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Unidade II
3 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS I
A Lei n. 6.404, no art. 176, regulamenta as demonstrações contábeis exigidas pela legislação societária:
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com
base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações
financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da
companhia e as mutações ocorridas no exercício:
I – balanço patrimonial;
Outro instrumento normativo que exige a apresentação das demonstrações é o CPC 26 (R1),
em alinhamento às normas internacionais de contabilidade, que têm por base as International
Financial Reporting Standards (IFRS). O item 10 determina o conjunto completo das demonstrações
contábeis exigidas.
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CONTABILIDADE
Para melhor visualizar a exigência das demonstrações contábeis, acompanhe o quadro a seguir.
Observação
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Unidade II
Uma das peças fundamentais das demonstrações contábeis é o balanço patrimonial. Por meio dele,
podemos apurar (atestar) a situação patrimonial e financeira de uma entidade em certo momento.
Nessa demonstração são detalhados o ativo, o passivo e o patrimônio líquido da entidade.
O balanço patrimonial é uma demonstração contábil cujo objetivo é evidenciar o patrimônio de uma
entidade em determinado momento. A estrutura dessa demonstração contábil está estabelecida nos
arts. 178, 179, 180 e 182 da Lei n. 6.404/1976, alterada pelas leis n. 11.638/2007 e n. 11.941/2009.
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CONTABILIDADE
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Unidade II
Total Total
Apresentamos a seguir a função de cada grupo e subgrupo que compõem o balanço patrimonial.
3.1.3 Ativo
O ativo é composto pelas contas que representam os bens e direitos que tenham o potencial
de produzir benefícios econômicos para a entidade. De acordo com a legislação, elas deverão estar
dispostas em ordem decrescente de liquidez.
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CONTABILIDADE
Observação
O ativo subdivide-se em dois grandes grupos: ativo circulante e ativo não circulante.
Observação
A característica do ativo circulante é que os ativos sejam realizáveis no decorrer do exercício social
seguinte, ou seja, no prazo de até 365 dias.
Esse grupo reunirá as contas representativas dos bens e dos direitos cujo prazo de realização ocorra
no curso do exercício social seguinte, isto é, até 12 meses da data do balanço patrimonial.
As contas que normalmente se destacam nesse grupo são duplicatas a receber e estoques, pois elas
estão diretamente relacionadas ao ciclo operacional e financeiro da empresa.
Disponibilidades
São os recursos financeiros que se encontram à disposição imediata da empresa, como caixa,
bancos e aplicações financeiras. Atualmente o termo disponibilidades pode ser substituído por caixa e
equivalentes de caixa.
Créditos
São os direitos provenientes de vendas a prazo, representados por clientes, duplicatas a receber e
contas a receber. Neste item também encontramos contas redutoras do ativo, como perdas estimadas
para créditos de liquidação duvidosa.
Estoques
São compostos por contas decorrentes da atividade da empresa (matérias-primas, produtos acabados,
produtos em elaboração, mercadorias para revenda etc.) e por materiais para o consumo (material de limpeza,
material de expediente etc.). Devem ser ajustados por uma conta redutora denominada perdas estimadas
para redução ao valor realizável líquido, que representa os ajustes a valores de mercado dos estoques.
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Unidade II
Lembrete
Essa conta mostra, normalmente, um volume apreciável de recursos investidos em função das
necessidades de produção e comercialização da empresa. Existe relação direta com o prazo médio de
renovação de estoques, e quanto menor for o prazo de estocagem, mais favorável será para a empresa.
Despesas antecipadas
São aplicações de recursos em gastos que serão apropriados no curso do período subsequente à data do
balanço. Também são chamadas despesas pagas antecipadamente ou despesas do exercício seguinte.
Segundo o estabelecido pela legislação atual, o ativo não circulante é dividido em realizável a longo
prazo, investimentos, imobilizado e intangível.
São classificadas neste grupo as contas que representam bens e direitos cujo prazo de realização
ocorre após o término do exercício social subsequente à data de encerramento do balanço patrimonial.
Neste grupo, poderemos encontrar todas as contas componentes do ativo circulante, com exceção
das disponibilidades.
Investimentos
São classificadas neste grupo as participações societárias de caráter permanente, além dos bens
e direitos que não se destinem à manutenção das atividades-fim da empresa, como participação
em sociedades coligadas e controladas, participação em outras sociedades, obras de arte e bens não
utilizados nos negócios.
Também são classificadas neste grupo as propriedades para investimento, representadas por
terrenos e edifícios para futura utilização e imóveis destinados a renda.
Observação
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CONTABILIDADE
Imobilizado
O ativo imobilizado, tratado no art. 179, item IV, da Lei n. 6.404/1976, também é tratado no CPC 27,
com correlação às normas internacionais de contabilidade (CPC, 2009).
Indica as aplicações de recursos ativos que tenham por objeto bens corpóreos, destinados à
manutenção das atividades da empresa, como terrenos, edifícios, máquinas, móveis e veículos. Ao analisar o
volume de tais investimentos efetuados pela empresa, é importante conhecer as características do setor
em que ela atua, pois o nível dos investimentos varia de setor para setor. Em uma empresa do setor
industrial, por exemplo, o nível desses investimentos é normalmente superior se comparado ao de uma
empresa de prestação de serviços.
• Tangível: veículos, máquinas, imóveis, móveis e utensílios. Sua conta redutora é a depreciação
acumulada.
• Recursos naturais: elementos explorados pela empresa, que podem ser minerais ou florestais,
como pedreiras, portos de areia e minas de carvão. Sua conta redutora é a exaustão acumulada.
• Objeto de arrendamentos: bens utilizados pela empresa, mas que não são de sua propriedade.
São bens arrendados de terceiros, que poderão ser comprados pela empresa ao término do
contrato de arrendamento.
Assim como os investimentos, o imobilizado também está sujeito à aplicação de perdas estimadas
por valor não recuperável (impairment test), conforme determina o § 3º do art. 183 da Lei n. 6.404:
“A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores registrados no
imobilizado e no intangível” (BRASIL, 1976).
Corrobora com esse entendimento o item 8 do CPC 27, ao esclarecer que “um ativo está
desvalorizado quando o seu valor contábil excede seu valor recuperável” (CPC, 2009).
Saiba mais
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Unidade II
Intangível
• marcas e patentes;
• licenças e franquias;
• direitos autorais.
Observação
3.1.4 Passivo
São classificadas no passivo as contas que representam as obrigações da empresa para com
terceiros (bancos, fornecedores, funcionários etc.). Aqui as contas são dispostas de acordo com o grau
decrescente de exigibilidade. O grau de exigibilidade significa que os passivos devem ser classificados
segundo o seu vencimento, do mais exigível para o menos exigível.
O passivo subdivide-se em dois grandes grupos: passivo circulante e passivo não circulante.
O passivo circulante indica as obrigações da empresa para com terceiros a serem cumpridas no
decorrer do exercício seguinte, ou seja, aquelas com prazo de vencimento de até 365 dias.
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CONTABILIDADE
Este grupo reúne as contas representativas das obrigações cujo prazo de vencimento aconteça no
curso do exercício social seguinte, isto é, até 12 meses da data do balanço patrimonial.
Neste grupo, encontramos contas como fornecedores, duplicatas a pagar, empréstimos, impostos a
pagar, impostos a recolher, salários a pagar, dividendos a pagar e financiamentos.
No passivo não circulante são classificadas as contas que representam obrigações cujo prazo de
vencimento se situa após o término do exercício social subsequente à data do balanço patrimonial.
Podemos encontrar aqui todas as contas do passivo circulante vencíveis após o exercício social seguinte.
De acordo com Santos et al. (2018), o patrimônio líquido representa a diferença entre o valor dos
ativos e o dos passivos, que é o valor contábil pertencente aos acionistas ou sócios.
Observação
Pode ser diminuído pela conta capital a integralizar – que corresponde ao capital social subscrito pelos
proprietários, mas ainda não integralizado –, classificada como conta redutora da conta capital social.
São contas representativas de ganhos obtidos pela empresa que não transitam pelo resultado,
como ágio recebido na emissão de ações, alienação de partes beneficiárias e alienação de bônus
de subscrição.
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Unidade II
São classificadas como ajuste de avaliação patrimonial (AAP), enquanto não computadas no
resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou
diminuições de valores atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência de sua avaliação
a valor justo.
É caso de aplicações em instrumentos financeiros que, quando forem destinados à venda, serão
avaliados a valor justo, podendo resultar em diferenças positivas ou negativas que não transitam por
contas de resultado.
Os valores contabilizados na conta de AAP devem ser transferidos para resultado quando o ativo ou
passivo que deu origem a essa variação for vendido.
Em decorrência da variação, a natureza dessa conta pode ser credora ou devedora – portanto, pode
aumentar ou diminuir o patrimônio líquido.
Cabe lembrar que o AAP é uma conta que pertence ao grupo outros resultados abrangentes no
patrimônio líquido, como estabelece o CPC 26 (R1) (CPC, 2011).
As reservas de lucros representam a parte dos lucros acumulados não distribuída aos sócios ou
acionistas. Após o cálculo da parte destinada ao pagamento de dividendos obrigatórios, a entidade
poderá constituir as reservas de lucros de modo que a parcela do lucro líquido correspondente a essas
reservas permaneça no patrimônio líquido, evitando a sua distribuição aos sócios ou acionistas em
forma de dividendos.
A apropriação dos lucros da companhia pode ser em função da lei, como a reserva legal, em função
do estatuto, como as reservas estatutárias, ou em função da vontade dos sócios, como a reserva para
contingências, a reserva de lucros a realizar e a reserva de lucros para expansão.
Os lucros acumulados representam a parcela do lucro líquido que ainda não foi distribuída ou
capitalizada, ou ainda não foi destinada à constituição das reservas de lucros.
Os prejuízos acumulados representam o resultado negativo que ainda não foi totalmente absorvido
pelo lucro. De acordo com o art. 189, parágrafo único, da Lei n. 6.404/1976, o prejuízo do exercício será
obrigatoriamente absorvido pelos lucros acumulados, pelas reservas de lucros e pela reserva legal –
nessa ordem.
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CONTABILIDADE
Quanto à existência da conta lucros acumulados, cabe aqui uma observação. Após a publicação da
Lei n. 11.638/2007 e da Lei n. 11.941/2009, que trouxeram profundas alterações à Lei n. 6.404/1976,
a conta lucros ou prejuízos acumulados foi objeto de muita divergência de interpretação entre os
profissionais da contabilidade. A Lei n. 11.941/2009 incluiu o item III no art. 178: “patrimônio líquido,
dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações
em tesouraria e prejuízos acumulados” (BRASIL, 1976).
O fato de a lei mencionar prejuízos acumulados, mas não lucros acumulados, levou à interpretação da
extinção da conta lucros acumulados, ao prever que, após a destinação para o pagamento de dividendos
obrigatórios e para as reservas de lucros, se permanecer saldo, este também deverá ser distribuído a
título de dividendos.
Entretanto, o CFC se manifestou a respeito por meio da Resolução n. 1.157, no item 115:
Lucros acumulados
Admitindo-se que o CFC é o principal órgão regulador da profissão contábil, entende-se que nas
demais sociedades, exceto as sociedades por ações e as empresas de grande porte (para as quais se
estende a Lei n. 11.638/2007), a conta lucros acumulados continua existindo.
Observação
Surgem quando a empresa adquire suas próprias ações, objetivando reduzir o capital social. As ações
em tesouraria devem ser destacadas no balanço patrimonial como dedução da conta do patrimônio
líquido, que registra a origem de recursos aplicados na sua aquisição. Essa é uma conta redutora do
patrimônio líquido.
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Unidade II
A DRE surge em função da dinâmica das atividades desenvolvidas pelas empresas entre a data de
um balanço patrimonial e a de outro. Durante esse período, a empresa realiza diversas operações que
alteram o seu patrimônio (compras, vendas, pagamentos e recebimentos).
Essas operações praticadas pelas empresas, sejam elas operacionais ou não operacionais, alteram
para mais ou para menos o patrimônio líquido da empresa e contêm os elementos indispensáveis para
a elaboração da DRE – as receitas, que aumentam o patrimônio líquido, e as despesas, que diminuem o
patrimônio líquido.
A DRE é uma demonstração contábil apresentada de forma dedutiva, ou seja, das receitas
subtraem‑se as despesas e obtém-se o resultado do exercício, que pode ser positivo, denominado de
lucro caso as receitas superem as despesas, ou negativo, denominado de prejuízo caso as despesas
superem as receitas.
Observação
DRE
Receitas 100
Despesas (80)
= Resultado do exercício 20
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CONTABILIDADE
Seção V
Em complemento às determinações da Lei n. 6.404/1976, o CPC 26 (R1) diz que a DRE deve incluir
no mínimo a seguinte estrutura.
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Unidade II
Quadro 9
Estrutura da DRE
Receita bruta de vendas e serviços
(–) Devolução de vendas (vendas canceladas)
(–) Abatimentos sobre vendas
(–) Descontos comerciais sobre vendas (descontos incondicionais)
(–) Impostos sobre vendas
(=) Receita líquida de vendas e serviços
(–) Custo das mercadorias, produtos e serviços vendidos (CMV/CPV/CSV)
(=) Lucro bruto
(–) Despesas operacionais
Despesas com vendas
Despesas gerais e administrativas
Outras receitas (despesas) operacionais
(=) Resultado antes das receitas e despesas financeiras
(+) Receitas financeiras
(–) Despesas financeiras
(=) Resultado antes dos tributos sobre o lucro
(–) Imposto de renda
(–) Contribuição social sobre o lucro líquido
(=) Resultado líquido das operações continuadas
(+ ou –) Resultado líquido das operações descontinuadas
(=) Resultado líquido antes das participações
(–) Participações
Empregados
Administradores
Partes beneficiárias
Debêntures
Instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados
(=) Resultado líquido do exercício
Lucro por ação
Para melhor compreensão da DRE, passaremos a discorrer sobre o significado de cada conta que
participa dela.
É o valor das vendas originadas pelo desenvolvimento das atividades previstas no estatuto ou no
contrato social da empresa. Na empresa comercial, essa receita é composta pela venda de mercadorias;
58
CONTABILIDADE
na empresa industrial, pela venda de produtos; e nas empresas prestadoras de serviços, pela venda de
prestação de serviços.
Observação
Partindo-se da receita bruta, dela subtraímos as chamadas deduções de vendas para chegarmos à
receita líquida. As deduções de vendas são compostas por:
• Devolução: surge quando a empresa vende uma mercadoria ou um produto, e o cliente não
aceita a mercadoria entregue, por ela estar em desacordo com o pedido – por exemplo, no que
diz respeito à qualidade ou à quantidade. Nesse momento, o cliente pode devolver a mercadoria
no todo ou em parte, ou ficar com a mercadoria entregue em desacordo com o pedido e negociar
um abatimento.
• Abatimento: surge quando o cliente, em vez de devolver a mercadoria ou o produto que está
em desacordo com o pedido, decide ficar com a mercadoria ou o produto e negociar uma
redução de preço.
É a denominação da conta que demonstra o valor da receita bruta, deduzido das deduções de vendas.
Constitui-se das vendas efetuadas pela empresa depois de deduzidos os impostos, as devoluções, os
descontos e os abatimentos. Permite avaliar o nível de atividade de uma empresa, pois o desempenho
vai se refletir diretamente nos resultados obtidos.
Custo das mercadorias vendidas, custo dos produtos vendidos e custo dos serviços vendidos
O custo das mercadorias vendidas (CMV), o custo dos produtos vendidos (CPV) e o custo dos
serviços vendidos (CSV) correspondem ao custo das vendas e mostram o quanto custou para a
empresa tudo o que foi entregue ao cliente sob a forma de mercadoria, produto ou prestação
de serviço.
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Unidade II
Lucro bruto
O lucro bruto é obtido pela diferença entre a receita líquida e o custo das vendas. No caso de uma
empresa industrial, mostra a eficiência em suas atividades de venda e produção, ou de venda e compra,
no caso de uma empresa comercial.
São as despesas incorridas para que a empresa possa vender suas mercadorias, produtos ou serviços,
como frete sobre vendas, salários e encargos sociais de vendedores, manutenção de sites na internet
e propaganda.
Compreendem as despesas incorridas, por exemplo, com contabilidade, auditoria, energia elétrica,
telefone, água, segurança e assistência médica a funcionários.
Compreendem as receitas e as despesas que não se classificam nos grupos de receitas e despesas
anteriores. Por exemplo, o resultado de equivalência patrimonial, que pode ser positivo (receita) ou
negativo (despesa), e as receitas e despesas não ligadas à atividade principal da empresa, como o
resultado na venda de ativo imobilizado.
Receitas financeiras
Despesas financeiras
Depois da apuração do lucro tributável e da base de cálculo da contribuição social sobre o lucro
líquido, aplicam-se os percentuais de acordo com a legislação tributária e obtém-se o valor do imposto
de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido.
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CONTABILIDADE
Corresponde ao lucro antes do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido,
deduzido do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido.
Representa também uma despesa, pois significa uma participação paga aos proprietários
desses títulos negociáveis e nominativos emitidos por sociedades anônimas, que não integram o
capital social.
Participação de debenturistas
Mostra o resultado final alcançado pela empresa em suas atividades, que será distribuído aos
acionistas e/ou incorporado ao patrimônio líquido. O lucro líquido é a meta principal a ser alcançada pela
empresa em suas atividades. A sua geração visa remunerar seus sócios pelos investimentos efetuados,
além de constituir importante fonte de recursos, com a qual a empresa poderá financiar seus ativos e
cumprir as obrigações assumidas para com terceiros.
Resultado do exercício
Pode ser lucro ou prejuízo, e representa o resultado de todas as operações que a empresa realizou
em determinado período. Representa o quanto o patrimônio da empresa cresceu, no caso de lucro, ou o
quanto diminuiu, no caso de prejuízo.
Representa o quociente da divisão do lucro da empresa pelo número de ações que compõem o
capital social. Por exemplo: uma empresa apresenta um capital social de R$ 5.000.000,00, composto por
10.000.000 de ações (ordinárias e preferenciais), com valor nominal de R$ 0,50 cada; caso essa empresa
apresente, ao final do período, um lucro líquido de R$ 50.000.000,00, seu lucro por ação será de R$ 5,00
(50.000.000 ÷ 10.000.000).
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Unidade II
A DRA é uma sequência da DRE: a DRE termina com o resultado líquido do exercício, e a DRA começa
com o resultado líquido do exercício.
Está prevista no item 81A do CPC 26 (R1), convertida na NBC TG 26 (R4) pelo CFC.
Lembrete
Na prática contábil existem operações que representam ganhos e perdas e que são contabilizadas
diretamente em contas de patrimônio líquido, sem transitar por contas de resultado, ou seja, que não
são reconhecidas na DRE. A DRA mostra o resultado do exercício final se todas essas operações fossem
contabilizadas na DRE.
Segundo o item 10A do CPC 26 (R1), a entidade pode apresentar uma única demonstração do
resultado, incluindo a DRE e a DRA, em duas seções.
Entretanto, a legislação societária brasileira requer que a DRA seja apresentada em uma
demonstração separada, iniciando-se com o resultado do exercício. Também é permitido que
essa demonstração seja apresentada dentro da demonstração das mutações do patrimônio líquido
(DMPL), que será vista adiante.
O item 7 do CPC 26 (R1) determina que os componentes dos outros resultados abrangentes
devem incluir:
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CONTABILIDADE
(f) para passivos específicos designados como ao valor justo por meio do
resultado, o valor da alteração no valor justo que for atribuível a alterações
no risco de crédito do passivo (ver item 5.7.7 do CPC 48); (Incluída
pela Revisão CPC 12)
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Unidade II
4 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS II
4.1.1 Obrigatoriedade
A DMPL, muito embora não seja exigida pela Lei n. 6.404/1976, passa a ser obrigatória pelo CPC 26 (R1),
que foi aprovado pelo CFC e transformado na NBC TG 26. Com isso, tornou-se compulsória para todos
os profissionais da contabilidade.
A DLPA é uma demonstração exigida pela Lei n. 6.404/1976. Entretanto, quando as empresas
apresentam a DMPL, ficam isentas da apresentação dessa demonstração, pois a DMPL, ao incluir
uma coluna específica para lucros ou prejuízos acumulados, mostra todas as informações relativas
às movimentações ocorridas nessa conta. Como a DMPL passou a ser de apresentação obrigatória
praticamente para todas as empresas, ela substitui de forma definitiva a DLPA.
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CONTABILIDADE
Santos et al. (2018) explicam que a utilidade dessa demonstração reside no fato de fornecer a
movimentação do fluxo de uma conta para outra, assinalando a origem e o valor de cada acréscimo e
diminuição no patrimônio líquido durante o exercício.
A empresa Brinquedos & Companhia S.A. é uma indústria que se dedica à fabricação de brinquedos.
Em 31/12/20X1, publicou suas demonstrações contábeis apresentando, no balanço patrimonial, a
seguinte composição do patrimônio líquido:
Durante o exercício de 20X2 ocorreram as seguintes movimentações nas contas do patrimônio líquido:
1) Aumento de capital:
1.1) pela emissão de 2.000 ações ao valor nominal de R$ 40,00 e integralizadas pelos sócios ao valor
de R$ 50,00 cada ação;
65
Unidade II
8) Ganhos em ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio de outros resultados
abrangentes (disponíveis para venda) no valor de R$ 50.000,00 e tributos sobre esses ganhos no valor
de R$ 15.000,00.
Com base nesses dados, vamos elaborar a DMPL referente ao exercício de 20X2.
Provocará uma transferência da reserva de ágio na emissão de ações para capital social. Ocorre uma
diminuição em reserva de ágio na emissão de ações e um aumento em capital social.
Provocará uma transferência da reserva de alienação de bônus de subscrição para capital social.
Ocorre uma diminuição em reserva de alienação de bônus de subscrição e um aumento em capital social.
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CONTABILIDADE
Provocará uma transferência de reserva legal para capital social. Ocorre uma diminuição em reserva
legal e um aumento em capital social.
Quando as razões que justificaram a constituição da reserva para contingências deixam de existir,
a Lei n. 6.404/1976 determina que essa reserva deve ser revertida para lucros acumulados. Ocorre uma
diminuição em reserva legal e um aumento em lucros acumulados.
Deve ser transferido para a conta lucros acumulados, o que provocará um aumento no patrimônio
líquido.
300.000,00 × 5% = 15.000,00
Será constituída, por determinação no estatuto social da empresa, em 10% do lucro líquido do exercício:
A Lei n. 6.404/1976 prevê, no art. 196, a retenção de lucro para atender a projetos de investimento,
justificada pelo orçamento de capital da empresa. Ocorre uma diminuição em lucros acumulados e um
aumento em reserva de lucros para expansão.
Parte do lucro é distribuído aos acionistas a título de dividendos obrigatórios. Provoca uma
diminuição em lucros acumulados – portanto, uma diminuição no patrimônio líquido. A contrapartida
será em dividendos a pagar no passivo circulante.
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Unidade II
8) Ganhos em ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio de outros resultados
abrangentes (disponíveis para venda) e tributos sobre esses ganhos
De acordo com o CPC 26 (R1), os ganhos e perdas em ativos financeiros mensurados ao valor justo
por meio de outros resultados abrangentes não devem transitar por contas de resultados, e sim ser
contabilizados diretamente no patrimônio líquido como outros resultados abrangentes, inclusive os
efeitos tributários sobre esses ganhos e perdas, como já explicado no item sobre a DRA.
Observação
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Tabela 5 – Estrutura da DMPL: Brinquedos & Companhia S.A.
Saldos iniciais 500.000 20.000 25.000 80.000 40.000 30.000 - - 105.000 800.000
CONTABILIDADE
Reversão de
reservas de lucros (20.000) 20.000 -
Equivalência
patrimonial sobre ganhos 27.000 27.000
abrangentes de coligadas
Lucro líquido do exercício 300.000 300.000
Proposta para destinação do
lucro líquido
Reserva legal
15.000 (15.000) -
Reserva estatutária
30.000 (30.000) -
Reserva de lucros para
expansão 206.250 (206.250) -
Distribuição de dividendos (68.750) (68.750)
Saldos finais 635.000 30.000 10.000 65.000 70.000 10.000 206.250 - 167.000 1.193.250
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Unidade II
A DFC, a partir de 1/1/2008, passou a ser uma demonstração obrigatória, conforme estabelece a
Lei n. 11.638/2007, que alterou a Lei n. 6.404/1976.
Ao se tornar uma demonstração contábil obrigatória, a DFC passou a seguir a orientação do Iasb,
órgão que estabelece as normas internacionais de contabilidade, e do Financial Accounting Standards
Board (Fasb), órgão normatizador das práticas contábeis americanas, engajando-se nas práticas dos
principais mercados financeiros internacionais.
Para adequar a elaboração e a apresentação da DFC aos requisitos do Iasb, o CPC (2010a) publicou o
CPC 03 (R2), com o objetivo de fornecer informações sobre como a entidade gera caixa e equivalentes
de caixa e como utiliza esses fluxos de caixa.
Saiba mais
A DFC é uma demonstração contábil que explica as modificações ocorridas no saldo de caixa e
equivalentes de caixa da empresa em determinado período, por meio da exposição dos fluxos de
recebimento, registrados a débito (aumentos), e de pagamento, registrados a crédito (reduções), da
conta caixa.
O CPC 03 (R2) alterou o conceito de caixa para caixa e equivalentes de caixa. Com essa mudança,
passaram a ser compreendidos:
Considerando-se a estrutura como forma de apresentação, a DFC deve ser estruturada por grupos
de atividades, relacionando os pagamentos e recebimentos de caixa com a natureza das operações.
Os fluxos de caixa estão separados em três grupos de atividades:
70
CONTABILIDADE
• atividades operacionais;
• atividades de investimento;
• atividades de financiamento.
Atividades operacionais
• Entradas
• Saídas
Atividades de investimento
• Entradas
• Saídas
Atividades de financiamento
• Entradas
• Saídas
— pagamentos de dividendos;
Saiba mais
72
CONTABILIDADE
Observemos, agora, algumas transações que não afetam o caixa da empresa, em virtude de não
haver pagamento nem recebimento:
• perdas estimadas para créditos de liquidação duvidosa (eventuais perdas com clientes que não
representam desembolso para a empresa);
Existem dois métodos para a elaboração da DFC: direto e indireto. As diferenças entre ambos
estão exatamente no fluxo das atividades operacionais. O fluxo das atividades de investimento e
financiamento é demonstrado de forma idêntica nos dois métodos.
A elaboração da DFC pelo método direto mostra todos os recebimentos e pagamentos que
contribuíram para a variação do caixa e equivalentes de caixa no período.
Observação
Essa metodologia divulga informações mais complexas para o usuário da contabilidade. A estrutura
da DFC pelo método direto pode ser exemplificada da seguinte forma (quadro a seguir):
73
Unidade II
Quadro 11
Vejamos agora os ajustes mencionados na estrutura da DFC como meio de mensurar alguns
itens das atividades operacionais e de investimento.
O valor dessa atividade operacional pode ser obtido pela seguinte soma algébrica:
Vendas do exercício
74
CONTABILIDADE
Exemplo de aplicação
Vendas 100
1) Recebimentos de clientes
2) Duplicatas descontadas
Se os clientes da empresa não pagaram seus compromissos, a perda com esses clientes deve ser
deduzida da soma algébrica indicada no item anterior para que se obtenha o valor correto recebido
pelas vendas, uma vez que esse recurso não ingressou no caixa da empresa. Assim, teremos:
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Unidade II
Vendas do exercício
Exemplo de aplicação
Quando existe saldo em PECLD, inicialmente precisamos calcular as perdas com duplicatas incobráveis.
2) Recebimentos de clientes
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CONTABILIDADE
O valor das compras em empresas comerciais pode ser obtido pela fórmula:
C = CMV – EI + EF
Onde:
• C: compras
Exemplo de aplicação
A empresa X apresenta os seguintes dados, extraídos de seus demonstrativos contábeis (BP e DRE):
C = CMV – EI + EF
O valor das compras em empresas industriais pode ser obtido utilizando-se a fórmula seguinte para
descobrir o custo dos produtos vendidos (CPV):
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CONTABILIDADE
Observação
• as despesas pagas em exercícios anteriores que foram transferidas para o resultado do exercício atual;
• os valores de despesas que foram incorridas no período, mas que não representam saídas de caixa
(depreciação, exaustão, amortização, saldo devedor de equivalência patrimonial).
Supondo-se que todas as despesas operacionais transitaram pelas contas a pagar, o pagamento de
despesas do exercício pode ser obtido da seguinte forma:
79
Unidade II
Exemplo de aplicação
A empresa Beta S.A. apresentou os seguintes dados referentes a despesas operacionais e despesas
antecipadas:
b) O saldo inicial de despesas antecipadas era de 60, e o final, de 70. Como houve no exercício uma
transferência de 40 de despesas antecipadas para o resultado (o que não afetou o saldo de caixa),
concluiu-se que a empresa pagou 50 de despesas antecipadas.
d) Como havia um saldo final de 280 em contas a pagar, e as despesas operacionais incorridas e pagas
no exercício somam 410 (690 – 280), no razonete os desembolsos de caixa para o pagamento das
despesas operacionais seriam:
80
CONTABILIDADE
O mesmo valor de 760 poderia ser encontrado aplicando-se a fórmula mostrada na tabela a seguir.
Resumidamente, temos:
Total 760
O fluxo obtido sob essa concepção é denominado fluxo de caixa pelo método
indireto ou fluxo de caixa no sentido amplo. Isso se explica pela análise dos
fundamentos de sua elaboração.
Assim, são efetuados ajustes ao lucro líquido pelo valor das operações
consideradas como receitas ou despesas, mas que, então, não afetaram
as disponibilidades, de forma que se possa demonstrar sua variação no
período. Enfocando o caixa, consideramos como aplicações (saídas) do
caixa o aumento nas contas do ativo circulante e a diminuição no passivo
81
Unidade II
Esse modelo é muitas vezes preferido por aqueles que elaboram o fluxo
de caixa, justamente pelas semelhanças existentes em relação ao método de
montagem da demonstração de origens e aplicações de recursos, com o qual
estão mais habituados. Entretanto, deixa lacunas importantes na evidenciação
das informações.
Nesse método, também conhecido como método da reconciliação, a DFC é elaborada a partir do
resultado do exercício, efetuando-se ajustes para:
• somar ao resultado todas as despesas que não representam desembolso de caixa e equivalentes
de caixa (depreciação, amortização, exaustão, gastos em constituição de provisão, perda com a
venda de itens do imobilizado, perda com a aplicação do método da equivalência patrimonial) e
diminuir todas as receitas que não impliquem entrada de caixa e equivalentes de caixa (reversão
de provisões, ganhos na venda de itens do imobilizado, ganhos com a aplicação do método da
equivalência patrimonial) – dessa forma, apura-se o resultado ajustado;
• excluir do resultado ajustado a parcela que foi aplicada no aumento de outros bens e direitos
do AC (exceto caixa e equivalentes de caixa ) ou na diminuição das obrigações do PC e
somar os recursos advindos da diminuição do AC (exceto caixa e equivalentes de caixa ) e do
aumento do PC.
82
CONTABILIDADE
Quadro 12
Observação
O valor do aumento ou redução no caixa e equivalentes de caixa deve
ser exatamente igual à diferença entre o saldo inicial e o saldo final de
caixa e equivalentes de caixa. Portanto, o valor do item 4 da estrutura da
DFC deve ser igual ao do item 7.
4.3.1 Obrigatoriedade
A DVA passou a ser obrigatória, para as companhias abertas, pela Lei n. 11.638/2007, que alterou o
art. 176 da Lei n. 6.404/1976.
Para orientar a elaboração e apresentação da DVA, o CPC emitiu o CPC 09, transformado na NBC TG 09
pelo CFC. Portanto, passou a ser exigida para os profissionais de contabilidade que atuam em entidades não
sujeitas a regulamentação contábil específica.
83
Unidade II
O objetivo da DVA é evidenciar a riqueza gerada pela empresa, ou seja, quanto ela adicionou de
valor aos seus fatores de produção e como essa riqueza foi distribuída entre os setores que, direta ou
indiretamente, contribuíram para a formação dela.
A DVA contribuiu de forma significativa para o avanço da ciência contábil no seu propósito de
gerar informações de natureza social, evidenciando a riqueza gerada pela entidade e para quem essa
riqueza foi distribuída. Por divulgar informações ligadas à responsabilidade social das empresas, ela
representa um dos componentes do balanço social, por meio do qual as empresas prestam contas
de sua gestão social, ambiental e econômica, centrada principalmente em seu relacionamento com
a comunidade.
O conceito de valor adicionado não deve ser confundido com os conceitos de receita ou lucro.
Representa a riqueza gerada pela empresa e é calculado por esta fórmula:
Valor adicionado = receitas geradas pela entidade – insumos utilizados na obtenção dessas receitas
O item 5 do CPC 09 exige que a DVA proporcione aos usuários das demonstrações contábeis
informações relativas à riqueza criada pela entidade em determinado período e à maneira como tais
riquezas foram distribuídas.
84
CONTABILIDADE
A DVA é apresentada em duas partes: a primeira evidencia a riqueza gerada pela entidade, e a
segunda, a distribuição dessa riqueza.
• Modelo 3: seguradoras.
Em milhares Em milhares
Descrição de reais 20X1 de reais 20X0
1 – Receitas
1.1) Vendas de mercadorias, produtos e serviços
1.2) Outras receitas
1.3) Receitas relativas à construção de ativos próprios
1.4) Perdas estimadas para créditos de liquidação duvidosa – reversão/(constituição)
2 – Insumos adquiridos de terceiros
(inclui os valores dos impostos: ICMS, IPI, PIS e Cofins)
2.1) Custos dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos
2.2) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros
2.3) Perda/recuperação de valores ativos
2.4) Outras (especificar)
3 – Valor adicionado bruto (1 – 2)
4 – Depreciação, amortização e exaustão
5 – Valor adicionado líquido produzido pela entidade (3 – 4)
6 – Valor adicionado recebido em transferência
6.1) Resultado de equivalência patrimonial
6.2) Receitas financeiras
6.3) Outras
85
Unidade II
Em milhares Em milhares
Descrição de reais 20X1 de reais 20X0
7 – Valor adicionado total a distribuir (5 + 6)
8 – Distribuição do valor adicionado*
8.1) Pessoal
8.1.1 – Remuneração direta
8.1.2 – Benefícios
8.1.3 – FGTS
8.2) Impostos, taxas e contribuições
8.2.1 – Federais
8.2.2 – Estaduais
8.2.3 – Municipais
8.3) Remuneração de capitais de terceiros
8.3.1 – Juros
8.3.2 – Aluguéis
8.3.3 – Outras
8.4) Remuneração de capitais próprios
8.4.1 – Juros sobre o capital próprio
8.4.2 – Dividendos
8.4.3 – Lucros retidos/prejuízo do exercício
8.4.4 – Participação dos não controladores nos lucros retidos (só para consolidação)
* O total do item 8 deve ser exatamente igual ao do item 7.
Saiba mais
De acordo com Ribeiro (2018a), as notas explicativas são esclarecimentos adicionais, que integram
as demonstrações contábeis e visam complementar essas demonstrações com informações sobre os
controles utilizados pela empresa, a composição dos dados de determinadas contas e os principais
critérios de avaliação dos elementos patrimoniais.
86
CONTABILIDADE
Padoveze (2017) afirma que a finalidade das notas explicativas é proporcionar aos usuários um
melhor entendimento das demonstrações contábeis já apresentadas, com informações de caráter
descritivo, indicando os principais critérios e eventuais modificações nas políticas e práticas contábeis
utilizadas no período.
Saiba mais
87
Unidade II
Resumo
88
CONTABILIDADE
Exercícios
Questão 1. Vimos, no livro-texto, que o balanço patrimonial é uma demonstração contábil que
expressa a posição financeira e patrimonial de uma entidade ao fim de cada exercício social. Também
observamos que o balanço patrimonial é composto por:
• ativo;
• passivo;
• patrimônio líquido.
I – O ativo engloba os bens e os direitos de uma entidade. Inclui todos os valores que ela tem em
caixa, em conta bancária e em aplicações, os valores que ela ainda vai receber de clientes, os estoques,
as máquinas e os equipamentos.
III – O patrimônio líquido engloba os recursos próprios da entidade. Inclui o capital social, as reservas
de lucros criadas e os prejuízos acumulados.
A) I e II, apenas.
B) II e III, apenas.
C) I e III, apenas.
D) I, apenas.
E) I, II e III.
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Unidade II
I – Afirmativa correta.
Justificativa: segundo o CPC 00 (R2), o ativo corresponde aos recursos econômicos presentes
controlados pela entidade como resultado de eventos passados. Vale destacar que recurso econômico
é definido como um direito que tem o potencial de produzir benefícios econômicos, como direito de
receber caixa, direito de receber produtos ou serviços, e direito de trocar recursos econômicos com outra
parte em condições favoráveis. Podemos dizer que o ativo é representado pelos bens e direitos.
II – Afirmativa correta.
Justificativa: segundo o CPC 00 (R2), o patrimônio líquido corresponde à participação residual nos
ativos da entidade após a dedução de todos os seus passivos. Podemos dizer que o patrimônio líquido
representa os ativos líquidos dos passivos.
Questão 2. Suponha que a empresa Doce Sabor tenha R$ 220.000,00 em ativos e R$ 70.000,00
em passivos. Imagine que essa empresa pague, agora, todas as suas obrigações e distribua o restante
igualmente entre os três sócios. Para essa situação, o patrimônio líquido da Doce Sabor é igual a:
A) R$ 30.000,00.
B) R$ 50.000,00.
C) R$ 70.000,00.
D) R$ 150.000,00.
E) R$ 250.000,00.
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CONTABILIDADE
Análise da questão
PL = A – P
Na equação:
• A: ativo.
• P: passivo.
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