Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Fiscalidade IMI
Fiscalidade
ALCANCE:
Reformas anteriores:
Reforma de 1958-65:
o Cria o Imposto Municipal de SISA;
o Reformula o Imposto Sucessório.
Reforma 1988-89:
o Introduz a Contribuição Autárquica em substituição da Contribuição Predial
Onerava as famílias mais jovens que adquiriam prédios novos de elevado valor
patrimonial;
Desonerava as famílias com maior capacidade contributiva, que habitavam prédios
com elevado valor de mercado, mas cuja inscrição matricial, sendo mais antiga,
registava valores reduzidos;
Desequilíbrio intergeracional da carga tributária: De acordo com as estatísticas, 50%
dos prédios proporcionavam 1,4% da receita do imposto, enquanto 1% dos prédios
geravam 30% da receita.
Ao nível da SISA:
o Sempre foi liquidado com base em matérias coletáveis subavaliadas;
o Matéria coletável determinada com base no valor declarado pelas partes:
Conluio entre transmitentes e adquirentes de direitos de propriedade
e figuras parcelares desses direitos
Declaravam valores inferiores e ambos viam diminuída a sua carga
fiscal: Compradores em SISA
Vendedores, em Imposto sobre o rendimento (mais-valias);
Ao nível do ISSD:
o Imposto extremamente complexo, de difícil aplicação por parte das
autoridades fiscais;
o Pretendia tributar uma série de realidades, tributando, na realidade, muito
poucas
Elevados níveis de evasão, devidos essencialmente às elevadas taxas
de imposto, que chegavam a atingir os 50%
Fixa um prazo máximo para promover a avaliação geral dos prédios urbanos;
Estabelece regras de atualização transitória dos valores patrimoniais tributários (VPT),
com soluções diferenciadas para os prédios que estão arrendados e para os que não
estão;
Estabelece um regime de salvaguarda fixando o aumento da coleta de IMI resultante
da atualização do valor dos prédios
Regime Transitório
ATUALIZAÇÃO DO VALOR PATRIMONIAL TRIBUTÁRIO (ARTº16º)
Regra Geral:
AVALIAÇÃO GERAL
AVALIAÇÃO DE PRÉDIOS JÁ INSCRITOS NA MATRIZ (ARTº 15)
CIMI
CIMI (CONSIDERAÇÕES PRÉVIAS)
Caraterização do IMI:
o A receita do imposto reverte a favor dos municípios (princípio do benefício) tal
como acontecia na CA (exceto o AIMI cujo destino é o FEFSS);
o O sistema fiscal passa a ser dotado de um quadro legal de avaliações
totalmente assente em fatores objetivos, de grande simplicidade e coerência
interna e sem espaço para a subjetividade e discricionariedade do avaliador ;
o É um sistema simples e menos oneroso, que permitirá uma rapidez muito
maior no procedimento de avaliação
Objetivos do IMI:
o Criar um novo sistema de determinação do valor patrimonial dos imóveis;
o Atualizar os seus valores;
o Repartir de forma mais justa a tributação da propriedade imobiliária;
o Alcançar uma rápida melhoria do nível de equidade.
Prédios urbanos novos e os que forem transmitidos no domínio da vigência do CIMI:
o Objeto de avaliação com base nas novas regras de avaliação;
o Taxa de tributação que varia entre 0,3% e 0,45%, a fixar por cada município
Avaliação dos prédios rústicos:
o Base para a tributação: o seu potencial rendimento produtivo;
o Reforma global diferida para o momento da reestruturação da sua base
cadastral.
Medidas anti abuso:
o Propriedade de entidades que tenham domicílio em países ou regiões com
regimes fiscais mais favoráveis:
Taxa agravada de 7,5% (nº 4 do Artº 112º);
Não aplicação do benefício da “não sujeição temporária do imposto”
aos terrenos destinados à construção de edifícios para venda e aos
prédios que integrem o ativo de empresas que tenham por objeto a
sua venda (nº 7 do Artº 9º).
CIMI
Incidência real (Artº 1º):
o O imposto municipal sobre imóveis (IMI) incide sobre o valor patrimonial
tributário (VPT) dos prédios rústicos e urbanos situados no território
português.
o A receita do IMI pertence aos municípios onde os prédios se situam
o Sem prejuízo do disposto no n.º 1 (majoração até 1,7 e minoração até 0,5), caso o
produto do valor base do prédio edificado (VC), pela área bruta de construção mais
a área excedente à área de implantação (A), seja inferior a € 250.000, o limite do
coeficiente de localização e operacionalidade relativas da Tabela I (prédios urbanos
destinados à habitação) é 0,05 (Nº 4).
o Redação dada pela Lei n.º 40/2016, de 19 de dezembro
Coeficiente de vetustez (Artº 44º):
o O coeficiente de vetustez (Cv) é função do número inteiro de anos decorridos
desde a data de emissão da licença de utilização, quando exista, ou da data da
conclusão das obras de edificação, de acordo com a presente tabela (Nº 1):
o 2 - No caso de não ser possível utilizar as regras do artigo 38.º, o perito deve
utilizar o método do custo adicionado do valor do terreno.
o 3 - No caso de terrenos, o seu valor unitário corresponde ao que resulta da
aplicação do coeficiente de 0,005, referido no n.º 4 do artigo 40.º, ao produto do
valor base dos prédios edificados pelo coeficiente de localização.
o 4 - O valor patrimonial tributário dos prédios urbanos em ruínas é determinado
como se de terreno para construção se tratasse, de acordo com deliberação da
câmara municipal.
o Sempre que não seja efetuada no prazo referido no número anterior, bem como,
nomeadamente, em caso de liquidação adicional ou revisão oficiosa, a liquidação é
efetuada nos termos dos n.ºs 1 e 2 do artigo 116.º
o Quando por facto imputável ao sujeito passivo for retardada a liquidação de parte
ou da totalidade do imposto devido, a este acrescem juros compensatórios nos
termos do artigo 35.º da lei geral tributária. [Aditado pela Lei n.º 114/2017, de 29
de dezembro]
Artº 135º-H – Pagamento
o 1 - O pagamento do adicional ao imposto municipal sobre imóveis é efetuado no
mês de setembro do ano a que o mesmo respeita.
o 2 - Quando a liquidação seja efetuada fora do prazo previsto no n.º 4 do artigo
135.º-G, o sujeito passivo é notificado para proceder ao pagamento até ao fim do
mês seguinte ao da notificação.
o 3 - Os serviços da AT enviam a cada sujeito passivo, até ao fim do mês anterior ao
do pagamento, o documento de cobrança, com a discriminação da liquidação, dos
prédios, das quotas-partes, do respetivo valor patrimonial tributário e da coleta.
o 4 - São devidos juros de mora nos termos do artigo 44.º da lei geral tributária,
quando o sujeito passivo não efetue o pagamento do imposto dentro do prazo
legalmente estabelecido no documento de cobrança.
[Redação dada pela Lei n.º 114/2017, de 29 de dezembro]