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BRB

BANCO DE BRASÍLIA

MATEMÁTICA
JUROS COMPOSTOS

Pré-edital

Livro Eletrônico
MATEMÁTICA
Juros Compostos
Prof. Thiago Cardoso

SUMÁRIO
Introdução.................................................................................................3
1. Taxas de Juros.........................................................................................3
1.1 Taxa de Juros Nominal e Efetiva............................................................. 20
1.2 Taxas de Juros Equivalentes.................................................................. 25
1.3 Taxa de Juros Real e Aparente............................................................... 40
1.3.1 Inflação e Poder de Compra................................................................ 53
2. Comparação entre Juros Simples e Compostos........................................... 61
2.1 Produtos Notáveis................................................................................ 70
2.2 Cindibilidade do Prazo........................................................................... 76
3. Tópicos Adicionais sobre Juros Compostos................................................. 79
3.1 Logaritmos.......................................................................................... 79
3.1.1 Propriedades do Logaritmo................................................................. 80
3.2 Capitalização Contínua.......................................................................... 83
3.3 Convenção Linear................................................................................. 88
Questões de Concurso................................................................................ 93
Gabarito................................................................................................. 111

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Juros Compostos
Prof. Thiago Cardoso

Introdução

Olá, amigo(a), tudo bem? Seja bem-vindo(a) a mais uma aula do nosso curso.

Está animado(a)?

Nesta aula, falaremos sobre os Juros Compostos. Segundo Einstein: “Os juros

compostos são a oitava maravilha do mundo.”

Esse tipo de aplicação pode ser realmente maravilhoso para você, quando você

é um investidor e está ganhando dinheiro com ela. Porém, pode morar nos seus

pesadelos quando você tem uma dívida.

Além disso, a maior parte das aplicações seguem a lógica de Juros Compostos,

por isso esse assunto é uma base fundamental para qualquer prova.

Como veremos, é um assunto que as bancas gostam bastante de cobrar, por-

tanto precisamos ficar de olho nele para acertar todas as questões.

Como de costume, preparei uma lista de questões resolvidas para você que

inclui um bom número de questões de alto nível a fim de prepará-lo(a) para um

certame extremamente rigoroso.

E, agora, vamos juntos ao topo da montanha?

1. Taxas de Juros

No Regime de Juros Compostos, todo o saldo da aplicação é capitalizado – tanto

o principal como juros. Esse enunciado também pode aparecer em questões teóri-

cas da seguinte forma:

• no Regime de Juros Compostos, há capitalização de juros.

Os Juros Compostos derivam do crescimento natural de populações.

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EXEMPLOS

Considere um empréstimo de R$ 1.000 capitalizado mensalmente a uma taxa de

juros de 10% ao mês.

Como você emprestou R$ 1000 para alguém te pagar daqui a um mês com juros

de 10%, isso totalizaria R$ 1.100.

Nesse mês, você teria duas opções: receber de volta os R$ 1.100 ou refazer o

empréstimo. Nesse segundo caso, é natural que você queira receber juros sobre

todo o capital de R$ 1.100 e receber juros de 10% sobre R$ 1.100 (R$ 110).

Caso contrário, se você fosse receber juros apenas sobre o capital inicial de R$

1.000, você emprestaria somente R$ 1.000.

FIGURA 1 — Regime de Capitalização Composta

Observe que, a cada período de capitalização, todo o montante acumulado é ca-

pitalizado – não somente o principal mas também os juros anteriormente recebidos.

Seja Mi o montante acumulado no mês i após o início de um investimento em

juros compostos. Pode-se escrever que esse montante é igual ao montante anterior

mais os juros recebidos.

Por sua vez, os juros recebidos são calculados pela fórmula geral da Capitaliza-

ção, porém incidindo sobre todo o montante acumulado previamente.

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Quando a taxa de juros e a capitalização estão na mesma unidade de tem-

po, podemos dizer que o período de capitalização é igual a 1.

Essa condição que acabamos de explicar é de extrema importância, pois ela será

mais explorada na seção 1.1.1 e é muito frequente em provas de concursos públicos.

Para entender o que queremos dizer com isso, volte à Figura 1. Nela, tratamos um

empréstimo com uma taxa de juros de 10% ao mês com capitalização mensal.

Essa equação é uma típica progressão geométrica, que possui as seguintes ca-

racterísticas:

Na equação anterior, M0 é o primeiro termo, ou seja, o capital acumulado no

mês 0 que corresponde justamente ao Capital Inicial. Já a razão dessa progressão

é o termo (1 + i). Sendo assim, pode-se escrever o termo geral, ou seja, o capital

acumulado em um mês qualquer, como:

 Obs.: caso você se lembre da expressão do termo geral de uma progressão, você

deve se lembrar da seguinte expressão:



Nessa expressão, tem-se o (n-1) no expoente, porque a progressão começa no

termo a1. No nosso problema de Juros Compostos, começamos no mês 0, por isso

o primeiro termo é a0. Por isso, destacamos em verde essa sutil diferença.

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De qualquer maneira, você pode simplesmente memorizar a expressão deduzida

para o montante acumulado numa operação de juros compostos. Vamos repeti-la:

Na seção 1.1.1, examinaremos todas as condições necessárias para aplicar essa

expressão.

Em questões de Juros Compostos, é relativamente comum ser pedido para cal-

cular os juros recebidos na aplicação. É possível deduzir uma expressão para eles.

Note, porém, que tal expressão não é muito elegante e fácil de memorizar. Por

isso, a minha recomendação é que você sempre calcule o montante final e obtenha

os juros como a diferença entre o montante final e o capital inicial investido.

1. (CESPE/TCE-SC/2016/AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO) Pedro aplicou

R$ 10.000 em uma instituição financeira pelo prazo de 3 meses consecutivos. A

taxa de juros compostos dessa aplicação no primeiro mês foi de 5%; no segundo

mês, de 10%; e no terceiro, de 8%. Nessa situação, Pedro, ao final do terceiro mês,

recebeu de juros mais de R$ 2.400.

Certo.

Uma boa questão para começarmos a treinar a expressão dos Juros Compostos. No

primeiro mês, Pedro recebe juros de 5% sobre o seu capital inicial investido.

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O montante acumulado no primeiro mês, portanto, será de:

No mês seguinte, Pedro recebe juros de 10% sobre o montante previamente acu-

mulado no mês 1.

O montante acumulado no segundo mês, portanto, será de:

No mês seguinte, Pedro recebe juros de 8% sobre o montante previamente acu-

mulado no mês 2.

Apenas por curiosidade, o montante acumulado no terceiro mês, portanto, será de:

Os juros recebidos podem ser calculados de duas formas diferentes:

Por fim, podemos representar graficamente a situação.

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2. (CESPE/STM/2011/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE) A diferença entre

a remuneração de capital – devido a empréstimo, investimento etc. – nos regimes

de juros simples e compostos dá-se pelo fato de que, no caso de juros compostos,

o cálculo da remuneração por determinado período é feito sobre o capital inicial

acrescido dos rendimentos nos períodos anteriores, e, no caso de juros simples, a

remuneração é calculada apenas sobre o capital inicial.

Certo.

É exatamente isso! No regime de juros simples, a capitalização incide apenas sobre

o capital inicial. Não ocorre a capitalização dos juros.

3. (CESPE/SEFAZ-AC/2009/FISCAL DA RECEITA ESTADUAL) A quantia de R$

110.500,00 foi repartida em 2 partes, que foram aplicadas na mesma data,

sob o regime de juros compostos. Uma parte foi aplicada no banco A, que

paga juros de 3% ao mês, e a outra, no banco B, que paga juros de 5,06%

ao mês. Considerando que 10 meses após as aplicações os montantes nos

2 bancos eram iguais, que 1,0506/1,03 = 1,02 e que 1,1 corresponde ao

valor aproximado de 1,025, é correto afirmar que a parte aplicada no banco

A, em reais, era:

a) inferior a 49.000.

b) superior a 49.000 e inferior a 59.000.

c) superior a 59.000 e inferior a 69.000.

d) superior a 69.000.

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Letra c.

Uma questão cheia de detalhes para se prestar atenção. Chamemos e as

quantias investidas em cada um dos bancos citados. Os montantes finais podem

ser calculados pela expressão dos juros compostos.

Comparando as duas expressões, temos que:

Agora, utilizaremos as aproximações fornecidas no enunciado:

Utilizando as propriedades de somas internas da Razão e Proporção, teremos:

Agora, basta substituir o valor conhecido para a soma.

4. (FCC/TRF 3ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO) O senhor A investiu a quantia de

x em um produto financeiro que apresentou queda constante e sucessiva de 10%

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ao ano por, pelo menos, 10 anos. Simultaneamente, o senhor B investiu a quantia

de 27x (27 vezes a quantia x) em um produto financeiro que apresentou queda

constante e sucessiva de 70% ao ano por, pelo menos, 10 anos.

A partir do início desses dois investimentos, o número de anos completos necessá-

rios para que o montante investido pelo senhor A se tornasse maior que o montante

investido pelo senhor B é igual a:

a) 2

b) 4

c) 6

d) 3

e) 5

Letra b.

O montante acumulado pelo senhor A é dado por:

Já o montante acumulado pelo senhor B é dado por:

Sendo assim, queremos que o montante investido pelo senhor A se torne maior que

o montante investido pelo senhor B.

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Agora, precisamos prestar atenção, já que o enunciado pediu que o montante do se-

nhor A fosse maior, não simplesmente igual. Além disso, o enunciado frisou que queria

o número de anos completos. Ou seja, não interessam respostas como 3,2 anos.

Sendo assim, em t = 3 anos, os montantes se igualam. Para t = 4 anos, finalmente,

o montante do senhor A supera o montante do senhor B.

5. (CESPE/TCE-AC/2009/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO) Um capital foi aplica-

do pelo período de um ano, em uma conta remunerada, à taxa de juros de 10% ao

mês. Considerando que o regime de capitalização foi de juros simples nos primei-

ros 10 meses e de juros compostos nos 2 últimos meses, que, durante esse ano, o

investimento gerou um lucro de R$ 3.075,01, e desconsiderando taxas de adminis-

tração e outras taxas, então é correto afirmar que o capital aplicado, em reais, foi:

a) Inferior a 2.170

b) Superior a 2.170 e inferior a 2.200

c) Superior a 2.200 e inferior a 2.230

d) Superior a 2.230 e inferior a 2.260

e) Superior a 2.260

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Letra a.

Para os dez primeiros meses, apliquemos a expressão dos juros simples.

Agora, para os dois últimos meses, aplicaremos a expressão dos juros compostos

considerando o capital inicial como o M10.

Agora, podemos calcular os juros recebidos sobre os doze meses de aplicação.

Comparando esse valor com o que nos foi fornecido, podemos encontrar o capital aplicado.

A única esperança para reduzir um pouco as contas é testar se 307501 é divisível

por 71 (e é):

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6. (ESAF/ATRFB/2012) Marta aplicou R$ 10.000,00 em um banco por 5 meses,

a uma taxa de juros simples de 2% ao mês. Após esses 5 meses, o montante foi

resgatado e aplicado em outro banco por mais 2 meses, a uma taxa de juros com-

postos de 1% ao mês. O valor dos juros da segunda etapa da aplicação é igual a:

a) R$ 221,10.

b) R$ 220,00.

c) R$ 252,20.

d) R$ 212,20.

e) R$ 211,10.

Letra a.

Primeiramente, devemos calcular o montante referente à primeira aplicação em

juros simples.

Esse montante deve ser calculado considerando o capital inicial de R$ 10.000,00

com a taxa de juros simples de 2% ao mês e o prazo de aplicação de 5 meses.

Basta usar a expressão dos Juros Simples.

Esse montante foi aplicado a uma taxa de juros compostos de 1% ao mês por 2

meses. Agora, devemos usar a expressão dos juros compostos.

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Como a questão pediu os juros referentes à segunda aplicação, temos que os juros

recebidos correspondem à diferença entre o montante final e o capital aplicado.

Porém, é importante lembrar que o capital aplicado na segunda aplicação foi de R$

11.000. O capital de R$ 10.000 foi aplicado na primeira aplicação, não na segunda.

7. (FCC/TCE-PR/2011/ANALISTA DE CONTROLE) Um capital no valor de R$

18.000,00 é aplicado durante 8 meses a juros simples, com uma taxa de 18% ao

ano. No final do período, o montante é resgatado e aplicado a juros compostos,

durante um ano, a uma taxa de 5% ao semestre. A soma dos juros das duas apli-

cações é igual a:

a) R$ 4.012,30.

b) R$ 4.026,40.

c) R$ 4.176,00.

d) R$ 4.226,40.

e) R$ 5.417,10.

Letra d.

Na primeira aplicação, o capital de R$ 18.000,00 é aplicado a uma taxa de 18% ao

ano por 8 meses. Como o prazo foi fornecido em meses, devemos converter a taxa

anual em mensal.

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Agora, podemos calcular o montante ao final dessa aplicação.

Os juros recebidos nessa aplicação são calculados por:

Para a segunda aplicação, o montante de R$ 20.160 foi aplicado a juros compostos


de 5% ao semestre por 1 ano. O montante final pode ser calculado pela expressão
dos juros compostos.

Portanto, os juros recebidos nessa segunda aplicação são calculados por:

Assim sendo, o total de juros recebidos nas duas aplicações é:

8. (FCC/TRF 3ª REGIÃO/2016/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTADORIA) Dois capitais


são aplicados sob o regime de capitalização composta a uma taxa de 10% ao ano.
O primeiro capital foi aplicado durante 2 anos e o segundo durante 3 anos, apre-
sentando um total de juros no valor de R$ 1.680,00 e R$ 1.986,00, respectivamen-
te. A porcentagem que o segundo capital representa do primeiro é, em %, igual a
Dados: 1,102 = 1,210 e 1,103 = 1,331

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Letra b.

Consideremos o primeiro capital e a sua aplicação por 2 anos rendendo R$ 1.680,00

de juros – ou seja, o montante será o capital acrescido de R$ 1.680 e pode ser cal-

culado pela expressão dos juros compostos. Pode-se escrever que:

Então, escrevamos a equação para o segundo capital que rendeu R$ 1.986,00 após

três anos.

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Agora, basta dividir uma equação pela outra para obter o percentual:

9. (FCC/METRÔ-SP/2014/ANALISTA DESENVOLVIMENTO GESTÃO JÚNIOR/ADMI-

NISTRAÇÃO DE EMPRESAS) Joaquim pretende comprar um carro no valor de R$

12.500,00 e fará um depósito bancário. Sabendo-se que a taxa de juros do Banco

A é de 6% ao ano, e que ele deverá resgatar o total do valor do carro, ao final de

12 meses, o valor principal a ser depositado por Joaquim deve ser de:

a) R$ 12.083,33

b) R$ 10.000,00

c) R$ 11.792,45

d) R$ 7.500,00

e) R$ 3.472,22

Letra c.

Joaquim pretende acumular um montante de R$ 12.500 ao final dos 12 meses (ou

1 ano). Portanto, o capital que ele deve investir é dado pela expressão dos juros

compostos.

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10. (FCC/SEFAZ-RJ/2014/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL) Um capital

aplicado sob o regime de capitalização composta, durante 1 semestre, apresentou,

no final deste prazo, um total de juros de R$ 580,00. Caso esse capital fosse apli-

cado sob o regime de capitalização composta, durante 1 ano, apresentaria no final

deste prazo um total de juros de R$ 1.183,20. Sabe-se que em ambos os casos

considerou-se a taxa de i ao semestre (i > 0). Um outro capital, no valor de R$

15.000,00, aplicado, durante 1 ano, sob o regime de capitalização composta a uma

taxa de i ao semestre, apresentará no final deste prazo um montante de:

a) R$ 16.242,00

b) R$ 16.200,00

c) R$ 16.212,00

d) R$ 16.224,00

e) R$ 16.236,00

Letra d.

Na primeira aplicação, o capital C foi aplicado por 1 semestre a uma taxa de juros

compostos i semestral. A aplicação rendeu juros de R$ 580,00, o que significa que

o montante auferido excede o capital inicial nesse valor. Nesse caso, temos:

Agora, na segunda aplicação, o mesmo capital C é aplicado por 1 ano (2 semestres)

à mesma taxa semestral i. A aplicação rendeu juros de R$ 1.183,20, o que significa

que o montante auferido excede o capital inicial nesse valor. Escrevemos:

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Desmembrando ambos os termos da equação, tem-se:

Agora, temos duas equações e duas incógnitas:

Podemos, simplesmente, dividir uma equação pela outra.

Dessa forma, descobrimos que a taxa semestral envolvida nas aplicações é de 4%. Por-

tanto, se aplicarmos o capital de R$ 15.000 nessa taxa por 1 ano (2 semestres), teremos:

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1.1 Taxa de Juros Nominal e Efetiva

Na seção anterior, vimos uma condição muito importante para que a expressão

do montante acumulado em juros compostos seja válida: a taxa de juros deve es-

tar no mesmo período de tempo da capitalização.

Quando a taxa de juros está num período diferente da capitalização, ela é de-

nominada taxa de juros nominal. São exemplos:

• 12% ao ano (capitalizada mensalmente);

• 24% ao ano (capitalizada semestralmente);

• 1% ao mês (capitalizada trimestralmente).

A Taxa de Juros Nominal não deve ser utilizada para efetuar contas.

Quando um problema fornece uma taxa de juros nominal, ela deve ser conver-

tida em uma taxa efetiva para que as contas possam ser efetuadas.

Essa conversão é muito simples e muito cobrada em concursos. O aluno deve se

lembrar que a Taxa de Juros Nominal é sempre proporcional à Taxa de Juros

efetiva, ainda que a operação seja de juros compostos.

FIGURA 2 — Taxa de Juros Nominal e Efetiva

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11. (ESAF/ISS-RN/2008) Duas pessoas fizeram uma aplicação financeira. A pessoa

“A” aplicou R$ 100.000,00, à taxa efetiva de juros de 0,5% a. m. e a pessoa “B”

aplicou R$ 50.000,00, à taxa nominal de 6% a. a. Em ambos os casos as capitaliza-

ções são mensais e os juros serão pagos junto com o principal. Ao final de 1 (um)

ano podemos afirmar que:

a) O juro recebido pela pessoa “A” é maior do que o juro recebido pela pessoa “B”.

b) Não há proporcionalidade entre juros de “A” e “B

c) A taxa efetiva de juros de “A” é maior do que a taxa efetiva de “B”.

d) A taxa nominal de “B” é maior do que a taxa nominal de “A”.

e) Os montantes finais são iguais.

Letra a.

As taxas de juros fazem o mesmo efeito, porém, o capital aplicado em A é o

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dobro do capital aplicado em B. Portanto, A receberá exatamente o dobro de

juros.

12. (FGV/IBGE/2016/ANALISTA DE RECURSOS MATERIAIS E LOGÍSTICA) Um in-

vestimento tem taxa nominal de 18% ao ano, capitalizados mensalmente no sis-

tema de juros compostos. Para calcular o montante no final de 2 meses, o capital

inicial deve ser multiplicado por:

a) 1 + 0,15²

b) (1 + 0,15)²

c) 1 + 0,015²

d) (1 + 0,015)²

e) 1 + 2.0,015

Letra d.

A taxa de 18% ao ano é capitalizada mensalmente; portanto, trata-se de uma taxa

nominal. Sendo assim, devemos convertê-la em taxa efetiva. Dessa forma, temos:

Agora, basta aplicar a expressão dos Juros Compostos.

Dessa maneira, o termo (1,015)² deve multiplicar o capital inicial.

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13. (CESPE/SEFAZ-AC/2009) Caso a quantia de R$ 10.000,00 seja investida em

uma conta remunerada à taxa efetiva de 21% ao ano, com capitalização composta

e mensal, o valor dos juros resultantes 18 meses após o depósito será superior a

R$ 3.200 e inferior a R$ 3.400.

Certo.

Quando se deseja obter os juros a serem recebidos em uma operação de Juros

Compostos, o caminho mais fácil é obter primeiramente o montante global.

Um ponto a se considerar nessa questão é que a taxa de juros fornecida já era efe-

tiva, portanto, ela já deve ser utilizada diretamente nas contas.

Agora, podemos calcular os juros resultantes da operação pela diferença:

14. (CESPE/TCE-PR/2016) Um investidor possui as propostas A e B de investimentos,

com prazo de resgate de um ano, e ambas exigem um aporte inicial de R$ 10.000.

Com relação ao investimento A, está previsto o rendimento de 14,4% de juros anuais

(nominal), capitalizados mensalmente. No que se refere ao investimento B, está pre-

visto o rendimento de 15% de juros ao ano (nominal), capitalizados bimestralmente.

Nessas condições, a proposta B é mais atrativa que a proposta A.

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Certo.

Essa questão solicita a comparação entre duas taxas de juros nominais com capita-

lizações diferentes. Uma forma de resolver o problema é converter ambas as taxas

em efetivas bimestrais.

Para a taxa A, em primeiro lugar, calcularemos a taxa efetiva mensal pela

proporcionalidade.

A conversão de taxa efetiva mensal em efetiva bimestral é feita pelo procedimento

das Taxas Equivalentes.

Para a taxa B, a taxa efetiva bimestral é dada diretamente pela proporcionalidade

com a taxa nominal.

Dessa forma, o banco B oferece uma taxa melhor que o banco A.

1.2 Taxas de Juros Equivalentes

Duas taxas de juros são equivalentes quando produzem, no regime de juros sim-

ples, o mesmo montante final quando aplicadas pelo mesmo capital e o mesmo tempo.

Para encontrar duas taxas equivalentes, devemos nos lembrar da expressão dos

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juros compostos.

Por exemplo, a taxa de juros de 12% ao ano é equivalente a que taxa de juros

mensal? Basta montar o esquema.

Agora, devemos nos lembrar de que 1 ano é equivalente a 12 meses. Portanto,

escrevemos esses coeficientes na equação.

Então, procedemos às contas:

Não se preocupe. Você não precisará fazer esse tipo de potência à mão sem

calculadora na hora da prova. Em geral, as questões pedem potências menores,

fornecem a potência ou deixam a resposta com esse termo a ser calculado, vere-

mos algumas questões assim.

De qualquer forma, com o auxílio de uma calculadora, é fácil calcular a taxa

mensal equivalente a 12% ao ano.

Olha só que interessante. A taxa de juros de 12% ao ano é equivalente a

0,95% ao mês, porém é proporcional a 1% ao mês.

Vejamos, agora, mais alguns exemplos. Qual taxa de juros trimestral é equiva-

lente a 1% ao mês?

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Os números que apareceram nos expoentes refletem que 1 trimestre é igual

a 3 meses. Portanto, o lado da taxa mensal deve ser elevado ao cubo. Dessa

forma, tem-se:

Agora, podemos extrair a taxa trimestral equivalente.

Também é possível fazer a conversão de uma unidade de tempo maior para uma menor.

EXEMPLO

Qual é a taxa mensal que é equivalente a 21% ao bimestre?

Por fim, resta-nos dizer que as bancas adoram confundir os conceitos de taxas

de juros proporcionais e equivalentes. Portanto, você deve ficar atento(a).

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E, agora, vamos ver como esse assunto aparece em provas.

15. (FCC/TRE-PR/2017/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE) A Cia. Escocesa, não


tendo recursos para pagar um empréstimo de R$ 150.000,00 na data do vencimento,
fez um acordo com a instituição financeira credora para pagá-la 90 dias após a data do
vencimento. Sabendo que a taxa de juros compostos cobrada pela instituição financeira
foi 3% ao mês, o valor pago pela empresa, desprezando-se os centavos, foi, em reais,
a) 163.909,00.
b) 163.500,00.
c) 154.500,00.
d) 159.135,00.
e) 159.000,00.

Letra a.
90 dias é o equivalente a 3 meses. Portanto, basta aplicar a expressão do montante

final em juros compostos.

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16. (CESPE/TCE-PE/2017/AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS) A taxa de 24% ao ano

é proporcional à taxa de 2% ao mês.

Certo.

A questão falou em taxas proporcionais, portanto devemos utilizar o conceito de juros

simples. Sendo assim, a taxa mensal que é proporcional a 24% ao ano é dada por:

Portanto, a afirmativa está correta.

17. (FCC/TRF 3ª REGIÃO/2016) Uma instituição financeira divulga que a taxa de

juros nominal para seus tomadores de empréstimos é de 24% ao ano com capitali-

zação mensal. Isto significa que a taxa efetiva bimestral correspondente é de:

a)

b)

c)

d)

e)

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Letra d.

A taxa efetiva bimestral, na verdade, pode ser entendida como a taxa bimestral

equivalente à efetiva mensal. Dessa maneira, devemos fazer o procedimento.

Façamos, portanto, a primeira etapa. Encontraremos a taxa efetiva mensal por

meio da proporcionalidade entre a taxa nominal e a taxa efetiva.

Agora, utilizando o conceito de taxas equivalentes, calcularemos a chamada taxa

efetiva bimestral:

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18. (FGV/SEFAZ-RJ/2011/ANALISTA DE CONTROLE INTERNO) A taxa de juros anu-

al equivalente à taxa de juros de 30% ao ano, capitalizados semestralmente, é:

a) 21,78%

b) 30,00%

c) 33,10%

d) 46,41%

e) 50,00%

Letra d.

Devemos seguir o mesmo esquema da questão anterior.

Primeiramente, transformaremos a taxa nominal em efetiva, no caso, semestral,

usando o conceito de taxas proporcionais.

Agora, para calcularmos a taxa efetiva anual, usamos o conceito de taxas equivalentes.

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19. (FGV/SEFIN-RO/2018/AUDITOR FISCAL) A taxa efetiva trimestral, que

é equivalente a uma taxa nominal de 120% ao ano, capitalizados mensal-

mente, é uma taxa de:

a) 21,78%

b) 30,00%

c) 33,10%

d) 46,41%

e) 50,00%

Letra c.

Percebeu que é um problema recorrente? Devemos seguir o mesmo esquema da

questão anterior.

Primeiramente, transformaremos a taxa nominal em efetiva, no caso, mensal,

usando o conceito de taxas proporcionais.

Agora, para calcular a taxa efetiva trimestral, devemos utilizar o conceito de taxas equivalentes.

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20. (CESPE/BRB/2011/ESCRITURÁRIO) Se o capital de R$ 5.000,00 for aplicado por 3


anos, à taxa de juros compostos de 12% ao ano com capitalização trimestral, o juro au-
ferido por essa aplicação, em reais, ao final do período, será igual a 5.000 × (1,0412 - 1).

Errado.
A taxa de 12% ao ano é nominal. Portanto, devemos convertê-la em efetiva trimes-
tral. Para isso, precisamos lembrar que 1 ano é equivalente a 4 trimestres.

Dessa maneira, podemos aplicar a expressão dos juros compostos.

Agora, podemos calcular os juros auferidos na aplicação:

21. (FCC/FUNAPE/2017/ANALISTA DE GESTÃO PREVIDENCIÁRIA) A quantia de R$


41.212,04 é o montante de aplicação de R$ 40.000,00, durante 3 meses, a uma
taxa mensal de:
a) 1,0%
b) 0,9%
c) 0,8%
d) 0,7%
e) 1,1%

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Letra a.

Acho chatas essas questões em que o aluno deve supor se o enunciado fala de ju-

ros simples ou compostos. Em linhas gerais, posso dizer que os juros compostos

são operações mais comuns no mercado, portanto, prefira juros compostos. Por-

tanto, vamos aplicar a Equação dos Juros Compostos:

Não se preocupe. Você não vai precisar tirar nenhuma raiz cúbica na hora da prova.

Basta testar as taxas de juros fornecidas pelo enunciado.

Por sorte, conseguimos o valor procurado logo na letra A.

22. (FCC/MPE-AM/2013/AGENTE TÉCNICO/ECONOMIA) Uma pessoa tem R$

20.000,00 e deseja aplicá-lo a juros compostos por 2 meses. Está em dúvida

se deve aplicar todo o capital à taxa de 4% ao mês ou se deve aplicar metade

à taxa de 3% ao mês e a outra metade à taxa de 5% ao mês. Se M1 e M2 são,

respectivamente, os montantes que seriam obtidos pela primeira e pela segun-

da opção, é verdade que:

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a) M1 = M2

b) M1 – M2 = R$ 4,00

c) M2 – M1 = R$ 2,00

d) M1 > R$ 22.000,00

e) M2 < R$ 21.500,00

Letra c.

Vamos calcular o montante de cada operação. Na primeira, a pessoa investe todo

o seu capital a uma taxa de 4% ao mês.

Para a segunda operação, a pessoa divide o capital inicial em dois, portanto:

Portanto, concluímos que:

23. (FCC/TST/2012/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE) Um produto custa

R$ 100,00 à vista, mas o comprador deseja pagá-lo a prazo. A menor taxa de juros

compostos mensal compreende efetuar o pagamento:

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a) em um mês em uma parcela única de R$ 110,00.

b) em dois meses em uma parcela única de R$ 125,00.

c) de R$ 50,00 à vista e R$ 56,00 em uma única parcela que vence em um mês.

d) R$ 30,00 à vista e R$ 80,00 em uma única parcela que vence em um mês.

e) de R$ 53,00 em uma parcela que vence em um mês e outra de R$ 56,18 que

vence em dois meses

Letra e.

Um conceito fundamental que o aluno deve ter em mente é que os juros só incidem

quando há transcurso de tempo. Dessa maneira, calculemos as taxas de juros en-

volvidas nas transações anteriores.

a) Errada. Em um mês em uma parcela única de R$ 110,00.

b) Errada. Em dois meses em uma parcela única de R$ 125,00.

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c) Errada. De R$ 50,00 à vista e R$ 56,00 em uma única parcela que vence em

um mês. Nesse caso, devemos calcular os juros apenas referente à parcela que foi

paga após um mês.

Observe que o produto custava R$ 100,00, dos quais R$ 50,00 foram pagos à vista

e o restante (R$ 100,00 - R$ 50,00 = R$ 50,00) foi pago no mês seguinte. Só inci-

diu juros sobre esse último capital.

d) Errada. R$ 30,00 à vista e R$ 80,00 em uma única parcela que vence em um mês.

Observe que o produto custava R$ 100,00, dos quais R$ 30,00 foram pagos à vista

e o restante (R$ 100,00 - R$ 30,00 = R$ 70,00) foi pago no mês seguinte. Só inci-

diu juros sobre esse último capital.

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e) Certa. De R$ 53,00 em uma parcela que vence em um mês e outra de R$ 56,18

que vence em dois meses

Essa é alternativa mais interessante. Note que o valor da compra foi dividido em

duas partes de R$ 50,00 que foram atualizados a juros compostos.

Portanto, a menor taxa de juros é a da letra e, que equivale a 6% ao mês.

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24. (FCC/TJ-PE/2012/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE) Um valor X foi

aplicado a juros compostos de 10% ao mês durante dois meses em um fundo de

investimentos A. O mesmo valor X foi aplicado a juros compostos de 20% ao mês

durante dois meses em um fundo de investimentos B. Em relação ao rendimento

da aplicação no fundo A, o rendimento obtido na aplicação no fundo B o supera em,

aproximadamente,

a) 23%

b) 44%

c) 65%

d) 110%

e) 210%

Letra d.

Mais uma questão sagaz da FCC. Essa banca não dá moleza não! Na primeira ope-

ração, que rendia 10% de juros ao mês, temos:

Portanto, os juros recebidos foram:

Agora, para a segunda aplicação com a taxa de 20% ao mês, pode-se escrever:

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O enunciado nos pediu para calcular as razões entre os juros recebidos – não entre

os montantes, cuidado!

Portanto, os juros recebidos na segunda aplicação excedem os juros recebidos na

primeira aplicação em:

25. (FCC/TJ-PE/2016/ANALISTA JUDICIÁRIO) Uma taxa de juros nominal de 21%

ao trimestre, com juros capitalizados mensalmente, apresenta uma taxa de juros

efetiva, trimestral de, aproximadamente:

a) 21,7%

b) 22,5%

c) 24,8%

d) 32,4%

e) 33,7%

Letra a.

Para a conversão de taxa de juros nominal em efetiva, usaremos o mesmo esque-

ma que já vimos na questão 17.

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Como a capitalização é mensal, calculemos a taxa efetiva mensal primeiramente.

Agora, usando o conceito de Taxas Equivalentes, calcularemos a taxa efetiva trimestral:

1.3 Taxa de Juros Real e Aparente

Considere que você tenha investido R$ 10.000 nas ações da CVC em Julho de

2016. Nessa época, as ações valiam R$ 23,53. Em um ano, as ações da companhia

atingiram R$ 34,53.

FIGURA 3 — Comportamento das Ações da CVC

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Dessa maneira, você teria obtido um ganho de 46,75% aproximadamente. Isso

significa que você teria um montante bruto de R$ 14.675. Muito bom, não é?

Porém, existem dois detalhes a considerar:

• Se você quisesse sacar esse dinheiro hoje, você não poderia sacar tudo. Você

teria que pagar Imposto de Renda sobre os seus rendimentos. No caso de

ações, a uma alíquota é de 15% – pelo menos, para a prova de Matemática

Financeira você não precisa saber disso, ok?

Esse imposto pode ser calculado por:

O valor que você efetivamente pode sacar é conhecido como Montante Líqui-

do – na vida real – ou ainda como Montante Aparente – nas questões de prova.

Esse montante seria:

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• Sendo assim, você pode sacar um montante líquido de aproximadamente

R$ 14 mil. Porém, vivemos num mundo de inflação. O poder de compra

desses R$ 14 mil hoje é menor do que era há um ano quando você come-

çou o seu investimento.

Se a inflação acumulada no período citado foi de 10%, é necessário descon-

tar a inflação. O desconto a ser aplicado é o desconto racional composto

que será estudado propriamente na Aula de Descontos. Por enquanto, basta

você conhecer a expressão.

A taxa real é calculada por um desconto racional.

Muitos alunos tentam subtrair a inflação da taxa aparente – e, provavelmente, a

questão de prova terá uma alternativa errada esperando por essa conta.

No caso do exemplo que vimos anteriormente, podemos calcular.

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Além disso, poderíamos calcular o montante real – grandeza muito explorada no

mercado financeiro e, por isso, pode aparecer numa prova futuramente. O montan-

te real corresponde ao montante aparente descontado da inflação.

De qualquer maneira, a única expressão que você precisa saber é a relação en-

tre a taxa real, a taxa aparente e a taxa de inflação.

É útil saber também que essa relação também vale entre os montantes real e aparente.

Não vale a pena decorar todas as expressões que vimos aqui nessa seção. É

muito melhor você aprender a lógica da inflação e da taxa real do que decorar um

monte de expressões.

Caso você já tenha estudado o assunto de Descontos, é bom lembrar que:

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Vamos treinar bastante sobre essa expressão antes de nos aprofundarmos no

tema de inflação?

26. (CESPE/TCE-PB/2018/AUDITOR DAS CONTAS PÚBLICAS) Em novembro de

2016, João comprou 10 kg de uma mercadoria e, um ano depois, ele comprou 11

kg dessa mesma mercadoria, mas pagou 21% a mais que em 2016. Se a inflação

do período tiver sido a única responsável pelo aumento de preço da mercadoria,

então a inflação desse período foi de:

a) 12,1%

b) 18,9%

c) 7,9%

d) 10,0%

e) 11,0%

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Letra d.

A inflação diz respeito à variação do preço da mercadoria. Suponha que João tenha

gasto uma quantia Q em 2016 para comprar 10 kg da mercadoria. Desse modo, o

preço da mercadoria em 2016 é de:

Já em 2017, João comprou 11 kg da mesma mercadoria, porém gastando 21% a

mais, ou seja, 1,21Q.

Queremos saber o aumento percentual de preço, que corresponde à inflação, por-

tanto basta dividir:

Portanto o aumento de preço foi de 0,10 ou 10%.

27. (CESPE/SEFAZ-AC/2009) Se, para uma aplicação de um ano, um fundo de in-

vestimentos oferecer a taxa de remuneração de 12,35%, e a taxa de inflação nesse

período for de 5%, então a taxa real de ganho desse fundo no período será igual a:

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a) 1,07%
b) 7%
c) 7,35%
d) 17,35%

Letra b.
Questão muito direta. Basta aplicar a fórmula do desconto racional para a taxa
de juros real.

28. (FCC/ICMS-PI/2015) Um investidor aplicou um capital de R$ 10.000,00 e res-


gatou o total de R$ 13.600,00 ao fim de 1 semestre. Se, nesse período, a taxa real
de juros foi de 32%, então, dos valores seguintes, o que mais se aproxima da taxa
de inflação do período é:
a) 3%
b) 2,5%
c) 4,5%
d) 4%
e) 3,5%

Letra a.
Podemos calcular a taxa aparente pelo montante fornecido no enunciado.

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Agora, usemos a relação clássica entre a taxa real e a aparente.

29. (CESPE/TCE-SC/2016/AUDITOR-FISCAL DE CONTROLE EXTERNO) Um investi-

dor do mercado imobiliário comprou um terreno por R$ 40.000 e, após dois anos,

vendeu-o por R$ 62.400. A taxa de inflação acumulada durante esses dois anos

foi de 20%. Nessa situação, a rentabilidade real desse investimento foi superior a

32% no biênio.

Errado.

Como não houve imposto de renda, o montante aparente é de R$ 62.400. A taxa de

ganho aparente é calculada pela valorização entre o montante aparente e o capital

inicialmente investido.

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Agora, basta utilizar a expressão que aprendemos para o cálculo de taxa de juros real.

Portanto, a rentabilidade real do investimento é inferior a 30%.

30. (CESPE/TCE-SC/2016/AUDITOR-FISCAL DE CONTROLE EXTERNO) Um capital

de R$ 80.000 investido durante um ano, rendeu R$ 13.870 de juros. A taxa de in-

flação nesse período foi de 7,3%. Nessa situação, o ganho real do investimento foi

superior a R$ 8.000.

Errado.

O montante aparente corresponde à soma do capital investido com os juros recebidos.

O montante real corresponde ao montante aparente descontado da inflação.

Infelizmente, o CESPE colocou uma conta muito difícil de fazer.

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Portanto, o ganho real do investidor foi de:

Durante uma prova, pode ser difícil de fazer essa conta. Por isso, é interessante

você fazer a conta aproximada.

31. (FCC/TST/2017/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE) Um investidor apli-

cou R$ 10.000,00 em títulos que remuneram à taxa de juros compostos de 10% ao

ano e o prazo para resgate da aplicação foi de 2 anos. Sabendo-se que a inflação no

prazo total da aplicação foi 15%, a taxa real de remuneração obtida pelo investidor

no prazo total da aplicação foi

a) 5,00%

b) 6,00%.

c) 5,22%.

d) 5,00% (negativo).

e) 4,55%.

Letra c.

Em primeiro lugar, calcularemos o rendimento aparente obtido pelo investidor, que

corresponde a uma taxa de 10% ao ano por 2 anos.

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Agora, basta usar a definição de juros reais para calcular o juro real obtido:

Infelizmente, o enunciado não forneceu uma conta simples de fazer. Re-

almente, você teria que dividir 1,21 por 1,15. Bom, agora podemos obter

a taxa de juros reais:

32. (CESPE/2011/PC-ES/PERITO CRIMINAL) Uma dívida de R$ 5.000,00 é paga,

com juros reais acrescidos da taxa de inflação do período, por R$ 5.670,00. Nessa

situação, sabendo que o produto das taxas de juros reais e de inflação é 0,004,

julgue o item que se segue.

A soma da taxa de juros reais com a taxa de inflação é inferior a 13,1%.

Certo.

Uma questão estranha, porém o procedimento é o mesmo. Foi fornecido o montan-

te aparente pago pelo investidor.

Agora, podemos utilizar a relação entre taxa real, taxa aparente e taxa de inflação.

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O enunciado pediu a soma que chamaremos de S:

Agora, procederemos aos cálculos:

33. (CESPE/TCU/2015/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO) Situação Hi-

potética: um investidor pretende adquirir um dos imóveis da empresa Fast Brick

por R$ 75.000,00 à vista e vendê-lo, após quatro anos, por R$ 120.000,00. Asser-

tiva: nesse caso, se a inflação acumulada no período for de 20%, a rentabilidade

real do investidor, no período de quatro anos, será superior a 35%.

Errado.

No período de quatro anos, o montante aparente obtido pelo investidor é de R$

120.000, portanto podemos calcular a taxa de juros aparente.

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Como a inflação acumulada foi fornecida para o mesmo período de 4 anos, pode-

mos aplicar a expressão conhecida para a taxa de juros real.

34. (FGV/ISS/NITERÓI-RJ/2015/FISCAL DE TRIBUTOS) Uma aplicação de R$

10.000,00, após dois meses, resultou em um montante de R$ 14.210,00. Consi-

derando a incidência de imposto sobre o rendimento de 30% e a taxa mensal de

inflação de 10%, a taxa de juros real durante o período de aplicação foi:

a) 7,0%

b) 7,5%

c) 8,0%

d) 8,5%

e) 9,0%

Letra a.

Em primeiro lugar, devemos calcular o imposto pago na operação.

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Portanto, o montante líquido será:

Para calcular a taxa de juros real, devemos considerar a inflação no período.

Como a inflação foi de 10% ao ano e o período foi de dois meses, primeiramen-

te, devemos calcular a inflação acumulada pela expressão dos juros compostos

– ou taxas equivalentes.

De posse da inflação, podemos calcular o montante e a taxa de juros real referen-

tes à operação:

1.3.1 Inflação e Poder de Compra

Você já parou para se perguntar sobre o que é o dinheiro?

O dinheiro emerge do mercado. O mercado é o processo de trocas voluntárias

entre indivíduos.

Tigres têm um jeito muito idiota de viver. Suponha que o tigre A viva num terri-

tório com ampla disponibilidade de caça, enquanto que o tigre B vive num território

com ampla disponibilidade de água.

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O que aconteceria se o tigre A cruzasse a fronteira dos territórios em busca da

água que o tigre B tem em excesso?

Provavelmente, os dois lutariam até morrer ou até que um deles abandonasse

o território disputado.

Por outro lado, dois seres humanos teriam atitudes diferentes. Provavelmente, o

ser humano A caçaria em excesso, assim como o ser humano B coletaria água em

excesso. Então, eles se encontrariam fronteiras e trocariam a água por alimentos.

Assim, tanto o ser humano A como o ser humano B teriam água e caça disponíveis

de maneira completamente pacífica. E é exatamente assim que funciona um mercado.

O processo de trocas diretas de um bem por outro, como ilustrado acima, é

denominado escambo. Numa economia mais complexa, torna-se impossível fazer

trocas diretas.

Imagine que você precise de cuidados médicos. Como você poderia pagar por

esses cuidados?

Você poderia levar 1 kg de filé mignon ao consultório e oferecer como pagamen-

to. Porém, e se o médico não gostar ou não tiver interesse naquele pedaço de carne?

É para isso que serve o dinheiro. O dinheiro é um meio de troca entre bens,

permitindo trocas indiretas.

O dinheiro é um bem facilmente comerciável, ou seja, é aceito por um grande

número de pessoas. As pessoas aceitam o dinheiro simplesmente porque sabem

que podem trocá-lo por outros bens no futuro.

No Império Romano, utilizava-se o sal como dinheiro. Tornou-se uma convenção

naquela civilização.

Porém, o sal tinha um grande problema. Toda vez que alguma expedição volta-

va cheio de sal, aquilo provocava uma grande flutuação na quantidade de dinheiro

disponível na economia.

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Por isso, uma característica importantíssima do dinheiro é que o dinheiro deve

ser um bem escasso. Um bem escasso é aquele que não pode ser produzido pelo

ser humano e que é muito difícil de ser falsificado, já que é facilmente reconhecível.

Com o tempo, o ouro e a prata foram escolhidos pelo mercado como bens para o

dinheiro, justamente por reunir essas características que detalhamos anteriormente.

O ouro e a prata não podem ser produzidos pelo ser humano – a natureza criou

uma quantidade fixa e o máximo que o ser humano pode fazer é extrair.

O dinheiro que utilizamos hoje em dia nasceu como certificados de ouro e prata.

O conceito mais importante sobre dinheiro que precisamos para entender a

inflação é que:

“Dinheiro não é riqueza.”

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Isso mesmo que você leu. Não importa o quanto dinheiro você tenha, o dinheiro
por si só não representa riqueza.
Pense, por exemplo, num grande imperador, como Napoleão. Ele tinha exérci-
tos, podia trazer todos os grandes luxos da época.
Porém, Napoleão não tinha acesso a bens como: frutas o ano inteiro, ar-condi-
cionado, medicamentos de toda espécie.
A riqueza deve ser medida pela disponibilidade de bens e serviços. Um cida-
dão de classe média de hoje em dia tem acesso a muito mais riqueza do que Napoleão.
E, por isso, temos o importante conceito de poder de compra do dinheiro. Por
exemplo, na Tabela a seguir, tratamos o poder de compra de R$ 300.

TABELA 1 — Poder de Compra de R$ 300

Bem Preço Poder de Compra de R$ 300


Arroz R$ 4/kg 75 kg
Feijão R$ 5/kg 60 kg
Leite R$ 3/L 100 L
Dólar R$ 3/1US$ US$100

Observe que o poder de compra é inversamente proporcional ao preço dos bens.

35. (CESPE/ANAC/2008/ANALISTA ADMINISTRATIVO) Se, em determinado mês,


um trabalhador não sofrer reajuste salarial e os preços subirem 25%, então o po-
der de compra desse trabalhador será reduzido em 20% no referido mês.

Certo.
O poder de compra do salário de um trabalho é inversamente proporcional. Seja P

o preço inicial dos bens, os preços aumentaram 25%, portanto o preço final será:

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As setas estão no sentido contrário, porque as grandes são inversamente propor-


cionais. Montando a proporção no sentido das setas:

Lembre-se da nossa dica sobre resolver contas com 25 no denominador. Basta mul-
tiplicar por 4.

Portanto, de fato, o poder de compra diminuiu em 20%. Note que esse é tam-
bém um ponto importante sobre porcentagem: aumentar 25% não é a mesma
coisa de reduzir 25%.

O que aconteceria se a Fada do Dente visitasse todas as casas brasileiras e


multiplicasse por dois todo o dinheiro disponível nas contas bancárias de todas as

pessoas? Será que todos nós ficaríamos mais ricos?

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Certamente não. Dinheiro não é riqueza. A riqueza é medida pela disponibilida-


de de bens e serviços.
A Fada não aumentou a quantidade de bens e serviços disponíveis na economia.
Então, o que aconteceria é que, quando as pessoas fossem tentar gastar o dinheiro
extra que receberam, os preços dos bens teriam subido.
O único efeito que a Fada causou foi aumentar a quantidade de dinheiro
na economia, o que é conhecido como inflação monetária. Se existe mais
dinheiro, ele vale menos.
Portanto, a inflação não é o aumento generalizado dos preços, mas sim o au-
mento na quantidade de dinheiro na economia. O aumento generalizado dos preços
dos bens é apenas uma consequência.
No Brasil, o Banco Central é o único órgão autorizado a emitir moeda.
Quando o Banco Central emite moeda, acontece algo diferente da Fada. O que
acontece é que o governo simplesmente imprime mais dinheiro para si.
Há um aumento na quantidade de dinheiro na economia, mas esse aumento é de-
sigual, pois o governo recebeu todo o dinheiro novo. Desse modo, a inflação é eco-
nomicamente um imposto – mas não tributariamente, portanto jamais considere,
numa prova de Direito Tributário, a inflação como um exemplo de imposto, ok?
No entanto, é importante destacar que o que conhecemos popularmente como
inflação, na verdade, é o IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo. O IPCA é
uma medida de como os preços aumentaram. Assim, o IPCA não é uma medida da
inflação propriamente dita, mas apenas de um de seus sintomas.
A despeito disso, o índice de preços reflete o poder de compra do dinheiro e, por
isso, é uma métrica muito útil para a avaliação de investimentos.
Um dos efeitos mais danosos da inflação, segundo o economista Friedrich
von Hayek, Prêmio Nobel de Economia em 1974, é que a inflação torna muito
mais difícil o cálculo econômico, desta forma os agentes terão mais dificuldade

em tomar decisões racionais.

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Para ilustrar essa afirmação, tomemos como exemplo uma situação que apre-

sentei aos clientes da minha consultoria de investimentos em Julho de 2017.

36. (FTC/2017/INÉDITA) O Tesouro Selic é um título público pós-fixado que paga

juros de acordo com a Taxa Selic. Em Julho de 2016, a Taxa Selic era de 14,25% ao

ano e a inflação era de 10% ao ano. Já em Julho de 2017, a Taxa Selic era de 9%

ao ano e a inflação era de 5% ao ano.

Sobre os rendimentos no Tesouro, incide alíquota de Imposto de Renda de 17,5%

para aplicações de 1 ano.

Nessa situação, considerando o prazo de 1 ano, é correto afirmar que era mais van-

tajoso investir nesse título em 2016 do que em 2017.

Obs.: use calculadora, porque os dados são reais e não receberam nenhum trata-

mento para facilitar as contas.

Errado.

Calculemos os ganhos líquidos em ambos os anos:

Agora, calculemos os ganhos reais considerando a inflação. Para 2016:

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Para o ano de 2017:

Então, o ganho real no ano de 2017, com o Tesouro Selic, foi superior ao ganho real

do mesmo investimento em 2016.

A despeito do que vimos na questão anterior, se você lesse qualquer jornal de

investimentos na época, muitos analistas de investimentos estavam apontando

para a morte da Renda Fixa em 2017.

Eles estavam simplesmente olhando para a taxa de juros nominal que caiu de

14,25% para 9% naquela época. Bastante compreensível a confusão, não é?

Agora, imagine um cenário em que você não tem nem mesmo a previsão de

quanto será a inflação nos próximos anos? É muito difícil dizer qual o retorno você

deve esperar para um investimento, não é verdade?

A Figura 4 mostra o comportamento da taxa de inflação no Brasil de 2007

a 2017. Perceba como a inflação brasileira é instável. Esse cenário afasta

muitos investidores.

FIGURA 4 — Taxa de Inflação no Brasil

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2. Comparação entre Juros Simples e Compostos

Um tema frequentemente abordado pelas bancas é a relação entre Juros Sim-

ples e Compostos.

Para isso, tomemos uma aplicação de R$ 10 mil que rende 12% ao ano calcula-

dos a juros simples e compostos com o auxílio de uma planilha de Excel.

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TABELA 2 — Efeito dos Juros Simples e Compostos num período de 2 anos

Tempo (anos) Juros Simples Juros Compostos Observação


0 R$ - R$ - Ambos nulos
0,1 R$ 120,00 R$ 113,97 JS > JC
0,2 R$ 240,00 R$ 229,25 JS > JC
0,3 R$ 360,00 R$ 345,83 JS > JC
0,4 R$ 480,00 R$ 463,75 JS > JC
0,5 R$ 600,00 R$ 583,01 JS > JC
0,6 R$ 720,00 R$ 703,62 JS > JC
0,7 R$ 840,00 R$ 825,62 JS > JC
0,8 R$ 960,00 R$ 949,00 JS > JC
0,9 R$ 1.080,00 R$ 1.073,79 JS > JC
1 R$ 1.200,00 R$ 1.200,00 JS = JC
1,1 R$ 1.320,00 R$ 1.327,65 JC > JS
1,2 R$ 1.440,00 R$ 1.456,76 JC > JS
1,3 R$ 1.560,00 R$ 1.587,33 JC > JS
1,4 R$ 1.680,00 R$ 1.719,40 JC > JS
1,5 R$ 1.800,00 R$ 1.852,97 JC > JS
1,6 R$ 1.920,00 R$ 1.988,06 JC > JS
1,7 R$ 2.040,00 R$ 2.124,69 JC > JS
1,8 R$ 2.160,00 R$ 2.262,88 JC > JS
1,9 R$ 2.280,00 R$ 2.402,64 JC > JS
2 R$ 2.400,00 R$ 2.544,00 JC > JS

A conclusão da Tabela 2 é muito importante para provas de concursos. É natu-

ral esperar que os juros compostos superem os juros simples ao longo do tempo.

Porém, perceba que os juros simples rendem mais que os juros compostos

quando o período de tempo é inferior a 1.

Essa conclusão também pode ser visualizada na Figura 5 e na Figura 6.

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FIGURA 5 — Efeito dos Juros Simples e Compostos no Prazo de 2 anos

FIGURA 6 — Proporção entre Juros Simples e Compostos no Prazo de 2 Anos

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Agora, vamos esquematizar essa conclusão para que você não esqueça mais.

O tempo deve ser medido na mesma unidade da taxa de juros. Assim, se a taxa é

anual, para t < 1 ano, os juros simples rendem mais que os juros compostos.

Naturalmente, os bancos tomam vantagem dessa propriedade. Por exem-

plo, como as taxas de juros dos bancos são mensais, caso você fique devendo

no cheque especial por um período de tempo inferior a um mês (situação bem

corriqueira), você será cobrado por juros simples.

Outro ponto a se comentar é que os juros compostos realmente rendem mais

que os juros simples quando o tempo cresce e que essa diferença fica sensivelmen-

te maior à medida que o tempo passa.

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FIGURA 7 — Efeito dos Juros Simples e Compostos no prazo de 10 Anos

A Figura 7 mostra que, quanto maior o efeito do tempo sobre a aplicação finan-

ceira, maior será a diferença de rendimento entre juros simples e compostos.

37. (CESPE/TJ-CE/2014) Considere que dois capitais de mesmo valor C tenham

sido aplicados, um no regime de juros simples e outro no regime de juros compos-

tos, às mesmas taxas de juros anuais e no mesmo prazo, o que gerou, respectiva-

mente, os montantes M e N. Nessa situação, é correto afirmar que:

a) M > N, para prazo inferior a um ano.

b) N > M, para prazo inferior a um ano.

c) M = N, visto que são calculados com a mesma taxa de juros e com o mesmo prazo.

d) M > N, qualquer que seja o prazo da operação.

e) N > M, qualquer que seja o prazo da operação.

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Letra a.
Como a taxa de juros é anual, temos que os juros simples rendem mais que os
compostos para um prazo inferior a um ano.

38. (CESPE/TCE-PE/2017/AUDITOR DAS CONTAS PÚBLICAS) Considere que dois


capitais, cada um de R$ 10.000, tenham sido aplicados à taxa de juros de 44% ao
mês – 30 dias –, por um período de 15 dias, sendo um a juros simples e outro a
juros compostos. Nessa situação, o montante auferido com a capitalização no regi-
me de juros compostos será superior ao montante auferido com a capitalização no
regime de juros simples.

Errado.
Como a taxa de juros é ao mês, o período de 15 dias corresponde a t = 1/2, então é
inferior a uma unidade de tempo. Sendo assim, o regime de juros simples rende mais.

39. (FGV/ISS/NITERÓI-RJ/2015/CONTADOR) Um empréstimo por dois meses uti-


lizando o regime de juros compostos de 10% ao mês equivale a um empréstimo

utilizando o regime de juros simples, pelo mesmo período, de:

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a) 9,0% ao mês

b) 9,5% ao mês

c) 10,0% ao mês

d) 10,5% ao mês

e) 11,0% ao mês

Letra d.

Calculemos o montante da operação pela expressão dos Juros Compostos.

Agora, queremos saber qual taxa de juros simples produziria o mesmo montan-

te no mesmo intervalo de tempo de 2 meses.

Um comentário importante a se fazer é que realmente deveríamos esperar que a taxa

de juros simples fosse maior. Como o período de tempo é superior a 1 ano, temos que,

numa mesma taxa, os juros compostos seriam superiores aos juros simples.

Como queremos que sejam iguais, precisamos de uma taxa de juros simples maior.

40. (FGV/ISS/NITERÓI-RJ/2015/FISCAL DE TRIBUTOS) Um empréstimo de dois

anos utilizando o regime de juros simples de 150% ao ano equivale a um emprés-

timo utilizando o regime de juros compostos, pelo mesmo período, de:

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a) 100% ao ano
b) 125% ao ano
c) 150% ao ano
d) 175% ao ano
e) 200% ao ano

Letra a.
Agora se trata do problema inverso. Calculemos, primeiramente, o montante acu-
mulado no regime de juros simples.

Agora, calculemos qual taxa de juros compostos produziria o mesmo montante no


mesmo período de 2 anos.

41. (FGV/SEFAZ-MT/2014/AFRE) A taxa efetiva anual equivalente à taxa nominal


de 10% ao ano, capitalizada mensalmente, será:
a) igual a 10%.
b) menor do que 10%.
c) menor do que a taxa efetiva anual equivalente obtida sob capitalização trimestral.
d) maior do que a taxa efetiva anual equivalente obtida sob capitalização semestral.
e) maior do que qualquer taxa efetiva anual equivalente obtida sob capitalização

diária, semestral, trimestral ou anual.

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Letra d.

Alguns alunos poderiam achar um exagero por parte da FGV cobrar uma taxa no-

minal com capitalização diária, o que levaria a uma potência de expoente 365.

Porém, eu considero que há uma forma bastante elegante de fazer essa questão

sem o uso de calculadora durante uma prova de concurso.

Seja N o número correspondente a quantidade de período de capitalização contidos

em 1 ano. Ou seja, N = 12 para capitalização mensal, porque 1 ano tem 12 meses.

N = 2 para capitalização semestral, porque 1 ano tem 2 semestres. E, daí em diante.

Seguindo o processo que aprendemos na seção 18, temos que a taxa nominal pode ser

convertida em efetiva no período da capitalização por meio de uma proporcionalidade:

Por outro lado, a taxa efetiva anual será calculada pela regra das taxas equivalen-

tes, ou seja, uma potência:

Agora, devemos utilizar a desigualdade entre os juros simples e compostos. Para N

> 1 – o que é o caso de todas as capitalizações pedidas na questão:

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Portanto, em todos os casos (capitalização diária, mensal, trimestral ou semes-


tral), a taxa efetiva anual será superior a 10%. Além disso, como comentamos,
quanto maior for o efeito do tempo, ou seja, quanto maior o N, maior será o
efeito dos juros compostos.
Portanto, mais distante de 10% será a taxa efetiva anual.
Sendo assim, para capitalização diária (N = 365), a taxa efetiva anual atingirá o
seu máximo. Depois virá a capitalização mensal (N = 12), a bimestral (N = 6), a
trimestral (N = 4) e, por último, a semestral (N = 2).
Sendo assim, a letra d é o nosso gabarito, tendo em vista que a taxa efeti-
va anual com capitalização mensal será maior que a taxa efetiva anual com
capitalização semestral.
Feito esse raciocínio que poderia ser aplicado na hora da prova, podemos calcular
todas as expressões para as diferentes capitalizações pedidas na questão.

TIPO DE
N
CAPITALIZAÇÃO
Diária 365 0,027% 10,51%
Mensal 12 0,83% 10,47%
Trimestral 4 2,5% 10,38%
Semestral 2 5% 10,25%

A diferença pode parecer mínima olhando pela tabela. Porém, no mercado finan-
ceiro, ganha-se dinheiro nos pequenos percentuais. Esse tipo de problema é de
bastante relevância.

2.1 Produtos Notáveis

Em questões mais avançadas, é relativamente comum serem cobrados os pro-


dutos notáveis. Por isso, precisamos saber muito bem, pelo menos, os principais.
Vamos a eles:

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1. Quadrado da Soma:

Demonstração:

2. Quadrado da Diferença:

Demonstração:

3. Soma pela diferença:

Demonstração:

4.

Demonstração: usando o produto notável anterior, temos que:

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42. (ESAF/AFRFB/2012) No sistema de juros simples, um capital foi aplicado

a uma determinada taxa anual durante dois anos. O total de juros auferidos

por esse capital no final do período foi igual a R$ 2.000,00. No sistema de

juros compostos, o mesmo capital foi aplicado durante o mesmo período, ou

seja, 2 anos, e a mesma taxa anual. O total de juros auferidos por esse capital

no final de 2 anos foi igual a R$ 2.200,00:

Desse modo, o valor do capital aplicado, em reais, é igual a:

a) 4.800,00

b) 5.200,00

c) 3.200,00

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d) 5.000,00

e) 6.000,00

Letra d.

Para o sistema de juros simples, temos que os juros auferidos são dados por:

Por outro lado, para o sistema de juros compostos:

Podemos subtrair os juros obtidos em cada operação:

Dessa forma, tem-se um sistema de duas equações e duas incógnitas:

Como queremos o capital inicial investido (C), a maneira mais simples de resolvê-lo

é elevando a primeira equação ao quadrado e dividindo pela segunda:

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43. (FCC/SEFAZ-RJ/2014/AFRE) Um capital aplicado sob o regime de capitalização

composta, durante 1 semestre, apresentou, no final deste prazo, um total de ju-

ros de R$ 580,00. Caso esse capital fosse aplicado sob o regime de capitalização

composta, durante 1 ano, apresentaria no final deste prazo um total de juros de R$

1.183,20. Sabe-se que em ambos os casos considerou-se a taxa de i ao semestre

(i > 0). Um outro capital, no valor de R$ 15.000,00, aplicado, durante 1 ano, sob

o regime de capitalização composta a uma taxa de i ao semestre, apresentará no

final deste prazo um montante de

a) R$ 16.242,00

b) R$ 16.200,00

c) R$ 16.212,00

d) R$ 16.224,00

e) R$ 16.236,00

Letra d.

Vamos escrever a valorização do capital em função da taxa semestral. No primeiro

caso, temos uma aplicação de apenas 1 semestre.

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Agora, para a segunda aplicação que durou 1 ano (2 semestres):

Da equação anterior, já calculamos o valor de Ci. Portanto, segue que:

Agora, já temos duas equações e duas incógnitas bem simples em função do Ca-

pital e da taxa (i). O enunciado quer saber o valor que seria obtido ao investir o

capital de R$ 15.000 à taxa i, portanto precisamos calcular a taxa i. Para isso, basta

utilizar as duas equações que temos. Com base nelas, podemos escrever que:

Dividindo a primeira pela segunda, temos:

Basta agora aplicar a Equação dos Juros Compostos para o capital de R$ 15.000,00,

a taxa conhecida de 4% ao semestre e o prazo de 1 ano (2 semestres):

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2.2 Cindibilidade do Prazo

Para entender esse problema, voltemos a uma questão do CESPE.

44. (CESPE/BRB/2011/ESCRITURÁRIO) Se um investidor aplicar a quantia de R$

500,00 em uma instituição financeira, pelo prazo de 2 anos, à taxa de juros simples

de 4% ao ano, e, ao final desse prazo, ele reinvestir todo o montante recebido na

mesma aplicação, por mais 2 anos e nas mesmas condições iniciais, então, ao final

desses 4 anos, esse investidor receberá o montante de R$ 580,00.

Errado.

Questão interessante sobre a dinâmica dos Juros Simples. Nesse caso, temos duas

aplicações. Na primeira, o montante final pode ser calculado por:

Esses R$ 540,00 serão reaplicados nas mesmas condições – taxa de juros de 4%

ao ano – por mais dois anos gerando um montante final de:

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Note que o montante final foi de R$ 583,20, que é diferente do enunciado. Logo a

alternativa está errada.

A questão anterior trata um aspecto muito importante das operações de Juros Simples.

É interessante notar que, caso os R$ 500,00 tivessem sido aplicados diretamen-

te à taxa de 4% ao ano por 4 anos, o montante final produzido seria diferente.

Dessa maneira, é diferente aplicar um capital de R$ 500,00 por uma taxa de ju-

ros simples contínua por 4 anos de aplicar o mesmo capital à mesma taxa de juros

simples, porém quebrada em dois períodos de 2 anos.

Por isso, diz-se que, no caso de Juros Simples, não é possível cindir o prazo

da aplicação.

Por outro lado, caso a operação fosse de juros compostos, teríamos a seguinte

situação. Caso calculássemos em partes, como foi solicitado pela questão, teríamos:

Por outro lado, caso o prazo da aplicação não fosse cindido, ou seja, se a apli-

cação permanecesse por 4 anos, teríamos:

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Sendo assim, no caso de Juros Compostos, é indiferente se a aplicação é mantida

ou quebrada, desde que o prazo global seja o mesmo. Por isso, é possível afirmar que

o Regime de Juros Compostos tem a propriedade de Cindibilidade do prazo.

A Cindibilidade do prazo é uma propriedade importante da operação de juros

compostos. Graças a ela, os juros compostos se tornam uma maneira muito natural

de fazer investimentos.

Se você tivesse um capital de R$ 500 investido a juros simples, naturalmente,

você gostaria de sacá-lo todo ano e reinvestir o montante global para obter um

rendimento maior.

Porém, se o capital estiver investido a juros compostos, não há necessidade

de mexer na sua aplicação, pois todo o seu montante acumulado está rendendo

a juros.

A falta de Cindibilidade do prazo nas operações de juros simples tornou essa

operação praticamente morta no mercado financeiro. As poucas aplicações derivam

apenas da propriedade estudada na seção 2 de que os juros simples rendem mais

que os juros compostos para tempo inferior a uma unidade.

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3. Tópicos Adicionais sobre Juros Compostos

Nessa seção, eu resolvi incluir alguns assuntos que sempre causam confusão

entre os alunos quando aparecem em provas.

Gostaria de adiantar que não são assuntos muito frequentes; porém, para che-

gar ao topo da montanha e estar bem preparado para uma prova de alto nível de

dificuldade, você precisa estar atento(a) a eles.

3.1 Logaritmos

Talvez você odiasse esse assunto quando você estava no Ensino Médio. Porém,

fique tranquilo(a), não é nada do outro mundo.

O logaritmo é a operação inversa da potenciação. Em outras palavras:

O logaritmo é composto pelos termos:

• Logaritmando ou antilogaritmo (b): é o número, cujo logaritmo se

deseja calcular;

• Base (a): é a base da potência.

A expressão que acabamos de ver mostra que o logaritmo de b na base a é o

número ao qual se deve elevar a base a para se obter b.

Vejamos um exemplo para você entender melhor.

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Em outras palavras, 3 é o logaritmo de 8 na base, porque 2 elevado a 3 é

igual a 8. O logaritmo é muito útil para simplificar algumas contas envolvendo

Juros Compostos.

A base mais comum para o cálculo de logaritmos é a base 10. Por isso, quando

a base estiver omitida, considere que ela é 10. Por exemplo:

Para ajudar nas nossas contas, precisaremos lançar mão de algumas propriedades.

3.1.1 Propriedades do Logaritmo

Os logaritmos são muito interessantes, porque são capazes de transformar ope-

rações mais complicadas em operações mais simples.

Por exemplo, os logaritmos transformam produto em soma.

1. Logaritmo do Produto:

EXEMPLO

Vamos calcular ambos os lados da equação:

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Note que , por isso, .

Já o lado direito da equação também pode ser resolvido:

Portanto, chegamos à conclusão de que o logaritmo do produto é igual à soma

dos logaritmos.

2. Logaritmo da Potência:

EXEMPLO

Vamos calcular ambos os lados da equação:

Note que , por isso, .

Já o lado direito da equação também pode ser resolvido:

Portanto, chegamos à conclusão de que o logaritmo da potência pode ser resol-

vido simplesmente trazendo o expoente para frente do logaritmo.

45. (CESPE/BRB/2010/ESCRITURÁRIO) Um funcionário demitido recebeu o seu

FGTS e investiu parte dele em uma instituição financeira que remunera os investi-

mentos captados com juros compostos capitalizados mensalmente.

A partir dessa situação, julgue os itens que se seguem, considerando 0,301 e 0,477

como valores aproximados de log 2 e log 3, respectivamente.

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Se a taxa de juros desse investimento for de 2,4% ao mês, então, após 18 meses,

o saldo total do investimento será inferior a 150% do capital investido.

Errado.

Devemos aplicar a expressão do montante para juros compostos.

Agora, precisamos perceber que 1.024 é uma potência de 2:

Usando o logaritmo fornecido para 2:

Agora, vamos comparar a expressão encontrada com 150% de C:

Sendo assim:

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3.2 Capitalização Contínua

Em operações interbancárias, é relativamente comum que se fale no conceito


de capitalização contínua.
Nesse caso, os juros são capitalizados a todo o instante. Trata-se da situação
que mais rende juros para o investidor.
Pode-se demonstrar – a demonstração requer cálculo integral e está fora do
escopo desse curso – que o montante final quando se tem uma taxa nominal e ca-
pitalização contínua é dado por:

O número e é conhecido como Número de Euler ou a base da exponencial na-


tural. Esse é um número irracional, cujo valor aproximado você não precisa saber:

Um importante conceito sobre a Exponencial Natural é o logaritmo natural ou


neperino. Esse é o logaritmo, cuja base é o próprio número de Euler. Por isso, é
uma ferramenta muito importante para as questões de Capitalização Contínua.

Se você estiver bem afiado com o conceito de Logaritmo, esse assunto não te
causará nenhum problema. Vejamos alguns exemplos:

E possível, ainda, deduzir as expressões para o tempo ou para o cálculo da taxa


de juros numa Capitalização Contínua. Porém, eu não recomendo que você decore
tantas fórmulas – a chance de se confundir com qualquer uma delas é imensa.

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O melhor a fazer é treinar e aprender a manipular muito bem a única expressão

que você precisa saber sobre Capitalização Contínua. Vamos repeti-la:

46. (CESPE/TJ-SE/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE/2014) Considerando

que um empresário tenha tomado empréstimo no valor de R$ 30.000,00 para cus-

tear reformas em seu estabelecimento comercial, julgue os itens que se seguem a

respeito de taxa de juros efetiva.

Considerando-se 1,08 como valor aproximado para e0,08, é correto afirmar que, se

toda a quantia tomada como empréstimo tivesse sido investida à taxa de 8% ao

ano, em um regime de capitalização contínua, pelo período de 2 anos, então, ao

final do período, o montante teria sido inferior a R$ 32.500,00.

Errado.

Nessa questão, temos uma taxa nominal com capitalização contínua. Portanto, de-

vemos aplicar a expressão dos juros contínuos:

São dados:

C = 30.000

i = 8% a.a. = 0,08

n = 2 anos

Logo,

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47. (FCC/SEFAZ-SP/2009) Considere que o logaritmo neperiano de 1,8 é igual a

0,6. Aplicando um capital de R$ 25.000,00 a uma taxa de 4% ao mês, com capita-

lização contínua, verifica-se que o montante, no momento do resgate, é igual a R$

45.000,00. O período de aplicação é igual a:

a) 12 meses

b) 15 meses

c) 18 meses

d) 21 meses

e) 24 meses

Letra b.

A grande dificuldade das questões que envolvem capitalização contínua é simples-

mente lembrar a fórmula e, em alguns casos, trabalhar com os logaritmos. Fora

isso, elas dificilmente destoarão do padrão.

Nessa questão, a taxa e o tempo estão na mesma unidade, logo podemos aplicar

tranquilamente a expressão:

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Queria aproveitar para passar uma dica muito boa nas divisões por potências de 5.

Sempre que um número terminar em 5, multiplique por 2. Se ele terminar em 25,

multiplique por 4.

48. (FCC/SEFAZ-PI/2015) Um capital de R$ 15.000,00 é aplicado, durante 2 anos,

à taxa de 5% ao semestre com capitalização contínua. Dos valores abaixo, o mais

próximo do valor dos juros desta aplicação é:

Dados: ln(1,051271) = 0,05;

ln(1,105171) = 0,10;

ln(1,161834) = 0,15

ln(1,221403) = 0,20;

em que ln é o logaritmo neperiano, tal que ln(e) = 1

a) R$ 3.076,00

b) R$ 3.155,00

c) R$ 3.321,00

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d) R$ 3.487,00

e) R$ 3.653,00

Letra c.

Essa questão foi um tanto capciosa. Mais uma vez temos que aplicar diretamente a

expressão válida para Juros Contínuos.

Nessa questão, a taxa é semestral, mas o tempo está em anos. Portanto, devemos

converter 2 anos em 4 semestres.

Olhando nos dados fornecidos, temos que:

Portanto, podemos calcular o montante obtido:

Como a questão pediu os juros, devemos nos lembrar que:

Curiosamente, a questão deu muitas casas decimais no enunciado, mas colocou o

número arredondado entre as alternativas.

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3.3 Convenção Linear

Como já vimos, os juros simples rendem mais que os juros compostos quando

o intervalo de tempo é menor que a unidade.

Por isso, os bancos gostam de utilizar a famosa convenção linear. Nessa con-

venção, é feita uma aproximação dos juros compostos por juros simples na parte

fracionária do tempo.

Por exemplo, se a sua aplicação for feito a uma taxa anual por 2 anos e 6 meses,

a convenção linear calculará o montante final da seguinte maneira.

• Na parte inteira do tempo (2 anos), será calculado o montante por meio de

juros compostos;

• Na parte fracionária do tempo (6 meses), será calculado o montante por meio de

juros simples, mas sobre todo o montante acumulado até o final da parte inteira.

Na Convenção Linear, utiliza-se a expressão de Juros Simples, porém os juros re-

cebidos anteriormente são capitalizados.

E, agora, vamos treinar com algumas questões?

49. (FGV/ISS/NITERÓI-RJ/2015/CONTADOR) Os juros sobre uma dívida são cobra-

dos utilizando a convenção linear. A dívida será paga após um ano e meio, e a taxa

de juros compostos anunciada pela instituição financeira é de 20% ao ano.

A porcentagem de juros cobrados em relação ao principal é:

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a) 20%
b) 21%
c) 30%
d) 31%
e) 32%

Letra e.
Em primeiro lugar, dividiremos o tempo em parte inteira e fracionária. Como a taxa
de juros é anual, a parte inteira será de 1 ano e a parte fracionária será de meio ano.
Calculemos o capital acumulado (C1) após um ano de aplicação a juros compostos.

Na parte fracionária do tempo, consideraremos o capital inicial como 1,20C, que foi
o montante obtido na parte anterior da conta.

Agora, extrairemos os juros totais recebidos na operação de 1 ano e meio.

50. (FCC/SEFAZ-PB/2006/AUDITOR-FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS) Um capital


no valor de R$ 20.000,00 foi investido a uma taxa de juros compostos de 10% ao
ano, durante 2 anos e 3 meses. O montante no final do período, adotando a con-
venção linear, foi igual a:

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a) R$ 22.755,00

b) R$ 23.780,00

c) R$ 24.805,00

d) R$ 24.932,05

e) R$ 25.500,00

Letra c.

Em primeiro lugar, dividiremos o tempo em parte inteira e fracionária. Como a taxa

de juros é anual, a parte inteira será de 2 anos e a parte fracionária será de 3 me-

ses (ou ¼ de ano).

Calculemos o capital acumulado (C1) após dois anos de aplicação a juros compostos

Na parte fracionária do tempo, consideraremos o capital inicial como 24.200, que

foi o montante obtido na parte anterior da conta.

Para fazer essa conta, convém abrir os parênteses:

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Comentando um pouco mais sobre a questão 50, podemos calcular – com o au-

xílio de uma calculadora – o montante que seria obtido caso considerássemos Juros

Compostos por toda a operação. Essa é a chamada convenção exponencial.

Observe que, como já deveríamos esperar, o montante total acumulado pela con-

venção exponencial é menor que o montante total acumulado pela convenção linear.

Além disso, podemos calcular a diferença obtida.

Os juros recebidos na parte fracionária (3 meses) pela convenção linear e expo-

nencial são, respectivamente:

Sendo assim, a adoção da convenção linear provoca um aumento de aproximada-

mente 3,8% nos juros recebidos pelo banco – e isso no período de apenas 3 meses.

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Você pode achar pouco, mas ganhar 3,8% sobre o capital de outra pessoa

sem fazer absolutamente nenhum esforço é um excelente negócio. Por essas e

por outras, a Matemática Financeira é fundamental para melhorar sua relação

com o dinheiro.

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MATEMÁTICA
Juros Compostos
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QUESTÕES DE CONCURSO

1. (CESPE/TCE-SC/2016/AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO) Pedro aplicou

R$ 10.000 em uma instituição financeira pelo prazo de 3 meses consecutivos. A

taxa de juros compostos dessa aplicação no primeiro mês foi de 5%; no segundo

mês, de 10%; e no terceiro, de 8%. Nessa situação, Pedro, ao final do terceiro mês,

recebeu de juros mais de R$ 2.400.

2. (CESPE/STM/2011/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE) A diferença entre

a remuneração de capital – devido a empréstimo, investimento etc. – nos regimes

de juros simples e compostos dá-se pelo fato de que, no caso de juros compostos,

o cálculo da remuneração por determinado período é feito sobre o capital inicial

acrescido dos rendimentos nos períodos anteriores, e, no caso de juros simples, a

remuneração é calculada apenas sobre o capital inicial.

3. (CESPE/SEFAZ-AC/2009/FISCAL DA RECEITA ESTADUAL) A quantia de R$

110.500,00 foi repartida em 2 partes, que foram aplicadas na mesma data, sob o

regime de juros compostos. Uma parte foi aplicada no banco A, que paga juros de

3% ao mês, e a outra, no banco B, que paga juros de 5,06% ao mês. Consideran-

do que 10 meses após as aplicações os montantes nos 2 bancos eram iguais, que

1,0506/1,03 = 1,02 e que 1,1 corresponde ao valor aproximado de 1,025, é correto

afirmar que a parte aplicada no banco A, em reais, era:

a) inferior a 49.000.

b) superior a 49.000 e inferior a 59.000.

c) superior a 59.000 e inferior a 69.000.

d) superior a 69.000.

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Juros Compostos
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4. (FCC/TRF 3ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO) O senhor A investiu a quantia de

x em um produto financeiro que apresentou queda constante e sucessiva de 10%

ao ano por, pelo menos, 10 anos. Simultaneamente, o senhor B investiu a quantia

de 27x (27 vezes a quantia x) em um produto financeiro que apresentou queda

constante e sucessiva de 70% ao ano por, pelo menos, 10 anos.

A partir do início desses dois investimentos, o número de anos completos necessá-

rios para que o montante investido pelo senhor A se tornasse maior que o montante

investido pelo senhor B é igual a:

a) 2

b) 4

c) 6

d) 3

e) 5

5. (CESPE/TCE-AC/2009/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO) Um capital foi aplica-

do pelo período de um ano, em uma conta remunerada, à taxa de juros de 10% ao

mês. Considerando que o regime de capitalização foi de juros simples nos primei-

ros 10 meses e de juros compostos nos 2 últimos meses, que, durante esse ano, o

investimento gerou um lucro de R$ 3.075,01, e desconsiderando taxas de adminis-

tração e outras taxas, então é correto afirmar que o capital aplicado, em reais, foi:

a) Inferior a 2.170

b) Superior a 2.170 e inferior a 2.200

c) Superior a 2.200 e inferior a 2.230

d) Superior a 2.230 e inferior a 2.260

e) Superior a 2.260

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6. (ESAF/ATRFB/2012) Marta aplicou R$ 10.000,00 em um banco por 5 meses,


a uma taxa de juros simples de 2% ao mês. Após esses 5 meses, o montante foi
resgatado e aplicado em outro banco por mais 2 meses, a uma taxa de juros com-
postos de 1% ao mês. O valor dos juros da segunda etapa da aplicação é igual a:
a) R$ 221,10.
b) R$ 220,00.
c) R$ 252,20.
d) R$ 212,20.
e) R$ 211,10.

7. (FCC/TCE-PR/2011/ANALISTA DE CONTROLE) Um capital no valor de R$


18.000,00 é aplicado durante 8 meses a juros simples, com uma taxa de 18% ao
ano. No final do período, o montante é resgatado e aplicado a juros compostos,
durante um ano, a uma taxa de 5% ao semestre. A soma dos juros das duas apli-
cações é igual a:
a) R$ 4.012,30.
b) R$ 4.026,40.
c) R$ 4.176,00.
d) R$ 4.226,40.
e) R$ 5.417,10.

8. (FCC/TRF 3ª REGIÃO/2016/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTADORIA) Dois capitais


são aplicados sob o regime de capitalização composta a uma taxa de 10% ao ano.
O primeiro capital foi aplicado durante 2 anos e o segundo durante 3 anos, apre-
sentando um total de juros no valor de R$ 1.680,00 e R$ 1.986,00, respectivamen-
te. A porcentagem que o segundo capital representa do primeiro é, em %, igual a
Dados: 1,102 = 1,210 e 1,103 = 1,331

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a) 80.

b) 75.

c) 60.

d) 100.

e) 90.

9. (FCC/METRÔ-SP/2014/ANALISTA DESENVOLVIMENTO GESTÃO JÚNIOR/ADMI-

NISTRAÇÃO DE EMPRESAS) Joaquim pretende comprar um carro no valor de R$

12.500,00 e fará um depósito bancário. Sabendo-se que a taxa de juros do Banco

A é de 6% ao ano, e que ele deverá resgatar o total do valor do carro, ao final de

12 meses, o valor principal a ser depositado por Joaquim deve ser de:

a) R$ 12.083,33

b) R$ 10.000,00

c) R$ 11.792,45

d) R$ 7.500,00

e) R$ 3.472,22

10. (FCC/SEFAZ-RJ/2014/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL) Um capital

aplicado sob o regime de capitalização composta, durante 1 semestre, apresentou,

no final deste prazo, um total de juros de R$ 580,00. Caso esse capital fosse apli-

cado sob o regime de capitalização composta, durante 1 ano, apresentaria no final

deste prazo um total de juros de R$ 1.183,20. Sabe-se que em ambos os casos

considerou-se a taxa de i ao semestre (i > 0). Um outro capital, no valor de R$

15.000,00, aplicado, durante 1 ano, sob o regime de capitalização composta a uma

taxa de i ao semestre, apresentará no final deste prazo um montante de:

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a) R$ 16.242,00

b) R$ 16.200,00

c) R$ 16.212,00

d) R$ 16.224,00

e) R$ 16.236,00

11. (ESAF/ISS-RN/2008) Duas pessoas fizeram uma aplicação financeira. A pessoa

“A” aplicou R$ 100.000,00, à taxa efetiva de juros de 0,5% a. m. e a pessoa “B”

aplicou R$ 50.000,00, à taxa nominal de 6% a. a. Em ambos os casos as capitaliza-

ções são mensais e os juros serão pagos junto com o principal. Ao final de 1 (um)

ano podemos afirmar que:

a) O juro recebido pela pessoa “A” é maior do que o juro recebido pela pessoa “B”.

b) Não há proporcionalidade entre juros de “A” e “B

c) A taxa efetiva de juros de “A” é maior do que a taxa efetiva de “B”.

d) A taxa nominal de “B” é maior do que a taxa nominal de “A”.

e) Os montantes finais são iguais.

12. (FGV/IBGE/2016/ANALISTA DE RECURSOS MATERIAIS E LOGÍSTICA) Um in-

vestimento tem taxa nominal de 18% ao ano, capitalizados mensalmente no sis-

tema de juros compostos. Para calcular o montante no final de 2 meses, o capital

inicial deve ser multiplicado por:

a) 1 + 0,15²

b) (1 + 0,15)²

c) 1 + 0,015²

d) (1 + 0,015)²

e) 1 + 2.0,015

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13. (CESPE/SEFAZ-AC/2009) Caso a quantia de R$ 10.000,00 seja investida em

uma conta remunerada à taxa efetiva de 21% ao ano, com capitalização composta

e mensal, o valor dos juros resultantes 18 meses após o depósito será superior a

R$ 3.200 e inferior a R$ 3.400.

14. (CESPE/TCE-PR/2016) Um investidor possui as propostas A e B de investimentos,

com prazo de resgate de um ano, e ambas exigem um aporte inicial de R$ 10.000. Com

relação ao investimento A, está previsto o rendimento de 14,4% de juros anuais (no-

minal), capitalizados mensalmente. No que se refere ao investimento B, está previsto

o rendimento de 15% de juros ao ano (nominal), capitalizados bimestralmente. Nessas

condições, a proposta B é mais atrativa que a proposta A.

15. (FCC/TRE-PR/2017/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE) A Cia. Escocesa,

não tendo recursos para pagar um empréstimo de R$ 150.000,00 na data do ven-

cimento, fez um acordo com a instituição financeira credora para pagá-la 90 dias

após a data do vencimento. Sabendo que a taxa de juros compostos cobrada pela

instituição financeira foi 3% ao mês, o valor pago pela empresa, desprezando-se

os centavos, foi, em reais,

a) 163.909,00.

b) 163.500,00.

c) 154.500,00.

d) 159.135,00.

e) 159.000,00.

16. (CESPE/TCE-PE/2017/AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS) A taxa de 24% ao ano

é proporcional à taxa de 2% ao mês.

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17. (FCC/TRF 3ª REGIÃO/2016) Uma instituição financeira divulga que a taxa de

juros nominal para seus tomadores de empréstimos é de 24% ao ano com capitali-

zação mensal. Isto significa que a taxa efetiva bimestral correspondente é de:

a)

b)

c)

d)

e)

18. (FGV/SEFAZ-RJ/2011/ANALISTA DE CONTROLE INTERNO) A taxa de juros anu-

al equivalente à taxa de juros de 30% ao ano, capitalizados semestralmente, é:

a) 21,78%

b) 30,00%

c) 33,10%

d) 46,41%

e) 50,00%

19. (FGV/SEFIN-RO/2018/AUDITOR FISCAL) A taxa efetiva trimestral, que é equi-

valente a uma taxa nominal de 120% ao ano, capitalizados mensalmente, é uma

taxa de:

a) 21,78%

b) 30,00%

c) 33,10%

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d) 46,41%

e) 50,00%

20. (CESPE/BRB/2011/ESCRITURÁRIO) Se o capital de R$ 5.000,00 for aplicado

por 3 anos, à taxa de juros compostos de 12% ao ano com capitalização trimestral,

o juro auferido por essa aplicação, em reais, ao final do período, será igual a 5.000

× (1,0412 - 1).

21. (FCC/FUNAPE/2017/ANALISTA DE GESTÃO PREVIDENCIÁRIA) A quantia de R$

41.212,04 é o montante de aplicação de R$ 40.000,00, durante 3 meses, a uma

taxa mensal de:

a) 1,0%

b) 0,9%

c) 0,8%

d) 0,7%

e) 1,1%

22. (FCC/MPE-AM/2013/AGENTE TÉCNICO/ECONOMIA) Uma pessoa tem R$

20.000,00 e deseja aplicá-lo a juros compostos por 2 meses. Está em dúvida se

deve aplicar todo o capital à taxa de 4% ao mês ou se deve aplicar metade à taxa

de 3% ao mês e a outra metade à taxa de 5% ao mês. Se M1 e M2 são, respecti-

vamente, os montantes que seriam obtidos pela primeira e pela segunda opção, é

verdade que:

a) M1 = M2

b) M1 – M2 = R$ 4,00

c) M2 – M1 = R$ 2,00

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d) M1 > R$ 22.000,00
e) M2 < R$ 21.500,00

23. (FCC/TST/2012/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE) Um produto custa


R$ 100,00 à vista, mas o comprador deseja pagá-lo a prazo. A menor taxa de juros
compostos mensal compreende efetuar o pagamento:
a) em um mês em uma parcela única de R$ 110,00.
b) em dois meses em uma parcela única de R$ 125,00.
c) de R$ 50,00 à vista e R$ 56,00 em uma única parcela que vence em um mês.
d) R$ 30,00 à vista e R$ 80,00 em uma única parcela que vence em um mês.
e) de R$ 53,00 em uma parcela que vence em um mês e outra de R$ 56,18 que
vence em dois meses

24. (FCC/TJ-PE/2012/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE) Um valor X foi


aplicado a juros compostos de 10% ao mês durante dois meses em um fundo de
investimentos A. O mesmo valor X foi aplicado a juros compostos de 20% ao mês
durante dois meses em um fundo de investimentos B. Em relação ao rendimento
da aplicação no fundo A, o rendimento obtido na aplicação no fundo B o supera em,
aproximadamente,
a) 23%
b) 44%
c) 65%
d) 110%
e) 210%

25. (FCC/TJ-PE/2016/ANALISTA JUDICIÁRIO) Uma taxa de juros nominal de 21%


ao trimestre, com juros capitalizados mensalmente, apresenta uma taxa de juros
efetiva, trimestral de, aproximadamente:

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a) 21,7%
b) 22,5%
c) 24,8%
d) 32,4%
e) 33,7%

26. (CESPE/TCE-PB/2018/AUDITOR DAS CONTAS PÚBLICAS) Em novembro de


2016, João comprou 10 kg de uma mercadoria e, um ano depois, ele comprou 11
kg dessa mesma mercadoria, mas pagou 21% a mais que em 2016. Se a inflação
do período tiver sido a única responsável pelo aumento de preço da mercadoria,
então a inflação desse período foi de:
a) 12,1%
b) 18,9%
c) 7,9%
d) 10,0%
e) 11,0%

27. (CESPE/SEFAZ-AC/2009) Se, para uma aplicação de um ano, um fundo de in-


vestimentos oferecer a taxa de remuneração de 12,35%, e a taxa de inflação nesse
período for de 5%, então a taxa real de ganho desse fundo no período será igual a:
a) 1,07%
b) 7%
c) 7,35%
d) 17,35%

28. (FCC/ICMS-PI/2015) Um investidor aplicou um capital de R$ 10.000,00 e res-


gatou o total de R$ 13.600,00 ao fim de 1 semestre. Se, nesse período, a taxa real

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de juros foi de 32%, então, dos valores seguintes, o que mais se aproxima da taxa
de inflação do período é:

a) 3%

b) 2,5%

c) 4,5%

d) 4%

e) 3,5%

29. (CESPE/TCE-SC/2016/AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO) Um investi-

dor do mercado imobiliário comprou um terreno por R$ 40.000 e, após dois anos,

vendeu-o por R$ 62.400. A taxa de inflação acumulada durante esses dois anos

foi de 20%. Nessa situação, a rentabilidade real desse investimento foi superior a

32% no biênio.

30. (CESPE/TCE-SC/2016/AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO) Um capital

de R$ 80.000 investido durante um ano, rendeu R$ 13.870 de juros. A taxa de in-

flação nesse período foi de 7,3%. Nessa situação, o ganho real do investimento foi

superior a R$ 8.000.

31. (FCC/TST/2017/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE) Um investidor apli-

cou R$ 10.000,00 em títulos que remuneram à taxa de juros compostos de 10% ao

ano e o prazo para resgate da aplicação foi de 2 anos. Sabendo-se que a inflação no

prazo total da aplicação foi 15%, a taxa real de remuneração obtida pelo investidor

no prazo total da aplicação foi

a) 5,00%

b) 6,00%.

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c) 5,22%.

d) 5,00% (negativo).

e) 4,55%.

32. (CESPE/2011/PC-ES/PERITO CRIMINAL) Uma dívida de R$ 5.000,00 é paga,

com juros reais acrescidos da taxa de inflação do período, por R$ 5.670,00. Nessa

situação, sabendo que o produto das taxas de juros reais e de inflação é 0,004,

julgue o item que se segue.

A soma da taxa de juros reais com a taxa de inflação é inferior a 13,1%.

33. (CESPE/TCU/2015/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO) Situação Hi-

potética: um investidor pretende adquirir um dos imóveis da empresa Fast Brick

por R$ 75.000,00 à vista e vendê-lo, após quatro anos, por R$ 120.000,00. Asser-

tiva: nesse caso, se a inflação acumulada no período for de 20%, a rentabilidade

real do investidor, no período de quatro anos, será superior a 35%.

34. (FGV/ISS/NITERÓI-RJ/2015/FISCAL DE TRIBUTOS) Uma aplicação de R$

10.000,00, após dois meses, resultou em um montante de R$ 14.210,00. Consi-

derando a incidência de imposto sobre o rendimento de 30% e a taxa mensal de

inflação de 10%, a taxa de juros real durante o período de aplicação foi:

a) 7,0%

b) 7,5%

c) 8,0%

d) 8,5%

e) 9,0%

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35. (CESPE/ANAC/2008/ANALISTA ADMINISTRATIVO) Se, em determinado mês,


um trabalhador não sofrer reajuste salarial e os preços subirem 25%, então o po-
der de compra desse trabalhador será reduzido em 20% no referido mês.

36. (FTC/2017/INÉDITA) O Tesouro Selic é um título público pós-fixado que paga


juros de acordo com a Taxa Selic. Em Julho de 2016, a Taxa Selic era de 14,25% ao
ano e a inflação era de 10% ao ano. Já em Julho de 2017, a Taxa Selic era de 9%
ao ano e a inflação era de 5% ao ano.
Sobre os rendimentos no Tesouro, incide alíquota de Imposto de Renda de 17,5%
para aplicações de 1 ano.
Nessa situação, considerando o prazo de 1 ano, é correto afirmar que era mais van-
tajoso investir nesse título em 2016 do que em 2017.
Obs.: use calculadora, porque os dados são reais e não receberam nenhum trata-
mento para facilitar as contas.

37. (CESPE/TJ-CE/2014) Considere que dois capitais de mesmo valor C tenham


sido aplicados, um no regime de juros simples e outro no regime de juros compos-
tos, às mesmas taxas de juros anuais e no mesmo prazo, o que gerou, respectiva-
mente, os montantes M e N. Nessa situação, é correto afirmar que:
a) M > N, para prazo inferior a um ano.
b) N > M, para prazo inferior a um ano.
c) M = N, visto que são calculados com a mesma taxa de juros e com o mesmo prazo.
d) M > N, qualquer que seja o prazo da operação.
e) N > M, qualquer que seja o prazo da operação.

38. (CESPE/TCE-PE/2017/AUDITOR DAS CONTAS PÚBLICAS) Considere que dois


capitais, cada um de R$ 10.000, tenham sido aplicados à taxa de juros de 44% ao

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mês – 30 dias –, por um período de 15 dias, sendo um a juros simples e outro a


juros compostos. Nessa situação, o montante auferido com a capitalização no regi-
me de juros compostos será superior ao montante auferido com a capitalização no
regime de juros simples.

39. (FGV/ISS/NITERÓI-RJ/2015/CONTADOR) Um empréstimo por dois meses uti-


lizando o regime de juros compostos de 10% ao mês equivale a um empréstimo
utilizando o regime de juros simples, pelo mesmo período, de:
a) 9,0% ao mês
b) 9,5% ao mês
c) 10,0% ao mês
d) 10,5% ao mês
e) 11,0% ao mês

40. (FGV/ISS/NITERÓI-RJ/2015/FISCAL DE TRIBUTOS) Um empréstimo de dois


anos utilizando o regime de juros simples de 150% ao ano equivale a um emprés-
timo utilizando o regime de juros compostos, pelo mesmo período, de:
a) 100% ao ano
b) 125% ao ano
c) 150% ao ano
d) 175% ao ano
e) 200% ao ano

41. (FGV/SEFAZ-MT/2014/AFRE) A taxa efetiva anual equivalente à taxa nominal


de 10% ao ano, capitalizada mensalmente, será:
a) igual a 10%.
b) menor do que 10%.

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c) menor do que a taxa efetiva anual equivalente obtida sob capitalização trimestral.

d) maior do que a taxa efetiva anual equivalente obtida sob capitalização semestral.

e) maior do que qualquer taxa efetiva anual equivalente obtida sob capitalização

diária, semestral, trimestral ou anual.

42. (ESAF/AFRFB/2012) No sistema de juros simples, um capital foi aplicado a uma

determinada taxa anual durante dois anos. O total de juros auferidos por esse ca-

pital no final do período foi igual a R$ 2.000,00. No sistema de juros compostos, o

mesmo capital foi aplicado durante o mesmo período, ou seja, 2 anos, e a mesma

taxa anual. O total de juros auferidos por esse capital no final de 2 anos foi igual a

R$ 2.200,00:

Desse modo, o valor do capital aplicado, em reais, é igual a:

a) 4.800,00

b) 5.200,00

c) 3.200,00

d) 5.000,00

e) 6.000,00

43. (FCC/SEFAZ-RJ/2014/AFRE) Um capital aplicado sob o regime de capitalização

composta, durante 1 semestre, apresentou, no final deste prazo, um total de ju-

ros de R$ 580,00. Caso esse capital fosse aplicado sob o regime de capitalização

composta, durante 1 ano, apresentaria no final deste prazo um total de juros de R$

1.183,20. Sabe-se que em ambos os casos considerou-se a taxa de i ao semestre

(i > 0). Um outro capital, no valor de R$ 15.000,00, aplicado, durante 1 ano, sob

o regime de capitalização composta a uma taxa de i ao semestre, apresentará no

final deste prazo um montante de

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a) R$ 16.242,00

b) R$ 16.200,00

c) R$ 16.212,00

d) R$ 16.224,00

e) R$ 16.236,00

44. (CESPE/BRB/2011/ESCRITURÁRIO) Se um investidor aplicar a quantia de R$

500,00 em uma instituição financeira, pelo prazo de 2 anos, à taxa de juros simples

de 4% ao ano, e, ao final desse prazo, ele reinvestir todo o montante recebido na

mesma aplicação, por mais 2 anos e nas mesmas condições iniciais, então, ao final

desses 4 anos, esse investidor receberá o montante de R$ 580,00.

45. (CESPE/BRB/2010/ESCRITURÁRIO) Um funcionário demitido recebeu o seu

FGTS e investiu parte dele em uma instituição financeira que remunera os investi-

mentos captados com juros compostos capitalizados mensalmente.

A partir dessa situação, julgue os itens que se seguem, considerando 0,301 e 0,477

como valores aproximados de log 2 e log 3, respectivamente.

Se a taxa de juros desse investimento for de 2,4% ao mês, então, após 18 meses,

o saldo total do investimento será inferior a 150% do capital investido.

46. (CESPE/TJ-SE/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE/2014) Considerando

que um empresário tenha tomado empréstimo no valor de R$ 30.000,00 para cus-

tear reformas em seu estabelecimento comercial, julgue os itens que se seguem a

respeito de taxa de juros efetiva.

Considerando-se 1,08 como valor aproximado para e0,08, é correto afirmar que,

se toda a quantia tomada como empréstimo tivesse sido investida à taxa de 8% ao

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ano, em um regime de capitalização contínua, pelo período de 2 anos, então, ao

final do período, o montante teria sido inferior a R$ 32.500,00.

47. (FCC/SEFAZ-SP/2009) Considere que o logaritmo neperiano de 1,8 é igual a

0,6. Aplicando um capital de R$ 25.000,00 a uma taxa de 4% ao mês, com capita-

lização contínua, verifica-se que o montante, no momento do resgate, é igual a R$

45.000,00. O período de aplicação é igual a:

a) 12 meses

b) 15 meses

c) 18 meses

d) 21 meses

e) 24 meses

48. (FCC/SEFAZ-PI/2015) Um capital de R$ 15.000,00 é aplicado, durante 2 anos,

à taxa de 5% ao semestre com capitalização contínua. Dos valores abaixo, o mais

próximo do valor dos juros desta aplicação é:

Dados: ln(1,051271) = 0,05;

ln(1,105171) = 0,10;

ln(1,161834) = 0,15

ln(1,221403) = 0,20;

em que ln é o logaritmo neperiano, tal que ln(e) = 1

a) R$ 3.076,00

b) R$ 3.155,00

c) R$ 3.321,00

d) R$ 3.487,00

e) R$ 3.653,00

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49. (FGV/ISS/NITERÓI-RJ/2015/CONTADOR) Os juros sobre uma dívida são cobra-

dos utilizando a convenção linear. A dívida será paga após um ano e meio, e a taxa

de juros compostos anunciada pela instituição financeira é de 20% ao ano.

A porcentagem de juros cobrados em relação ao principal é:

a) 20%

b) 21%

c) 30%

d) 31%

e) 32%

50. (FCC/SEFAZ-PB/2006/AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS) Um capital

no valor de R$ 20.000,00 foi investido a uma taxa de juros compostos de 10% ao

ano, durante 2 anos e 3 meses. O montante no final do período, adotando a con-

venção linear, foi igual a:

a) R$ 22.755,00

b) R$ 23.780,00

c) R$ 24.805,00

d) R$ 24.932,05

e) R$ 25.500,00

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GABARITO

1. C 26. d

2. C 27. b

3. c 28. a

4. b 29. E

5. a 30. E

6. a 31. c

7. d 32. C

8. b 33. E

9. c 34. a

10. d 35. C

11. a 36. E

12. d 37. a

13. C 38. E

14. C 39. d

15. a 40. a

16. C 41. d

17. d 42. d

18. d 43. d

19. c 44. E

20. E 45. E

21. a 46. E

22. c 47. b

23. e 48. c

24. d 49. e

25. a 50. c

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