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Saldos em
Contas
31/12/2014 (R$)
Obras de arte 15.000,00
Móveis e utensílios 25.000,00
Assinaturas e anuidades a apropriar 1.500,00
Mercadorias para revenda 26.000,00
Bancos c/ movimento 9.300,00
Móveis e utensílios – depreciação 2.500,00
Duplicatas a receber (para recebimento em 6 meses) 50.000,00
Empréstimos para sócios 7.500,00
Ajuste a valor presente de duplicatas a receber (para recebimento
22.000,00
em 14 meses)
Duplicatas a receber (para recebimento em 14 meses) 100.000,00
Direitos autorais 5.100,00
Instrumentos financeiros para negociação imediata 10.000,00
Com base nos dados apresentados, conclui-se que o valor do Ativo Não
Circulante em 31/12/2014 foi de
A. R$120.600,00.
B. R$128.100,00.
C. R$138.100,00.
D. R$172.100,00.
E. R$182.100,00.
1. Introdução teórica
2. Resolução da questão
Dentre as contas apresentadas no exercício, compõem o ativo não
circulante as citadas a seguir.
Contas R$
Obras de arte 15.000,00
Móveis e utensílios 25.000,00
Móveis e utensílios – depreciação (2.500,00)
Empréstimos para sócios 7.500,00
Ajuste a valor presente de duplicatas a receber (para recebimento em
(22.000,00)
14 meses)
Duplicatas a receber (para recebimento em 14 meses) 100.000,00
Direitos autorais 5.100,00
Total 128.100,00
Alternativa correta: B.
3. Indicações bibliográficas
1. Introdução teórica
1.1. Classificação dos custos
Os custos são todos os gastos relativos à atividade de produção.
Compreendem os gastos com bens e serviços utilizados na produção de outros
bens e serviços.
Para Megliorini (2012), os custos são classificados de várias formas para
atender às diversas finalidades para as quais são apurados. Há duas
classificações básicas que permitem determinar o custo de cada produto
fabricado e o seu comportamento em diferentes níveis de produção em que uma
empresa opere, conforme segue.
(a) Quanto aos produtos fabricados: para alocar os custos aos produtos,
classificados como Custos Diretos e Custos Indiretos.
(b) Quanto ao comportamento em diferentes níveis de produção: para determinar
os custos de vários níveis de produção, classificados em Custos Fixos e Custos
Variáveis.
Os custos diretos são os custos que podem ser diretamente apropriados
aos produtos fabricados de acordo com uma medida objetiva de seu consumo
na fabricação desses produtos. São exemplos de custos diretos matéria-prima
consumida e mão de obra direta utilizada. No caso da matéria-prima, a empresa
sabe a quantidade exata consumida, e, no caso da mão de obra direta, quantas
horas foram utilizadas na fabricação de cada unidade produzida. Os custos são
incluídos diretamente no cálculo dos produtos sem que haja a necessidade do
uso de critérios de rateio para serem devidamente alocados.
Os custos indiretos são os custos que não podem ser diretamente
alocados ao produto. Segundo Martins (2010), eles não oferecem condição para
uma medida objetiva, e qualquer tentativa de alocação tem de ser feita de
maneira estimada e, muitas vezes, arbitrária. Conforme Megliorini (2012), a base
de rateio deve guardar uma relação próxima entre o custo indireto e o objeto de
custeio, a fim de se evitarem distorções no resultado final.
São exemplos de custos indiretos, dentre outros:
a mão de obra indireta caracterizada pelos salários dos chefes de supervisão
de equipes de produção;
a depreciação de equipamentos utilizados na fabricação de vários produtos;
a energia elétrica, pela dificuldade de mensuração do quanto pode ser
associada ao produto.
Os custos fixos são custos que não sofrem variações em função do
volume de produção, em uma unidade de tempo, ou seja, independem da
quantidade a ser produzida dentro de determinada faixa de produção. Os custos
fixos fazem parte da estrutura do negócio: são gastos necessários para a
manutenção de um nível mínimo de atividade operacional.
São exemplos de custos fixos:
o aluguel da fábrica, que terá o mesmo valor qualquer que seja o nível de
produção;
a mão de obra indireta, incluindo o valor dos salários no mês, definida
independentemente das unidades produzidas;
a depreciação dos equipamentos pelo método linear, calculada por
percentuais de acordo com a vida útil econômica.
Os custos variáveis são os custos que variam de acordo com o volume de
produção, em uma unidade de tempo. Para Martins (2010), o valor global de
consumo dos materiais diretos por mês depende do volume de produção. Quanto
maior a quantidade fabricada, maior o seu consumo. Portanto, em uma unidade
de tempo, o valor do custo com tais materiais varia de acordo com o volume de
produção.
Esses custos variam proporcionalmente às mudanças no nível da
atividade, como, por exemplo, o custo da matéria-prima (o consumo da matéria-
prima aumenta à medida que aumenta a produção) e o custo da energia elétrica
(quanto maior a produção, maior o uso dos equipamentos e, consequentemente,
maior o consumo de energia elétrica).
MC PV – CV DV
Na equação, temos o que segue.
MC = margem de contribuição.
PV = preço de venda.
CV = custos variáveis.
DV = despesas variáveis.
Portanto, da margem de contribuição, deduzindo-se os custos fixos,
obtém-se o lucro líquido, como pode ser mostrado na demonstração de
resultados a seguir.
Vendas
(-) Custos e Despesas Variáveis
(=) Margem de Contribuição
(-) Custos e Despesas Fixos
(=) Lucro Líquido
Alternativa correta: C.
3. Indicações bibliográficas
CREPALDI, S. A. Curso básico de contabilidade de custos. 5. ed. São Paulo:
Atlas, 2010.
MARTINS, E. Contabilidade de custos. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
MEGLIORINI, E. Custos: análise e gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2012.
PADOVEZI, C. L. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de
informação contábil. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
WARREN, C. S. et al. Contabilidade gerencial. 2. ed. São Paulo: Cengage
Learning, 2007.
Questão 3
É muito importante que o empreendedor conheça o próprio negócio, para não
deixar, nas mãos de terceiros, cuidados essenciais como a boa gestão de custos.
O conhecimento do assunto auxilia o proprietário do negócio a ter uma boa
gestão financeira: administrar e controlar os custos gerados na produção e
comercialização de serviços ou produtos. O preço final de um serviço prestado
ou produto vendido depende do quanto é investido para que ele exista. Caso a
gestão de custos não seja eficaz, corre-se o risco de a empresa cobrar valores
que não condizem com a realidade, o que pode afetar as margens de lucros, o
volume de vendas ou o andamento geral do negócio.
Disponível em <http://www.exame.abril.com.br>. Acesso em 27 jul. 2015 (com
adaptações).
1. Introdução teórica
1.1. Formação do preço de venda com base nos custos
Lucro Bruto
Margem Bruta 100
Vendas
Lucro Líquido
Margem Líquida 100
Vendas
II – Asserção verdadeira.
JUSTIFICATIVA. Para atrair clientes em um mercado altamente competitivo, as
empresas procuram oferecer produtos diferenciados, agregando valor para o
cliente, na tentativa de superar a concorrência. Ao oferecer produtos e serviços
totalmente inovadores, a empresa conquista novos clientes que estão dispostos
a pagar preços mais altos para obter produtos e serviços diferenciados. Por outro
lado, quando os produtos e serviços não agregam valor, o aumento de preços
provoca dois impactos: o consumidor substitui o consumo (ou simplesmente
consome menos) ou passa a comprar do concorrente. Segundo Horngren et al
(2004), as empresas precisam sempre avaliar as decisões de precificação a
partir da ótica dos clientes, pois preços excessivamente altos podem fazer com
que eles rejeitem os produtos ou serviços ou os substituam por outros oferecidos
por um concorrente.
Alternativa correta: A.
3. Indicações bibliográficas
BERNARDI, L. A. Manual de formação de preços: políticas, estratégias e
fundamentos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
BRUNI, A. L.; FAMÁ, R. Gestão de custos e formação de preços. 5. ed. São
Paulo: Atlas, 2008.
HORNGREN, C. T. et al. Contabilidade de custos: uma abordagem gerencial.
11. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004. v. 1.
VICECONTI, P. E. V.; NEVES, S. das; Contabilidade de custos: um enfoque
direto e objetivo. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
WARREN, C. S. et al. Contabilidade gerencial. 2. ed. São Paulo: Cengage
Learning, 2007.
Questão 4
As Características Qualitativas Fundamentais, previstas na Estrutura
Conceitual para Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis,
são a relevância e a representação fidedigna.
A. I, apenas.
B. II, apenas.
C. I e III, apenas.
D. II e III, apenas.
E. I, II, III.
1. Introdução teórica
2. Resolução da Questão.
I – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. De acordo com o item QC6 do Pronunciamento Conceitual
Básico (R1), a informação contábil-financeira relevante é aquela capaz de fazer
diferença nas decisões que possam ser tomadas pelos usuários. O item QC7
completa essa justificativa ao determinar que a informação contábil-financeira é
capaz de fazer diferença nas decisões se tiver valor preditivo, valor
confirmatório ou ambos.
II – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. De acordo com o item QC6 do Pronunciamento Conceitual
Básico (R1), a informação pode ser capaz de fazer diferença em uma decisão
mesmo no caso de alguns usuários decidirem não a levar em consideração ou
se já tiverem tomado ciência de sua existência por outras fontes.
III – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. De acordo com o item QC12 do Pronunciamento Conceitual
Básico (R1), para a informação contábil-financeira ser útil, ela não deve apenas
representar com fidedignidade o fenômeno. Para ser representação
perfeitamente fidedigna, a realidade retratada precisa atender a três atributos:
ser completa, neutra e livre de erro.
Alternativa correta: E.
3. Indicações bibliográficas
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Estrutura conceitual para
elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro. Disponível em
<http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/147_CPC00_R1.pdf>.
Acesso em 17 nov. 2016.
SANTOS, J. L. dos, et al. Manual de práticas contábeis: aspectos societários
e tributários. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
Questão 5
O gráfico a seguir representa a situação de liquidez de determinada empresa
de 2010 a 2014, com os valores dos indicadores de liquidez corrente e geral
para esse período.
A. I, apenas.
B. III, apenas.
C. I e II, apenas.
D. II e III, apenas.
E. I, II e III.
1. Introdução teórica
1.1. Análise por indicadores
Assaf Neto (2015) afirma que qualquer conta, ou grupo de contas, quando
tratada isoladamente não retrata adequadamente a importância do valor
apresentado, e muito menos o seu comportamento ao longo do tempo.
Indicadores de liquidez.
Indicadores de estrutura de capital e de endividamento.
Indicadores de atividade.
Indicadores de rentabilidade.
Disponível
LI
Passivo Circulante
Ativo Circulante
LC
Passivo Circulante
Capital de Terceiros
PCT
Capital Próprio
O grau de endividamento geral (EG) mede a proporção dos ativos totais
financiada por capital de terceiros. Quanto maior o valor desse indicador, maior
a dependência financeira de capital de terceiros e maior o risco de não
pagamento a credores. No entanto, a elevação desse indicador pode apresentar,
sob o ponto de vista gerencial, um resultado interessante para a empresa quando
a taxa de juros paga sobre os passivos for menor do que a taxa de retorno
proporcionado pelos ativos. Esse indicador está diretamente relacionado à
alavancagem financeira da empresa, ou seja, quanto mais capital de terceiros
for usado para financiar os ativos, maior o nível de alavancagem financeira.
Gitman e Madura (2003) explicam que a alavancagem financeira é a ampliação
do retorno e do risco obtido por meio do uso de financiamentos. A utilização de
capital de terceiros eleva os riscos, mas gera retorno mais elevado.
O grau de endividamento geral (EG) mede quanto a empresa captou de
capital de terceiros para cada R$1,00 aplicado em ativos.
Capital de Terceiros
EG
Ativo Total
Passivo Circulante
CE
Capital de Terceiros
I – Afirmativa correta.
II – Afirmativa correta.
Caso a empresa troque dívidas de longo prazo por dívidas de curto prazo, em
2014, no valor de 600, partindo-se da situação inicial, a situação final ficará
como segue.
Liquidez Corrente Liquidez Geral
Portanto, se a empresa trocar dívidas de longo prazo por dívidas de curto prazo,
ou passar recebíveis a curto prazo para recebíveis a longo prazo, a liquidez geral
continua com o mesmo valor, (1,5) como mostra o gráfico, mas a liquidez
corrente diminui de 1,3 para 1,0. O gráfico mostra exatamente o contrário: a
liquidez corrente apresenta aumento de 1,3 para 1,6, o que descarta indícios da
existência dessas operações.
Alternativa correta: C.
3. Indicações bibliográficas
ASSAF NETO, A. Estrutura e análise de balanços. 11. ed. São Paulo: Atlas,
2015.
ASSAF NETO, A.; LIMA, F. G. Fundamentos de administração financeira. 3.
ed. São Paulo, Atlas, 2017.
IUDÍCIBUS, S. de. Análise de balanços. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
MÁLAGA, F. Análise de demonstrativos financeiros e da performance
empresarial. 2. ed. São Paulo: Saint Paul, 2012.
MARQUES J. A. V. et al. Análise financeira das empresas. 2. ed. Rio de
Janeiro: Freitas Bastos, 2015.
MATARAZZO, D. C. Análise financeira de balanços. Abordagem gerencial. 7.
ed. São Paulo: Atlas, 2010.
PERES JUNIOR, J. H; BEGALI, G. A. Elaboração e análise das
demonstrações contábeis. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2009.