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Com base na própria norma de estrutura estabelecida na Constituição Federal é que fora
possível definir o aludido critério, visto que, fora veiculada imposição expressa de
Módulo Tributo e Segurança Jurídica
2. Que é taxa? Que se entende por o “serviço público” e “poder de polícia”? (Vide
anexo II). Há necessidade de comprovação da efetiva fiscalização para
cobrança da taxa de poder de polícia? (Vide anexos III, IV e V).
Da mesma forma que o exercício irregular do poder de polícia, o seu não exercício
implica na impossibilidade da instituição e cobrança da taxa. Nas taxas decorrentes do
poder de polícia, é necessário que haja o efetivo desempenho da atividade fiscalizatória,
e daí se excepciona a fiscalização presencial de cada contribuinte, consoante
entendimento já sedimentado do STF [RE 361.009 AgR, relatoria Ministro Joaquim
Barbosa], contudo é imprescindível a demonstração do efetivo desempenho da
atividade.
Pela intelecção do dispositivo, verifica-se que, ainda que o sujeito passivo não utilize o
serviço disponibilizado, estará sujeito ao pagamento da taxa, de modo que só se eximirá
se o serviço público não for disponibilizado.
Não fosse só isso, o serviço público deve ser específico e divisível. Específico de modo a
ser destacado em determinada unidade, e divisível quando utilizado separadamente
pelos usuários, nos termos do artigo 79, incisos II e III do CTN.
3. Que diferencia taxa de preço público? (Vide voto do Min. Carlos Velloso na ADI
447). Os serviços públicos de energia elétrica, água e esgoto, quando prestados
diretamente pelas pessoas jurídicas de direito público, são remuneráveis por
taxa? E no caso de concessão desses serviços? (Vide anexos VI e VII). E os
serviços que, embora prestados pelo Poder Público, são suscetíveis de
prestação pela iniciativa privada em regime concorrencial? (Vide anexo VIII).
Neste sentido, o STF, por meio da Súmula 537 se manifestou: “Preços de serviços
públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são
compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em
relação à lei que as instituiu”.
valor cobrado é, indubitavelmente, preço público, nos termos do artigo 175, III,
parágrafo único da CF.
Considerando que a taxa deve ser específica e divisível, tal como estabelece o artigo 145,
II da CF e artigo 77 do CTN, entendo que é necessário que o valor exigido a título de taxa,
refira-se ao custo do serviço prestado.
Não há margem de lucro ou vantagem para o Estado, o valor a ser pago a título de taxa
deve se referir exatamente ao que foi prestado ou posto a disposição do Contribuinte.
Sendo assim, na hipótese de pagamento a maior da taxa, nascerá para o Contribuinte o
direito a restituição, sob pena de restar caracterizado o enriquecimento ilícito da
Fazenda, nos termos do artigo 165 do CTN.
Entendo que cada um desses limites tem um motivo. O limite individual está baseado
no critério do benefício econômico, o que poderá ser verificado pelo Contribuinte com
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A Lei que institui a contribuição de melhoria deve ser produzida antes do início da obra,
de acordo com o princípio constitucional da irretroatividade das leis tributárias (artigo
150, III, a da CF), e também pelo fato de que a hipótese de incidência da contribuição de
melhoria ser constituída pela valorização imobiliária.
Se a contribuição de melhoria for instituída após a conclusão da obra será uma cobrança
retroativa, e consequentemente, inconstitucional. Deve-se ainda observar os requisitos
estatuídos no artigo 82 do CTN, com destaque para a publicação prévia do orçamento
da obra, exigência esta que não se confunde com a hipótese de incidência da
contribuição, e não autoriza a sua instituição sem lei anterior que a institua.