a equação para o segundo capital que rendeu R$1.986,00 após três anos:

Agora, basta dividir uma equação pela outra para obter o percentual:

Letra b.

059. (FCC/BANRISUL/ESCRITURÁRIO/2019) Dois capitais são aplicados, na data de hoje, a


juros compostos, a uma taxa de 10% ao ano. O primeiro capital será aplicado durante 1 ano
e apresentará um valor de juros igual a R$ 1.100,00 no final do período de aplicação. O se-
gundo capital será aplicado durante 2 anos, e o montante no final do período será igual a R$
14.520,00. O valor da soma dos dois capitais, na data de hoje, é, em R$, de:
a) 23.000,00.
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b) 25.000,00.
c) 24.000,00.
d) 22.000,00.
e) 26.000,00.

A fórmula a seguir corresponde ao montante no regime a juros compostos:

Para o primeiro capital (C1), o enunciado forneceu os seguintes dados:


• M1=C1+J1=C1+1100;
• i=10%=10/100=0,1 a.a;
• t=1 ano.
Substituindo os valores listados, temos:

Rearranjando a equação anterior, temos:

Para o segundo capital, temos as informações:


• M2=R$ 14.520,00;
• i=10%=10/100=0,1 a.a;
• t=2 anos.
Substituindo os valores na expressão dos juros compostos, teremos:

A soma dos capitais na data de hoje vale:

Letra a.

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060. (CESPE/SEFAZ-AC/FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/2009) A quantia de R$ 110.500,00


foi repartida em 2 partes, que foram aplicadas na mesma data, sob o regime de juros compos-
tos. Uma parte foi aplicada no banco A, que paga juros de 3% ao mês, e a outra, no banco B, que
paga juros de 5,06% ao mês. Considerando que 10 meses após as aplicações os montantes
nos 2 bancos eram iguais, que 1,0506/1,03 = 1,02 e que 1,1 corresponde ao valor aproximado
de 1,025, é correto afirmar que a parte aplicada no banco A, em reais, era:
a) inferior a 49.000.
b) superior a 49.000 e inferior a 59.000.
c) superior a 59.000 e inferior a 69.000.
d) superior a 69.000.

Uma questão cheia de detalhes para se prestar atenção. Chamemos e as quantias investidas
em cada um dos bancos citados. Os montantes finais podem ser calculados pela expressão
dos juros compostos:

Comparando as duas expressões, temos que:

Agora, utilizaremos as aproximações fornecidas no enunciado:

Utilizando as propriedades de somas internas da razão e proporção, teremos:

Agora, basta substituir o valor conhecido para a soma:

Letra c.

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061. (FCC/SANASA CAMPINAS/ANALISTA ADMINISTRATIVO/SERVIÇOS ADMINISTRATI-


VOS/2019) Uma pessoa tem duas opções para aplicar um capital na data de hoje:
Primeira opção: aplicar todo o capital, durante 8 meses, a juros simples com uma taxa de
9,6% ao ano.
Segunda opção: aplicar todo o capital, durante 1 semestre, a juros compostos com uma taxa
de 2% ao trimestre.
Sabe-se que o valor dos juros referente à primeira opção supera o valor dos juros da segunda
opção em R$ 354,00. O valor dos juros referente à primeira opção é, em R$, igual a:
a) 1.080,00.
b) 1.140,00.
c) 1.200,00.
d) 960,00.
e) 1.314,00.

Considerando o capital dessa pessoa como “x”, temos, para a opção a juros simples, os se-
guintes parâmetros:

A partir dos dados, percebe-se que tempo e taxa possuem unidades diferentes, por esse mo-
tivo, devemos transformar a taxa anual para mensal. Para juros simples, e apenas para este
caso, pode-se usar proporção direta na transformação de taxas, conforme esquema a seguir:

Pois 1 ano corresponde a 12 meses.


Por meio dos sentidos das setas, tem-se a seguinte equação, que encontra a taxa mensal:

Substituindo os valores dados e calculados na equação a seguir, temos:

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Para a segunda alternativa, temos, a juros compostos, os seguintes parâmetros:

Para os juros compostos, temos as seguintes fórmulas:

Substituindo valores, tem-se:

Do enunciado, temos a informação acerca da diferença entre os dois juros, J2 e J1:

Portanto, tendo em mãos os valores calculadores de juros em função de x e substituindo-os


na expressão anterior, temos:

Substituindo o valor de x para os juros da primeira opção, tem-se:

Letra d.

062. (FCC/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP/AUDITOR-FISCAL TRIBUTÁRIO


MUNICIPAL/2019) Analisando o cadastro de uma cliente de um banco, verificou-se que em
uma determinada data ela aplicou 40% de seu dinheiro, durante 4 meses, a juros simples com
uma taxa de 15% ao ano. Na mesma data, o restante do dinheiro ela aplicou, durante 1 semes-
tre, a juros compostos com uma taxa de 3% ao trimestre. Sabendo-se que esta cliente obteve

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um montante igual a R$ 21.000,00 na aplicação a juros simples, tem-se que a soma dos juros
das duas aplicações é igual a
Dado: 1,03² = 1,0609
a) R$ 3.045,00.
b) R$ 2.949,00.
c) R$ 2.827,00.
d) R$ 3.018,00.
e) R$ 2.570,00.

Primeiro, vamos chamar o dinheiro total da cliente de “x”. Assim, 40% desse valor se torna:

Com o mesmo raciocínio, 60% desse valor corresponde a:

Em sua aplicação a juros simples, a cliente investiu 40% de seu dinheiro, 0,4x.
Seguindo as fórmulas de juros simples a seguir:

Nessa expressão, os seguintes valores são dados:

Percebe-se que taxa e tempo de aplicação estão em unidades diferentes, o que não pode ocorrer.
Por esse motivo, vamos transformar o tempo de 4 meses em anos mediante a proporção a
seguir, em que utilizamos o fato de que 1 ano é igual a 12 meses.

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Seguindo as setas, temos a equação a seguir:

Concluímos que 4 meses equivalem a 1/3 ano.


Substituindo valores após o cálculo, temos:

Isolando o valor de x, que corresponde ao dinheiro inicial da cliente, tem-se:

Então, podemos calcular os juros ganhos com as aplicações a juros simples. Para a primeira
aplicação, devemos considerar que 40% do capital (0,4.x) foi aplicado à taxa de juros de 15%
ao ano pelo período de 1 ano. Pela fórmula dos juros simples, temos:

Para a segunda aplicação, que foi feita a juros compostos, o capital foi referente a 60% do di-
nheiro da cliente, isso significa:

A partir da aplicação anterior, sabe-se que:

Portanto, o capital investido nessa segunda aplicação foi:

Além disso, temos os seguintes valores do enunciado:

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Substituindo valores para encontrar o montante por intermédio da fórmula a seguir, correspon-
dente ao montante para juros compostos, temos:

Pois o enunciado nos orientou a utilizar 1,03² = 1,0609. Dessa forma, temos:

Os juros recebidos pela aplicação a juros compostos podem ser obtidos como a diferença en-
tre o montante final recebido e o capital inicialmente investido.

Substituindo os valores conhecidos, temos:

Por fim, a soma dos juros das duas aplicações é dada por:

Letra c.

063. (CESPE/PC-ES/PERITO CRIMINAL/2011) Uma dívida de R$ 5.000,00 é paga, com juros


reais acrescidos da taxa de inflação do período, por R$ 5.670,00. Nessa situação, sabendo que
o produto das taxas de juros reais e de inflação é 0,004, julgue o item que se segue.
A soma da taxa de juros reais com a taxa de inflação é inferior a 13,1%.

Uma questão estranha, porém, o procedimento é o mesmo. Foi fornecido o montante aparente
pago pelo investidor.

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Agora, podemos utilizar a relação entre taxa real, taxa aparente e taxa de inflação:

O enunciado pediu a soma que chamaremos de S:

Agora, procederemos aos cálculos:

Certo.

064. (FCC/TCE-PR/ANALISTA DE CONTROLE/2011) Um capital no valor de R$ 18.000,00 é


aplicado durante 8 meses a juros simples, com uma taxa de 18% ao ano. No final do período,
o montante é resgatado e aplicado a juros compostos, durante um ano, a uma taxa de 5% ao
semestre. A soma dos juros das duas aplicações é igual a:
a) R$ 4.012,30.
b) R$ 4.026,40.
c) R$ 4.176,00.
d) R$ 4.226,40.
e) R$ 5.417,10.

Na primeira aplicação, o capital de R$18.000,00 é aplicado a uma taxa de 18% ao ano por 8
meses. Como o prazo foi fornecido em meses, devemos converter a taxa anual em mensal:

Agora, podemos calcular o montante ao final dessa aplicação:

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Os juros recebidos nessa aplicação são calculados por:

Para a segunda aplicação, o montante de R$20.160 foi aplicado a juros compostos de 5% ao


semestre por 1 ano. O montante final pode ser calculado pela expressão dos juros compostos:

Portanto, os juros recebidos nessa segunda aplicação são calculados por:

Assim sendo, o total de juros recebidos nas duas aplicações é:

Letra d.

065. (FCC/TRF-3ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTADORIA/2016) Dois capitais são


aplicados sob o regime de capitalização composta a uma taxa de 10% ao ano. O primeiro ca-
pital foi aplicado durante 2 anos e o segundo durante 3 anos, apresentando um total de juros
no valor de R$ 1.680,00 e R$ 1.986,00, respectivamente. A porcentagem que o segundo capital
representa do primeiro é, em %, igual a:
a) 80.
b) 75.
c) 60.
d) 100.
e) 90.
Dados: 1,102 = 1,210 e 1,103 = 1,331

Consideremos o primeiro capital e a sua aplicação por 2 anos rendendo R$1.680,00 de juros
– isto é, o montante será o capital acrescido de R$1.680 e pode ser calculado pela expressão
dos juros compostos. Pode-se escrever que:

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Então, escrevamos a equação para o segundo capital que rendeu R$1.986,00 após três anos:

Agora, basta dividir uma equação pela outra para obter o percentual:

Letra b.

066. (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/ANALISTA – ENGENHARIA CIVIL/2019) Tiago


fez um empréstimo de R$ 3000,00 para pagar em duas parcelas com vencimento em 30 e 60
dias, com juros de 10% ao mês no regime de juros compostos.
Se a primeira parcela foi de R$ 1700,00, o valor da segunda parcela que liquidou a dívida foi de:
a) R$ 1430,00.
b) R$ 1680,00.
c) R$ 1760,00.
d) R$ 1900,00.
e) R$ 1930,00.

A primeira parcela corresponde ao primeiro montante M. Podemos encontrar o capital referen-


te a essa parcela pela fórmula:

Do enunciado, temos:

Substituindo os valores fornecidos pelo enunciado:

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Isolando o capital C1, temos:

O restante do empréstimo é dado por seu valor total menos o capital referente à primeira par-
cela. Então, temos:

Esse é o valor referente ao segundo capital, C2. Esse capital é o saldo da dívida, que também
vai ser capitalizado por mais um mês.
Para encontrar o valor da segunda parcela, M2, devemos utilizar o valor obtido anteriormente
como capital, com o auxílio da fórmula:

Substituindo os valores conhecidos, temos:

Portanto, o valor da segunda parcela é de R$ 1.760,00.


Letra c.

067. (FCC/AL-AP/ANALISTA LEGISLATIVO/ECONOMISTA/2020) Considere que, em uma


determinada data, Júlia decidiu aplicar um capital, durante 6 meses, à taxa de juros simples de
18% ao ano. Dois meses após a data desta aplicação, ela decidiu aplicar outro capital de valor
igual ao dobro do primeiro, durante 4 meses, à taxa de juros compostos de 2% ao bimestre.
Dado que o valor do montante referente à aplicação de juros simples foi igual a R$ 27.250,00,
a soma dos valores dos juros das duas aplicações realizadas por Júlia foi igual a:
a) R$ 3.600,00.
b) R$ 4.270,00.
c) R$ 4.080,00.
d) R$ 3.200,00.
e) R$ 3.430,00.

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Da fórmula de juros simples:

Nessa expressão, para a primeira aplicação, podemos escrever:

Substituindo os valores fornecidos no enunciado, teremos:

Sabe-se, do enunciado, que esse montante é dado por:

Por meio dos cálculos, tem-se também:

A partir da equação anterior, tem-se que o valor de x, que representa o capital investido a ju-
ros simples:

A partir do valor do capital investido, os juros são dados por:

Passados 2 meses, Júlia fez uma nova aplicação, a juros compostos, cuja fórmula é dada por:

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Pelos dados do enunciado:

Da primeira aplicação, sabe-se que:

Portanto:

Substituindo os valores na equação do montante para juros compostos, teremos para a segun-
da aplicação:

Os juros, por consequência, são dados por:

O exercício nos pede a soma dos juros das duas aplicações. Então, temos:

Letra b.

068. (CESPE/ABIN/2010) Considere que três amigos tenham aplicado quantias diretamente
proporcionais aos números 3, 5 e 7, em um banco que pague juros simples de 3% ao mês, e
que os montantes dessas aplicações, ao final de 6 meses, tenham somado R$ 35.400,00. Com
base nessas informações, julgue o item a seguir.
O montante obtido ao final de 6 meses por uma das aplicações foi de R$ 11.800,00.

Primeiro, precisamos descobrir o total investido inicialmente pelos 3 amigos. No cálculo de


juros simples, a taxa de juros incide apenas sobre o valor principal, ou seja, a cada período em
que se precisa incluir os juros, eles são aplicados apenas sobre o capital original.

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M=R$ 35.400,00, montante;


i=3%=0,03;
t=6 meses.
Da fórmula de juros simples, vem que:

De proporção, tem-se que:

Das propriedades de razão e proporção, tem-se:

Em que:

Portanto:

Quanto cada aplicação rendeu:

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Resposta: sim, o montante de uma das aplicações é R$ 11.800,00.


Certo.

069. (FCC/TRF 3ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO) O senhor A investiu a quantia de x em


um produto financeiro que apresentou queda constante e sucessiva de 10% ao ano por, pelo
menos, 10 anos. Simultaneamente, o senhor B investiu a quantia de 27x (27 vezes a quantia
x) em um produto financeiro que apresentou queda constante e sucessiva de 70% ao ano por,
pelo menos, 10 anos.
A partir do início desses dois investimentos, o número de anos completos necessários para
que o montante investido pelo senhor A se tornasse maior que o montante investido pelo se-
nhor B é igual a:
a) 2.
b) 4.
c) 6.
d) 3.
e) 5.

O montante acumulado pelo senhor A é dado por:

Já o montante acumulado pelo senhor B é dado por:

Sendo assim, queremos que o montante investido pelo senhor A se torne maior que o montan-
te investido pelo senhor B.

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Agora, precisamos prestar atenção, já que o enunciado pediu que o montante do senhor A fos-
se maior, não simplesmente igual. Além disso, o enunciado frisou que queria o número de anos
completos. Portanto, não interessam respostas como 3,2 anos.
Sendo assim, em t = 3 anos, os montantes se igualam. Para t = 4 anos, finalmente, o montante
do senhor A supera o montante do senhor B.
Letra b.

070. (CESPE/TJ-PR/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2019) Amélia, aposentada do INSS, fez um em-


préstimo consignado, no valor de R$ 2.000, a determinada taxa de juros compostos ao mês,
para ser pago em 2 anos. Sabe-se que, se o empréstimo fosse feito nas mesmas condições,
mas para ser pago em 1 ano, Amélia pagaria o montante de R$ 3.000.
Nesse caso, o montante real pago por Amélia ao final dos 2 anos foi:
a) inferior a R$ 4.300.
b) superior a R$ 4.300 e inferior a R$ 4.700.
c) superior a R$ 4.700 e inferior a R$ 5.100.
d) superior a R$ 5.100 e inferior a R$ 5.500.
e) superior a R$ 5.500.

Primeiro, devemos considerar a hipótese do pagamento do empréstimo em um ano. Nessa


hipótese, temos os seguintes parâmetros:

Podemos aplicar a seguinte fórmula para juros compostos:

Substituindo valores:

Isolando o valor de x, correspondente à taxa anual:

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Agora que possuímos o valor da taxa anual de juros compostos, podemos aplicá-la para o tem-
po de 2 anos, tempo real de empréstimo:

Substituindo valores:

Esse montante é superior a R$ 4.300,00 e inferior a R$ 4.700,00.


Letra b.

071. (CESPE/TCE-AC/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2009) Um capital foi aplicado


pelo período de um ano, em uma conta remunerada, à taxa de juros de 10% ao mês. Conside-
rando que o regime de capitalização foi de juros simples nos primeiros 10 meses e de juros
compostos nos 2 últimos meses, que, durante esse ano, o investimento gerou um lucro de R$
3.075,01, e desconsiderando taxas de administração e outras taxas, então é correto afirmar
que o capital aplicado, em reais, foi:
a) Inferior a 2.170.
b) Superior a 2.170 e inferior a 2.200.
c) Superior a 2.200 e inferior a 2.230.
d) Superior a 2.230 e inferior a 2.260.
e) Superior a 2.260.

Para os dez primeiros meses, apliquemos a expressão dos juros simples:

Agora, para os dois últimos meses, aplicaremos a expressão dos juros compostos consideran-
do o capital inicial como o M10:

Em seguida, podemos calcular os juros recebidos sobre os doze meses de aplicação:

Comparando esse valor com o que nos foi fornecido, podemos encontrar o capital aplicado:

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A única esperança para reduzir um pouco as contas é testar se 307501 é divisível por 71 (e é):

Letra a.

072. (ESAF/ATRFB/2012) Marta aplicou R$ 10.000,00 em um banco por 5 meses, a uma taxa
de juros simples de 2% ao mês. Após esses 5 meses, o montante foi resgatado e aplicado em
outro banco por mais 2 meses, a uma taxa de juros compostos de 1% ao mês. O valor dos juros
da segunda etapa da aplicação é igual a:
a) R$ 221,10.
b) R$ 220,00.
c) R$ 252,20.
d) R$ 212,20.
e) R$ 211,10.

Primeiramente, devemos calcular o montante referente à primeira aplicação em juros simples.


Esse montante deve ser calculado considerando o capital inicial de R$10.000,00 com a taxa de
juros simples de 2% ao mês e o prazo de aplicação de 5 meses. Basta usar a expressão dos
juros simples:

Esse montante foi aplicado a uma taxa de juros compostos de 1% ao mês por 2 meses. Agora,
devemos usar a expressão dos juros compostos:

Como a questão pediu os juros referentes à segunda aplicação, temos que os juros recebidos
correspondem à diferença entre o montante final e o capital aplicado. Porém, é importante
lembrar que o capital aplicado na segunda aplicação foi de R$11.000. O capital de R$10.000
foi aplicado na primeira aplicação, não na segunda.

Letra a.

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073. (FCC/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE/2012) Um produto custa R$


100,00 à vista, mas o comprador deseja pagá-lo a prazo. A menor taxa de juros compostos
mensal compreende efetuar o pagamento:
a) em um mês em uma parcela única de R$ 110,00.
b) em dois meses em uma parcela única de R$ 125,00.
c) de R$ 50,00 à vista e R$ 56,00 em uma única parcela que vence em um mês.
d) R$ 30,00 à vista e R$ 80,00 em uma única parcela que vence em um mês.
e) de R$ 53,00 em uma parcela que vence em um mês e outra de R$ 56,18 que vence em
dois meses.

Um conceito fundamental que você tenha em mente que os juros só incidem quando há trans-
curso de tempo. Dessa maneira, calculemos as taxas de juros envolvidas nas transações
descritas.
a) Em um mês em uma parcela única de R$ 110,00.

b) Em dois meses em uma parcela única de R$ 125,00.

c) De R$ 50,00 à vista e R$ 56,00 em uma única parcela que vence em um mês. Nesse caso,
devemos calcular os juros apenas referentes à parcela que foi paga após um mês.
Observe que o produto custava R$100,00, dos quais R$50,00 foram pagos à vista e o restante
(R$100,00 – R$50,00 = R$50,00) foi pago no mês seguinte. Só incidiu juros sobre este últi-
mo capital.

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d) R$ 30,00 à vista e R$ 80,00 em uma única parcela que vence em um mês.


Observe que o produto custava R$100,00, dos quais R$30,00 foram pagos à vista e o restante
(R$100,00 – R$30,00 = R$70,00) foi pago no mês seguinte. Só incidiu juros sobre este últi-
mo capital:

e) De R$ 53,00 em uma parcela que vence em um mês e outra de R$ 56,18 que vence em dois
meses.
Essa é a alternativa mais interessante. Note que o valor da compra foi dividido em duas partes
de R$50,00 que foram atualizados a juros compostos:

Portanto, a menor taxa de juros é a da letra “e”, que equivale a 6% ao mês.


Letra e.
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074. (FCC/TJ-PE/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE/2012) Um valor X foi aplicado a


juros compostos de 10% ao mês durante dois meses em um fundo de investimentos A. O mes-
mo valor X foi aplicado a juros compostos de 20% ao mês durante dois meses em um fundo de
investimentos B. Em relação ao rendimento da aplicação no fundo A, o rendimento obtido na
aplicação no fundo B o supera em, aproximadamente,
a) 23%.
b) 44%.
c) 65%.
d) 110%.
e) 210%.

Mais uma questão sagaz da FCC. Essa banca não dá moleza, não! Na primeira operação, que
rendia 10% de juros ao mês, temos:

Portanto, os juros recebidos foram:

Agora, para a segunda aplicação com a taxa de 20% ao mês, pode-se escrever:

O enunciado nos pediu para calcular as razões entre os juros recebidos – não entre os mon-
tantes, cuidado!

Portanto, os juros recebidos na segunda aplicação excedem os juros recebidos na primeira


aplicação em:

Letra d.

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075. (FGV/SEFAZ-MT/AFRE/2014) A taxa efetiva anual equivalente à taxa nominal de 10% ao


ano, capitalizada mensalmente, será:
a) igual a 10%.
b) menor do que 10%.
c) menor do que a taxa efetiva anual equivalente obtida sob capitalização trimestral.
d) maior do que a taxa efetiva anual equivalente obtida sob capitalização semestral.
e) maior do que qualquer taxa efetiva anual equivalente obtida sob capitalização diária, semes-
tral, trimestral ou anual.

Alguns alunos poderiam achar um exagero por parte da FGV cobrar uma taxa nominal com
capitalização diária, o que levaria a uma potência de expoente 365.
Porém, eu considero que há uma forma bastante elegante de fazer essa questão sem o uso de
calculadora durante uma prova de concurso.
Seja N o número correspondente à quantidade de períodos de capitalização contidos em 1
ano. Portanto, N = 12 para capitalização mensal, porque 1 ano tem 12 meses. N = 2 para capi-
talização semestral, porque 1 ano tem 2 semestres. E daí em diante.
A taxa nominal pode ser convertida em efetiva no período da capitalização por meio de uma
proporcionalidade:

Por outro lado, a taxa efetiva anual será calculada pela regra das taxas equivalentes, isto é,
uma potência:

Agora, devemos utilizar a desigualdade entre os juros simples e compostos. Para N > 1 – o que
é o caso de todas as capitalizações pedidas na questão:

Assim, em todos os casos (capitalização diária, mensal, trimestral ou semestral), a taxa efetiva
anual será superior a 10%. Além disso, como comentamos anteriormente, quanto maior for o
efeito do tempo, isto é, quanto maior o N, maior será o efeito dos juros compostos.
Portanto, mais distante de 10% será a taxa efetiva anual.

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Sendo assim, para capitalização diária (N=365), a taxa efetiva anual atingirá o seu máximo.
Depois virá a capitalização mensal (N=12), a bimestral (N=6), a trimestral (N=4) e, por último,
a semestral (N=2).
Por conseguinte, a letra “d” é o nosso gabarito, tendo em vista que a taxa efetiva anual com
capitalização mensal será maior que a taxa efetiva anual com capitalização semestral.
Feito esse raciocínio que poderia ser aplicado na hora da prova, podemos calcular todas as
expressões para as diferentes capitalizações pedidas na questão.

Tipo de
Capitalização N

Diária 365 0,027% 10,51%

Mensal 12 0,83% 10,47%

Trimestral 4 2,5% 10,38%

Semestral 2 5% 10,25%

A diferença pode parecer mínima olhando pela tabela. Porém, no mercado financeiro, se ganha
dinheiro nos pequenos percentuais. Esse tipo de problema é de bastante relevância.
Letra d.

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GABARITO
1. c 26. d 51. E
2. C 27. a 52. a
3. C 28. E 53. d
4. d 29. E 54. c
5. a 30. b 55. c
6. d 31. c 56. b
7. C 32. e 57. e
8. a 33. c 58. b
9. a 34. C 59. a
10. C 35. e 60. c
11. d 36. b 61. d
12. d 37. b 62. c
13. c 38. a 63. C
14. E 39. E 64. d
15. c 40. d 65. b
16. b 41. a 66. c
17. a 42. b 67. b
18. E 43. d 68. C
19. c 44. d 69. b
20. E 45. E 70. b
21. C 46. C 71. a
22. d 47. c 72. a
23. E 48. c 73. e
24. a 49. b 74. d
25. E 50. d 75. d

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APÊNDICE
Ganho Real: agora, vamos nos debruçar sobre um tema controverso em questões de
concursos.
Embora a taxa de juros real seja um conceito importante e bastante cobrado, há uma certa
discordância a respeito do que seria o ganho real em termos absolutos.
Pense, por exemplo, que você tenha investido R$10.000 em uma aplicação que lhe rendeu
R$4.000, de modo que seu montante final obtido foi de R$14.000, e que a inflação do período
tenha sido de 5% ao ano.
Existem duas técnicas para calcular o ganho real, e elas são derivadas da definição da taxa
de juros real.

A taxa de juros aparente pode ser obtida como a razão entre o montante global obtido e o
capital inicialmente investido.

Substituindo essa expressão:

Podemos fazer, então, duas substituições:

Cada uma dessas substituições produzirá uma expressão diferente:

A primeira consiste em aplicar a inflação para descontar o montante. No caso do exemplo


em estudo, teríamos:

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Assim, o ganho real pode ser obtido como o montante descontado abatido do capital inicial.

Esse cálculo é consistente com a primeira expressão do ganho real, pois a taxa real pode
ser obtida como:

A segunda consiste em aplicar a inflação para ajustar o capital inicial. No caso do exemplo
em estudo, teríamos:

O ganho real pode ser obtido como a diferença entre o montante obtido e o capital ajustado.

Esse valor é consistente com a segunda expressão para a taxa de juros real.

Observe que as taxas de juros reais calculadas nas duas situações foram iguais. Portanto,
não há controvérsias sobre ela.
Mas, e o ganho real? Qual das duas expressões devo utilizar?
Do ponto de vista matemático, faz mais sentido ajustar o montante, porque o tempo inicial
da aplicação deve ser utilizado como referência.
Mas, infelizmente, esse ponto é polêmico. A única banca que já abordou o ganho real foi o
Cespe, que já cobrou duas vezes esse tema, e, nas duas vezes, usou definições diferentes para
o ganho real.

076. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR-FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/2016) Um capital de R$


80.000 investido durante um ano, rendeu R$ 13.870 de juros. A taxa de inflação nesse período
foi de 7,3%. Nessa situação, o ganho real do investimento foi superior a R$ 8.000.

O montante aparente corresponde à soma do capital investido com os juros recebidos.

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Podemos reajustar o capital inicial durante o período da aplicação.

Portanto, o ganho real do investidor foi de:

Dessa forma, o gabarito é Certo e coincide com o gabarito oficial.


Porém, se tivéssemos adotado a outra forma de calcular, teríamos chegado a um resultado
diferente. O montante descontado seria:

Durante uma prova, pode ser difícil de fazer essa conta. Por isso, é interessante você fazer a
conta aproximada:

Com base nessa situação,


Errado.

077. (CESPE/CAIXA/NÍVEL SUPERIOR/2014) Marcelo depositou R$ 8.000,00 em uma conta


remunerada de uma instituição financeira, ocasião em que lhe foram apresentadas as duas
opções de investimento a seguir, ambas isentas de taxas administrativas.
• conta tipo A, que remunera o capital investido a uma taxa de juros compostos de 7,1%
ao mês;
• conta tipo B, que remunera o capital investido a uma taxa de juros simples de 8,12% ao
mês.
Com base nessas informações, tomando 1,8 e 1,34 como valores aproximados para (1,05)¹² e
√1,8 respectivamente, e considerando que a inflação, a partir do dia do depósito, foi igual a 2%
ao mês, julgue os próximos itens.
Se Marcelo depositar os R$ 8.000,00 na conta tipo A e retirar todo o montante existente nessa
conta 1 ano após o depósito, então, o ganho real de Marcelo nesse investimento será inferior
a R$ 6.500,00.

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Nessa questão, o aluno acerta, se calcular:

Logo, o ganho real será:

Observe que usamos a primeira interpretação para o ganho real, que é diferente da que usamos
na questão do (CESPE - TCE/SC). Se aplicássemos o mesmo raciocínio, teríamos:

O montante aparente é:

Assim, o ganho real será:

Desse modo, o aluno erraria, se tivesse usado o mesmo raciocínio da questão anterior, pois
esse raciocínio lhe levaria a considerar o item como errado.
Certo.

Produtos Notáveis: em questões mais avançadas, é relativamente comum serem cobra-


dos os produtos notáveis. Por isso, precisamos saber muito bem, pelo menos, os principais.
Vamos a eles:
1. Quadrado da Soma:
Demonstração:

2. Quadrado da Diferença:

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Demonstração:

3. Soma pela diferença:


Demonstração:

4.

Demonstração: usando o produto notável anterior, temos que:

078. (ESAF/AFRFB/2012/DESAFIO) No sistema de juros simples, um capital foi aplicado a


uma determinada taxa anual durante dois anos. O total de juros auferidos por esse capital no
final do período foi igual a R$ 2.000,00. No sistema de juros compostos, o mesmo capital foi
aplicado durante o mesmo período, ou seja, 2 anos, e a mesma taxa anual. O total de juros au-
feridos por esse capital no final de 2 anos foi igual a R$ 2.200,00:
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Desse modo, o valor do capital aplicado, em reais, é igual a:


a) 4.800,00.
b) 5.200,00.
c) 3.200,00.
d) 5.000,00.
e) 6.000,00.

Para o sistema de juros simples, temos que os juros auferidos são dados por:

Por outro lado, para o sistema de juros compostos:

Podemos subtrair os juros obtidos em cada operação:

Dessa forma, tem-se um sistema de duas equações e duas incógnitas:

Como queremos o capital inicial investido (C), a maneira mais simples de resolvê-lo é elevando
a primeira equação ao quadrado e dividindo pela segunda:

Letra d.

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079. (FCC/SEFAZ-RJ/AFRE/2014/DESAFIO) Um capital aplicado sob o regime de capitaliza-


ção composta, durante 1 semestre, apresentou, no final deste prazo, um total de juros de R$
580,00. Caso esse capital fosse aplicado sob o regime de capitalização composta, durante 1
ano, apresentaria no final deste prazo um total de juros de R$ 1.183,20. Sabe-se que em am-
bos os casos considerou-se a taxa de i ao semestre (i >0). Um outro capital, no valor de R$
15.000,00, aplicado, durante 1 ano, sob o regime de capitalização composta a uma taxa de i ao
semestre, apresentará no final deste prazo um montante de:
a) R$16.242,00.
b) R$16.200,00.
c) R$16.212,00.
d) R$16.224,00.
e) R$16.236,00.

Vamos escrever a valorização do capital em função da taxa semestral. No primeiro caso, te-
mos uma aplicação de apenas 1 semestre:

Agora, para a segunda aplicação que durou 1 ano (2 semestres):

Da equação anterior, já calculamos o valor de Ci. Portanto, segue que:

Agora, já temos duas equações e duas incógnitas bem simples em função do capital e da taxa
(i). O enunciado quer saber o valor que seria obtido ao investir o capital de R$15.000 à taxa i,
portanto precisamos calcular a taxa i. Para isso, basta utilizar as duas equações que temos.
Com base nelas, podemos escrever que:

Dividindo a primeira pela segunda, temos:

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Basta, então, aplicar a equação dos juros compostos para o capital de R$15.000,00, a taxa co-
nhecida de 4% ao semestre e o prazo de 1 ano (2 semestres):

Letra d.

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Thiago Cardoso
Engenheiro eletrônico formado pelo ITA com distinção em Matemática, analista-chefe da Múltiplos
Investimentos, especialista em mercado de ações. Professor desde os 19 anos e, atualmente, leciona
todos os ramos da Matemática para concursos públicos.

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