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UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR

Natália Gomes dos Santos

RESENNHA CRITÍCA SOBRE A TÉCNICA DE TRIBUTAÇÃO

SALVADOR – BAHIA
2022
RESENHA CRITÍCA SOBRE A TÉCNICA DE TRIBUTAÇÃO

Esta Resenha crítica, apresentada a disciplina de


Direito Tributário I, do Eixo de formação da
Universidade Católica do Salvador, como requisito
parcial de avaliação da disciplina Direito Tributário
I. Professor: Marco Viana

SALVADOR – BAHIA
2022
1. Técnica de Tributação

O direito tributário vem alcançando, nos últimos tempos, notável incremento.


Assentado sobre o móvel maior do progresso, a atividade econômica, era de se
esperar, mesmo, que desabrochasse com todo vigor. Estruturado sobre o vinculum
juris estabelecido entre o Estado e contribuinte, a propósito da instituição
arrecadação e fiscalização dos tributos, assume, cada vez mais, subida importância
no esquema de relacionamento Empresa Governo.
Um assunto sobre é a Técnica de Tributação, onde é considerado uma formalização
em que consiste em fazer com que o tributo incida sobre si próprio, tendo uma
modalidade que é muito vista e precisa no Japão, nos Estados Unidos e muitos
outros países onde o fenômeno da sonegação praticamente não existe. Portanto,
podemos dizer que pode ser considerado como uma técnica que se presta à
sonegação fiscal ou contrário da tributação por fora em que o valor do tributo
pertencente ao fisco é separado do preço da mercadoria ou serviço pertencente ao
agente econômico que promove a venda de mercadoria ou presta serviço.
Podemos falar também que as Categorias Técnicas da Tributação são as categorias
de posicionamento legislativo adotadas em face do exercício da competência
tributária. Ao estatuir que certo fato lícito deve ser tributado, ou não, o legislador
imprime as técnicas de tributação, criando a imposição tributária.
Como Categorias Técnicas da Tributação temos a Incidência: onde é considerado
uma decisão que atribui a tributação a certo fato lícito, tipificando a hipótese em que
incidirá o tributo em questão. Institui a regra comportamental aplicada ao sujeito
passivo que executa o fato jurídico imponível, concretizando a hipótese abstrata de
incidência.
Temos também a Não-Incidência: Determinação legislativa expressa de exclusão de
determinado fato da hipótese abstrata da norma, ou seja, o legislador não descreve
a hipótese em face de sua exceção do rol.
A Isenção: A isenção é categoria de exclusão do crédito tributário. Exclui-se a
necessidade de pagamento do fato tributário imponível por determinação do
legislador. Serão sempre adstritas ao texto legal – Princípio da Legalidade
Tributária. Trata-se de regras estruturais, não comportamentais, uma vez que o
comportamento é tipificado tributariamente, contudo, não haverá constituição de
obrigação tributária em razão da exclusão do crédito tributário.
E a Imunidade: As imunidades são exclusivamente constitucionais no Direito
Tributário Brasileiro, que compõe exclusão de competência, isto é, exclui-se da
competência do ente tributante a possibilidade de tributar o sujeito imune.

A progressividade é uma técnica de tributação através da qual se dimensiona o


montante devido de um tributo mediante a aplicação de uma escala de alíquotas a
outra escala correlata, fundada normalmente na maior ou menor revelação de
capacidade contributiva.
A progressividade pode ser simples ou gradual.
Na progressividade simples, verifica-se a alíquota correspondente ao seu
parâmetro de variação (normalmente a base de cálculo) e procede-se ao cálculo do
tributo, obtendo-se o montante devido. Na progressividade gradual, por sua vez, há
várias faixas de alíquota aplicáveis para os diversos contribuintes relativamente à
parcela das suas revelações de riqueza que se enquadrarem nas respectivas faixas.
Assim, o contribuinte que revelar riqueza aquém do limite da primeira faixa,
submeter-se-á à respectiva alíquota, e o que dela extrapolar se submeterá
parcialmente à alíquota inicial e, quanto ao que desbordou do patamar de
referência, à alíquota superior e assim por diante. Na progressividade gradual,
portanto, as diversas alíquotas são aplicadas relativamente ao mesmo contribuinte,
faixa por faixa, efeito esse que por vezes é facilitado mediante a determinação da
aplicação da alíquota da maior faixa e de deduções correspondente à diferença
entre tal alíquota e as inferiores quanto às respectivas faixas. Há quem entenda que
somente a progressividade gradual seria autorizada403, porquanto a
progressividade simples poderia levar a injustiças.
Embora mais adequada aos tributos pessoais ou subjetivos, em que o
dimensionamento da carga tributária leva em consideração circunstâncias
específicas de cada contribuinte que apontam com maior exatidão qual a sua efetiva
capacidade para contribuir, a progressividade vem tendo aplicação mais ampla,
alcançando inclusive os tributos reais ou objetivos.
Embora mais adequada aos tributos pessoais ou subjetivos, em que o
dimensionamento da carga tributária leva em consideração circunstâncias
específicas de cada contribuinte que apontam com maior exatidão qual a sua efetiva
capacidade para contribuir, a progressividade vem tendo aplicação mais ampla,
alcançando inclusive os tributos reais ou objetivos.
A seletividade se presta para a concretização do princípio da capacidade
contributiva ao implicar tributação mais pesada de produtos ou serviços supérfluos
e, portanto, acessíveis a pessoas com maior riqueza. Certo é, em regra, que os
produtos essenciais são consumidos por toda a população e que os produtos
supérfluos são consumidos apenas por aqueles que, já tendo satisfeito suas
necessidades essenciais, dispõem de recursos adicionais para tanto. A seletividade,
via de regra, é estabelecida em razão da natureza do produto. Mas houve casos em
que se teve em consideração a sua utilidade.
A não cumulatividade é uma técnica de tributação que visa impedir que incidências
sucessivas nas diversas operações de uma cadeia econômica de produção ou
comercialização de um produto impliquem ônus tributário muito elevado, decorrente
da tributação da mesma riqueza diversas vezes.

Em outras palavras, a não cumulatividade consiste em fazer com que os tributos


não onerem em cascata o mesmo produto. Isso ocorreria, por exemplo, se nas
incidências sucessivas de IPI numa mesma cadeia de produção não houvesse
nenhum mecanismo de compensação, e.g., na saída do insumo de uma indústria
para outra com vista ao fabrico de produto intermediário, na posterior saída do
produto intermediário desta última indústria para outra com vista ao fabrico do
produto final e na saída do produto final para estabelecimento comercial que o
oferecerá aos consumidores. Quanto mais ampla for a não cumulatividade, mais
neutra será a tributação.
No regime monofásico, portanto, a tributação fica “limitada a uma única
oportunidade, em um só ponto do processo de produção e distribuição”. A tributação
monofásica não objetiva reduzir a carga tributária, mas concentrá-la: “o que se
objetiva com a fixação da sistemática monofásica de tributação, em geral, é
simplesmente concentrar a obrigação pelo recolhimento das contribuições que
seriam devidas ao longo da cadeia de circulação econômica em uma determinada
etapa – via de regra, na produção ou importação da mercadoria sujeita a tal
modalidade de tributação –, sem que isso represente redução da carga incidente
sobre os respectivos produtos”.
A substituição tributária existe para atender a princípios de racionalização e
efetividade da tributação, ora simplificando os procedimentos, ora diminuindo as
possibilidades de inadimplemento. Cuida-se de instituto que dá maior praticabilidade
à tributação.
O legislador pode estabelecer a substituição tributária nas hipóteses em que
terceiro, em razão das suas particulares relações com o contribuinte, tenha a
possibilidade de colaborar com o Fisco, verificando a ocorrência do fato gerador
praticado pelo contribuinte e procedendo ao cálculo e ao recolhimento do tributo
com recursos obtidos junto ao contribuinte, mediante exigência ou retenção.
Pressupõe, assim, que o substituto efetivamente tenha “capacidade de
colaboração”, ou seja, que esteja em situação que o habilite a proceder ao
pagamento sem que tenha de suportar pessoalmente o ônus tributário.
O substituto tributário é o terceiro que a lei obriga a apurar o montante devido e
cumprir a obrigação de pagamento do tributo “em lugar” do contribuinte.

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