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UNIVERSIDADE
CANDIDO
MENDES/UCAM
APOSTILA CONT.
FISCAL GESTÃO-
TRIBUTÁRIA
PRODUÇÃO: PROF.
ALBEMAR CUNHA
AGOSTO/2019
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES/UCAM –
MANUAL DE CONT. FISCAL E GESTÃO TRIBUTÁRIA – C/CONTÁBEIS
PRODUÇÃO: PROF. ALBEMAR CUNHA – AGOSTO/2019
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
UNIDADE I – O Direito Tributário e insegurança Jurídica - LEITURA
UNIDADE I(a) – O consumidor brasileiro suporta todos os tributos que
incidem nos produtos, todos embutidos nos preços
ANEXO – Demonstrativo da Carga tributária (fazer em sala)
UNIDADE II – Introdução a Contabilidade Fiscal - LEITURA
UNIDADE III - Noções de Direito Tributário – LEITURA
UNIDADE IV - A Legislação Tributária – LEITURA
UNIDADE IV(a) – As Fontes do Direito Tributário – LEITURA
UNIDADE V - TRIBUTOS - Definição; natureza jurídica; espécies:
Impostos,Taxas, e Contribuições de Melhorias
UNIDADE VI – Princípios Tributários Constitucionais -
ANEXO I – Resumo dos Artigos da CF dos Princípios Constitucionais
ANEXO II - A CF – Estudo dos Princípios Constitucionais Tributários
e o “Sistema Tributário Nacional “
UNIDADE VII - Estudo do Sistema Tributário Nacional – Teoria e
prática de cada um dos Impostos –- LEITURA
UNIDADE VII (a) – Apêndice à Repartição das Receitas Tributárias
(art. 157 à 162 da CF) e Mapas Demonstrativos – LEITURA
UNIDADE VIII – Crédito Tributário - LEITURA
I - Introdução
II – Lançamento
III – Causas Suspensivas do Crédito Tributário (o que o suspende)
IV – Causas Extintivas do Crédito Tributário (o que o extingue)
V – Exclusão do Crédito Tributário – Isenção e Anistia
VI – Garantias e privilégios do Crédito Tributário
VII – Administração Tributária
VIII – Dívida Ativa
IX – Certidões Negativas
UNIDADE IX - IRPJ LUCRO PRESUMIDO –
UNIDADE X - IRPJ / LUCRO REAL com os complementos
UNIDADE X(a) - IRPJ AJUSTES - Lucro Real (PDF-13pg)
UNIDADE X(b) - IRPJ LUCRO REAL ESTIMATIVA - Exercício
UNIDADE XI - JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO –
UNIDADE XII - COFINS E PIS APOSTILA GENÉRICA –
UNIDADE XIII - COFINS E PIS DAS RECEITAS FINANCEIRAS
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Art. 170. Depois de realizados 3/4 (três quartos), no mínimo, do capital social, a
companhia pode aumentá-lo mediante subscrição pública ou particular de ações.
§ 1º O preço de emissão deve ser fixado tendo em vista a cotação das ações no mercado, o
valor de patrimônio líquido e as perspectivas de rentabilidade da companhia, sem diluição
injustificada da participação dos antigos acionistas, ainda que tenham direito de preferência para
subscrevê-las.
§ 1º O preço de emissão deverá ser fixado,........ (Redação dada pela Lei nº 9.457,
de 1997)
I - a perspectiva de rentabilidade;................. (Incluído pela Lei nº 9.457, de 1997)
II - o valor do patrimônio líquido da ação; (Incluído pela Lei nº 9.457, de 1997)
III - a cotação de suas ações .......................(Incluído pela Lei nº 9.457, de 1997)
§ 2º A assembléia-geral, .................................................................................
§ 3º A subscrição de ações ............................................................................
§ 4º As entradas e as prestações ....................................................................
§ 5º No aumento de capital...............................................................................
6º Ao aumento de capital aplica-se,..................................................................
§ 7º A proposta de aumento do capital;.........(Incluído pela Lei nº 9.457, de 1997)
Grupo de Contas
INTRODUÇÃO
Unidade I - O direito tributário e a insegurança jurídica
O Brasil sofre há décadas de um mal crônico, que lhe tolhe o crescimento e a harmonia
que deve direcionar todas as instâncias da Administração Pública: uma inflação
legislativa e, o que é pior, com a edição de leis, decretos, portarias e instruções
normativas que, além de numerosas, chocam-se entre si e agridem até mesmo a Carta
Magna, seja violando artigos expressos, seja ofendendo princípios nela consagrados.
“Art. 15. O custo de aquisição de bens do ativo não circulante imobilizado e intangível não
poderá ser deduzido como despesa operacional, salvo se o bem adquirido tiver valor
unitário não superior a R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais) ou prazo de vida útil não
superior a 1 (um) ano.
Art. 15. O custo de aquisição de bens do ativo não circulante imobilizado e intangível não
poderá ser deduzido como despesa operacional, salvo se o bem adquirido tiver valor
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unitário não superior a R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais) ou prazo de vida útil não superior
a 1 (um) ano. (Redação dada pela Lei nº 12.973, de 2014) (Vigência)
Art. 301. O custo de aquisição de bens do ativo permanente não poderá ser
deduzido como despesa operacional, salvo se o bem adquirido tiver valor
unitário não superior a ($326,61) trezentos e vinte e seis reais e sessenta
e um centavos, ou prazo de vida útil que não ultrapasse um ano (Decreto-
Lei nº 1.598, de 1977, art. 15, Lei nº 8.218, de 1991, art. 20, Lei nº 8.383, de
1991, art. 3º, inciso II, e Lei nº 9.249, de 1995, art. 30). - ainda não
modificado conforme a Lei nº 12973/2014. foi introduzido agora no novo
RIR – Decreto nº 9.580 de 22/11/2019
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UNIDADE I(a)
O consumidor brasileiro paga todos os impostos das empresas já embutidos nos
preços
O consumidor brasileiro sabe que paga impostos mas, desconhece o
quanto e o que paga; como também imagina que as empresas são sacrificadas pela
maior carga tributária do universo.
Sem dúvida a carga tributária das empresas é uma das maiores do planeta
inviabilizando qualquer negócio no país caso não seja bem administrado, pois com essa
carga tributária os preços dos produtos e serviços ficam muito elevados dificultando as
exportações como também a venda para o consumo interno e a concorrência desleal dos
produtos importados, que em muitos casos tem mais atrativos do que os fabricados no
nosso país.
A maioria dos consumidores desconhece que, as empresas repassam todos
custos, impostos, encargos e contribuições sociais nos preços dos produtos, como
também seus lucros e o imposto de renda e a contribuição social sobre esses lucros.
2 – Conceito de Contabilidade
1
D’AURIA Francisco. Contabilidade Noções Preliminares.Nacional,1962.
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“... a ciência que estuda, registra e controla o patrimônio e as mutações que nele operam
os atos e fatos administrativos, demonstrando no final de cada exercício social o
resultado obtido e a situação econômico-financeira da entidade”.
3 - Objetivos da Contabilidade
A Contabilidade tem o patrimônio das empresas como seu objeto de estudo e o seu
objetivo é revelar como se encontra e quais os fatores que proporcionaram mutações ao
mesmo, fornecendo assim, informações úteis à tomada de decisões. Nos Estados Unidos
por exemplo, as informações contábeis são produzidas principalmente para os pequenos
e médios investidores, enquanto que no Brasil são destinadas principalmente ao Fisco,
não havendo muita transparência nos demonstrativos contábeis.
Iudicibus2 leciona que: “... o estabelecimento dos objetivos da contabilidade pode ser feito
na base de duas abordagens distintas: ou consideramos que o objetivo da contabilidade é
fornecer aos usuários, independentemente de sua natureza, um conjunto básico de
informações que, presumivelmente, deveria atender igualmente bem a todos os tipos de
usuários, ou a contabilidade deveria ser capaz e responsável pela a apresentação de
cadastros de informações totalmente diferenciados, para cada tipo de usuário”.
O objetivo básico dos demonstrativos financeiros é prover informação útil para a tomada
de decisões econômicas.
6 – Conclusão
2
IUDÍCIBUS, Sérgio. Teoria da Contabilidade Atlas, 2000. P.19
3
CAMARGO, Fabretti, Láudio. 3A Edição Contabilidade Tributária. Ed Atlas,1997. P.25.
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Do ponto de vista geral, a Contabilidade Tributária (ver tributo) é um campo de estudo e
de aplicação das Ciências Contábeis, que se ocupa não somente da contabilização por
meio de lançamentos adequados das operações das empresas que produzam o fato
gerador dos tributos incidentes sobre lucros ou resultados superavitários que geram
obrigações tributárias principais, como também tudo o que já foi mencionado acima
com relação aos principais objetivos. No Brasil os referidos tributos são de legislação
da União, basicamente Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido;
do Estado e do Município.
Outros tributos brasileiros exigem escrituração e cálculos diversos, não só da União, mas
também dos estados, municípios e Distrito Federal. A rigor, essa especialização não faz
parte da Contabilidade Tributária, mas de uma atividade específica conhecida como
Escrita ou Escrituração Fiscal,
cuja realização depende de conhecimento da legislação de cada tributo, sem envolver
conhecimentos mais amplos sobre Teoria Contábil e Economia Empresarial, por exemplo.
No Brasil, houve uma verdadeira intervenção por parte dos legisladores do imposto de
renda na escrituração contábil das empresas e, indiretamente, na própria contablidade. E
que se tornou sistemática com o advento do Decreto-lei n° 1.598/77, que definiu o que
seria Lucro Real.
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Tal afirmação decorre do fato que toda e qualquer matéria do direito para que receba a
qualificação jurídica de disciplina jurídica deve ter normas, regras e princípios jurídicos
próprios que proporcionem o estudo de forma didaticamente autônoma. Por tais razões
se diz que:
Resumindo:
Direito Público:
a) quando é visado imediata e prevalecentemente o interesse geral, o direito é Público;
(conteúdo)
b) se a relação é de subordinação, trata-se, geralmente, de Direito Público; (forma da
relação jurídica)
Direito Privado
a) quando imediato e prevalecente o interesse particular, o direito é Privado
(conteúdo)
b) se a relação é de coordenação, trata-se, geralmente, de Direito Privado. (forma da
relação jurídica)
Existem outras definições de Direito Tributário – Cada autor da obra tem a sua
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Art. 18. Fica elevada para quatro (4%) por cento a alíquota da Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social – COFINS devida pelas pessoas jurídicas referidas
nos §§ 6o e 8o do art. 3o da Lei no 9.718, de 27 de novembro de 1998.
Art. 29. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos:
I – em relação ao art. 17, a partir de 1o de janeiro de 2003;
II – em relação ao art. 25, a partir de 1o de fevereiro de 2003;
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III - em relação aos arts. 18, 19, 20 e 22, a partir do mês subsequente ao do termo
final do prazo nonagesimal, a que refere o § 6o do art. 195 da Constituição Federal.
LEIS ESPECÍFICAS
No âmbito do Direito, a lei é uma regra tornada obrigatória pela força coercitiva do poder
legislativo ou de autoridade legítima, que constitui os direitos e deveres numa comunidade.
No âmbito constitucional, as leis são as normas produzidas pelo Estado. São emanadas
do Poder Legislativo e promulgadas pelo Presidente da República.
Em Direito, a palavra Lei pode possuir sentidos diferentes. O primeiro deles é o sentido
estrito, que diz que a lei é norma legal devidamente produzida pelo processo legislativo,
ou seja, as leis complementares e ordinárias.
Lei em sentido formal – é a norma jurídica com designação formal de lei, caso das leis
ordinárias, complementares e delegadas.
Lei em sentido material - é toda e qualquer norma jurídica, com qualquer tipificação
legal, com conteúdo genérico e normatividade abstrata.
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A vigência é a qualidade daquilo que está em vigor. A lei está em vigor quando
completou todos os trâmites para a sua formação, estando, portanto, pronta e acabada, e
ainda, apta para irradiar seus efeitos. É a chamada aptidão da lei para surtir os efeitos
que lhe são próprios. Alguns autores se referem à vigência como sinônimo de publicação
ou de validade; esses estudiosos dizem que o atributo da lei irradiar seus efeitos é
atinente à eficácia e não à vigência.
2.1- Vigência
A lei que institua ou majore tributo só entra em vigor no primeiro dia do exercício
seguinte àquele em que a lei haja sido publicada (art. 104, CTN) – princípio da
anterioridade.
O art. 103 do CTN, por sua vez, disciplina a vigência das normas complementares vistas
no art. 100.
A Lei de Introdução ao Código Civil rege as disposições relativas à vigência das leis no
geral, e relata que, no Brasil a lei entra em vigor 45 dias após a sua
publicação; no exterior, o prazo é de 03 meses após sua publicação. A LICC admite
que a própria lei disponha sobre a sua vigência, o que, hoje, é regra geral, coincide com a
data da sua publicação.
A LICC deve ser utilizada para a vigência da legislação tributária (art. 101, CTN), desde
que o instrumento legal não seja uma norma complementar (art. 103, CTN), ou que não
seja uma lei tratando das hipóteses previstas no art. 104 do CTN, pois para esta última,
deve-se respeitar o princípio da anterioridade.
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O período de tempo transcorrido entre a publicação da lei e o marco inicial da sua
vigência é chamado de vacatio legis (vacância da lei). Este lapso temporal somente não
ocorrerá caso a lei entre em vigor na data de sua publicação.
2.2- Aplicação
Os fatos geradores pendentes são aqueles cujos eventos que motivam a incidência
tributária são continuados, a exemplo do IR, na modalidade em que se espera o final do
ano-base para se consumar.
O art. 106 do CTN nos conduz aos fatos pretéritos, com o seu inciso I se referindo à
retroatividade tocante a questões meramente interpretativas. Observem no texto legal que
não haverá retroatividade da lei meramente interpretativa que comine aplicação de
penalidade.
O inciso II, por seu turno, remete-nos a outros casos de retroatividade, com as suas
alíneas se referindo, segundo a boa doutrina, às infrações e suas respectivas
penalidades. Aqui outra observação importantíssima: lei nova que ofereça um tratamento
mais favorável a um ato pretérito do sujeito passivo retroagirá, apenas se o tal ato não
tiver sido definitivamente julgado.
Para Conhecimento:
Ab-rogação >> Lei anterior é totalmente revogada pela lei nova que necessariamente
não substitui seu conteúdo
Sub-rogação >> Lei anterior totalmente revogada substituindo seu conteúdo
Derrogação >> Lei anterior é parcialmente revogada
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“As leis e as salsichas, melhor não saber como são feitas”. – autor desconhecido
1. Conceito de Fonte:
A palavra fonte significa origem ou causa de alguma coisa. Fonte do direito tributário
refere-se à origem do direito tributário.
"As fontes do direito são modos de formação e revelação das normas jurídicas"
(Ascensão).
As fontes do direito são o ponto de partida para a busca da norma. Na fonte está
contida a norma jurídica. É o elemento que contém a norma
- Fontes materiais: Fato social e valor são a matéria prima de fontes materiais do
Direito. São os elementos constitutivos para elaboração das normas jurídicas. Alguma
alteração no relacionamento entre as pessoas onde ainda não existe lei para
disciplinar as condutas aliada ao clamor da sociedade é motivo relevante para fazer
surgir uma nova lei. As fontes materiais são, portanto, os fatos do mundo real sobre
os quais haverá a incidência tributária. São os fatos geradores da incidência tributária.
Ex: Os produtos industrializados, as operações de crédito e etc.
Principais/Primárias Secundárias:
Normas Constitucionais/CF Decretos e Regulamentos
Emendas Constitucionais Instruções Ministeriais
Leis Complementares Portarias
Leis Delegadas Ordens de Serviços
Leis ordinárias Resoluções do Senado
Medida Provisória Decretos Legislativos
*** Assunto polêmico: uns acham que são Fontes Primárias, ao passo que outros
acham que são Fontes Secundárias.
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1. Noções gerais:
A Constituição Federal não criou nenhum tributo, apenas estabeleceu
competência (regra matriz de cada tributo) para que as pessoas políticas os criassem
através de lei (Princípio da legalidade). Portanto, é a lei que obriga o pagamento do
tributo e não a Constituição Federal.
Da mesma forma que só é possível criar ou majorar tributos por meio de lei, também só é
possível diminuir ou isentar tributos, perdoar débitos, descrever infrações e cominar
sanções, criar obrigações acessórias e etc., por meio de lei (art. 97 do CTN).
Em epítome (síntese, resumo), a Constituição não criou e nem cria tributos (pois
este é objeto de Lei Ordinária ou Lei Complementar), apenas atribuiu competências
para que as pessoas políticas, por meio de lei, venham a fazê-lo.
2 - Emendas Constitucionais
A Constituição deve refletir a realidade social, impondo-se-lhe, por corolário, a evolução,
mediante sujeição às emendas (reforma ou revisão parcial de uma ou de diversas regras
constitucionais), excepcionadas as matérias enunciadas no seu art. 60, § 4º, I a IV, tendo
em vista que não se admite a abolição da forma federativa de Estado; do voto direto,
secreto, universal e periódico; da separação dos Poderes; e dos direitos e garantias
fundamentais.
A Constituição, por ser a Lei Fundamental, deve ser estável, porém, mutável.
É nesse sentido que ela (Constituição) própria incorpora as regras do processo legislativo
constitucional para sua emenda (CF, art. 59, I), referindo-se aos procedimentos
concernentes à sua proposta, discussão, promulgação e exceções.
A lei complementar será aprovada por maioria absoluta de seus membros (art. 69 da CF).
Maioria absoluta refere-se aos membros integrantes da casa.
“MAIORIA ABSOLUTA é a metade do número total de indivíduos que compõe o grupo
mais um ou mais meio. Assim sendo, caso o grupo tenha 40 integrantes, a maioria
absoluta será 21 (metade mais um), enquanto que se o grupo tiver 41 integrantes, a
maioria absoluta também corresponderá a 21 (metade mais meio, já que a metade de
41 é 20,5). Tomando-se como exemplo o Senado Federal do Brasil, que atualmente é
composto por 81 senadores, votações que exigem a maioria absoluta (aprovação de
uma lei complementar, por exemplo) dependem da aprovação de 41 senadores. É o
quórum equivalente ao primeiro número inteiro superior à metade do colegiado a que se
referir e que pode ser requerido para conferir validade a determinado ato ou reunião. CF,
art. 47, 69 e 97; RICD, art. 56, § 2º e art. 183. No caso da Câmara, esta é constituída
por 513 deputados, a maioria absoluta é 257. Esse é, por exemplo, o quorum necessário
para a aprovação de projeto de lei complementar, para a eleição de integrante da Mesa e
para a cassação de mandato de deputado”.
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“MAIORIA SIMPLES quorum correspondente à maioria dos votos, desde que presente a
maioria absoluta dos membros do colegiado. É utilizado para a votação das matérias
em geral. CF, art. 47; RICD, art. 56, § 2º e art. 183. Quorum necessário para a
aprovação de grande parte das matérias, equivalente ao voto de mais de 50% dos
deputados presentes em Plenário. Porém, para que uma proposta seja aprovada com
maioria simples dos votos, é necessário que esteja participando da votação a maioria
absoluta dos deputados (o que equivale a 257, já que a Câmara conta com 513
Deputados)
Maioria Qualificada
É apenas utilizada para normas especiais.
Ocorre quando é necessária a aprovação por mais votos do que os da maioria
simples.
Normalmente se estabelecem dois terços, ou de três quintos dos votos (a partir
do número total de componentes da casa) para a aprovação do que foi proposto.
Um exemplo disso é o quórum para instauração de processo contra Presidente e o
Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado, disposto no art.
51: “Compete privativamente à Câmara dos Deputados:
I – autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra
o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado[…]”
Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com
o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a
União, por lei, estabelecer normas de igual objetivo; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
O texto constitucional se referirá a lei ordinária apenas como lei, sem a utilização do
adjetivo “ordinária”, visto que este está implícito. Mas quando quer diferenciá-la de outra
espécie normativa, normalmente traz a “expressão lei ordinária”.
Embora o constituinte apenas a mencione como lei, não podemos nos esquecer de que o
nome dessa espécie normativa no próprio texto constitucional é lei ordinária (art. 59 da
CF).
A lei ordinária será aprovada por maioria simples (relativa) de seus membros. Maioria
relativa refere-se ao número de presentes na sessão ou reunião. Geralmente, é o veículo
adequado para a criação de tributos.
A lei complementar irá tratar da elaboração, redação, alteração e consolidações das leis
(art. 59, parágrafo único da CF). Atualmente é a LC 95/98, com alterações promovidas
pela LC 107/01, que cuida do processo legislativo.
O Decreto-lei foi instituído para ser decreto, com força de lei, que o Presidente da
República se utilizava, em casos de urgência ou de interesse público relevante e, desde
que não houvesse aumento de Despesa, para tratar sobre segurança nacional e
finanças públicas
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IV - produtos industrializados;
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores
mobiliários;
VI - propriedade territorial rural;
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.
OBS: As taxas e contribuições de melhoria não podem ser instituídas por meio de
medida provisória.
Há quem entenda que mesmo a Constituição Estadual não trazendo tal previsão,
os Prefeitos podem editar medidas provisórias, desde que a Lei Orgânica autorize tais
atos, conforme argumenta o jurista Anderson Sant’ Ana Pedra:
O Município poderá adotar o instituto da medida provisória, desde que sua Lei
Orgânica Municipal contenha tal previsão, independentemente do que dispõe a
Constituição Estadual respectiva, face à autonomia municipal conferida pela CF, caso
contrário, verificar-se-ia um achegamento, omissivo ou comissivo, do legislador
constituinte estadual na esfera municipal, ofendendo o princípio republicano e o pacto
federativo. [19]
No caso específico do Estado de São Paulo, uma vez que a sua Constituição não
estabelece a possibilidade de edição de medidas provisórias pelos Governadores, serão
inconstitucionais as medidas provisórias editadas por quaisquer outros municípios do
Estado de São Paulo, ainda que suas Leis Orgânicas tragam tal autorização, como é o
caso de Campinas e Morro Agudo .
- Decreto Legislativo
- Resolução do Senado
- Decretos e Regulamentos
- Instrução Ministerial
- Portaria
- Ordem de Serviço
- Normas Complementares
3.2- Resolução:
Resolução é a espécie normativa utilizada nas hipóteses de competência
privativa da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional. (art. 51
e 52 da CF). As regras sobre seu procedimento estão previstas no regimento interno.
No campo tributário, têm maior relevância as resoluções editadas pelo
Senado Federal, que estipulam as alíquotas mínimas e máximas de alguns impostos. Ex:
“Resolução do Senado Federal de iniciativa do Presidente da República ou de 1/3 dos
Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas
aplicáveis as operações e prestações interestaduais e de exportação” (art. 155, § 2º, IV da
CF).
3.5- Portaria:
Portaria é, em Direito, um documento de ato administrativo de qualquer
autoridade pública, que contém instruções acerca da aplicação de leis ou regulamentos,
recomendações de caráter geral, normas de execução de serviço, nomeações, demissões,
punições, ou qualquer outra providência para o bom andamento dos serviços públicos.
Portaria, no campo tributário, é ato que disciplina assuntos internos da repartição fazendária,
ou procedimentos a serem executados pelos contribuintes.
Art. 3º - “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela
se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada” (é a definição do art. 3.º do
CTN).
Vejamos cada uma das características sublinhadas apresentadas pelo conceito legal:
c) Em moeda ou cujo valor se possa exprimir: A palavra exprimir quer significar que
se possa converter, um exemplo seria um tributo que seja cobrado em UFIR, e este
índice se possa converter em moeda corrente que é o real.
d) Que não constitua sanção de ato ilícito: Tributo não pode ser confundido com
multa, penalidade pecuniária, no Direito Tributário não interessa se a origem do ganho é
lícita ou ilícita, auferiu renda, tem que declará-la. A multa moratória é uma obrigação
acessória e constitui penalidade pecuniária pelo não recolhimento do imposto no prazo.
e) Instituída em Lei: Art. 150, I, CF. Principio da Legalidade Tributária. Todo Tributo é
criado por Lei, podendo ser Lei Delegada, Ordinária ou Complementar, lembrando que o
Tributo também poderá ser criado por medida provisória, devendo ser convertido em Lei
pelo prazo especificado na CF. A maioria dos tributos são criados por lei ordinária.
A CF não cria tributo, apenas fixa a competência tributária dos entes federativos.
Conforme preceitua o art. 4.º do CTN, o tributo tem a sua natureza jurídica apontada pelo
fato gerador da obrigação, sendo irrelevantes para tal intuito a denominação e outras
características formais adotadas por lei, e a destinação legal do produto da sua
arrecadação.
Tenta-se impedir, dessa forma, que o legislador invada a competência de outro ente
político ou institua tributo já existente, camuflando-se sob aspectos formais, como o nome
adotado, por exemplo.
Art.113: Esse artigo define o que são as obrigações tributárias e os fatos geradores
PRINCIPAIS E ACESSÓRIAS. É simples diferenciar um tipo do outro. Na principal, temos
SEMPRE um PAGAMENTO, seja de tributo ou de multa (verbos relacionados: DAR,
PAGAR).
Essa obrigação se extingue simultaneamente com o referido pagamento. Além disso, ela
decorre de LEI (afinal tanto o tributo, quanto a multa, têm que estar previstos em LEI). Já
na obrigação acessória, temos quaisquer outras obrigações (positivas ou negativas)
previstas na LEGISLAÇÃO (ou seja, normas primárias e secundárias) tributária, no intuito
32
Requisitos mínimos para sua instituição – Ver Art. 82º/CTN – A lei relativa à
Contribuição de Melhoria observará os seguintes requisitos mínimos
I – publicação prévia dos seguintes elementos :
memorial descritivo do projeto
orçamento do custo da obra
determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição
delimitação da zona beneficiada
determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para
cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas
II – fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias para impugnação, pelos interessados, de
qualquer dos elementos referidos no inciso anterior;
III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação
a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial. /// Há ainda os
parágrafos 1º e 2º - Ver no CTN
Em face das exigências do art. 82º, que normalmente não são atendidas ,
proporcionando grandes possibilidades de impugnação pelos interessados, esta , na
prática, raramente é cobrada. Nas poucas vezes em que se tentou cobrá-la, o foi de forma
ilegal, isto é, sem atender os requisitos mínimos do art. 82.
H. CASTELLO BRANCO
Juarez Távora
Roberto de Oliveira Campos
Octávio Bulhões
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Texto anterior
II - poderão incidir sobre a importação de petróleo e seus derivados, gás natural e
seus derivados e álcool combustível;
b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada. incluído pela Emenda
Constitucional nº 33, de 11/12/2001:
§ 3º A pessoa natural destinatária das operações de importação poderá ser equiparada a
pessoa jurídica, na forma da lei. Parágrafo incluído pela Emenda Constitucional nº
33, de 11/12/2001:
§ 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única vez.
Parágrafo incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 11/12/2001:
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta
e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes
sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer
título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
c) o lucro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo
contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de
previdência social de que trata o art. 201; (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 20, de 1998)
III - sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
§ 1º As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à
seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da
União.
§ 2º A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada
pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em
vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias,
assegurada a cada área a gestão de seus recursos.
§ 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido
em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou
incentivos fiscais ou creditícios.
36
A lei descreve situações que, ao ocorrerem na vida real, fazem com que se fixe o
momento do nascimento da obrigação tributária.
Essa definição, contida na lei, das hipóteses em que o tributo incide ou em que o tributo
deva ser cobrado, que denominamos de fato gerador da obrigação tributária.
O fato gerador é, assim, a situação de fato, prevista na lei de forma prévia, genérica e
abstrata, que, ao ocorrer na vida real, faz com que, pela materialização do direito ocorra
o nascimento da obrigação tributária, seja esta principal ou acessória.
37
Nos artigos 114 e 115 do CTN encontramos dois conceitos de fato gerador, como sendo:
OBRIGAÇÃO
OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA
PRINCIPAL
E a situação definida É qualquer situação que, na forma da
em lei como legislação aplicável, e não só exclusi-
necessária e vamente na lei, impõe a prática ou a
suficiente à sua abstenção de ato que não configure
ocorrência. obrigação principal.
Elementos de um tributo
Fato gerador
Contribuintes/Sujeito Passivo
Responsável
Base de cálculo
Alíquota
= prestar serviços/ISS
= fazer circular mercadorias/ICMS
= receber renda/IR
= possuir imóvel/IPTU
= vender imóvel/ITBI
= fabricar produtos/IPI
= possuir/carro/IPVA
LEMBRE-SE:
Obrigação Tributária Principal: prestação a qual se obriga o sujeito passivo é de
natureza patrimonial. É sempre uma quantia em dinheiro. Obrigação de dar dinheiro, de
pagar. (ex.: entrega de dinheiro ao Estado, através do pagamento de tributos em geral ou
de penalidade).
38
LEMBRE-SE:
A Obrigação Tributária é o primeiro momento da relação tributária. Seu conteúdo ainda
não é determinado e o sujeito passivo não está formalmente identificado. Por isto mesmo
ainda não é exigível.
O Crédito Tributário decorre da obrigação tributária e tem a mesma natureza desta,
surge com o lançamento, que confere à relação tributária liquidez e certeza.
Na Obrigação Tributária existe o dever do sujeito passivo de pagar o tributo ou a
penalidade pecuniária (obrigação principal), ou ainda de fazer, de não fazer ou de
tolerar tudo aquilo que a legislação tributária estabelece no interesse da arrecadação ou da
fiscalização dos tributos (obrigação acessória). É o que se verifica no artigo 113 do CTN.
Essas prestações não são imediatamente exigíveis, tem o sujeito ativo o direito de
fazer um lançamento, criando, assim, um crédito. O crédito sim é exigível.
Exemplos:
a) de obrigação principal: pagar IPTU;
b) obrigação acessória:
b.1) de fazer: emitir notas fiscais;
b.2) de não fazer: não receber mercadorias desacompanhadas de documentação
legalmente exigida; b.3) de tolerar: permitir a análise dos livros pelas autoridades fiscais.
LEMBRE-SE:
Obrigação Principal – instituída por lei; Obrigação Acessória: instituída pela “legislação
tributária”.
O artigo 113, §3° do CTN traz que “a obrigação acessória, pelo simples fato de sua
inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade
pecuniária.” A obrigação acessória descumprida é fato gerador de uma obrigação
principal, pois esta será convertida em pecúnia, espécie, daí surge a obrigação, não
mais de fazer, mais de dar
Exemplo:
1. não se aplica à saída para fora do Estado de sucata e produto primário de origem
animal ou vegetal, salvo se a remessa e o retorno se fizerem nos termos de acordo entre
o Estado do Rio de Janeiro e demais Estados interessados;
2. é condicionada ao retorno da mercadoria ao estabelecimento de origem no prazo de
180 (cento e oitenta) dias, contados da data da respectiva saída, prorrogável por mais
180 (cento e oitenta) dias, pela repartição fiscal, a requerimento do interessado,
admitindo-se, excepcionalmente, uma segunda prorrogação de igual prazo.
Art. 54. Não se verificando a condição ou o requisito que legitima a suspensão, torna-se
exigível o imposto com base na data da respectiva saída da mercadoria, corrigido
monetariamente e com os acréscimos cabíveis, observado, ainda, o disposto no artigo
168, do Livro VI
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=== ISENÇÃO – É o favor fiscal concedido por lei, que consiste em dispensar o
pagamento de um tributo que seria devido por haver ocorrido o fato gerador.
Isenção de taxas
Isenção de taxas é a dispensa do pagamento de valores cobrados sobre determinados
serviços. Essa isenção é uma prerrogativa que na maioria das vezes requer o cumprimento
de algumas exigências. Por exemplo: A isenção de taxa de inscrição em concursos
públicos é estabelecida para pessoas que estiverem escritas no Cadastro Único e para os
integrantes de família de baixa renda.
Isenção tributária
Isenção tributária é a dispensa, concedida por lei, do pagamento de determinados
impostos. Por exemplo: No Brasil, o regulamento do Imposto de Renda 2014, estabelece a
isenção do imposto para aquelas pessoas que tiveram rendimentos anuais inferiores a $
25.661,70, em 2013.
41
Isenção do IPTU
A isenção do IPTU – Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbano é um direito
regulamentado por lei. Tem direito à isenção do IPTU os aposentados e pensionistas, os
idosos não aposentados com mais de 65 anos, sem fonte de renda, os proprietários de
imóveis que possuem em sua residência filho ou dependente legal, portador de deficiência
física ou mental definitiva, entre outros.
A isenção de 100% do valor do IPTU será concedida àquele que não possuir outro imóvel
urbano ou rural e aos proprietários que recebem até dois salários mínimos.
Isenção de IPVA
A isenção do IPVA – Imposto sobre Propriedade de Veículos automotores é conferida em
diversas situações, entre elas, a veículos de entidades filantrópicas, a veículos
pertencentes a portadores de deficiência, aos taxistas etc.
Os portadores de deficiência e os taxistas, também estão isentos de pagamento do ICMS –
Imposto sobre operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de
Transporte Interestadual.
=== IMPOSTO DIRETO – É aquele que tem como característica principal , poder de
graduar diretamente a soma devida por um contribuinte em conformidade com sua
capacidade contributiva. Incide diretamente sobre o contribuinte, atingindo seu “capital ou
“rendimento”, sem repercutir (**ver abaixo o que é repercussão), isto é, sem que a carga
tributária possa ser transferida do contribuinte de direito para o contribuinte de fato.
Daí, a mesma pessoa ser contribuinte de fato e de direito, uma vez que tal modalidade
recai sobre o patrimônio daquele indivíduo, não existindo possibilidade de passá-lo adiante
ou repercuti-lo, transferindo o ônus para outro contribuinte.
Exemplo: Imposto sobre a renda/IR, Contribuição Social sobre o Lucro/CSLL, IPTU,
IPVA, ITR
Designação que se dá a toda espécie de tributo que recai direta e imediatamente sobre o
contribuinte (sobre a propriedade ou sobre os negócios diretamente e imediatamente),
mostrando-se, assim, encargo que deve ser suportado unicamente por ele.
No contribuinte, pois, é que ocorre a efetiva incidência, recaindo a tributação em fatos ou
atos que com ele se relacionem , atingindo-o em sua própria existência, profissão ou
propriedade.
No Imposto Direto, não há qualquer espécie de translação (transferência, reembolso da
quantia paga) da tributação, que fica sob o encargo exclusivo daquele a quem atinge. O
contribuinte no Imposto Direto o é, de jure e de facto.
=== IMPOSTO INDIRETO – São indiretos aqueles que a cada etapa econômica são
repassados para o preço do produto/mercadoria/serviço. Chama-se a isso “repercussão”
que é transferir o ônus tributário para o consumidor, embutindo-o no preço da venda ou do
serviço, sendo o consumidor o contribuinte de fato.
42
É, portanto susceptível de repercutir, isto é, por suas características a sua carga tributária
é transferida do contribuinte de direito (aquele designado na lei fiscal como a pessoa que
deverá suportar o imposto) para o contribuinte de fato (aquele que embora não
considerado pela lei fiscal como sendo o que irá pagar o imposto, na realidade, suporta,
ao final do processo econômico, a carga tributária). Diz-se do tributo não explicitado na
Nota Fiscal, cujo valor, embutido no preço final do produto, é repassado ao consumidor.
Exemplo: o imposto direto que se paga na conta do telefone ou de energia elétrica,
transforma-se em imposto indireto quando repercute no preço final do produto.
Exemplo: ICMS, IPI, ISS, COFINS, PIS, II, IE. - Atenção: É cumulativo para o
consumidor pois ele paga incidindo em todas as fase.
O Imposto Indireto, diverso do Direto, caracteriza-se pela incidência, que não se faz
efetiva na pessoa que o paga (contribuinte de jure), mas naquele que depois sente o
encargo efetivo do imposto (contribuinte de facto).
Diz-se, assim, aquele que tendo o caráter impessoal, recai sobre os produtos e serviços s
serem consumidos e,
nas transações sucessivas, vai ser suportado pela pessoa que adquirindo o mesmo
produto, paga, indiretamente, o imposto que o onera.
Em verdade, não sente o contribuinte, diretamente, o ônus da tributação. E esta é lançada
sobre a mercadoria sem atenção direta ao contribuinte , que só indiretamente é por ele
atingido.
Onera, portanto a mercadoria a ser consumida e que é posta em circulação, de modo que
a incidência efetiva somente se opera, quando ocorre a última aquisição ou aquela que a
destina ao consumo. Ao contrário, o direto procura o contribuinte efetivo, direta e
imediatamente.
NÃO-CUMULATIVO TOTAIS
VENDAS 1.500 3.000 6.000 12.000 24.000
COFINS S/VDA(7,6% ) 114 228 456 912 1.824 3.534
CRÉD S/COMPRA 0 114 228 456 912 1.710
COFINS PAGO 114 114 228 456 912 1.824
1.824/24.000 = 7,6%
OBS: A CONCLUSÃO QUE SE CHEGA É QUE PARA O CONSUMIDOR FINAL, TANTO FAZ SE É
CUMULATIVO OU NÃO, O PREÇO QUE PAGARÁ SERÁ O MESMO. O GOVERNO SERÁ SEMPRE
QUEM GANHA. VEJA NO EX. CUMULATIVO O PREÇO FINAL É $24.000, ASSIM APLICANDO-SE
A ALÍQUOTA DE 3% O TRIBUTO SERIA $720, COMO É CUMULATIVO CADA SEGMENTO PAGA
O SEU, LOGO NO FINAL O TOTAL DO TRIBUTO SERÁ A SOMA DE TODA A CADEIA O QUE
CORRESPONDE A 5,81% DE COFINS, MAIOR QUE 3%. NO EX NÃO CUMULATIVO A QLÍQUOTA
FINAL É 7,6% MESMO, EMBORA 7,6% APLICADO SOBRE A VENDA TOTAL SEJA $ 3.534, HÁ
O CRÉDIRO COMPENSÁVEL EM CADA CADEIA O QUE RESULTA EM TRIBUTO FINAL DE $1.824
QUE É IGUAL A 7,6%.
45
Índice
1 - Introdução
Para atingir sua finalidade de promover o bem comum, o Estado exerce funções para cujo
custeio precisa de recursos financeiros ou receitas. As receitas do Estado se originam de
atividades econômico-privadas dos entes públicos, de monopólios, de empréstimos, e
principalmente da imposição tributária (fiscal, parafiscal e extrafiscal).
O direito de tributar do Estado decorre do seu poder de império pelo qual pode fazer
"derivar" para seus cofres uma parcela do patrimônio das pessoas sujeitas à sua jurisdição
e que são chamadas "receitas derivadas" ou tributos, divididos em impostos, taxas e
contribuições.
Tanto o Estado, ao "exigir" como a pessoa sob sua jurisdição, ao "contribuir", devem
obedecer a determinadas normas, cujo conjunto constitui o Direito Tributário. "É preferível o
apelativo Direito Tributário porque indica com mais precisão a disciplina (Direito) e seu
conteúdo (tributos).
O Direito Tributário cria e disciplina assim relações jurídicas entre o Estado na sua
qualidade de fisco e as pessoas que juridicamente estão a ele sujeitas e se denominam
contribuintes ou responsáveis. Se para obter esses meios o fisco efetuasse arrecadações
arbitrárias junto às pessoas, escolhidas ao acaso, não se poderia falar de um Direito
Tributário.
Para maior facilidade didática podemos assim resumir: O Direito Tributário é a disciplina da
relação entre o fisco e contribuinte, resultante da imposição, arrecadação e fiscalização dos
impostos, taxas e contribuições.
2 - Princípios tributários
O Direito tributário é regido por alguns princípios, sobre os quais trata a Constituição
Federal:
UNIDADE VII
ESTUDO DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL E OS PRINCÍPIOS
Todo o Sistema Tributário Nacional (art.145 à 162 da CF e 195) está contido aqui,
juntamente com os Princípios Constitucionais. Estudaremos os dois em conjunto.
"Dê a um menino um chocolate e o fareis rir de alegria; mas para fazê-lo chorar bastará dar
simultaneamente dois a seu irmão. Esse menino, que não entende de Códigos, nem de
justiça distributiva, nem de ato normativo, gritará entre lágrimas que “não é justo” que ele
tenha um só chocolate e seu irmão dois: e a dor da injustiça, em definitivo, terá superado e
dominado o prazer do obséquio." (Luigi Vittorio Berliri)
INTRODUÇÃO
I) Art. 145, § 1º - CAPACIDADE CONTRIBUTIVA - PROVA
II) Art. 150, I - LEGALIDADE - PROVA
III) II - IGUALDADE/ISONOMIA – PROVA
IV) III , a - IRRETROATIVIDADE/ANTERIORIDADE - PROVA
V) b - ÁNUALIDADE/ANTERIORIDADE - PROVA
VI) c - ANTERIORIDADE MÍNIMA/NONAGESIMAL - PROVA
VII) IV - NÃO CONFISCO
VIII) V - LIBERDADE DE TRÁFEGO
IX) Art. 151, I - UNIFORMIDADE GEÓGRÁFICA
X) Art. 152 - NÃO-DIFERENCIAÇÃO TRIBUTÁRIA
XI) Art. 153,§3º, I - SELETIVIDADE - PROVA
XII) Art. 153, §3º II - c/c Art. 154,I e c/c Art. 155 § 2º, I - NÃO-CUMULATIVIDADE -
PROVA
48
INTRODUÇÃO –
A Constituição Federal não cria tributos, apenas outorga poder para que os entes estatais
instituam os tributos atribuídos no seu texto. Sendo assim, a Constituição reparte o Poder
de Tributar (característico do Estado) entre os vários entes políticos. O poder de criar
tributos é repartido, de modo que cada ente estatal tem competência para impor
prestações tributárias, dentro dos limites assinalados na Constituição.
A competência tributária pode, então, ser conceituada como a aptidão da União,
Estados, DF e Municípios para criar tributos. A competência abrange amplos poderes
sobre as decisões relativas aos tributos do ente estatal, apesar de existirem limitações a
tal competência no próprio texto da CF.
Nunca é demais lembrar ao estudante que a Constituição não cria tributos, isto é
matéria de lei (ordinária ou complementar, conforme o caso), ela apenas outorga
competência para que os entes estatais criem os seus tributos.
Em relação à competência tributária, devemos ainda atentar para o fato de que as taxas
e as contribuições de melhoria podem ser criadas pela União, Estados, DF e
Municípios, pois não há qualquer limitação no texto constitucional. Não existe uma
relação das taxas e contribuições de melhoria que podem ser instituídas, a Constituição
determina apenas algumas características de tais tributos, tais como os seus fatos
geradores (art. 145, II para as taxas e art. 145, III para as contribuições de melhoria). No
seu art. 145, a CF assim dispõe sobre os tributos que poderão ser criados pela União,
Estados, DF e Municípios:
50
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das
respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no
art. 150, I e III. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 39, de 2002)
53
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura
de consumo de energia elétrica.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 39, de 2002)
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu
ou aumentou; - PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE – ART. 150, III, b
Bom saber, que pelo princípio da anualidade (que não mais existe na ordem
constitucional vigente), a cobrança de um tributo somente poderia acontecer, em
determinado exercício financeiro, se houvesse previsão para tanto na respectiva lei
orçamentária. Ainda que o tributo houvesse sido criado por lei publicada muitos anos
antes, e viesse sendo cobrado nos exercícios anteriores, a falta de previsão orçamentária
para a sua cobrança em determinado exercício a inviabilizava. A previsão orçamentária era
54
uma condição para a vigência da lei, a cada ano, pouco importando a data de sua
publicação.
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os
instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 42, de 19.12.2003) – PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE
NONAGESMAL, OU NOVENTENA, OU ANTERIORIDADE MITIGADA – ART. 150, III, C
Imposto de Renda
II, IE e IOF
Estes Impostos não estão sujeitos nem à Anualidade nem a Noventena, com eventuais
aumentos entrando em vigor imediatamente - Imediato
MAPA
Em resumo, fazendo-se a comparação entre o princípio da anterioridade e o princípio da
noventena temos o seguinte quadro: estão ou não sujeitos à Anterioridade e/ou
Noventena
PRINCÍPIO
PRINCÍPIO DA
DA
ANTERIORIDADE
ESPÉCIE TRIBUTÁRIA NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL NOVENTENA
(art. 150, III, “b” –
(art. 150, III,
CF)
“c” – CF)
II – IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO Não Não
Art. 150, IV - utilizar tributo com efeito de confisco; PRINCÍPIO DO NÃO CONFISCO
– ART. 150, IV
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
O artigo 150, § 5º, CF/88, reza que a lei determinará medidas para que os consumidores
sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços. As
denominações deste princípio são utilizadas, respectivamente, pelos mestres Luciano
Amaro e Ricardo Lobo Torres, segundo magistério de Fábio Periandro.
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. São Paulo: Saraiva, 2008. p.
165
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
59
ANALISEMOS AGORA PELO MAPA ABAIXO TODOS OS TRIBUTOS DE
COMPETÊNCIA DA UNIÃO
TRIBUTOS DA UNIÃO - 03. ABRIL. 2013
VIGÊNCIA/IMPEDIMENTOS
ART. 153**** 148,I PODEM NO MESMO EXERCÍCIO FINANCEIRO
I - IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO/II - IMEDIATO 153, I NÃO SE APLICA A VEDAÇÃO DO ART. 150,
II - IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO/IE - IMEDIATO 153,II III, b
III - IMPOSTO DE RENDA E ../IR - SÓ EXERC FINAN 153,IV
IV - IMPOSTO S/PROD INDUSTRIALIZADOS/IPI - SÓ NON 153,V
V - IMPOSTO S/OPER FINANCEIRAS/IOF -IMEDIATO 154,II ART. 148, I NÃO SE APLICA VE
VI - IMPOSTO TERRITORIAL RURAL/ITR - EXERC FIN E NON 153, I, II, III, V DAÇÃO DO ART. 150
VIII - IMPOSTO S/GRANDES FORTUNAS/IGF - NÃO EXISTE 154, II III, c
ART. 148 - A UNIÃO MEDIANTE LEI COMPLEMENTAR, PODERÁ INSTITUIR EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS
INCISO I - PARA ATENDER A DESPESAS EXTRAORDINÁRIAS DE CALAMIDADE PÚBLICA, DE GUERRA EXTERNA OU
SUA IMINÊNCIA; IMEDIATO
INCISO II - NO CASO DE INVESTIMENTO PÚBLICO DE CARÁTER URGENTE E DE RELEVANTE INTERESSE NACIONAL,
OBSERVADO O DISPOSTO NO ART. 150, III, b
ART. 149. COMPETE EXCLUSIVAMENTE À UNIÃO INSTITUIR CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS, DE INTERVENÇÃO
NO DOMÍNIO ECONÔMICO E DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONÔMICAS, COMO
INSTRUMENTO DE SUA ATUAÇÃO NAS RESPECTIVAS ÁREAS, OBSERVADO O DISPOSTO NOS ARTS. 146, III e 150,
INCISOS I e II, E SEM PREJUÍZO DO PREVISTO NO ART. 195 § 6º, RELATIVAMENTE ÀS CONTRIBUIÇÕES A QUE ALUDE
O DISPOSITIVO
§ 1º- DELEGA AOS ESTADOS/DFD e MUNICÍPIOS COMPETÊNCIA PARA INSTITUIÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO
COBRADA DE SEUS SERVIDORES PARA CUSTEIO DO REGIME PREVIDENCIÁRIO PRÓPRIO
ART 149-A - DELEGA COMPETÊNCIA PARA OS MUNICÍPIOS E DF PARA INSTITUIÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO, NA
FORMA DAS RESPECTIVAS LEIS, PARA O CUSTEIO DO SERVIÇO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA, OBSERVADO
O DISPOSTO NO ART. 150, I e III
ART.154. A UNIÃO PODERÁ INSTITUIR
INCISO I. - MEDIANTE LEI COMPLEMENTAR, IMPOSTOS NÃO PREVISTOS NO ARTIGO ANTERIOR, DESDE QUE
SEJAM NÃO-CUMULATIVOS E NÃO TENHAM FATO GERADOR OU BASE DE CÁLCULO PRÓPRIOS DOS
DISCRIMINADOS NESTA CONSTITUIÇÃO = COMPETÊNCIA RESIDUAL DA UNIÃO
INCISO II. - NA IMINÊNCIA OU NO CASO DE GUERRA EXTERNA, IMPOSTOS EXTRAORDINÁRIOS, COMPREENDIDOS
OU NÃO EM SUA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA, OS QUAIS SERÃO SUPRIMIDOS, GRADATIVAMENTE,
CESSADAS AS CAUSAS DE SUA CRIAÇÃO - IMEDIATO
ART. 195 - A SEGURIDADE SOCIAL SERÁ FINANCIADA POR TODA A SOCIEDADE, DE FORMA DIRETA E
INDIRETA NOS TERMOS DA LEI, MEDIANTE RECURSOS PROVENIENTES DOS ORÇAMENTOS DA UNIÃO, DOS
ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E DOS MUNICÍPIOS, E DAS SEGUINTES CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS:
VER INCISOS DE I À IV QUAIS OS TIPOS DE CONTRIBUIÇÕES
§ 4º.- A LEI PODERÁ INSTITUIR OUTRAS FONTES DESTINADAS A GARANTIR A MANUTENÇÃO OU EXPANSÃO
DA SEGURIDADE SOCIAL , OBEDECIDO O DISPOSTO NO Art. 154, I (MEDIANTE LEI COMPLEMENTAR)
TAMBÉM CONSIDERADA COMPETÊNCIA RESIDUAL DA UNIÃO
§ 6º.- AS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS DE QUE TRATA ESTE ARTIGO SÓ PODERÃO SER EXIGIDAS
APÓS DECORRIDOS NOVENTA DIAS (90) DA DATA DA PUBLICAÇÃO DA LEI QUE AS HOUVER
INSTITUÍDO OU MODIFICADO, NÃO SE LHES APLICANDO O DISPOSTO NO ART. 150, III, b
**** ART 153,§ 1º.- É FACULTADO AO PODER EXECUTIVO (POR DECRETO), ATENDIDAS AS CONDIÇÕES E OS
LIMITES ESTABELECIDOS EM LEI, ALTERAR AS ALÍQUOTAS DOS IMPOSTOS ENUMERADOS
NOS INCISOS I, II, IV e V (ARTIGO 153 ACIMA - grifo meu)
60
Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer
diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua
procedência ou destino. PRINCÍPIO DA NÃO DIFERENCIAÇÃOTRIBUTÁRIA,
ART,152
Seção III
II - será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o
montante cobrado nas anteriores; PRINCÍPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE, ART. 153,
§3º, II - c/c art. art. 154, I, e art. 155, §2º, I CF/88)
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Seção IV
DOS IMPOSTOS DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL (este art. Está
repetido abaixo para mostrar a Lei condensada e a Lei compilada)
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir:
I - impostos sobre:
a) transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;
b) operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as
prestações se iniciem no exterior;
c) propriedade de veículos automotores
II - adicional de até cinco por cento do que for pago à União por pessoas físicas ou
jurídicas domiciliadas nos respectivos territórios, a título do imposto previsto no art. 153, III,
incidente sobre lucros, ganhos e rendimentos de capital.
63
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços
de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as
operações e as prestações se iniciem no exterior; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 3, de 1993)
III - propriedade de veículos automotores. (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 3, de 1993)
§ 1º O imposto previsto no inciso I, a
§ 1.º O imposto previsto no inciso I: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de
1993)
I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do
bem, ou ao Distrito Federal
II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se processar o
inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal;
III - terá competência para sua instituição regulada por lei complementar:
a) o doador tiver domicilio ou residência no exterior;
b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário
processado no exterior;
IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal;
§ 2º - O imposto previsto no inciso I, b, atenderá ao seguinte:
§ 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação
relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante
cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal; -
NÃO CUMULATIVIDADE (art.155,§2º,I) (vide art. 153, §3º, II)
Seção V
DOS IMPOSTOS DOS MUNICÍPIOS
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
I - propriedade predial e territorial urbana;
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por
natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia,
bem como cessão de direitos a sua aquisição;
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei
complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
IV - (Revogado pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o
imposto previsto no inciso I poderá: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29,
de 2000)
I – ser progressivo em razão do valor do imóvel; e (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 29, de 2000)
II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
§ 2º - O imposto previsto no inciso II:
I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de
pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos
decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses
casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou
direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil;
II - compete ao Município da situação do bem.
§ 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei
complementar: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)
I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 37, de 2002)
II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
III – regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão
concedidos e revogados. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
§ 4º - (Revogado pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
67
A SEGUIR:
MAPA DAS REPARTIÇÕES
TRIBUTÁRIAS
71
MAPA REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS (ESTE É MEU)
JULHO DE 2016
TRIBUTO/UNIÃO ESTADOS e DF MUNICÍPIOS BASE
II e IE /////////////////////////// ////////////////////////
IRRF 100% DA ARRECADAÇÃO DO IR/ 100% DA ARRECADAÇÃO DO IR/ ART. 157,I (E/DF)
FONTE DAS AUTARQUIAS E FUN FONTE DAS AUTARQUIAS E FUN
DAÇÕES DE SEUS FUNCIONÁRIOS DAÇÕES DE SEUS FUNCIONÁRIOS ART. 158, I (MUN)
IOF sobre OURO 30% AO ESTADO DE ORIGEM 70% AO MUNICÍPIO DE ORIGEM ART.153, § 5º, I e II
como Ativo Finan
ceiro ou Instru
mento Cambial
IR + IPI 21,5% FUNDO DE PARTICIPAÇÃO 22,5% PARA O FUNDO DE PARTI ART.159, I, a,b,c,d
DOS ESTADOS ART.159, I, a CIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS
ART.159,I,b
3% PROGRAMA DE FINANCIA 1,0% FUNDO DE PARTICIPAÇÃO
MENTO AO SETOR PRODUTIVO DOS MUNICÍPIOS ENTREGUE
DOS ESTADOS DA REGIÃO NORTE, NO 1º DECENDIO DO MÊS DE
NORDESTE E CENTRO OESTE. DEZ DE CADA ANO
ART.159, I, c ART.159,I,d
FIM
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I– INTRODUÇÃO
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Por gozar a lei tributária de ultratividade, o lançamento retroage seus efeitos à data da
ocorrência do fato gerador, regendo-se em consonância com a lei vigente naquela época,
não se permitindo alterar se a posteriori a lei tenha sido ab-rogada ou derrogada, ou
mesmo que a nova seja mais benéfica (artigo 144 do CTN). Insta ressaltar que a lei mais
benéfica em regra não retroage, salvo se trouxer disposição expressa de retroação.
74
Por se tratar de um ato administrativo, obriga o agente fiscal a proceder ao lançamento de
acordo com a lei, sob pena de responsabilidade profissional (artigo 142, parágrafo único do
CTN).
a. – direto ou de ofício.
Sua constituição é prevista em lei ou quando
o tributo não tenha outra forma de ser lançado (CTN, artigo 149). É de incumbência
exclusiva do Fisco, sendo o contribuinte apenas notificado do crédito tributário a saldar,
v.g., IPTU, IPTR, IPVA.
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A moratória tem natureza de medida política fiscal, quando presentes circunstâncias que
atingem a capacidade econômica do contribuinte, obediente ao princípio da legalidade e da
indisponibilidade do interesse público, prorrogando o prazo normal do recolhimento através
de uma lei criada especialmente com esse propósito. Só atinge os créditos definitivamente
constituídos à data da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo lançamento já tenha
sido iniciado àquela data por ato regularmente notificado ao sujeito passivo (CTN,
artigo,154º.
O contribuinte pode efetuar ao depósito integral do crédito tributário cobrado pela Fazenda
Pública, que com ele não concordar, para fins de afastar a mora e suspender a sua
exigibilidade. Esse depósito será integral, realizado por via administrativa ou judicial (ação
anulatória ou declaratória, antes ou depois do lançamento), e será corrigido
monetariamente. Obtendo êxito na ação judicial, o contribuinte levantará o depósito judicial
e, se derrotado, o depósito servirá como pagamento (conversão de depósito em renda).
NOTA: É uma ordem judicial que determina uma providência antes da discussão do feito,
para resguardar direitos. Destina-se à proteção de um direito em razão da provável
veracidade dos fundamentos invocados por uma das partes e da possibilidade de ocorrer
dano irreparável em decorrência do atraso da decisão. A finalidade da liminar é resguardar
direitos ou evitar danos que possam suceder, durante o processo, antes do julgamento do
mérito da causa.No direito brasileiro, é considerada uma espécie do gênero tutela de
urgência (a outra espécie seria a tutela antecipada).
77
Tutela antecipada é o ato do juiz, por meio de decisão interlocutória, que adianta
ao postulante, total ou parcialmente, os efeitos do julgamento de mérito, quer em primeira
instância quer em sede de recurso. Antecipar tutela significa satisfazer
provisoriamente, no todo ou em parte, o direito afirmado pelo autor.
No direito brasileiro, o instituto está previsto no artigo 273 do Código de Processo Civil que
autoriza ao juiz conceder ao autor (ou ao réu, nas ações dúplices) um provimento imediato
que, provisoriamente, lhe assegure o bem jurídico a que se refere a prestação do direito
material reclamada no litígio. Diferencia-se das medidas cautelares eis que nestas a
decisão visa resguardar o direito que será definido posteriormente.
Para o deferimento da tutela antecipada é necessária prova inequívoca do direito alegado,
além do fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação. Ademais, poderá ser
concedida quando ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito
protelatório do réu (CPC, art. 273).
Esta inovação legislativa corrobora a força das decisões judiciais não terminativas, em que
se vê o reconhecimento liminar dos direitos do contribuinte frente ao ìmpeto arrecadador do
Estado, evitando assim danos irreparáveis que podem ser causados com a demora da
prestação jurisdicional. Entretanto, esta liminar só poderá ser concedida se todos os
requisitos legais (expressos acima) forem atendidos.
III.6 - Parcelamento
O parcelamento, a exemplo do item anterior, foi acrescentado ao art. 151 do CTN, pela LC
104/01.
Para alguns doutrinadores o parcelamento é apenas uma espécie do gênero moratória.
Não parece, porém que o legislador se daria ao trabalho de incluir na lei algo que já tivesse
sido tratado.
Quando o CTN disciplina a moratória fica claro o seu caráter de excepcionalidade, e
parece ser exatamente esse caráter que a diferencia, fundamentalmente, do parcelamento.
O parcelamento, não tem caráter de benefício ou favor fiscal, como a moratória, mas
visa criar condições para a recuperação de créditos fiscais. Tanto que no parcelamento não
se excluem multas e juros, nem se permite ao contribuinte gozar do benefício da denúncia
espontânea.
78
O parcelamento de créditos fiscais pode ser feito tanto para créditos já constituídos
como para créditos não constituídos, sendo que a jurisprudência tem entendido que o ato
de formalização do parcelamento supre a necessidade do lançamento e considera-se
constituído, para todos os efeitos, o crédito tributário parcelado.
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Diante da constatação de que algo precisa ser feito em benefício de todos, nos deparamos
com a louvável e inédita tentativa da Procuradoria da Fazenda Nacional de introduzir no
sistema legal brasileiro o instituto da transação tributária. Usamos esses adjetivos para
caracterizar essa iniciativa, porque, atualmente, é vedado qualquer tipo de acordo ou
negociação entre o contribuinte e a Fazenda Nacional, ainda que ambas as partes
busquem a composição dos seus interesses e o fim da discussão tributária.
Além disso, será criado um órgão específico que disciplinará, previamente, a forma e os
parâmetros das transações. Trata-se da Câmara Geral de Transação e Conciliação da
Fazenda Nacional (CGTC), que designará os procuradores da Fazenda Nacional como
competentes para formalizar as transações que estiverem em linha com as premissas
estabelecidas. Somente as multas, de mora e ofício, os juros e/ou as verbas de
sucumbência, dentre outros encargos pecuniários, serão objetos de transação, e não o
valor principal
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do tributo devido.
Ainda que em lados opostos nas diversas disputas existentes, a verdade é que, na maioria
dos casos, as empresas e a Fazenda Pública têm a mesma meta: alcançar a legitimidade,
a segurança e a certeza nas suas relações.
NOTA: Herança Jacente e Herança Vacante - Uma pessoa pode falecer deixando um
patrimônio sem que se conheçam ou sem possuir herdeiros. Nesse caso, o Estado
promove a arrecadação dos bens, toma algumas iniciativas dentre as quais a realização de
um processo denominado inventário. A herança nesse estado de expectativa de habilitação
de herdeiros de existência ignorada chama-se jacente. Não aparecendo herdeiros e
esgotadas as diligências, um ano após a conclusão do inventário, a herança será
declarada vacante. Decorridos cinco anos da abertura da sucessão, a herança vacante
reverterá ao domínio do poder público.
– do 1º (primeiro) dia do exercício seguinte aquele em que o lançamento poderia ter sido
realizado (CTN, artigo 173, I);
É também de 5 (cinco) anos o prazo decadencial para a Fazenda lançar tributos por
homologação. Esse prazo é contado da data do fato imponível, mesmo que a Fazenda não
o tenha homologado, exceto se o Fisco comprovar a ocorrência de dolo, fraude ou
simulação (CTN, artigo 150, § 4º).
– ajuizada a execução fiscal se o contribuinte não for encontrado para citação ou ainda
que encontrado se não tiver bens sobre os quais possa recair a penhora, o processo fica
suspenso por 1 (um) ano. Após a suspensão, nada requerendo a Fazenda nos próximos 5
(cinco) contados do término do prazo de suspensão, ocorrerá a prescrição intercorrente,
gerando a extinção do processo de execução.
82
Existem, ainda, as causas interruptivas da fluência do prazo prescricional, concatenadas no
artigo 174,
parágrafo único do CTN. São elas:
– a citação pessoal feita ao devedor. Diferentemente para a Lei 6.830/80 que aponta
o despacho do Juiz que ordena a citação (artigo 8º, § 2º da Lei 6.830/80),6
– a medida cautelar do protesto judicial (CTN, artigo 174, parágrafo único, II do
CTN);
– qualquer medida judicial (interpelação) visando constituir o devedor em mora
(CTN, artigo 174, parágrafo único, III);
– qualquer providência extrajudicial que explicite o reconhecimento do débito por
parte do contribuinte, como sói ocorrer nos pedidos de parcelamento (CTN, artigo 174,
parágrafo único, IV).
O prazo decadencial e prescricional para a cobrança dos débitos previdenciários é de 10
(dez) anos (Lei nº 8.212/91, artigos 45 e 46 respectivamente). Há divergência na doutrina,
alguns juristas de escol sustentando a inconstitucionalidade desses dispositivos, pois
caberia à Lei Complementar ditar regras gerais em matéria relativa a legislação tributária,
sobretudo quando se trata de decadência e prescrição (CF, artigo 146, III, “b”).
Essa modalidade de extinção do crédito tributário foi incluída no art 156, XI do Código
Tributário Nacional por intermédio da Lei Complementar n. 104 de 10.1.2001. Para Hugo
de Brito este dispositivo é rigorosamente inútil e nada acrescentou ao CTN.
"Art. 156. ..........................................
"XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas
em lei." (AC)
A dação em pagamento é um instituto do direito privado, mais especificamente do direito
das obrigações, segundo o qual o credor tem a faculdade de aceitar receber coisa diversa
da que lhe é devida (artigo 356 do Código Civil).
A questão essencial dessa forma de extinção do crédito tributário é o estabelecimento do
valor do bom imóvel que será recebido pela Fazenda como pagamento.
No entendimento de Hugo de Brito, o contribuinte continua tendo o dever de pagar o tributo
em dinheiro, posto que se trata de uma prestação pecuniária. A inclusão da dação em
pagamento como forma de exclusão do crédito tributário o confirma, pois com ela apenas
se explicitou ser admitido à Fazenda Pública, enquanto credora, aceitar prestação diversa
da que lhe é devida pelo contribuinte.
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A regra geral é a revogabilidade das isenções, mas se concedida por prazo certo e em
função de determinadas condições não pode ser revogada, pois incorpora-se ao patrimônio
do contribuinte.
O STF já firmou jurisprudência no sentido da irrevogabilidade de isenções concedidas sob
condição onerosa. A revogação da lei que concede isenção equivale à criação de tributo.
Razão por que deve ser observado o princípio da
anterioridade da lei, quando for o caso. O STF tem entendido de forma diversa, decidindo
que a revogação da isenção tem eficácia imediata.
Classificação das isenções:
- quanto à forma de concessão: - em caráter: geral/absoluta = concedidas diretamente
pela lei; específico/relativa = concedida por lei mas efetivada mediante despacho da
autoridade administrativa.
- quanto à natureza: - onerosa/condicionada = implica em ônus para o interessado;
simples = sem imposição de condições.
- quanto ao prazo: - por prazo determinado; por prazo certo.
- quanto à área: - ampla = em todo o Território Nacional; restrita ou regional = prevalece
apenas em parte do Território Nacional.
- quanto aos tributos que alcança: - gerais = abrange todos os tributos; especiais =
abrange somente os que especificar.
- quanto ao elemento com que se relaciona: - objetiva = concedida em função do FG;
subjetiva = concedida em função de condições especiais do sujeito passivo; objetivo-
subjetiva/mista = considera-se o
FG e as condições do sujeito passivo.
- quanto à pessoa jurídica concedente: - autonômica = concedida por lei da pessoa
jurídica titular da competência para instituir e cobrar o tributo ao qual se refere;
heterônoma = quando concedida por lei de pessoa jurídica diversa daquela que é titular da
competência para instituir e cobrar o tributo a que se refere. (após a CF/88 somente nos
casos do Art. 155, § 2º, inciso XII, alínea “e” – ISS - e em relação a tratados internacionais
– ICMS)
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b. ANISTIA
É a exclusão do CT relativo a penalidades pecuniárias Pela
anistia o legislador extingue a punibilidade do sujeito passivo infrator da legislação
tributária, impedindo a constituição do crédito. No caso de o CT já estar constituído, o
legislador poderá dispensá-lo pela remissão e não pela anistia. Esta diz respeito
exclusivamente a penalidade e há de ser concedida antes da constituição do crédito. A
anistia perdoa-se o ilícito (infração de deveres tributários) e a multa (penalidade imposta
por ter infringido mandamento legal).
A anistia não se confunde com remissão. Diz respeito somente a penalidades. A remissão
abrange todo o CT constituído, entre tributo e penalidades. É a dispensa legal do crédito,
por isto é forma de extinção deste. A anistia é perdão da falta, da infração, que impede o
surgimento do CT correspondente à multa respectiva.
A anistia pode ser concedida em caráter geral = abrange as penalidades relativas a todos
os tributos, sem qualquer condição. É de caráter absoluto, decorre diretamente da lei, não
havendo necessidade de requerimento do SP
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As garantias prevista no CTN não exclui outras que sejam expressamente previstas
em lei.
· Garantia é meio ou modo de assegurar o direito.
· Didaticamente não se distingue nitidamente uma garantia de um privilégio. Então,
considere-se, a princípio, tratar de privilégio apenas a preferência de que goza o CT no
concurso com os demais.
· Todos os bens e rendas de qualquer origem ou natureza do SP, seu espólio ou sua
massa falida respondem pelo CT. Mesmo os bens hipotecados, ou penhorados, ou de
qualquer forma gravados com ônus real, ou cláusula de inalienabilidade ou
impenhorabilidade, respondem pelo CT
1. União;
2. Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pro rata;
3. Municípios, conjuntamente e pro rata.
· A presunção de fraude na alienação de bens é mais uma garantia do CT (CT inscrito em
dívida ativa em fase de execução).
· Nenhuma sentença de julgamento de partilha ou adjudicação será proferida sem prova
da quitação de todos os tributos relativos aos bens do espólio, ou às suas rendas.
· Nenhuma pessoa jurídica de direito público celebrará contrato ou aceitará proposta em
concorrência pública sem que o contratante ou proponente faça prova da quitação de todos
os tributos devidos à FP interessada,
relativos à atividade em cujo exercício contrata ou concorra.
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IX - CERTIDÕES NEGATIVAS
Vale como certidão negativa aquela que constar a existência de crédito: não vencido; em
curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora; e cuja exigibilidade
esteja suspensa. A recusa em admitir a equivalência de efeitos, ou seja, da certidão
positiva com efeito de negativa, justifica a impetração de
mandado de segurança.
Observações:
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ARQUIVOS EM SEPARADO
UNIDADE VIII(a) – APOSTILA ANEXO DOS IMPOSTOS
UNIDADE IX – LUCRO PRESUMIDO –ARQUIVO SEPARADO
UNIDADE X – LUCRO REAL – ARQUIVO SEPARADO
UNIDADE XI – PIS/COFINS CUMULATIVO e NÃO CUMULATIVO
UNIDADE XII – JUROS s/CAPITAL PRÓPRIO