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MATEMÁTICA

FINANCEIRA
Cálculo Financeiro

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Cálculo Financeiro

Sumário
Thiago Cardoso

Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Cálculo Financeiro........................................................................................................................... 4
1. Custo Efetivo Total....................................................................................................................... 4
1.1. Custo Efetivo Total.. .................................................................................................................. 11
2. Rendas Certas.. ............................................................................................................................12
2.1. Acumulação de Capital. . ..........................................................................................................12
2.2. Resgate de Capital................................................................................................................. 23
2.3. Rendas Perpétuas.................................................................................................................. 30
2.4. Rendas Variáveis.................................................................................................................... 38
Gabarito............................................................................................................................................44

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Cálculo Financeiro
Thiago Cardoso

Apresentação
Olá, amigo(a), tudo bem? Seja bem-vindo(a) a mais uma aula do nosso curso de Matemá-
tica Financeira.
Nesta aula, abordarei o cálculo financeiro. Esse assunto não é muito explorado pelas ban-
cas, mas é bastante importante para a vida real.
De posse dos conhecimentos desse assunto, você poderá compreender melhor a dinâmica
de empréstimos e financiamentos.
Outro tema que comentarei nesta aula é o de rendas. Aqui, começamos a melhor parte
dessa matéria: a de investimentos, em que os juros compostos trabalham a seu favor.
Como de costume, selecionei um bom número de questões comentadas de alto nível para
que você possa extrair o máximo desta aula e estar preparado(a) para o que der e vier na
sua prova.
Siga-me no Instagram @math.gran, que é onde eu sempre dou várias dicas importantes
para você que está estudando para concursos públicos.
E, então, vamos começar?

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Thiago Cardoso

CÁLCULO FINANCEIRO
1. Custo Efetivo Total
Certa vez, um amigo foi financiar um carro. Ele tinha duas opções. Na concessionária, pa-
garia juros de 0,99% ao mês e, numa financeira, pagaria juros de 1,4% ao mês.
No entanto, após calculadas as parcelas, a parcela da concessionária era de R$ 1.600,00,
enquanto a parcela da financeira era de R$ 1.500,00. Assim, a despeito de a taxa de juros da
concessionária ser menor, a parcela do financiamento era mais alta. Como isso é possível?
A resposta para essa situação é que, em um financiamento, os juros não são os únicos
custos a serem considerados. Além deles, os financiamentos envolvem outros custos:
• impostos;
• taxas de abertura de crédito;
• taxas de administração;
• seguros.

No caso do nosso amigo do início deste capítulo, é bem possível que a concessionária co-
brasse taxas de abertura de crédito e administração superiores às da financeira, o que acarreta
despesa total maior.
O custo efetivo total (CET) tem por objetivo avaliar a influência de todos os valores pagos
numa operação de empréstimo ou financiamento, a qualquer título.
Não importa se sejam juros, impostos ou taxas bancárias, o CET tem por objetivo avaliar o
valor total pago na operação.
O CET compara o que você efetivamente recebeu num empréstimo com o que você efeti-
vamente pagou por ele.
Uma dica importante é que os bancos são obrigados por lei a fornecer o CET quando você
pede um financiamento. Infelizmente, poucas pessoas sabem o significado desse importante
parâmetro. Espero que você saia desta aula capaz de entendê-lo.
Matematicamente, o CET é a taxa de desconto que deveria ser aplicada às parcelas de um
financiamento, de modo a zerar o fluxo de caixa descontado referente a ele.
Graficamente, podemos representar um financiamento como a contração de uma dívida C
a ser paga em várias parcelas:

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Figura 1: Representação do CET

Como já comentei, o CET é a taxa i que deve ser aplicada, de modo que o fluxo de caixa
descontado associado ao financiamento seja nulo.
Em outras palavras, a parte positiva – a dívida tomada – deve ser igual à parte negativa –
os valores descontados das parcelas.
Portanto, a equação que define o CET é:

Incluímos, ainda, uma parcela P0 que seria paga quando o empréstimo é contraído. Esse
tipo de parcela é comum nas situações em que se fala de juros antecipados. Inseri exemplos
nas questões.
O custo efetivo total de uma operação é obtido como a solução dessa equação. Em re-
gra, essa equação é impossível de ser resolvida algebricamente e, por isso, requer o uso de
computadores.
E isso é uma boa notícia. Significa que são raríssimas as questões de prova envolvendo
essa conta e, quando aparecem, costumam ser muito fáceis.

001. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/2012) Uma empresa contratou um empréstimo, junto a uma


instituição bancária, no valor de R$ 100.000,00 para pagamento em quatro meses. Em sua
conta corrente bancária, foi creditado o valor líquido de R$ 90.000,00 no ato da concessão do
empréstimo. Para a empresa, observado o método de cálculo de juros compostos, o custo efe-
tivo mensal da operação foi de:

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Dados:
a) 2,41%
b) 2,50%
c) 2,67%
d) 10,00%
e) 11,11%

Devemos ter em mente que o CET compara o que você efetivamente pagou com o que você
efetivamente recebeu num empréstimo.
O cliente tomou emprestado R$ 100.000,00. No momento do recebimento, o cliente pagou ju-
ros antecipados de R$ 10.000,00, recebendo o valor líquido de R$ 90.000,00.
Como os juros foram pagos antecipadamente, no momento do pagamento do empréstimo,
não há que se falar em juros. Portanto, ele devolve os mesmos R$ 100.000,00. Essa situação
pode ser representada da seguinte forma:

Podemos, então, calcular o custo efetivo total:

Extraindo a raiz quarta:

Estranhamente, o gabarito mostrou 2,67%, apesar de termos utilizado a própria aproximação


fornecida pela questão.
Letra c.

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002. (FCC/TST/2017/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE) Uma empresa obteve um


empréstimo no valor de R$ 100.000,00 para ser liquidado em uma única parcela no final do
prazo de 2 meses. A taxa de juros compostos negociada foi 3% ao mês e a empresa deve pa-
gar, adicionalmente, na data da obtenção do empréstimo, uma taxa de cadastro no valor de R$
1.000,00. Na data do vencimento do empréstimo a empresa deve pagar, junto com o valor que
pagará à instituição financeira, um imposto no valor de R$ 530,00. O custo efetivo total para a
empresa no prazo do empréstimo, foi:
a) 770%
b) 6,09%
c) 7,62%
d) 6,00%
e) 7,16%

Essa é uma questão para se tomar bastante cuidado. No momento em que tomou o emprésti-
mo, a empresa:
• retirou R$100.000,00 de empréstimo;
• pagou R$1.000,00 a título de cadastro.
Portanto, efetivamente, a empresa acrescentou a seu caixa:

Ao final de dois meses, a empresa deverá restituir o pagamento incluindo os juros. O montante
deve ser calculado sobre o valor que a empresa tomou emprestado, não sobre o que efetiva-
mente acrescentou a seu caixa.

Além disso, a empresa pagou os impostos no valor de R$ 530,00. Portanto, o valor pago pela
empresa ao final dos dois meses foi de:

Montemos o diagrama representando a situação:

Sabemos, ainda, que o custo efetivo total da transação é a taxa de desconto que igualará o
fluxo de caixa total da operação a zero. Desse modo, podemos escrever:

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A questão pediu a taxa de desconto no prazo da operação, isto é, uma taxa de desconto bimes-
tral. Durante a operação, transcorreu-se apenas 1 bimestre (1 prazo da operação), por isso, não
colocamos (1+i)², mas sim (1+i) no denominador:

Letra a.

003. (INÉDITA/2021) Uma empresa tomou um empréstimo de R$ 11.563,14 e o pagará em


4 parcelas consecutivas e mensais de R$3.000,00. O CET (Custo Efetivo Total) mensal dessa
operação é, portanto:
a) 1,4%
b) 1,5%
c) 1,6%
d) 1,7%
e) 1,8%

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Acredito que esse é o maior nível de detalhe que pode ser cobrado numa prova de concurso.
Uma questão bem interessante. Há uma dívida a ser paga em quatro prestações iguais. Preci-
samos calcular o valor presente das parcelas descontadas pelo CET.
Como as parcelas são todas iguais, o cálculo do valor presente pode ser feito utilizando a ex-
pressão do sistema francês de amortização:

O valor presente das parcelas é dado pelo fator A de amortização. Quando a taxa de descon-
to é o CET:

Olhando na tabela fornecida:

1,4% 1,5% 1,6% 1,7% 1,8% 1,9%


4 3,864 3,854 3,845 3,836 3,826 3,817
Dessa maneira, o custo efetivo total da operação é de 1,5%
Letra b.

004. (INÉDITA/2017) Uma dívida no valor de R$ 20.000 foi financiada em 12 meses e paga a
uma taxa de juros de 1,5% ao mês na Tabela Price. Com a inclusão de taxas administrativa, o
Custo Efetivo Total (CET) calculado foi de 2%. Determine o total das taxas administrativas que
incidiram sobre a aplicação.
a) Inferior a R$ 925
b) Superior a R$ 925 e inferior a R$950
c) Superior a R$ 950 e inferior a R$975
d) Superior a R$ 975 e inferior a R$1.000
e) Superior a R$ 1.000
Dados: 1,015¹² = 1,20 e 1,02¹² = 1,27

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Mais uma questão bem detalhista a respeito do custo efetivo total. Na minha visão, esse as-
sunto está subvalorizado pelas bancas.
Dada a sua imensa importância no mundo real, deveria ser mais cobrado nas provas de Mate-
mática Financeira.
Nesse caso, a questão busca desvendar o que os bancos e as financeiras querem nos escon-
der a respeito de nossas operações de empréstimos e financiamentos.
Um banco oferece uma operação a uma taxa de juros de 1,5%. A parcela que você deveria pagar
é calculada pela expressão do sistema francês de amortização. Chamaremos essa parcela de
PJ, no sentido de que essa parcela se deve unicamente ao efeito dos juros sobre o empréstimo.

Calculemos a expressão do fator A de amortização para a taxa de juros de 1,5% ao mês:

Portanto, a parcela seria:

No entanto, você pagou efetivamente uma taxa de juros de 2,0% ao mês. Isso significa que
alguns valores foram acrescidos a título de taxas. Essas taxas foram inclusas nas parcelas.
Como as parcelas foram todas iguais, podemos usar também a expressão do sistema francês
de amortização, porém, dessa vez, utilizando o CET:

Portanto, a parcela realmente paga será:

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A diferença entre as duas parcelas é o que ocorreu a título de taxas:

Como a questão solicitou o total de taxas e sabemos que foram pagos R$ 81,48 por mês e que
foram 12 parcelas no financiamento:

Letra d.

1.1. Custo Efetivo Total


Esse é o tema que mais cai em provas a respeito de cálculo financeiro. A única coisa que
você precisa saber é que o custo real efetivo equivale ao CET descontado da inflação.
Trata-se da mesma relação entre taxas de juros real e aparente:

005. (CESPE/BRB/2010/ESCRITURÁRIO) Se o custo real efetivo de uma operação financeira


for de 15% e se a taxa de inflação acumulada no período for de 8%, então, nesse caso, o custo
total efetivo dessa operação financeira será inferior a 24%.

Basta utilizar a relação:

Errado.

006. (FCC/BB/2006/ESCRITURÁRIO) Um empréstimo foi liquidado através de pagamentos


de prestações, a uma taxa de juros positiva, corrigidas pela taxa de inflação desde a data da
realização do referido empréstimo. Verificou-se que o custo efetivo da operação foi de 44% e
a taxa de inflação acumulada no período foi de 25%. O custo real efetivo referente a este em-
préstimo foi de:
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a) 14,4%
b) 15,2%
c) 18,4%
d) 19%
e) 20%

O custo real efetivo é simplesmente o custo efetivo total descontado da inflação:

Por fim, podemos usar a nossa dica. Sempre que o denominador terminar em 25, podemos
multiplicar por 4:

Letra b.

2. Rendas Certas
Agora, vamos adentrar em um campo muito interessante da Matemática Financeira, que é
o mundo dos investimentos.
Estudaremos três aspectos do problema de rendas:
• acumulação de capital;
• resgate de capital;
• rendas perpétuas.

2.1. Acumulação de Capital


Imagine que você passou no concurso público dos seus sonhos e agora resolveu começar
a pensar na sua aposentadoria.
Para isso, você resolveu investir R$ 1.000,00 por mês em uma aplicação que rende 12% ao
ano. Quanto você teria ao fim de 20 anos?
É exatamente nisso que consiste o problema de acumulação de capital. Logo a seguir, de-
duziremos uma expressão que leva em conta algumas condições:
• os depósitos são constantes e periódicos;
• os depósitos rendem a juros compostos constantes;
• o montante final é auferido no mesmo mês do último depósito.

Memorize bem essas condições, principalmente a última, tendo em vista que as bancas
adoram brincar com elas.
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Essa situação pode ser representada graficamente por meio da figura 2.

Figura 2: Acumulação de Capital

Para calcular o montante total acumulado, devemos levar cada uma das prestações a valor
futuro, como ilustrado na figura 3.

Figura 3: Levando os Depósitos a Valor Futuro

Agora, basta somar os valores futuros das prestações:

Observe que o montante acumulado equivale à soma de uma progressão geométrica, cujo
primeiro termo e a razão são:

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A soma dos termos de uma PG é dada por:

Portanto, basta substituir os valores conhecidos para o primeiro termo e a razão da pro-
gressão geométrica:

Assim como já tínhamos comentado no sistema francês de amortização, o termo S é mui-


to importante, pois é conhecido como fator S de acumulação.
Vamos repetir a expressão do fator S:

É interessante que o fator S de acumulação guarda muita similaridade com o fator A de


amortização. Isso é excelente, pois nos ajuda a memorizar ambos os termos.

Particularmente, eu prefiro guardar a expressão do fator S, que é bem mais simples, e lem-
brar que o A é simplesmente o S divido por (1+i)n. Mas isso vai de cada um. De qualquer modo,
você sempre pode decorar a expressão do fator A, que já conhecemos:

E, agora, amigo(a), vamos treinar algumas questões de acumulação de capital?

007. (CESPE/FUNPRESP/EXE/2016) Situação Hipotética: Um poupador de pequenas quan-


tias aplicou R$ 100 esperando obter rendimento de 1% de juros compostos ao mês. Assertiva:
se, ao final de dois meses, for sacado o valor de R$ 50, então o saldo remanescente será infe-
rior a R$ 52.

O fator de acumulação de capital é dado por:

Considerando que foram feitas duas aplicações e que o saque foi realizado apenas no final de
dois meses, podemos calcular o montante total acumulado pelo investidor:

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Tendo em vista que o poupador sacou R$ 50,00, sobrará ainda na sua conta R$ 151,00, o que
é superior a R$ 52,00.
Errado.

008. (CESPE/FUNPRESP/EXE/2016) Situação Hipotética: Um poupador de pequenas quan-


tias aplicou R$ 100 esperando obter rendimento de 1% de juros compostos ao mês. Assertiva:
ao final de três meses, o montante da aplicação, em reais, poderá ser calculado pela expressão
102 × (1,01)³.

Vamos agora calcular o fator de acumulação:

Vamos calcular o montante com o produto do depósito mensal pelo fator de acumulação:

Note que chegamos a uma expressão diferente da que foi proposta no enunciado. Podemos
confirmar que os valores são realmente diferentes fazendo as contas:

Agora, vamos calcular a expressão fornecida no enunciado:

Portanto, a expressão proposta pelo enunciado não é condizente com a acumulação de capital
que será obtida pelo poupador.
Errado.

009. (CESPE/TCU/2013/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO) Considere que, no


contrato assinado entre a empresa e o órgão público, tenha sido acordado que o pagamento
das quatro parcelas, com valores iguais a R$ 132.000,00, possa, de comum acordo entre as
partes, ser feito ao final dos quatro anos, sendo a taxa composta de juros incidente sobre as
parcelas igual a 1,5% ao mês.
Nessa situação, caso houvesse previsão dessa cláusula para o pagamento das parcelas, e
tomando 1,2 como valor aproximado para (1,015)12, é correto afirmar que o pagamento à em-
presa que seria feito quatro anos após a contratação seria superior a R$ 576.000,00.

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Como as parcelas são anuais, devemos calcular a taxa anual equivalente a 1,5% ao mês. Deve-
mos fazer o cálculo de taxas equivalentes, porque o enunciado informou que a taxa é compos-
ta de juros de 1,5% ao mês:

Agora, podemos diagramar o problema:

Em seguida, podemos calcular o montante acumulado:

 Obs.: a potência (1,2)4 não foi fornecida, portanto deveríamos calculá-la da seguinte forma...

Certo.

010. (FCC/DNOCS/2010/ADMINISTRADOR) Um investidor deposita R$ 12.000,00 no início


de cada ano em um banco que remunera os depósitos de seus clientes a uma taxa de juros
compostos de 10% ao ano. Quando ele realizar o quarto depósito, tem-se que a soma dos mon-
tantes referentes aos depósitos realizados é igual a
a) R$ 52.800,00.
b) R$ 54.246,00.
c) R$ 55.692,00.
d) R$ 61.261,20.
e) R$ 63.888,00.

Observe que foram feitos quatro depósitos de R$ 12.000,00. Como eles se acumulam por meio
de juros compostos, podemos recorrer ao fator S de acumulação:

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Assim, o montante acumulado pode ser calculado por:

Letra c.

011. (CESPE/CAIXA/2014/TÉCNICO BANCÁRIO) Em cada um dos itens a seguir, é apresen-


tada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada com base nas seguintes
informações: determinado banco oferece a aplicação financeira X, que remunera a uma taxa
de juros compostos de 1% ao mês e tem liquidez imediata.
No dia 3/12/2013, Alberto iniciou um investimento mediante um depósito de R$ 100,00 na apli-
cação financeira X. No dia 3/1/2014, ele fez um segundo depósito desse mesmo valor, e, no
dia 3/2/2014, fez um terceiro depósito, também no valor de R$ 100,00. Durante todo esse pe-
ríodo, nenhum montante foi retirado dessa aplicação. Nessa situação, no dia 3/02/2014, após
ter efetuado o terceiro depósito, Alberto possuía mais de R$ 304,00 investidos na aplicação X.

A situação descrita pode ser representada a seguir:

Podemos calcular o montante acumulado por Alberto pela expressão do fator S de acumulação:

Agora, podemos calcular o montante acumulado:

Errado.

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012. (CESPE/TCU/2013/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO) Considere que Fá-


bio tenha depositado R$ 360,00 em 2 de fevereiro, em 2 de março e em 2 de abril, respectiva-
mente. Se Fábio tivesse escolhido depositar esses valores, nas mesmas datas, em uma conta
que remunera o capital a uma taxa de juros simples de 3% ao mês, então o valor que constaria
na conta, em 2 de maio, relativo a esses três depósitos, seria superior a R$ 1.140,00.

Devemos ficar atentos, porque o mês do resgate não coincide com o mês da última aplicação:

O modo mais simples de calcular esse montante é calcular o montante que foi obtido no mês
de abril, que é o mês do último depósito:

Para esse montante M’, é válida a expressão do fator S de acumulação:

Agora podemos calcular o montante M’:

O montante M pode ser obtido pela aplicação de M’ a juros compostos a uma taxa de 3%
por um mês:

Certo.

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013. (CESPE/BB/2003/ESCRITURÁRIO) Um banco oferece um sistema de aposentadoria pri-


vada em que cada participante faz um depósito mensal correspondente a x% do seu salário
por um período de 30 anos, realizando o primeiro depósito 1 mês após o ingresso no sistema
e totalizando 360 depósitos. Nesse sistema, todo o montante recolhido é corrigido a uma taxa
de juros compostos de t% ao mês.
Nesse sistema, para um salário de S reais mensais, considerando x = 10 e t = 1, no momento
em que é feito o 12º depósito, o montante acumulado corrigido no sistema de aposentadoria
é igual a 10S.(1,01¹³ – 1).

De acordo com os dados da questão, o participante depositará 10% do seu salário, isto é, 0,1S
a uma aplicação de 1% ao mês por 12 meses.
No momento em que é feito o 12º depósito, o montante acumulado pode ser calculado por:

Errado.

014. (CESGRANRIO/BNDES/2010) Uma aplicação consiste em 6 depósitos consecutivos,


mensais e iguais no valor de R$ 300,00 (trezentos reais) cada um. Se a taxa de juros compos-
tos utilizada é de 5% ao mês, o montante, em reais, um mês após o último dos 6 depósitos, é:
a) R$ 2.040
b) R$ 2.142
c) R$ 2.240
d) R$ 2.304
e) R$ 2.442
Dados: Fator S de Acumulação

Como a questão pediu o montante um mês após o último depósito, faremos o mesmo es-
quema da questão anterior. Primeiramente, calcularemos o montante imediatamente após o
último depósito:
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Esse montante M’ pode ser calculado pelo fator S de acumulação, que foi fornecido pela tabela
entre os dados da questão:
n S
5 5,53
6 6,80
7 8,14
Portanto, o montante M’ é igual a:

Após a sexta aplicação, o saldo era de R$ 2.040,00. Esse saldo ficou aplicado por mais um mês
rendendo a juros compostos de 5% ao mês. Portanto, o montante final a ser sacado é:

Letra b.

015. (FCC/SEFAZ-SP/2009) Uma programação de investimento consiste na realização de


três depósitos consecutivos de valores iguais efetuados no início de cada ano. O resgate dos
respectivos montantes será feito de uma só vez, três anos após a data do primeiro depósito.
Considerando uma taxa de juros compostos de 10% ao ano, e sabendo-se que a soma dos
montantes no ato do resgate foi igual a R$ 43.692,00, conclui-se que o valor de cada depósito
é igual a:
a) R$ 10.000
b) R$ 10.500
c) R$ 11.000
d) R$ 11.500
e) R$ 12.000

Trata-se de uma questão inversa em que precisamos entender muito bem o problema.

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Foram feitos três depósitos anuais. Porém, o saque ocorreu apenas um ano após o últi-
mo depósito.
Se o primeiro depósito foi feito no ano 1, o resgate será feito no ano 4, porém, o último depósito
será feito no ano 3:

Agora, podemos calcular o montante acumulado no mês do último depósito, observando que
o montante final de R$ 43.692,00 é o resultado de uma operação de juros compostos de 10%
ao ano por um ano:

Esse montante M’ pode ser obtido pela equação do fator S:

Calcularemos primeiramente o fator S:

Agora, somos capazes de calcular o depósito anual:

Letra e.

016. (INÉDITA/2021) Marcos sonha com o primeiro milhão. Ele pode aplicar o seu dinheiro
num banco a uma taxa de juros de 1% ao mês ou no mercado de ações onde pode conseguir
1,5% ao mês. Considerando que 10,9 e 35,6 são os valores aproximados de 1,01240 e 1,015240,
respectivamente, julgue o seguinte item.

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A quantia que Marcos precisaria investir mensalmente no banco é mais do que o dobro do que
ele precisaria investir no mercado de ações.

Uma questão interessante para você entender o efeito das taxas de juros sobre as suas aplica-
ções, principalmente, quando o tempo é considerável.
Marcos fará aplicações mensais no mercado de ações ou em um banco.

Em ambos os casos, o montante final se relaciona com os depósitos por meio do fator S de
acumulação. Calculemos o fator S para os investimentos no banco:

Portanto, podemos calcular o depósito necessário a ser feito no banco:

Agora, calcularemos o fator S de acumulação para os investimentos no mercado de ações:

Assim, podemos calcular o depósito necessário a ser feito no mercado de ações:

Portanto, o depósito necessário no banco é mais que o dobro do que é necessário no mercado
de ações para cumprir o objetivo de Marcos.
Essa questão mostra a importância de buscar bons investimentos para fazer o seu dinheiro
render mais.
Certo.

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2.2. Resgate de Capital


Você já parou para se perguntar por que as pessoas poupam?
Poupar significa renunciar a consumo no presente para ter poder de compra no futuro.
Uma das formas mais conhecidas de poupar são os planos de previdência privada. Essa
classe de previdência funciona no sistema de capitalização.
Isso significa que, quando você investe num plano de previdência privada, o seu dinheiro é
investido rendendo juros. Exatamente como estudamos no problema de acumulação de capital.
Como vimos na questão de Marcos e seu sonho de ter R$ 1,00 milhão, caso você invista
por vários anos com regularidade em um bom investimento, você será capaz de acumular um
patrimônio grande. Como vimos, R$ 433,00 investidos mensalmente por 20 anos a 1,5% ao
mês – rendimento típico de bons investidores no mercado de ações – produz o montante de
R$ 1 milhão.
Findo o período de acumulação de capital, os fundos de previdência privada pagam rendi-
mentos mensais ao investidor.
O resgate mensal do investidor equivale a uma amortização do principal investido no fundo.
Aqui, deduziremos uma expressão que considera as seguintes hipóteses. Como sempre,
guarde-as bem, pois as questões podem mexer nelas:
• o primeiro resgate será realizado um mês após a acumulação do capital inicial C;
• os resgates serão periódicos e uniformes;
• enquanto o principal não é resgatado, ele rende a juros compostos.

Figura 4: Problema de Resgate de Capital

Observe que esse problema é idêntico ao sistema francês de amortização, portanto pode-
mos utilizar a mesma expressão.
As rendas que podem ser obtidas periodicamente podem ser calculadas pelo fator A de
amortização:

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Convém apresentar novamente todas as expressões que já aprendemos para o fator A:

E, agora, só nos resta treinar com mais algumas questões.

017. (INÉDITA/2021) Um segurado de um sistema de previdência possui um montante inves-


tido de R$570.000. Supondo que a expectativa de sobrevida do segurado seja de 20 anos, que
os rendimentos da aplicação nesse sistema são de 10% ao ano e que (1,1)20 = 6,7, calcule a
renda anual que esse segurado poderá sacar, considerando que o seu primeiro saque ocorrerá
daqui a um ano.
a) R$ 57.000
b) R$ 60.000
c) R$ 63.000
d) R$ 67.000
e) R$ 70.000

O capital inicial investido pelo segurado é de R$ 570.000,00. Esse capital será amortizado ao
longo de 20 anos por meio de saques anuais, conforme o esquema a seguir:

Já vimos que a renda que pode ser extraída é calculada pelo fator A de amortização:

Agora, podemos calcular as rendas anuais:

Letra d.

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018. (INÉDITA/2017) Um investidor mantém o seu capital aplicado a uma taxa de juros de 1%
ao mês. Ele deseja tirar 12 meses de férias sacando um capital de R$2.254 por mês das suas
aplicações financeiras. Considerando que (1,01)12 = 1,127. É correto afirmar que ele precisará
reservar para essa aventura um montante de:
a) R$ 20.000
b) R$ 22.540
c) R$ 25.400
d) R$ 28.260
e) R$ 30.000

Trata-se de um problema inverso, porém provavelmente muito útil na prática, em que o investi-
dor sabe o quanto ele deseja extrair de renda e deseja saber o quanto precisará investir.
Podemos representar graficamente o problema da seguinte forma:

As rendas correspondem a amortizações do capital inicial. A relação entre as rendas e o capi-


tal inicial é expressa pelo fator A de amortização, que pode ser calculado da seguinte forma:

Deixaremos assim na esperança de simplificar com a renda. O valor quebrado de R$ 2.254,00


não deve ter sido fornecido à toa, não é verdade?

Letra c.

019. (CESPE/TCE-PR/2016) Carla, que planeja viajar daqui a doze meses, realizará, a partir de
hoje, seis depósitos mensais de R$ 2.000 em uma conta que rende 1% de juros líquidos ao mês,
para custear as despesas da viagem programada para durar seis meses. Durante a viagem, ela
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pretende realizar seis saques mensais e iguais da conta em questão. A viagem ocorrerá no
mês seguinte ao último depósito, ocasião em que fará o primeiro saque.
Nessa situação hipotética, considerando-se 1,0615 e 1,127 como valores aproximados para
(1,01)6 e (1,01)12, respectivamente, o valor do saque mensal que esgotará o saldo da conta
após o sexto saque é igual a:
a) R$ 2.000
b) R$ 2.123
c) R$ 2.102
d) R$ 2.085
e) R$ 2.020

Uma questão bem interessante por parte do Cespe, misturando os dois conceitos que acaba-
mos de aprender.
Primeiramente, Carla fará uma acumulação de capital por meio de seis aportes mensais no
fundo de investimentos:

Esse montante acumulado pode ser calculado pelo fator S de acumulação:

Agora, podemos calcular o montante acumulado:

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Esse montante será amortizado por meio de seis saques também mensais:

As rendas que podem ser extraídas desse montante são calculadas pelo fator A de amortização:

Deixaremos assim o fator A, pois sabemos que temos como simplificar. Agora, basta calcular
as rendas pela famosa expressão do sistema francês:

Letra b.

020. (CESPE/EBC/2011/ANALISTA/CONTABILIDADE) Em um fundo de investimentos, que


rende juros compostos mensais líquidos de 0,55%, Renata fez 12 aplicações mensais, iguais e
consecutivas, tendo a última ocorrida na presente data, totalizando o montante de R$ 8.160,00.
A partir do próximo mês, Renata fará resgates mensais, iguais e consecutivos de forma a zerar
o saldo da aplicação em 5 meses.
Considerando 1,068 e 0,97 como valores aproximados para 1,005512
e 1,0055–5 respectivamente, julgue os itens que se seguem acerca dessa aplicação.
Renata fez 12 aplicações mensais de R$ 660,00 cada.

Renata fez um acúmulo de capital por meio de uma série de 12 depósitos iguais e que rendem
juros compostos. Assim, o montante acumulado pode ser calculado pelo fator S de acumulação.

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Como o montante acumulado foi de R$ 8.160,00, podemos utilizar a expressão acima para
calcular os depósitos efetuados por Renata.

Portanto, Renata realmente fez aplicações de R$ 660,00 cada.


Certo.

021. (CESPE/EBC/2011/ANALISTA/CONTABILIDADE) Renata fará 5 resgates mensais de


R$ 1.496,00 cada.

O resgate de capital realizado por Renata pode ser calculado pela expressa com o fator A de
amortização.

O fator de amortização é dado pela expressão:

Certo.

022. (CESPE/MCT/2012/TECNOLOGISTA PLENO) Um pai, sabendo que seu filho primogê-


nito, cujo nome seria Lucas, nasceria em janeiro de 2004, abriu uma caderneta de poupança
em favor de Lucas e iniciou, no primeiro dia desse mês, uma série de depósitos mensais no
valor de R$ 100,00. O pai planejou realizar o último depósito no mês anterior ao do aniversário
de 18 anos de Lucas e se programou para retirar o saldo no primeiro dia do mês que o menino
completasse essa idade. Em janeiro de 2010, com o nascimento do segundo filho, Mateus, o
pai adotou a mesma estratégia, mediante a criação de outra conta poupança.
Com base nessa situação hipotética e considerando que, durante todo o período de realização
dos depósitos, não tenha sido feito nenhum saque, que o rendimento da caderneta de pou-
pança tenha sido de 0,6% ao mês e 3,64, 89,72, 227,75 e 440,09 sejam valores aproximados

para respectivamente, julgue o item seguinte.

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Caso Lucas decida, a partir do primeiro dia do mês que completar 18 anos de idade e durante
os próximos 18 anos, retirar uma renda mensal e uniforme do valor acumulado, o valor dessa
renda será superior a R$ 360,00.

Em 18 anos, o pai de Lucas fará 18 x 12 = 216 depósitos de R$ 100,00 para o filho. Como esses
depósitos rendem a juros compostos, podemos calcular o montante acumulado pela expres-
são do acúmulo de capital, usando o fator S de acumulação:

Assim, o montante acumulado por essa aplicação foi:

Agora, podemos calcular as parcelas referentes ao resgate. Para isso, utilizaremos o fator
de resgate.

O fator de resgate é o mesmo fator A de amortização, cuja expressão é dada por:

Precisamos calcular a potência (1,006)216 pode ser calculado a partir da aproximação que foi
fornecida no enunciado.

Então, chegamos ao fator A de amortização envolvido no problema.

Por fim, podemos calcular as parcelas de resgate.

Certo.

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2.3. Rendas Perpétuas


Esse, sem dúvidas, é o assunto que eu considero mais importante em toda a Matemática
Financeira.
Não só porque é a parte de rendas que mais cai em provas. Isso é um mero detalhe.
O assunto de rendas perpétuas é, certamente, o mais importante de toda a sua vida finan-
ceira, porque vai transformar a forma como você lida com o dinheiro.
A minha turma se formou em 2013. Por volta de 2015 a 2016, eu comecei a ver as posta-
gens dos meus colegas, orgulhosos de comprar seu primeiro apartamento, trocar de carro.
Naquela época, eu só tinha um foco em relação a dinheiro: acumular mais dinheiro.
Certa vez, meu pai me perguntou para que eu queria tanto dinheiro. Na cabeça dele, dinhei-
ro serve para reformar a casa e trocar de carro.
A minha resposta foi simples: “eu quero dinheiro, porque dinheiro produz dinheiro”.
Por exemplo, eu gosto muito de viajar. E uma viagem para duas pessoas para o exterior –
um destino chique como Paris ou Nova York – custa em torno de R$ 20 mil.
Praticamente todos os meus amigos já conhecem esses destinos. E, sempre que eu con-
verso com eles sobre o assunto, normalmente eles passam o ano economizando para viajar.
Agora, imagine que você tenha um patrimônio de R$ 200 mil rendendo a 10% ao ano – uma
taxa de juros módica, nada muito agressivo.
Isso significa que, daqui a um ano, você terá, sem fazer absolutamente nenhum esforço, o
valor de R$ 220 mil. Em outras palavras, você poderá sacar R$ 20 mil, fazer sua viagem e terá
R$ 200 mil de patrimônio.
Se você não produzir absolutamente nada no ano seguinte, a situação se repetirá. Afinal,
você terminou o ano com R$ 200 mil de patrimônio e isso renderá 10%, isto é, você receberá R$
20 mil de juros, que podem ser sacados para a sua viagem.

Figura 5: Rendas Perpétuas

Perceba que um patrimônio de R$ 200 mil é uma máquina de produzir R$ 20 mil por ano. E
repito: absolutamente sem nenhum esforço. Você não precisa trabalhar para receber juros. Os
juros são o fruto do capital. É o que se chama em educação financeira de renda passiva.
Começou a entender a importância do conceito de rendas perpétuas?
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Um patrimônio acumulado é capaz de produzir enormes fluxos de renda passiva para você.
É importante, ainda, que você perceba a diferença entre as rendas perpétuas mostradas
nesta seção e o resgate de capital mostrado na seção 2.2.
Na seção 2.2, o capital era amortizado. Porém, no problema de rendas perpétuas, não ocor-
re amortização do capital.
Nas rendas perpétuas, o patrimônio investido é conservado. Você só saca os juros das
aplicações. Justamente por isso as rendas se perpetuam. Desse modo, a situação ilustrada na
Figura 5 pode prosseguir, pelo menos teoricamente, pela eternidade.
Agora, vamos generalizar a situação ilustrada na figura 5. Considere que você tenha um
patrimônio P que rende numa aplicação que rende uma taxa de juros i.

Figura 6: Problema de Rendas Perpétuas Generalizado

Como mostrado na figura 6, os juros recebidos entre um período e outro podem ser cal-
culados por:

Observe que os juros são um fluxo positivo de dinheiro, que é aquilo que você recebe. Por
outro lado, as rendas são um fluxo negativo, que é aquilo que você saca. Portanto, a sua varia-
ção patrimonial é dada por:

É mais frequente que as questões de prova exijam o cálculo do patrimônio a partir das ren-
das desejadas. Podemos usar a seguinte expressão:

Agora, devemos também prestar atenção a uma importante interpretação sobre o proble-
ma das rendas perpétuas. Vejamos os fluxos de caixa associados a esse problema:

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Figura 7: O Patrimônio é o Valor Presente das Rendas Perpétuas

Observe que o patrimônio P corresponde à soma de todos os fluxos de caixa descontados


referentes às rendas perpétuas.
Sendo assim, o patrimônio P é também o valor presente de todas as rendas futuras. Essa
interpretação pode ser cobrada em diversas questões, como veremos logo a seguir.

023. (FGV/ISS NITERÓI/2015/CONTADOR) Uma instituição financeira oferece resgate do va-


lor equivalente às reservas de um plano de benefícios perpétuos em uma única vez. O acordo
dará quitação geral e definitiva dos benefícios, com a consequente extinção dos contratos.
Para um cliente que recebe R$ 3.000,00 mensais, foi oferecido o valor do pagamento de R$
60.000,00. Desconsidere impostos e taxas.
A taxa mensal de juros compostos praticada pela instituição nesse tipo de operação foi:
a) 5,0%
b) 5,5%
c) 7,1%
d) 8,0%
e) 10,2%

A instituição financeira entende que o patrimônio de R$ 60.000,00 é equivalente a um fluxo


perpétuo de R$ 3.000,00.

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Em outras palavras, o patrimônio de R$ 60.000,00 corresponde ao valor presente das rendas


perpétuas. Sendo assim, podemos relacioná-los da seguinte maneira:

Letra a.

024. (FGV/SEAD/AP/2010/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL) Antônio possui um


investimento que dá uma renda líquida de 0,6% ao mês (no sistema de juros compostos) e
deseja dar à sua filha uma renda mensal perpétua de R$ 450,00. A quantia que Antônio deve
investir para que sua filha tenha essa renda é de:
a) R$ 45.000,00
b) R$ 27.000,00
c) R$ 54.000,00
d) R$ 72.000,00
e) R$ 75.000,00

O patrimônio que Antônio deve investir para produzir as rendas perpétuas desejadas é:

Letra e.

025. (FGV/SEFAZ-RJ/2008/FISCAL DE RENDAS) Um indivíduo possui um título que paga


mensalmente de R$ 500,00, perpetuamente. O indivíduo quer vender esse título, sabendo que
a taxa de desconto é de 1% ao mês. O preço justo desse título é:
a) R$ 1.000.000,00
b) R$ 500.000,00
c) R$ 50.000,00
d) R$ 20.000,00
e) R$ 100.000,00

Uma boa questão para você se lembrar de que o patrimônio é, na verdade, o valor presente das
rendas perpétuas.
De qualquer maneira, basta aplicar a equação que já conhecemos:

Letra c.

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2.3.1. Rendas Perpétuas Crescentes

Se você prestou bastante atenção às nossas tediosas aulas sobre inflação, você deve ter
notado um pequeno problema a respeito das rendas perpétuas calculadas na seção 2.3.
O problema é que vivemos em um mundo com inflação. Como já falamos anteriormente, o
governo detém o monopólio da moeda por meio dos bancos centrais.
O governo utiliza esse monopólio para imprimir dinheiro para financiar seus gastos. Ao
aumentar a quantidade de dinheiro disponível na economia, o dinheiro que está em sua mão
vale menos.
Se você cria um plano hoje para gerar R $20 mil por ano para fazer uma viagem ao exterior,
você poderá notar que, no ano seguinte, esses mesmos R$ 20 mil não terão o mesmo poder
de compra.
Esse conceito é muito mais importante em planos de aposentadoria. Quando você se apo-
senta, você não tem mais a expectativa de voltar a trabalhar para manter o seu poder de compra.
O que você deseja é realmente viver dos juros que você recebe em razão do seu patrimô-
nio. Aqui, não estamos falando do INSS, ok? Estamos falando de um sistema previdenciário de
capitalização.
Suponha que você deseja que a sua renda perpétua cresça 5% ao ano, por exemplo, em
razão da inflação. Dessa maneira, se você tem um patrimônio P, você precisará que esse patri-
mônio cresça 5% ao ano para que as rendas que podem ser extraídas também cresçam.
Podemos generalizar essa situação para uma taxa de crescimento g de patrimônio. Essa
situação pode ser representada esquematicamente como na Figura 8:

Figura 8: Rendas Perpétuas Crescentes

Não confunda as taxas i e g:


• i: rendimento das aplicações;
• g: taxa de crescimento desejada para as rendas.

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Assim como vimos na seção 2.3, os juros contribuem para aumentar seu patrimônio, já as
rendas extraídas diminuem porque são saques realizados por você.
Dessa maneira, o seu crescimento patrimonial é dado por:

Essa expressão calcula o patrimônio necessário para obter uma renda perpétua crescen-
te. Outra importante interpretação que devemos extrair é semelhante à que já foi mostrada
na figura 7.

Figura 9: O Patrimônio é o Valor Presente das Rendas Perpétuas

Outro ponto interessante é que, como ilustrado na figura 8, o patrimônio também é crescen-
te a uma taxa de crescimento g – composta, naturalmente.

026. (FGV/ISS-NITERÓI/2015/FISCAL DE TRIBUTOS) Para usufruir perpetuamente de R$


2.000,00 por mês, reajustados mensalmente a uma taxa de 6% o valor da renda um mês antes
do primeiro pagamento, supondo taxa de juros de 10% ao mês, é, em reais:
a) 12.500
b) 20.000
c) 22.000
d) 50.000
e) 55.000

Essa questão foi bem exagerada. Eu não conheço nenhuma aplicação que renda 10% ao mês.
Porém, com os dados da questão, devemos utilizar a expressão que relaciona as rendas per-
pétuas crescentes com o patrimônio a ela associados:

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Letra d.

027. (INÉDITA/2021) Miguel deseja investir uma certa quantia por mês pelos próximos vinte
anos a uma taxa de juros de 1,2% ao mês, de modo a obter uma renda passiva de R$4.125 por
mês que seja reajustada a uma taxa de 0,8% ao mês. Considerando que julgue
os itens a seguir.
Miguel precisará investir menos de R$1.000 por mês para concretizar seu objetivo.

Essa questão ilustra um plano financeiro a longo prazo. Há um problema em duas partes.
Primeiramente, Miguel pretende acumular um certo patrimônio P durante 20 anos. Trata-se de
um problema de acumulação de capital.
Depois, Miguel pretende utilizar esse patrimônio para obter uma renda perpétua de R$ 4.125,00
crescente a 0,8% ao mês. Trata-se de um problema de rendas perpétuas.
Então, vamos resolver cada uma das partes isoladamente. Vamos calcular o patrimônio P que
Miguel necessita acumular para concretizar seu objetivo em termos de rendas perpétuas. Bas-
ta utilizar a conhecida expressão:

Agora, devemos nos lembrar de que esse patrimônio deve ser acumulado ao longo de 20 anos
por meio de investimentos mensais. Desse modo, serão 240 depósitos – 20.12 = 240.
O patrimônio acumulado por uma série de depósitos mensais é dado pelo fator S de acumulação:

Agora, podemos extrair os depósitos mensais a serem feitos por Miguel:

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Como já vimos, se o denominador termina em 25 ou 75, devemos multiplicar por 4:

Realmente, Miguel precisará investir menos de R$ 1.000,00 por mês para cumprir seu objetivo.
É fascinante o poder dos juros compostos.
Certo.

028. (CESGRANRIO/ELETROBRAS/ADMINISTRADOR) Cláudia deseja fazer hoje aplicações


em um fundo de investimentos, almejando obter uma renda perpétua mensal de R$ 20.000,00,
atualizados monetariamente, começando dentro de um mês. Considerando-se as taxas de
0,1% a.m. e de 0,5% a.m., essas aplicações serão, em reais, respectivamente de:
a) 10.000.000,00 e 2.400.000,00
b) 12.000.000,00 e 2.000.000,00
c) 12.000.000,00 e 2.400.000,00
d) 16.000.000,00 e 2.000.000,00
e) 20.000.000,00 e 4.000.000,00

Apesar da estranha redação do enunciado, simplesmente deseja que você calcule o patrimô-
nio equivalente à renda mensal de R$ 20.000,00 do ponto de vista de duas taxas de juros
diferentes.
Basta aplicar a nossa conhecida expressão:

Para a taxa de 0,1%:

Para a taxa de 0,5%:

Letra e.

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2.4. Rendas Variáveis


Aqui, tudo o que você precisa aprender é a transferir um fluxo de rendas variáveis em vários
fluxos de rendas uniformes.
Em provas, a única situação que é razoável de aparecer é a ilustrada na figura 10. Nessa si-
tuação, o fluxo total de rendas variáveis pode ser dividido em dois fluxos de rendas uniformes.

Figura 10: Fluxo de Rendas Variáveis

A melhor forma de dividir esse fluxo de rendas variáveis em dois fluxos de rendas unifor-
mes é mostrada na figura 11:

Figura 11: Divisão do Fluxo de Rendas Variáveis

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029. (FCC/BANCO DO BRASIL/2006/ESCRITURÁRIO) Um investidor realiza depósitos no


início de cada mês, durante 8 meses, em um banco que remunera os depósitos de seus clien-
tes a uma taxa de juros nominal de 24% ao ano, com capitalização mensal. Os valores dos 4
primeiros depósitos foram de R$ 1 000,00 cada um e dos 4 últimos R$ 1 250,00 cada um. No
momento em que ele efetua o oitavo depósito, verifica que o montante que possui no banco é
M, em reais.

Utilizando-se os dados da tabela, tem-se, então, que:


a) 10 300 < M
b) 10 100 < M ≤ 10 300
c) 9 900 < M ≤ 10 100
d) 9 700 < M ≤ 9 900
e) 9 500 < M ≤ 9 700

Em primeiro lugar, não podemos nos esquecer de converter a taxa de juros nominal em efetiva.
Como sabemos que 1 ano tem 12 meses, basta dividir por 12:

Agora, vamos desenhar graficamente os oito depósitos realizados pelo investidor. Os quatro
primeiros foram de R$ 1.000,00 e os quatro últimos foram de R$ 1.250,00:

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A melhor maneira de calcular o fluxo equivalente é dividindo esse fluxo em duas partes. Basta
traçar uma linha horizontal como a que se segue:

Então, há dois fluxos uniformes separados:

Os montantes M1 e M2 podem ser calculados pelo fator S de acumulação, que foi fornecido
na tabela:

O montante global será a soma dos dois montantes menores:

Letra e.

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030. (ESAF/AFRF/2002) Calcule o valor mais próximo do valor atual no início do primeiro
período do seguinte fluxo de pagamentos vencíveis ao fim de cada período: do período 1 a 6,
cada pagamento é de R$3.000,00, do período 7 a 12, cada pagamento é de R$2.000,00, e do
período 13 a 18, cada pagamento é de R$1.000,00. Considere juros compostos e que a taxa de
desconto racional é de 4% ao período.
a) R$ 33.448,00
b) R$ 31.168,00
c) R$ 29.124,00
d) R$ 27.296,00
e) R$ 25.628,00
Dados: Fator A de Amortização
n A n A
1 0,96 11 8,76
2 1,89 12 9,39
3 2,78 13 9,99
4 3,63 14 10,56
5 4,45 15 11,12
6 5,24 16 11,65
7 6,00 17 12,17
8 6,73 18 12,66
9 7,44 19 13,13
10 8,11 20 13,59

Vamos desenhar os fluxos de pagamentos futuros:

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Agora, devemos dividir esse fluxo de pagamentos em três partes horizontais:

Em seguida, há o fluxo dividido em três partes:

Observe que o valor presente total corresponde à soma dos valores presentes representados
na figura. Assim, podemos escrever:

Os valores presentes de cada fluxo C1, C2 e C3 são fáceis de serem calculados pelo sistema
francês de amortização, considerando os valores fornecidos na tabela:

Olhando os fatores de amortização que nos interessam na tabela fornecida:

n A n A
1 0,96 11 8,76
2 1,89 12 9,39
3 2,78 13 9,99
4 3,63 14 10,56
5 4,45 15 11,12
6 5,24 16 11,65

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n A n A
7 6,00 17 12,17
8 6,73 18 12,66
9 7,44 19 13,13
10 8,11 20 13,59
O próximo passo é calcular os fluxos separados:

Por fim, o valor presente total é:

Letra d.

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GABARITO
1. c 11. E 21. C
2. a 12. C 22. C
3. b 13. E 23. a
4. d 14. b 24. e
5. E 15. e 25. c
6. b 16. C 26. d
7. E 17. d 27. C
8. E 18. c 28. e
9. C 19. b 29. e
10. c 20. C 30. d

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Engenheiro eletrônico formado pelo ITA com distinção em Matemática, analista-chefe da Múltiplos
Investimentos, especialista em mercado de ações. Professor desde os 19 anos e, atualmente, leciona
todos os ramos da Matemática para concursos públicos.

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