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22/11/2020

FINANÇAS
CORPORATIVAS
(com excel)

ADRIANO MÜLLER

EMENTA
 Como gerar valor com a gestão financeira?
 Matemática Financeira aplicada com Excel (CASES)
 Análise das Demonstrações Financeiras
 Decisões em Finanças - Indicadores Econômicos Financeiros
 Análise de Viabilidade Projetos de CAPEX (VPL, TIR, Payback)
 Introdução a Valuation de Empresas
 O Cálculo do CPMC – Custo Médio Ponderado de Capital
 Gestão do Fluxo de Caixa – Realizado x Orçado
 Gestão de Contas a Pagar e Receber - análises
 Gestão de Working Capital – como fazer ?
 Gestão dos Estoques e seus impactos no Caixa
 Ponto de Equilíbrio Financeiro
 Controles Gerenciais Financeiros para Report

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COMO GERAR VALOR COM FINANÇAS ?

O QUE É FINANÇAS CORPORATIVAS ?

O objetivo principal em Finanças Corporativas é - gerar


lucro, expandir o negócio a ponto de continuar
aumentando a margem e maximizar o Valor da
Empresa para o Acionista / Proprietário

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Como maximizar o Valor da Empresa?

 Decisões de Investimento: como distribuir recursos da


empresa entre diferentes alternativas ?

 Decisões de Financiamento: como levantar recursos


necessários para projetos?

 Decisões de Dividendos: quando deve ser reinvestido ou


distribuído aos acionistas?

DECISÕES EM FINANÇAS CORPORATIVAS


 Planejamento Financeiro: fluxo de caixa (Real x orçado)
 Projetos de Investimentos (Capex, VPL, TIR, Payback)
 Compromissos (Contas a Pagar / Receber)
 Planejamento Estratégico: finanças a longo prazo estão organizadas?
 Análise de Rentabilidade; Como aumentar os ganhos do negócio, quais
estratégias utilizaremos?

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Os principais fatores de Sucesso

PESSOAS
01
Cultura Empresarial, Mudanças, Treinamento
PERFORMANCE

PESSOAS PROCESSOS
02
Diagnósticos, Procedimentos, Instruções Operacionais

TECNOLOGIA
03
TECNOLOGIA Sistemas de Informação, ERP, BI, I.A

04 PERFORMANCE
PROCESSOS Indicadores e Resultados

REVISÃO DE MATEMÁTICA FINANCEIRA

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O Valor do dinheiro no Tempo


A matemática financeira trata do estudo do valor do dinheiro ao
longo do tempo. O seu objetivo básico é o de efetuar análises e
comparações dos vários fluxos de entrada e saída de caixa, em
diferentes momentos. Sabemos, intuitivamente, que é melhor
termos uma determinada quantia ou crédito hoje do que em,
digamos, 3 anos. Receber uma quantia hoje ou no futuro não é a
mesma coisa.

Juro e Taxas de Juros - Conceito


Juro representa a remuneração do capital emprestado, podendo
ser entendido como o aluguel pago pelo uso do dinheiro. Pode
ser definido, ainda, como o custo pelo uso do dinheiro.

Taxa de juro é a relação entre o juro recebido ou pago ao final


de certo período de tempo de tempo (prazo) e o capital
inicialmente aplicado, sendo definido como I = J / C.
Onde I é a taxa de juro, J o valor do juro pago e C o capital inicial.

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Fatores que influenciam a Taxa de Juros


Custo de captação (taxa paga aos investidores + rateio de despesas
administrativas);
Margem de lucro, taxa para remunerar o capital investido;
Taxa de risco (inadimplência) que é calculada pela relação entre volume
de empréstimos não honrados e volume total de empréstimos
concedidos;
Inflação, taxa embutida para compensar a perda de poder aquisitivo da
Moeda;
Impostos.

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Regimes de Capitalização

Os critérios ou regimes de capitalização demonstram como os juros são


formados e incorporados sucessivamente ao capital ao longo do tempo.
Podem ser identificados dois regimes de capitalização de juros: simples
(linear) e composto (exponencial).

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Regimes de Capitalização – Juros Simples


O regime de capitalização simples comporta-se como uma progressão
aritmética (PA), com os juros crescendo linearmente ao longo do tempo. Por
este critério, os juros só incidem sobre o capital inicial (principal).
Ex: Admita-se um depósito de R$1.000 remunerados a uma taxa de 10% a.a.
Os juros apurados ao longo de 5 anos, os juros acumulados e os montantes
(capital inicial +juros)

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Regimes de Capitalização – Juros Compostos


Neste regime são incorporados ao capital, não apenas os juros referentes a
cada período, mas também os juros incidentes sobre os juros acumulados
até o período anterior, o valor dos juros cresce, exponencialmente, em
função do tempo. Ou seja, o juros é sempre sobre o saldo apurado no inicio
do período imediatamente anterior. Considere-se os mesmo R$ 1000,00 de
capital inicial e a mesma taxa de juros de 10% a.a. adotados no exemplo
anterior.

J=Pxixn
FV = PV (1 + i.n)

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Taxa de Juros Equivalente


Determine a taxa mensal equivalente à taxa de juros compostos de 12% a.a..

1  i m 12  1  i a 
1
1  i m   1  0,1212
1
i m  1,12 12  1

im = 0,9489% a. m.

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Taxa de Juros Equivalente


Qual será o saldo de uma aplicação de $5.000,00 após 10 meses do depósito? Taxa de juros de
22% a.a..

Equação Taxa Equação: FV = PV . (1 + i)n


(1 + im)12 = (1 + ia) FV = 5.000 . (1 + 0,01671)10
(1 + im) = (1 + 0,22)1/12 FV = 5.000 . (1,01671)10
im = (1,22)1/12 - 1 FV = 5.000 . 1,1802
im = 1,671% a. m. FV = $5.901,00

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Inflação
Com base nos valores do INPC qual a taxa de inflação do primeiro bimestre e
do primeiro semestre do ano no qual se refere?

MÊS Dez/X1 Fev/X2 Jun/X2


INPC 5,6789 8,5320 12,0991

8,5320
Inflação do 1o bimestre = – 1 = 1,5024 – 1 = 50,24 %
5,6789

Inflação do 1o semestre = 12,0991– 1 = 2,1305 – 1 = 113,05 %


5,6789

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Sistema PRICE

A Tabela PRICE é o sistema de amortização mais utilizado para compras a


prazo e empréstimos de curto e médio prazo. Sua característica mais
marcante é o fato das parcelas serem constantes. O método foi
apresentado pelo filósofo Richard Price
A amortização na tabela PRICE vai aumentando com o passar dos períodos.
Isso significa que os juros, em relação ao total do valor da parcela, vão
reduzindo com o passar do tempo. Ou seja, as parcelas iniciais são
compostas por mais juros do que as parcelas finais.

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Sistema PRICE
TABELA PRICE - PRESTAÇÕES IGUAIS

Valor Presente 5.000,00


Carência (m+1) 1
Taxa ao período (%) 2,00%
Número de Pagamentos 24

Período Saldo Pagamento Saldo


N Inicial Juros Amortização Total Final
1 5.000,00 (100,00) (164,36) (264,36) 4.835,64
2 4.835,64 (96,71) (167,64) (264,36) 4.668,00
3 4.668,00 (93,36) (171,00) (264,36) 4.497,01
4 4.497,01 (89,94) (174,42) (264,36) 4.322,59
5 4.322,59 (86,45) (177,90) (264,36) 4.144,69
6 4.144,69 (82,89) (181,46) (264,36) 3.963,23
7 3.963,23 (79,26) (185,09) (264,36) 3.778,13
8 3.778,13 (75,56) (188,79) (264,36) 3.589,34
9 3.589,34 (71,79) (192,57) (264,36) 3.396,77
10 3.396,77 (67,94) (196,42) (264,36) 3.200,35
11 3.200,35 (64,01) (200,35) (264,36) 3.000,00
12 3.000,00 (60,00) (204,36) (264,36) 2.795,65
13 2.795,65 (55,91) (208,44) (264,36) 2.587,21
14 2.587,21 (51,74) (212,61) (264,36) 2.374,60
15 2.374,60 (47,49) (216,86) (264,36) 2.157,73
16 2.157,73 (43,15) (221,20) (264,36) 1.936,53
17 1.936,53 (38,73) (225,62) (264,36) 1.710,91
18 1.710,91 (34,22) (230,14) (264,36) 1.480,77
19 1.480,77 (29,62) (234,74) (264,36) 1.246,03
20 1.246,03 (24,92) (239,43) (264,36) 1.006,59
21 1.006,59 (20,13) (244,22) (264,36) 762,37
22 762,37 (15,25) (249,11) (264,36) 513,26
23 513,26 (10,27) (254,09) (264,36) 259,17
24 259,17 (5,18) (259,17) (264,36) 0,00
total 24

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Sistema SAC
O Sistema de Amortização Constante, também chamado de Tabela SAC,
como o nome sugere, é uma forma de calcular dívidas em que a
amortização é sempre a mesma. Em consequência, as prestações são
diferentes a cada período, sendo cada vez menores. É comum em
financiamentos de longo prazo, Ex imobiliários.

Pelo SAC, as parcelas iniciais costumam ser mais altas, porque ela tem um
sistema mais agressivo de amortização, que corta mais rapidamente o saldo
devedor. A amortização é constante - em cada prestação um valor idêntico

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Sistema SAC

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Comparativo PRICE X SAC

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DIAGNÓSTICOS DE PROCESSOS
DE NEGÓCIO

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Diagnósticos de Processos de Negócio


No processo de implementação ou reestruturação de Controladoria o
Mapeamento de Processos / Diagnóstico vai facilitar o entendimento de:

 Onde começa o processo ?

 Como ele ocorre ?

 Quais os resultados ele tem ?

Assim conseguiremos compreender todas as suas etapas, dificuldades e


oportunidades de melhoria com objetivo de adequar o processo e cultura da
empresa no melhor Cenário à Controladoria.

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Diagnósticos de Processos de Negócio


Técnicas

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Diagnósticos de Processos de Negócio


Diagrama da Tartaruga

Diagrama de Tartaruga é uma ferramenta da qualidade utilizada para


organizar as entradas, saídas, métricas, recursos sobre o processo de
maneira muito simples.

Composto de 7 campos: Processo, Entradas, Saídas, Recursos, Como, Quem


e Indicadores, o diagrama esclarece o processo, evidenciando todos os
fatores que devem ser levados em conta no momento da execução.

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Diagnósticos de Processos de Negócio


Diagrama da Tartaruga

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Diagnósticos de Processos de Negócio


Diagrama da Tartaruga – Ex. Gestão Financeira

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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As 3 principais demonstrações:
DRE Fluxo Caixa Balanço
Controle Realizado Movimentos Diários  Posição Patrimonial e
Analise Despesas Análise de Liquidez Financeira da Empresa
e Custos  Contas a Pagar (ativos - bens e
Analise Receitas  Contas a Receber direitos e passivos -
Lucratividade  Saldos de Caixa
obrigações)

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Balanço Patrimonial

É a demonstração que apresenta todos bens e direitos da empresa – Ativo e,


Obrigações tanto no curto como no longo prazo – Passivo e, Patrimônio
Líquido que representa os recursos dos proprietários, sendo portanto uma
obrigação da empresa perante os acionistas.
.

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Balanço Patrimonial

Ativo Circulante: caracteriza-se pela sua realização no período de um ano.


Quais são os principais grupos de contas do Ativo Circulante?
Ativo não Circulante: o prazo de realização excede o exercício de um ano.

Passivo Circulante: dívidas financeiras e obrigações trabalhistas e com


fornecedores cuja a realização se dá no período de um ano.
Quais são os principais grupos de contas do Ativo Circulante?
Passivo não Circulante: obrigações com vencimento superior a um ano.

.
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Balanço Patrimonial (Exemplo)

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DRE

 É uma demonstração dos aumentos e reduções causadas no Patrimônio


Líquido através das operações da empresa.
 Apura o lucro ou prejuízo do exercício.
 Contempla as receitas (vendas), custos e despesas. Sua apuração se dá no
regime de competência.
 O que é regime de competência?

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DRE

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Regime de Competência x Caixa

Uma empresa comercial vendeu um bem a prazo por R$ 50.000,00. Esta


mercadoria foi adquirida por R$ 40.000,00 a vista.

Regime competência Regime Caixa


Vendas : 50.000 0
CMV: 40.000 40.000
Lucro: 10.000 - 40.000

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A integração entre Balanço e DRE

ATIVO PASSIVO RESULTADOS


DÍVIDAS
BENS RECEITAS
E
E (-) DESPESAS
PATR.LÍQUIDO
DIREITOS (Capital + Lucro) (=) LUCRO (Prejuízo)

APLICAÇÕES FONTES

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Fluxo de Caixa

Normalmente os problemas de insolvência ou falta de liquidez nas empresas


ocorrem por falta de administração do fluxo de caixa.
DFC demonstra todos os recebimentos e os pagamentos efetuados pela
empresa em caixa, assim como os investimentos e financiamentos.

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Fluxo de Caixa Direto


Demonstrativo Financeiro elaborado a partir do fluxo de informação gerado
no ambiente da contabilidade que permite identificar as origens e aplicações
dos recursos financeiros subdivididos em:
Atividades operacionais
Atividades de investimentos
Atividades de financiamento

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Fluxo de Caixa Direto

ATIVIDADES OPERACIONAIS

ATIVIDADES DE INVESTIMENTO

ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO

VARIAÇÃO DE CAIXA

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Fluxo de Caixa Indireto


O Fluxo de caixa Indireto é obtido a partir dos demonstrativos contábeis e
deve apresentar os mesmos resultados que o fluxo de caixa tradicional
apenas que visto por um outro ângulo ajustando-se o resultado quanto aos
efeitos de:
Atividades Operacionais: apurado com base no lucro líquido, ajustado pelos
valores que não afetam o caixa da empresa e variações das contas do
Balanço Patrimonial;
Atividades de Investimentos – variações das contas de investimentos – BP;
Atividades de Financiamentos – variações das contas de financiamentos

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Fluxo de Caixa Indireto

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Fluxo de Caixa Indireto

ATIVIDADES OPERACIONAIS

ATIVIDADES DE INVESTIMENTO

ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
(TERCEIROS E
PRÓPRIOS)

VARIAÇÃO DE CAIXA

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Análise Horizontal e Vertical


A Análise Horizontal permite que verifique a tendência que a empresa está
tomando. Compara-se uma mesma conta em dois períodos diferentes, isto é,
divide-se o valor do exercício atual em relação ao do exercício anterior e
apura-se percentualmente a variação

A Análise Vertical permite verificar a participação (%) que cada item do


demonstrativo apresenta em um mesmo exercício, divide-se o item que se
quer medir do demonstrativo pelo item de maior importância e calcula-se a
variação percentual no mesmo exercício

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Análise Vertical

A análise vertical permite verificar a participação (%) que cada item do


demonstrativo apresenta em um mesmo exercício.
Diferente da analise horizontal, divide-se o item que se quer medir do
demonstrativo pelo item de maior importância e calcula-se a variação
percentual no mesmo exercício

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Exemplo – Análise de DRE

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KPI’s – Key Performance Indicators


(Indicadores Chaves de Desempenho)

Objetivos:
 Comunicar a estratégia da organização
 Expor as metas e os resultados para toda a equipe
 Lembrarmos dos objetivos já mapeados no BSC por ex.
 Ajudar na definição de Planos de Ação de Melhoria Contínua

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BSC – Balanced Scored Card

No mais alto nível conceitual, o Balanced


Scorecard é uma ferramenta que auxilia as
organizações a traduzir a estratégia em
objetivos operacionais que direcionam
comportamentos e performance.

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BSC – Balanced Scorecard

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BSC – Balanced Scorecard – Perspectivas

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BSC – O que precisa ter um Indicador ?


Todo indicador estratégico deve ser detalhado, com as seguintes informações:

– Nome do indicador:
– Definição: o que se pretende medir
– Objetivo: porque medir o desempenho com este e não outro indicador?
– Fórmula de cálculo: como ele deve ser calculado
– Unidade de medida: %, R$, US$/ton, Número, m³/dia, etc.
– Critério de acompanhamento: dado do período, acumulado ano, etc.
– Periodicidade de medição: anual, mensal, semestral, etc.
– Responsável pela atualização: nome da pessoa e depto responsável
– Data para disponibilização: 5 dias após a medição, 10º dia útil de cada mês,
– Polaridade: mais é melhor, menos é melhor, etc.
– Fonte de dados: SAP, BW, Cadastro de Clientes, etc.

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BSC – Definição de Metas SMART

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ANÁLISE ECONÔMICO FINANCEIRA

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O impacto da controladoria no Caixa:


• Fluxos furutos positivos de Caixa

• Compromissos de Pagamentos

• Liquidez, solvência e flexibilidade financeira

• Efeitos, sobre a posição financeira da empresa das transações


de investimentos e de financiamentos

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Análises Econômico Financeira


Liquidez Corrente
O índice de liquidez corrente indica a capacidade de pagamento da
empresa no curto prazo

• Maior que 1: demonstra que há capital disponível para uma possível


liquidação das obrigações.
• Igual a 1: os direitos e obrigações a curto prazo são equivalentes.
• Menor que 1: a empresa não teria capital disponível suficiente para quitar
as obrigações a curto prazo, caso fosse preciso.

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Análises Econômico Financeiras


Indicadores de Liquidez
Servem para avaliar a capacidade de pagamento da empresa em
relação às suas obrigações. Constituem uma apreciação sobre a
capacidade que a empresa tem para saldar seus compromissos.

Pode ser avaliada:


• Prazo imediato
• Curto prazo
• Longo prazo

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Análises Econômico Financeiras


Liquidez Corrente

Liquidez Corrente = Ativo Circulante Quanto Maior,


Passivo Circulante Melhor

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Análises Econômico Financeiras


Liquidez Corrente
O índice de liquidez corrente indica a capacidade de pagamento da
empresa no curto prazo

• Maior que 1: demonstra que há capital disponível para uma possível


liquidação das obrigações.
• Igual a 1: os direitos e obrigações a curto prazo são equivalentes.
• Menor que 1: a empresa não teria capital disponível suficiente para quitar
as obrigações a curto prazo, caso fosse preciso.

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Análises Econômico Financeira


Liquidez Seca
 Não se consideram os estoques no Ativo Corrente.
 Se a empresa sofresse uma paralização de suas vendas, ou se seu Estoque
fosse obsoleto, quais seriam as chances de pagar suas dívidas utilizando
para isto apenas o Disponível e Duplicatas a Receber ? .

Obs: Nem sempre um índice de Liquidez Seca baixo expressa uma situação
financeira difícil.

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Análises Econômico Financeiras


Liquidez Seca

Ativo Circulante - Estoques Quanto Maior,


Liquidez Seca =
Passivo Circulante Melhor

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Análises Econômico Financeira


Liquidez Geral
Diferentemente dos três índices anteriores que avaliam a situação de curto
prazo da empresa, a Liquidez Geral leva em consideração também todas as
previsões de médio e longo prazo, incluindo no cálculo os direitos e
obrigações a frente de 12 meses, como vendas parceladas, aplicações de
longo prazo e empréstimos a pagar.

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Análises Econômico Financeiras


Liquidez Seca

Ativo Circulante + Ativo Não Circulante Quanto


Liquidez Geral = Maior,
Passivo Circulante + Passivo Não Circulante Melhor

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Análises Econômico Financeira


Estrutura de Capital

Capital de Terceiros
Part. Capital Terceiros = Quanto Menor Melhor
Patrimônio Líquido

Composição Endividamento= Passivo Circulante Quanto Menor Melhor


Capital de Terceiros

Imobilização PL= Ativo Permanente Quanto Menor Melhor


Patrimônio Líquido

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Análise Econômico Financeira


Indicadores de Estrutura de Capital
Os indicadores de estrutura revelam a condição da empresa em lidar com o
seu nível de endividamento e a capacidade da empresa em pagá-la. Avaliam:

 A posição de endividamento: proporção de capital de terceiros ou próprios


sendo utilizada
 A capacidade de gerar caixa para pagar juros e outras dívidas;
 A capacidade de conseguir fazer com que suas atividades cresçam de
forma sustentada..

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Análise Econômico Financeira


Indicadores de Estrutura de Capital
- Empresas que recorrem a dívidas como complemento do Capital Próprio
para realizar aplicações em atividades de produção no seu Ativo
(ampliação, expansão, modernização, etc.). Não traz grandes problemas;
as aplicações deverão gerar recursos para saldar o compromisso
assumido.

- Empresas que recorrem a dívidas para pagar outras dívidas que estão
vencendo. Por não gerarem recursos para saldar seus compromissos, elas
recorrem a empréstimos sucessivos. Permanecendo este círculo vicioso, a
empresa será candidata à insolvência.

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Análises Econômico Financeira


Rentabilidade
Giro Ativo = Receita Líquida
Quanto Menor Melhor
Ativo Total Médio

Margem Líquida= Lucro Líquido


Quanto Menor Melhor
Receita Líquida

Rentabilidade Ativo (ROA) = Lucro Líquido Quanto Menor Melhor


Ativo Total Médio

Rentabilidade PL= Lucro Líquido


Quanto Menor Melhor
Patrimônio Líquido

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Análise Econômico Financeira


Indicadores de Atividade (Prazos Médios)
Estoque
PMRE  Médio
x 360
Custodos Produtos Vendidos

 indica quantos dias, em média, os produtos ficam armazenados na


empresa antes de serem vendidos;

 o volume de estoques mantidos por uma empresa decorre


fundamentalmente do seu volume de vendas e política de estocagem;

 o mundo moderno cominha em direção a uma administração em que


os estoques tenham seu giro rápido

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Análise Econômico Financeira


Indicadores de Atividade (Prazos Médios)
Há duas formas de interpretarmos os estoques:

 Estoque como algo que representa certa potencialidade dos mesmos


serem transformado em dinheiro, que é a imagem que as empresas
tentam passar aos gerentes de Instituições Financeiras;

 Como aplicação de recursos no AC, porém, sem comprometer a liquidez


da empresa, além dos custos de aquisição ou fabricação dos estoques
existem os custos com armazenagem, transporte, seguros etc.

 Interpretação: Quanto MAIOR, melhor.

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Análise Econômico Financeira


Indicadores de Atividade (Prazos Médios)

• Prazo médio de recebimento de vendas (PMRV) Indica, em média, quantos


dias a empresa espera para receber suas vendas

• Prazo médio de renovação de estoques (PMRE) Indica, em média, quantos


dias a empresa leva para vender o seu estoque

• Prazo médio de pagamento de contas (PMPC) Indica, em média, quantos


dias a empresa demora para pagar suas compras

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Análise Econômico Financeira


Indicadores de Atividade (Prazos Médios)
PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DAS VENDAS

Contas a Receber Médio X 360


PMRE = Menor, Melhor
Vendas

 Indica quantos dias, em média, a empresa leva para receber suas vendas;
 O volume de DR é decorrência de dois fatores:
 montante de vendas a prazo;
 prazo concedido com aos clientes para pagamentos.

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Análise Econômico Financeira


Indicadores de Atividade (Prazos Médios)
PRAZO MÉDIO DE RENOVAÇÃO DE ESTOQUES

PMRE = Estoque Médio X 360 Menor, Melhor


CMV

 Indica quantos dias, em média, a empresa leva para renovar seus


Estoques

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Análise Econômico Financeira


Indicadores de Atividade (Prazos Médios)
PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO DAS COMPRAS

Fornecedores Médio X 360


PMRE = Maior, Melhor
Compras

indica quantos dias, em média, a empresa demora para pagar seus


fornecedores
C = CMV + EF – EF

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Análise Econômico Financeira


Indicadores de Atividade (Prazos Médios)

• Prazo médio de recebimento de vendas (PMRV) Indica, em média, quantos


dias a empresa espera para receber suas vendas

• Prazo médio de renovação de estoques (PMRE) Indica, em média, quantos


dias a empresa leva para vender o seu estoque

• Prazo médio de pagamento de contas (PMPC) Indica, em média, quantos


dias a empresa demora para pagar suas compras

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Análise Econômico Financeira


Indicadores de Prazos Médios - Análises

Revelam quando dias a empresa demora, em média, para receber suas


vendas, para pagar suas dívidas e para renovar o seu estoque. Para fins de
análise, quanto maior for a velocidade de recebimento de vendas e de
renovação de estoque, melhor. Por outro lado, quanto mais lento for o
pagamento das dívidas, desde que não corresponda a atrasos, melhor.

74

37
22/11/2020

Análise Econômico Financeira


Indicadores de Atividade (Prazos Médios)
PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DAS VENDAS

 As vendas a prazo devem seguir uma política de crédito adotada pela


empresa que seja adequada ao seu tipo de atividade.
 padrões para concessão de crédito;
 empresas de atividades semelhantes/diferentes;
 diminuição no grau de exigência na análise do risco:
 maior volume incobráveis;
 gastos com cobrança; e
 outras funções administrativas.

75

Análise Econômico Financeira


Indicadores de Prazos Médios - Ações
• Reduzir o prazo de estocagem, incrementando o giro
• Alongar o prazo de pagamento fornecedores
• Reduzir o prazo de recebimento de vendas, como por exemplo:
concessão de descontos financeiros
• Reduzir o volume de clientes em atraso e inadimplentes.

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38
22/11/2020

Análise de Contas a Pagar (PMPC)


a) Assegurar a liquidação de todos os débitos com terceiros na data do
vencimento

b) Evitar pagamentos anteriores à data de vencimento por onerar a


empresa, quer pela perda de juros de aplicações financeiras, ou pela
tomada de recursos antes do necessário

Pagamentos posteriores à data de vencimento também oneram a


empresa, pelo pagamento de juros e multas

77

Análise de Contas a Receber (PMRV)


a) O Crédito oriundo da entrega de um produto no presente mediante o
compromisso do cliente efetuar o pagamento no futuro deve
acompanhar o passivo intangível (custos de pós vendas)

b) A administração do contas a receber se inicia pela política de


concessão de crédito

c) Quando o crédito é concedido sem adequada análise cadastral e sem


garantias, o risco de inadimplência aumenta

78

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22/11/2020

Ciclo Operacional e Financeiro


Compra
Venda Pagamento Recebimento

PRAZO MÉDIO ROTAÇÃO ESTOQUES PRAZO MÉDIO RECEBIMENTO VENDAS

PRAZO MÉDIO PAGAMENTO COMPRAS CICLO FINANCEIRO

CICLO OPERACIONAL

79

Ciclo Operacional e Financeiro


RECEBIMENTO
RECOLHIMENTO

DAS VENDAS
PLANEJAMENTO

COMPRA
IMPOSTOS
DO CLIENTE
MATERIAIS
CONSUMO
COMPRA

ESTOCAGEM
PEDIDO
ORDEM

VENDA

PAGAMENTO
COMPRAS ESTOQUES
CRÉDITO DOS
IMPOSTOS
PROCESSO DE
FABRICAÇÃO
E CONSUMO DOS
DEMAIS
RECURSOS
INDUSTRIAIS

CICLO FINANCEIRO

CICLO ECONÔMICO

CICLO OPERACIONAL

80

40
22/11/2020

Ciclo Operacional

O Ciclo Operacional é o intervalo de tempo compreendido desde a compra


das mercadorias ou dos materiais de produção até o recebimento da
venda.

Ciclo Operacional = PME + PMR

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Ciclo Financeiro

O ciclo financeiro ou ciclo de caixa é o tempo entre o pagamento a


fornecedores e o recebimento das vendas. É calculado pelo ciclo
operacional (CO) subtraído do prazo médio de pagamentos (PMP).

Ciclo Financeiro = CO – PMP

82

41
22/11/2020

ANÁLISE DE VIABILIDADE
PROJETOS DE INVESTIMENTOS
(CAPEX)

83

Custo de Oportunidade (taxa de desconto)

O custo de oportunidade revela o que a empresa deixou de


ganhar ao rejeitar um investimento de risco equivalente

A taxa de desconto é difícil de mensurar com precisão, mas


pode‐se afirmar que ela é o custo de oportunidade da empresa
investir no projeto, ao invés de aplicar o dinheiro no mercado
financeiro.

84

42
22/11/2020

Custo de Oportunidade (taxa de desconto)


Exemplo

Um empresário investe R$ 100 mil do seu capital próprio em um


negócio que tem um lucro anual de R$ 10 mil. Se o empresário
tivesse escolhido a alternativa de fazer uma aplicação bancária
poderia ganhar algo em torno de 2% ao ano (taxa de juros
real), ou seja, também R$ 2 mil, esse portanto é o
custo de oportunidade do capital.

85

Custo de Capital – WACC


Weighted Average Cost of Capital

Custo de capital é a taxa de retorno que o provedor de capital


espera receber , caso este capital seja investido em outro projeto
qualquer , ativo ou companhia de comparável risco . Em outras
palavras , o custo de capital é um custo de oportunidade .

86

43
22/11/2020

Cálculo do Custo do Capital


A média ponderada do custo de capital (WACC) é a média ponderada do
custo marginal pós impostos do capital de terceiros e do capital próprio
baseada na estrutura de capital

WACC = E / (D + E) x ke + D / (D+E) x kd x ( 1 – IR)

E = Patrimonio Líquido
D = Dívidas
Ke= Custo Financiamento Capital Próprio
Kd= Custo Financiamento Terceiros

87

Valor Presente Líquido


O valor presente líquido (VPL) de um fluxo de caixa corresponde a trazer todos
os fluxos futuros para o valor atual, descontando‐se uma taxa de juros, que
corresponde ao custo de capital, também chamada de custo de oportunidade.
Essa taxa representa o retorno que o investidor poderia obter em uma
aplicação no mercado com risco comparável. comportamentos e performance.

88

44
22/11/2020

TIR – Taxa Interna de Retorno


IRR – Internal Rate Return

 A taxa interna de retorno (TIR) mede a rentabilidade do fluxo de caixa.


Aceita‐se um projeto se a sua TIR for maior que o custo de oportunidade.

 Entre um conjunto de projetos, aquele que tem a mais alta TIR não
necessariamente tem o maior VPL. Por isso deve‐se ter cuidado com o
uso indiscriminado da TIR na escolha entre projetos mutuamente
exclusivos.

Importante: Em projetos longos, pode haver diversos custos de


oportunidade. Como a TIR é única para todo o projeto, não fica claro contra
qual custo de oportunidade deve‐se compara‐la.

89

Quando é viável investir em CAPEX ?


1 - Quando o VPL é positivo, isso significa que o projeto agrega valor, ou seja,
o investimento está sendo remunerado a uma taxa de retorno (TIR) superior
ao custo de capital (i).

2 - Quando o VPL é negativo, o projeto destrói valor, pois o investimento está


sendo remunerado a uma taxa de retorno (TIR) inferior ao custo de capital

3 - Quando o VPL é zero, ficamos em posição de indiferença para fazer ou


não o projeto, pois o investimento está sendo remunerado a uma taxa de
retorno (TIR) igual ao custo de capital.

90

45
22/11/2020

EBITDA
EBITDA - Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization.

No Brasil, é chamada de LAJIDA, ou seja, é o Lucro antes dos Juros, Impostos,


Depreciação e Amortização.

Esse indicador costuma se aproximar bastante da geração de caixa do negócio.


Porém, é preciso tomar cuidado, pois ele não corresponde exatamente ao fluxo
de caixa, já que alguns valores podem nunca ser recebidos, nem algumas
despesas pagas. O cálculo é feito a partir da soma do lucro operacional +
depreciações + amortizações.

91

NOPAT
NOPAT é a sigla para "Net Operating Profit After Taxes" ou, em português,
Lucro Operacional Líquido Após os Impostos.

Esse indicador demonstra o “lucro real” descontando todos os tributos


incidentes sobre a operação de um negócio além da depreciação.

Para seu cálculo, podemos utilizar a seguinte fórmula:

NOPAT = EBIT * (1 – Impostos)


*EBIT = Lucro antes de Juros e Imposto de Renda

Para efeito de comparação, o EBIT representa a geração operacional de caixa da empresa, sem
levar em consideração os efeitos das despesas financeiras e impostos.

92

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22/11/2020

EVA – Economic Value Added

É uma medida de desempenho empresarial,


que difere da maioria das demais , ao
incluir uma cobrança sobre o lucro pelo custo
de todo o capital que uma empresa utiliza

93

EVA – Economic Value Added


O EVA demonstra a criação ou destruição de valor., representa o custo de
oportunidade do capital aplicado por credores e acionistas como forma de
compensar o risco assumido no negócio.

É uma visão mais acurada com relação à rentabilidade do capital


empregado em um investimento. Por isso dizemos que o EVA apresenta se
o capital foi bem investido em termos de geração de riquezas para o
negócio.

Está relacionado com o custo de oportunidade e trata-se do lucro


econômico

94

47
22/11/2020

ESTUDOS DE CASO
ANÁLISE DE PROJETOS

95

INTRODUÇÃO À VALUATION

96

48
22/11/2020

QUESTÕES DE VALUATION:
• Quanto vale uma empresa?
• Como avaliar uma empresa para a venda?
• Como avaliar uma empresa para a compra?
• Como avaliar uma empresa para uma fusão com outra
empresa?
• Como avaliar uma nova empresa?
• Como avaliar uma startup?

97

O QUE É VALUATION ?
O Valuation pela metodologia consagrada de mercado (o fluxo de caixa
descontado) é o processo de avaliar de uma empresa de forma
sistematizada, usando modelo qualitativo e quantitativo
O valor de uma empresa é igual ao valor presente de seus benefícios futuros
esperados de geração de caixa, que serão gerados conforme o desempenho
operacional do negócio.
Como todo negócio inserido no mercado tem variáveis fora do controle dos
sócios, desconta-se um risco por esses fluxos futuros. O principal método
considera todo o ambiente externo da empresa, antes e depois da cadeia
que o negócio está inserido.

98

49
22/11/2020

ONDE É APLICADO ?
1 – Viabilidades de Negócios
2 – Compra e Venda de Empresas
3 – Start-ups
4 – IPO
5 - Laudos
6 – Fusão / Cisão de Empresas
7 – Viabilidade de Negócios (Recuperação Judicial)

99

PRINCIPAIS MÉTODOS DE VALUATION


1 – Liquidação
2 – Patrimonial
3 – Múltiplo
4 – Berkus
5 - Comparativo (Start-ups)
6 – Fluxo de Caixa Descontado

100

50
22/11/2020

MÉTODO DO FLUXO DE CAIXA DESCONTADO


• O Fluxo de Caixa Descontado é o método de avaliação mais
completo e utilizado, pois sua composição irá contemplar o
maior número de variáveis possíveis que irão influenciar na
avaliação.
• O método vem da sigla FOCF (do inglês, Free Operating Cash
Flow). A essência deste método está na análise da capacidade
de geração futura de caixa da empresa com base em seu futuro
(pressupostos), suas informações históricas (fatos relevantes),
seus lucros futuros, necessidade de investimentos em ativos +
capital da giro e o risco exigido do negócio (custo de
oportunidade). As principais características deste método são:

101

TAXA DE DESCONTO
O WACC é o percentual de risco que será calculado para ser
descontado dos lucros futuros projetados. A sigla WACC vem do
inglês Weighted
Average Capital Cost. Ou CMPC – Custo Médio Ponderado de
Capital

“custo total de capital representa a taxa de atratividade da


empresa, indicando, por conseguinte, a remuneração mínima que
deve ser exigida na alocação de capital, de forma a maximizar
seu valor de mercado”

102

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22/11/2020

TAXA DE DESCONTO – WACC

103

CUSTO DO CAPITAL PRÓPRIO

104

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22/11/2020

CUSTO DO CAPITAL DE TERCEIROS

105

MÉTODO DO FLUXO DE CAIXA DESCONTADO


• A avaliação é processada com base nos fluxos de caixa de natureza
operacional;
• As projeções dos fluxos são baseadas em período explícito (onde considera
os anos que o crescimento das receitas são expressivos) e período de
• perpetuidade (que seria o período de crescimento orgânico [+infinito]);
• O risco é incorporado na avaliação econômica de investimento
considerando uma Taxa de Desconto;
• O valor presente do ativo está baseado na taxa de desconto apropriada à
remunerar os proprietários de capital (terceiros e acionistas)

106

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22/11/2020

MÉTODO DO FLUXO DE CAIXA DESCONTADO


• ativos tangíveis e intangíveis
• valor da marca
• futuro do mercado
• capital intelectual
• informações financeiras históricas
• conjuntura econômica
• risco do negócio
• clientes e fornecedores
• necessidade de reinvestimento em ativos
• necessidade de reinvestimento em giro

107

INFORMAÇÕES HISTÓRICAS
Os principais dados históricos para o Fluxo de Caixa descontado são:
• Demonstrações financeiras;
• Matriz e filiais;
• Regime de tributação;
• Confiança nas informações contábeis;
• Certificações;
• Órgão de regulamentação/Entidades de classe, etc;
• Principais clientes e fornecedores;
• Planejamento Estratégico

108

54
22/11/2020

PREMISSAS DE CRESCIMENTO E MERCADO


Nesta etapa é fundamental entender na essência os setores que influenciam
diretamente na cadeia do negócio, principalmente nas vendas (clientes) e na
operação (fornecedores).

• Indicadores Setoriais
• Preço das fontes de energia: petróleo, elétrica, gás, etc
• Taxa de Juros da Economia
• Taxa de Inflação
• Taxa de Cambio
• Evolução do PIB

109

PROJEÇÕES DE LUCROS
Um dos principais fatores que irá influenciar no método é o LUCRO FUTURO,
pois ele irá projetar o resultado da empresa no futuro.
O Lucro Futuro será projetado conforme um período de crescimento, acima
da média de mercado, que seja possível de ser quantificado ano a ano.

110

55
22/11/2020

INVESTIMENTOS EM CAPEX
São investimentos futuros em ativos necessários para que as projeções
de crescimento se sustentem. Utiliza-se a sigla CAPEX (do inglês Capital
Expenditure). Uma das formas de se calcular o CAPEX é através da
análise histórica de investimentos e cria-se um percentual da receita
bruta.
Exemplos:
• Desenvolvimento de novos produtos;
• Expansão da atividade empresarial;
• Máquinas e equipamentos;
• Modernizações;
• Tecnologia;
• Pesquisa e desenvolvimento, etc.

111

FLUXO CAIXA ACIONISTA E FLUXO CAIXA PARA FIRMA


Fluxo de caixa da firma e do acionista são terminologias ligadas à
metodologia de avaliação de empresas feita pelo fluxo de caixa
descontado

Fluxo de Caixa para o Acionista ou Free Cash Flow to the Equity (FCFE)
contempla apenas o que sobra do fluxo de caixa da empresa para ser
distribuído para os detentores do capital próprio, após o pagamento de
juros para os credores.

Fluxo de Caixa para a Firma ou Free Cash Flow to the Firm (FCFF) abrange
todo o fluxo de caixa da empresa a ser distribuído entre os credores e
acionistas, sob a forma de juros e dividendo

112

56
22/11/2020

CONCEITO DE FIRMA NO FLUXO DE CAIXA


O conceito de firma que procura contemplar o interesse dos stakeholders de
uma companhia, isto é, os credores e os acionistas. Essas são as figuras que
investem na companhia com o intuito de receber juros (credores) e
dividendos ou ganho de capital (acionistas).

Se analisarmos uma demonstração de resultados (DRE), podemos afirmar


que até o pagamento de juros para os credores representada pela conta de
despesas financeiras, o resultado da companhia foi construído com recursos
próprios e de terceiros, ou seja, todas as linhas da DRE acima do Lucro antes
do IR pertencem ao acionista e ao credor.

113

FLUXO CAIXA ACIONISTA E FLUXO CAIXA PARA FIRMA


Fluxo de caixa descontado para o acionista = Valor de mercado da
companhia

Fluxo de caixa descontado para a firma = Valor de mercado da companhia +


Dívida total

O fluxo de caixa, seja para a firma, seja para o acionista, deve abranger o
que sobra para os acionistas e credores (FCFF) e somente para os acionistas
(FCFE) depois de investimentos, sejam esses obrigatórios (para repor a
depreciação e manter a atividade na empresa) ou investimentos líquidos
para estimular o crescimento da companhia.

114

57
22/11/2020

FLUXO DE CAIXA DESCONTADO PARA ACIONISTA


Lucro Líquido
+ Despesa de depreciação
- CAPEX
- Variação na necessidade de capital de giro
+ todos os itens sem efeito caixa na DRE, além da depreciação
+ emissão de novas dívidas
- pagamento do principal da dívida
+ Variação no Capital
=FCFE

115

FLUXO DE CAIXA DESCONTADO PARA FIRMA


O ponto de partida é o lucro operacional, EBIT * (1-t) (antes do
resultado financeiro):

=EBIT *(1-t) - Lucro operacional depois dos impostos


+ depreciação
- CAPEX
- Variação na necessidade de capital de giro
+ todos os itens sem efeito caixa na DRE, além da depreciação
=Fluxo de Caixa Livre para Firma

116

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22/11/2020

EXEMPLO VALUATION – VIGOR ALIMENTOS

117

ESTUDOS DE CASO
VALUATION

118

59
22/11/2020

GESTÃO DE ESTOQUES

119

Indicadores de Estoques
O objetivo dos Indicadores de Estoque são:

 Instrumento como Suporte à Elaboração e Revisão do Planejamento;


 Política de Estabelecimento de Volume dos Estoques
 Montante dos Recursos Aplicados nos Estoques
 Sistema de Avaliação e Monitoramento dos Estoques
 Deve ser Elaborado por Área de Responsabilidade, por Unidade de
Negócio, por Linha de Produção e outras
 Divisões a Critério dos Gestores.

120

60
22/11/2020

Indicadores de Estoques
Matéria-Prima
 Prazo Médio de MP = ( Estoque Final / Consumo ) x Dias do Período
 Giro de Estoque de MP = Dias do Periodo / Prazo médio

Produtos em Processo
 Prazo Médio de MP = ( Estoque Final / Produção Tranf PA ) x Dias Período
 Giro de Estoque de MP = Dias do Periodo / Prazo médio

Produtos Acabados
 Prazo Médio de MP = ( Estoque Final / CPV ) x Dias Período
 Giro de Estoque de MP = Dias do Período / Prazo médio

121

ANÁLISE DE VENDAS

122

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22/11/2020

Exemplo

123

Análise de Variação de Material


Fórmula

Variação de Preços
(Preço Real – Preço Orçado) x Qtd Real

Variação Total

Variação de Volume (Volume Real – Volume Orçado) x Preço Orçado

124

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22/11/2020

ANÁLISE DE PREÇO, MARGEM DE


CONTRIBUIÇÃO E PONTO DE EQUILÍBRIO

125

Formação de Preço de Venda com base em CUSTOS


Custos Despesas Lucro

Material Desp. Pessoal


(Estrutura BOM) Adm.

Maquina Margem de Lucro


Desp. Financeira Target

GGF Comissões

MOD / Roteiro Frete

126

63
22/11/2020

Formação de Preço de Venda


O preço de venda é o valor que deverá cobrir o custo direto da
mercadoria/produto/serviço, as despesas variáveis, como impostos,
comissões, etc., as despesas fixas proporcionais ou seja, aluguel, água, luz,
telefone, salários, pró-labore, etc., e ainda, sobrar um lucro líquido
adequado.

Sob a ótimo da eficácia organizacional, o preço deve ser superior a soma de


todos os custos incorridos e a remuneração do capital investido. Porém, sob
o ponto de vista do mercado consumidor, o preço praticado deve ser inferior
ao valor percebido por quem compra o produto ou serviço.

127

Formação de Preço de Venda


 Compreenda qual a estratégia competitiva da empresa
 Avalie o comportamento da demanda.
 Avalie o contexto econômico, social, político-legal, regulatório, etc.
 Avalie a sensibilidade de preços do consumidor.
 Conheça todos custos envolvidos
 Conheça os Custos produção, comercialização, tributário, administrativos.
 Estabeleça os preços estrategicamente e não aplicando margem
 Avalie o impacto da estratégia de preços na perenidade da empresa
(ganhar dinheiro hoje e sempre).

128

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22/11/2020

Formação de Preço de Venda com base em CUSTOS


É a metodologia consagrada por muitas empresas, na qual se define uma
sistemática baseada nos custos para se obter o PREÇO para obter um lucro
compatível com seus investimentos e, portanto, a receita deve cobrir os
custos operacionais e gerar um lucro.

Percebe-se que o produto gera o custo e, a partir de uma margem de lucro,


estabelece-se o preço-target a ser cobrado do consumidor, na expectativa
que a percepção de valor do cliente será atendida. Veja abaixo as etapas
deste método:

Produto Custo Valor


Lucro Preço Consumidor
Percebido

129

Cálculo do Preço de Venda com base no Custo

Preço de Venda = Custo Industrial


Mark-Up

1
Mark-UP =
( 1 –% Gastos + % Lucro)

130

65
22/11/2020

O método Mark-Up
O Markup é um índice multiplicador aplicado sobre o custo de um produto
e/ou serviço para a formação do preço de venda. Ou seja, trata-se do valor
cobrado ao longo do custo total da entrega de um produto ou serviço para
obter o lucro desejado.

O Método Markup consiste em somar uma margem de lucro ao custo


unitário do produto ou serviço para obter o preço de venda. Note que para o
Cálculo do Markup é necessário que sejam incluídos impostos, taxas,
despesas administrativas, despesas financeiras e o percentual de lucro
desejado.

Portanto, ao ter esse índice em mãos a empresa terá a garantia de que o


preço do produto ou serviço cobrirá todos os gastos e gerará lucro.

131

Margem de Lucro
Um dos pontos mais polêmicos é com relação à margem de lucro que deve
ser alocada ao mark-up.

Fundamentalmente, a margem de lucro desejada está ligada ao conceito de


rentabilidade do investimento.

Como a rentabilidade do investimento está ligada à sua eficiência de


geração de vendas (o giro do ativo), a margem a ser incorporada no preço
de venda dos produtos tem de estar relacionada como esses dois elementos.

Outro ponto relevante é o custo de capital dos proprietários do capital


empresarial, genericamente denominado acionistas.

132

66
22/11/2020

Tipos de Regime Tributário


Regime Tributário é um sistema que estabelece a cobrança de impostos das
empresas, Depende de vários fatores como o tamanho da empresa, tipo de
atividade exercida e valor do faturamento. Escolher o regime de tributação é
essencial para qualquer empresa, já que ele influencia no custo da compra e
na formação do preço de venda.

Tipos de empresas
Os tipos societários no Brasil são:
EI - Empresário Individual
EIRELI - Empresário Individual de Responsabilidade Limitada
LTDA - Sociedade Limitada
S/A - Sociedade Anônima

133

Tipos de Regime Tributário


Simples Nacional: enquadram-se empresas com receita bruta anual de até
R$4,8 milhões. Este regime apresenta alíquotas reduzidas, pois há a união de
oito impostos e contribuições: PIS, Cofins, IPI, ICMS, CSLL, ISS, IR e, em alguns
casos, INSS patronal.

Lucro Real: Obrigatório para empresas com faturamento anual superior a R$


78 milhões. As alíquotas do IR e da CSLL são calculadas com base no lucro
real, ou seja, receita menos despesas.

Lucro Presumido: Para empresas com faturamento anual inferior a R$ 78


milhões. Neste caso, o IR e a CSLL incidem sobre uma alíquota definida pela
Receita Federal.

134

67
22/11/2020

Exercício Formação de Preço de Venda


Pricing - FPV

135

MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO

 Margem de Contribuição Simples


 Margem de Contribuição Ponderada

136

68
22/11/2020

Margem de Contribuição - Conceito


É o excesso de receita de vendas sobre os custos variáveis. Em termos de
produto, a margem de contribuição é a diferença entre o preço de venda
e a soma dos custos e despesas variáveis.

A margem de contribuição é o que sobra para cobrir os custos e despesas


fixas. Ao se calcular a margem de contribuição unitária, Identifica-se quanto
cada produto irá contribuir para o pagamento dos custos e despesas fixas.
Desta forma, evita‐se os rateios subjetivos.

137

Margem de Contribuição (Fórmulas)

MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO TOTAL EM R$


MCt = Receita – Gasto Variável

MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO POR UNIDADE


$MCu = Preço de Venda Unitário – Gasto Variável Unitário

MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO%
MCu = (Margem de Contribuição/ Receita) x 100

138

69
22/11/2020

Margem de Contribuição e Portfólio de Vendas

Qual produto pode contribuir mais para a lucratividade da empresa:


produto com maior giro de vendas ou maior margem?

139

Margem de Contribuição Ponderada


 Produtos com margem elevada costumam ter menor giro (não é
regra, é tendência).

 Estrategicamente pode compensar uma redução na margem


para elevar o giro de vendas do produto.

 Avalie o impacto no resultado global.

 Considerar o Mix de Vendas no Custo Variável e na Margem

140

70
22/11/2020

Margem de Contribuição – Pontos de Atenção


 Custeio variável
 Margem de contribuição (do Produto e Linhas de Produto)
 Custos fixos identificados, não rateados
 Custos fixos comuns tratados globalmente
 Custo do capital empregado
 Lucro no nível da empresa, não no nível do produto

141

Planejamento de MC do Mix de Produção e Vendas


 Obtenha os preços analíticos dos produtos
 Planeje os volumes de vendas considerando os preços
 Identifique as despesas variáveis em % do preço
 Calcule o custo direto padrão dos produtos
 Identifique os custos fixos específicos das famílias

142

71
22/11/2020

Margem de Contribuição Ponderada


(Exemplo)

143

Margem de Contribuição
Exemplo de Relatório Gerencial

144

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Ponto de Equilíbrio

145

Ponto de Equilíbrio
PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL (PEC): As receitas totais cobrem os custos
e despesas contábeis e o resultado é “zero”, ou seja, nem lucro nem prejuízo.

PONTO DE EQUILÍBRIO FINANCEIRO (PEF): As receitas totais cobrem os


custos e despesas contábeis, excluindo os gastos não desembolsáveis
(depreciação, amortização). O resultado contábil será de prejuízo, mas
resultado financeiro (caixa) será “zero”.

PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO (PEE): As receitas totais cobrem os


custos e despesas contábeis, além de gerar um lucro suficiente para
remunerar o custo de oportunidade do investidor.

146

73
22/11/2020

Ponto de Equilíbrio

147

Ponto de Equilíbrio – Fórmulas


Gastos Fixos
PEC qtd =
Preço de Venda – Gastos Variáveis

PEF qtd = Gastos Fixos - Depreciação


Preço de Venda – Gastos Variáveis

[ Gastos Fixos + ( Lucro Meta / 1 – IR) ]


PEC qtd =
Preço de Venda – Gastos Variáveis

Gastos Fixos
PE R$=
Margem de Contribuição %

148

74
22/11/2020

Ponto de Equilíbrio – Imposto de Renda


Observação: Não se esqueça que há incidência de IR (Imposto de Renda)
sobre o lucro. Portanto, para chegar ao “lucro meta” já descontado o IR
(lucro líquido) é necessário utilizar a fórmula acima, calculando o “desconto
por dentro”.
Quando se calcula o número mínimo de produtos não é admissível uma
resposta fracionária. Portanto, arredonde para o próximo inteiro.

149

ESTUDOS DE CASOS

150

75
22/11/2020

CONTATO
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