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Serviço de Finanças de Grândola

IMI – 2005, 2006, 2007

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DIRECTOR DE FINANÇAS


DIRECÇÃO DE FINANÇAS DE SETÚBAL

N/ registo postal RC153939835PT de 29.12.2008

…….. – INVESTIMENTOS S.A., Pessoa Colectiva nº ……, com sede em ………


Grândola, vem, ao abrigo do disposto nos artigos 68º e ss. do Código de Procedimento e de
Processo Tributário (CPPT) por remissão do artigo 129.º do Código do Imposto Municipal
sobre Imóveis (CIMI), apresentar

RECLAMAÇÃO GRACIOSA

contra os actos de liquidação adicional de Imposto Municipal sobre Imóveis


(IMI) relativos aos anos de 2005, 2006 e 2007 (docs. n.ºs 1, 2 e 3) no montante global de
€24.418,39 (vinte e quatro mil oitocentos e dezoito euros e trinta e nove cêntimos), nos
termos do artigo 68.º sgs do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT) por
força do disposto no 129.º do Código do Imposto Municipal sobre Imóveis (CIMI) e com os
seguintes

Fundamentos:

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I – PRELIMINARES

1. Foi com alguma surpresa que a Reclamante foi notificada das liquidações
adicionais de IMI aqui em causa – que apenas por erro informático se justificam.

Todavia,

2. e tendo sempre presente o brocado latino segundo o qual errare


humanun est, o procedimento de reclamação graciosa é o meio adequado para “estancar” a
ilegalidade do acto tributário,

3. pelo que a AF está ainda em tempo de reparar o sobredito lapso –


anulando as liquidações de imposto – uma vez que actua em obediência à Lei e ao Direito
(art. 266.º CRP e 3.º CPA),

4. e quer a Reclamante acreditar que é precisamente isso que se vai


verificar no presente caso.

Isto posto:

II – OS FACTOS

5. No que releva para o pedido aqui formulado, a Reclamante é proprietária


das fracções autónomas designadas ”A”, “B” e “E” (Cfr. docs. n.ºs 4, 5 e 6),

6. fracções estas integrantes do prédio urbano, em regime de propriedade


horizontal, inscrito na matriz predial urbana de Grândola sob o n.º … e descrito na
Conservatória do Registo Predial de Grândola sob o nº … (idem).

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7. No ínterim, foi a Reclamante notificada de liquidações adicionais de IMI,
relativas a tais imóveis e respeitantes aos anos de 2004, 2005 e 2006 (docs. n.ºs 3, 4, 5 e 6),

8. Supõe a Reclamante que, em face das liquidações adicionais de imposto


aqui em causa, eventualmente algum ou alguns dos comproprietários tenham alienado,
pelo menos em 2004, a sua quota-parte nos sobreditos bens imóveis,

9. o que, todavia, é perfeitamente alheio à Reclamante,

10. pois não teve conhecimento dos eventuais negócios e, portanto, neles
não interveio seja a que título for,

11. sendo certo que, como adiante melhor se dirá, a Reclamante mais não
pode fazer do que supor, uma vez as sobreditas liquidações não se encontram
fundamentadas.

III – AS ILEGALIDADES DAS LIQUIDAÇÕES DE IMPOSTO

A) – ERRÓNEA QUALIFICAÇÃO DO FACTO TRIBUTÁRIO

12. Nos termos do disposto no artigo 15.º do D.L. 287/2003 os prédios


urbanos inscritos na matriz serão avaliados de acordo com as regras do IMI no momento da
primeira transmissão ocorrida na vigência destas normas legais. É esta a regra.

13. Casos há, todavia, em que a primeira transmissão não releva para efeitos
de IMI, relevando apenas, quando muito, para efeitos de Imposto Municipal sobre a
Transmissão de Bens Imóveis (IMT) na esfera do adquirente,

14. o que se justifica, do ponto de vista da técnica fiscal, com o facto de não
se operar a mudança de sujeito passivo para efeito de tributação em IMI.

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15. É precisamente no âmbito desta excepção que dever ser aferido o caso
concreto.

É que,

16. como supra se referiu, a Reclamante não procedeu a qualquer


transmissão da propriedade das fracções em causa,

17. sendo que, muito embora pudesse ter havido, eventualmente, a


transmissão de uma parte ideal do bem imóvel – levada a cabo por um dos
comproprietários - a esfera patrimonial da Reclamante manteve-se, em tudo, intacta.

Em suma:

18. não há facto tributário que justifique qualquer alteração da posição da


Reclamante como sujeito passivo de imposto,

19. nomeadamente para efeito de se reflectir na sua esfera jurídica, por


tributação em IMI, a actualização do valor patrimonial de um imóvel de que apenas foi
eventualmente transmitida uma parte ideal.

20. Essa é, de resto, a posição da nossa doutrina – a qual defende que, na


transmissão de partes indivisas de prédios urbanos, só o adquirente da parte indivisa
poderá ficar sujeito a IMI tendo por base o valor patrimonial tributário correspondente à
parte que adquiriu (Cfr. J. Silvério Mateus e L. Corvelo de Freitas, Os Impostos sobre o
Património Imobiliário, Engifisco, 2005, p. 61).

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21. Verifica-se, pois, errónea qualificação dos factos tributários – que, como
ilegalidade que é, determina a anulabilidade das liquidações aqui em causa (arts. 70.º n.º 1,
99.º, 124.º CPPT e 135.º CPA).

B) - ERRÓNEA QUANTIFICAÇÃO DO FACTO TRIBUTÁRIO

22. A Reclamante foi notificada em 13.05.2008 e 07.05.2008 do resultado da


avaliação efectuada, nos termos do CIMI, às fracções “AI” e “AL” (docs. n.ºs 7 e 8),

23. tendo-lhes sido, nessa data, atribuído o valor patrimonial tributário de


€52.390,00 e €59.380,00, respectivamente (idem).

24. Estabelece o artigo 112.º n.º 1 CIMI, como taxas de imposto, as


seguintes:
- Taxa de 0,4% a 0,8% para prédios urbanos não avaliados nos termos do CIMI;
- Taxa de 0,2% a 0,5% para prédios urbanos avaliados nos termos do CIMI.

Ora,

25. das liquidações de IMI aqui reclamadas resulta, em relação às sobreditas


fracções, que:
- foi aplicada a taxa de 0,8% na liquidação de imposto relativa ao ano de 2004;
- foi aplicada a taxa de 0,8% na liquidação de imposto relativa ao ano de 2005;
- foi aplicada a taxa de 0,8% na liquidação de imposto relativa ao ano de 2006.

26. sendo que, como adiante melhor se dirá, a Reclamante supõe que os
valores tidos em conta para a determinação da liquidação adicional tiveram em conta os
novos valores patrimoniais tributários supra referidos em 25.,

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27. pelo que, como resulta da concatenação entre o exposto supra, foi
aplicada uma errada taxa de IMI,

28. uma vez que, nos termos da lei, a taxa aplicável seria a da alínea c) do
artigo 112.º CIMI (de 0,2% a 0,5%, e não a taxa da alínea b) (de 0,8%) aplicável no caso em
apreço.

29. Verifica-se, pois, errónea quantificação dos factos tributários – o que,


como ilegalidade que é, determina a anulabilidade das liquidações aqui em causa (arts.
70.º n.º 1, 99.º, 124.º CPPT e 135.º CPA).

C) - PRETERIÇÃO DE FORMALIDADES ESSENCIAIS

i – Falta de audição prévia

30. Como teve a oportunidade de dizer no intróito da presente petição, a


Reclamante houvera gostado de intervir na formação dos actos administrativos de
liquidação de imposto aqui em causa - exercendo o seu direito de audição prévia,

31. o que significa que o não exerceu, porque não foi para tanto chamada
pela AF,

32. sendo certo que, outrossim, foi a Reclamante surpreendida com a


notificação das liquidações adicionais de imposto aqui em causa.

Ora,

33. estabelece o artigo 60.º n.º 1 a) da Lei Geral Tributária (LGT) que:

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«A participação dos contribuintes na formação das decisões que lhes digam
respeito pode efectuar-se, sempre que a lei não prescrever em sentido diverso, por qualquer
das seguintes formas:
a)Direito de audição antes da liquidação (…)» (sic, sublinhado nosso),

34. não se verificando, no caso em apreço, nenhuma das causas de dispensa


de audição previstas nos n.ºs 2 e 3 do referido preceito legal.

É que,

35. a audiência dos interessados corporiza o cumprimento da directriz


constitucional de “participação dos cidadãos na formação das decisões ou deliberações que
lhes disserem respeito” (art. 267.º, n.º 5, da Constituição da República Portuguesa (CRP),

36. o que impõe à AF a obrigação de fazer intervir o administrado no


procedimento de preparação da decisão final,

37. pelo que, se não for dada ao contribuinte possibilidade do respectivo


exercício, o acto é anulável por vício de forma,

38. uma vez que a audiência prévia insere-se, como logo resulta da predita
finalidade, no conjunto das regras procedimentais tributárias - constituindo uma verdadeira
fase dirigida à obtenção da decisão mais adequada e justa que ponha termo ao
procedimento.

39. É essa, de resto, a unânime posição da nossa Jurisprudência Superior


que, por lapidar, se cita:
«I - A audiência dos interessados, como figura central do procedimento
administrativo, representa o cumprimento da directiva constitucional de "participação dos
cidadãos na formação das decisões ou deliberações que lhes disserem respeito" (artigo

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267.º, n.º 5 da Constituição da República), determinando para o órgão administrativo
competente a obrigação de associar o administrado à tarefa de preparar a decisão final.
II - Se não for dada, ao contribuinte, a possibilidade de exercício do direito de
audiência, o acto final é anulável por padecer de vício formal.»
(sic, AC STA de 26.11.2008 in www.dgsi.pt, sublinhado nosso)

Destarte,

40. verifica-se, pois, preterição de formalidade essencial do procedimento


tributário – o que, como ilegalidade que é, determina a anulabilidade das liquidações aqui
em causa (arts. 70.º n.º 1, 99.º, 124.º CPPT e 135.º CPA).

ii – Falta de fundamentação

41. Como supra se deixou dito em 9. e 12., a Reclamante apenas pode supor
que terá sido a venda de uma parte ideal dos imóveis em causa, por parte de algum dos
comproprietários, o que terá “despoletado” as liquidações adicionais de imposto em causa,

42. uma vez que a AF, ao não fundamentar as sobreditas liquidações, não
esclarece qual o facto tributário que as determinou,

43. como também não fundamenta o porquê de ser aplicável a uns imóveis a
taxa de 0,8%, e a outros bens imóveis, com a mesma natureza e situados no mesmo
município e freguesia, aplicar a taxa de 0,5%,

44. sendo que, nos termos do disposto no artigo 112.º CIMI, a taxa de
imposto varia entre mínimos e máximos,

45. e que, nos termos da lei, os Municípios podem majorar ou minorar as


sobreditas taxas (Cfr. art. 112.º CIMI),

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46. o que impõe a sua explicitação, quer para cabal cumprimento do dever
de fundamentação constitucionalmente previsto, quer, sobretudo, para esclarecimento do
destinatário do acto administrativo – a ora Reclamante.

Mais:

47. como supra referido supra em 28., a Reclamante não consegue


descortinar a que valores patrimoniais tributários se reportam as liquidações aqui em
apreço,

48. porquanto os ditos valores nada têm que ver com aqueles que foram
notificados à Reclamante (Cfr. Docs. n.ºs 6 e 7).

Em suma:

49. AF não fundamenta de que modo chegou aos valores patrimoniais


tributários referidos nas liquidações de imposto em causa,

50. como, de resto, não justifica as taxas aplicáveis aos mesmos,

51. nem esclarece se tais taxas foram majoradas ou minoradas e porquê,

52. nem a que momento se reportam as eventuais majorações/minorações.

Ora,

53. a fundamentação do acto tributário destina-se a dar a conhecer ao


contribuinte as razões de facto e de direito pelas quais a AF decidiu em certo sentido e não
noutro.

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54. No caso em apreço, a AF apenas se limita a remeter para valores e taxas
– sem explicitar com rigor, como era mister, de que forma aqueles foram obtidos.

55. Assim, como é entendimento da nossa Jurisprudência:


«Suficientes têm de ser os fundamentos no sentido de aptos a dar a perceber o
processo lógico e jurídico que levou à decisão consubstanciada no acto concretamente
praticado.
Daí que se deve ter como insuficiente a fundamentação só de facto ou só de
direito, ou meramente conclusiva ou vagamente qualificativa de factos não expressamente
indicados.
Congruentes, ou não contraditórios, na terminologia da lei(...)significa que,
relacionados com a concreta decisão tomada, a deduzir deles, os elementos
fundamentadores se mostram logicamente aptos a que a decisão deles se extraia.»
(Ac. do TCA de 25-11-2003, dado no proc. n.º 4898/01, sublinhado nosso e
destaque nossos).

56. Sem necessidade de quaisquer outras considerações flui evidente que a


liquidação ora impugnada se encontra, pois, insuficientemente fundamentada, já que deixa
com incertezas ou dúvidas razoáveis um intérprete normal - que se supõe seja o
administrado, o destinatário do acto administrativo-tributário,

57. e, ademais, impede a percepção dos elementos necessários à


compreensão suficiente das razões de facto e de direito do acto tributário com vista a
apreciar da sua legalidade.

58. Os procedimentos assim adoptados pela AF, atentam contra direitos


fundamentais da Reclamante, fazendo as liquidações em apreço padecer de um elementar
vício de forma – falta ou vício de fundamentação legalmente exigida - o que gera a sua
anulabilidade (arts. 70.º n.º1, 99.º, 124.º CPPT e 135.º CPA),

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Ainda que assim não se entendesse:

D) - ERRO NOS PRESSUPOSTOS DE FACTO

59. Ainda que se entendesse estar suficientemente fundamentado o acto de


liquidação – o que não se concede e apenas se admite como hipótese de raciocínio – resulta
claro de tudo quanto ficou supra exposto em III A) que a AF agiu com manifesto erro nos
pressupostos de facto,

60. uma vez que fundou a sua decisão em realidades erroneamente


admitidas como verdadeiras, quando o não são, tal como se deixou sucessivamente referido
e se dá aqui por integralmente reproduzido,

61. o que faz incorrer em vicio de forma por fundamentação errónea e


incoerente.

62. Esse erro nos pressupostos de facto traduz-se, como é doutrina


uniforme, em nova violação de lei,

63. o que gera a anulabilidade das liquidações em apreço (arts. 125º - 2 e


124º do CPA).

E) – A ILEGALIDADE DA COBRANÇA

64. Estabelece o artigo 120.º n.º 3 CIMI que «Sempre que no mesmo ano, por
motivos imputáveis aos serviços, seja liquidado imposto respeitante a dois ou mais anos e o
montante total seja superior a €250, o imposto relativo a cada um dos anos em atraso é
pago com intervalos de seis meses (…)» (sic, sublinhado nosso)

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65. No caso em apreço, verifica-se que o imposto é relativo a três anos ,

66. e que o montante total ultrapassa €250 (€335,75),

67. sendo que, como se alcança das liquidações de imposto juntas (docs.
n.ºs 3, 4, 5 e 6) não foi respeitado o referido interregno legal de seis meses relativamente a
cada liquidação.

É que,

68. a liquidação e cobrança em apreço foi efectuada ao abrigo do disposto


no artigo 120. n.º 4.º CIMI - onde se estabelece que «Se o atraso na liquidação for
imputável ao sujeito passivo é este notificado para proceder ao pagamento de imposto
respeitante a todos os anos em atraso.»
.
Ora,

69. como resulta abundantemente do exposto supra, desconhece a


Reclamante o que fundamenta as liquidações de imposto em causa,

70. sendo inequívoco que qualquer eventual atraso na liquidação de imposto


não lhe pode ser atribuído,

71. pelo que, não podia a Reclamante ter sido notificada para proceder ao
pagamento do imposto respeitante a todos os anos em atraso,

72. tendo em conta que a norma que prevê esse procedimento apenas é
aplicável aos casos em que o atraso é imputável ao sujeito passívo – o que não sucede.

Com efeito,

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73. a liquidação e cobrança do imposto em causa deveria ter seguido a regra
do artigo 120.º n.º 3 para os casos em que o atraso na liquidação não é imputável ao sujeito
passivo,

74. o que determinaria que a Reclamante tivesse sido notificada para pagar
o imposto relativo aos três anos em causa com o intervalo de seis meses,

75. posto que se impõe a interpretação extensiva do artigo 120.º n.º 3 de


modo a abranger aquelas situações em que não seja possível imputar atraso ao sujeito
passivo.

76. Essa interpretação é não só obrigatória – como modo de obviar à


violação do princípio da igualdade e da proporcionalidade,

77. como é também legalmente possível – por estarmos em face de matéria


não reservada (liquidação e cobrança) e, logo, ao abrigo do disposto no artigo 11.º LGT.

Sendo assim,

78. tem legitimamente a Requente direito de resistência contra o


pagamento do imposto titulado pelas liquidações em causa,

79. pois que o artigo 103.º n.º 3 CRP estatui que «Ninguém pode ser
obrigado a pagar impostos (…) cuja liquidação e cobrança se não façam nos termos da lei.»
(sic, sublinhado nosso).

Em suma:

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80. o procedimento adoptado pela AF labora em erro de direito na forma de
liquidação e cobrança do imposto - assim violando o disposto no artigo 120.º CIMI,

81. o que gera a anulabilidade das liquidações em apreço (arts. 125º - 2 e


124º do CPA).

Sem prescindir:

IV - JUROS INDEMNIZATÓRIOS

82. Tendo a Reclamante procedido ao pagamento do imposto em causa (cfr.


docs. n.sº3, 4, 5 e 6),

83. assiste-lhe o direito de pedir, como ora pede, que, anulada a liquidação,
lhe seja restituído o imposto indevidamente pago acrescido de juros indemnizatórios, nos
termos dos arts. 43.º da LGT e 61.º do CPPT.

Ainda sem prescindir:

V – CUMULAÇÃO DE PEDIDOS

84. Como resulta do teor da presente reclamação, a Reclamante procedeu a


cumulação de pedidos (art. 71.º n.º 1 CPPT),

85. tendo em conta que de tal cumulação não resulta qualquer prejuízo para
a celeridade da decisão – muito pelo contrário, tal cumulação impor-se-ia em cumprimento
dos princípios de celeridade e economia processual (art. 137.º e 138.º n.º 1 Código de
Processo Civil, aplicável por força do disposto no artigo 2.º CPPT).

Por outro lado,

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86. verifica-se também, no caso vertente, identidade do tributo, identidade
do órgão competente para a decisão e identidade dos fundamentos de facto e de direito
invocados (art. 71.º n.º 2 CPPT).

FACE AO EXPOSTO, vem a Reclamante solicitar a V.Exa.,


como é do mais elementar sentido de justiça, que se digne:
a) proceder à anulação total das liquidações ora
reclamadas – com todos os legais efeitos, nomeadamente;
b) a restituição à Reclamante do imposto por esta
indevidamente pago;
b) a fixação de juros indemnizatórios;
tudo nos termos do disposto nos artigos 100.º, 43.º da
LGT e 61.º do CPPT.

ESPERA DEFERIMENTO.

- Prova documental (art. 69.º e) CPPT)


Desde já se requer a Vossa Excelência que os 8 (oito) documentos referidos na
reclamação sejam integrados, por cópia, no presente procedimento.

Junta: os referidos 8 documentos.

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Protesta juntar: procuração forense.

Anexa: cópia para nela ser dado recibo (art. 26.º CPPT).

O Advogado,

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