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Legislação Tributária/IR – EXERCÍCIOS: Aula Demonstrativa

Professor: Gedir Silva de Souza

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
AUDITOR FISCAL DA RECEITA FEDERAL
CURSO DE EXERCÍCIOS

MÓDULO I - Banco
IMPOSTO
do BrasilDE RENDA
Escriturário
AULA DEMONSTRATIVA
Língua Portuguesa
Aula Demonstrativa - Ortografia
Professor: GedirCarlos
Professor: Silva de Souza
Roberto

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Legislação Tributária/IR – EXERCÍCIOS: Aula Demonstrativa
Professor: Gedir Silva de Souza

Apresentação

Prezado concursando,
O nosso curso de exercícios sobre Legislação Tributária seguirá a mesma
metodologia do curso teórico, razão pela qual a matéria será dividida em dois
módulos. O primeiro, a ser apresentado nessa oportunidade, abrangá exercícios
sobre a Legislação do Imposto de Renda, ao passo que no segundo módulo serão
resolvidos exercícios relativos à Legislação do IPI.
Os módulos foram concebidos com o propósito de apresentar os principais
conteúdos cobrados nos concursos para Auditor Fiscal da Receita Federal do
Brasil e, em cada aula, serão resolvidas e do comentadas: (i) uma bateria de
exercícios de fixação e aprendizagem; (ii) uma bateria de questões retiradas de
provas da ESAF e (iii) uma bateria de questões inéditas, propostas com o fim de
simular a forma com que a ESAF costuma cobrar, em provas, o conteúdo aqui
tratado.
As aulas apresentam, ainda, um resumo do conteúdo que fundamenta as
respostas dos exercícios e questões propostos, o que se dará na forma de dicas,
veiculadas ao final de cada aula, com o propósito de resumir e sistematizar a
teoria relativa aos pontos abordados.
Sobre o autor:
- Gedir Silva de Souza é Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, lotado na
Equipe de Fiscalização da Pessoa Jurídica da DRF-RP/SP; Bacharel em Ciências
Econômicas pela UFF-RJ, Mestre em Economia Aplicada pela USP-RP/SP e Doutor
em Administração de Organizações pela mesma instituição; é autor de livro-
texto sobre Legislação Tributária Federal, publicado pela editora Juspodivm e
coautor em livros de questões sobre os temas Legislação Tributária Federal pela
mesma editora, com destaque para as coletâneas: Revisaço Receita Federal e
Revisaço ESAF.
A proposta para as aulas do curso de exercícios de Legislação Tributá-
ria/Módulo I - Imposto de Renda, para Auditor Fiscal da RFB, obedecerá ao cro-
nograma proposto abaixo:

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Data Prevista Conteúdo


Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza: cri-
Aula Demonstra- térios orientadores; renda e proventos; disponibilidade econô-
tiva mica ou jurídica; acréscimo patrimonial. Tributação das pessoas
Disponível físicas: incidência; rendimento; rendimento tributável; rendi-
mentos isentos ou não tributáveis.

Tributação exclusiva; deduções; contribuintes; responsáveis;


Aula 01 domicílio fiscal; base de cálculo; alíquotas; lançamento; cálculo
do tributo; sistema de bases correntes; período de apuração;
16/07/2018 recolhimento mensal obrigatório; recolhimento complementar;
tributação definitiva.

Tributação das pessoas jurídicas; incidência; contribuintes; res-


Aula 02
ponsáveis; domicilio fiscal; base de cálculo; receitas e rendimen-
23/07/2018 tos; omissão de receita.

Aula 03 Ganhos de capital; período de apuração; regime de caixa e re-


gime de competência; alíquotas e adicional; lançamento; plane-
30/07/2018 jamento tributário; livros fiscais.

Aula 04 Lucro real; despesas dedutíveis e indedutíveis; remuneração de


06/08/2018 administradores; lucro presumido; lucro arbitrado.
Aula 05 Lucros, rendimentos e ganhos de capital obtidos no exterior;
13/08/2018 preço de transferência;

Aula 06 Investimentos em sociedades coligadas e controladas avaliados


pelo método do patrimônio líquido; reorganizações societárias;
20/08/2018 gratificações e participações nos lucros.

Aula 07 Atividade rural; sociedades cooperativas; imunidades; isenções


27/08/2018 e reduções.

Aula 08 Tributação na fonte.


03/09/2018
Aula 09
Tributação das operações financeiras.
10/09/2018

Boa aula!
Gedir Silva de Souza.

Para contato: leg.tributaria.gedirss@gmail.com

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Sumário
1. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO E APRENDIZAGEM .................................................. 5
1.1. Gabarito .............................................................................................. 10
1.2. Comentário dos exercícios de fixação e aprendizagem ............................... 11
2. QUESTÕES DE CONCURSOS DA ESAF ........................................................... 20
2.1. Gabarito .............................................................................................. 28
2.2. Comentário das questões de concursos da ESAF ....................................... 29
3. QUESTÕES INÉDITAS.................................................................................. 45
3.1. Gabarito .............................................................................................. 53
3.2. Comentário das questões inéditas ........................................................... 53
4. RESUMO .................................................................................................... 70
Bibliografia consultada: ................................................................................... 74

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Aula Demonstrativa

Os exercícios e as questões de nossa aula demonstrativa irão abordar


as disposições constitucionais e do CTN sobre o Imposto de Renda, além dos
tópicos “Incidência” e “Rendimentos”, no âmbito do IRPF, cobrindo assim os
primeiros pontos relativos à matéria Legislação Tributária, conforme cobrado
pelo Edital/ESAF nº 18/2014, último disponível para o cargo de Auditor Fiscal
da Receita Federal do Brasil.
A metodologia adotada implicou apresentar, de início, exercícios voltados
para a fixação e a aprendizagem da matéria cobrada no edital, para em seguida
trazer questões que caíram em edições anteriores do concurso, e, por fim, pro-
por e resolver exercícios inéditos, seguindo o padrão adotado pela ESAF, que,
em regra, irão explorar as mudanças recentes da legislação.
A sugestão é que o candidato se esforce em responder às questões apre-
sentadas, sem se utilizar de qualquer material didático. Em seguida será trazido
o gabarito para conferência e, depois, as questões serão comentadas item a
item.

1. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO E APRENDIZAGEM

Nos exercícios de 01 a 30 o concursando deverá identificar se as afirma-


tivas estão certas ou erradas. Ao final da seção, será apresentado o gabarito e
as assertivas serão comentadas uma a uma.

01. O Imposto de Renda será informado pelos critérios da generalidade, da


universalidade e da capacidade contributiva.
Certo (C) ou errado (E)?

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02. O critério da generalidade estabelece que a tributação do Imposto de


Renda deve recair sobre todas as mutações patrimoniais, percebidas pelo con-
tribuinte, durante um determinado período, que deverão integrar a base de
incidência do imposto.
Certo (C) ou errado (E)?

03. O critério da universalidade determina que a tributação do Imposto de


Renda deve recair sobre todos os contribuintes que tenham obtido acréscimo
patrimonial.
Certo (C) ou errado (E)?

04. O critério da progressividade consiste na variação das alíquotas do Im-


posto de Renda no mesmo sentido da variação de sua base tributável, ou seja,
quanto maior for a base de incidência, maior deverá ser a alíquota do imposto.
Certo (C) ou errado (E)?

05. O fato gerador do Imposto de Renda é a aquisição de disponibilidade eco-


nômica ou jurídica de renda ou de proventos de qualquer natureza.
Certo (C) ou errado (E)?

06. Por renda deve-se entender o produto do capital, do trabalho, desde que
não combinados, ao passo que, por provento de qualquer natureza deve ser
entendido qualquer acréscimo patrimonial não compreendido no conceito de
renda.
Certo (C) ou errado (E)?

07. A disponibilidade econômica de renda ou proventos refere-se à percepção


efetiva do acréscimo patrimonial. Ocorre com a transferência da riqueza e in-
depende da licitude da fonte.
Certo (C) ou errado (E)?

08. A disponibilidade jurídica da renda ou proventos de qualquer natureza diz


respeito à aquisição de um título jurídico que confere o direito a determinada
riqueza que acresce o patrimônio, mesmo que a percepção de tal riqueza não
tenha ocorrido efetivamente.

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Certo (C) ou errado (E)?

09. A disponibilidade jurídica da renda ou proventos de qualquer natureza


pressupõe a licitude da fonte, de sorte que o rendimento obtido de fonte ilícita
não terá, consequentemente, disponibilidade jurídica.
Certo (C) ou errado (E)?

10. Os rendimentos obtidos em razão da atividade de tráfico de órgão infantis


e do tráfico internacional de drogas estão sujeitos à incidência do Imposto de
Renda e a Receita Federal do Brasil, conhecendo a origem dos rendimentos,
deverá promover a sua cobrança ainda assim.
Certo (C) ou errado (E)?

11. Acréscimo patrimonial é a incorporação de riqueza nova ao patrimônio da


pessoa física ou da pessoa jurídica, correspondendo a valores líquidos, ou seja,
valores já descontados dos gastos necessários para a sua obtenção.
Certo (C) ou errado (E)?

12. O Imposto de Renda incide sobre o rendimento bruto da pessoa física,


abrangendo inclusive, os alimentos e pensões percebidos em mercadorias.
Certo (C) ou errado (E)?

13. A legislação tributária estabelece que a incidência do Importo de Renda


levará em conta a denominação dos rendimentos, títulos ou direitos; a locali-
zação, a condição jurídica ou a nacionalidade da fonte; a origem dos bens pro-
dutores da renda e a forma de percepção das rendas ou proventos.
Certo (C) ou errado (E)?

14. Os benefícios recebidos de entidades de previdência privada, bem como as


importâncias correspondentes ao resgate de contribuições constituem rendi-
mento tributável, inclusive o valor de resgate das contribuições de previdência
privada, cujo ônus tenha sido da pessoa física, recebido por ocasião de seu
desligamento do plano de benefício da entidade, correspondente às parcelas de
contribuições efetuadas no período de 01/01/89 a 31/12/95.
Certo (C) ou errado (E)?

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15. Constituem rendimento bruto da pessoa física as bolsas de estudo e de


pesquisa, assim como a remuneração dos estagiários.
Certo (C) ou errado (E)?

16. As férias, inclusive as pagas em dobro, transformadas em pecúnia ou in-


denizadas, acrescidas dos respectivos abonos, bem como a licença especial ou
licença-prêmio, inclusive se convertida em pecúnia, constituem rendimentos
isentos ou não tributáveis perante a legislação do Imposto de Renda.
Certo (C) ou errado (E)?

17. Considera-se rendimento bruto do empregado o prêmio pago por seu se-
guro individual de vida, pago pelo empregador, quando o empregado indica o
beneficiário do seguro.
Certo (C) ou errado (E)?

18. O capital das apólices de seguro ou pecúlio pago por morte do segurado,
bem como os prêmios de seguro restituídos em qualquer caso, inclusive no de
renúncia do contrato, estão isentos do IRPF, exceto quando se tratar de valores
recebidos em decorrência de cobertura por sobrevivência em apólices de segu-
ros de vida (VGBL).
Certo (C) ou errado (E)?

19. Os valores dos prêmios pagos em apólices de seguro de vida com cobertura
por sobrevivência poderão ser deduzidos anualmente na declaração de ajuste
da pessoa física.
Certo (C) ou errado (E)?

20. Os valores da remuneração relativa à prestação de serviço por titular de


empresa individual optante pelo SIMPLES Nacional, inclusive os rendimentos a
ele distribuídos ou pagos, estão isentos do Imposto de Renda.
Certo (C) ou errado (E)?

21. O rendimento do trabalho assalariado recebido, em moeda estrangeira, por


ausentes no exterior a serviço do País, de autarquias ou repartições do Governo

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brasileiro, lá situadas, está sujeito à tributação do Imposto de Renda à base de


75% do total recebido.
Certo (C) ou errado (E)?

22. Os rendimentos da prestação de serviços de transporte de carga, em veícu-


lo próprio ou locado, tais como trator, máquina de terraplenagem, colheitadeira
e assemelhados, são tributados nos percentuais de 10% do rendimento total.
Certo (C) ou errado (E)?

23. No caso da cessão não onerosa de imóvel, serão considerados rendimentos


tributáveis na declaração de ajuste anual do Imposto de Renda 10% do valor
venal do imóvel, ou do valor constante da guia do IPTU, salvo se o imóvel for
cedido para uso do cônjuge ou de parentes até o terceiro grau.
Certo (C) ou errado (E)?

24. Do rendimento obtido pela sublocação de imóveis, poderá ser excluído o


valor do aluguel pago pela locação do mesmo.
Certo (C) ou errado (E)?

25. Os Rendimentos Recebidos Acumuladamente, inclusive quando correspon-


dentes ao ano-calendário do recebimento, estão sujeitos à tributação exclusiva
na fonte, na data do pagamento ou do crédito e em separado dos demais ren-
dimentos.
Certo (C) ou errado (E)?

26. As importâncias com que for beneficiado o devedor, nos casos de perdão
ou cancelamento de dívida em troca de serviços prestados, não serão tributa-
dos pelo Imposto de Renda da Pessoa Física.
Certo (C) ou errado (E)?

27. O valor recebido de pessoa jurídica de direito público a título de auxílio-


moradia, em substituição ao direito de uso de imóvel funcional, não está sujeito
à tributação do Imposto de Renda da Pessoa Física.
Certo (C) ou errado (E)?

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28. Estão isentos do Imposto de Renda os rendimentos do trabalho percebidos


por servidores de organismos internacionais de que o Brasil faça parte e aos
quais se tenha obrigado, por tratado ou convênio, a conceder a isenção, inde-
pendentemente de que no país de sua nacionalidade seja assegurado igual tra-
tamento a brasileiros que ali exerçam idênticas funções.
Certo (C) ou errado (E)?

29. A remuneração produzida pelas letras hipotecárias, certificados de recebí-


veis imobiliários e letras de crédito imobiliário, auferidos por pessoa física, são
isentos do Imposto de Renda na fonte e na declaração de ajuste anual.
Certo (C) ou errado (E)?

30. São isentos do Imposto de Renda os ganhos líquidos auferidos por pessoa
física em operações no mercado à vista de ações nas bolsas de valores e em
operações com ouro, ativo financeiro, cujo valor das alienações realizadas em
cada mês seja igual ou inferior a R$ 20 mil para o conjunto de ações e para o
ouro, ativo financeiro, separadamente para cada modalidade de ativo.
Certo (C) ou errado (E)?

1.1. Gabarito

01 E 06 E 11 C 16 E 21 E 26 E
02 E 07 C 12 E 17 C 22 C 27 C
03 E 08 C 13 E 18 C 23 E 28 C
04 C 09 C 14 E 19 E 24 C 29 C
05 C 10 C 15 C 20 E 25 E 30 C

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1.2. Comentário dos exercícios de fixação e aprendizagem

01. O Imposto de Renda será informado pelos critérios da generalidade, da


universalidade e da capacidade contributiva.
Certo (C) ou errado (E)?
Comentários: a questão está errada. A Constituição Federal estabelece
que o Imposto de Renda será informado pelos critérios da generalidade, da
universalidade e da progressividade, na forma da lei (CF, art. 153, § 2º). Ca-
pacidade contributiva é um princípio constitucional, a ser aplicado sempre que
possível a todos os impostos; entretanto não é critério orientador do IR.

02. O critério da generalidade estabelece que a tributação do Imposto de


Renda deve recair sobre todas as mutações patrimoniais, percebidas pelo con-
tribuinte, durante um determinado período, que deverão integrar a base de
incidência do imposto.
Certo (C) ou errado (E)?
Comentários: a questão está errada. O critério da generalidade estabe-
lece que a tributação do Imposto de Renda deve recair sobre todos os contri-
buintes que tenham obtido acréscimo patrimonial e não sobre todas as muta-
ções patrimoniais, conforme afirma a assertiva sob análise. Portanto, serão
sujeitos passivos do IR todas as pessoas, físicas, jurídicas ou a elas equipara-
das, desde que tenham auferido renda ou proventos de qualquer natureza.

03. O critério da universalidade determina que a tributação do Imposto de


Renda deve recair sobre todos os contribuintes que tenham obtido acréscimo
patrimonial.
Certo (C) ou errado (E)?
Comentários: a questão está errada. O critério da universalidade de-
termina que todas as mutações patrimoniais, percebidas pelo contribuinte, du-
rante um determinado período, devem integrar a base de incidência do Imposto
de Renda.

04. O critério da progressividade consiste na variação das alíquotas do Im-


posto de Renda no mesmo sentido da variação de sua base tributável, ou seja,
quanto maior for a base de incidência, maior deverá ser a alíquota do imposto.
Certo (C) ou errado (E)?

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Comentários: a questão está certa. O critério da progressividade, tal co-


mo afirmado na questão, consiste na variação das alíquotas do Imposto de
Renda no mesmo sentido da variação de sua base tributável, daí decorre que,
quanto maior for a sua base de incidência, maior deverá ser a alíquota do im-
posto ou vice-versa.

05. O fato gerador do Imposto de Renda é a aquisição de disponibilidade eco-


nômica ou jurídica de renda ou de proventos de qualquer natureza.
Certo (C) ou errado (E)?
Comentários: a questão está certa. O Código Tributário Nacional - CTN,
em seu artigo 43, define que o fato gerador do Imposto de Renda é a aquisição
de disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou de proventos de qualquer
natureza.

06. Por renda deve-se entender o produto do capital, do trabalho, desde que
não combinados, ao passo que, por provento de qualquer natureza deve ser
entendido qualquer acréscimo patrimonial não compreendido no conceito de
renda.
Certo (C) ou errado (E)?
Comentários: a questão está errada. Nos termos do art. 43, I e II, do
CTN, por renda deve-se entender o produto do capital, do trabalho ou da com-
binação de ambos, e por provento de qualquer natureza deve-se entender qual-
quer acréscimo patrimonial não compreendido no conceito de renda.

07. A disponibilidade econômica de renda ou proventos refere-se à percepção


efetiva do acréscimo patrimonial. Ocorre com a transferência da riqueza e in-
depende da licitude da fonte.
Certo (C) ou errado (E)?
Comentários: a questão está certa. A disponibilidade econômica de
renda ou de proventos de qualquer natureza consiste da percepção efetiva do
acréscimo patrimonial, de sorte que, tal como foi afirmado na questão, ocorrerá
com a transferência da riqueza (acréscimo patrimonial), independentemente
de considerações acerca da licitude ou da ilicitude da fonte.

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08. A disponibilidade jurídica da renda ou proventos de qualquer natureza diz


respeito à aquisição de um título jurídico que confere o direito a determinada
riqueza que acresce o patrimônio, mesmo que a percepção de tal riqueza não
tenha ocorrido efetivamente.
Certo (C) ou errado (E)?
Comentários: a questão está certa. A disponibilidade jurídica da renda
ou de proventos de qualquer natureza se refere à aquisição de um título jurídico
que confere o direito a determinada riqueza que acresce o patrimônio, tal como
foi afirmado acima, ainda que a percepção de tal riqueza não tenha ocorrido
efetivamente.

09. A disponibilidade jurídica da renda ou proventos de qualquer natureza


pressupõe a licitude da fonte, de sorte que o rendimento obtido de fonte ilícita
não terá, consequentemente, disponibilidade jurídica.
Certo (C) ou errado (E)?
Comentários: a questão está certa. A disponibilidade jurídica da renda
ou de proventos pressupõe a licitude da fonte. O rendimento obtido de fonte
ilícita não terá, por consequência, disponibilidade jurídica, mas tão somente
disponibilidade econômica.

10. Os rendimentos obtidos em razão da atividade de tráfico de órgão infantis


e do tráfico internacional de drogas estão sujeitos à incidência do Imposto de
Renda e a Receita Federal do Brasil, conhecendo a origem dos rendimentos,
deverá promover a sua cobrança ainda assim.
Certo (C) ou errado (E)?
Comentários: a questão está certa. A disponibilidade econômica da ren-
da ou proventos de qualquer natureza (aquisição efetiva de rendimento ou pro-
vento) constitui o fato gerador do Imposto de Renda e independe da licitude
da fonte.

11. Acréscimo patrimonial é a incorporação de riqueza nova ao patrimônio da


pessoa física ou da pessoa jurídica, correspondendo a valores líquidos, ou seja,
valores já descontados dos gastos necessários para a sua obtenção.
Certo (C) ou errado (E)?
Comentários: a questão está certa. Acréscimo patrimonial, tal como
afirmado na questão sob análise, é a incorporação de riqueza nova ao patri-

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mônio da pessoa física ou da pessoa jurídica. Corresponde a valores líquidos,


ou ainda, valores já descontados dos gastos necessários para a sua obtenção.
Portanto, os acréscimos patrimoniais obtidos a título de renda ou proventos,
constituem valores líquidos, como visto acima, e possuem natureza de fluxo
(riqueza nova), motivo pelo qual não se confundem com receita ou faturamento
(valores brutos) nem tão pouco com a riqueza (cuja natureza é de estoque).

12. O Imposto de Renda incide sobre o rendimento bruto da pessoa física,


abrangendo inclusive, os alimentos e pensões percebidos em mercadorias.
Certo (C) ou errado (E)?
Comentários: a questão está errada. Nos termos do art. 3º, § 1º, da Lei
nº 7.713/1988, o rendimento bruto, base de incidência do IRPF, é todo o pro-
duto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos, os alimentos e pen-
sões percebidos em dinheiro, e ainda os proventos de qualquer natureza, assim
também entendidos os acréscimos patrimoniais não correspondentes aos ren-
dimentos declarados. Conforme se observa a lei não faz referência às pensões
pagas em mercadoria como sujeitas à incidência do IRPF.

13. A legislação tributária estabelece que a incidência do Importo de Renda


levará em conta a denominação dos rendimentos, títulos ou direitos; a localiza-
ção, a condição jurídica ou a nacionalidade da fonte; a origem dos bens produ-
tores da renda e a forma de percepção das rendas ou proventos.
Certo (C) ou errado (E)?
Comentários: a questão está errada. Nos termos do art. 43, § 1º, do
CTN, a incidência do Imposto de Renda independe da denominação da receita
ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte,
da origem ou da forma de percepção.

14. Os benefícios recebidos de entidades de previdência privada, bem como as


importâncias correspondentes ao resgate de contribuições constituem rendi-
mento tributável, inclusive o valor de resgate das contribuições de previdência
privada, cujo ônus tenha sido da pessoa física, recebido por ocasião de seu
desligamento do plano de benefício da entidade, correspondente às parcelas de
contribuições efetuadas no período de 01/01/89 a 31/12/95.
Certo (C) ou errado (E)?

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Comentários: a questão está errada. Embora seja verdadeiro que os


benefícios recebidos de entidades de previdência privada, assim como as im-
portâncias correspondentes ao resgate de contribuições, constituam rendi-
mento tributável, deve ser observado que no período de 01/01/89 a 31/12/95,
o valor de resgate das contribuições de previdência privada, cujo ônus tenha
sido da pessoa física, e recebido por ocasião de seu desligamento do plano de
benefício da entidade constituem rendimento isento ou não tributável.
Isso ocorre porque na vigência do art. 3º da Lei nº 7.713/88 (01/01/89
a 31/12/95) as contribuições para as entidades de previdência privada fecha-
das não eram dedutíveis da base de cálculo do IR, de modo que o imposto era
pago no período de apuração em que tais contribuições ocorriam.
Com o advento da Lei nº 9.250/95 a sistemática de cobrança do im-
posto foi invertida, de modo que as referidas contribuições passaram a ser
dedutíveis e o imposto passou a ser cobrado no momento do resgate.
O art. 7º da MP nº 2159-70/01 veio a convalidar a sistemática do período
anterior (01/01/89 a 31/12/95), permitindo a exclusão da base de cálculo do
imposto incidente sobre os benefícios resgatados após 31/12/1995 da parte
referente à antiga sistemática, cujo imposto já teria sido recolhido no momento
das contribuições para as entidades de previdência privada.

15. Constituem rendimento bruto da pessoa física as bolsas de estudo e de


pesquisa, assim como a remuneração dos estagiários.
Certo (C) ou errado (E)?

Comentários: a questão está certa. Nos termos do art. 43, I, do Regu-


lamento do Imposto de Renda, São rendimentos tributáveis e, portanto, cons-
tituem rendimento bruto da pessoa física as bolsas de estudo e de pesquisa,
bem como a remuneração de estagiários.
Não obstante, deve ser lembrado que as bolsas de estudo e de pesquisa
caracterizadas como doação, quando recebidas exclusivamente para proceder
a estudos ou pesquisas e desde que os resultados dessas atividades não repre-
sentem vantagem para o doador, nem importem contraprestação de serviços,
estão isentas do IRPF, conforme dispõe o art. 26 da Lei nº 9.250/95.

16. As férias, inclusive as pagas em dobro, transformadas em pecúnia ou in-


denizadas, acrescidas dos respectivos abonos, bem como a licença especial ou
licença-prêmio, inclusive se convertida em pecúnia, constituem rendimentos
isentos ou não tributáveis perante a legislação do Imposto de Renda.
Certo (C) ou errado (E)?

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Comentários: a questão está errada. Nos termos do art. 43, II e III, do


RIR/99, as férias, inclusive as pagas em dobro, transformadas em pecúnia ou
indenizadas, acrescidas dos respectivos abonos, bem como a licença especial
ou licença-prêmio, inclusive se convertida em pecúnia, constituem rendimentos
tributáveis pelo Imposto de Renda da Pessoa Física.

17. Considera-se rendimento bruto do empregado o prêmio pago por seu se-
guro individual de vida, pago pelo empregador, quando o empregado indica o
beneficiário do seguro.
Certo (C) ou errado (E)?

Comentários: a questão está certa. O prêmio de seguro individual de


vida do empregado pago pelo empregador, quando o empregado é o benefici-
ário do seguro, ou indica o beneficiário deste, constitui rendimento bruto da
pessoa física e, portanto, sujeito à incidência do IRPF (RIR/99, art. 43, IX).

18. O capital das apólices de seguro ou pecúlio pago por morte do segurado,
bem como os prêmios de seguro restituídos em qualquer caso, inclusive no de
renúncia do contrato, estão isentos do IRPF, exceto quando se tratar de valores
recebidos em decorrência de cobertura por sobrevivência em apólices de segu-
ros de vida (VGBL).
Certo (C) ou errado (E)?

Comentários: a questão está certa. O capital das apólices de seguro ou


pecúlio pago por morte do segurado, bem como os prêmios de seguro restitu-
ídos em qualquer caso, inclusive no de renúncia do contrato, estão isentos do
IRPF, conforme disposição do art. 6º, XIII, da Lei nº 7.713/88.
Entretanto, quando se tratar de valores recebidos em decorrência de co-
bertura por sobrevivência em apólices de seguros de vida (VGBL), o capital
resgatado estará sujeito ao IRPF na declaração de ajuste anual da beneficiária,
relativa ao período do resgate, ocasião em que poderão ser deduzidos os valo-
res dos respectivos prêmios pagos pelo seguro (art. 63 MP 2158-35/01).

19. Os valores dos prêmios pagos em apólices de seguro de vida com cobertura
por sobrevivência poderão ser deduzidos anualmente na declaração de ajuste
da pessoa física.
Certo (C) ou errado (E)?

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Comentários: a questão está errada. Os valores dos prêmios pagos em


apólices de seguro de vida com cobertura por sobrevivência poderão ser dedu-
zidos na declaração de ajuste da pessoa física relativa ao período do resgate
(art. 63 MP 2158-35/01).

20. Os valores da remuneração relativa à prestação de serviço por titular de


empresa individual optante pelo SIMPLES Nacional, inclusive os rendimentos a
ele distribuídos ou pagos, estão isentos do Imposto de Renda.
Certo (C) ou errado (E)?

Comentários: a questão está errada. Os valores da remuneração rela-


tiva à prestação de serviço por titular de empresa individual optante pelo SIM-
PLES Nacional constituem rendimento tributável, nos termos do art. 43, XIII,
“d”, do RIR/99. Já os rendimentos distribuídos ou pagos ao mesmo titular de
empresa individual-SIMPLES serão considerados isentos do Imposto de Renda,
nos termos do art. 14 da LC nº 123/2006.

21. O rendimento do trabalho assalariado recebido, em moeda estrangeira, por


ausentes no exterior a serviço do País, de autarquias ou repartições do Governo
brasileiro, lá situadas, está sujeito à tributação do Imposto de Renda à base de
75% do total recebido.
Certo (C) ou errado (E)?
Comentários: a questão está errada, pois, conforme estabelece o art.
44 do RIR/99, no caso de rendimentos do trabalho assalariado recebidos, em
moeda estrangeira, por ausentes no exterior a serviço do País, de autarquias
ou repartições do Governo brasileiro, situadas no exterior, consideram-se tri-
butáveis 25% (vinte e cinco por cento) do total recebido e não 75%, conforme
é afirmado no enunciado da questão.

22. Os rendimentos da prestação de serviços de transporte de carga, em veí-


culo próprio ou locado, tais como trator, máquina de terraplenagem, colheita-
deira e assemelhados, são tributados nos percentuais de 10% do rendimento
total.
Certo (C) ou errado (E)?
Comentários: a questão está certa. O art. 9º da Lei nº 7.713/88 deter-
mina que, quando o contribuinte auferir rendimentos da prestação de serviços
de transporte, em veículo próprio locado, ou adquirido com reservas de domínio
ou alienação fiduciária, o imposto de renda incidirá sobre 10% (dez por cento)

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do rendimento bruto, decorrente do transporte de carga. O parágrafo único do


mesmo artigo, esclarece que o referido percentual se aplica também sobre o
rendimento bruto da prestação de serviços com trator, máquina de terraplena-
gem, colheitadeira e assemelhados, exatamente como questionado no presente
exercício.

23. No caso da cessão não onerosa de imóvel, serão considerados rendimentos


tributáveis na declaração de ajuste anual do Imposto de Renda 10% do valor
venal do imóvel, ou do valor constante da guia do IPTU, salvo se o imóvel for
cedido para uso do cônjuge ou de parentes até o terceiro grau.
Certo (C) ou errado (E)?
Comentários: a questão está errada. É verdade que no caso da cessão
não onerosa de imóvel, deverão ser considerados rendimentos tributáveis na
declaração de ajuste anual do IR 10% do valor venal do imóvel, ou do valor
constante da guia do IPTU; entretanto a legislação afasta a incidência do im-
posto quando o imóvel for cedido para cônjuge ou parente até primeiro grau,
apenas, e não até o terceiro grau, conforme foi afirmado no enunciado sob
análise (RIR/99, art. 49, § 1º, combinado com o art. 39, IX).

24. Do rendimento obtido pela sublocação de imóveis, poderá ser excluído o


valor do aluguel pago pela locação do mesmo.
Certo (C) ou errado (E)?
Comentários: a questão está certa. Nos termos do art. 50 do RIR/99,
não entrarão no cômputo do rendimento bruto, no caso de aluguéis de imóveis,
o aluguel pago pela locação de imóvel sublocado.

25. Os Rendimentos Recebidos Acumuladamente, inclusive quando correspon-


dentes ao ano-calendário do recebimento, estão sujeitos à tributação exclusiva
na fonte, na data do pagamento ou do crédito e em separado dos demais ren-
dimentos.
Certo (C) ou errado (E)?
Comentários: a questão está errada. Os Rendimentos Recebidos Acu-
muladamente - RRA, quando correspondentes a anos-calendário anteriores ao
do recebimento, estão sujeitos à tributação exclusiva na fonte, na data do pa-
gamento ou do crédito e em separado dos demais rendimentos (Lei nº 7.713/
88, art. 12-A). Entretanto, quando os RRA forem correspondentes ao ano-ca-
lendário do recebimento ou mediante opção irretratável do contribuinte, os RRA

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deverão receber tratamento de rendimento tributável na declaração de ajuste


anual, estando, portanto, sujeitos à tabela progressiva convencional (Lei nº
7.713/88, arts. 12-A, § 5º, e 12-B).

26. As importâncias com que for beneficiado o devedor, nos casos de perdão
ou cancelamento de dívida em troca de serviços prestados, não serão tributa-
dos pelo Imposto de Renda da Pessoa Física.
Certo (C) ou errado (E)?
Comentários: a questão está errada. As importâncias com que for bene-
ficiado o devedor, nos casos de perdão ou cancelamento de dívida em troca de
serviços prestados têm natureza de receita bruta e, portanto, serão tributados
pelo Imposto de Renda da Pessoa Física, nos termos do art. 55, I, do RIR/99.

27. O valor recebido de pessoa jurídica de direito público a título de auxílio mo-
radia, em substituição ao direito de uso de imóvel funcional, não está sujeito à
tributação do Imposto de Renda da Pessoa Física.
Certo (C) ou errado (E)?
Comentários: a questão está certa. O valor recebido de pessoa jurídica
de direito público a título de auxílio-moradia, em substituição ao direito de uso
de imóvel funcional, não integra a remuneração dos beneficiários e, portanto,
está fora do campo de incidência do IRPF (art. 5º, III, IN RFB nº 1500/14).

28. Estão isentos do Imposto de Renda os rendimentos do trabalho percebidos


por servidores de organismos internacionais de que o Brasil faça parte e aos
quais se tenha obrigado, por tratado ou convênio, a conceder a isenção, inde-
pendentemente de que no país de sua nacionalidade seja assegurado igual tra-
tamento a brasileiros que ali exerçam idênticas funções.
Certo (C) ou errado (E)?
Comentários: a questão está certa. O art. 22 do RIR/1999 estabelece
que estão isentos do imposto os rendimentos do trabalho percebidos por: (i)
Servidores diplomáticos de governos estrangeiros; (ii) Servidores de or-
ganismos internacionais de que o Brasil faça parte e aos quais se tenha
obrigado, por tratado ou convênio, a conceder isenção; (iii) Servidor não bra-
sileiro de embaixada, consulado e repartições oficiais de outros países
no Brasil. Observa-se que a exigência de que no país da nacionalidade do
servidor estrangeiro seja assegurado igual tratamento a brasileiros que ali

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exerçam idênticas funções se dá, unicamente, para o caso de servidor não bra-
sileiro de embaixada, consulado e repartições oficiais de outros países no Brasil
e não para os servidores de organismos internacionais (objeto da questão),
portanto a assertiva está correta.

29. A remuneração produzida pelas letras hipotecárias, certificados de recebí-


veis imobiliários e letras de crédito imobiliário, auferidos por pessoa física, são
isentos do Imposto de Renda na fonte e na declaração de ajuste anual.
Certo (C) ou errado (E)?
Comentários: a questão está certa. Nos termos do art. 3º, II, da Lei nº
11.033/04, a remuneração produzida pelas letras hipotecárias, certificados de
recebíveis imobiliários e letras de crédito imobiliário, auferidos por pessoa fí-
sica, são isentos do Imposto de Renda na fonte e na declaração de ajuste anual,
tal como afirmado na questão sob análise.

30. São isentos do Imposto de Renda os ganhos líquidos auferidos por pessoa
física em operações no mercado à vista de ações nas bolsas de valores e em
operações com ouro, ativo financeiro, cujo valor das alienações realizadas em
cada mês seja igual ou inferior a R$ 20 mil para o conjunto de ações e para o
ouro, ativo financeiro, separadamente para cada modalidade de ativo.
Certo (C) ou errado (E)?
Comentários: a questão está certa. Os ganhos líquidos nas bolsas de
valores e com ouro, ativo financeiro, cujo valor mensal das alienações seja
igual ou inferior a R$ 20 MIL estão isentos do IRPF, nos termos art. 3º, I, da
Lei nº 11.033/04, cujo texto está reproduzido na questão sob análise.

2. QUESTÕES DE CONCURSOS DA ESAF

31. (ESAF - AFTN/1989) O imposto sobre renda e proventos de qualquer


natureza é informado pelo critério da:
a) generalidade;
b) regressividade;
c) impessoalidade;
d) seletividade;

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e) não-cumulatividade.

32. (ESAF – TTN/1998) Assinale a opção incorreta.


No que diz respeito ao Imposto sobre a Renda e Proventos de qualquer natu-
reza, pode-se afirmar que
a) deve ser progressivo, aumentando a alíquota à medida que se eleva a base
de cálculo;
b) deve obedecer aos critérios da universalidade e da generalidade
c) deve obedecer aos princípios da capacidade contributiva, irretroatividade
e anterioridade, entre outras
d) não pode ter suas alíquotas alteradas pelo Poder Executivo.
e) não pode prever hipóteses de isenção, sob pena de violar-se o princípio da
igualdade

33. (ESAF - TRF/2000) Para a resposta da questão, correlacione cada uma


das letras da coluna da esquerda com o número que melhor lhe corresponda
na coluna da direita (adaptada).
v) Progressividade 1. Imunidade revogada
2. Rendimentos tributáveis menos deduções e aba-
w) Fato gerador
timento por dependente
x) Proventos de apo- 3. Aquisição de disponibilidade de acréscimo patri-
sentadoria de idoso monial
y) Base de cálculo 4. Banco comercial
z) Obrigado a tributar- 5. Critério constitucional de observância obrigató-
se pelo lucro real ria para o legislador do Imposto de Renda

É correta a seguinte correlação:


a) v1
b) v2
c) v3
d) v5
e) v4

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34. (ESAF - TRF/2000) Os salários recebidos pelo trabalhador são, em regra,


__________. Os lucros ou dividendos calculados com base nos resultados con-
tábeis apurados a partir do mês de janeiro de 1996, recebidos de pessoas ju-
rídicas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado __________.
a) tributados apenas acima de certo valor
só entram no cômputo do rendimento bruto quando acima de certo valor
b) integrantes no cômputo do rendimento bruto
também integram o rendimento bruto
c) isentos em sua totalidade, pois salário não é renda
são parte do rendimento bruto, pois os rendimentos do capital também se
sujeitam à tributação
d) tributados em sua totalidade
tributáveis, pois os rendimentos do capital também se sujeitam à tributação
e) Tributáveis
não entram no cômputo do rendimento bruto

35. (ESAF – AFRF/2002) Relativamente ao imposto de renda, assinale a


afirmação correta.
a) A Constituição determina que o imposto de renda seja informado pelo cri-
tério de que aquele que ganhe mais deverá pagar de imposto uma propor-
ção maior do que aquele que ganhe menos.
b) A renda e os proventos de qualquer natureza percebidos no País por resi-
dentes ou domiciliados no exterior ou a eles equiparados não estão sujeitos
ao imposto em razão do princípio da extraterritorialidade.
c) No caso de rendimentos percebidos em dinheiro a título de alimentos ou
pensões em cumprimento de acordo homologado judicialmente ou decisão
judicial, inclusive alimentos provisionais ou provisórios, verificando-se a
incapacidade civil do alimentado, não há incidência do imposto.
d) Em razão do princípio da universalidade da tributação, a ajuda de custo
destinada a atender às despesas com transporte, frete e locomoção do
beneficiado e seus familiares, em caso de remoção de um município para
outro, está sujeita ao imposto.
e) A tributação dos rendimentos recebidos por residentes ou domiciliados no
Brasil que prestem serviços a embaixadas, repartições consulares, missões

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diplomáticas ou técnicas não está sujeita à legislação brasileira, por força


da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas.

36. (ESAF - TRF/2002.1) A ajuda de custo destinada a atender as despesas


com transporte, frete e locomoção do beneficiado e seus familiares, em caso
de remoção de um município para outro,
a) não integrará o cômputo do rendimento líquido, caracterizando-se como
uma isenção condicionada à comprovação posterior.
b) integrará o cômputo do rendimento bruto, caracterizando-se como uma de-
dução condicionada à comprovação posterior.
c) não integrará o cômputo do rendimento líquido, caracterizando-se como um
abatimento condicionado à comprovação posterior.
d) integrará o cômputo do rendimento bruto, caracterizando-se como uma
não-incidência condicionada à comprovação posterior.
e) não integrará o cômputo do rendimento bruto, caracterizando-se como uma
isenção condicionada à comprovação posterior.

37. (ESAF - TRF/2002.1) Assinale a opção correta.


a) Estão isentos do imposto sobre a renda os rendimentos de trabalho assala-
riado percebidos, no Brasil, por servidores diplomáticos de governo estran-
geiro, desde que assegurada reciprocidade de tratamento aos brasileiros
que, naqueles países, exerçam idênticas funções.
b) Não estão isentos do imposto sobre a renda os rendimentos de trabalho
assalariado percebidos, no Brasil, por servidores diplomáticos de governo
estrangeiro, desde que assegurada reciprocidade de tratamento aos brasi-
leiros que, naqueles países, exerçam idênticas funções.
c) Estão isentos do imposto sobre a renda os rendimentos de ganhos de capital
percebidos, no Brasil, por servidores diplomáticos de governo estrangeiro,
desde que assegurada reciprocidade de tratamento aos brasileiros que, na-
queles países, exerçam idênticas funções.
d) Estão isentos do imposto sobre a renda os rendimentos de trabalho assala-
riado percebidos, no Brasil, por servidores diplomáticos de governo estran-
geiro, independentemente de reciprocidade de tratamento aos brasileiros
que, naqueles países, exerçam idênticas funções.

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e) Estão isentos do imposto sobre a renda os ganhos de capital percebidos, no


Brasil, por servidores diplomáticos de governo estrangeiro, independente-
mente de reciprocidade de tratamento aos brasileiros que, naqueles países,
exerçam idênticas funções.

38. (ESAF - TRF/2002.2) De acordo com a legislação do Imposto de Renda-


Pessoa Física, não constitui rendimento tributável:
a) a remuneração dos estagiários.
b) a licença-prêmio convertida em pecúnia.
c) o auxílio transporte pago em pecúnia ao servidor público federal ativo.
d) a verba para custeio de despesas necessárias para o exercício do cargo ou
função.
e) a indenização por lucros cessantes.

39. (ESAF – AFRFB/2005) Para os efeitos do imposto de renda, o _________


percebido na alienação de bens imóveis considera-se ___________. Já a im-
portância paga a título de aluguel, remetida, creditada, empregada ou entregue
ao contribuinte, produzido por bens imóveis é denominada _________. Um(a)
_________, na linguagem tributária, é o valor percebido independentemente
de ser produzido pelo capital ou o trabalho do contribuinte.
a) rendimento....rendimento de capital........ganho imobiliário....sinecura
b) provento.......rendimento imobiliário.......provento predial....provento
c) rendimento....rendimento de capital.......ganho imobiliário....prebenda
d ganho....ganho de capital.......rendimento de capital.... sinecura
e) ganho ....ganho de capital......rendimento de capital.... provento

40. (ESAF - ATRFB/2012) Constitui rendimento para fins do Imposto sobre


a Renda, exceto,
a) todo o produto do capital.
b) o provento de qualquer natureza.
c) o acréscimo patrimonial não correspondente aos rendimentos declarados.
d) a pensão e os alimentos percebidos em mercadoria.
e) todo produto do trabalho.

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41. (ESAF - AFRFB/2012) Os seguintes valores são onerados pelo Imposto


sobre a Renda devido pelas pessoas físicas, exceto:
a) os lucros do comércio e da indústria, auferidos por todo aquele que não
exercer, habitualmente, a profissão de comerciante ou industrial.
b) as importâncias recebidas a título de juros e indenizações por lucros ces-
santes.
c) os valores correspondentes a bolsas de estudo e de pesquisa caracterizadas
como doação, quando recebidas exclusivamente para proceder a estudos
ou pesquisas e desde que os resultados dessas atividades não representem
vantagem para o doador, nem importem contraprestação de serviços.
d) o valor do laudêmio recebido.
e) os rendimentos derivados de atividades ou transações ilícitas ou percebidos
com infração à lei.

42. (ESAF - AFRFB/2012) De acordo com a legislação tributária, assinale a


opção correta.
a) Na determinação da base de cálculo do Imposto de Renda incidente sobre
valores recebidos em decorrência de cobertura por sobrevivência em apóli-
ces de seguros de vida, poderão ser deduzidos os valores dos respectivos
prêmios pagos, observada a legislação aplicável à matéria.
b) Os rendimentos recebidos acumuladamente, a partir de 28 de julho de
2010, relativos a anos-calendário anteriores ao do recebimento, salvo
quando pagos por pessoa física, serão tributados exclusivamente na fonte,
no mês do recebimento ou crédito, em separado dos demais rendimentos
recebidos no mês, quando relativos a rendimentos do trabalho ou a apo-
sentadoria, pensão, transferência para a reserva remunerada ou reforma,
pagos pela Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios.
c) A base de cálculo do Imposto de Renda na Fonte devido pelos trabalhadores
portuários avulsos, inclusive os pertencentes à categoria de “arrumadores”,
será o total do valor pago ao trabalhador pelo órgão gestor de mão de obra
do trabalho portuário, desde que esse valor corresponda à quantia paga
por, no máximo, três empresas para as quais o beneficiário tenha prestado
serviço.
d) Estão sujeitos ao Imposto de Renda na Fonte os rendimentos distribuídos
pelos Fundos de Investimento Imobiliários cujas quotas sejam admitidas à
negociação exclusivamente em bolsas de valores ou no mercado de balcão

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organizado.
e) Está sujeita ao Imposto de Renda na Fonte a remuneração produzida por
letras hipotecárias, certificados de recebíveis imobiliários e letras de crédito
imobiliário.

43. (ESAF - AFRFB/2014) Assinale a opção incorreta.


a) O Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência
(Pronas) suspende a exigência de Imposto sobre Produtos Industrializados
incidente sobre produtos destinados à industrialização de equipamentos e
aparelhos necessários à reabilitação de pessoas com deficiência, desde que
cumpridas as condições legais impostas ao contribuinte.
b) Os valores percebidos a título de bolsa pela lei instituidora do Programa
Mais Médicos não caracterizam contraprestação de serviços para fins tribu-
tários, ficando isentos do pagamento de Imposto de Renda da Pessoa Física.
c) Os valores percebidos a título de bolsa pela participação dos servidores das
redes públicas de educação profissional nas atividades do Programa Nacio-
nal de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) não caracterizam
contraprestação de serviços para fins tributários, ficando isentos do paga-
mento de Imposto de Renda da Pessoa Física.
d) O Regime Especial de Incentivo a Computadores para Uso Educacional (Rei-
comp) suspende a exigência de Imposto sobre Produtos Industrializados in-
cidente sobre produtos destinados à industrialização de equipamentos de in-
formática, desde que cumpridas as condições legais impostas ao contribu-
inte.
e) Os valores percebidos a título de bolsa pelos médicos residentes não carac-
terizam contraprestação de serviços para fins tributários, ficando isentos do
pagamento de Imposto de Renda da Pessoa Física.

44. (ESAF - AFRFB/2014) Considere a situação hipotética narrada:


“Pablo é brasileiro e vive no exterior há alguns anos, em país que tributa a
renda da pessoa física em percentual muito superior à tributação brasileira.
Pablo mantém fortes laços com o Brasil, para onde envia, mensalmente, os
produtos artesanais por ele desenvolvidos, recebendo justa contraprestação da
Jeremias Artesanato Mundial Ltda., revendedora exclusiva de sua produção,
com sede no município de Salvador. Além disso, Pablo possui imóvel na cidade
de Manaus, em razão do qual recebe aluguéis mensais, e presta serviços de
consultoria para Matias Turismo Pantanal Ltda., empresa sediada no município

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de Campo Grande. Ano passado, os pais de Pablo faleceram, deixando joias e


imóveis no Rio de Janeiro, tudo vendido pela sua irmã, Paola, que, em acordo
com o irmão, enviou-lhe a metade da herança que lhe cabia.”
De acordo com a legislação tributária em vigor, assinale a opção correta.
a) Desde que Pablo tenha quitado os tributos devidos até a data de sua saída
definitiva do Brasil, deve receber todos os rendimentos acima descritos li-
vres de Imposto de Renda, já que não é domiciliado nem residente no Bra-
sil.
b) Independentemente de ser ou não domiciliado ou residente no Brasil, Pablo
está obrigado ao Imposto de Renda no Brasil tanto quanto e tal como aque-
les cidadãos que aqui residem, por ser brasileiro e porque está auferindo
riqueza produzida no Brasil.
c) Os valores enviados por Jeremias Artesanato Mundial Ltda., em razão da
venda do artesanato, assim como os valores dos aluguéis e aqueles decor-
rentes da prestação de serviços à Matias Turismo Pantanal S.A., que forem
remetidos a Pablo no exterior, devem sofrer incidência do Imposto de Renda
na Fonte, ficando a remessa do quinhão da herança pertencente a Pablo
dispensada do recolhimento desse tributo.
d) Os rendimentos acima descritos que tiverem sido recebidos por Pablo após
requerimento e saída definitiva e regular do País ficam todos sujeitos à tri-
butação exclusiva na fonte a título de Imposto de Renda Pessoa Física.
e) Deve ser retido pelas fontes o valor correspondente ao Imposto de Renda
incidente sobre a herança e sobre os aluguéis, ficando os valores enviados
por Jeremias Artesanato Mundial Ltda., em razão da venda do artesanato,
e os enviados em razão dos serviços prestados à Matias Turismo Pantanal
S.A., livres de Imposto de Renda no Brasil por não consubstanciarem ren-
dimento de trabalho realizado neste País.

45. (ESAF - AFRFB/2014) Considere a situação hipotética narrada:


“João dos Santos trabalhou, de 1990 a 2012, na Centro-Oeste Caboclo
S.A., a qual, tanto quanto João e demais empregados contribuíram, durante
todo o período do contrato de trabalho de João, para plano privado de previ-
dência complementar, especialmente instituído em prol desses trabalhadores.
Em 2013, João se aposentou pelo regime geral de previdência social, ao tempo
em que se desligou do plano privado de previdência complementar, momento
em que dele recebeu verba relativa a resgate.”
De acordo com a legislação tributária em vigor, assinale a opção correta.

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a) João não está obrigado a recolher Imposto de Renda sobre a parcela do


resgate correspondente ao montante de contribuições por ele vertidas à
previdência privada durante seu contrato de trabalho, porque tal parcela
não representa riqueza nova no patrimônio de João, mas apenas devolu-
ção de renda já tributada.
b) João tem direito a excluir da incidência do Imposto de Renda a parcela do
valor de resgate que corresponder às contribuições por ele vertidas à pre-
vidência privada entre 1990 e 1995.
c) João deve oferecer todo o valor recebido a título de resgate à tributação
por ocasião da Declaração de Ajuste Anual em 2014, porque tal riqueza
representa acréscimo ao patrimônio dele, pouco importando que já tenha
sido tributada quando do recebimento dos salários.
d) João está dispensado de recolher Imposto de Renda sobre os valores cor-
respondentes ao resgate, e a Centro-Oeste Caboclo S.A. goza de imuni-
dade tributária do Imposto de Renda Pessoa Jurídica, conforme decidido
em precedentes do Supremo Tribunal Federal.
e) João deve pagar Imposto de Renda sobre o resgate, mas tem direito a
repetir indébito tributário relativo ao Imposto de Renda por ele pago nos
cinco anos anteriores ao desligamento, no que corresponder ao valor por
ele destinado à previdência privada nesse período, em virtude da declara-
ção de inconstitucionalidade de norma que vedava a dedutibilidade da con-
tribuição vertida à previdência privada da base de cálculo do Imposto de
Renda devido por pessoas físicas.

2.1. Gabarito

31 A 36 E 41 C
32 E 37 A 42 A
33 D 38 C 43 A
34 E 39 E 44 C
35 A 40 D 45 B

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2.2. Comentário das questões de concursos da ESAF

31. (ESAF – AFTN/1989) O imposto sobre renda e proventos de qualquer


natureza é informado pelo critério da:
a) generalidade;
b) regressividade;
c) impessoalidade;
d) seletividade;
e) não-cumulatividade.
Comentário da questão: a alternativa correta é a de letra “a”, pois,
nos termos do art. 153, § 2º da CF/88, o Imposto de Renda será informado
pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na
forma da lei.
A alternativa “b” está incorreta, pois afirma que a regressividade, e
não a progressividade, é critério orientador do Imposto de Renda.
A alternativa “c” está, igualmente, incorreta, já que a impessoalidade
é princípio da Administração Pública (CF/88, art. 37, caput) e não critério ori-
entador do Imposto de Renda.
As alternativas “d” e “e” estão, ambas, incorretas, pois a seletivi-
dade e a não-cumulatividade são princípios do IPI e não critérios orientadores
do Imposto de Renda (CF/88, art. 153, § 3º, I e II).

32. (ESAF – TTN/1998) Assinale a opção incorreta.


No que diz respeito ao Imposto sobre a Renda e Proventos de qualquer natu-
reza, pode-se afirmar que
a) deve ser progressivo, aumentando a alíquota à medida que se eleva a base
de cálculo;
b) deve obedecer aos critérios da universalidade e da generalidade
c) deve obedecer aos princípios da capacidade contributiva, irretroatividade
e anterioridade, entre outras
d) não pode ter suas alíquotas alteradas pelo Poder Executivo.
e) não pode prever hipóteses de isenção, sob pena de violar-se o princípio da
igualdade

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Comentário da questão: a alternativa que irá responder à questão é


a de letra “e”. Note que foi solicitado o assinalamento da alternativa incorreta.
Não há dispositivo na Constituição Federal ou em lei que estabeleça, com re-
lação ao IR, que não pode haver previsão de isenção para o imposto, sob pena
de violar-se o princípio da igualdade. Basta lembrar que a legislação do Im-
posto de Renda admite inúmeras hipótese de isenção para o imposto.
As alternativas de “a” a “d” estão corretas e correspondem a previ-
sões constitucionais em relação ao Imposto de Renda.
Nesse sentido, as alternativas “a” e “b” (ambas corretas) trazem os
critérios orientadores do IR, quais sejam, universalidade, generalidade e pro-
gressividade (CF, art. 153, § 2º).
A alternativa “c” (correta) reúne alguns dos princípios constitucionais
que devem ser obedecidos pelo legislador do IR, são estes, o princípio da ca-
pacidade contributiva (CF, art. 145, § 1º), da irretroatividade (ou anterioridade
da lei) para a criação ou aumento do imposto (CF, art. 150, III, “a”) e o da
anterioridade (referência à anterioridade do exercício), conforme o art. 150,
III, “b”, da CF/88, além de apontar a existência de outros não citados.
A alternativa “d” (também correta) destaca que o IR não pode ter as
suas alíquotas alteradas por ato do poder executivo, em referência ao princípio
da legalidade, que exige ato do legislativo, ou seja, a edição de lei para o efeito
da alteração das alíquotas do imposto.

33. (ESAF - TRF/2000) Para a resposta da questão, correlacione cada uma


das letras da coluna da esquerda com o número que melhor lhe corresponda
na coluna da direita (adaptada).

v) Progressividade 1. Imunidade revogada


2. Rendimentos tributáveis menos deduções e aba-
w) Fato gerador
timento por dependente
x) Proventos de apo- 3. Aquisição de disponibilidade de acréscimo patri-
sentadoria de idoso monial
y) Base de cálculo 4. Banco comercial
z) Obrigado a tributar- 5. Critério constitucional de observância obrigató-
se pelo lucro real ria para o legislador do Imposto de Renda

É correta a seguinte correlação:


a) v1

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b) v2
c) v3
d) v5
e) v4
Comentário da questão: a alternativa correta é a de letra “d”. Art.
153, § 2º da CF/88, segundo o qual, o Imposto de Renda será informado pelos
critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da
lei. Assim, o item “5” (critério constitucional de observância obrigatória para
o legislador do Imposto de Renda) vincula-se perfeitamente à letra “v” (pro-
gressividade).
A alternativa “a” está incorreta, pois o item “1” (imunidade revo-
gada) vincula-se à letra “x” (proventos de aposentadoria de idoso) e não à
letra “v” (progressividade).
A alternativa “b” está incorreta, pois item “2” (rendimentos tributá-
veis menos deduções e abatimento por dependente) corresponde à letra “y”
(base de cálculo do IRPF) e não à letra “v” (progressividade).
A alternativa “c” está incorreta, pois o item “3” (aquisição de dispo-
nibilidade de acréscimo patrimonial) corresponde à letra “w” (fato gerador do
IRPF) e não à letra “v” (progressividade).
A alternativa “e” está incorreta, pois o item “4” (banco comercial)
corresponde à letra “z” (instituição obrigada à tributação do lucro real) e não
à letra “v” (progressividade).

34. (ESAF - TRF/2000) Os salários recebidos pelo trabalhador são, em regra,


_________. Os lucros ou dividendos calculados com base nos resultados con-
tábeis apurados a partir do mês de janeiro de 1996, recebidos de pessoas ju-
rídicas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado __________.
a) tributados apenas acima de certo valor
só entram no cômputo do rendimento bruto quando acima de certo valor
b) integrantes no cômputo do rendimento bruto
também integram o rendimento bruto
c) isentos em sua totalidade, pois salário não é renda
são parte do rendimento bruto, pois os rendimentos do capital também se
sujeitam à tributação
d) tributados em sua totalidade
tributáveis, pois os rendimentos do capital também se sujeitam à tributação

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e) Tributáveis
não entram no cômputo do rendimento bruto
Comentário da questão: a alternativa correta é a de letra “e”, pois os
salários recebidos pelo trabalhador são, em regra, rendimentos tributáveis,
conforme dispõe o art. 43, I do RIR/99, ao passo que, os lucros ou dividendos
distribuídos, apurados a partir de janeiro de 1996, recebidos de pessoas jurídi-
cas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado constituem ren-
dimento isento e, portanto, não integram o rendimento bruto (base de incidên-
cia do IRPF), nos termos do art. 39, XXIX do RIR/99.
A alternativa “a” está incorreta, pois reputa que os salários são tri-
butados acima de certo valor, o que não é verdade. Os salários são em regra
tributáveis e, para o efeito de apuração do imposto, estão sujeitos a uma faixa
de isenção, que não lhes tira a natureza de tributável. Assim como, não há
limite de valor a partir do qual sejam tributados os lucros e dividendos calcu-
lados com base nos resultados apurados a partir do mês de janeiro de 1996,
pagos ou creditados pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real,
presumido ou arbitrado (RIR/99, arts. 39, XXIX, e 43, I).
A alternativa “b” está incorreta, pois afirma que os lucros e dividen-
dos calculados com base nos resultados apurados a partir do mês de janeiro de
1996, pagos ou creditados pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro
real, presumido ou arbitrado, também integram o rendimento bruto, o que não
é verdade (RIR/99, arts. 39, XXIX).
A alternativa “c” está incorreta, pois afirma que os salários não são
rendimentos tributáveis, ou seja, não integram no cômputo do rendimento
bruto, o que está incorreto (os salários constituem rendimentos tributáveis,
conforme RIR/99, art. 43, I). Afirma, ainda, que os lucros e dividendos distri-
buídos, apurados a partir do mês de janeiro de 1996, pagos/creditados por PJ
lucro real, presumido ou arbitrado, constituem rendimento tributável (rendi-
mento bruto), pois os rendimentos do capital também se sujeitam à tributação,
o que não é verdade, já que o legislador isentou tais rendimentos, conforme
dispõe o art. 39, XXIX, do RIR/99.
A alternativa “d” está incorreta, pois afirma que os lucros e dividen-
dos distribuídos, apurados a partir do mês de janeiro de 1996, pagos/credita-
dos por PJ lucro real, presumido ou arbitrado, não entram no cômputo do
rendimento bruto, o que não é verdade (RIR/99, art. 39, XXIX).

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35. (ESAF – AFRF/2002) Relativamente ao imposto de renda, assinale a


afirmação correta.
a) A Constituição determina que o imposto de renda seja informado pelo cri-
tério de que aquele que ganhe mais deverá pagar de imposto uma propor-
ção maior do que aquele que ganhe menos.
b) A renda e os proventos de qualquer natureza percebidos no País por resi-
dentes ou domiciliados no exterior ou a eles equiparados não estão sujeitos
ao imposto em razão do princípio da extraterritorialidade.
c) No caso de rendimentos percebidos em dinheiro a título de alimentos ou
pensões em cumprimento de acordo homologado judicialmente ou decisão
judicial, inclusive alimentos provisionais ou provisórios, verificando-se a
incapacidade civil do alimentado, não há incidência do imposto.
d) Em razão do princípio da universalidade da tributação, a ajuda de custo
destinada a atender às despesas com transporte, frete e locomoção do
beneficiado e seus familiares, em caso de remoção de um município para
outro, está sujeita ao imposto.
e) A tributação dos rendimentos recebidos por residentes ou domiciliados no
Brasil que prestem serviços a embaixadas, repartições consulares, missões
diplomáticas ou técnicas não está sujeita à legislação brasileira, por força
da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas.
Comentário da questão: a alternativa “a” está correta e responde à
questão, pois, o seu enunciado faz referência ao critério da progressividade ao
qual está sujeito o IR e, segundo o qual, quanto maior a base de incidência do
imposto maior deverá ser, proporcionalmente, o seu ônus tributário (CF/88, art.
150, § 1º).
A alternativa “b” está incorreta, pois os proventos de qualquer natu-
reza percebidos no País por residentes ou domiciliados no exterior ou a eles
equiparados estão sujeitos ao IR, pois tais pessoas se revestem da condição de
contribuinte do imposto, nos termos do art. 3º do Regulamento do Imposto de
Renda (Decreto nº 3000/1999, art. 3º).
O princípio da extraterritorialidade pertence ao direito penal e diz respeito
à possibilidade da aplicação da lei brasileira a crimes ocorridos no exterior e
vice-versa. Tal princípio não tem aplicação no âmbito tributário.
A alternativa “c” está incorreta, pois haverá a incidência do Imposto
de Renda sobre os rendimentos percebidos em dinheiro a título de alimentos ou
pensões em cumprimento de acordo homologado judicialmente ou decisão judi-
cial, inclusive alimentos provisionais ou provisórios, mesmo quando verificada a
incapacidade civil do alimentado.

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Neste caso a mencionada incapacidade civil será suprida pelo instituto da


representação de terceiros, tal como previsto pelo Regulamento do Imposto de
Renda (RIR/99, art. 24).
A alternativa “d” está incorreta, já que haverá isenção do Imposto de
Renda sobre a ajuda de custo destinada a atender às despesas com transporte,
frete e locomoção do beneficiado e seus familiares, em caso de remoção de um
município para outro, conforme dispõe o art. 6º, XX, da Lei nº 7.713/88.
Vale observar que o critério orientador da universalidade, estabelece que
todas as mutações patrimoniais, percebidas pelo contribuinte, durante um de-
terminado período, devem integrar a base de incidência do Imposto de Renda.
Entretanto, sua interpretação deve ser observada de forma sistêmica.
Ocorre que o legislador resolveu por bem excluir a ajuda de custo (obtida nas
condições acima) da incidência do IR.
A alternativa “e” está incorreta, pois os rendimentos de residentes ou
domiciliados no Brasil que prestem serviços a embaixadas, repartições consula-
res, missões diplomáticas ou técnicas, ESTÃO sujeitos à incidência do Imposto
de Renda, bem como à legislação brasileira.
Haverá, entretanto, hipótese de isenção, quando se tratar de rendimen-
tos recebidos por servidores dos mesmos órgãos, mas que sejam não residentes
ou não domiciliados no Brasil.
Observe que a questão envolve conhecimentos so-
bre o rol de rendimentos isentos ou não tributados
pelo Imposto de Renda. Ponto que não foi apresen-
tado ao concursando. Entretanto, o sólido conheci-
mento acerca dos critérios de orientadores do Imposto de Renda (objeto de
nossa aula) é suficiente para se obter a resposta da questão, já que a alternativa
correta (alternativa “a”) recaiu justamente sobre este ponto da matéria.
O concursando, por vezes, não terá o conhecimento de todos os pontos da
matéria e é importante saber usar da melhor forma possível os conhecimentos
que já possui, o exercício aqui proposto se deu neste sentido.

36. (ESAF - TRF/2002.1) A ajuda de custo destinada a atender as despesas


com transporte, frete e locomoção do beneficiado e seus familiares, em caso
de remoção de um município para outro,
a) não integrará o cômputo do rendimento líquido, caracterizando-se como
uma isenção condicionada à comprovação posterior.

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b) integrará o cômputo do rendimento bruto, caracterizando-se como uma de-


dução condicionada à comprovação posterior.
c) não integrará o cômputo do rendimento líquido, caracterizando-se como um
abatimento condicionado à comprovação posterior.
d) integrará o cômputo do rendimento bruto, caracterizando-se como uma
não-incidência condicionada à comprovação posterior.
e) não integrará o cômputo do rendimento bruto, caracterizando-se como uma
isenção condicionada à comprovação posterior.
Comentário da questão: a alternativa correta é a de letra “e”. A ajuda
de custo não integra o rendimento bruto (base de incidência do IRPF), sendo
isenta do IRPF e sujeita a comprovação posterior, nos termos do art. 6º, XX,
da Lei nº 7.713/88.
As alternativas “a” e “c” estão incorretas, pois fazem referência ao
rendimento líquido como base de incidência do IRPF, ao passo que as alter-
nativas “b” e “d” estão, igualmente, incorretas, pois afirmam tratar-se de
situação de “abatimento” ou de “não incidência”, quando a situação é de isen-
ção em relação ao IRPF.

37. (ESAF - TRF/2002.1) Assinale a opção correta.


a) Estão isentos do imposto sobre a renda os rendimentos de trabalho assala-
riado percebidos, no Brasil, por servidores diplomáticos de governo estran-
geiro, desde que assegurada reciprocidade de tratamento aos brasileiros
que, naqueles países, exerçam idênticas funções.
b) Não estão isentos do imposto sobre a renda os rendimentos de trabalho
assalariado percebidos, no Brasil, por servidores diplomáticos de governo
estrangeiro, desde que assegurada reciprocidade de tratamento aos brasi-
leiros que, naqueles países, exerçam idênticas funções.
c) Estão isentos do imposto sobre a renda os rendimentos de ganhos de capital
percebidos, no Brasil, por servidores diplomáticos de governo estrangeiro,
desde que assegurada reciprocidade de tratamento aos brasileiros que, na-
queles países, exerçam idênticas funções.
d) Estão isentos do imposto sobre a renda os rendimentos de trabalho assala-
riado percebidos, no Brasil, por servidores diplomáticos de governo estran-
geiro, independentemente de reciprocidade de tratamento aos brasileiros
que, naqueles países, exerçam idênticas funções.

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e) Estão isentos do imposto sobre a renda os ganhos de capital percebidos, no


Brasil, por servidores diplomáticos de governo estrangeiro, independente-
mente de reciprocidade de tratamento aos brasileiros que, naqueles países,
exerçam idênticas funções.
Comentário da questão: a alternativa correta é a de letra “a”. Art. 22,
inciso III, do RIR/1999, segundo o qual estão isentos do IRPF os rendimentos
do trabalho percebidos por servidor não brasileiro de embaixada, consulado e
repartições oficiais de outros países no Brasil, desde que no país de sua nacio-
nalidade seja assegurado igual tratamento a brasileiros que ali exerçam idên-
ticas funções.
A alternativa “b” está incorreta, pois é a negativa da alternativa “a”, que
está correta. As alternativas “c” e “e” estão incorretas, pois os rendimentos e
ganhos de capital percebidos, no Brasil, por servidores diplomáticos de governo
estrangeiro serão tributados, já que tais servidores terão tratamento de con-
tribuintes residentes no exterior (art. 22, § 3º do RIR/99). A alternativa “d”
está incorreta, pois a isenção do IRPF para os rendimentos do trabalho assala-
riado percebidos, no Brasil, por servidores diplomáticos de governo estrangeiro,
depende da reciprocidade de tratamento (art. 22, III do RIR/99).

38. (ESAF - TRF/2002.2) De acordo com a legislação do Imposto de


Renda-Pessoa Física, não constitui rendimento tributável:
a) a remuneração dos estagiários.
b) a licença-prêmio convertida em pecúnia.
c) o auxílio transporte pago em pecúnia ao servidor público federal ativo.
d) a verba para custeio de despesas necessárias para o exercício do cargo ou
função.
e) a indenização por lucros cessantes.
Comentário da questão: a alternativa correta é a de letra “c”, pois o
auxílio transporte pago em pecúnia ao servidor público federal ativo constitui
rendimentos não tributável, por sua natureza indenizatória, conforme dispõe o
art. 39, V do RIR/99.
As alternativas “a”, “b”, “d” e “e” constituem exemplos de rendi-
mentos tributáveis, conforme o art. 43, I, III e X e o art. 55, VI, motivo pelo
qual, não devem ser assinaladas como resposta da questão.

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39. (ESAF – AFRFB/2005) Para os efeitos do imposto de renda, o _________


percebido na alienação de bens imóveis considera-se ___________. Já a im-
portância paga a título de aluguel, remetida, creditada, empregada ou entregue
ao contribuinte, produzido por bens imóveis é denominada _________. Um(a)
_________, na linguagem tributária, é o valor percebido independentemente
de ser produzido pelo capital ou o trabalho do contribuinte.
a) rendimento.... rendimento de capital........ganho imobiliário.... sinecura
b) provento.......rendimento imobiliário.......provento predial.... provento
c) rendimento.... rendimento de capital.......ganho imobiliário.... prebenda
d ganho.... ganho de capital.......rendimento de capital.... sinecura
e) ganho .... ganho de capital......rendimento de capital.... provento
Comentário da questão: a alternativa “e” responde à questão.
O capital (máquinas, equipamentos, instalações e imóveis) poderá ser
alienado, de sorte que o resultado da alienação do capital, se positivo, deno-
mina-se ganho de capital e, se negativo, perda de capital. A pessoa física que
auferir ganho de capital estará sujeita à tributação definitiva, conforme art. 117
do Regulamento do Imposto de Renda.
O mesmo capital poderá ainda ser utilizado, ou seja, posto na produção
ou arrendado, pelo que dará origem a um acréscimo patrimonial (renda ou
provento). O capital posto na produção gera renda (produto do capital, do
trabalho ou da combinação de ambos – CTN, art. 43, I), ao passo que o capital
arrendado da origem a um provento (acréscimo patrimonial não compreendido
no conceito de renda – CTN, art. 43, II).
Em razão do que foi exposto acima, é correto afirmar que “o ganho per-
cebido na alienação de bens imóveis considera-se ganho de capital”, bem como
é correto afirmar que “Já a importância paga a título de aluguel, remetida,
creditada, empregada ou entregue ao contribuinte, produzido por bens imóveis
é denominada rendimento de capital” e “Um provento, na linguagem tributária,
é o valor percebido independentemente de ser produzido pelo capital ou o tra-
balho do contribuinte”, exatamente como propõe-se na alternativa “e”.

40. (ESAF - ATRFB/2012) Constitui rendimento para fins do Imposto sobre


a Renda, exceto,
a) todo o produto do capital.
b) o provento de qualquer natureza.
c) o acréscimo patrimonial não correspondente aos rendimentos declarados.

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d) a pensão e os alimentos percebidos em mercadoria.


e) todo produto do trabalho.
Comentário da questão: a alternativa “d” responde à questão, que
pede a exceção a uma hipótese de rendimento. Apenas os alimentos e pensões
recebidos em dinheiro, não os recebidos em mercadoria (conforme afirma a
alternativa “d”), são rendimentos para a legislação do IR (art. 37, caput do
RIR/99).
As alternativas “a” e “e” não respondem à questão, pois todo o produto
do capital, assim como todo o produto do trabalho são rendimentos perante a
legislação do IR, mesmo que obtidos de maneira combinada (CF, art. 43, I e
RIR/99, art. 37).
As alternativas “b” e “c” também não respondem à questão, pois os pro-
ventos de qualquer natureza constituem rendimento para a legislação do IR, as-
sim também entendidos, os acréscimos patrimoniais não correspondentes aos
rendimentos declarados (CF, art. 43, II e RIR/99, art. 37).

41. (ESAF – AFRFB/2012) Os seguintes valores são onerados pelo Imposto


sobre a Renda devido pelas pessoas físicas, exceto:
a) os lucros do comércio e da indústria, auferidos por todo aquele que não
exercer, habitualmente, a profissão de comerciante ou industrial.
b) as importâncias recebidas a título de juros e indenizações por lucros ces-
santes.
c) os valores correspondentes a bolsas de estudo e de pesquisa caracterizadas
como doação, quando recebidas exclusivamente para proceder a estudos
ou pesquisas e desde que os resultados dessas atividades não representem
vantagem para o doador, nem importem contraprestação de serviços.
d) o valor do laudêmio recebido.
e) os rendimentos derivados de atividades ou transações ilícitas ou percebidos
com infração à lei.
Comentário da questão: a alternativa “c” responde à questão. Note que
o examinador pede o assinalamento da opção que apresenta rendimento isento
ou não tributado. Os valores das bolsas de estudo e pesquisa serão enquadrados
como rendimentos isentos e não tributados, desde que: (i) caracterizados como
doação, (ii) recebidos exclusivamente para estudo e pesquisa, (iii) os resultados
não constituam vantagem para o doador e (iv) não importem em contraprestação
de serviços (art. 39, VII do RIR/99).
As alternativas “a”, “b”, “d” e “e” não respondem à questão, pois os lucros

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da atividade, ainda que não habitual, obtidos por comerciante ou industrial (al-
ternativa “a”), os juros e as indenizações por lucros cessantes (alternativa “b”),
o laudêmio recebido (alternativa “d”) e os rendimentos de atividades e transações
ilícitas ou percebidos com infração à lei (alternativa “e”), são rendimentos tribu-
táveis pela legislação do IRPF, conforme as disposições do art. 55 do RIR/99,
precisamente em seus inciso III, VI, X e XVII.

42. (ESAF - AFRFB/2012) De acordo com a legislação tributária, assinale a


opção correta.
a) Na determinação da base de cálculo do Imposto de Renda incidente sobre
valores recebidos em decorrência de cobertura por sobrevivência em apó-
lices de seguros de vida, poderão ser deduzidos os valores dos respecti-
vos prêmios pagos, observada a legislação aplicável à matéria.
b) Os rendimentos recebidos acumuladamente, a partir de 28 de julho de
2010, relativos a anos-calendário anteriores ao do recebimento, salvo
quando pagos por pessoa física, serão tributados exclusivamente na
fonte, no mês do recebimento ou crédito, em separado dos demais ren-
dimentos recebidos no mês, quando relativos a rendimentos do trabalho
ou a aposentadoria, pensão, transferência para a reserva remunerada ou
reforma, pagos pela Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios.
c) A base de cálculo do Imposto de Renda na Fonte devido pelos trabalha-
dores portuários avulsos, inclusive os pertencentes à categoria de “arru-
madores”, será o total do valor pago ao trabalhador pelo órgão gestor de
mão de obra do trabalho portuário, desde que esse valor corresponda à
quantia paga por, no máximo, três empresas para as quais o beneficiário
tenha prestado serviço.
d) Estão sujeitos ao Imposto de Renda na Fonte os rendimentos distribuídos
pelos Fundos de Investimento Imobiliários cujas quotas sejam admitidas
à negociação exclusivamente em bolsas de valores ou no mercado de
balcão organizado.
e) Está sujeita ao Imposto de Renda na Fonte a remuneração produzida por
letras hipotecárias, certificados de recebíveis imobiliários e letras de crédito
imobiliário.
Comentário da questão: a alternativa “a” é a resposta da questão. O
valor recebido por segurado em decorrência de apólice de seguro de vida com
cláusula de cobertura por sobrevivência (VGBL) constitui rendimento tributável
e o prêmio pago (despesa) em razão do seguro será dedutível no resgate, con-
forme a afirmação da alternativa “a” (art. 63 MP 2158-35/01).

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A alternativa “b” está incorreta, pois o art. 20 da MP 497 de 27/07/10,


que incluiu o art. 12-A na Lei nº 7.713/88 não fez a ressalva “salvo quando
pagos por pessoa física”.
A alternativa “c” está incorreta. A responsabilidade da retenção na fonte
do Imposto de Renda devido pelo trabalhador portuário avulso, inclusive os
pertencentes à classe dos arrumadores, é do órgão gestor da mão de obra e a
base de cálculo do imposto é o total do valor pago ao trabalhador pelo mesmo
órgão, independentemente da quantidade de empresas às quais o beneficiário
prestou serviço (art. 65, § 1º da MP 2158-35/2001).
As alternativas “d” e “e” são incorretas. A pessoa física está isenta do
imposto na fonte e na declaração de ajuste em relação: (i) aos rendimentos
distribuídos pelos Fundos de Investimento Imobiliários, cujas quotas sejam ad-
mitidas à negociação exclusivamente em bolsas de valores ou no mercado de
balcão (hipótese da letra “d”), e (ii) à remuneração produzida por letras hipo-
tecárias, certificados de recebíveis imobiliários e letras de crédito imobiliário
(hipótese da alternativa “e”), conforme art. 3º, II e III da Lei nº 11.033/2004.

43. (ESAF – AFRFB/2014) Assinale a opção incorreta.


a) O Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Defici-
ência (Pronas) suspende a exigência de Imposto sobre Produtos Industria-
lizados incidente sobre produtos destinados à industrialização de equipa-
mentos e aparelhos necessários à reabilitação de pessoas com deficiência,
desde que cumpridas as condições legais impostas ao contribuinte.
b) Os valores percebidos a título de bolsa pela lei instituidora do Programa
Mais Médicos não caracterizam contraprestação de serviços para fins tribu-
tários, ficando isentos do pagamento de Imposto de Renda da Pessoa Física.
c) Os valores percebidos a título de bolsa pela participação dos servidores das
redes públicas de educação profissional nas atividades do Programa Nacio-
nal de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) não caracterizam
contraprestação de serviços para fins tributários, ficando isentos do paga-
mento de Imposto de Renda da Pessoa Física
d) O Regime Especial de Incentivo a Computadores para Uso Educacional (Rei-
comp) suspende a exigência de Imposto sobre Produtos Industrializados
incidente sobre produtos destinados à industrialização de equipamentos de
informática, desde que cumpridas as condições legais impostas ao contri-
buinte.

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e) Os valores percebidos a título de bolsa pelos médicos residentes não carac-


terizam contraprestação de serviços para fins tributários, ficando isentos do
pagamento de Imposto de Renda da Pessoa Física.

Comentário da questão: a alternativa “a” é a resposta da questão. Note


que o examinador solicita o assinalamento da alternativa incorreta.
O PRONAS – Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa
com Deficiência não suspende a exigência do IPI sobre produtos destinados à
industrialização de equipamentos e aparelhos necessários à reabilitação de pes-
soas com deficiência, como afirma a questão.
Os incentivos fiscais ao PRONAS ocorrem sob a forma de dedução do IR
devido, das doações feitas ao programa por pessoas físicas (anos-calendário
de 2012 a 2020) ou pessoa jurídica (anos-calendário de 2013 a 2021), con-
forme art. 4º da Lei nº 12.715/2010.
As Alternativas “b” e “e” estão corretas e podem ser respondidas conjun-
tamente. Os valores percebidos a título de bolsa pela lei instituidora do Programa
Mais Médicos, art. 1º da Lei nº 12.871/2013 (alternativa “b”) e pelos médicos
residentes, art. 15 da Lei nº 11.129/2005 (alternativa “c”), não caracterizam
contraprestação de serviços para fins tributários, e são isentos do pagamento de
IRPF, na forma do art. 29 da Lei nº 12.871/2013.
Alternativa “c” está igualmente correta. Não caracterizam contrapresta-
ção de serviços nem vantagem para o doador, para efeito da isenção do IRPF,
as bolsas recebidas pelos servidores das redes públicas de educação profissio-
nal, científica e tecnológica que participem das atividades do Pronatec (§ único
do art. 26 da Lei nº 9.250/1995, com redação da Lei nº 12.816/2013).
A alternativa “d” está correta. O REICOMP – Regime Especial de Incentivo
a Computadores para Uso Educacional suspende a exigência do IPI, do
PIS/Pasep-Importação, da Cofins-Importação, do Imposto de Importação e da
CIDE, incidentes sobre as matérias-primas e os produtos intermediários desti-
nados à industrialização dos equipamentos de informática, atendidas as condi-
ções da lei (arts. 16 a 23 da Lei nº 12.715/2012).

44. (ESAF - AFRFB/2014) Considere a situação hipotética narrada:


“Pablo é brasileiro e vive no exterior há alguns anos, em país que tributa a
renda da pessoa física em percentual muito superior à tributação brasileira.
Pablo mantém fortes laços com o Brasil, para onde envia, mensalmente, os
produtos artesanais por ele desenvolvidos, recebendo justa contraprestação da
Jeremias Artesanato Mundial Ltda., revendedora exclusiva de sua produção,
com sede no município de Salvador. Além disso, Pablo possui imóvel na cidade

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de Manaus, em razão do qual recebe aluguéis mensais, e presta serviços de


consultoria para Matias Turismo Pantanal Ltda., empresa sediada no município
de Campo Grande. Ano passado, os pais de Pablo faleceram, deixando joias e
imóveis no Rio de Janeiro, tudo vendido pela sua irmã, Paola, que, em acordo
com o irmão, enviou-lhe a metade da herança que lhe cabia.”
De acordo com a legislação tributária em vigor, assinale a opção correta.
a) Desde que Pablo tenha quitado os tributos devidos até a data de sua saída
definitiva do Brasil, deve receber todos os rendimentos acima descritos li-
vres de Imposto de Renda, já que não é domiciliado nem residente no Bra-
sil.
b) Independentemente de ser ou não domiciliado ou residente no Brasil, Pablo
está obrigado ao Imposto de Renda no Brasil tanto quanto e tal como aque-
les cidadãos que aqui residem, por ser brasileiro e porque está auferindo
riqueza produzida no Brasil.
c) Os valores enviados por Jeremias Artesanato Mundial Ltda., em razão da
venda do artesanato, assim como os valores dos aluguéis e aqueles decor-
rentes da prestação de serviços à Matias Turismo Pantanal S.A., que forem
remetidos a Pablo no exterior, devem sofrer incidência do Imposto de Renda
na Fonte, ficando a remessa do quinhão da herança pertencente a Pablo
dispensada do recolhimento desse tributo.
d) Os rendimentos acima descritos que tiverem sido recebidos por Pablo após
requerimento e saída definitiva e regular do País ficam todos sujeitos à tri-
butação exclusiva na fonte a título de Imposto de Renda Pessoa Física.
e) Deve ser retido pelas fontes o valor correspondente ao Imposto de Renda
incidente sobre a herança e sobre os aluguéis, ficando os valores enviados
por Jeremias Artesanato Mundial Ltda., em razão da venda do artesanato,
e os enviados em razão dos serviços prestados à Matias Turismo Pantanal
S.A., livres de Imposto de Renda no Brasil por não consubstanciarem ren-
dimento de trabalho realizado neste País.
Comentário da questão: a alternativa “c” está correta e responde à
questão. Os valores da venda do artesanato enviados por Jeremias Artesanato
Mundial Ltda., bem como os valores dos aluguéis e os decorrentes da prestação
de serviços à Matias Turismo Pantanal S.A., remetidos a Pablo no exterior,
constituem rendimentos provenientes de fontes situadas no País, percebidos
por residente ou domiciliado no exterior, motivo pelo qual estão sujeitos à in-
cidência do Imposto de Renda na Fonte (art. 682, I do RIR/1999). O valor dos
bens adquiridos por doação ou herança são rendimentos isentos ou não tribu-
táveis, conforme art. 39, XV do RIR/1999.

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A alternativa “a” está incorreta. A renda e os proventos de qualquer na-


tureza, provenientes de fontes pagadoras situadas no País, quando percebidos
por residentes ou domiciliados no exterior estão sujeitos ao Imposto de Renda
na Fonte (art. 682, I do RIR/1999).
A alternativa “b” também está incorreta. Os domiciliados ou residentes,
que recebam rendimentos de fontes pagadoras situadas no País, estão sujeitos
ao IRPF na declaração de ajuste anual, ao passo que, os não residentes ou não
domiciliados estão sujeitos à tributação definitiva na fonte, disciplinada no Livro
III do RIR/1999.
A alternativa “d” também está incorreta. O valor dos bens adquiridos por
doação ou herança não estão sujeitos à incidência do IRPF (art. 39, XV do
RIR/1999).
A alternativa “e” também está incorreta, não há incidência do IRPF sobre
a herança (art. 39, XV do RIR/1999), bem como os rendimentos do trabalho,
realizado por não residente ou não domiciliado, remunerado por fonte paga-
dora no País estão sujeitos à tributação do IRRF (art. 682, I do RIR1999).

45. (ESAF - AFRFB/2014) Considere a situação hipotética narrada:


“João dos Santos trabalhou, de 1990 a 2012, na Centro-Oeste Caboclo
S.A., a qual, tanto quanto João e demais empregados contribuíram, durante
todo o período do contrato de trabalho de João, para plano privado de previ-
dência complementar, especialmente instituído em prol desses trabalhadores.
Em 2013, João se aposentou pelo regime geral de previdência social, ao tempo
em que se desligou do plano privado de previdência complementar, momento
em que dele recebeu verba relativa a resgate.”
De acordo com a legislação tributária em vigor, assinale a opção correta.
a) João não está obrigado a recolher Imposto de Renda sobre a parcela do
resgate correspondente ao montante de contribuições por ele vertidas à
previdência privada durante seu contrato de trabalho, porque tal parcela
não representa riqueza nova no patrimônio de João, mas apenas devolu-
ção de renda já tributada.
b) João tem direito a excluir da incidência do Imposto de Renda a parcela do
valor de resgate que corresponder às contribuições por ele vertidas à pre-
vidência privada entre 1990 e 1995.
c) João deve oferecer todo o valor recebido a título de resgate à tributação
por ocasião da Declaração de Ajuste Anual em 2014, porque tal riqueza
representa acréscimo ao patrimônio dele, pouco importando que já tenha
sido tributada quando do recebimento dos salários.

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d) João está dispensado de recolher Imposto de Renda sobre os valores cor-


respondentes ao resgate, e a Centro-Oeste Caboclo S.A. goza de imuni-
dade tributária do Imposto de Renda Pessoa Jurídica, conforme decidido
em precedentes do Supremo Tribunal Federal.
e) João deve pagar Imposto de Renda sobre o resgate, mas tem direito a
repetir indébito tributário relativo ao Imposto de Renda por ele pago nos
cinco anos anteriores ao desligamento, no que corresponder ao valor por
ele destinado à previdência privada nesse período, em virtude da declara-
ção de inconstitucionalidade de norma que vedava a dedutibilidade da con-
tribuição vertida à previdência privada da base de cálculo do Imposto de
Renda devido por pessoas físicas.
Comentário da questão: a alternativa “b” responde à questão. O ar-
tigo 7º da MP 2.159-70/2001, estabelece que será excluída da incidência do
imposto de renda na fonte e na declaração de rendimentos o valor do resgate
de contribuições de previdência privada, cujo ônus tenha sido da pessoa física,
recebido por ocasião de seu desligamento do plano de benefícios da entidade,
que corresponder às parcelas de contribuições efetuadas no período de 1º de
janeiro de 1989 a 31 de dezembro de 1995.
Ocorre que na vigência do art. 3º da Lei nº 7.713/1988 (01/01/89 a
31/12/95) as contribuições para as entidades de previdência privada fechadas
não eram dedutíveis da base de cálculo do IR na fonte, de modo que o imposto
era pago na fonte e não no resgate do benefício.
Com o advento da Lei nº 9.250/1995 a sistemática de cobrança do im-
posto foi invertida, de modo que o imposto não mais seria retido na fonte,
mas cobrado no momento do resgate.
O art. 7º da MP nº 2159-70/2001 convalidou a sistemática do período
de vigência do art. 3º da Lei nº 7.713/1988, permitindo a exclusão da base
de cálculo do imposto incidente sobre os benefícios resgatados após
31/12/1995 da parte referente à antiga sistemática, cujo imposto já teria sido
retido na fonte.
As demais alternativas devem ser assinaladas como incorretas
pelo mesmo fundamento utilizado na resposta dada à alternativa “b”, tendo
em vista tratar-se de hipóteses mutuamente excludentes.

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3. QUESTÕES INÉDITAS

46. (QUESTÃO INÉDITA) Avalie as proposições I, II, III e IV, abaixo, e, em


seguida, assinale como resposta a alternativa que contenha apenas proposi-
ções verdadeiras.
No que se refere ao imposto de renda:
I- Tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurí-
dica de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da
combinação de ambos ou de proventos de qualquer natureza, assim en-
tendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no conceito de
renda.
II - A incidência do imposto depende da denominação da receita ou do ren-
dimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da
origem e da forma de percepção.
III - A disponibilidade econômica de renda ou proventos refere-se à percep-
ção efetiva do acréscimo patrimonial. Ocorre com a transferência da ri-
queza, desde que obtida de fonte lícita.
IV - A disponibilidade jurídica de renda ou proventos diz respeito à aquisição
de um título jurídico que confere o direito a determinada riqueza que
acresce o patrimônio, ainda que a percepção de tal riqueza não tenha
ocorrido efetivamente. Pressupõe a licitude da fonte.
a) I e II
b) I e III
c) I e IV
d) II e IV
e) II e III

47. (QUESTÃO INÉDITA) Constitui princípio tributário ou critério constitu-


cional direcionado unicamente ao Imposto de Renda:
a) capacidade contributiva.
b) universalidade
c) noventena
d) progressividade
e) anterioridade.

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48. (QUESTÃO INÉDITA) A percepção efetiva do acréscimo patrimonial, que


se dá com a transferência da riqueza, independentemente de considerações
acerca da licitude ou ilicitude da fonte, está relacionada ao conceito de:
a) Acréscimo patrimonial
b) Disponibilidade jurídica
c) Renda
d) Disponibilidade econômica
e) Provento de qualquer natureza

49. (QUESTÃO INÉDITA) O acréscimo patrimonial não qualificado como


produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos, conceitua:
a) Renda
b) Provento de qualquer natureza
c) Outros acréscimos patrimoniais
d) Disponibilidade econômica
e) Rendimento bruto

50. (QUESTÃO INÉDITA) Sobre a forma de tributação pelo Imposto de Ren-


da dos valores pagos a título de férias, assinale a única alternativa incorreta:
a) O valor pago a título de férias, acrescido do adicional previsto na CF/88,
art. 7º, XVII, denominado por terço constitucional, deverá ser tributado
no mês de seu pagamento e em separado de qualquer outro rendimento
pago no mês.
b) Da base de cálculo mensal do IRPF incidente sobre as férias podem ser
deduzidos os valores correspondentes a pensão alimentícia, dependentes
e contribuições à previdência oficial, às entidades de previdência comple-
mentar domiciliadas no Brasil e aos Fundos de Aposentadoria Programada
Individual (Fapi).
c) O valor pago a título de férias, acrescido de seu adicional, denominado
terço constitucional, deve ser tributado no mês de seu pagamento, bem
como na Declaração de Ajuste Anual, em separado de qualquer outro ren-
dimento pago no mês.
d) Não são tributados pelo Imposto de Renda os pagamentos efetuados sob
as rubricas de férias não gozadas - integrais, proporcionais ou em dobro -
convertidas em pecúnia, e de adicional de um terço constitucional quando

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agregado a pagamento de férias, por ocasião da rescisão do contrato de


trabalho, aposentadoria ou exoneração.
e) Não são tributados os pagamentos efetuados sob as rubricas de abono
pecuniário relativo à conversão de 1/3 do período de férias e a pessoa
física que recebeu tais rendimentos com desconto do IRF e que incluiu tais
rendimentos na Declaração de Ajuste Anual como tributáveis, para pleitear
a restituição da retenção indevida, deve apresentar declaração retificadora
do respectivo exercício da retenção, excluindo o valor recebido a título de
abono pecuniário de férias do campo "rendimentos tributáveis" e infor-
mando-o no campo "outros" da ficha "rendimentos isentos e não tributá-
veis", com especificação da natureza do rendimento.

51. (QUESTÃO INÉDITA) Após a avaliação das proposições I, II, III e IV,
abaixo, relativas à incidência do IRPF, assinale a alternativa que contenha
apenas proposições verdadeiras.
No que se refere ao imposto de renda:
I- O critério orientador do Imposto de Renda denominado progressividade
estabelece que o Imposto de Renda, sempre que possível, terá caráter
pessoal e será graduado segundo a capacidade econômica do contribu-
inte.
II - Em consonância com o critério da universalidade, segundo o qual o im-
posto de renda deve recair sobre todos os acréscimos patrimoniais, os
rendimentos recebidos na forma de bens ou direitos, avaliados em di-
nheiro, pelo valor que tiverem na data da percepção, constituem rendi-
mento bruto da pessoa física.
III - O critério orientador do imposto de renda denominado generalidade, se-
gundo o qual todas as pessoas que aufiram renda e proventos de qual-
quer natureza devem submeter-se à imposição tributária, sem privilé-
gios e discriminações não impede a concessão de isenção do imposto às
pessoas que possuam proventos de aposentadoria ou pensão por mo-
léstia grave.
IV - Em razão do critério orientador do Imposto de Renda denominado uni-
versalidade, previsto no art. 153, § 2º, I, da CF/88, devem ser tributa-
dos os pagamentos efetuados sob as rubricas de parcela indenizatória
devida aos parlamentares em face de convocação para sessão legislativa
extraordinária.
a) I e II
b) I e III

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c) I e IV
d) II e IV
e) II e III

52. (QUESTÃO INÉDITA) Atendidos os requisitos da legislação federal,


constituem rendimento bruto da pessoa física:
a) Abono de Permanência
b) Diárias
c) Ajuda de custo
d) Valores pagos, em espécie, nos programas de estímulo à solicitação de
documento fiscal dos estados, municípios e DF
e) Indenização por “danos emergentes”

53. (QUESTÃO INÉDITA) Com relação à incidência do Imposto de Renda da


Pessoa Física é correto afirmar:
a) Os valores recebidos para proceder a estudos ou pesquisas que importem
em contraprestação de serviços, ou que, de alguma forma, representem
vantagem para o doador em função dos resultados obtidos na pesquisa,
são considerados rendimentos isentos, não estando sujeitos à retenção do
imposto na fonte e ao ajuste anual, ainda que o concedente desenvolva
atividades com fins lucrativos.
b) São isentos do Imposto de Renda, na fonte e na declaração de ajuste do
beneficiário, os valores efetivamente pagos ou distribuídos ao titular ou
sócio da ME ou EPP optante pelo Simples Nacional, incluídos os valores
que corresponderem a pro labore, aluguéis ou serviços prestados.
c) Não caracterizam contraprestação de serviços nem vantagem para o doa-
dor, para efeito de incidência do imposto, as bolsas de estudo recebidas
pelos médicos residentes, nem as bolsas recebidas pelos servidores das re-
des públicas de educação profissional, científica e tecnológica que partici-
pem das atividades do Pronatec.
d) Os lucros do Microempreendedor Individual (MEI) titular de empresa op-
tante pelo Simples Nacional, serão considerados isentos do Imposto de
Renda, na fonte e na declaração de ajuste do beneficiário, desde que este
não receba rendimentos em razão de outras atividades ou sociedades.

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e) As pensões e os proventos concedidos aos ex-combatentes da Força Ex-


pedicionária Brasileira (FEB) e seus dependentes são considerados rendi-
mentos isentos do Imposto de Renda e o contribuinte maior de 65 anos
estará impedido de cumular essa isenção com a fruição de parcela de isen-
ção sobre rendimentos recebidos de outra fonte pagadora a título de apo-
sentadoria ou pensão.

54. (QUESTÃO INÉDITA) No que se refere à incidência do Imposto de Renda


sobre os valores pagos a título de previdência complementar é correto afir-
mar:
a) No caso de contribuintes não optantes pelo regime de tributação de que
trata o art. 1º da Lei nº 11.053/2004, os benefícios pagos por entidade de
previdência complementar, sociedade seguradora ou Fundo de Aposenta-
doria Programada Individual (Fapi), sujeitam-se à incidência do Imposto
de Renda exclusivamente na fonte.
b) Por opção do contribuinte, o pagamento de valores a título de benefício ou
resgate de contribuições aos participantes ou assistidos por planos de ca-
ráter previdenciário, estruturados nas modalidades de contribuição defi-
nida ou contribuição variável e mantidos por entidade de previdência com-
plementar, sociedade seguradora ou Fundo de Aposentadoria Programada
Individual (Fapi), estão sujeitos à tributação exclusiva na fonte, com alí-
quotas que variam de 10% a 35% à razão inversa ao prazo de acumulação
dos recursos.
c) O Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) é um plano de seguro de vida
com cláusula de cobertura por sobrevivência, em que o valor das contri-
buições, somado ao valor das contribuições para o Fundo de Aposentado-
ria Programada Individual – FAPI, será dedutível na Declaração de Ajuste
Anual, limitado a 12% do rendimento tributável incluído na base de cálculo
do IRPF na declaração e quando do pagamento, benefício ou crédito, tri-
buta-se a totalidade do rendimento.
d) O Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) é um plano de caráter previden-
ciário, os valores das contribuições não são dedutíveis na Declaração de
Ajuste Anual e quando do recebimento, tributa-se a diferença entre o valor
recebido e o valor aplicado, sendo adotado o regime de tributação, con-
forme a opção do contribuinte.
e) As importâncias pagas pelas entidades fechadas de previdência comple-
mentar a título de reversão de valores não se enquadram no conceito de
benefício previdenciário ou resgate, não se sujeitando à incidência do Im-
posto sobre a Renda na Fonte ou na Declaração de Ajuste Anual.

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55. (QUESTÃO INÉDITA) Assinale a alternativa incorreta.


Para o Imposto de Renda, ocorrerá variação patrimonial na percepção de:
a) diárias de comparecimento
b) remuneração de estagiários
c) resgate efetuado por quotista de FAPI
d) ganho de capital na alienação de bem de R$ 20 mil
e) valores pagos, por sorteio, nos programas de estímulo à solicitação de
documento fiscal dos estados, municípios e DF

56. (QUESTÃO INÉDITA) Sobre o Imposto de Renda da Pessoa Física, assi-


nale a alternativa incorreta:
a) A quitação de direitos mediante recebimento em notas promissórias ou tí-
tulo de crédito caracteriza a disponibilidade jurídica de renda ou proventos,
referida no art. 43 do CTN, devendo o valor a elas correspondente ser
tributado no mês do recebimento do respectivo título e na declaração de
ajuste anual.
b) A importância com que for beneficiado o devedor nos casos de perdão ou
cancelamento de dívida, inclusive correção monetária e juros vencidos, se
não houver em troca a contraprestação de serviços ao credor, ou outra hi-
pótese que resulte em acréscimo patrimonial, será considerada rendimen-
to isento.
c) O pagamento efetuado em bens móveis ou imóveis, títulos de crédito ou
valores mobiliários etc., é tributável, devendo os bens serem avaliados em
dinheiro pelo valor que tiverem na data de sua percepção.
d) O valor da restituição de contribuição previdenciária, incluindo a incidente
sobre o 13º salário, bem como os juros de mora dela decorrentes, que
fora utilizado como dedução da base de cálculo do IRPF, deverá ser ofere-
cido à tributação do imposto na Declaração de Ajuste Anual relativa ao
ano-calendário do recebimento.
e) O valor recebido em restituição do imposto sobre a renda caracteriza-se
como rendimento tributável, devendo oferecido à tributação do imposto
na Declaração de Ajuste Anual relativa ao ano-calendário do seu efetivo
recebimento.

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57. (QUESTÃO INÉDITA) avalie as proposições abaixo, relativas à incidên-


cia do Imposto de Renda da Pessoa Física e assinale a alternativa que relaci-
one todas as proposições corretas.
I- As importâncias pagas a título de seguros aos beneficiários ou partici-
pantes de planos previdenciários pelas entidades de previdência com-
plementar são isentas do Imposto sobre a Renda.
II - A importância paga em prestação única, em razão de morte ou invalidez
permanente do participante, correspondente à reversão de contribui-
ções efetuadas ao plano, acrescida ou não de rendimentos financeiros,
deverão ser tributadas na fonte, como antecipação do imposto devido
na declaração de ajuste anual da pessoa física, ou de forma exclusiva,
nos casos em que houve opção por aquele regime de tributação.
III - O valor do prêmio em bens avaliados em dinheiro, recebido de pessoa
jurídica ou empregador pessoa física, a título de produtividade, promo-
ção de vendas, eficiência ou pela não ocorrência de acidentes, sujeita-
se à tributação na fonte e na declaração de ajuste anual.
IV - Os prêmios obtidos em concursos e competições artísticas, científicas,
desportivas, literárias ou a outro título, quando houver vinculação
quanto à avaliação do desempenho dos participantes, distribuídos em
dinheiro ou sob a forma de bens e serviços, são tributáveis pelo IR-
Fonte de acordo com a tabela progressiva mensal, a título de antecipa-
ção do devido na Declaração de Ajuste Anual (DAA).
A alternativa correta é a de letra:
a) I e II
b) I e III
c) I, II e IV
d) todos os itens estão corretos
e) todos os itens estão incorretos

58. (QUESTÃO INÉDITA) Quando o contribuinte auferir rendimentos da


prestação de serviços de transporte, em veículo próprio locado, ou adquirido
com reservas de domínio ou alienação fiduciária, o Imposto de Renda incidirá
sobre:
a) 10% (dez por cento) do rendimento bruto, decorrente do transporte de
carga.

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b) 60% (sessenta por cento) do rendimento bruto da prestação de serviços


com trator, máquina de terraplenagem, colheitadeira e assemelhados.
c) 40% (quarenta por cento) do rendimento bruto, decorrente do transporte
de carga.
d) 40% (quarenta por cento) do rendimento bruto, decorrente do transporte
de passageiros.
e) 90% (noventa por cento) do rendimento bruto da prestação de serviços
com trator, máquina de terraplenagem, colheitadeira e assemelhados.

59. (QUESTÃO INÉDITA) Consiste em variação patrimonial para o efeito de


incidência do Imposto de Renda:
a) O valor do laudêmio e do foro anual.
b) A indenização e os proventos de aposentadoria ou reforma recebidos em
decorrência de acidente de trabalho.
c) O capital das apólices de seguro ou pecúlio pago por morte do segurado,
bem como os prêmios de seguro restituídos em qualquer caso, inclusive
no de renúncia do contrato.
d) Os proventos de aposentadoria ou reforma motivada por acidente em ser-
viço e os percebidos pelos portadores de doença grave, relacionada no art.
6º, XIV da Lei nº 7.713/88, com base em conclusão da medicina especia-
lizada, mesmo que a doença tenha sido contraída depois da aposentadoria
ou reforma.
e) A indenização e o aviso prévio pagos por despedida ou rescisão de contrato
de trabalho, até o limite garantido por lei, bem como o montante recebido
pelos empregados e diretores, ou respectivos beneficiários, referente aos
depósitos, juros e correção monetária creditados em contas vinculadas,
nos termos da legislação do FGTS.

60. (QUESTÃO INÉDITA) São considerados rendimentos isentos ou não tri-


butados pela legislação do Imposto de Renda, exceto:
a) os juros, correção monetária e multa, pagos nos limites e termos da legis-
lação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
b) o valor dos serviços médicos, hospitalares e dentários mantidos, ressarci-
dos ou pagos pelo empregador em benefício de seus empregados.
c) as pensões e os proventos concedidos em decorrência de reforma ou fale-
cimento de ex-combatente da Força Expedicionária Brasileira.

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d) a diferença a maior entre o valor de mercado de bens e direitos, recebidos


em devolução do capital social e o valor destes constantes da declaração
de bens do titular, sócio ou acionista, quando a devolução for realizada
pelo valor de mercado.
e) as importâncias originadas dos títulos que tocarem ao meeiro, herdeiro ou
legatário, ainda que correspondam a período anterior à data da partilha
ou adjudicação dos bens, excluída a parte já tributada em poder do espó-
lio.

3.1. Gabarito

46 C 51 E 56 E
47 B 52 A 57 D
48 D 53 C 58 A
49 B 54 B 59 A
50 C 55 D 60 E

3.2. Comentário das questões inéditas

46. (QUESTÃO INÉDITA) Avalie as proposições I, II, III e IV, abaixo, e, em


seguida, assinale como resposta a alternativa que contenha apenas proposi-
ções verdadeiras.
No que se refere ao imposto de renda:
I- Tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurí-
dica de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da
combinação de ambos ou de proventos de qualquer natureza, assim en-
tendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no conceito de
renda.
II - A incidência do imposto depende da denominação da receita ou do ren-
dimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da
origem e da forma de percepção.

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III - A disponibilidade econômica de renda ou proventos refere-se à percep-


ção efetiva do acréscimo patrimonial. Ocorre com a transferência da ri-
queza, desde que obtida de fonte lícita.
IV - A disponibilidade jurídica de renda ou proventos diz respeito à aquisição
de um título jurídico que confere o direito a determinada riqueza que
acresce o patrimônio, ainda que a percepção de tal riqueza não tenha
ocorrido efetivamente. Pressupõe a licitude da fonte.
a) I e II
b) I e III
c) I e IV
d) II e IV
e) II e III
Comentário da questão: a alternativa que responde à questão é a de
letra “c”, que admite com verdadeiras as proposições I e IV.
A proposição I é verdadeira, pois, nos termos do art. 43, I e II, do CTN,
o imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer
natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou
jurídica: I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da
combinação de ambos; II - de proventos de qualquer natureza, assim entendi-
dos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior.
A proposição II é falsa, pois a incidência do Imposto de Renda inde-
pende da denominação da receita ou do rendimento, da localização, condição
jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção (CTN,
art. 43, § 1º).
A proposição III é falsa, pois, a disponibilidade econômica de renda ou
proventos de qualquer natureza independe da licitude da fonte.
A proposição IV é verdadeira, pois, a disponibilidade jurídica de renda
ou proventos de qualquer natureza se refere à aquisição de um título jurídico
que confere o direito a determinado acréscimo patrimonial, mesmo que a per-
cepção do referido acréscimo não tenha ocorrido efetivamente. Pressupõe a lici-
tude da fonte (negócio jurídico perfeito).

47. (QUESTÃO INÉDITA) Constitui princípio tributário ou critério constitu-


cional direcionado unicamente ao Imposto de Renda:
a) capacidade contributiva.
b) universalidade

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c) noventena
d) progressividade
e) anterioridade.
Comentário da questão: a alternativa que responde à questão é a de
letra “b”. O artigo 153, § 3º, estabelece que são critérios orientadores do Im-
posto de Renda: a generalidade, a universalidade e a progressividade, que de-
verão ser aplicados na forma da lei. A universalidade, examinado todo o texto
constitucional, aplica-se unicamente ao IR.
A alternativa “a” é incorreta. É verdade que a capacidade contributiva
seja princípio constitucional, entretanto, aplica-se, sempre que possível, aos
impostos em geral (CF/88, art. 145, § 1º).
A alternativa “c” é incorreta. O princípio constitucional da noventena,
ou anterioridade nonagesimal, não se aplica ao IR (CF/88, art. 150, III, “c”).
A alternativa “d” é incorreta. A progressividade é critério orientador
aplicável ao Imposto de renda, mas também se aplica ao IPTU (CF/88, art. 153,
§ 3º e 156, § 1º, I).
A alternativa “e” é incorreta. O princípio constitucional da anteriori-
dade (anterioridade do exercício) é aplicado aos tributos em geral, ressalvadas
as hipóteses constitucionais (CF/88, art. 150, § 1º).

48. (QUESTÃO INÉDITA) A percepção efetiva do acréscimo patrimonial, que


se dá com a transferência da riqueza, independentemente de considerações
acerca da licitude ou ilicitude da fonte, está relacionada ao conceito de:
a) Acréscimo patrimonial
b) Disponibilidade jurídica
c) Renda
d) Disponibilidade econômica
e) Provento de qualquer natureza
Comentário da questão: a alternativa que responde à questão é a de
letra “d”. O conceito de disponibilidade econômica de renda ou proventos de
qualquer natureza se refere, justamente, à percepção efetiva do acréscimo pa-
trimonial. Ocorre com a transferência da riqueza, independentemente de con-
siderações acerca da licitude ou da ilicitude da fonte.
A alternativa “a” é incorreta. Acréscimo patrimonial é a incorporação
de riqueza nova ao patrimônio da pessoa física ou da pessoa jurídica.

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A alternativa “b” é incorreta. A disponibilidade jurídica diz respeito à


aquisição de um título jurídico que confere o direito a determinada riqueza que
acresce o patrimônio.
A alternativa “c” é incorreta. Renda corresponde a todo produto do
capital, do trabalho ou da combinação de ambos (CTN, art. 43, I).
A alternativa “e” é incorreta. Provento de qualquer natureza corres-
ponde a qualquer acréscimo patrimonial não compreendido no conceito de ren-
da (CTN, art. 43, I e II).

49. (QUESTÃO INÉDITA) O acréscimo patrimonial não qualificado como


produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos, conceitua:
a) Renda
b) Provento de qualquer natureza
c) Outros acréscimos patrimoniais
d) Disponibilidade econômica
e) Rendimento bruto
Comentário da questão: a alternativa que responde à questão é a de
letra “b”. questão direta, o conceito de provento de qualquer natureza, se-
gundo o Código Tributário Nacional, é qualquer acréscimo patrimonial não com-
preendido no conceito de renda (CTN, art. 43, II)

50. (QUESTÃO INÉDITA) Sob a forma de tributação pelo Imposto de Renda


dos valores pagos a título de férias, assinale a única alternativa incorreta:
a) O valor pago a título de férias, acrescido do adicional previsto na CF/88,
art. 7º, XVII, denominado por terço constitucional, deverá ser tributado
no mês de seu pagamento e em separado de qualquer outro rendimento
pago no mês.
b) Da base de cálculo mensal do IRPF incidente sobre as férias podem ser
deduzidos os valores correspondentes a pensão alimentícia, dependentes
e contribuições à previdência oficial, às entidades de previdência comple-
mentar domiciliadas no Brasil e aos Fundos de Aposentadoria Programada
Individual (Fapi).
c) O valor pago a título de férias, acrescido de seu adicional, denominado
terço constitucional, deve ser tributado no mês de seu pagamento, bem
como na Declaração de Ajuste Anual, em separado de qualquer outro ren-
dimento pago no mês.

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d) Não são tributados pelo Imposto de Renda os pagamentos efetuados sob


as rubricas de férias não gozadas - integrais, proporcionais ou em dobro -
convertidas em pecúnia, e de adicional de um terço constitucional quando
agregado a pagamento de férias, por ocasião da rescisão do contrato de
trabalho, aposentadoria ou exoneração.
e) Não são tributados os pagamentos efetuados sob as rubricas de abono
pecuniário relativo à conversão de 1/3 do período de férias e a pessoa
física que recebeu tais rendimentos com desconto do IRF e que incluiu tais
rendimentos na Declaração de Ajuste Anual como tributáveis, para pleitear
a restituição da retenção indevida, deve apresentar declaração retificadora
do respectivo exercício da retenção, excluindo o valor recebido a título de
abono pecuniário de férias do campo "rendimentos tributáveis" e infor-
mando-o no campo "outros" da ficha "rendimentos isentos e não tributá-
veis", com especificação da natureza do rendimento.
Comentário da questão: a alternativa “c” responde à questão. Note
que foi solicitada a alternativa incorreta. O valor pago a título de férias deverá
ser tributado em separado no mês de seu pagamento; entretanto, na declara-
ção de ajuste será tributado em conjunto com os demais rendimentos. A alter-
nativa “c” afirma que a tributação será sempre em separado o que está incor-
reto (Perguntas e respostas IRPF 2018, p. 84, pergunta 163).
A alternativa “a” está correta. O valor pago a título de férias, bem
como o seu adicional, deverá ser tributado em separado no mês de seu paga-
mento. Note que a alternativa aborda a forma de tributação dos valores rece-
bidos a título de adicional no momento do pagamento, sem fazer referências
ao que acontecerá na declaração de ajuste (Perguntas e respostas IRPF 2018,
p. 84, pergunta 163).
A alternativa “b” está correta. São deduções admitidas no cálculo do
IRPF sobre férias: (i) pensão alimentícia, (ii) dependentes e (iii) contribuições
à previdência oficial, às entidades de previdência complementar domiciliadas
no Brasil e aos Fundos de Aposentadoria Programada Individual - Fapi, (Per-
guntas e respostas IRPF 2018, p. 84, pergunta 163).
A alternativa “d” está correta. Não são tributadas pelo IR as férias
não gozadas - integrais, proporcionais ou em dobro - convertidas em pecúnia,
e o terço constitucional, quando agregado a pagamento de férias, por ocasião
da rescisão do contrato de trabalho, aposentadoria ou exoneração (Art. 19 da
Lei nº 10.522/ 2002, redação do art. 21 da Lei nº 11.033/2004)
A alternativa “e” está correta. O abono pecuniário de férias não é
tributado e a pessoa física que recebeu tais rendimentos com desconto do
imposto na fonte e que incluiu tais rendimentos na declaração de ajuste como

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tributáveis, para pleitear a restituição da retenção indevida, deve apresentar


declaração retificadora excluindo o valor recebido a título de abono pecuniário
de férias do campo "rendimentos tributáveis" e informando o campo “rendi-
mentos isentos e não tributáveis" (Perguntas e respostas IRPF 2018, p. 84,
pergunta 163).

51. (QUESTÃO INÉDITA) Após a avaliação das proposições I, II, III e IV,
abaixo, relativas à incidência do IRPF, assinale a alternativa que contenha
apenas proposições verdadeiras.
No que se refere ao imposto de renda:
I- O critério orientador do Imposto de Renda denominado progressividade
estabelece que o Imposto de Renda, sempre que possível, terá caráter
pessoal e será graduado segundo a capacidade econômica do contribu-
inte.
II - Em consonância com o critério da universalidade, segundo o qual o im-
posto de renda deve recair sobre todos os acréscimos patrimoniais, os
rendimentos recebidos na forma de bens ou direitos, avaliados em di-
nheiro, pelo valor que tiverem na data da percepção, constituem rendi-
mento bruto da pessoa física.
III - O critério orientador do imposto de renda denominado generalidade, se-
gundo o qual todas as pessoas que aufiram renda e proventos de qual-
quer natureza devem submeter-se à imposição tributária, sem privilé-
gios e discriminações não impede a concessão de isenção do imposto às
pessoas que possuam proventos de aposentadoria ou pensão por mo-
léstia grave.
IV - Em razão do critério orientador do Imposto de Renda denominado uni-
versalidade, previsto no art. 153, § 2º, I, da CF/88, devem ser tributa-
dos os pagamentos efetuados sob as rubricas de parcela indenizatória
devida aos parlamentares em face de convocação para sessão legislativa
extraordinária.
a) I e II
b) I e III
c) I e IV
d) II e IV
e) II e III
Comentário da questão: a alternativa que responde à questão é a de
letra “e”, que reputa como verdadeiros apenas os itens II e III.

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A proposição I é falsa, pois a descrição do item I corresponde à definição


do princípio da capacidade contributiva e não à definição do critério da univer-
salidade do imposto de renda (CF/88, art. 145, § 1º).
A proposição II é verdadeira, pois da aplicação do critério da universa-
lidade pode-se obter justificativa para a tributação dos rendimentos na forma de
bens e direitos, conforme consagrado no art. 55, IV, do RIR99.
A proposição III é verdadeira, pois o critério da generalidade não im-
pede a fruição das isenções legalmente concedidas (RIR/99, art. 39, XXXIII e
CF/88, art. 153, § 2º).
A proposição IV é falsa, pois as rubricas de parcela indenizatória devida
aos parlamentares em face de convocação para sessão legislativa extraordiná-
ria não estão sujeitas ao imposto de renda por seu caráter indenizatório, ou
seja, não caracterizam acréscimo patrimonial.

52. (QUESTÃO INÉDITA) Atendidos os requisitos da legislação federal,


constituem rendimento bruto da pessoa física:
a) Abono de Permanência
b) Diárias
c) Ajuda de custo
d) Valores pagos, em espécie, nos programas de estímulo à solicitação de
documento fiscal dos estados, municípios e DF
e) Indenização por “danos emergentes”
Comentário da questão: a alternativa que responde à questão é a de
letra “a”. O abono de permanência, ou seja, o valor que o funcionário público
que conte tempo para a aposentadoria recebe por manter-se no exercício do
cargo (CF/88, atr. 40, § 19), deve ser considerado rendimento bruto da pessoa
física e sujeito ao Imposto de Renda, por falta de lei isentiva.
As alternativas “b” e “c” não respondem à questão. As diárias e a
ajuda de custo não caracterizam rendimento bruto da pessoa física, em razão
de sua natureza indenizatória, na forma do art. 33, I e XIII, do RIR/99.
A alternativa “d” também não corresponde a rendimento bruto.
Os valores pagos, em espécie, nos programas de estímulo à solicitação de
documento fiscal dos estados, municípios e DF não estão sujeitos à incidência
do IR, exceto quando forem resultado de sorteios (Lei nº 11.945/09, art. 6º).

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A alternativa “e” não corresponde a rendimento bruto. As indeni-


zações por bem material danificado ou destruído, denominadas "danos emer-
gentes", são valores que visam exclusivamente a repor o bem destruído ou a
reparar o bem danificado, até o limite fixado em condenação judicial. Não
sofrem incidência do imposto sobre a renda (RIR/99, art. 39, XVI e Perguntas
e respostas IRPF 2018, p. 128, pergunta 278)

53. (QUESTÃO INÉDITA) Com relação à incidência do Imposto de Renda da


Pessoa Física é correto afirmar:
a) Os valores recebidos para proceder a estudos ou pesquisas que importem
em contraprestação de serviços, ou que, de alguma forma, representem
vantagem para o doador em função dos resultados obtidos na pesquisa,
são considerados rendimentos isentos, não estando sujeitos à retenção do
imposto na fonte e ao ajuste anual, ainda que o concedente desenvolva
atividades com fins lucrativos.
b) São isentos do Imposto de Renda, na fonte e na declaração de ajuste do
beneficiário, os valores efetivamente pagos ou distribuídos ao titular ou
sócio da ME ou EPP optante pelo Simples Nacional, incluídos os valores
que corresponderem a pro labore, aluguéis ou serviços prestados.
c) Não caracterizam contraprestação de serviços nem vantagem para o doa-
dor, para efeito de incidência do imposto, as bolsas de estudo recebidas
pelos médicos residentes, nem as bolsas recebidas pelos servidores das re-
des públicas de educação profissional, científica e tecnológica que partici-
pem das atividades do Pronatec. (art. 26, Lei nº 9.250/95, redação da Lei
nº 12.816/2013)
d) Os lucros do Microempreendedor Individual (MEI) titular de empresa op-
tante pelo Simples Nacional, serão considerados isentos do Imposto de
Renda, na fonte e na declaração de ajuste do beneficiário, desde que este
não receba rendimentos em razão de outras atividades ou sociedades.
e) As pensões e os proventos concedidos aos ex-combatentes da Força Ex-
pedicionária Brasileira (FEB) e seus dependentes são considerados rendi-
mentos isentos do Imposto de Renda e o contribuinte maior de 65 anos
estará impedido de cumular essa isenção com a fruição de parcela de isen-
ção sobre rendimentos recebidos de outra fonte pagadora a título de apo-
sentadoria ou pensão.
Comentário da questão: a alternativa que responde à questão é a de
letra “c”. As bolsas de estudo recebidas por médicos residentes ou por servi-
dores das redes públicas de educação profissional, científica e tecnológica que
participem do Pronatec, segundo o art. 26, Lei nº 9.250/95, redação da Lei nº

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12.816/2013, não estão sujeitas à incidência do IR, pois não caracterizam


contraprestação de serviços nem vantagem para o doador.
A alternativa “a” está incorreta, pois as bolsas de estudo que impor-
tem em contraprestação de serviços ou representem vantagem para o doador
em função dos resultados da pesquisa, são considerados rendimentos tribu-
táveis, sujeitos à retenção do imposto na fonte e ao ajuste anual, ainda que
o concedente desenvolva atividades sem fins lucrativos (art. 26, Lei nº
9.250/95, art. 26, e Perguntas e respostas IRPF 2018, p. 128, pergunta 278).
A alternativa “b” está incorreta. Os valores pagos ou distribuídos ao
titular ou sócio da ME ou EPP - Simples Nacional são isentos do IR, na fonte e
na declaração de ajuste do beneficiário, exceto quando corresponderem a pro
labore, aluguéis ou serviços prestados (LC nº 123/2006, art. 14; Resolução
CGSN nº 94/2011, art. 131).
A alternativa “d” está incorreta. Os lucros do Microempreendedor In-
dividual (MEI) e empresa do Simples Nacional são isentos do IR, na fonte e na
declaração de ajuste e não se confundem, para o efeito de incidência do im-
posto, com os rendimentos recebidos em razão de outras atividades ou socie-
dades (LC nº 123/2006, art. 14; Resolução CGSN nº 94/2011, art. 131).
A alternativa “e” está incorreta. As pensões e proventos dos ex-
combatentes da FEB e seus dependentes são considerados rendimentos isen-
tos do IR. Não obstante, o contribuinte maior de 65 anos poderá cumular essa
isenção com a fruição de parcela de isenção sobre rendimentos recebidos de
outra fonte pagadora a título de aposentadoria ou pensão. (Lei nº 7.713/88,
art. 6º, XII; RIR/99, art. 39, XXXV; IN RFB nº 1.500/2014, art. 6º, IV).

54. (QUESTÃO INÉDITA) No que se refere à incidência do Imposto de Renda


sobre os valores pagos a título de previdência complementar é correto afir-
mar:
a) No caso de contribuintes não optantes pelo regime de tributação de que
trata o art. 1º da Lei nº 11.053/2004, os benefícios pagos por entidade de
previdência complementar, sociedade seguradora ou Fundo de Aposenta-
doria Programada Individual (Fapi), sujeitam-se à incidência do Imposto
de Renda exclusivamente na fonte.
b) Por opção do contribuinte, o pagamento de valores a título de benefício ou
resgate de contribuições aos participantes ou assistidos por planos de ca-
ráter previdenciário, estruturados nas modalidades de contribuição defi-
nida ou contribuição variável e mantidos por entidade de previdência com-
plementar, sociedade seguradora ou Fundo de Aposentadoria Programada

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Individual (Fapi), estão sujeitos à tributação exclusiva na fonte, com alí-


quotas que variam de 10% a 35% à razão inversa ao prazo de acumulação
dos recursos.
c) O Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) é um plano de seguro de vida
com cláusula de cobertura por sobrevivência, em que o valor das contri-
buições, somado ao valor das contribuições para o Fundo de Aposentado-
ria Programada Individual – FAPI, será dedutível na Declaração de Ajuste
Anual, limitado a 12% do rendimento tributável incluído na base de cál-
culo do IRPF na declaração e quando do pagamento, benefício ou crédito,
tributa-se a totalidade do rendimento.
d) O Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) é um plano de caráter previden-
ciário, os valores das contribuições não são dedutíveis na Declaração de
Ajuste Anual e quando do recebimento, tributa-se a diferença entre o valor
recebido e o valor aplicado, sendo adotado o regime de tributação, con-
forme a opção do contribuinte.
e) As importâncias pagas pelas entidades fechadas de previdência comple-
mentar a título de reversão de valores não se enquadram no conceito de
benefício previdenciário ou resgate, não se sujeitando à incidência do Im-
posto sobre a Renda na Fonte ou na Declaração de Ajuste Anual.
Comentário da questão: a alternativa “b” está correta e responde à
questão. O art. 1º da lei nº 11.053/04 permite que, mediante opção do contri-
buinte, os benefícios ou o resgate de contribuições dos planos de previdência
complementar sejam tributados exclusivamente na fonte, com alíquotas que
variam de 10% a 35% e que obedecem à razão inversa ao prazo de acumulação
dos recursos.
A alternativa “a” está incorreta. Caso não ocorra a opção do art. 1º
da Lei nº 11.053/04, os benefícios pagos pelas entidades de previdência pri-
vada sujeitam-se à incidência do imposto sobre a renda na fonte, aplicando-
se a tabela mensal, e na Declaração de Ajuste Anual. A tributação não será
exclusiva conforme afirma-se na alternativa sob comento (Perguntas e res-
postas IRPF 2018, p. 89, pergunta 172).
A alternativa “c” está incorreta. É verdade que no caso do PGBL os
valores das contribuições serão dedutíveis na declaração de ajuste anual e,
somadas a contribuições para o FAPI, serão limitadas a 12% do rendimento
tributável. É verdade também que, quando do pagamento, benefício ou cré-
dito, tributa-se a totalidade do rendimento. Entretanto, os PGBL não são pla-
nos de seguro de vida com cláusula de cobertura por sobrevivência, mas pla-
nos de natureza previdenciária. Em verdade, os planos do tipo VGBL - Vida

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Gerador de Benefício Livre é que têm por característica serem planos de se-
guro de vida com cláusula de cobertura por sobrevivência (Perguntas e res-
postas IRPF 2018, p. 89, pergunta 172).
A alternativa “d” está incorreta. É verdadeiro que no caso do VGBL
as contribuições não são dedutíveis na declaração de ajuste. Também é ver-
dade que, quando do recebimento, tributa-se a diferença entre o valor rece-
bido e o valor aplicado. Entretanto, o VGBL é um plano de seguro de vida com
cláusula de cobertura por sobrevivência e não um plano de caráter previden-
ciário (Perguntas e respostas IRPF 2018, p. 89, pergunta 172).
A alternativa “e” está incorreta. Os valores das reversões pagos pe-
las entidades fechadas de previdência complementar não se enquadram no
conceito de benefício previdenciário ou de resgate, sujeitando-se, portanto, à
incidência do IR na Fonte e na Declaração de Ajuste Anual, em oposição ao
que é afirmado na alternativa sob análise (Perguntas e respostas IRPF 2018,
p. 89, pergunta 172).

55. (QUESTÃO INÉDITA) Assinale a alternativa incorreta.


Para o Imposto de Renda, ocorrerá variação patrimonial na percepção de:
a) diárias de comparecimento
b) remuneração de estagiários
c) resgate efetuado por quotista de FAPI
d) ganho de capital na alienação de bem de R$ 20 mil
e) valores pagos, por sorteio, nos programas de estímulo à solicitação de
documento fiscal dos estados, municípios e DF
Comentário da questão: a alternativa que responde à questão é a de
letra “d”. Note que foi solicitado o assinalamento da alternativa incorreta. O
ganho de capital na alienação de bem de pequeno valor, nos termos do art. 39,
II, do RIR/99 são considerados isentos ou não tributados e, portanto, não se
prestam à comprovação de variação patrimonial.
As alternativas “a” e “b” estão corretas. As diárias de compareci-
mento e a remuneração dos estagiários são considerados rendimentos tributá-
veis, na forma do art. 43, I, do RIR/99.
A alternativa “c” está correta. Os resgates efetuados pelo quotista
de Fundos de Aposentadoria Programada Individual – FAPI são considerados
rendimentos tributáveis (RIR/99, art. 43, XV).

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A alternativa “e” está correta. Os valores pagos nos programas de


estímulo à solicitação de documento fiscal dos estados, municípios e DF,
quando decorrente de sorteios, constituem rendimentos tributáveis pelo Im-
posto de Renda (Lei nº 11.945/09, art. 6º, § único).

56. (QUESTÃO INÉDITA) Sobre o Imposto de Renda da Pessoa Física, assi-


nale a alternativa incorreta:
a) A quitação de direitos mediante recebimento em notas promissórias ou tí-
tulo de crédito caracteriza a disponibilidade jurídica de renda ou proventos,
referida no art. 43 do CTN, devendo o valor a elas correspondente ser tri-
butado no mês do recebimento do respectivo título e na declaração de
ajuste anual.
b) A importância com que for beneficiado o devedor nos casos de perdão ou
cancelamento de dívida, inclusive correção monetária e juros vencidos, se
não houver em troca a contraprestação de serviços ao credor, ou outra hi-
pótese que resulte em acréscimo patrimonial, será considerada rendimen-
to isento.
c) O pagamento efetuado em bens móveis ou imóveis, títulos de crédito ou
valores mobiliários etc., é tributável, devendo os bens serem avaliados em
dinheiro pelo valor que tiverem na data de sua percepção.
d) O valor da restituição de contribuição previdenciária, incluindo a incidente
sobre o 13º salário, bem como os juros de mora dela decorrentes, que
fora utilizado como dedução da base de cálculo do IRPF, deverá ser ofere-
cido à tributação do imposto na Declaração de Ajuste Anual relativa ao
ano-calendário do recebimento.
e) O valor recebido em restituição do imposto sobre a renda caracteriza-se
como rendimento tributável, devendo oferecido à tributação do imposto
na Declaração de Ajuste Anual relativa ao ano-calendário do seu efetivo
recebimento.
Comentário da questão: a alternativa que responde à questão é a de
letra “e”. Note que foi solicitado, mais uma vez, o assinalamento da alternativa
incorreta. O valor da restituição do Imposto de Renda não se caracteriza como
rendimento tributável, e deverá ser informado como rendimento não tributá-
vel na declaração (Perguntas e respostas IRPF 2018, p. 129, pergunta 282).
A alternativa “a” está correta. A quitação de direitos mediante notas
promissórias ou outros títulos de crédito, inclusive cheque, caracteriza a ocor-
rência da disponibilidade jurídica de renda ou proventos de qualquer natureza
e a tributação deverá ocorrer no mês do recebimento do respectivo título,

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bem como o rendimento deverá ser levado à Declaração de Ajuste Anual.


(Perguntas e respostas IRPF 2018, p. 94, pergunta 185).
A alternativa “b” está correta. A importância relativa a perdão/can-
celamento de dívida, inclusive correção monetária e juros, se houver a contra-
partida da prestação de serviços ou outra hipótese que resulte em acréscimo
patrimonial, constitui rendimento tributável. Entretanto, se o perdão ou can-
celamento da dívida não corresponder à contraprestação de serviços ao cre-
dor, tal valor será considerado rendimento isento (RIR/1999, art. 55, I; Solu-
ção de Consulta Cosit nº 70/2013 e Perguntas e respostas IRPF 2018, p. 94,
pergunta 186).
A alternativa “c” está correta. O pagamento realizado com a entrega
de bens móveis ou imóveis, títulos de crédito, assim como valores mobiliários,
é tributável, devendo os bens serem avaliados em dinheiro pelo valor que
tiverem na data de sua percepção (Lei nº 7.713/1988, art. 3º, § 4º; RIR/1999,
art. 994 e Perguntas e respostas IRPF 2018, p. 94, pergunta 187).
A alternativa “d” está correta. A restituição da contribuição previden-
ciária, inclusive a incidente sobre o 13º salário, bem assim os juros de mora
decorrentes, utilizada como dedução da base de cálculo do IRPF, deverá ser
tributada na Declaração de Ajuste Anual do IRPF do ano-calendário do rece-
bimento. Isto por que o valor da referida contribuição é deduzido da base de
cálculo do imposto e a sua devolução implica a necessidade do “estorno” do
valor deduzido originalmente (Perguntas e respostas IRPF 2018, p. 95, per-
gunta 191).

57. (QUESTÃO INÉDITA) avalie as proposições abaixo, relativas à incidên-


cia do Imposto de Renda da Pessoa Física e assinale a alternativa que relaci-
one todas as proposições corretas.
I- As importâncias pagas a título de seguros aos beneficiários ou partici-
pantes de planos previdenciários pelas entidades de previdência com-
plementar são isentas do Imposto sobre a Renda.
II - A importância paga em prestação única, em razão de morte ou invalidez
permanente do participante, correspondente à reversão de contribui-
ções efetuadas ao plano, acrescida ou não de rendimentos financeiros,
deverão ser tributadas na fonte, como antecipação do imposto devido
na declaração de ajuste anual da pessoa física, ou de forma exclusiva,
nos casos em que houve opção por aquele regime de tributação.

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III - O valor do prêmio em bens avaliados em dinheiro, recebido de pessoa


jurídica ou empregador pessoa física, a título de produtividade, promo-
ção de vendas, eficiência ou pela não ocorrência de acidentes, sujeita-
se à tributação na fonte e na declaração de ajuste anual.
IV - Os prêmios obtidos em concursos e competições artísticas, científicas,
desportivas, literárias ou a outro título, quando houver vinculação
quanto à avaliação do desempenho dos participantes, distribuídos em
dinheiro ou sob a forma de bens e serviços, são tributáveis pelo IR-
Fonte de acordo com a tabela progressiva mensal, a título de antecipa-
ção do devido na Declaração de Ajuste Anual (DAA).
A alternativa correta é a de letra:
a) I e II
b) I e III
c) I, II e IV
d) todos os itens estão corretos
e) todos os itens estão incorretos
Comentário da questão: a alternativa que responde à questão é a de
letra “d”, que reputa como verdadeiras todas as proposições avaliadas.
A proposição I é verdadeira. Os seguros recebidos de entidades de previ-
dência privada decorrentes de morte ou invalidez permanente do partici-
pante são isentas do IR, nos termos do art. 6º, VII da Lei nº 7.713/88, e
não entram no cômputo do rendimento bruto da pessoa física (RIR/99, art.
39 XIII). A palavra “seguros” tem o significado de pecúlio recebido de uma só
vez (Perguntas e respostas IRPF 2018, p. 90, pergunta 173).

A proposição II é verdadeira. Pecúlio não se confunde com resgate de


contribuições. Nesse sentido, a importância paga em prestação única, em razão
de morte ou invalidez permanente do participante, correspondente à reversão
de contribuições efetuadas ao plano, acrescida ou não de rendimentos finan-
ceiros, deverão ser tributadas na fonte, como antecipação do imposto devido
na declaração de ajuste anual da pessoa física, ou de forma exclusiva, nos
casos em que houve opção por aquele regime de tributação. (Perguntas e res-
postas IRPF 2018, p. 90, pergunta 173).
A proposição III é verdadeira (RIR/99, art. 55, IV). O valor do prêmio
em bens, avaliados em dinheiro na data de sua percepção, assume o aspecto de
remuneração do trabalho assalariado ou não assalariado, conforme haja ou não
vínculo empregatício entre a pessoa física e a fonte pagadora. O valor de tal
prêmio sujeita-se à tributação no carnê-leão e na Declaração de Ajuste Anual,

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se recebido de pessoa física sem vínculo empregatício ou, na fonte e na decla-


ração de ajuste, se distribuído por pessoa jurídica ou empregador pessoa física
(Perguntas e respostas IRPF 2018, p. 93, pergunta 181).
A proposição IV é verdadeira (Lei nº 4.506/64, art. 14; DL nº 1.493/
76, art. 10; RIR/1999, art. 685, II, “a”; Parecer Normativo CST nº 173/74;
Parecer Normativo CST nº 62/76). Na hipótese da ocorrência de concursos
artísticos, desportivos, científicos, literários ou a outros títulos assemelhados,
com distribuição de prêmios efetuada por pessoa jurídica a pessoa física, quando
houver vinculação quanto à avaliação do desempenho dos participantes, hipó-
tese na qual tais prêmios assumem o aspecto de remuneração do trabalho, in-
dependentemente se distribuídos em dinheiro ou sob a forma de bens e serviços,
o imposto sobre a renda incide na fonte, calculado de acordo com a tabela pro-
gressiva mensal, a título de antecipação do devido na Declaração de Ajuste Anual
– DAA (Perguntas e respostas IRPF 2018, p. 93, perguntas 182 e 183).

58. (QUESTÃO INÉDITA) Quando o contribuinte auferir rendimentos da


prestação de serviços de transporte, em veículo próprio locado, ou adquirido
com reservas de domínio ou alienação fiduciária, o Imposto de Renda inci-
dirá sobre:

a) 10% (dez por cento) do rendimento bruto, decorrente do transporte de


carga.
b) 60% (sessenta por cento) do rendimento bruto da prestação de serviços
com trator, máquina de terraplenagem, colheitadeira e assemelhados.
c) 40% (quarenta por cento) do rendimento bruto, decorrente do transporte
de carga.
d) 40% (quarenta por cento) do rendimento bruto, decorrente do transporte
de passageiros.
e) 90% (noventa por cento) do rendimento bruto da prestação de serviços
com trator, máquina de terraplenagem, colheitadeira e assemelhados.
Comentário da questão: a alternativa correta é a de letra “a”. Os ser-
viços de transporte de carga, quando prestados por pessoa física em veículo
próprio ou locado, inclusive mediante arrendamento mercantil, ou adquirido
com reserva de domínio ou alienação fiduciária, são tributados tendo como
base de cálculo 10% do seu rendimento bruto (Lei nº 7.713/1988, art. 9º, I).
A alternativa “b” está incorreta. Os serviços prestados por pessoa
física com trator, máquina de terraplenagem, colheitadeira e assemelhados,

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nas condições do enunciado, também são tributados tendo como base de cál-
culo 10% do seu rendimento bruto e não 60%, conforme é afirmado na alter-
nativa “b” (Lei nº 7.713/1988, art. 9º, § 1º).
A alternativa “c” está incorreta. Conforme visto na resposta da al-
ternativa “a”, os serviços de transporte de carga, quando prestados em veículo
próprio ou locado, inclusive mediante arrendamento mercantil, ou adquirido
com reserva de domínio ou alienação fiduciária, são tributáveis tendo como
base de cálculo 10% do seu rendimento bruto e não 40%, conforme afirma a
alternativa sob análise (Lei nº 7.713/1988, art. 9º, I). Note que a alternativa
“c” traz o percentual utilizado por legislação que já não está mais vigente.
A alternativa “d” está incorreta. Os serviços de transporte de pas-
sageiros, prestados por pessoa física nas condições do enunciado da questão,
são tributados tendo como base de cálculo 60% do seu rendimento bruto e não
40%, conforme é afirmado na alternativa “b” (Lei nº 7.713/1988, art. 9º, II).
A alternativa “e” está incorreta. Conforme a resposta dada à alter-
nativa “b”, os serviços prestados por pessoa física com trator, máquina de
terraplenagem, colheitadeira e assemelhados, nas condições do enunciado,
são tributados tendo como base de cálculo 10% do seu rendimento bruto e não
90%, como foi afirmado na alternativa “e” (Lei nº 7.713/1988, art. 9º, § 1º).

59. (QUESTÃO INÉDITA) Consiste em variação patrimonial para o efeito de


incidência do Imposto de Renda:
a) O valor do laudêmio e do foro anual.
b) A indenização e os proventos de aposentadoria ou reforma recebidos em
decorrência de acidente de trabalho.
c) O capital das apólices de seguro ou pecúlio pago por morte do segurado,
bem como os prêmios de seguro restituídos em qualquer caso, inclusive
no de renúncia do contrato.
d) Os proventos de aposentadoria ou reforma motivada por acidente em ser-
viço e os percebidos pelos portadores de doença grave, relacionada no art.
6º, XIV da Lei nº 7.713/88, com base em conclusão da medicina especia-
lizada, mesmo que a doença tenha sido contraída depois da aposentadoria
ou reforma.
e) A indenização e o aviso prévio pagos por despedida ou rescisão de contrato
de trabalho, até o limite garantido por lei, bem como o montante recebido
pelos empregados e diretores, ou respectivos beneficiários, referente aos
depósitos, juros e correção monetária creditados em contas vinculadas,
nos termos da legislação do FGTS.

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Comentário da questão: a alternativa correta é a de letra “a”. O valor


do laudêmio recebido e do foro anual, nos termos do art. 55, XVII, do RIR/1999
e do Parecer Normativo CST nº 9/83, são tributáveis e, portanto, consistem
em variação patrimonial.
A alternativa “b” está incorreta. A indenização e os proventos de
aposentadoria ou reforma recebidos em decorrência de acidente de trabalho
constituem rendimentos isentos e, portanto, não explicam variação patrimo-
nial (Lei nº 7.713/88, art. 6º, IV e XIV; RIR/99, art. 39, XVII e XXXIII).
A alternativa “c” está incorreta. Também constituem rendimento
isento, o capital das apólices de seguro, o pecúlio pago por morte do segurado
e os prêmios de seguro restituídos em qualquer caso, inclusive no de renúncia
do contrato (Lei nº 7.713/1988, art. 6º, XIII).
A alternativa “d” está incorreta. Os proventos de aposentadoria ou
reforma motivada por acidente em serviço e os percebidos pelos portadores
de doença grave, relacionada no art. 6º, XIV da Lei nº 7.713/88, com base
em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido con-
traída depois da aposentadoria ou reforma, são considerados rendimentos
isentos e, portanto, não podem explicar variação patrimonial (Lei nº 7.713/88,
art. 6º, XIV).
A alternativa “e” está incorreta. São igualmente isentos os rendi-
mentos obtidos pela indenização e o aviso prévio pagos por despedida ou
rescisão de contrato de trabalho, até o limite garantido por lei, bem como o
montante recebido pelos empregados e diretores, ou respectivos beneficiá-
rios, referente aos depósitos, juros e correção monetária creditados em contas
vinculadas, nos termos da legislação do FGTS (Lei nº 7.713/1988, art. 6º, V).

60. (QUESTÃO INÉDITA) São considerados rendimentos isentos ou não tri-


butados pela legislação do Imposto de Renda, exceto:
a) os juros, correção monetária e multa, pagos nos limites e termos da legis-
lação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
b) o valor dos serviços médicos, hospitalares e dentários mantidos, ressarci-
dos ou pagos pelo empregador em benefício de seus empregados.
c) as pensões e os proventos concedidos em decorrência de reforma ou fale-
cimento de ex-combatente da Força Expedicionária Brasileira.
d) a diferença a maior entre o valor de mercado de bens e direitos, recebidos
em devolução do capital social e o valor destes constantes da declaração
de bens do titular, sócio ou acionista, quando a devolução for realizada
pelo valor de mercado.

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e) as importâncias originadas dos títulos que tocarem ao meeiro, herdeiro ou


legatário, ainda que correspondam a período anterior à data da partilha
ou adjudicação dos bens, excluída a parte já tributada em poder do espólio
Comentário da questão: a alternativa que responde à questão é a de
letra “e”. Note que foi solicitada a exceção, ou seja, o que não é rendimento
isento, mas sim rendimentos tributáveis. São considerados outros rendimentos
tributáveis as importâncias originadas dos títulos que tocarem ao meeiro, her-
deiro ou legatário, ainda que correspondam a período anterior à data da par-
tilha ou adjudicação dos bens, excluída a parte já tributada em poder do es-
pólio (RIR/99, art. 55, II).
A alternativa “a” apresenta rendimento isento ou não tributado.
Os juros, correção monetária e multa, pagos nos limites e termos da legislação
do FGTS constituem rendimento isento (Lei nº 7.713/88, art. 6º, V).
A alternativa “b” também apresenta rendimento isento ou não
tributado. Os serviços médicos, hospitalares e dentários mantidos, ressarci-
dos ou pagos pelo empregador em benefício de seus empregados são rendi-
mentos não tributáveis (RIR/99, art. 39, XLV).
A alternativa “c” também apresenta rendimento isento ou não
tributado. As pensões e os proventos concedidos em decorrência de reforma
ou falecimento de ex-combatente da FEB são considerados rendimentos isen-
tos (Lei nº 7.713/88, art. 6º, XII)
A alternativa “d” mais uma vez apresenta rendimento isento ou
não tributado, pois a diferença a maior entre o valor de mercado de bens e
direitos, recebidos em devolução do capital social e o valor destes constantes
da declaração de bens do titular, sócio ou acionista, quando a devolução for
realizada pelo valor de mercado não será tributada pelo IR (Lei nº 9.249/95,
art. 22, § 4º).

4. RESUMO

A seguir um pequeno resumo dos principais aspectos dos pontos do


Edital ESAF nº 18/2014, que foram apresentados nessa aula. O resumo será
útil para que o candidato acesse rápida e objetivamente as questões discuti-
das na presente aula, servindo-lhe como guia de estudos.

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- IMPOSTO DE RENDA - todo e qualquer ensino, como ciência, espor-


• Competência: União (CF, art. 153, III) tes, música, línguas etc.
IMUNIDADES – IR - Entidade de assistência social: não pode visar
ao lucro e deve visar a um dentre os objetivos
► Recíproca (Patrimônio, rendas ou serviços de proteção à família, à maternidade, à infân-
uns dos outros) cia, à adolescência, à velhice, o amparo às cri-
- Imunidade tributária recíproca entre União, anças e adolescentes carentes etc.
Estados e Municípios (garantia do princípio fe- - Não alcança as entidades de previdência pri-
derativo). vada (distingue assistência de previdência so-
- Aproveita às autarquias e fundações quando cial); exceto quando mantidas exclusivamente
houver vínculos às suas finalidades essenciais pelos patrocinadores, sem contribuições dos
ou delas decorrerem. beneficiários.
- Não alcança o patrimônio, renda e serviços - Expressão "sem fins lucrativos": instituição
relacionados a atividades econômicas regidas não pode ser fonte de lucros para seus sócios
por normas aplicáveis aos empreendimentos ou instituidores, devendo aplicar todos os
privados ou em que haja contraprestação ou seus recursos no desenvolvimento de suas
pagamento de preços ou tarifas. próprias atividades.
- Abrange empresas públicas e sociedades de
economia mista prestadoras de serviços públi- CRITÉRIOS ORIENTADORES DO IR
cos, cujo capital social seja majoritariamente • GENERALIDADE: tributação do IR deve atin-
estatal e sem finalidade lucrativa. gir a todos os contribuintes.
► Templos de qualquer culto • UNIVERSALIDADE: tributação do IR deve
Visa a garantir a liberdade de crença e prática atingir a todas os acréscimos patrimoniais.
religiosa. • PROGRESSIVIDADE: quanto maior a base de
A expressão “Templos de qualquer culto” re- cálculo maior a alíquota do IR.
fere-se às instituições de qualquer culto e não FATO GERADOR DO IR
às edificações.
Aquisição de disponibilidade econômica ou ju-
Independente de requisitos (incondicionada); rídica de renda ou de proventos de qualquer
devendo as atividades desenvolvidas, tão so- natureza.
mente, estar relacionadas às suas finalidades
essenciais (a manifestação de religiosidade). • RENDA: produto do capital, do trabalho ou
da combinação de ambos.
► Partidos políticos, entidades sindicais dos
trabalhadores, instituições de educação e • PROVENTO: qualquer acréscimo patrimonial
instituições de assistência social, sem fins lu- não compreendido no conceito de renda.
crativos • DISPONIBILIDADE ECONÔMICA: percepção
São imunes ao IR, atendidos os requisitos da efetiva do acréscimo patrimonial (fonte lícita
lei, o patrimônio, a renda ou os serviços de: ou ilícita).
I - Partidos políticos, inclusive suas fundações;
II - Entidades sindicais dos trabalhadores; • DISPONIBILIDADE JURÍDICA: aquisição de tí-
tulo jurídico que confere o direito de percep-
III - Instituições de educação, sem fins lucrati- ção da riqueza que acresce o patrimônio (so-
vos; mente fonte lícita).
IV - Instituições de assistência social, sem fins
lucrativos. • ACRÉSCIMO PATRIMONIAL: incorporação
Entidades de educação (abrangente): alcança de riqueza nova ao patrimônio.

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IMPOSTO DE RENDA DA PESSOA FÍSICA • Indenização de transporte a servidor público


da União;
- INCIDÊNCIA -
• IRPF-Incidência: rendimento bruto da PF. • Diárias;
• Rendimento bruto: todo produto do ca- • Salário-família;
pital, do trabalho ou da combinação de • Ajuda de custo;
ambos, os alimentos e pensões percebidos • Serviços médicos pagos, ressarcidos ou manti-
em dinheiro e os proventos de qualquer dos pelo empregador;
natureza, assim também entendidos os • Contribuições empresariais para o PAIT;
acréscimos patrimoniais não correspon- • Contribuições patronais para programa de pre-
dentes aos rendimentos declarados. vidência privada;
• Alimentos e pensões recebidos em mer- • Contribuições patronais para o plano de incen-
cadorias NÃO constituem rendimento tivo à aposentadoria programada individual;
bruto da PF. • Depósitos do PIS e do PASEP;
- RENDIMENTOS - • Rendimentos de não residentes pagos por au-
RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS tarquias e repartições do governo fora do terri-
I - Rendimentos do trabalho assalariado e tório nacional;
assemelhados: • Rendimentos de servidores de autarquias e re-
II - Rendimentos do trabalho não-assalari- partições do governo fora do território nacional
ado e assemelhados: (75% dos rendimentos do trabalho assalariado,
Obs. I: prestação de serviço de transporte recebidos em moeda estrangeira);
com veículo próprio ou locado e garimpa- • Parte dos rendimentos da prestação de servi-
gem: ços com veículos próprios ou locados:
 10% dos rendimentos de transporte de  até 90% dos rendimentos de transporte de
carga e serviços com trator, máquina de carga e serviços com trator, máquina de ter-
terraplenagem, colheitadeira e asseme- raplenagem, colheitadeira e assemelhados;
lhados;  até 40% dos rendimentos de transporte de
 60% dos rendimentos de transporte de passageiros;
passageiros. • Parte dos rendimentos auferidos por garim-
Obs. II: Garimpeiros: peiros:
 10% do rendimento bruto dos garim-  90% do rendimento bruto dos garimpeiros
peiros na venda a empresas habilita- na venda a empresas habilitadas de metais
das de metais preciosos, pedras preci- preciosos, pedras preciosas e semipreciosas
osas e semipreciosas por eles extraí- por eles extraídos;
dos; II - Pagos por previdências:
III - Rendimentos de aluguel e royalty: • Proventos e pensões de maiores de 65 anos;
IV - Rendimentos de alimentos ou pensões • Proventos de aposentadoria ou reforma por
judiciais; doença grave;
V - Rendimentos recebidos acumulada- • Rendimentos de pensionistas com doença
mente sujeitos à DAA; grave;
VI - Outros rendimentos tributáveis; • Proventos e pensões da FEB;
VII - Rendimentos da atividade rural. • Benefícios percebidos por deficientes mentais;
• Pensão especial por “Síndrome da Talido-
RENDIMENTOS ISENTOS OU mida”;
NÃO-TRIBUTÁVEIS • Pecúlio do INSS – Instituto Nacional do Seguro
I - Originários do trabalho e assemelha- Social;
dos: • Recursos da portabilidade de planos de previ-
• Alimentação, transporte e uniformes; dência complementar titulados pelo partici-
• Auxílio-alimentação e auxílio-transporte pante;
em pecúnia pagos a servidor público fede- • Resgate de contribuições de previdência com-
ral civil; plementar - 01/01/1989 a 31/12/1995;
• Auxílio-moradia;

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• Resgate do FAPI para mudança de • Ganhos líquido nas bolsas de valores e com
fundo ou aquisição de renda em institui- ouro, ativo financeiro, cujo valor mensal das
ção de previdência privada ou segurado- alienações seja igual ou inferior a R$ 20 mil;
ras; • Remuneração de CDA - Certificado de Depó-
• Seguro-desemprego e auxílios diversos; sito Agropecuário, WA - Warrant Agropecuá-
• Pecúlio da previdência complementar rio, CDCA - Certificado de Direitos Creditórios
por morte ou invalidez permanente; do Agronegócio, LCA - Letra de Crédito do
III - Originários de indenizações e asse- Agronegócio e CRA - Certificado de Recebíveis
melhados: do Agronegócio;
• Indenização por acidente de trabalho; • Remuneração de CPR - Cédula de Prod. Ru-
Indenização por desligamento voluntário ral;
de servidores públicos civis; • Dividendos do FND;
• Indenização por rescisão de contrato de • Acréscimo patrimonial decorrente da varia-
trabalho e FGTS; ção cambial de depósito no exterior;
• Indenização por danos patrimoniais; VI - Obtidos da alienação de bens e direitos:
• Indenização - reforma agrária; • Alienação de bens de pequeno valor;
• Indenização reparatória a desapareci- • Ganho de capital na alienação do único imó-
dos políticos; vel;
• Reparação econômica paga a anistiados • Ganho de capital na alienação de imóvel resi-
políticos; dencial para aquisição de novo imóvel;
• Indenização decorrente de acidente; • Redução do ganho de capital na alienação de
• Valores decorrentes da “Síndrome da bem imóvel - Lei nº 7.713/1988;
Talidomida”; • Redução do ganho de capital - aplicação dos
• Indenização por dano moral decorrente fatores da Lei nº 11.196/2005;
da “Síndrome da Talidomida”; • Ganho de capital na alienação de bens e di-
IV - Decorrentes de participações socie- reitos no exterior ou em aplicações financeiras
tárias: de não residente;
• Lucros e dividendos distribuídos; • Ganho de capital inferior a cinco mil dólares
• Rendimentos distribuídos ao titular ou a na alienação de moeda estrangeira;
sócios de ME ou EPP do SIMPLES Nacio- VII - Demais rendimentos isentos ou não tribu-
nal; táveis:
• Incorporação de reservas ou lucros ao • Bolsas de estudo;
capital; • Cessão gratuita de imóvel;
• Bonificações em ações, quotas ou qui- • Doações e heranças;
nhão de capital, decorrentes da capitali- • Seguro e pecúlio;
zação de lucros ou reservas de lucros dos • Indenização relativa a objeto segurado;
anos-calendário de 1994 e 1995; • Valor do vale-pedágio obrigatório;
V - Oriundos do mercado financeiro e as- • Diferença a maior na devolução do capital
semelhados: em bens e direitos a preço de mercado;
• Rendimentos das cadernetas de pou- • Valores recebidos em programas de estímulo
pança; à solicitação de notas fiscais;
• Resgate do PAIT; • Prêmios de loteria até a primeira faixa da ta-
• Remuneração das letras hipotecárias; bela de incidência mensal;
• Rendimento dos FII - Fundos de Investi- • Valores decorrentes de cobertura de gastos
mento Imobiliários; pessoais com turismo no exterior;
• Valor do vale-cultura;
• Rendimentos dos condomínios residenciais.

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Em nossa aula inaugural foram resolvidos exercícios e questões sobre as


disposições constitucionais e do CTN relativas ao Imposto de Renda, especifi-
camente, no que diz respeito aos seus critérios orientadores; o conceito de
renda e proventos de qualquer natureza, disponibilidade econômica ou jurídica
e acréscimo patrimonial.
Os exercícios propostos avançaram, ainda, sobre a Legislação do Imposto
de Renda da Pessoa Física, notadamente sobre o conceito de receita bruta, a
incidência do IRPF e considerações acerca do que se entende por rendimentos,
rendimentos tributáveis e rendimentos isentos ou não tributáveis.
A apresentação dos pontos seguiu a ordem em que estes pontos apare-
cem no Edital ESAF nº 18/2014 para provimento do cargo de Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil.
Na próxima aula serão resolvidos exercícios e questões sobre o restante
dos pontos cobrados para o IRPF, a saber: tributação exclusiva; deduções;
contribuintes; responsáveis; domicílio fiscal; base de cálculo; alíquotas; lança-
mento; cálculo do tributo; sistema de bases correntes; período de apuração;
recolhimento mensal obrigatório; recolhimento complementar e tributação de-
finitiva.

Bibliografia consultada:
BRASIL. Presidência da República. “Constituição da República Federativa
do Brasil, de 5 de outubro de 1988”. Disponível em: <http://www.planalto.
gov. br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: várias datas de
2017.

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BRASIL. Presidência da República. Código Tributário Nacional. “Lei nº 5.172,


de 25 de outubro de 1966”. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/cci-
vil_03/Leis/L5172.htm. Acesso em: várias datas de 2017.
BRASIL. Presidência da República. Regulamento do Imposto de Renda. “De-
creto 3000, de 26 de março de 1999”. Disponível em: <http://www.pla-
nalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3000.htm>. Acesso em: várias datas de 2017.
CORREIA, H. e MARTINS, A. Revisaço Receita Federal – Auditor e Analista:
questões comentadas. 4ª ed. Juspodivm, 2016. Disponível em:
https://www.editorajuspodivm.com.br/revisaco-receita-federal-auditor-e-ana-
lista-quetoes-comentadas-2017.
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL. “Instrução Normativa
1.500, de 29 de outubro de 2014”. Disponível em: http://normas.receita.fa-
zenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=57670. Acesso
em: várias datas de 2017.
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL. “Perguntas e respostas
IRPF 2018”. Disponível em: https://idg.receita.fazenda.gov.br/interface/ci-
dadao/irpf/2018/perguntao/perguntas-e-respostas-irpf-2018-v-1-0.pdf
PAULSEN, Leandro. Direito Tributário Constituição e Código Tributário à
Luz da Doutrina e Jurisprudência, 6ª edição, Livraria do Advogado ESMAFE,
2004.
PEIXOTO, Marcelo Magalhães. Regulamento do Imposto de Renda 2014:
anotado e comentado. 8ª ed. São Paulo: MP Editora, 2014.

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