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O EFEITO DA PARCIALIDADE É A TROCA DOS VALORES ETERNOS PELOS TEMPORAIS

Rev. Fábio Henrique do Nascimento Costa


Tg. 2. 5-7

INTRODUÇÃO

Vida

Alexandre era filho de Filipe II da Macedônia e de Olímpia. Filipe, também um grande líder, trouxera
toda a Grécia sob seu comando antes de ser assassinado, em 336 a.C. O jovem Alexandre cresceu
em Atenas, à sombra de seu pai e do grande filósofo Aristóteles, que foi seu professor. Aos vinte
anos de idade, quando já era um homem destinado à grandeza, ele sucedeu seu pai. Embora
Alexandre tenha governado somente por treze anos, durante esse tempo foi capaz de construir um
império maior do que qualquer outro que já havia existido.

A conquista do Império

O Império de Alexandre tinha uma dimensão majestosa. Na Europa, ia do sul da Grécia às margens
do Danúbio. Na África, compreendia o Egito e parte da Cirenaica. Na Ásia, alargava-se da Índia ao
mar Negro e mar Gáspío, do Mediterrâneo Oriental às proximidades do rio Indo.

Os desejos de Alexandre pouco antes da sua morte.

1. Que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos médicos da época;
2. Que fossem espalhados no caminho até seu túmulo os seus tesouros conquistados (prata,
ouro, pedras preciosas...);
3. Que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos.

Um dos seus generais, admirado com esses desejos insólitos, perguntou a Alexandre quais as
razões. Alexandre explicou:

1. Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles NÃO têm
poder de cura perante a morte;
2. Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os
bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem;
3. Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos
vazias viemos.
ELUCIDAÇÃO:

Para interpretarmos o texto que tomamos para este sermão, se faz necessário entendermos o que
ele vem tratando nos parágrafos anteriores.

Nos três últimos parágrafos Tiago traz o ensino da vida prática dos seus servos. Sendo essas as
práticas: ouvir e praticar; a verdadeira religião; a exortação contra o julgamento parcial.

TEMA: O EFEITO DA PARCIALIDADE É A TROCA DOS VALORES ETERNOS PELOS


TEMPORAIS

DESENVOLVIMENTO:

1º Os herdeiros do Reino v. 5

 O que significa o reino de Deus: “O Reino de Deus significa que Deus é Rei e age na História
para conduzi-la a um alvo divinamente determinado”. E como podemos perceber isso na
Bíblia?

 Na dispensação do VT, este Reino projetava-se fracamente no reino teocrático de Israel.


Mesmo na velha dispensação, a realidade desse reino achava-se somente no interior dos
crentes.

 O reino nacional de Israel, no qual Deus era Rei, Legislador e juiz, e o rei terreno era apenas
o vice-regente de Jeová. Designado para executar os seus juízos, era apenas um símbolo,
sombra e tipo daquela gloriosa realidade, especialmente como estava a manifestar-se nos
dias do Novo Testamento.

 É bom ter em mente que a expressão “reino de Deus” fundamentalmente denota uma idéia
abstrata, ou seja, o governo de Deus é estabelecido e reconhecido no coração dos crentes. É
assim que Deus exerce o seu reinado no tempo presente.

 Por outro lado, é também uma esperança futura, uma realidade escatológica. Sendo esse o
mais proeminente dos dois como diz o apóstolo Pedro (2 Pedro 1:11 Pois desta maneira é que vos
será amplamente suprida a entrada no reino ETERNO de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.)

 E é para esse reino que Deus escolheu os que estavam sendo menosprezado pelos irmãos
ouvintes de Tiago.
 E o verbo evxele,xato verbo indicativo aoristo na voz média 3ª pessoa do singular. O
significado deste verbo é escolher. O modo indicativo significa que o falante afirma algo; o
aoristo no grego indica uma ação iniciada e terminada; e a voz média na terceira pessoa
indica que ele praticou a ação e que ele mesmo sofreu. Ou seja, a ação de Deus foi iniciada e
concluída, e Deus escolheu para Si os que para o mundo são rejeitados. Deus os amou com
o amor eterno.

2º Menosprezando os herdeiros do Reino e valorizando os inimigos de Deus e nosso. v 6,7

 Tiago aqui denuncia a atitude de menosprezo de seus leitores para com os pobres, em
contraste com a atitude de Deus em honrá-los.

 Tiago inicia os identificando como os autores da discriminação quando usa o pronome


pessoal da segunda pessoa do plural “vós”. Não deixando de tratar o erro presente na igreja.
Pois sabiam que quem menospreza o pobre menospreza o próprio Deus (Provérbios 14:31 O
que oprime ao pobre insulta aquele que o criou, mas a este honra o que se compadece do necessitado.)

 Sendo que a atitude deles tornava-se mais evidente quando ele traz à memória dos seus
ouvintes a forma como os ricos os tratam. “Que vos oprimem?”; “vos arrastam para
tribunais?”; “Não são eles os que blasfemam o bom nome que sobre vós foi invocado?” e
mais uma vez com perguntas negativas tendo a certeza de uma resposta positiva.

 O termo oprimir significa literalmente dominar, e daí a idéia de explorar e, em seguida


oprimir.

 Os ricos os arrastam para os tribunais. O costume da época, logo no início da era


apostólica era arrastar os cristãos aos tribunais para se defender da acusação de traição,
sedição e revolta, sendo que alguns não eram apenas condenados, mas postos a morte como
afirma o próprio Tiago 5.6.

 O motivo pelo qual os ricos estavam arrastando os crentes pobres aos tribunais era porque
eles carregavam sobre si o nome de Cristão.

 Eles blasfemavam o bom nome de Cristo. Blasfemar significa: falar mal, difamar, depreciar
alguém com palavras. O que era uma coisa vergonhosa para uma sociedade que dava tanto
valor a honra.

APLICAÇÃO:
"Temos aprendido a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas não aprendemos a
sensível arte de viver como irmãos." Martin Luther King.

CONCLUSÃO:

II Tm 4.18 O Senhor me livrará também de toda obra maligna e me levará salvo para o seu reino celestial. A ele, glória
pelos séculos dos séculos. Amém!

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